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UNIDADE GARDÊNIA AZUL – Rua Menta, nº 200, sala 301 (próx. ao Barra Music).
3477-8723 / 3243-2217 / 3248-8366 / 98581-2307
c) Contratos, consórcios e convênios * Ato administrativo em sentido material,
d) Atos materiais em sentido formal, em sentido material e
e) Ato administrativo propriamente dito formal e Súmula nº 266 do STF.
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c) Finalidade Agente Agente capaz
d) Motivo competente
e) Objeto Forma prescrita Forma prescrita
ou não defesa em
- Competência lei
É o conjunto de atribuições, criadas por lei Objeto lícito, Objeto lícito,
e destinadas a um órgão público ou Agente possível, possível,
público, para desempenho das funções determinado ou determinado ou
administrativas do Estado. determinável determinável
É o poder atribuído por lei para o agente Finalidade XXXXXXXX
público exercer as suas funções. Motivo XXXXXXXX
É um círculo de atribuições dentro do qual
o agente público pode, legitimamente, atuar. Se o agente é absolutamente incapaz, o
A lei exerce uma dupla função: habilitar a ato é nulo, se relativamente incapaz,
atuação do agente e limitar essa mesma anulável (para o Direito Civil).
atuação.
No Direito Administrativo, se o ato é
* O art. 3º da Lei nº 8.112/90 define cargo vinculado, será válido se praticado por
público, mas na verdade essa definição está agente incapaz, porém, se o ato for
errada, o que ela traz é o conceito de discricionário, será nulo.
competência.
a) Tipos de competência
Art. 3o Cargo público é o conjunto de a.1) Privativa – pode ser transferida,
atribuições e responsabilidades previstas na delegada, avocada.
estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor. Ex.: Art. 84, I a VI, XII e XXV da CRFB/88
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a) organização e funcionamento da Art. 11 da Lei nº 5.427/09 - Um órgão
administração federal, quando não implicar administrativo e seu titular poderão, se não
aumento de despesa nem criação ou houver impedimento legal, delegar parte de
extinção de órgãos públicos; sua competência a outros órgãos ou titulares,
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando for conveniente, em razão de
quando vagos; circunstâncias de natureza técnica, social,
XII - conceder indulto e comutar penas, com econômica, jurídica ou territorial.
audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei; Art. 12 da Lei n 9.784/99 - Um órgão
XXV - prover e extinguir os cargos públicos administrativo e seu titular poderão, se não
federais, na forma da lei; houver impedimento legal, delegar parte da
sua competência a outros órgãos ou titulares,
a.2) Exclusiva – não pode ser transferida, ainda que estes não lhe sejam
delegada ou avocada. hierarquicamente subordinados, quando for
conveniente, em razão de circunstâncias de
A competência é irrenunciável (Princípio índole técnica, social, econômica, jurídica ou
da indisponibilidade do interesse público) – territorial.
art. 10, Lei nº 5.427/09-RJ e art. 11, Lei nº
9.784/99. * Atos que não admitem delegação de
competência (art. 13 da Lei nº 9.784/99 e
Art. 10 da Lei nº 5.427/09 - A competência é 11, § 2º da Lei nº 5.427/09)
irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que for atribuída como Art. 13 da Lei nº 9.784/99 - Não podem ser
própria, ressalvadas as hipóteses de objeto de delegação:
delegação e avocação previstas nesta Lei ou I - a edição de atos de caráter normativo;
em Leis específicas. II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do
Art. 11, Lei nº 9.784/99 - A competência é órgão ou autoridade.
irrenunciável e se exerce pelos órgãos
administrativos a que foi atribuída como Art. 11, § 2º da Lei nº 5.427/09 - Não podem
própria, salvo os casos de delegação e ser objeto de delegação as matérias de
avocação legalmente admitidos. competência exclusiva do órgão ou
autoridade
Os art. 11 da Lei nº 5.427/09 e 12 da Lei nº Lei nº 9.784/99:
9.784/99 dizem que, não havendo vedação 1) Ato administrativo normativo (Decreto,
legal, está autorizada a delegação. Resoluções, Editais, etc)
Tais dispositivos possuem uma antinomia, 2) Ato administrativo que decida recurso
mas prevalece na doutrina que a regra é a administrativo (para evitar a supressão de
delegação da competência. Somente alguns instâncias)
atos seriam indelegáveis. 3) Competência exclusiva
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Lei nº 5.427/09: Competência exclusiva
Há controvérsia se a competência Art. 11 da Lei nº 5.427/09 - Um órgão
admitiria modificação por vontade exclusiva administrativo e seu titular poderão, se não
do agente (delegação e avocatória). houver impedimento legal, delegar parte de
Di Pietro e Odete Medauar dizem que sua competência a outros órgãos ou titulares,
delegação e avocatória são prerrogativas quando for conveniente, em razão de
naturais na Administração Pública. circunstâncias de natureza técnica, social,
Carvalhinho diz que se a competência é econômica, jurídica ou territorial.
dada pela lei, sua modificação só pode se
dar por lei. - Critérios de ordem:
Técnica
* Possibilidade de delegação entre pares Social
A doutrina afirma que a delegação Econômica
decorre da hierarquia, o que inviabilizaria a Territorial
delegação entre órgãos ou agentes sem Jurídica
hierarquia.
Porém, o art. 11 da Lei nº 5.427/09 não * Revogação da delegação (o subordinado
repete essa previsão, não menciona não pode mais praticar o ato) ≠ Avocação (é
expressamente a possibilidade de delegação temporária).
entre pares, o que faz com que, em âmbito
estadual (RJ), não se admita (construção * O ato de delegação deve mencionar essa
doutrinária). condição. Se não estiver expresso, há vício
Cabe ressaltar que, quando ocorre a na formalidade do ato, não há competência
delegação, passa-se a ter mais de um (art. 14, § 3º da Lei nº 9.784/99 e art. 12, § 3º
agente ou órgão competente para prática do da Lei nº 5.427/09)
ato e que essa delegação é um ato
discricionário. Art. 14, § 3º da Lei nº 9.784/99 - As decisões
adotadas por delegação devem mencionar
* Critérios que dão ensejo à delegação (art. explicitamente esta qualidade e considerar-
12 da Lei nº 9.784/99 e art. 11 da Lei nº se-ão editadas pelo delegado.
5.427/09) – TSETJ – são critérios usados
entre órgãos ou dentro de um mesmo órgão. Art. 12, § 3º da Lei nº 5.427/09 - As decisões
Art. 12 da Lei nº 9.784/99 - Um órgão adotadas por delegação devem mencionar
administrativo e seu titular poderão, se não explicitamente esta qualidade e considerar-
houver impedimento legal, delegar parte da se-ão editadas pelo delegante.
sua competência a outros órgãos ou titulares,
ainda que estes não lhe sejam * Delegação da delegação – deve vir
hierarquicamente subordinados, quando for expressa na delegação.
conveniente, em razão de circunstâncias de
índole técnica, social, econômica, jurídica ou * Avocação (art. 15 da Lei nº 9.784/99 e art.
territorial. 13 da Lei nº 5.427/09)
Profº Rafael Sieiro
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Civil, onde se aplica o Princípio da liberdade
Art. 15 da Lei nº 9.784/99 – Será permitida, das formas).
em caráter excepcional e por motivos A forma do ato é diferente da forma do
relevantes devidamente justificados, a processo administrativo (art. 22 da Lei nº
avocação temporária de competência 9.784/99 e art. 19 da Lei nº 5.427/09), pois os
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. atos do processo administrativo não
dependem de forma, salvo se a lei exigir
Art. 13 da Lei nº 5.427/09 – Será permitida, (Princípio do informalismo).
em caráter excepcional e por motivos
relevantes devidamente justificados, a Art. 22 da Lei nº 9.784/99 – Os atos do
avocação temporária de competência processo administrativo não dependem de
atribuída a órgão hierarquicamente inferior, forma determinada senão quando a lei
observados os princípios previstos no art. 2º expressamente a exigir.
desta lei.
Art. 19 da Lei nº 5.427/09 – Os atos do
Só se aplica aos subordinados, não há processo administrativo não dependem de
avocação entre pares. forma determinada senão quando a lei
A avocação é exceção e deve ser, expressamente a exigir.
necessariamente, motivada.
A avocação só se dá por tempo - Finalidade
determinado. O ato administrativo tem como pretensão
alcançar o interesse público.
Duas grandes diferenças decorrem da É um elemento vinculado.
previsão legal sobre delegação e avocatória: Celso Antônio Bandeira de Mello diz que
1ª – A delegação seria a regra e a pode ser discricionário (minoritário). Somente
avocatória, a exceção. a finalidade imediata, pois a finalidade
2ª – Pode haver delegação para mediata será sempre o interesse público.
subordinados e até pares, porém, na A finalidade é a consequência jurídica
avocatória, necessariamente deve haver mediata do ato, a consequência imediata
hierarquia. seria o objeto.
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Porém, essa relativização se daria em A doutrina distingue ainda, motivo,
relação ao interesse público secundário. motivação e móvel.
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tribunais serão motivadas e em sessão V - decidam recursos administrativos;
pública, sendo as disciplinares tomadas pelo VI - decorram de reexame de ofício;
voto da maioria absoluta de seus membros), VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada
que, quando fala do Judiciário, diz que todas sobre a questão ou discrepem de pareceres,
as decisões administrativas dos Tribunais laudos, propostas e relatórios oficiais;
devem ser motivadas e, se o Judiciário VIII - importem anulação, revogação,
exercendo a função administrativa deve suspensão ou convalidação de ato
motivas seus atos, com maior razão o administrativo.
Executivo, que exerce a função
administrativa de forma típica, também Móvel – é a intenção do agente, é o
deverá motivar todos os seus atos. elemento psíquico do agente, é aquilo que
Carvalhinho (2ª corrente) diz que a move o agente. Deve ser demonstrada nos
motivação não é uma exigência atos discricionários a intenção do agente,
constitucional, fazendo interpretação literal exigência que não ocorre nos atos
do art. 93, X da CRFB/88, que faria uma vinculados.
exigência somente para o Poder Judiciário. O conhecimento do móvel é importante na
Portanto, a motivação só seria obrigatória análise do ato discricionário, pois, diferente
se houvesse expressa determinação legal. A do ato vinculado, em que seus elementos
lei nº 9.784/99, em seu art. 50, elenca alguns estão na lei, o ato discricionário depende de
atos que devem ser motivados uma ponderação do agente público, o que
necessariamente, o que não seria a regra. não poderia ser feito, por exemplo, por um
Diogo Figueiredo Moreira Neto (3ª agente público incapaz.
corrente) diz que todos os atos
administrativos decisórios devem ser Teoria dos Motivos Determinantes – é o
motivados. O art. 93, X da CRFB/88 fala elo entre as alegações do agente (motivação
expressamente em decisões, em atos do ato) e a realidade dos fatos ou aquilo que
decisórios e, apenas estes atos devem ser prescreve a lei.
motivados. Ato decisório seria o ato que Esse elo vincula o Administrador. Se não
afeta ou restringe interesses ou direitos dos houver liame entre alegações e realidade ou
particulares (art. 50, I da Lei nº 9.784/99). lei, ocorrerá o “quebramento da teoria dos
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivos determinantes”.
motivados, com indicação dos fatos e dos A Teoria dos Motivos Determinantes tem
fundamentos jurídicos, quando: natureza jurídica de causa de pedir em um
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou processo administrativo disciplinar ou processo
interesses; judicial, visando o pedido que é a anulação do
II - imponham ou agravem deveres, encargos ato.
ou sanções;
III - decidam processos administrativos de * Planos do ato administrativo:
concurso ou seleção pública; 1) Perfeição (o ato já ultrapassou todas as
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade etapas de seu ciclo de formação –
de processo licitatório;
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competência, finalidade, forma, motivo e
objeto) * Motivação extemporânea (posterior),
2) Validade (como o ato foi praticado) sana vício na motivação? (02 hipóteses)
3) Eficácia (capacidade de gerar efeitos) Se o ato é vinculado, o vício é sanado,
pois a motivação já se encontra na lei.
Se faltar um ou mais requisitos de Porém, se o ato é discricionário, o vício
formação do ato, este será imperfeito. não é sanado.
O modo como o ato foi praticado é
analisado no plano da validade. Cada * Motivação aliunde – motivação que está
elemento de formação do ato deve estar em em outro ato administrativo ou outro
acordo com a lei. documento diverso do ato praticado (ex.:
Se o ato estiver sujeito a termo (evento Dispensa de licitação que não está no edital,
futuro e certo) ou condição (evento futuro e está no Parecer da Procuradoria, ou seja, o
incerto), será chamado de ato motivo do ato está em outro ato – art. 48, III
administrativo pendente. da Lei nº 5.427/09).
O ato pode ser:
- Perfeito – válido – eficaz. Art. 48, III da Lei nº 5.427/09 –As decisões
- Perfeito – inválido – eficaz. proferidas em processo administrativo
- Perfeito – válido – ineficaz (termo ou deverão ser motivadas, com indicação dos
condição). fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
- Perfeito – inválido – ineficaz (dissonância III. dispensem ou declarem a inexigibilidade
com a lei e sujeito a termo ou condição). de processo licitatório.
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Deve ser lícito, possível, determinado (ou de pode ser exercido pelo Judiciário, Legislativo
direito) ou determinável (de fato). e pelo Executivo.
Objeto determinável – elemento b) De mérito – verifica a oportunidade e a
discricionário (ex.: autorização para instalação conveniência da prática ou manutenção do
de um circo em uma praça pública). ato e se não for oportuno ou conveniente,
Objeto determinado – elemento vinculado ocorre a revogação. É um controle mais
(ex.: concessão de licença profissional). restrito, só exercido por quem editou o ato, é
Diante da enumeração dos elementos ou um controle interno.
requisitos do ato administrativo, extrai-se:
Em regra, o Judiciário não pode controlar
Sempre vinculados: mérito do ato, mas pode controlar os
Competência elementos vinculados desse ato
Forma administrativo.
Finalidade Luis Roberto Barroso admite que o
Judiciário analise o mérito do ato
Vinculado ou discricionário: administrativo, por conta dos Princípios
Motivo Constitucionais (moralidade, razoabilidade,
Objeto proporcionalidade, eficiência, etc).
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motivação para exoneração for incongruente administrativo presume-se legítimo (de
com a realidade, esse ato será declarado nulo. acordo coma lei) e verdadeiro (conteúdo do
* Se dentre diversas motivações inválidas ato verdadeiro).
houver uma motivação válida e suficiente A principal característica da presunção de
para justificar o ato, este não será legalidade e legitimidade e veracidade é a
invalidado, só ocorrerá o afastamento das inversão do ônus da prova em desfavor do
motivações inválidas (Diógenes Gasparini). administrado.
3ª – Teoria dos Princípios (Pós- Ainda, permite que o ato administrativo
positivismo ou neoconstitucionalismo) – gere efeitos imediatos, mesmo que o ato seja
Os princípios são normas jurídicas primárias, ilegal.
ao contrário do que diz o art. 4º da LICC.
Diogo Figueiredo Moreira Neto faz a
o
Art. 4 . Quando a lei for omissa, o juiz seguinte distinção:
decidirá o caso de acordo com a analogia,
os costumes e os princípios gerais de direito. a) Legalidade – elementos do ato em acordo
com a lei, em um Estado de Direito.
Um ato do Poder Público não pode b) Legitimidade – elementos do ato em
contrariar Princípios Constitucionais, senão acordo com a lei, em um Estado Democrático
será considerado até mesmo de Direito.
inconstitucional. Há uma análise de c) Veracidade – ligada ao conteúdo do ato,
compatibilidade entre o ato administrativo e presunção de veracidade do conteúdo do ato.
todo o ordenamento jurídico, é aonde
aparece o controle de juridicidade 2) Imperatividade – É a capacidade de
(respeito à lei e ao direito – art. 2º, PU, I da submeter a vontade do particular à vontade
Lei nº 9.784/99). do Estado.
Art. 2o A Administração Pública obedecerá,
dentre outros, aos princípios da legalidade, * Todo ato administrativo possui
finalidade, motivação, razoabilidade, imperatividade?
proporcionalidade, moralidade, ampla 1ª corrente (Maria Sylvia) – sim, é sempre
defesa, contraditório, segurança jurídica, imperativo, se não for, é ato da
interesse público e eficiência. Administração.
Parágrafo único. Nos processos 2ª corrente – não, depende da espécie do
administrativos serão observados, entre ato (NONEP)
outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito. a) Normativos (imperativo) – se assemelha à
lei (ex.: edital, decreto, etc – atinge o
- Características ou atributos do ato particular)
administrativo b) Ordinatórios (imperativos) – atos de
organização e funcionamento interno da
1) Presunção de legalidade e legitimidade e Administração Pública. Só atinge os
veracidade (presunção relativa) – o ato integrantes da Administração Pública.
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c) Negociais (não são imperativos) – há - Formas de extinção dos atos
interesse do Estado e do particular e os dois administrativos
devem praticar o ato, não prevalece a
vontade do Estado. 1) Extinção natural – o ato já produziu seus
d) Enunciativos (não são imperativos) – efeitos ou o prazo estipulado (a termo) já se
CAPA (ex.: Certidões, Atestado, Parecer e implementou.
Apostila)
e) Punitivos (imperativos) – é o que aplica 2) Extinção subjetiva – ocorre o
sanção (ex.: multa de trânsito, demissão, desaparecimento do destinatário do ato.
etc). Decorre do poder de Polícia ou do
Poder Disciplinar. 3) Extinção objetiva – ocorre o
desaparecimento do objeto do ato.
3) Autoexecutoriedade – capacidade de o
ato administrativo gerar efeitos, 4) Caducidade – o ato administrativo nasce
independentemente, de manifestação do legal, porém, posteriormente, surge uma lei
Poder Judiciário ou do Poder Legislativo que revoga a lei na qual o ato se
(ex.: apreensão de mercadorias, interdição fundamentava, o que o torna ilegal. Há uma
de estabelecimentos, prisão em flagrante, ilegalidade superveniente do ato, em face de
etc). uma nova lei.
Porém, há exceções, como por exemplo: É a retirada do ato do mundo jurídico, por
multa (ato administrativo não autoexecutório, se tornar ilegal, com a superveniência de
sendo autoexecutória somente na aplicação uma nova lei.
e nunca na execução).
* Se tratar-se de ato vinculado (ex.: licença),
Alguns autores dividem a gera direito adquirido e a nova lei não pode
autoexecutoriedade em: retroagir para prejudicá-lo (Princípio da
a) Exigibilidade – o ato é fonte de obrigação, Segurança Jurídica).
é exigível, ora gera obrigação de fazer, ora
de não fazer, ora de suportar. * O STF e Hely Lopes Meireles falam em
b) Executável – só é executável se a revogação da licença para construir, antes
Administração puder compelir, por só própria, de iniciada a obra
o particular a cumprir a obrigação.
RE 105634 / PR - PARANÁ
4) Tipicidade – é a perfeita subsunção da RECURSO EXTRAORDINÁRIO
conduta do Administrador ao tipo Relator(a): Min. FRANCISCO REZEK
administrativo previsto. Julgador: Segunda Turma
No Direito Administrativo há presunção Publicação DJ 08-11-1985
relativa de legalidade, no Direito Penal, a Ementa
presunção relativa é de ilegalidade. - Licença para construir. Revogação. Obra
não iniciada. Legislação Estadual posterior.
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I. Competência do Estado Federado para * Assemelha-se a um crime culposo, onde
legislar sobre áreas e locais de interesse não há intenção ilegal, o que ocorre é a
turístico, visando a proteção do patrimônio execução que traz um resultado ilegal.
paisagística (C.F. art. 180). Inocorrência de
ofensa ao art. 15 da Constituição Federal; 6.2) Anulação – o ato nasce ilegal, gera
II. Antes de iniciada a obra, a licença para efeitos e é anulado. Ele gerará efeitos até
construir pode ser revogada por que seja anulado.
conveniência da administração pública, sem É a extinção por uma ilegalidade originária,
que valha o argumento do direito adquirido. na própria edição do ato administrativo e tem
Precedentes do Supremo Tribunal. Recurso como efeito a cassação de todos os efeitos
Extraordinário não conhecido. desse ato.
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oportunidade, respeitados os direitos A convalidação pode ser:
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a) Voluntária – pela vontade da
a apreciação judicial. Administração
b) Involuntária – independe da vontade da
* Ampla defesa e contraditório Administração, se dá com o mero decurso do
tempo (decadência administrativa).
* Agente de fato necessário X Usurpador de
função * A lei nº 9.784/99, art. 54, estabelece o
prazo decadencial de 05 anos, em que,
Agente de fato necessário – assume o passado esse período, o ato seria
exercício da função pública em uma situação convalidado de forma involuntária.
de grave perturbação da ordem, em que não
há tempo para ação dos agentes de direito. Art. 54. O direito da Administração de anular
Seus atos são convalidados, pelo os atos administrativos de que decorram
Princípio da Supremacia do Interesse efeitos favoráveis para os destinatários decai
Público. em cinco anos, contados da data em que
A responsabilidade civil neste caso não foram praticados, salvo comprovada má-fé.
cabe ao Estado.
* Não havendo lei estipulando o prazo
Usurpador de função – o agente assume o decadencial, surgem 03 correntes:
exercício da função, mediante violência,
fraude ou grave ameaça. Seus atos são 1ª (STJ) – só há prazo decadencial, se
inexistentes, mas podem gerar houver lei prevendo, se não houver, não
responsabilidade para o Estado, ao menos haverá prazo para decadência e o prazo de
por omissão (culpa in vigilando). contagem se dá a partir da vigência da lei,
até mesmo para os atos praticados antes da
6.3) Revogação – pressupõe um ato legal, vigência da lei.
mas que não é mais oportuno ou conveniente
para Administração Pública, possuindo 2ª – deve ser feita analogia com o Código Civil
efeitos ex nunc. quando não houver lei específica (art. 205 do
CC).
- Convalidação ou sanatória dos atos
administrativos Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos,
Quando os efeitos da anulação forem mais quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
danosos que a sua manutenção, este terá
seus efeitos mantidos, em atenção aos 3ª (Hely Lopes Meireles, Di Pietro, Luis Roberto
princípios da Segurança Jurídica, boa-fé, Barroso – majoritária) – ausente uma lei
confiança legítima, etc). específica, deve-se buscar a analogia na
A convalidação ou sanatória é uma legislação administrativa.
ponderação entre princípios.
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- Formas de convalidação do ato
administrativo (somente se opera em
vícios sanáveis)
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