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Orientador:
RIO DE JANEIRO
Setembro de 2018
Oliveira, Matheus Gondim de
Elaboração de uma Estratégia de Manutenção
Planejada para Cabos de Aço Utilizados na Indústria
Offshore / Matheus Gondim de Oliveira – Rio de
Janeiro: UFRJ / Escola Politécnica, 2018.
XIII, 86 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Fábio Luiz Zamberlan
Projeto de graduação – UFRJ / Escola Politécnica /
Curso de Engenharia Mecânica, 2018.
Referências bibliográficas: p. 82-85.
1. Cabo de Aço 2. Manutenção Planejada 3. Estratégia
de Manutenção 4. Indústria Offshore I. Fábio Luiz
Zamberlan. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Escola Politécnica, Curso de Engenharia Mecânica. III.
Título.
iii
“Sei lá, sei lá
Eu só sei que ela está com a razão”
Tom Jobim
iv
AGRADECIMENTOS
Não seria possível realizar esse trabalho sem o auxílio de várias pessoas, logo a esses
homens e mulheres, que tanto contribuíram na minha vida acadêmica, profissional e
pessoal, minha eterna gratidão.
Ao Professor Fábio Zamberlan, meu muito obrigado por ter aceitado ser meu orientador
e, nesses últimos meses, ter me fornecido conceitos, comentários e dicas preciosas não só
sobre a elaboração deste trabalho, mas dessa área fascinante da engenharia que é a
manutenção.
Cada um participou de uma maneira ímpar na minha vida e esses agradecimentos são uma
forma de lembrar e homenagear aqueles que tanto fizeram por mim ao longo da minha
história.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
Setembro/2018
Esse trabalho visa construir um plano de manutenção para cabos de aço utilizados na
indústria offshore, especialmente em navios PLSV. Embora haja vários manuais de
manutenção para cabos de aço feitos por diferentes fabricantes e fornecedores desta
categoria de ativo, além de normas e guias feitos por diversas entidades internacionais,
tais recomendações devem ser empregadas somente após conhecimento do cenário e da
cultura da indústria alvo dessa aplicação. Logo, é este ponto que o projeto final aborda:
como adaptar essas referências à indústria offshore; buscando responder à pergunta de
quais critérios deverão ser utilizados para classificação de cabos e quais parâmetros serão
utilizados nesta definição. Características construtivas, valores e criticidades do
equipamento, todos esses pontos são abordados após uma revisão bibliográfica extensa
não só de assuntos técnicos de cabo de aço, mas também de conceitos de manutenção
industrial. Para que no fim, se chegue a definição de um plano de manutenção e faça sua
implementação.
vi
Abstract of Monograph present to Poli/UFRJ as a partial fulfillment of the requirements
for degree of Mechanical Engineer.
September/2018
This work aims to build a maintenance plan for steel wire ropes used in the offshore
industry, especially in PLSV vessels. Although there are several maintenance manuals
for steel wire ropes published by different manufacturers and suppliers of this category
of asset, in addition to standards and guides made by several international entities, such
recommendations should be used only after knowing the scenario and the culture of the
industry targeted by this application. So, this is the objective of this project: how to adapt
these references to the offshore industry; seeking to answer the question of what criteria
should be used for wire rope classification and which parameters will be used in this
definition. Constructive characteristics, values and equipment criticalities, all these points
are approached after an extensive bibliographical review not only of steel cable technical
subjects, but also of concepts of industrial maintenance. So that, in the end, the definition
of a maintenance plan arrives and makes its implementation.
vii
SUMÁRIO
viii
4 MANUTENÇÃO EM CABOS DE AÇO ............................................................. 30
4.1 LIMPEZA .................................................................................................... 30
4.2 INSPEÇÃO VISUAL ................................................................................... 32
4.2.1 Inspeção Visual Diária ...................................................................................32
4.2.2 Inspeção Periódica ..........................................................................................33
4.2.3 Critérios de Descarte ......................................................................................35
4.3 LUBRIFICAÇÃO ......................................................................................... 40
4.3.1 Intervalos de Lubrificação ..............................................................................41
4.3.2 Escolhendo o Tipo de Lubrificante ................................................................42
4.3.3 Efetuando a Lubrificação ...............................................................................42
4.3.4 Registros de Lubrificação ...............................................................................44
4.4 ENSAIO NÃO DESTRUTIVO – TESTE ELETROMAGNÉTICO ............... 44
4.4.1 Técnica Empregada ........................................................................................45
4.5 ENSAIO DESTRUTIVO – TESTE DE RUPTURA ...................................... 46
4.6 RETERMINAÇÃO ....................................................................................... 48
4.7 FERRAMENTAS PARA A GARANTIA DE INTEGRIDADE DE CABOS DE
AÇO ................................................................................................................... 50
5 ELABORAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE CABOS DE AÇO ...................... 52
5.1 DESAFIO DA INDÚSTRIA OFFSHORE E DAS EMBARCAÇÕES PLSV 52
5.1.1 Sistemas e Equipamentos de um PLSV ..........................................................54
5.2 PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE CATEGORIAS DE MANUTENÇÃO DE
CABOS DE AÇO ............................................................................................... 61
5.2.1 Avaliação da Vida Útil Econômica ................................................................63
5.2.2 Análise Valores Mínimos e Máximos por Categoria .....................................68
5.3 DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTO DE MANUTENÇÃO DE CABOS DE
AÇO ................................................................................................................... 73
5.4 APLICAÇÃO DO PROCESSO DE GERENCIAMENTO DE CABOS DE AÇO
EM NAVIOS PLSV ........................................................................................... 74
5.4.1 Planejamento da Manutenção .........................................................................74
5.4.2 Manutenções Executadas ................................................................................75
5.5 MOMENTO DO DESCARTE ...................................................................... 78
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 80
6.1 COMENTÁRIOS ......................................................................................... 80
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .......................................... 80
ix
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 82
ANEXO A – RELATÓRIO DE RETERMINAÇÃO .............................................. 86
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.2 – Máquina planetária para fabricação de cabos de aço [1] ............................. 5
Figura 4.2 – Seções críticas para inspeção - 1) Tambor; 2 & 3) Polias [19] .................. 32
xi
Figura 4.3 – Cabo de aço com arames rompidos [19] .................................................... 35
Figura 4.4 – Seção transversal de um cabo de aço mostrando corrosão interna [19] ..... 37
Figura 4.10 – Métodos de aplicação manual de graxa em cabos de aço [1] .................. 43
Figura 4.15 – Esquemático de um cabo de aço servido por arames [19] ....................... 48
Figura 5.3 – Seção transversal e construção do cabo do guincho de mesa [24] ............. 55
Figura 5.4 – Seção transversal e construção do cabo do guindaste de serviço [24] ....... 56
Figura 5.5 - Seção transversal e construção do cabo do guincho de iniciação [24] ....... 57
Figura 5.8 – Seção transversal e construção do cabo do guincho A&R [24] ................. 59
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.4 – Ferramentas para a integridade de cabo de aço: prós e contras [18] ......... 51
Tabela 5.10 – Definição das características de cada categoria de cabo de aço. ............. 74
xiii
1 INTRODUÇÃO
1.1 Motivação
Cabos de aço são amplamente utilizados em diversas áreas da indústria, também podem
ser utilizados como elementos chave para meio de transporte de passageiros: funiculares,
bondinhos, elevadores.
qual ele é empregado, se faz necessário uma grande atenção às atividades de manutenção.
1.2 Objetivo
Este trabalho tem o intuito de elaborar uma estratégia de manutenção para cabos de aço
utilizados na indústria offshore, para isso, previamente, iremos fazer uma revisão na
literatura sobre cabos de aço e manutenção, passando pelos princípios de cada assunto.
como as mesmas são feitas, para, após, chegarmos ao nosso objetivo do trabalho que é
offshore.
Este trabalho é composto de seis capítulos, incluindo este capítulo introdutório. Eles
foram escritos de forma a passar para o leitor a exata compreensão da importância das
O primeiro capítulo trata do objetivo deste projeto final, apresentando as motivações que
1
O terceiro capítulo discorre sobre a teoria da manutenção, apresentando ao leitor alguns
de aço, assim como a importância de cada uma delas para o bom gerenciamento da vida
deste ativo.
a partir de um caso da indústria offshore, para isso será realizada uma correlação entre os
cada caso.
O sexto e último capítulo expõe as considerações finais do trabalho e ideias para futuros
projetos.
Por fim, seguem as referências bibliográficas de onde várias definições e conceitos foram
retirados e, também, fontes as quais o autor deste trabalho pode se basear para dissertar
sobre o tema; e os anexos que visam complementar e contextualizar o texto das seções
2
2 CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CABOS DE AÇO
laminação a quente, base de vários outros produtos como molas, rebites, esferas de
rolamento, é recebido em bobinas pelo fabricante de cabos de aço. Esse fio-máquina passa
ou ácido clorídrico, para limpá-lo, no intuito de retirar a capa externa de oxido de ferro,
trefilar, que reduz o diâmetro do fio em diversas etapas, trefilação grossa e trefilação fina,
nas trefilas, faz com que o arame, além de atingir o diâmetro final especificado, adquira,
visa obter uma estrutura molecular uniforme, dando ao arame uma maior resistência à
3
intermediário, anterior à trefilação fina. Com uma fase isotérmica, atingida através de
esquentados acima do ponto crítico e depois são resfriados até aproximadamente 550ºC
e permanecem nessa temperatura alguns segundos antes do seu resfriamento final. Assim,
o aço está preparado para a última trefilação, que permite atingir as características
Os arames também podem ser galvanizados, que se baseia em uma imersão em zinco
fundido, podendo ser em linha com o patenteamento ou após a última trefilação. Arames
Máquina de Máquinas de
Perna Encordoamento
Cabo Fechado
Cabo de Aço
Uma amostragem de cada bobina fabricada é realizada para que haja um controle da
qualidade do arame, pois isso é fundamental para garantir a qualidade do cabo. Por
• Diâmetro e ovalização;
• Estado superficial;
• Resistência à tração;
• Ductilidade;
4
Nos arames galvanizados também é controlado a espessura e centralização da camada de
Após todo processo explicitado anteriormente, o arame, que foi originado a partir do fio
cabo de aço que consiste na torção helicoidal dos arames em torno de um arame central
para a formação das pernas. Essa construção pode ser feita de diversas maneiras, tipos de
perna, e em uma ou mais etapas, porém quanto maior o número de operações o cabo terá
um desempenho e uma vida útil menor devido ao posicionamento dos fios, levando a uma
A última etapa de fabricação do cabo é a torção das pernas ao redor da alma. Após todo
fadiga, inspeção visual, entre outros, que fornecem dados para a emissão do tipo de
5
2.2 Características Construtiva
O arame é o elemento base para a montagem do cabo [1] e tal montagem é feita da
seguinte forma:
cabo de aço.
2.2.1 Arame
Os arames são as unidades básicas para a construção do cabo de aço. Os arames utilizados
em cabos de aço são fios de aço estirados a frio, de alta resistência mecânica. O processo
de fabricação com técnicas específicas visa obter as propriedades abaixo de acordo com
a aplicação do cabo:
• resistência à tração;
• ductibilidade;
• resistência ao desgaste;
Embora seja intuitivo que a carga de ruptura mínima, CRM, de um cabo de aço aumente
elevar esta carga. A tabela 2.1 apresenta algumas categorias de resistência na qual o cabo
Faixa de Resistência à
Tipo Sigla
Tração (N/mm²)
Plow Steel PS 1370 – 1770
Improved Plow Steel IPS 1570 – 1960
Extra Improved Steel EIPS 1770 – 2160
Extra Extra Improved Steel EEIPS 1960 – 2160
Visando a proteção contra corrosão e desgaste devido ao atrito entre os arames, os cabos
uma proteção adicional contra a corrosão. Essa proteção pode ser feita através da
galvanização dos arames, sendo realizada na bitola final ou numa bitola intermediária que
será novamente trefilada, levando a uma camada de zinco uniforme, nesse último caso
2.2.2 Perna
de arames torcidos no mesmo sentido, podendo ter mais de uma camada, dispostos ao
7
redor de um arame central [4]. Porém, o modo que cada perna é construída e a torcedura
• Torcedura à esquerda (S): quando as pernas são torcidas entorno da alma para
esquerda;
• Torcedura à direita (Z): quando as pernas são torcidas entorno da alma para
direita.
em sentidos opostos, logo, o cabo não tendem a torcer, sendo mais fáceis de
manusear, dando maior estabilidade quando o cabo é solicitado. Porém, são menos
8
resistentes à tração e ao desgaste por abrasão [1]. Essa torção é a mais
sentido, embora mais difíceis de manusear, esse tipo de torção possui maior
propriedades.
O espaço existente entre duas camadas é preenchido com um arame de pequeno diâmetro.
A camada externa é composta por fios maiores e a interna por fios menores, estes últimos
posicionados nos vales dos fios maiores. Devido ao maior diâmetro dos arames da camada
9
externa, essa construção possibilita uma grande resistência à abrasão [1, 5, 6]. A composição
entre si. O cabo é torcido com pernas de fios de vários diâmetros. Cada fio se aloja no
sulco formado por dois arames internos, logo os fios não se interceptam, reduzindo as
característica que favorecem uma maior vida desses cabos [1, 5, 6].
Os arames estão distribuídos em três camadas mais o arame central. As camadas internas
10
construção Seale e a alta resistência à fadiga mais a boa flexibilidade da construção
Neste tipo de construção, ilustrado na figura, todos arames possuem o mesmo diâmetro.
encablamento do cabo sem ter que aumentar o diâmetro do mesmo, contribuindo a uma
maior área metálica e, consequentemente, uma maior carga de ruptura mínima [1, 5, 6].
11
Figura 2.10 – Perna compactada [6]
2.2.2.3 Passo
necessária para que uma perna faça uma volta completa em torno do próprio eixo do cabo,
2.2.3 Alma
A alma é a parte central do cabo, ela serve de suporte para os arames e pernas. Também
chamada de núcleo, pode ser fabricada a partir de diversos tipos de materiais, porém os
A alma pode ser composta de fibras naturais (AF) ou artificiais (AFA). Quando produzido
a partir de fibras vegetais naturais, normalmente de sisal, são embebidos em óleo para
redução do desgaste produzido pelo atrito entre os fios e, também, para proteção contra
12
Os núcleos compostos de fibras artificiais, normalmente polipropileno, têm a vantagem
Contudo, seu valor é mais elevado, sendo utilizados apenas em casos especiais.
Este tipo de núcleo dá uma excelente flexibilidade ao cabo, além de proporcionar uma
FC–Fibre
Figura 2.12 Alma de fibra [6]
Core
Este tipo de núcleo é formado por uma perna do próprio cabo de aço, sendo mais simples
Wire –
Figura 2.13 Alma
Strand de aço [6]
Core
Este tipo de construção, como ilustrado na figura 2.13, é aconselhável para cabos de
pequenos diâmetros.
flexibilidade e com uma maior carga de ruptura mínima, é o modelo de núcleo mais
13
utilizado [1]. Essa construção também proporciona uma maior tolerância ao
adicional, que faz com que as pernas e os arames fiquem torcidos na forma helicoidal,
do mesmo. Isto resulta em fios descarregados, não sujeitos a tensões internas. Logo, os cabos
não tendem a se distorcer caso as amarras em suas extremidades forem desfeitas, facilitando
reterminações e emendas nos cabos. As principais vantagens do cabo pré-formado são [1]:
equilíbrio do cabo;
não se projetando para fora, o que o tornaria perigoso durante manuseio do cabo.
força necessária para mantê-los em posição ocasiona tensões internas que se somam as
cargas provocadas durante serviço quando o cabo passa por polias ou em tambor,
14
2.3.2 Cabo de Aço Não Rotativo
Um cabo de aço, quando submetido à ação de uma carga, tende a girar sobre o seu eixo.
Tal fato é devido à torcedura helicoidal dos arames e das pernas ao redor da alma do cabo.
O sentido do giro é inverso ao enrolamento do cabo, fazendo com que o cabo sempre
problemas como o enroscamento dos cabos em operações com sistemas de duas ou mais
linhas leva a uma condição crítica e perigosa para o cabo e para a segurança em geral.
A solução para evitar o exposto acima consiste no uso de cabos de aço não rotativos,
devendo ser empregados para o levantamento de cargas não guiadas, que podem
menor tendência de giro sobre seu próprio eixo, graças à sua construção em múltiplas
camadas, onde cada camada de perna externa e interna possui uma inversão de torção
entre elas, conforme mostrado na figura 2.15, logo, o momento torsor sob tensão tende a
ser anulado.
15
Figura 2.16 – Características rotativas entre diferentes cabos de aço [8]
A figura 2.17 mostra construções com propriedades não-rotativa, como a 19x7 possui
uma excelente resistência à tração, porém com níveis médios de flexibilidade e resistência
ao esmagamento. Contudo outras construções são possíveis, como a 34x7 que é mais
Os cabos de aço resistentes à rotação devem ser utilizados com cautela, aplicando fatores
quanto ao desgaste e a ruptura desses cabos também são diferentes, levando a uma
• Este cabo deve ser armazenado em tambor com canal e com dimensões suficientes
linha de cabo ou quando o sistema possui duas linhas muito próximas e a altura
operação desse tipo de cabo, é recomendado limitar seu emprego apenas aos casos
indispensáveis.
O diâmetro nominal de um cabo de aço é aquele pelo qual o cabo é designado, ou seja, é
cabo de aço deve ser medido pela circunferência que o circunscreve, com o auxílio de um
17
Para obtermos o diâmetro real do cabo, devemos realizar diversas medidas, estas
medições devem ser feitas numa parte reta do cabo, em 2 posições com espaçamento
uma a outra (girando 90º), a média dessas 4 medições deve ser o diâmetro real.
As principais abreviaturas utilizadas nos cabos de aço são apresentadas na tabela abaixo:
Descrição Abreviatura
Regular O
Filler F
Seale S
Warrington W
Warrington Seale WS
Compacta K
Torcedura Regular à Direita sZ
Torcedura Regular à Esquerda zS
Torcedura Lang à Esquerda sS
Torcedura Lang à Direita zZ
• Diâmetro;
ou outra);
18
• Acabamento (polido ou galvanizado);
• Indicação da aplicação;
• Comprimento;
pois determinará qual será a carga máxima de trabalho a partir do conhecimento da carga
𝐶𝑅𝑀
𝐶𝑀𝑇 =
𝐹𝑆
Segundo a norma DNVGL-ST-0378, referência [10], o fator de segurança (FS) para cabos
de aço utilizados em aplicações offshore, deve ser calculado através da fórmula abaixo,
104
𝐹𝑆 =
0,885 × 𝐶𝑀𝑇 + 1910
19
3 PRINCÍPIOS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
capítulo serão abordados alguns princípios sobre manutenção industrial que irão
possa desempenhar uma função requerida. Nota: A manutenção pode incluir uma
modificação do item.
Embora muitas vezes tratados como sinônimos, defeitos e falhas não são conceitos iguais.
requisitos. Notas:
20
a) Os requisitos podem, ou não, ser expressos na forma de uma
especificação.
Notas:
equipamento, não sendo uma tarefa trivial. Pois, a condição de falha está ligada à não
21
Acima, a figura mostra uma representação gráfica da sequência de acontecimentos de
de falha).
Para título de informação, a norma NBR 5462:1994 também possui a definição de pane,
que é a seguinte:
outras ações planejadas, ou pela falta de recursos externos. Nota: Uma pane é
geralmente o resultado de uma falha de um item, mas pode existir sem uma falha
anterior.
abordados nesta seção a partir dos conceitos definidos pelo autor citado anteriormente e
equipamento é que são tomadas ações corretivas. Embora não possua muitas vantagens
econômicas, nem operacionais, esta técnica gera menor custo de atendimento. Porém, são
poucos equipamentos que justificam o emprego exclusivo desta técnica, como por
simplicidade operacional.
22
No entanto, reduzir a manutenção imprevista à zero não é possível, pois além de ser
A manutenção preventiva será tanto mais conveniente quanto maior for a simplicidade na
reposição; quantos mais altos forem os custos de falhas; quanto mais falhas prejudicarem
operacional.
Após uma manutenção preventiva o equipamento pode estar tão bom quanto um novo ou
23
3.3.3 Manutenção Preditiva
preditiva visa detectar falhas latentes, prevenindo possíveis panes através de correções no
ativo [13].
por partículas magnéticas, por líquido penetrante e por ultrassom, análise de vibração,
entre outras, compõe atividades que podem ser classificadas como manutenção preditiva.
Porém, grande parte das tarefas de manutenção preditiva requer pessoal capacitado e
treinado para realização e análise dos resultados, além de possuir um alto custo com
offshore, a mesma é submetida à uma série de requisitos legais e normativos que regulam
esta atividade. Portanto, para que a unidade opere com segurança e conforme as leis
vigentes, os requisitos mínimos devem ser atendidos, contudo há impactos nas atividades
de manutenção.
24
seus requisitos. A NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos é um
equipamentos.
deste setor [12], pois é dela o papel de fiscalização das atividades de exploração e
25
Exemplos são os Sistemas de Gerenciamento em Segurança, como o SGSO (Sistema de
necessário para as empresas que atuam no mercado de óleo e gás 17 práticas de gestão.
integridade mecânica das instalações, exige das empresas certos pontos relativos a
Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, que tem por
manutenção da empresa, mas sim transferir para terceiros algumas atividades que
tarefas, ou seja, demanda uma vocação do colaborador que irá executar esta tarefa. E, ao
26
workshops, compra de materiais, etc.) para realizar serviços pontuais, será escolhida a
opção de contratar prestadores de serviços especializados para realizar essas tarefas com
Embora haja vantagens na terceirização, o gestor deve escolher quais atividades devem
serviço demandado com qualidade e segurança, tomando cautela para não criar uma
uma terceirizada é a garantia que a mesma irá se adequar as normas adotadas pela
contratante, pois, como vimos na seção anterior, a indústria offshore possui vários agentes
e normas regulamentadoras que devem ser seguidas, seja pela contratante ou pela
contratada.
Para um bom gerenciamento dos ativos, a organização deve ter algum meio de
possa ter, para isso a criação de uma ficha cadastral de equipamentos é um elemento
importante para o melhor conhecimento dos ativos de uma planta [13]. Alguns atributos
• Descrição;
• Fabricante;
• Modelo;
• Número de Série;
27
• Dados Específicos (por exemplo: dimensão, peso, potência, resistência, material,
etc.);
• Desenhos e certificados.
plano de manutenção deve levar em conta os equipamentos que serão alvos da atividade
de manutenção, o ideal é que seja listado os ativos de uma mesma localização da planta
Tarefa
Equipamento Frequência
Plano de
Manutenção
Planejada
A tarefa é a ação que será executada no ativo, ela deve ter sua especialidade (elétrica,
permissão de trabalho, lista de EPIs necessários, etc.) bem definidas, caso haja
necessidade ela também deve fazer referência a documentos como normas, desenhos,
manuais do fabricante e procedimento. Por último, caso se opte pela manutenção baseada
deve ser feita de forma que se otimize o custo de manutenção, sem efetuar demasiadas
28
atividades, além de seguir as instruções do fabricante e adaptar ao tipo de utilização do
equipamento.
as ações de manutenção efetuadas, será o histórico das instalações. Imperativo que cada
raiz;
O preenchimento de uma ordem de serviço deve ser realizado por quem executou a
atividade demandada, porém deve ser revisado pelo seu supervisor direto para que seja
Caso, durante a realização da atividade, seja criado outros documentos, tais como
certificados ou relatórios, estes deverão ser anexados a ordem de serviço e deverão ser
29
4 MANUTENÇÃO EM CABOS DE AÇO
além de gerar maior segurança a atividade a qual este equipamento é utilizado. Porém,
apesar de uma boa manutenção no cabo deva ser preconizada, seus acessórios e
equipamentos auxiliares, como: tambor, polia, soquetes, etc., também devem ter uma
Onde, em cada seção, haverá uma descrição da tarefa e da sua importância para a
preservação do ativo.
Qualquer atividade de manutenção deve ser realizada por pessoal qualificado e com a
do colaborador.
4.1 Limpeza
Durante o uso do cabo de aço, impurezas e sujeiras do ambiente podem facilmente entrar
na estrutura do cabo, por isso, segundo manuais de fornecedores de cabo de aço, como o
Essa tarefa é altamente recomendada antes de uma inspeção visual, pois irá possibilitar a
execução da inspeção do cabo com maior facilidade. Outros pontos importantes para a
limpeza são:
30
• Equipamentos de limpeza automáticos, como o da figura 4.1, com escovas
Para diminuir riscos durante essa atividade de manutenção, atentar aos seguintes pontos:
• Certificar que não há geração de calor excessivo devido ao atrito entre a superfície
• Não utilizar escovas de cobre, pois no caso de as cerdas das escovas ficarem no
31
4.2 Inspeção Visual
A inspeção em cabos de aço é de vital importância para uma vida útil adequada e segura
do equipamento.
A inspeção de recebimento é a primeira inspeção a ser feita em um cabo de aço, ela deve
Figura 4.2 – Seções críticas para inspeção - 1) Tambor; 2 & 3) Polias [19]
Como uma boa prática de preservação do cabo de aço e para garantir a segurança do
operador e da operação recomendada por guias como o IMCA SEL 022, referência [18],
preconiza que toda vez que o cabo de aço for utilizado, o operador deve executar uma
localizadas, ou seja, algum dano mecânico ou algum ponto de deterioração que possa
32
causar risco durante o uso do cabo. Também deve ser checado o posicionamento do cabo
A figura 4.2 mostra alguns pontos chaves para inspeção. Em caso de anomalia, o
problema deve ser relatado ao supervisor para que se planeje uma inspeção periódica,
mais completa, no ativo. Embora seja uma análise rotineira do estado do cabo, o operador
deve ser treinado por uma pessoa capacitada para realizar esta inspeção visual diária.
A inspeção periódica tem o objetivo de avaliar o bom estado do cabo de aço e se o mesmo
pode continuar em serviço. Esta avaliação é realizada a partir de métodos específicos para
cada tipo de deterioração, como mostra a tabela 4.1, resultando em critérios de descarte
pré-estabelecidos, os níveis de severidade: leve, médio, alto, muito alto ou descarte. Esses
Somente pessoas capacitadas podem realizar esta inspeção, que terá impacto direto em
várias outras atividades de manutenção em cabos de aço, como lubrificação, ensaio não
destrutivo, etc.
• Normas regulamentadoras;
• Tipo do equipamento;
• Condições ambientais;
33
• Condições de operação;
Mas, como uma boa prática da indústria, adota-se o período de 1 ano entre inspeções.
Segundo norma ISO 4309, referência [19], o cabo deve ser inspecionado em todo seu
grande metragem, o cabo pode ser inspecionado em todo seu comprimento de trabalho
sendo que esta decisão deve ser tomada por uma pessoa capacitada. Porém, em ambos os
casos, algumas regiões devem ser inspecionadas com maior cautela, como visto na figura
4.2:
Após algum incidente onde haja danos ao próprio cabo e/ou a sua terminação (e.g.
voltar a operar. A mesma medida deve ser adotada quando o cabo não é utilizado por
Um relatório da inspeção periódica deve ser realizado para se ter o controle do estado do
cabo de aço. Este relatório deve conter, pelo menos, os seguintes pontos:
34
• Registros fotográficos;
existem diversas normas que determinam os critérios para a retirada de serviço, a norma
internacional ISO 4309, referência [19], é uma das mais empregadas para critérios de
descarte de um cabo, devendo ser empregada em caso de não haver outros critérios de
Esta norma internacional apresenta as falhas típicas nos cabos de aço que deverão ser
levadas em conta durante a inspeção visual nos cabos e esta subseção foi adaptada de tal
norma onde é apresentado alguns tipos de danos comuns nos cabos com seus respectivos
este rompimento de fios não é tão evidente em alguns cabos, como por exemplo nos
O rompimento dos arames ocorrem normalmente por abrasão ou por fadiga de flexão. A
quantidade de fios rompidos aumentará com a intensidade do uso e, também, com a idade
35
do cabo. Arames externos se rompem mais facilmente em regiões como o topo das pernas,
como mostrado na figura 4.3, ou na região de contato entre as pernas, os vales, sendo esta,
mesmo. A redução de diâmetro pode ocorrer pontualmente, nesse caso deve-se avaliar se
houve algum dano na alma do cabo levando ao descarte do mesmo, ou, pode acontecer
𝐷𝑟𝑒𝑓 − 𝐷𝑚
× 100 %
𝐷
onde:
• Dm é o diâmetro medido;
• D é o diâmetro nominal.
O resultado obtido através da equação acima, deve ser correlacionado a uma tabela que
36
4.2.3.3 Corrosão
A corrosão pode ser detectada visualmente (importante limpar o cabo antes de procurar
por este defeito), quando se apresenta na parte externa do cabo de aço. Porém, a detecção
da corrosão interna é mais difícil, podendo ser utilizado meios como Ensaios Não
Destrutivos, como o MRT apresentado na seção 4.4. Alguns outros indícios também
• Variação no diâmetro do cabo: nos pontos de dobra do cabo de aço, como polias,
vales.
Figura 4.4 – Seção transversal de um cabo de aço mostrando corrosão interna [19]
Cabos de aço cujo uso se dá submerso são mais propícios à corrosão. E, para aqueles
cabos de construção mais complexa, o risco de corrosão interna aumenta, pois, a graxa
aplicada durante lubrificação pode não penetrar por dentro das camadas. A norma
37
4.2.3.4 Deformação
deformação.
Caso haja uma deformação acentuada, a geometria do cabo pode ser alterada devido ao
4.2.3.4.1 Ondulação
• em uma parte reta do cabo que não passe por polias ou que fique armazenado no
tambor, o espaço (g) entre o apoio e a base do cabo é de, no mínimo, um terço do
diâmetro (d);
38
• em uma parte do cabo que passe por uma polia ou pelo tambor, o espaço (g) entre
Esta deformação é típica em cabo de aço com alma de aço nas situações onde ocorre um
do cabo de aço. Outro caso comum de gaiola de passarinho é o uso de cabos rotativos
onde há torção.
desequilíbrio de tensão entre as pernas. Cabos com este tipo de deformação devem ser
danificado.
39
4.2.3.4.4 Perna de Cachorro
4.3 Lubrificação
• Evita que o mesmo não sofra antecipadamente processos como corrosão, desgaste
• Permite que movimentos entre as pernas sejam realizados com maior facilidade.
menos atingido. Esta seção apresenta alguns pontos interessantes adaptados do manual
de utilização de cabos de aço feito pela Huisman, referência [18], sobre lubrificação em
cabos de aço que devem ser levados em consideração na hora de desenvolver um plano
de manutenção.
40
4.3.1 Intervalos de Lubrificação
A atividade de lubrificação pode ser definida a partir da inspeção visual ou ser realizada
em intervalos regulares.
Embora o cabo de aço, durante um bom processo de fabricação, seja lubrificado, esta
lubrificação é feita com o intuito de manter o cabo em bom estado até o início das
Como mencionado anteriormente, os cabos de aço são entregues lubrificados, mas essa
início das atividades. Por isso, o inspetor do cabo, durante a primeira atividade de
inspeção visual, deve analisar com maior atenção se o cabo possui áreas onde não há
graxa aplicada. Estas áreas podem aparecer devido ao desgaste do cabo causado pelo
ambiente, pelo atrito com outros equipamentos e/ou a tensão aplicada no cabo.
Quando estes casos de áreas sem lubrificação acontecerem, o engraxamento do cabo deve
ser realizado, pois somente assim o cabo terá uma melhor conservação. As outras
A definição dos intervalos para as atividades de lubrificação para cada cabo de aço pode
ser definida a partir das condições do ambiente e de operação nas quais o cabo é
submetido. A inspeção visual também tem um importante papel para determinar e ajustar
esta frequência, pois o inspetor precisa averiguar se o cabo ainda está bem engraxado.
Uma boa prática é adotada na área de Óleo & Gás é determinar os intervalos de acordo
com tipo e frequência de utilização do cabo de aço. Alguns exemplos estão determinados
41
Tipo de Equipamento Frequência de Utilização Intervalos
Guincho de Mesa Operação Contínua 1x por mês
Operação Intermitente 1x por trimestre
Operação Ocasional 1x por semestre
Guindaste Subsea Operação Normal 1x por semestre
Guindaste A&R
Cabos Submersos
Outros Se o cabo de aço não for utilizado por um longo período,
ele deve ser inspecionado e engraxado.
Vários tipos de graxas podem ser utilizados para a lubrificação de cabos, porém as
O ideal é que o lubrificante utilizado seja um dos recomendados pelo fabricante do cabo.
Nunca se deve utilizar óleo queimado para tal operação, pois é um material ácido, que em
Quando os cabos são usados em operações submersas, o ideal é que a lubrificação seja
executada quando o cabo é pago para o mar. E em lugares onde há uma maior abertura
da estrutura do cabo, geralmente onde o cabo passa por curvas (e.g. polias). No primeiro
caso o cabo estará seco e diminuirá a quantidade de água no mar que entrará no cabo
42
durante o tempo que o mesmo estará submerso; já no segundo caso, em lugares de curva,
a estrutura do cabo irá se abrir com maior facilidade proporcionando a maior facilidade
de penetração do lubrificante.
A lubrificação pode ser feita manualmente, como mostrado na figura 4.10 – da esquerda
lubrificação automático que opera sob alta pressão, pois o lubrificante irá penetrar
internamente, entre as penas do cabo, com maior facilidade. Porém, é necessário reafirmar
que a alma do cabo, muito dificilmente, será alcançada por qualquer tipo de lubrificação
Toda atividade de lubrificação, a quantidade de graxa aplicada deve ser a ideal, excesso
43
4.3.4 Registros de Lubrificação
Um relatório da lubrificação deve ser realizado após cada atividade do tipo, nele deve
constar, no mínimo:
• Método de Aplicação;
• Anomalias encontradas;
• Fotos.
manutenções futuras.
O teste eletromagnético (MRT, do inglês Magnetic Rope Test) é um teste não destrutivo
comumente utilizado em cabos de aço de grande comprimento, grande diâmetro e/ou que
possui várias camadas, pois para estes tipos de cabo é alta a probabilidade de que a
degradação do cabo ocorra a partir do interior [20]. O MRT serve somente como apoio a
inspeção visual, não podendo substitui-la. Este teste ajuda a localizar os pontos de
deterioração no cabo de aço, servindo como uma referência e guia a pontos críticos
durante a inspeção visual. Os relatórios oriundos deste ensaio não destrutivo devem ser
mantidos no sistema de manutenção para que haja uma comparação em inspeções futuras,
44
Figura 4.12 – Inspeção Eletromagnética [20]
constante que satura a parte do cabo que passa pelo aparelho. Por isso, quanto maior o
O fluxo magnético axial total é medido através de sensores, cujo valor de saída é
seção metálica. Este valor se traduz como um indicador de perda de área metálica (LMA,
do inglês Loss of Metallic Area) que pode ser usado como referência para apontar
corrosão e desgaste.
45
Figura 4.13 – Fluxo magnético durante MRT [21]
Qualquer descontinuidade do cabo, como um fio rompido, corrosão por pites ou corrosão
interna por atrito, criará um vazamento do fluxo magnético que poderá ser medido
Os equipamentos para inspeção eletromagnética são construídos para detectar LMA e/ou
LF. Porém, o ideal é que o MRT, quando executado, deve operar com os dois tipos de
detecção.
O ensaio destrutivo de um cabo de aço é uma tarefa importante para a avaliação do estado
O teste destrutivo deve ser realizado por uma empresa com reconhecida experiência na
calibrado, com sua certificação em dia e de acordo com as normas vigentes. Para cabos
46
críticos, pode se requerer que uma entidade terceira, como DNV, BV ou Lloyds,
Para executarmos este ensaio, o primeiro passo é a preparação da amostra do cabo de aço,
é uma boa prática que sejam retiradas duas amostras caso haja necessidade de repetir o
de teste que será utilizada, e o corte deve ser feito de maneira em que suas extremidades
sejam preservadas. Após retirar a amostra, os soquetes que servirão de conexão com a
apontados na seção 4.6. Durante o teste, a carga deve ser aplicada gradualmente, sem
de um cabo novo;
o Abrasão;
o Corrosão;
o Arames rompidos;
47
o Lubrificação interna.
4.6 Reterminação
cabo de aço, pois sua extremidade é uma região crítica, onde o aparecimento de vários
defeitos é frequente. O corte da extremidade deve ser realizado de tal maneira em que a
extremidade do cabo de aço não seja afetada, não abra. Para isso, envolver o cabo
temporariamente com arames, como mostrado na figura 4.15, é uma etapa fundamental
para um corte bem feito. Obrigatório que essa operação seja realizada por pessoal
A resina Wirelock é uma das resinas mais utilizadas mundialmente para este tipo de
armazenamento adequado para que a mesma possa ser usada. A quantidade de resina
depende do diâmetro do cabo a ser reterminado, para saber a quantidade exata verificar
recomendações do fabricante.
Obrigatório que um relatório da reterminação seja emitido ao final dessa atividade e que
o mesmo seja anexado a ordem de serviço correspondente, esse relatório deve ter detalhes
48
exemplo de relatório de resoquetagem desenvolvido pelo autor se encontra no Anexo B
deste trabalho.
A carga máxima de ruptura do cabo de aço não será afetada quando a reterminação é feita
de acordo com o procedimento segundo norma ISO 17558:2006. Também deve-se utilizar
alterado. Para tal, pode se optar pelo corte de um comprimento equivalente a um quarto
proporcionará uma mudança de posicionamento que fará com que partes anteriormente
submetidas a esforços repetitivos não sofrer mais essa demanda. Tais esforços poderiam
que se colhe a amostra para realizar o teste destrutivo, realizando apenas um corte no
cabo.
49
4.7 Ferramentas para a Garantia de Integridade de Cabos de Aço
garantir essa boa adequação à estrutura da empresa, devemos analisar os prós e contras
adequado, onde iremos integrar os aspectos positivos de cada elemento, garantindo a boa
Facilidade de programação
Inspeção Visual Principal meio de localizar Difícil para o inspetor manter o
danos e degradações no cabo foco em todo o comprimento do
cabo
50
Ferramenta Vantagens Desvantagens
Ensaio Indicação da atual carga de Acurácia dos resultados.
Destrutivo ruptura e do fator de segurança
do cabo Local de corte do cabo não
necessariamente é o mais
representativo.
Possibilidade de realizar
diversos testes em condições
controladas e repetidas vezes.
Tabela 4.4 – Ferramentas para a integridade de cabo de aço: prós e contras [18]
51
5 ELABORAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE CABOS DE AÇO
Este capítulo visa construir um plano de gerenciamento dos cabos de aço a partir do que
foi apresentado nas seções anteriores. Tendo como cenário a indústria de petróleo e gás
Vessel), será realizado uma análise dos custos de manutenção dos cabos de aço relativos
manutenção nas quais cada ativo será atribuído. Por fim, será apresentado como foi feito
já executadas.
A indústria offshore é uma indústria complexa que possui suas plantas industriais em
formas de embarcações dos mais diversos tipos que, na maior parte do tempo, se
atividades.
sistemas sofisticados e de elevado valor que são utilizados para a construção e lançamento
52
Vários equipamentos pertencentes aos principais sistemas de um navio PLSV são dotados
No passado, as manutenções eram feitas, em sua maior parte, à demanda, sem presença
categorizada como imprevista que visava corrigir falhas concretas, como danos no
comprimento do cabo, falta de engraxamento era alta. A tabela abaixo, com informações
Sabendo que cada equipamento possui cabos com características técnicas e comerciais
diferentes, esse novo procedimento de manutenção deve ser feito de tal maneira que
de certos equipamentos.
53
5.1.1 Sistemas e Equipamentos de um PLSV
equipamentos que tem como um dos principais componentes o cabo de aço, logo, esta
seção busca introduzir, a partir da embarcação que será estudada em maiores detalhes,
cabos, assim será explicado quais características do ativo são diferentes em cada caso.
Tudo isso com o objetivo de que, no decorrer do capítulo, seja estabelecido um plano de
O guincho de mesa que será utilizado neste caso é um guincho auxiliar para apoio nas
300 metros de cabo. Há três guinchos de mesa nesta embarcação: guinchos de bombordo,
boreste e proa, porém, apesar da baixa carga, todos são classificados como críticos
segundo avaliação interna. A sigla mT faz referência a tonelada métrica, ou seja, 1.000kg,
essa unidade é utilizada para não gerar dúvidas quanto ao sistem utilizado, pois também
54
O cabo de aço pertencente ao guincho deve ter um fator de segurança, segundo critério
mencionado na seção 2.5.1, de 5 vezes a CMT do guincho, logo sua carga de ruptura
mínima deverá ser de 50mT. Seu roteamento ao longo do convés varia conforme a
operação, podendo passar por inúmeras polias, sendo defletido em cada passagem em
polias e patescas num ângulo de 0 até 180 graus. Logo, exige uma boa flexibilidade e uma
boa resistência à fadiga. Como o cabo não trabalha com içamento de carga, o mesmo não
precisará ter resistência à rotação, porém como está num ambiente marinho o ideal é que
seja galvanizado.
O cabo selecionado dentre as opções do mercado será um com pernas compactadas, tipo
cabo está representada na figura 5.3. De torcedura regular à direita, este cabo 6x36 –
AACI possui todas as características adequadas ao tipo de uso especificado para este tipo
de guincho.
Guindaste utilizado para apoio nas operações de lançamento de flexíveis nos navios
içamento de carga, do convés para os vários níveis da torre e no apoio das atividades de
55
manutenção da torre de lançamento, como parte do sistema de içamento de cestos
o sistema de lançamento. Este guindaste possui uma capacidade de 20mT e de 200 metros
de cabo.
O cabo de aço pertencente ao guindaste deverá ter um fator de segurança, segundo norma
DNVGL-ST-0378, de 4,8 vezes a CMT do guindaste, logo sua carga de ruptura mínima
deverá ser de 96mT. O guindaste possui configuração “double fall”, logo o cabo escolhido
não precisará ter elevada resistência à rotação, porém será exigida uma boa flexibilidade.
O cabo selecionado dentre as opções do mercado será um com pernas compactadas, tipo
cabo está representada na figura 5.4. De torcedura regular à direita, este cabo 8x26 –
desta seção.
56
5.1.1.3 Guincho de Iniciação
flexível pelo interior da torre até a base, chamado de mesa de trabalho, da mesma. Como
esse cabo trabalha com içamento de cargas, ele deve ter resistência à rotação. O
equipamento possui uma capacidade de 50mT e seu tambor, com canaletas, foi
O cabo de aço especificado para o guincho de iniciação deverá ter um fator de segurança,
especificado pela norma DNVGL-ST-0378, de 4,26 vezes a CMT do guincho, logo sua
carga de ruptura mínima deverá ser de 213mT. Conforme mencionado, o cabo deverá ser
não-rotativo, porém será exigida uma boa flexibilidade e resistência à fadiga por conta de
passagens em polias e defletores. Como todos os outros cabos, a galvanização deve ser
O cabo selecionado dentre as opções do mercado será um com pernas compactadas, tipo
57
na figura 5.5. De torcedura lang à direita, este cabo 35x7 – AA possui todas as
flexível no leito submarino, e com o aumento das profundidades dos novos campos de
petróleo, maiores cargas e comprimento serão necessários para atingir esses novos poços
exploratórios. Nesse cenário, o tambor deste guincho, representado pela figura 5.7, pode
armazenar até 3.500 metros de cabo de aço. O sistema tem uma carga máxima de trabalho
de 325mT dinâmica, porém para atingir este valor é necessário que o cabo passe por
Para este caso, o cabo de aço deve possuir um fator de segurança de 3 vezes a carga
tambor, como mostrado na figura 5.7, é em múltiplas camadas. Em alguns PLSV há dois
58
cada cabo deverá ser contrária: um à direita, outro à esquerda, para que o torque gerado
camadas exige do cabo uma boa flexibilidade, uma boa resistência à fadiga e à abrasão.
O cabo selecionado dentre as opções do mercado será um com pernas compactadas, alma
A seção transversal do cabo está representada na figura. Caso haja apenas um guincho
59
A&R, o cabo escolhido será de torcedura regular à direita. Este cabo de construção 39 x
desta seção.
E algumas características dos cabos de aço para cada equipamento são apresentadas na
tabela abaixo:
60
Cabo de Aço
Equipamento Diâmetro Comprimento CRM
Valor (R$)
(mm) (m) (mT)
Guincho de
24 300 50 15 mil
Mesa
Monovia 28 50 117,5 10 mil
Guincho
30 300 138 50 mil
Multiuso
Guindaste de
30 200 96 40 mil
Serviço
Guincho de
40 300 177 100 mil
Carregamento
Guincho de
50 300 213 200 mil
Iniciação
Guincho A&R 109 3.500 975 2 milhões
Nesta seção, serão elaborados dois planos de manutenção para os cabos de aço utilizados
apontados anteriormente. A partir dos conceitos abordados nos últimos capítulos e pela
experiência adquirida, descreveremos quais tarefas deverão ser realizadas nos dois
possíveis modelos que serão criados para o planejamento de manutenção de cabos de aço.
O primeiro modelo é uma categoria onde todas as ferramentas para a integridade do cabo
de aço, ver seção 4.7, são adotadas. A frequência de cada atividade, assim como o
responsável pela execução da mesma está assinalada na tabela abaixo. A princípio, esta
categoria, chamada de “Categoria I”, deve ser utilizada para cabos pertencentes a sistemas
de alta criticidade.
61
Tarefa Frequência Responsável
Teste Destrutivo Antes da instalação Terceirizada
Teste
Antes da instalação Terceirizada
Eletromagnético
Inspeção Visual Antes de cada
Operador
Diária operação
Engraxamento A cada 6 meses Técnicos
Inspeção Visual
A cada 1 ano Terceirizada
Periódica
Técnicos ou
Reterminação A cada 1 ano
Terceirizada
Teste
A cada 2 anos Terceirizada
Eletromagnético
Teste Destrutivo A cada 2 anos Terceirizada
Descarte Após 6 anos Técnicos
Avaliação Após descarte Terceirizada
O teste destrutivo e o teste eletromagnético antes da instalação servem para garantir que
ruptura no momento do teste (ABL) é maior do que a carga de ruptura mínima calculada.
É sugerido que essas tarefas sejam feitas pela fornecedora do cabo e que tais certificados
e relatórios de testes sejam entregues junto ao livreto com os dados do cabo de aço
especificação técnica de compra dos cabos de aço, fazendo parte dos custos de aquisição
do mesmo.
testes destrutivos, ambas as atividades deverão ser realizadas a cada 2 anos. Porém, para
62
Uma outra proposta de categoria, chamada de “Categoria II”, contempla atividades
Porém, é necessário que a escolha do conjunto de manutenção a ser realizado para cada
tipo de cabo seja feita minuciosamente para que o impacto na operação do sistema seja
mitigado em caso de pane de um desses elementos. Isto será feito levando em conta a
criticidade do sistema ou equipamento em que o cabo atua e, também, a partir das análises
que determinarão critérios de classificação dos cabos nas categorias mencionadas. Para
informação, equipamentos como cordoalhas e eslingas não serão tratados nesse plano de
manutenção.
A partir dos dois modelos de manutenção para cabo de aço apresentados acima, o objetivo
manutenção durante a vida útil do cabo contra o custo de troca e aquisição de um novo
cabo. Estabelecendo qual é o valor mínimo ou máximo do cabo de aço para cada
categoria.
63
As seguintes premissas serão adotadas:
Onde:
Verificará em quais condições o custo de troca no sexto ano de utilização do cabo é muito
menor do que o custo operativo até esse ano. Caso o cabo analisado se encontre nesta
Porém, quando o custo de troca no sexto ano se aproximar do custo operativo acumulado
No texto a seguir, será descrito quais são os custos que devem ser considerados no custo
características técnicas do cabo e em quais equipamentos o mesmo atua para entender sua
criticidade em relação ao sistema. Essa última análise será fundamental para poder
classificar cabos que possuem custo operativo da mesma ordem de grandeza ao custo de
64
5.2.1.1 Estimativa de Custos Operativo
O custo operativo anual (CO’) de um cabo de aço é dado pela seguinte equação:
𝐶𝑂′ = 𝐶𝑀𝑃 + 𝐶𝑃
Onde:
• CRet – Reterminação;
• CRec – Recertificação;
• CLub – Lubrificação;
• Inspeção Visual;
Essas atividades devem ser executadas por pessoal competente e, usualmente, dois
inspeção. Segue abaixo uma estimativa dos valores cobrados pelo mercado:
65
Serviço Valor
Inspeção Visual R$ 10.000,00
Inspeção Eletromagnética R$ 15.000,00
teste de ruptura varia de acordo com o diâmetro do cabo a ser testado, segue abaixo uma
Conforme mencionado na seção 4.6, a reterminação deve ser realizada por pessoal
Quando efetuado por uma contratada, a cobrança de cada reterminação também é feita
em função do diâmetro do cabo de aço, pois essa medida definirá a quantidade de resina
soquetagem, etc.). Esta análise de custos irá supor uma reterminação efetuada por
empresa terceirizada, segue abaixo relação entre valor cobrado por reterminação e a faixa
de diâmetro do cabo.
66
Faixa de Diâmetro (mm) Valor
D < 25 R$ 500,00
25 ≤ D < 50 R$ 1.000,00
50 ≤ D < 75 R$ 2.000,00
75 ≤ D < 100 R$ 5.000,00
100 ≤ D < 125 R$ 8.000,00
125 ≤ D R$ 10.000,00
Após reterminação, o soquete que foi retirado do cabo deve ser submetido a uma
Como última atividade de manutenção para o ativo, a lubrificação pode ser realizada com
recursos interno, porém os colaboradores que realizarão esta atividade devem seguir
aplicação automático de graxa em cabos de aço para todas as faixas de diâmetro de cabos
presentes. Logo, esta análise abordará apenas o custo relativo a compra da graxa. A graxa
67
O custo relativo a peças de reposição (CP) é um gasto anual com equipamentos e
paquímetro, arame, mangueiras, bomba de graxa, etc. Este valor varia entre cada ativo,
capacitado para tal atividade e, também, o aluguel de equipamentos e acessórios para que
se possa efetuar a mobilização do novo ativo em seu sistema. Logo, entenderemos como
𝐶𝑇𝑟𝑜 = 𝑃 + 𝐶𝑀𝑜𝑏
Onde:
O valor inicial do bem é o valor de mercado do cabo de aço, o mesmo pode variar segundo
Esta subseção irá realizar comparações entre os custos operativo e de troca para alguns
A primeira análise foi feita para o caso do cabo do guincho de mesa. Foi adquirido por
abaixo.
68
Informações Cabo de Aço
D Diâmetro 24 mm
L Comprimento 300 m
CRM Carga de Ruptura Mínima 50 mT
CTro Custo de Troca (R$ '000):
P Valor Inicial do Bem 15
Vu Vida Útil Física (anos) 10
CMob Custo de Mob/Desmob 5
A primeira comparação, com a “Categoria I”, pacote de manutenção “completa”, percebe-
se que os gastos chamados Custo Operativo (CO) já superam o valor de troca o que torna
inviável esse tipo de categoria para este cabo. A partir dos valores da tabela abaixo fica
evidente que o custo associado a esta categoria, apenas no primeiro ano ultrapassa o custo
de troca do cabo, logo no sexto ano o custo operativo será muito maior do que o custo de
troca.
II”.
A segunda análise será feita para o cabo do guincho de carregamento. O valor inicial do
cabo de aço é de R$ 100 mil e seu custo de instalação foi de R$ 10 mil, conforme indicado
abaixo.
69
Informações Cabo de Aço
D Diâmetro 40 mm
L Comprimento 300 m
CRM Carga de Ruptura Mínima 177 mT
CTro Custo de Troca (R$ '000):
P Valor Inicial do Bem 100
Vu Vida Útil Física (anos) 10
CMob Custo de Mob/Desmob 10
O custo operativo foi definido como se segue:
aço após seis anos de operação é o dobro do custo de troca nesta época.
Análise - Categoria I
450,0
400,0
350,0
300,0
R$ ('000)
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Ano
CO' CTro CO
II”.
70
A terceira análise será feita para o cabo do guincho de iniciação. Segue abaixo, dados do
Análise - Categoria I
500,0
450,0
400,0
350,0
300,0
R$ ('000)
250,0
200,0
150,0
100,0
50,0
0,0
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Ano
CO' CTro CO
71
A quarta e última análise será feita para o cabo do guincho de abandono e recolhimento.
Análise - Categoria I
3.500,0
3.000,0
2.500,0
R$ ('000)
2.000,0
1.500,0
1.000,0
500,0
0,0
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Ano
CO' CTro CO
Apesar do gráfico mostrar que o custo de troca é muito maior do que o custo operativo
para o cabo do guincho de abandono e recolhimento, recomenda-se que este ativo seja
72
classificado na “Categoria I”. Porém, na seção 5.6 serão feitas recomendações quanto ao
de aço para que seja possível a atribuição do ativo nas categorias de manutenção propostas
no início da seção 5.2. Tais critérios de classificação levarão em conta aspectos como: o
equipamentos do PLSV citados na subseção 5.1.1, o valor inicial do cabo de aço mínimo
Dado que houve uma mudança de classificação entre a segunda e terceira análise, será
considerado como valor limite entre cada categoria, a média aritmética dos valores dos
cabos de aço referentes as tais análise. Logo, será estipulada a soma de R$ 150.000,00
até 300 metros de cabo de aço em seus tambores, logo este comprimento será adotado
como limite entre as categorias. Também será considerado que a partir do diâmetro de 50
A tabela 5.10 resume as características de atribuição de cabo de aço para cada categoria.
73
Categoria Fatores
− Preço maior ou igual a R$ 150 mil
− Comprimento maior que 300 metros
− Diâmetro maior ou igual que 50mm
− Uso intermitente ou ocasional
Categoria I
− Carga de ruptura mínima maior ou igual a
200Te
− Cabos não rotativos
− Sistemas críticos
− Preço menor que R$ 150 mil
− Comprimento menor ou igual a 300 metros
Categoria II − Diâmetro menor que 50mm
− Uso frequente
− Carga de ruptura mínima menor que 200Te
se atentar que não é necessário que um cabo de aço contemple todos os fatores de
apresentado na seção anterior, será realizada a escolha por equipamento. Apenas tal ação
e gás offshore que utilizam cabos de aço foram identificados. E, a partir do detalhamento
seção 5.3.2.
74
A tabela 5.11 sintetiza todas as classificações realizadas:
75
Atividade OS Previstas OS Realizadas
Engraxamento 68 41
Inspeção Visual
17 18
Periódica
Reterminação 17 17
Teste
3 3
Eletromagnético
Teste Destrutivo - -
• Teste de ruptura:
• Engraxamento:
bordo.
76
Abaixo segue tabela com OS de lubrificação por categoria:
primeiro ano, fez com que o número de OS previstas para esta atividade
incidente.
77
Tempo Tempo
Equipamento Data da OS Atividade
Previsto Realizado
Guincho de Mesa Inspeção
04/08/2017 4h 6h
de Boreste Visual
Guincho de Mesa
04/08/2017 Reterminação 5h 4h
de Boreste
Guincho de
Inspeção
Carregamento 20/10/2017 4h 5h
Visual
Bombordo
Guincho de
Carregamento 20/10/2017 Reterminação 5h 5h
Bombordo
Guincho de Mesa Inspeção
17/01/2018 4h 3h
Boreste Visual
Guincho de Mesa
17/01/2018 Troca de Cabo 6h 10h
Boreste
Guindaste de Inspeção
07/03/2018 7h 10h
Serviço Visual
Guincho de Mesa Inspeção
11/05/2018 4h 5h
Bombordo Visual
consumíveis, capacitação, etc. para que se possa realizar planos de contingência evitando
Cabos de ambas as categorias podem ter seu momento de descarte adiado após análise
relatórios e inspeções para embasar tal julgamento, sabendo que cabos nessa categoria
interna do cabo através da comparação dos testes eletromagnéticos. Tal atitude deve ser
estudada com mais empenho para o caso do guincho de abandono e recolhimento, pois o
78
Já os cabos classificados na Categoria II não possuem tantos documentos que apoiam
visual. Por isso, quando chegar o momento de tomada de decisão, para este caso, há duas
recomendações:
• Para cabos de alto valor em relação a outros desta categoria, por exemplo os de
acima de R$ 60.000,00, é recomendado que seja feito uma inspeção visual antes
Porém, sempre que esta decisão sobre a extensão da vida de um cabo de aço for tomada,
uma Análise Preliminar de Riscos (APR) deverá ser realizada, para que todos os riscos
sejam apontados e que ações para mitigar estes perigos sejam definidas.
79
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
manutenção de cabos de aço para a indústria de óleo e gás a qual várias operações são
6.1 Comentários
A partir de casos reais, ativos comumente utilizados em diversas aplicações offshore, foi
técnicos desta categoria (características, construção, especificação, etc.), assim como uma
voltado para cabos de aço, com critérios bem definidos. Após o que foi mostrado nesse
Já os capítulos anteriores serviram como um guia introdutório para cabos de aço. Logo,
este trabalho também é uma espécie de guia de bolso de cabos de aço. O desenvolvimento
de outros planos de manutenção, seja para cabos ou outros tipos de equipamento, pode
ser baseado.
Os próximos trabalhos sobre este tema, como sugestão, devem focar no acompanhamento
da vida útil de um cabo de aço, até seu descarte, pois sabemos que um plano de
80
manutenção pode ser revisado para se adequar a novos cenários, novas necessidades de
sugestões descritas na subseção 5.4.2, ou se houve extensão da vida útil do cabo de aço,
após estudo mencionado na seção 5.6, e quais foram os motivos que apoiaram essa
Outro ponto interessante a ser estudado é o acompanhamento da vida útil do cabo a partir
partir da coleta de dados reais como comprimento utilizado, carga de trabalho, tempo de
aos acessórios de um cabo e aço, como tambores, polias, olhais, etc., ou seja, ao conjunto
de içamento.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
em : < https://www.ccaimo.mar.mil.br/sites/default/files/solas_indice-
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ANEXO A – RELATÓRIO DE RETERMINAÇÃO
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