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1.1. Introdução....................................................................................................... 1
ANEXOS ........................................................................................................................ 31
LISTA DE TABELAS
Tabela 4.2.2: Resumo do Teste de Phillips – Perron (PP ............................................... 23
i
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.2.2: Variação Percentual do PIB do Brasil, no período de 1960-2010 .............. 5
ii
LISTA DE ANEXO
Anexo A: Base de Dados ................................................................................................ 31
iii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
PIB – Produto Interno Bruto
TD – Taxa de Desemprego
iv
CAPÍTULO 1: INTRODUÇÃO
1.1.Introdução
A Lei de Okun é uma relação empírica entre a taxa de desemprego e o Produto Interno
Bruto (PIB) de um país. Esta lei foi desenvolvida pelo economista Arthur Okun e sugere
que, em geral, um aumento na taxa de desemprego está associado a uma diminuição no
PIB. A relação entre essas duas variáveis fornece insights sobre o funcionamento da
economia e as políticas públicas necessárias para mantê-la saudável.
1
Descrever o comportamento do Produto Interno Bruto sobre os efeitos nas taxas
de desemprego.
2
CAPÍTULO 2: REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Introdução
O capítulo em alusão visa duma forma geral enquadrar o leitor, sobre os modelos
usados na presente pesquisa e estudos relacionados ou assemelhados ao tema, já
realizados por outros pesquisadores. São igualmente apresentados neste capítulo,
conceitos, definições e outras informações relacionadas com o tema, recolhidas com
recurso a literaturas teóricas, empíricas e focalizadas. A revisão da literatura teórica, vai
analisar elementos de natureza teórica, relacionadas com a política monetária e taxa de
câmbio.
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Alguns economistas como Figueiredo, afirma que existe consenso sobre o carácter
diferenciado do período que Kuznets designa de período de crescimento económico
moderno, que data desde os fins do século XVIII e inicio do século XIX.
De acordo com o site do IBGE (2020), o PIB mede apenas os bens e serviços finais para
evitar dupla contagem, sendo medidos no preço em que chegam ao consumidor,
levando em consideração também os impostos sobre os produtos comercializados.
4
2000, buscando enfatizar variação ocorrida nesse período, essencial para analisar o
crescimento económico ou não do país no período.
5
Figura 2.2.3: PIB do Brasil em trilhões de dólares, no período de 2011-2019
Por esses motivos a primeira revolução industrial é o marco da modificação das relações
de trabalho, sendo ela a precursora do surgimento dos Direitos Trabalhistas, a partir da
necessidade de mudanças e adequação à nova realidade de trabalho, com a necessidade
de aperfeiçoamento dos empregados e o vislumbre da necessidade da proteção para os
desempregados, que veio a acorrer mais tarde.
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A divergência na maneira de olhar o problema implica em diferenças marcantes na
explicação causal do desemprego e na indicação das políticas governamentais no
combate a tal situação. A Organização Internacional do Trabalho (1984) define o
desemprego como: “Uma situação em que o indivíduo não está economicamente
ocupado, está disponível para trabalhar e tomou alguma providência para procurar um
trabalho remunerado”.
O certo é que o desemprego é um problema social antigo e grave, que aflige todo o
mundo, especialmente, após a globalização e no Brasil não é diferente, é um fator social
que é constantemente enfrentado e debatido, além de exercer papel essencial para
aplicação da lei de Okun.
Segundo IBGE (2020) “o desemprego se refere às pessoas com idade para trabalhar
(acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar
trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um
emprego”.
Portanto, de acordo com as directrizes dessa pesquisa existem algumas pessoas que não
se enquadram como desempregados, entre eles “os universitários, a dona de casa que
não trabalha fora e um empreendedor que possui seu próprio negócio” (IBGE, 2020)
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Figura 2.2.3.1: Índice de Percentagem da População Desempregada no Brasil
(2010-2019)
Assim, segundo os dados do IBGE, o Brasil tem no segundo semestre de 2020 12,8
milhões de desempregados, correspondendo a 11,8% da população disponível para
trabalhar, o que implica dizer que o país tem aproximadamente 108,5 milhões de
pessoas disponíveis para trabalhar, de acordo com as diretrizes da pesquisa do IBGE.
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De acordo com a Lei Okun, quando há quebra do produto, as empresas necessitam de
uma menor quantidade do factor do trabalho, de modo que não são contratados novos
trabalhadores e os actuais são dispensados.
A lei de Okun apoia-se basicamente nos pressupostos de que para cada economia em
particular há uma taxa normal de crescimento. Existe uma relação indireta entre PIB e
desemprego, já que um aumento no PIB acima de sua taxa normal de crescimento
causaria uma redução no desemprego. Essa relação varia em função de cada economia
em particular. É uma relação empírica entre as variações no produto agregado (em
relação à sua tendência potencial) e variações na taxa de desemprego (em relação à taxa
natural).
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A figura 2.2.4.2 abaixo mostra que sempre que o produto aumenta 2% mais rápido que
o PIB potencial, a taxa de desemprego diminui 1 ponto percentual. Este gráfico mostra
que se pode fazer uma boa previsão da taxa de desemprego com a taxa de crescimento
do PIB.
Fonte: Samuelson
Uma consequência importante da Lei de Okun é que o PIB efectivo tem de crescer
rapidamente quanto o PIB Potencial para que a taxa de desemprego não aumente. Mas,
se quiser baixar a taxa de desemprego, o PIB efectivo tem de crescer mais rapidamente
do que o PIB potencial. A Lei de Okun proporciona uma ligação entre o mercado do
produto e o mercado de trabalho.
A pesquisa na qual se concentrou era quanto deveria crescer a economia para que a taxa
de desemprego caísse em um ponto percentual. Okun reporta uma evidência empírica,
recorrendo a dados do período pós-guerra para os Estados Unidos, em que cada ponto
percentual extra na taxa de desemprego, acima de 4% , estava associada a cerca de 3%
de decréscimo no PIB real.
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Neste sentido, a lei de Okun demonstra que alterações na procura agregada têm um
efeito directo sobre os níveis do produto que afecta a decisão das empresas para
contratar ou despedir, ou seja, os níveis de emprego. Consequentemente, as alterações
nos níveis de emprego variam num sentido oposto à taxa de desemprego. Esta lógica é
então traduzida pelo coeficiente β na regressão, que assume um valor negativo
exprimindo a relação inversa entre as variáveis.
Assim, a lei de Okun pode ser expressa através da relação positiva entre as variações no
produto e as variações no emprego:
onde:
Portanto, a Lei de Okun utiliza uma equação de variações, ou seja, estima a variação do
desemprego face à variação do PIB, indicando qual a magnitude da variação do
desemprego (coeficiente β) quando a variação do PIB é 1 ponto percentual.
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2.3. Revisão da Literatura Empírica
Em relação ao desemprego e o crescimento econômico foram feitos vários estudos
empíricos em alguns países como o Portugal e Brasil, com o objectivo fundamental de
identificar sobretudo as variáveis utilizadas nos diferentes trabalhos, bem como os seus
principais resultados.
(Melo, 2019) conduziu um estudo sobre as flutuações cíclicas e desemprego dos jovens
no Brasil nos anos de 2012-2018, cujo objectivo foi verificar se os jovens brasileiros são
mais sensíveis as flutuações cíclicas quando comparados aos adultos. Como resultado, a
autora constatou que os ciclos económicos afectam mais os jovens brasileiros, pois, de
acordo com a primeira analise de regressão, o resultado mostrou que há uma mudança
em 3,13% na taxa de desemprego dos jovens entre 14-24 anos quando há um aumento
de 1% na taxa de desemprego dos adultos com 25 anos ou mais de idade. Na segunda
analise, utilizando dados de crescimento do PIB e taxa de desemprego por faixas de
idade, a autora verificou que para a primeira faixa etária estimada (14-17 anos), teve
maior coeficiente , ou seja, os jovens são mais sensiveis as mudanças na economia do
pais.
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2.4. Revisão da Literatura Focalizada
Nuvunga (2015) analisou a aplicação da Lei de Okun em Moçambique entre 1980-2012.
O autor iniciou sua pesquisa apresentando as principais visões teóricas sobre a Lei de
Okun. Uma das visões considera a existência de um trade-off entre a taxa de
desemprego e a produção económica, com uma relação negativa entre estas variáveis.
Ele utilizou dados sobre a taxa de desemprego e o PIB do país entre 1980 e 2012, e
realizou uma análise de regressão para verificar a relação entre as duas variáveis. Os
resultados obtidos mostraram que a relação entre a taxa de desemprego e o PIB em
Moçambique é negativa e significativa, o que confirma a validade da Lei de Okun no
país.
Os resultados mostraram que estas variáveis possuem uma relação positiva com o
desemprego e negativa com o PIB, o que indica a importância da análise de factores
macroeconômicos no estudo da Lei de Okun. Portanto, a pesquisa de Nuvunga (2015)
indica que a Lei de Okun pode ser aplicada em Moçambique, mas que as
particularidades económicas do país devem ser consideradas para uma interpretação
mais precisa dos resultados.
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Uma possível explicação para a falta de aplicação da Lei de Okun em Moçambique é a
ineficiência do mercado de trabalho do país. O mercado de trabalho moçambicano
apresenta uma estrutura dual, com trabalhadores informais e trabalhadores com
empregos formais. Além disso, existe uma grande diferença entre as regiões urbanas e
rurais. Dessa forma, a taxa de desemprego não é um indicador preciso da oferta de
trabalho na economia.
O estudo também identificou que a taxa de inflação, a taxa de juros reais e a taxa de
câmbio real influenciaram significativamente o comportamento do desemprego no curto
prazo. Por outro lado, o crescimento da população teve um impacto negativo
significativo sobre a taxa de desemprego no longo prazo, o que sugere a necessidade de
políticas públicas específicas no sector demográfico para reduzir o desemprego.
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CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1. Introdução
A metodologia é a parte da pesquisa mais importante, uma vez que indica com detalhe,
os caminhos seguidos para o alcance dos objectivos da pesquisa.
Este trabalho buscou interpretar uma possível inter-relação entre as variáveis produto e
desemprego utilizando-se dados trimestrais para o período de 2005-2020.
Para este estudo, o seu objectivo geral é Verificar a aplicação da Lei de Okun ao
contexto da economia economia brasileira no período de 2005 à Fevereiro de 2020. Para
se alcançar os objectivos pretendidos, foram tidos em conta diferentes testes
econométricos com recurso ao software E-views para correr o modelo do estudo.
Para a seleção de dados deste trabalho foram tidos em conta dados de séries temporais
por serem estes os mais optados para demais estudos de natureza econométrica. Na
nossa analise buscamos interpretar uma possível inter-relação entre as variáveis produto
e desemprego utilizando-se dados trimestrais para o período de 2005-2020.
A pesquisa sobre a Lei de Okun, se baseia nas análises sobre a existência de uma
relação entre a taxa de desemprego e o crescimento económico, será tida em
consideração o teste de normalidade, de hetorocedasticidade, da autocorrelação, da
multicolinearidade e estacionaridade das variáveis, e entre outros testes. Por último, será
feito uma avaliação dos resultados do modelo econométrico, com vista a validar ou
invalidar o modelo estimado.
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3.3 Colecta de Dados
Uma coleta de dados é o processo de reunir informações relevantes para uma pesquisa
ou estudo, geralmente por meio de questionários, observação, entrevistas, análise de
documentos, formulários, sociometria, histórias da vida, testes, escalas sociais, e
amostragem. Para a presente pesquisa foram tidos em conta estudos econométricos, que
pela sua natureza usa variáveis macroeconómicas para o uso de dados.
Nesta ordem, são usadas dados de séries temporais, que de acordo com Gujarati (2011),
são conjuntos de observações de valores que uma variável assume em diferentes
momentos.
Neste estudo foi usado o PIB do Brasil. A razão da escolha é pelo facto de haver um
fácil acesso a esses dados. Os dados do PIB foram extraídos dos Relatórios do Banco,
em séries trimestrais.
Neste estudo foi usada a taxa de desemprego do Brasil. A razão da escolha é pelo facto
de haver um fácil acesso a esses dados. Os dados da taxa de desemprego foram
extraídos dos Relatórios do Banco, em séries trimestrais.
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3.5 Teste de Estacionaridade
A estacionaridade, refere-se à propriedade de uma série temporal em que as
características estatísticas, como média e variância, permanecem constantes ao longo do
tempo. Isso é importante para análise e previsão de dados temporais. Uma vez perante
séries temporais, foi testada a estacionaridade das séries através do teste de raiz unitária.
De acordo com Gujarati (2011), um processo estocástico pode ser considerado
estacionário, desde que a sua média e sua variância revelem ser constantes ao longo do
tempo.
Esse teste permite a análise das séries através de gráfico, avalia-se o comportamento do
valor médio e variância. Em casos em que os dados têm uma tendência ascendente ou
decrescente significa isso que a média não é constante e então a série é não estacionária.
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A regra de decisão da variável é comparado entre o valor do coeficiente do teste de PP
que deve ser maior que o valor crítico á um nível de significância de 5%, porque só
assim pode-se observar a estacionariedade da variável.
Para responder a esta questão, Okun (1962) utiliza dados trimestrais do período 1953-
1960 dos Estados Unidos. O modelo apresentado por Okun pode ser visto da seguinte
forma:
Onde:
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Onde:
Segundo Gujarati (2011), duas ou mais variáveis estão ligadas ou cointegradas entre si
quando formulam uma relação de equilíbrio de longo prazo. Portanto, pode-se afirmar
que o teste de cointegração pressupõe que os resíduos devem ser estacionários no nível
para evitar que as regressões espúrias possam ocorrer.
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3.9.3. Teste de Autocorrelação
A autocorrelação refere-se à correlação entre os valores de uma série temporal com seus
próprios valores defasados no tempo. A presença de autocorrelação indica que os
valores da série temporal estão correlacionados entre si ao longo do tempo. A
autocorrelação pode ser positiva, indicando uma relação crescente ou decrescente entre
os valores adjacentes, ou negativa, indicando uma relação inversa. A análise da
autocorrelação é importante para identificar padrões temporais, ajustar modelos
adequados e realizar previsões precisas em séries temporais.
Segundo Gujarati (2011), para efectuar esta análise será usado o teste de Durbin-Watson
(DW). Se o DW estatístico for maior que DW crítico (dL) não se rejeita a hipótese nula
da não existência de autocorrelação entre os resíduos, caso contrário a hipótese será
rejeitada a favor da alternativa, Gujarati (2011).
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CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1 Introdução
Consubstanciado ao teorema das técnicas e abordagens metodológicas, este capítulo faz
uma analise as distintas ferramentas econométricas que abordam sobre a aplicação da lei
de Okun no período de 2005 - 2020.
Os dados usados para a presente pesquisa, são duma estatística de base anual. O seu
detalhamento para análise e interpretação, foi feito com recurso ao pacote Eviews 12
que orientou a busca dos resultados. Seguidamente, foram trazidos os resultados dos
testes de estacionaridade, recorrendo para o efeito ao teste de raiz unitária.
Seguisse com o teste de cointegração de Johansen para verificar se existe ou não uma
relação de longo prazo entre as variáveis, assim como dos mecanismos de Correção de
erro. O presente capítulo terminou com os testes de validação do modelo
nomeadamente, testes de Normalidade, Autocorrelação, Heteroscedasticidade e
Multicolinearidade.
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Figura 4.2.1: Resultados do Exame Visual
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Tabela 4.2.3: Analise da Estacionaridade dos Resíduos
Variável Ordem de Nível de t-statistic Phillips-Perron Observação
Integração Significância test statistic
Resíduos I(0) 5% -2,911730 -5,658831 Estacionaria
(u)
Fonte: O autor 2023
O sinal do PIB vai de acordo com a teoria económica, está afirma que um aumento no
PIB acima de sua taxa normal de crescimento causaria uma redução no desemprego. A
teoria da lei de Okun prevê uma relação negativa entre a taxa de crescimento do PIB e o
desemprego.
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4.4. Mecanismo de Correcção de Erro
A estimação do modelo analisa simultaneamente os coeficientes de longo e curto prazo
das variáveis independentes e a relação dinâmica de curto prazo.
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O resultado comprovou que rejeitamos a hipótese nula de que os resíduos encontram-se
normalmente distribuídos, pois o valor da probabilidade de Jacque-Bera esta muito
abaixo 5%, logo os resíduos não estão normalmente distribuído.
Homocedasticidade
Heterocedasticidade
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4.4.3. Teste de Autocorrelação
Para verificar a autocorreção faz-se o teste de Durbin Watson com a hipótese nula de
ausência de autocorreção entre os resíduos.
Ausência de Autocorrelação
Presença de Autocorrelação
De acordo com os resultados obtidos, não rejeitamos a hipótese, de que não existe
autocorrelação entre os resíduos no período em análise, ou seja, não há evidencias de
Autocorrelação. Pois, o valor de Durbin Watson 2,0289954 é maior que o valor de
e 1,514.
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CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO
5.1. Conclusão
Este trabalho de pesquisa teve como objectivo verificar empiricamente a Lei de Okun,
que postula a relação negativa entre as variáveis de produto e desemprego, para a
Economia Brasileira do período de 2005 ao segundo trimestre de 2020.
A equação de longo prazo mostrou que uma variação percentual no Produto Interno
Bruto, faz com que a taxa de desemprego diminua em 0,232675. Para a variável PIB o
sinal vai ao encontro da teoria económica e o parâmetro é estatisticamente significativo.
Porém, num estudo realizado por Alves (2012), este concluiu que a Lei de Okun não se
aplica no país. Pois, o coeficiente do Produto Interno Bruto tem uma relação negativa o
que, representa o inverso postulado por Okun.
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Referência Bibliográfica
Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria Básica (5 ed.). São Paulo, Brasil:
AMGH Editora, Ltda.
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ANEXOS
31
2015.1 7,9 -1,6
2015.2 8,3 -2,7
2015.3 8,9 -4,3
2015.4 8,9 -5,5
2016.1 10,9 -5,2
2016.2 11,3 -3,2
2016.3 11,8 -2,5
2016.4 12,0 -2,2
2017.1 13,7 0,4
2017.2 13,0 0,9
2017.3 12,4 1,6
2017.4 11,8 2,4
2018.1 13,1 1,5
2018.2 12,4 1,1
2018.3 11,9 1,5
2018.4 11,6 1,2
2019.1 12,7 0,6
2019.2 12,0 1,1
2019.3 11,8 1,2
2019.4 11,0 1,7
2020.1 12,2 -0,3
2020.2 13,3 -11,4
32