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Bandolim: notação e interpretação | Guia para compositores e intérpretes

Fernando Duarte
Fernando Duarte 1
Bandolim: notação e interpretação | Guia para compositores e intérpretes

Copyright 2016 by Fernando Duarte

1ª edição

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que

entrou em vigor no Brasil em 2009.

Autor: Fernando Duarte

Edição: Eduardo Lucas

Revisão: Fernando Duarte

Capa, projeto gráfico e editoração: Higor Ferraço

D813b
Bandolim: notação e interpretação. Guia para compositores e intérpretes / Fernando
Duarte. –Vitória: Tonobooks, 2016.
18 p. il.

ISBN 978-85-93199-00-4

1. Método Bandolim 2.Notação e Interpretação 3.Guia I.Título.

CDD. 787.65
Bandolim: notação e interpretação | Guia para compositores e intérpretes

Introdução

O bandolim ainda é pouco presente na música contemporânea. Por um lado, muitos

compositores não têm contato com o instrumento e seus recursos e, por outro,

os instrumentistas carecem de uma orientação objetiva sobre como executar o

repertório. Nesse diálogo entre compositor e intérprete, duas questões se colocam

como especialmente confusas; a notação e a interpretação.

Ao contrário de instrumentos mais estabelecidos na música de concerto, há muitas

divergências na notação para bandolim, não havendo um padrão consolidado.

Embora alguns métodos e editoras procurem sugerir uma bula, nenhuma dessas

propostas foi amplamente adotada pelos compositores contemporâneos.

Essas questões emergiram durante minha pesquisa de mestrado na Universidade

Federal do Rio de Janeiro, quando analisei a trajetória do bandolim na música

contemporânea. Através do estudo do repertório, de métodos de diferentes

períodos e da revisão de diversas propostas de notação, surgiu este trabalho.

Espero que este guia possa auxiliar instrumentistas e divulgar o bandolim

entre compositores brasileiros, aumentando o interesse pelo instrumento e,

consequentemente, incentivando a produção de novo repertório.

Fernando Duarte

Outras obras do autor:

Bandolim para iniciantes

12 peças para bandolim solo

Choro: guia prático

www.fernandoduarte.mus.br
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Sumário

Introdução 3
1. Cordas e afinação 5
2. Mão esquerda 7
3. Mão direita e palheta 9
4. Articulação 11
5. Tremolo 13
6. Ornamentação 15
7. Dinâmica 16
8.Técnicas estendidas 16
9. Tablatura 17
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1. Cordas e afinação

Corda mi ①

Corda lá ②

Corda ré ③

Corda sol ④

O bandolim é um instrumento de cordas dedilhadas, tangidas com uma palheta.

Tradicionalmente, o bandolinista toca sentado, apoiando o instrumento sobre a

perna direita, que deve estar um pouco elevada em relação à esquerda. O modelo

padrão tem quatro pares de cordas duplas afinadas em intervalos de quinta

(cada par em uníssono) a partir do sol abaixo do dó central, com extensão de

aproximadamente três oitavas e uma quarta, podendo variar conforme o modelo

do instrumento.

cordas soltas extensão aproximada


˙
œ
& 44 œ
œ
œ ˙

No Brasil é possível encontrar o bandolim de dez cordas, com um par de cordas

grave a mais, afinado em dó. Instrumentos construídos inspirados em modelos

barrocos usualmente apresentam outro número de cordas e afinação, além de

demandarem abordagens técnicas específicas.

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Scordatura
A afinação padrão pode ser alterada segundo necessidades da peça, devendo a

afinação proposta ser indicada no cabeçalho, em pentagrama ou textualmente.

Além de afinações em alturas convencionais é possível o uso de intervalos menores

que um semitom entre cada par ou mesmo em “desafinações” intencionais (Ver

8. Técnicas estendidas). É opção do compositor se a escrita no pentagrama é feita

onde o instrumentista deve tocar ou como realmente soará na afinação modificada.

Cordas soltas
A corda solta tem características próprias de timbre e sua sustentação é

significativamente maior. No caso de intervalos harmônicos, tende a haver uma

predominância desses sons no caso de um acorde que mistura cordas soltas e

presas. No exemplo abaixo, as notas Sol e Ré soarão por mais tempo do que as

notas Si e Fá sustenido.

4 # ww
&4 w
w
Harmonia
O bandolim permite que mais de uma nota seja tocada simultaneamente, em

cordas contíguas, respeitando as características de sua afinação. Por exemplo, o

sol mais grave não pode nunca ser tocado junto com o si uma terça acima, pois

estão na mesma corda. Ou ainda, se quisermos montar a tríade maior no estado

fundamental isso será possível apenas em Ré ou Lá, uma vez que a terça menor

entre a segunda e a terceira nota da escala exigirá uma corda solta. Se tentarmos

um modelo sem cordas soltas dessa mesma tríade o resultado é muito pouco

prático. A abertura de dedos necessária seria praticamente impossível, exceto nos

extremos mais agudos do braço (onde a distância entre as casas é menor) ou por

músicos com dedos anormalmente grandes.

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impossível possível impossível possível

& 44 ˙˙ ˙˙˙ # ˙˙˙


˙˙

No contexto harmônico, é importante lembrar que nas cordas dedilhadas a

sustentação independe do uso da mão direita, sendo possível manter uma nota

soando mesmo enquanto outras são tocadas. Além disso, o cavalete reto (e não

curvo, como nos instrumentos de arco) permite que as notas sejam tocadas

realmente simultaneamente. Novamente, é preciso observar os intervalos possíveis

e as limitações da anatomia do instrumentista.

2. Mão esquerda

O som do bandolim é produzido pela ação Corda solta 0


conjunta dos dedos da mão esquerda no braço Dedo indicador 1

do instrumento com a palheta manipulada pela Dedo médio 2

mão direita (com exceção das cordas soltas, que Dedo anelar 3

dispensam o uso da mão esquerda). Dedo mínimo 4

Primeira, segunda posição... I, II ...

Pestana C

Harmônico natural

Harmônico artificial

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Posições

A colocação da mão esquerda no braço do bandolim é mapeada em Posições. A

primeira posição (dedo indicador na segunda casa do instrumento, médio na quarta,

anelar na quinta e mínimo na sétima) alcança mais de duas oitavas e engloba as

cordas soltas. Quando o dedo 1 (indicador) passa para a região antes ocupada pelo

dedo 2 (médio) estamos na segunda posição e assim por diante.

1 2 3 4

& 44 œ œ
œ œ

A boa escolha das Posições (e da digitação) pode facilitar a execução de trechos

mais complexos. No entanto, a obtenção de uma boa sonoridade nas Posições

mais agudas é mais custosa. Assim, a definição da Posição tem critérios não só da

técnica mas estéticos, por definir o timbre de um região específica do instrumento.

Pestana

Como em outros instrumentos de cordas, é possível pressionar mais de um par de

cordas do bandolim com um dedo da mão esquerda (normalmente o indicador)

colocado perpendicularmente sobre o braço do instrumento. Pela proximidade das

cordas do bandolim, é possível executar até mesmo uma pestana de dois pares de

cordas com a ponta do dedo.

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Harmônicos

Os harmônicos naturais são conseguidos tocando levemente um dedo da mão

esquerda em pontos específicos da corda (notadamente acima do 12º traste),

enquanto a mão direita faz a corda soar da forma convencional. Para o harmônico

artificial é necessário pressionar uma nota com um dedo da mão esquerda,

enquanto um dedo da mão direita toca a corda doze trastes acima e a palheta

atinge a mesma corda. O compositor pode notar o harmônico em seu som real ou

no ponto do braço onde é produzido.

3. Mão direita e palheta

Golpe de palheta de cima para baixo 


Golpe de palheta de baixo para cima 
Golpe de palheta de cima para baixo ferindo apenas uma corda

Golpe de palheta de baixo para cima ferindo apenas uma corda

Movimento contínuo para baixo

Movimento contínuo para cima

Sul tasto s.t.

Sul ponticello s.p.

Ordinario ord.

A mão direita é responsável pela manipulação da palheta, que produz o som ao

atacar as cordas. Apesar de pouco usual, é possível tocar apenas uma das cordas

do par. Nesse caso é necessário cuidado, pois esse recurso dificulta a precisão e

velocidade na interpretação.

A palheta pode variar de tamanho, formato, flexibilidade e material (sendo o

plástico o mais comum hoje). Todas essa variações, assim como a da pressão com

que a mão aperta a palheta e o ângulo com a qual ela fere as cordas, modificam

o timbre. Usualmente essas escolhas são feitas pelo intérprete mas nada impede

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que o compositor faça sua indicação.

Da mesma forma que nos instrumentos de arco, a altura em que a palheta toca

as cordas em relação ao cavalete e ao braço podem ser indicadas com os usais sul

tasto e sul ponticello.

Direção do golpe de palheta

A regra básica sugere que o golpe da palheta seja sempre de cima para baixo na

parte forte do tempo e de baixo para cima na parte fraca. Porém, este raciocínio

pode ser alterado para melhor articular a frase (ver 4. Articulação).


w ≥˙ ≥œ ≥
œ œ≤ ≥œ œ≤
& J ‰ ‰ J

≥œ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ ≤ ≥ ≤ ≥ ≤ ≤
& . . ≈ œ œ œ ‰ œ œ ‰ ≈ œ
R
ou ou
≥ œ≤ œ≤ ≥ œ≤ œ≤ ≥ œ≤ ≥œ ≥ œ≤ ≥œ ≥ œ≤ ≥œ ≤ ≥ œ≤
&œ œ œ œ œ œ œ

≥œ œ≤ ≥œ ≥œ œ≤ ≥œ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤
ou

&
3 3 3 3

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4. Articulação

Stacatto .

Pizzicato pizz.

Tocar com dedo da mão direita com dedo


(no lugar da palheta)
Tocar com dedo da mão esquerda m.e.

Dito fermo +

A propensão do bandolim ao stacatto exige atenção especial ao estudo da

Articulação. A ligadura de articulação indica o legato mas tal efeito pode ser realizado

de mais de uma maneira.

1) Como de regra nos instrumentos de corda, a manipulação da articulação pode

ser feita no gesto de pressionar e levantar o dedo da mão esquerda no braço do

instrumento. No caso da corda solta, para interromper o som é necessário abafar

a nota com a mão (esquerda ou direita).

2) A alternância da direção do golpe de palheta (ver 3. Mão direita e palheta) resulta

em um som mais ligado.

≥ ≥œ ≥œ ≥œ ≥œ ≥œ ≥ œ≤ ≥œ ≥œ œ≤ ≥œ ≥ œ≤ ≥œ œ≤ ≥œ œ≤
menos ligado mais ligado

6
&8 œ œ œ

3) Notas em cordas diferentes podem ser sobrepostas com a permanência dos

dedos no braço do instrumento. Muitas vezes esse efeito está implícito em um

arpejo mas pode ser indicado pela ligadura ou pela notação de dito fermo, que

determina que o dedo não deve ser levantado.

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j
& 24
ou efeito:

œ œ œ œ œ œ
œ œ ˙
4) No caso de notas de valor curto na mesma corda, a ligadura pode ser realizada

golpeando a primeira nota com a palheta e não golpeando a segunda, apenas

levantando o dedo (exemplo 1) ou atacando a nota seguinte (exemplo 2).

1 2

& 24 b œ œ œ œ bœ œ œ œ

5) O tremolo (ver 5. Tremolo) pode ser usado para ligar notas. No entanto, é

importante diferenciar a notação do tremolo da ligadura, uma vez que o tremolo

pode ser ou não ligado e a ligadura pode ser executada pelo tremolo ou de outras

formas como visto acima.

Pizzicato

O pizzicato no bandolim é obtido encostando levemente a mão direita nas cordas,

próximo ao cavalete, numa simulação do efeito dos instrumentos de arco. Tocar o

bandolim com os dedos da mão direita produz um efeito que não se aproxima do

pizzicato.

Também é possível tocar uma corda (preferencialmente grave) com um dedo da

mão esquerda, num resultado também semelhante ao pizzicato.

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5. Tremolo

Tremolo 
Tremolo trem.

O bandolim tem sua sonoridade fortemente associada ao uso do tremolo.

Conseguido com a rápida repetição de uma ou mais notas através do ataque da

palheta alternada, o recurso pode ser utilizado para simular a sustentação de uma

nota, como ornamento ou para realizar um legato.

O envelope sonoro do instrumento é marcado por sustentação e relaxamento

curtos, e o tremolo se solidificou como uma alternativa para simular a permanência

do som. No entanto, sua consolidação corresponde a um momento histórico

específico. O tremolo pode ser mais ou menos mesurado, bem como com ou sem

variação de dinâmica ou articulação. Para uma boa execução é preciso conhecimento

da técnica de cada gênero, período histórico e/ou região de origem do repertório.

Também sua notação varia de acordo com a época. Na música popular o seu uso

é de escolha do intérprete, sem obrigatoriedade de notação em partitura. Para

a escrita contemporânea, sugerimos a haste hachurada ou a indicação textual. A

ligadura é especialmente dúbia por não diferenciar o tremolo de outras formas de

conseguir um legato (ver 4. Articulação).

Século XVIII

Nesse período, o tremolo é considerado um recurso secundário, não característico do

repertório composto para o bandolim. Os autores da época consideram que uma vez

que o instrumento não é capaz de sustentar o som por muito tempo, a música escrita

para ele não utilizará notas longas. O som do bandolim é comparado ao do cravo e da

harpa.

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O tremolo é usualmente uma escolha do bandolinista e a notação não é precisa,

muitas vezes indicando um ornamento qualquer a critério do intérprete, seja um

tremolo, um trillo ou outro. Aliás, as palavras tremolo, trillo e vibrato são muitas

vezes usadas como sinônimos. Em situações mais específicas, o efeito pode ser

notado sugerindo seu som real.

Século XIX

O bandolim, de volume limitado e pouco apto aos expressivos legatos românticos,

precisou se adaptar para retomar seu espaço na preferência de compositores

e público durante o período Romântico. É nesse momento que o tremolo passa

a ser parte essencial da técnica bandolinística, sendo executado com precisão e

preocupação com o número exato de palhetadas em cada nota.

Enquanto alguns autores do período sugerem que somente notas mais curtas do

que uma semínima não sejam tocadas com tremolo, outros usam a ligadura para

indicar seu uso. Mas em certo momento o recurso é consolidado como o “natural”

do instrumento, ao ponto de o stacatto ser utilizado para apontar em que notas

não fazer o tremolo.

Brasil

No Brasil, os bandolinistas populares (ligados principalmente ao choro)

desenvolveram um tremolo mais lento e expressivo, usualmente acompanhado

de variação de dinâmica e não preenchendo o tempo total de notas longas. Sua

função é mais de ornamentação do que de ligação das notas.

Duo Style

O Duo Style é uma técnica que mistura notas em tremolo com notas não-tremoladas,

na tentativa de simular vozes distintas.

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escrita realização aproximada


≤ ≥≤≥≤≥≤ ≤ ≥≤≥≤≥ ≤≥≤≥≤≥≤≥ ≤≥≤≥≤≥≤
wÊ ≥ œ œ œ œ œ œ œ≥ œ œ œ œ œ œ ≥ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ
4
&4 œ œ ˙ œ œ ˙

6. Ornamentação

A alta tensão das cordas do bandolim dificulta (embora não impeça) que notas

subsequentes sejam tocadas com um mesmo golpe de palheta. Usualmente cada

nota precisa de um movimento correspondente da mão direita. Assim, ornamentos

rápidos demandam uma coordenação precisa dos movimentos e habilidade do

executante.

Segunda menor

É típico do choro o uso de intervalo de segunda menor abaixo do som da corda solta

como ornamento. Embora escrito como uma apojatura, seu efeito é conseguido

tocando as duas notas ao mesmo tempo e tirando rapidamente o dedo da nota

mais grave.
escrita efeito aproximado
j œ # œœ ≈
& #œ
R ‰

Pela afinação do instrumento, esse tipo de ornamentação só pode ser realizado em

três notas (sendo mais característico em Mi e Lá):

j œ
& j œ #œ

j œ #œ

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7. Dinâmica

O bandolim é um instrumento de pouca amplitude dinâmica. Embora não necessite

de uma notação específica é importante que haja atenção a esse aspecto. Os

instrumentistas devem ser sutis na interpretação das indicações e os compositores

precisam estar cientes dessas limitações, principalmente ao escreverem para o

bandolim junto a outros instrumentos.

8.Técnicas estendidas

O uso de técnicas estendidas (não usuais na técnica tradicional dos instrumentos)


é uma característica da música contemporânea. Sua notação não é padronizada e
está necessariamente sujeita à explicação do compositor.

Alguns exemplos de técnicas que podem ser aplicadas ao bandolim:

• Percussão no corpo do instrumento,

• Sons sem altura definida (tocados além do cavalete ou da pestana, ou com


cordas abafadas),

• Arranhar a corda com a palheta,

• Ferir as cordas com um lápis (ou uma colher, ou outro objeto) em vez da palheta,

• Prender grampos de papel (ou outros objetos) na corda, influenciando sua


vibração,

• Amplificação,

• Efeitos eletrônicos (distorção, reverberação etc),

• Scordatura (Ver 1.1 Scordatura) explorando intervalos menores do que um


semitom ou “desafinações” intencionais,

• Uso de slide (tubo oco cilíndrico, feito usualmente de metal ou vidro colocado
em um dedo da mão esquerda),

• Etc.

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9. Tablatura

A tablatura é uma forma de notação para instrumentos de corda onde as linhas

indicam as cordas e números as casas a serem tocadas (sendo a corda solta

representada pelo zero) e pode incorporar ou não indicações de ritmo. Embora

mais utilizada como um recurso didático, a tablatura pode ajudar a esclarecer

dúvidas como digitações, mudanças de posições, e uso de cordas soltas.

œ œ œ œ œ œ
& œ
œ
T 0 0 0
Mandolin A 8 10 12
B 0
0

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www.fernandoduarte.mus.br

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