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A seletividade é fazer a boa escolha da aparelhagem para permitir a

continuidade de serviço de uma instalação elétrica apesar do aparecimento


de um defeito, isolando a zona atingida.

Há seletividade total:
Entre 2 disjuntores, D1 e D2, em série se, qualquer que seja o defeito à
jusante, somente D2 desliga. A alimentação das demais saídas continuam
asseguradas.

Não há seletividade:
Se, na mesma situação, os 2 disjuntores D1 e D2 desligam ou só D1
desliga. A alimentação das demais saídas não é assegurada.

A seletividade tem como objetivo garantir a continuidade da


alimentação elétrica:

Concretamente: Num edifício onde há a seletividade, no caso de problema


elétrico, somente a zona atingida pelo defeito não será mais alimentada.

Num edifício onde não há seletividade, para o mesmo problema elétrico,


todo edifício será privado de eletricidade. Isto poderá ocasionar riscos à
segurança das pessoas.

Pode-se certamente supor neste caso, um não funcionamento dos


elevadores, dos circuitos de iluminação (exceto iluminação de emergência),
dos problemas nos hospitais, nas estações, nos aeroportos ou qualquer
outro estabelecimento que receba o público.

Podemos lembrar também o aspecto financeiro num estabelecimento


industrial onde o corte da alimentação da energia elétrica poderá induzir
uma parada da produção.

Diz-se que:
Se D1 desliga sempre, não há seletividade.

O oposto, se nunca desliga, a seletividade é total.

A seletividade parcial, é o caso intermediário, onde o disjuntor D1 desliga


somente se a corrente de defeito ultrapassar certo limite.

Devemos acrescentar sobre a seletividade parcial o fato de que ela pode ser
o resultado de uma falta de estudo de seletividade, ou o fato de ser aceita
em local onde a continuidade de serviço não é um item prioritário.

As "tabelas de seletividade" permitem saber antecipadamente se as


características dos aparelhos situados um acima do outro tem uma
seletividade total; ou parcial; ou nenhuma seletividade.
Nós veremos estas tabelas mais adiante.

A seletividade pode ser feita em vários níveis. Ela é total se o defeito à


jusante de D7 não abrir os disjuntores D5, D2 e D1.

O receptor à jusante de D6 continua a funcionar. A continuidade de serviço


por conseguinte é assegurada

Seção 4 : Seletividade em vários níveis

A seletividade pode ser feita em vários níveis. Ela é total se o defeito à jusante de D7 não abrir os
disjuntores D5, D2 e D1.

O receptor à jusante de D6 continua a funcionar. A continuidade de serviço por conseguinte é


assegurada.

Descobrindo a Seletividade.

Escolha um módulo abaixo:

Módulo 1: Conceitos de Seletividade

Módulo 2: Seletividade amperimétrica e cronométrica

Módulo 3: Seletividade diferencial BT

Módulo 4: Seletividade energética

Módulo 5: Seletividade lógica

Módulo 6: Seletividade diferencial em MT, direcional e combinada

Módulo 7 : Tabela de seletividade

Módulo 8 : O que é necessário lembrar

Módulo 9 : Testes

Legenda: Em Aberto Concluído

Cada disjuntor é caracterizado por sua curva de desligamento.

Seus parâmetros são:


- tempo de desligamento
- intensidade de corrente

3 zonas diferentes são colocadas em evidência:

- uma zona de não desligamento


- uma zona de desligamento
- uma zona intermediária

Estas 3 zonas correspondem à proporcionalidade da intensidade de


corrente:

- todos os valores de corrente inferiores a corrente nominal: correspondem


ao funcionamento possível da instalação.
- todos os valores superiores à corrente nominal: qualquer defeito situado
na zona de desligamento gerará certamente a abertura do disjuntor.

A zona intermediária é uma zona de incerteza. Um defeito nesta zona não


gerará necessariamente a abertura do disjuntor.

A zona de não desligamento corresponde aos valores onde a não abertura


do disjuntor é certa.

Este princípio das 3 zonas é encontrado na maior parte dos dispositivos de


interrupção, com as variantes quanto à forma das curvas.

Para melhor analisar as curvas de desligamento, vamos inicialmente


analisar o parâmetro.
« amperimétrico »

Limite amperimétrico

Para detalhar a noção do limite amperimétrico, veja o exemplo de uma


instalação que comporta 5 lâmpadas.

O calibre do disjuntor D1 é de 10A e sua curva de desligamento está


representada no gráfico ao lado. Qualquer intensidade superior a 10A é
considerada como corrente de defeito.

Levando em consideração que os receptores ligados funcionarão durante 30


segundos.

Irá nos interessar as variações de intensidade.

Pegaremos como exemplo três situações diferentes:


1) 2 lâmpadas acesas que implicam uma carga de 10A. Neste caso o
disjuntor nunca atuará pois este valor de corrente não cruza com sua curva
de desligamento (independente do tempo).
2) 3 lâmpadas acesas que implicam uma carga de 15A. O disjuntor também
não atuará, mas neste caso porque a carga de 15A por 30 segundos cai na
área de não desligamento da curva do disjuntor.
3) 5 lâmpadas acesas que implicam uma carga de 25A. Neste caso o
disjuntor atuará pois os valores (25A por 30s) caem na zona de
desligamento.
Note que o desligamento ocorre após um determinado limite de corrente.

Seletividade amperimétrica
Tomaremos como exemplo 3 disjuntores colocados em série.

A seletividade amperimétrica consiste em instalar à montante do disjuntor D3,


um disjuntor D2 que tem uma curva que não toca em nenhum ponto da curva
do disjuntor D3.

E escolheremos da mesma maneira o disjuntor D1.

A seletividade é total se as curvas de desligamento dos disjuntores não se


cortam nunca.

A seletividade é parcial se as curvas se cortam em um ponto : este é o limite de


corrente de defeito a partir do qual os 2 disjuntores desligam.

Animação:
As áreas deve ser preenchidas uma a uma (seguindo a ordem: azul, laranja e
verde)

Na seletividade total, mostrar a frase: Não coincidindo

Na seletividade parcial indicar o circulo vermelho e mostrar a palavra:


Coincidindo e D2 e D3 desligam.

Para melhor analisar as curvas de desligamento, vamos agora analisar o


parâmetro.
« cronométrico »

Limite cronométrico
Para abordar a noção do limite cronométrico, continuamos com a mesma
instalação e seu disjuntor de 10A . Interessando-nos agora o eixo do tempo.

Neste exemplo, as duas lâmpadas acesas (carga de 10A) ainda não desarmam
o disjuntor independente do tempo em que permanecerem ligadas.
Já com as cinco lâmpadas acesas a atuação do disjuntor vai depender do
tempo de funcionamento das mesmas.
1) Em 50 s estamos na área de não desligamento, ou seja, o disjuntor não
atua.
2) Em 75 s estamos na área de desligamento e o disjuntor atua.
3) Em 62 s temos a corrente limite

O desligamento depende também do tempo de passagem da corrente.

Quanto maior é a intensidade menor é o tempo de desligamento.

imite cronométrico
Para abordar a noção do limite cronométrico, continuamos com a mesma
instalação e seu disjuntor de 10A . Interessando-nos agora o eixo do tempo.

Neste exemplo, as duas lâmpadas acesas (carga de 10A) ainda não desarmam
o disjuntor independente do tempo em que permanecerem ligadas.

Já com as cinco lâmpadas acesas a atuação do disjuntor vai depender do


tempo de funcionamento das mesmas.
1) Em 50 s estamos na área de não desligamento, ou seja, o disjuntor não
atua.
2) Em 75 s estamos na área de desligamento e o disjuntor atua.
3) Em 62 s temos a corrente limite

O desligamento depende também do tempo de passagem da corrente.

Quanto maior é a intensidade menor é o tempo de desligamento.

Seletividade cronométrica A seletividade cronométrica consiste em escolher um


disjuntor à jusante que tem, para qualquer intensidade de defeito, um tempo de
desligamento sempre menor que o acima dele.

Numa instalação bem concebida os disjuntores deverão ter tempos de


desligamento cada vez maiores à medida que se sobe em direção ao
transformador.

Resultado

Usuário Gabarito
1) Numa instalação, um disjuntor D1 é colocado à montante de um
disjuntor D2. Uma corrente de curto-circuito estabelece-se à
jusante de D2. D2 abre-se e D1 continua fechado..Temos neste
caso:

(X) uma seletividade (X) uma seletividade


( ) uma não seletividade ( ) uma não seletividade

2) Para que serve a seletividade?


(X) Assegurar a continuidade de
(X) Abrir unicamente o dispositivo
serviço
situado exatamente acima da saída
(X) Abrir unicamente o dispositivo
em defeito
situado exatamente acima da saída
( ) Assegurar a continuidade de
em defeito
serviço
( ) Aumentar o tempo de
( ) Aumentar o tempo de
intervenção para assegurar o
intervenção para assegurar o
conserto
conserto
(X) Aumentar a produtividade

3) Para cada um dos defeitos A, B, C do esquema dizer se o


dispositivo de proteção abre :

os os
pontos pontos
Dispositivo de Dispositivo de
A B C A B C
proteção proteção
Abre ( ) ( ) (X) Abre ( ) ( ) (X)
Não abre (X) (X) ( ) Não abre (X) (X) ( )

4) A corrente de defeito à jusante do disjuntor D5 é de 400A.


No caso de uma seletividade total, quais disjuntores abrirão?

(X) D5 (X) D5
( ) D1 ( ) D1
( ) D1 + D4 ( ) D1 + D4
( ) D4 ( ) D4

Total de acertos: 3 || Seu percentual de acerto foi de: 75%


A proteção diferencial é
assegurada por um aparelho de
corte: disjuntor ou interruptor;
equipado de um dispositivo
diferencial para detectar os
defeitos de isolamento.

Ela permite a proteção de


pessoas e bens.

No caso de defeito de
isolamento sobre um condutor
ou em um receptor, a corrente
de defeito circula no condutor de
proteção, através da tomada de
terra e passa pelo solo, subindo
até ao transformador e retorna a
alimentar o defeito.

Se a instalação não comporta


nenhum dispositivo diferencial,
qualquer pessoa que poderia
estar em contato com o receptor
em defeito está em perigo.

Com os dispositivos diferenciais, nós medimos a corrente entre a


parte à montante do dispositivo e a parte à jusante: se um defeito é
detectado, há desligamento, o que assegura a proteção.
Seletividade diferencial vertical total

A seletividade vertical realiza-se entre o dispositivo diferencial à


montante e o dispositivo diferencial à jusante.

Para obter uma seletividade total, 2 condições simultâneas devem


ser respeitadas:

-Condição amperimétrica:
Utilizar dispositivos diferenciais que tem uma relação de
sensibilidade mínima igual a 2.

Por exemplo, se o dispositivo à jusante é calibrado a 0.5A, o calibre


do dispositivo à montante deverá ser de 1A.
-Condição cronométrica:
Utilizar dispositivos diferenciais de forma que o tempo de abertura
do dispositivo diferencial à jusante deve ser inferior à temporização
do dispositivo diferencial à montante.

Atendendo as duas condições, amperimétrica e cronométrica,


obteremos efetivamente a seletividade vertical.

Seletividade diferencial horizontal

A seletividade diferencial horizontal realiza-se entre os dispositivos


diferenciais, como D2 e D3 na figura, situados no mesmo nível da
instalação elétrica. Um defeito de isolamento sobre um cabo deve
provocar apenas a abertura do disjuntor referido. Os outros devem
permanecer fechados.

Assegurar uma seletividade diferencial horizontal permite a


economia de um disjuntor diferencial de entrada.

É necessário contudo assegurar-se de que não há nenhum risco de


colocar em perigo as pessoas a este nível.
A seletividade energética serve para proteger as instalações
contra curto-circuito muito elevado. O princípio de
funcionamento é limitar a corrente de curto-circuito na
instalação.

O disjuntor à montante é determinado de forma a reduzir o


nível de curto-circuito visto pelo disjuntor à jusante e esta
seletividade é aplicável apenas entre 2 disjuntores Compact
NS.

Como exemplo, consideraremos 2 disjuntores em cascata.

O disjuntor à jusante D2 é menor que o disjuntor à


montante D1.

Quando houver um curto-circuito, visto pelos 2 disjuntores:


D2 começa a abrir-se gerando um arco e aumentando a
pressão na câmara de corte. D1 também começa a abrir-se
gerando um arco.
A pressão aumenta dentro dos 2 disjuntores. Por ser
menor, D2 atua e D1 se mantém fechado pois sua pressão
interna não atingiu o limite de desligamento.

A seletividade lógica serve para eliminar as correntes de


defeito em tempos muito curtos para realizar uma
seletividade vertical sobre numerosos níveis.
Utiliza-se um fio piloto entre os relés de proteção para que
estes se comuniquem.

Quando o defeito aparece em D3, todos os relés da cascata


são informados. Então R3 dá simultaneamente duas
ordens:
- uma ordem de abertura à D3
- e uma ordem de espera lógica à montante onde R2
temporiza a ordem de abertura de D2 para que não dispare
e R1 temporiza a ordem de abertura de D1 para que
também não dispare e assim sucessivamente.

No caso de não-abertura de D3, o disjuntor à montante D2


respeita a sua temporização natural.

Se o disparador D3 não detecta defeito portanto não envia


a ordem, o disjuntor colocado exatamente acima do
defeito, não recebendo a ordem de espera lógica, dispara
quase que instantaneamente.

Esta é uma seletividade vertical total na qual o tempo de


desligamento é independente da localização do defeito.

Este princípio é utilizado quando o número de disjuntores


em série é demasiado importante para uma seletividade
cronométrica.
A seletividade diferencial em média tensão permite
assegurar uma proteção específica a um receptor essencial
ou dispendioso:
- motor, gerador, transformador ou barramentos.

Como exemplo, utilizamos 2 transformadores de corrente


idênticos para cada fase.
As correntes de entrada e de saída são medidas.
Se não forem iguais, o dispositivo de proteção será ativado.

A seletividade direcional em média tensão tem por objetivo


a continuidade de serviço.
Seu princípio de funcionamento é isolar a zona com defeito
e é utilizada em anéis fechados para as redes em paralelo.

Os disjuntores E e H são equipados de relés de máxima de


corrente e temporizados.

Os disjuntores F e G são equipados de relés direcionais.

O disjuntor G abrirá primeiro, o disjuntor H abrirá em


seguida no fim da temporização.

Estes relés de proteção analisam o sentido de passagem da


corrente e em caso de um defeito eles darão ou não a
ordem de abertura ao disjuntor.

Tomamos o exemplo do anel A B C D ao lado, se um defeito


aparece entre H e G, os disjuntores atuarão e o ramo AD
será isolado.

A alimentação dos receptores se manterá através do ramo


B e C.
Uma seletividade mista é uma combinação de funções
elementares de diferentes tipos de seletividade. Esta
combinação busca vantagens complementares às
seletividades simples como:
- amperimétrica com cronométrica
- cronométrica com direcional
- lógica com direcional
- diferencial com cronométrica
- lógica com cronométrica

Neste exemplo faremos a proteção de um receptor


qualquer, utilizando a seletividade amperimétrica
combinada com a cronométrica.

Instalamos à montante um disjuntor A e à jusante um


disjuntor B.

As curvas dos disjuntores A e B nos mostram que elas não


se cortam em nenhum ponto igualmente em tempos como
em corrente.

O defeito que aparece à jusante de B, fará abrir apenas o


disjuntor B qualquer que seja a corrente de defeito ou o
tempo do defeito.

Nós teremos por conseguinte bem ao mesmo tempo uma


seletividade cronométrica, o tempo de defeito afetará
apenas o disjuntor B e também uma seletividade
amperimétrica o valor da corrente de defeito afetará
sempre o disjuntor B.

Disjuntor à montante C60N curva D calibre 40 A


- Disjuntor à jusante DT40 curva B calibre 10 A
Seletividade parcial limitada à 480 A
Utilizar a seletividade garante a máxima continuidade de
serviço graças à abertura do disjuntor mais próximo da
falha elétrica mantendo a proteção de um receptor ou de
um barramento.

Esta vantagem pode representar um lucro financeiro, pois


permite, como exemplo, que uma fábrica continue a
produzir ou mantém um hospital em funcionamento.

Em resumo, ela melhora a disponibilidade da energia na


instalação elétrica garantindo seu bom funcionamento.

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