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RESUMO
O presente trabalho aborda os conceitos de norma jurídica e norma jurí-
dica tributária, para então abordar as questões centrais da existência, validade,
vigência e eficácia da norma jurídica tributária. Tal análise, um estudo dog-
mático jurídico destas questões, utilizou abordade da filosofia da linguagem
típica do constructivismo lógico semântico de Lourival Vilanova e Paulo de
Barros Carvalho, para refletir sobre importantes questões da Teoria Geral do
Direito aplicadas ao Direito Tributário.
1. Introdução
O presente estudo fora desenvolvido durante o curso de mestrado da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e proposta de publicação deste
estudo buscou trazer a marca histórica de meu primeiro semestre de mestra-
do. Expondo-o no original, sem qualquer retoque ou reanálise, como uma
maneira de incentivo aos alunos da Universidade São Judas Tadeu e aos leito-
res desta revista, que tem tudo para ser um exemplo de publicação acadêmica,
para seu contínuo aprimoramento. Tanto pelos acertos como pelos erros que
cometi neste texto, acredito que servirá para a reflexão e incentivo de muitos.
1 Professor de Direito Tributário da Universidade São Judas Tadeu-SP. Mestre e Doutor em
Direito Tributário pela PUC-SP.
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Torna-se neste ponto indispensável refletir sobre o que vem a ser o direi-
to. A tarefa de definir tal expressão não é fácil, pois o termo “direito” é ambí-
guo e pode ser tomado em diversos sentidos, dentre os quais direito positivo
e Ciência do Direito. Porém qualquer que seja o sentido utilizado terá sempre
como significado um objeto cultural, criado, modificado e desenvolvido pelo
homem. Desta forma, pode-se dizer, o direito é antes de tudo linguagem, haja
vista que sem ela não há conhecimento; e deste ponto parte a nossa análise.
O direito positivo nas palavras do Professor Paulo de Barros Carvalho “é
o complexo de normas jurídicas válidas num determinado país”2. Seguindo na
mesma linha de raciocínio ainda se poderia ter o direito positivo, nas palavras
2 Paulo de Barros Carvalho, Curso de Direito Tributário, São Paulo, Saraiva, 13a ed, 2000, pág. 02.
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3 Maria Rita Ferragut, Presunções no Direito Tributário, São Paulo, Dialética, 1a ed., 2001, pág. 16.
4 Idem.
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efeitos, enquanto vigor seria a própria força vinculante da norma, mesmo não
sendo mais vigente.
Assim, a vigência tem como marco inicial em regra a publicação, mas
segundo o princípio da anterioridade a eficácia jurídica dos termos eleitos na
hipótese normativa fica postergada ao exercício fiscal seguinte.
Vigência e eficácia são qualidades distintas. A vigência refere-se ao
tempo, enquanto a eficácia refere-se à produção de efeitos. Neste sentido há
que se perceber que a capacidade da norma produzir efeitos depende de cer-
tos requisitos, de ordem fática ou técnico-normativa.
A eficácia pode ser técnica, social ou jurídica. A eficácia técnica diz res-
peito à técnica legislativa, ou seja, quando uma norma depender de outra para
ser aplicada ou quando se exigir certo equipamento. No caso da falta da norma
complementar ou do equipamento não existir falta à norma eficácia técnica.
A eficácia social ou efetividade refere-se a produção das consequências
desejadas pelo elaborador das normas, verificando-se quando a conduta con-
tida no prescritor da norma for cumprida pelo destinatário, no caso do direito
tributário, quando o tributo for efetivamente recolhido.
Quanto à eficácia jurídica, esta é propriedade do fato jurídico de provo-
car os efeitos pretendidos no prescritor da norma, ou seja: ocorrendo o fato
descrito na hipótese da norma, os efeitos não podem deixar de ocorrer de
forma automática e infalível (ao menos no plano da linguagem). É a relação
8 Tercio Sampaio Ferraz Jr., Introdução ao Estudo do Direito, São Paulo, Atlas, 2a ed., 1996, págs.
197-198.
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7. Conclusões
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