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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Departamento de Ciências Econômicas

Análise Macroeconômica I
1ª Prova/ 2011

1. Tem se observado o aproximar de um cenário mais nebuloso para a situação


macroeconômica brasileira. O governo que meses atrás anunciou uma redução de 50
bilhões de reais (em cinco anos) em seus gastos, já paralisa alguns dos seus
investimentos públicos (contingenciamento dos gastos). Possivelmente, por conta do
medo ou precaução, as famílias brasileiras também diminuirão suas compras ainda que
continuem com o mesmo poder aquisitivo e emprego de antes.
Supondo que essa evidência venha a ocorrer, imagine, inicialmente, a equação de
composição da demanda agregada keynesiana com os investimentos valendo 100 u.m.,
os gastos do governo sendo 75 u.m., os impostos fixados em 100 u.m., e que o
consumo expresso pela função consumo:
C = 25 + 0,8 Yd
Desconsiderando as contas externas, assuma Yd a renda disponível e Y, o PIB. Por sua
vez, T são os impostos (e T = To)
.
A) Antes da previsão do cenário sombrio e das reações do governo e das famílias, qual teria
sido o nível de renda de equilíbrio, o valor do multiplicador dos gastos dos governo e o
multiplicador dos impostos?
B ) Com a confirmação da previsão sombria, no período seguinte, o consumo autônomo
e os gastos do governo foram reduzidos em 5 e 25, respectivamente. De um ano para
outro, de quanto vai alterar a renda agregada de equilíbrio?

C) Ilustre graficamente.

2) Suponha que os gastos do governo tenham sido aumentados em 10 unidades


monetárias (u.m.)e que esse aumento tenha sido financiado por um aumento em 10 u.m.
nos impostos. A renda de equilíbrio mudaria como resultado dessas duas ações de
política econômica? Se a renda mudasse, em qual direção ela se moveria, e em quanto?

3) Se a renda aumentar em $400 bilhões fazendo elevar o consumo em $ 300 bilhões,


qual é a propensão marginal a poupar?

4) Muito se falou a respeito das inúmeras inovações devidas a Steve Jobs. Supondo o
modelo clássico, desenhe a curva de oferta agregada clássica indicando o efeito que o
líder da Apple provavelmente teria causado à oferta agregada (dada a sua contribuição
ao ritmo do progresso técnico).

5) Como a análise keynesiana difere da visão clássica quanto a variabilidade dos


salários?

6) Como a análise keynesiana difere da visão clássica quanto ao modo em que é


determinado o produto (y)?

7) Dilma Roussef em conferência na União Europeia disse que “(...) a nossa


experiência demonstra que, no nosso caso, ajustes fiscais extremamente recessivos só
aprofundaram o processo de recessão, de perda de oportunidades e de desemprego”.
Do dito pela presidente do Brasil, o que adequadamente se encaixaria teoricamente :
a) seria com a teoria clássica pois essa não recomenda ajustes fiscais para resolver
problema de recessão ou desemprego.
b) seria com o conceito de hiato do produto o qual a recessão aumenta a distância entre
os PIBs potencial e o corrente.
c) seria a da visão keynesiana pela qual a política fiscal deve ser expansionista para sair
da recessão e diminuir o desemprego.
d)seria com a lei de Okun, pois recessão aumenta a taxa de desemprego considerando o
crescimento do PIB potencial.
e) é que a teoria Keynesiana aplicada no Brasil não deu certo no passado (antes de
Lula), uma vez que houve recessão e perda de emprego.

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