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Variável macroeconômica: o produto interno bruto (PIB), o desemprego, o déficit

público ou a inflação

Variável microeconômica: produção de uma determinada empresa, da aversão ao risco


de um investidor ou do salário de um funcionário

NOTICIAS

1. Exploração florestal: Governo canaliza MZN 7 milhões para 68

comunidades na Zambézia ( site: o pais; data: 14/02/2023, hora: 21:20)

São cerca de sete milhões de Meticais que, até ao fim deste ano, deverão ser canalizados
a 68 comunidades de 18 dos 22 distritos da Zambézia, onde abunda o recurso florestal.
Trata-se de um valor correspondente à taxa de exploração florestal da campanha de
corte de madeira e combustível lenhoso no ano de 2021.

Neste momento, pelo menos 32 dos 68 comités de gestão de recursos naturais já


receberam valores correspondentes a 20% da taxa de exploração de recursos florestais
referentes ao ano de 2021. O processo está atrasado, mas há uma explicação. Páscoa
Razão, responsável de maneio nos Serviços Provinciais de Ambiente na província da
Zambézia, fez saber que os pagamentos em curso são referentes àqueles que estavam
pendentes no ano de 2021.

“Como disse, o que estamos a pagar agora são valores pendentes da campanha de 2021.
O que aconteceu é que, quando as Finanças desembolsaram os valores de 20%,
referentes à taxa de exploração, as comunidades naquele ano tinham contas inactivas
devido à falta de movimentação na banca. Para activação das referidas contas, foi
necessário um longo processo. Tivemos que tomar uma decisão de consensos para
evitar o prolongamento do período de não pagamento dos ordenados das comunidades.
E porque os processos são morosos e a distância em que as mesmas estão localizadas
em relação aos bancos, o sector de ambiente tomou uma decisão para apoiar as
comunidades.

“Houve um consenso de se passar os valores dos sistema das Finanças para a conta dos
serviços provinciais de ambiente da província que, por sua vez, esta entidade emite via
cheque; é justamente este processo a que estamos a dar continuidade; devíamos ter
fechado em 2022, mas não foi possível por causa desta dificuldade de NIB e domicílios
bancários”, esclareceu Páscoa Razão.
As comunidades que já começaram a beneficiar-se dos valores estão satisfeitas e falam
do processo de gestão do dinheiro. Artur Celestino, presidente do Comité de Gestão de
Socone, distrito do Ile, explicou que o valor que a sua comunidade acaba de receber,
mais de 85 mil Meticais, será aplicado para melhorar a vida das famílias. “Temos
escolas que precisam de reabilitação, pequenas vias de acesso, furos tradicionais de
água que precisam de intervenção. Vamos reunir todos os intervenientes, à luz da
transparência, para a devida aplicabilidade. Estamos muito felizes e, por isso, queremos
agradecer ao nosso Governo.”

2. Galp coloca à venda posição no gás de Moçambique ( site: o pais;


data: 16/02/2023; hora: 20:36)

Depois de anunciar a venda de activos para exploração e produção petrolífera


(upstream), em Angola, a Galp colocou à venda a participação que detém no projecto de
gás natural de Moçambique. A petrolífera portuguesa mandatou o Bank of America para
encontrar compradores para a posição que tem no projecto de gás natural, denominado
Coral-Sul, situado no Norte de Moçambique. Saídas de São Tomé e Namíbia estão
também no horizonte.

A Galp pretende vender a sua participação no projecto de gás natural Coral-Sul, em


Moçambique. Para tal, a petrolífera contratou o Bank of America, que esteve já
envolvido na alienação das posições da empresa em projectos em Angola, para
encontrar compradores.

A informação avançada pelo ‘Negócios’ dá conta de que a Galp tem um plano para sair
totalmente de África nos domínios de exploração e produção. Depois de Angola e
Moçambique, a petrolífera lusa aponta também para sair de São Tomé e Príncipe e
Namíbia. Fontes ligadas ao sector contactadas pelo ‘Negócios’ destacam que o Coral-
Sul é um activo que deve atrair muitos investidores, principalmente porque a guerra na
Ucrânia aumentou o apetite pelo gás natural em vários países.

O Coral-Sul FLNG, a primeira planta flutuante de liquefacção de gás natural em águas


ultraprofundas do mundo, com uma capacidade de produção de 3,4 milhões de
toneladas de gás liquefeito, por ano, foi implantada a uma profundidade de cerca de dois
mil metros, na Área 4 da Bacia do Rovuma.
Em Junho de 2022, o Governo e a multinacional petrolífera italiana, ENI, anunciaram o
início da exploração do gás natural liquefeito, com a introdução, com segurança, do
primeiro hidrocarboneto na plataforma flutuante, a partir dos reservatórios no alto mar,
em Cabo Delgado. A Galp está presente em Moçambique no segmento de
Upstream desde 2007. A entrada no país foi marcada pela assinatura do contrato
de farm-in com a Eni e com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) para a
exploração da Área 4, localizada em águas que vão desde profundidades rasas a
ultraprofundas da Bacia de Rovuma. Em Novembro de 2022, teve início da primeira
exportação de gás natural liquefeito (GNL), produzido na Bacia do Rovuma pelo
Projecto Coral Sul FLNG.

A Galp, que detém 10% da Área 4 da bacia do Rovuma, conta como parceiros
a Mozambique Rovuma Venture (MRV) que detém uma participação de 70% na Área 4
e é constituída por ExxonMobil (operador do projecto Rovuma LNG) através de uma
participação de 35,7% na MRV, Eni (operador do projeto offshore Coral Sul FLNG)
através de uma participação de 35,7% na MRV e China National Petroleum Corporation
(CNPC) através de uma participação de 28,6% na MRV; Kogas com uma participação
de 10%; Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), que detém 10%.

Recorde-se que a Galp chegou a acordo esta semana com a angolana Somoil para a
venda de activos ‘upstream’ em Angola por 830 milhões de dólares (777 milhões de
euros), indicou a companhia, num comunicado hoje divulgado.

“A Galp assinou um acordo com a Somoil – Sociedade Petrolífera Angolana S.A. para a
venda dos seus activos ‘upstream’ em Angola”, lê-se na mesma nota, na qual a
petrolífera detalhou que o valor da operação deverá rondar os 830 milhões de dólares,
incluindo 655 milhões de dólares (613 milhões de euros) até à conclusão e mais 175
milhões de dólares (163,8 milhões de euros) em pagamentos contingentes em 2024 e
2025, dependentes do preço do Brent”. A Galp não fez quaisquer comentários, quando
questionada pelo mesmo jornal. A venda da participação no gás de Moçambique fará
parte de um plano que passa pela saída da empresa de África na área upstream. À parte
de Angola e Moçambique, a petrolífera ainda tem interesses nestes domínios em São
Tomé e Príncipe e Namíbia.

 GALP VENDE ATIVOS EM ANGOLA POR 777 MILHÕES DE EUROS


Ainda esta semana, a Galp chegou a um acordo com a Somoil – Sociedade Petrolífera
Angolana para vender activos que controla em Angola para exploração e produção
petrolífera (upstream) por cerca de 830 milhões de dólares (777 milhões de euros
aproximadamente). O negócio foi anunciado, na última segunda-feira, no mesmo dia em
que a petrolífera portuguesa revelou ter fechado em 2022 com um lucro de 881 milhões
de euros.

A empresa liderada por Filipe Silva adianta que o negócio deverá estar concluído até ao
final deste ano. Quando estiver concretizado, a energética portuguesa deverá encaixar
logo 655 milhões de dólares (613,3 milhões de euros), de acordo com o comunicado
enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Os
restantes 175 milhões de dólares (163,8 milhões de euros) serão recebidos
posteriormente em pagamentos contingentes a efectuar em 2024 e 2025, cujo valor
dependerá do preço do Brent, petróleo extraído no Mar do Norte.

Para Filipe SIlva, citado em comunicado, o negócio permite “cristalizar valor de activos
maduros de upstream e apoiar a renovação do portefólio de upstream e a estratégia de
descarbonização”.

Estamos confiantes que a Somoil, já presente no Bloco 14, será um forte contribuidor
para o desenvolvimento para o desenvolvimento destes ativos da Galp”, argumento o
CEO da Galp.

3. Governo de Maputo falha subsídios e aumenta tarifa de transportes


(fonte: VOA portugueses; data: 21/02/2023; hora)

Passageiros dizem que não têm como apertar mais o cinto


MAPUTO — 
Depois de vários meses de pressão, o Governo moçambicano cedeu ao lobby do
Sindicato dos Transportadores Semi-colectivos de Passageiros e autorizou o
agravamento da tarifa na região metropolitana da grande Maputo. A medida já está a
provocar protestos.

Depois de falhar na promessas de subsidiar os transportadores e, posteriormente, o


subsídio ao passageiro, como forma de congelar o aumento da tarifa, o Conselho
Municipal de Maputo viu-se sem saída e vergou perante a pressão.
“O Conselho Municipal deliberou que, a partir da próxima segunda-feira (27) a tarifa do
transporte semicolectivo de passageiros vai aumentar em três Meticais” anunciou
Alexangre Muianga, vereador municipal dos transportes. O agravamento é saudado pelo
patronato dos transportadores que diz, contudo, que o reajuste continua aquém das
necessidades, face ao custo de operações.

“Vamos continuar a lutar por uma melhor tarifa. Conseguimos três meticais, contudo,
ainda está longe de sustentabilizar as actividades, face ao custo de operações”, afirma
Castigo Nhamane, presidente da Federação dos Transportadores de Maputo.

Utentes preocupados

Preocupados estão os utentes do chamado “Chapa 100”, que consideram que o


agravamento é mais mais um furo no já apertado cinto do custo de vida. “Infelizmente
está decidido. A vida do pacato cidadão estará cada vez pior e não há onde reclamar,
porque ninguém zela por nós os pobres”, desabafa Aida Malauene.
Entre os motoristas do “Chapa 100” há também quem está solidário com os
passageiros, considerando que este não era o momento apropriado para aumentar a
tarifa.

“Estamos numa fase em que muitos cidadãos estão afectados pelas cheias e há quem
perdeu praticamente tudo. Há que ter em conta essa situação e esperar por uma outra
altura”, disse Américo Cossa, motorista de transporte semi-colectivo.
Recorde-se que o Executivo anunciou ter recebido um apoio do Banco Mundial para
subsidiar o transporte, desconhecendo-se o destino dado ao valor.

4.Aumento de preços agrava condições de vida dos moçambicanos


(fonte: voa portugueses; data: 24/02/2023; hora: 15:24)

Uma nova tarifa do “Chapa”, os transportes colectivos, entra em vigor já a partir desta
da-feira, 27, em Maputo. O Centro de Integridade Publica (CIP) alerta para o
agravamento das condições de vida da maioria dos moçambicanos, devido ao elevado
preço dos combustíveis e a subida da tarifa do transporte publico, sobretudo numa
situação em que o pais está a ser afectado por cheias e ciclone. Uma nova tarifa do
“Chapa”, os transportes colectivos, entra em vigor já a partir desta da-feira, 27, em
Maputo.

As medidas do Pacote de Aceleração Económica (PAE) anunciadas pelo Governo em


Agosto de 2022 incluíram a redução do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) , de
17 para 16%, e a redução do Imposto sobre o Rendimento e Pessoas Colectivas (IRPC)
do sector dos transportes urbanos, de 32% para 10% .

A economista e pesquisadora do CIP Estrela Charles anota que estas reduções


começaram a produzir efeitos a 1 de Janeiro deste ano ,e por essa razão, devia haver
uma redução do preço de venda ao público de combustíveis e da tarifa de transporte
público urbano.nEla enfatiza que, ao fim do segundo mês da entrada em vigor da
redução dos impostos referidos, a Autoridade Reguladora de Energia (ARENE) mantém
a aplicação da taxa de 17%3 no preço final dos combustíveis, “o que ao abrigo da lei n°
22/2022 de 28 de Dezembro é ilegal”. Aquela economista refera que a redução da taxa
do IRPC no sector dos transportes urbanos tem por objectivo baixar os custos
operacionais, tornar o sector mais atraente ao investimento privado e promover a
competitividade.

Na prática, significa que os transportadores passaram, desde 1 de Janeiro, a incorrer a


menos custos operacionais, mas passados menos de dois meses da entrada em vigor
desta medida, a Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores
Rodoviários (FEMATRO) e o Conselho Municipal de Maputo anunciaram o aumento
da tarifa do transporte público, em três meticais, para a zona metropolitana de Maputo
(cidade de Maputo, Matola, Vila de Boane e Marracuene).

Para a pesquisadora do CIP, a redução do IVA, do IRPC, associado ao facto de o


Governo estar a efectuar pagamentos do subsídio aos transportadores, anunciado em
Julho de 2022, constituem factores suficientes para a redução do preço dos combustíveis
e da tarifa do transporte público, o que não está a ocorrer, colocando em causa os
objectivos para os quais o PAE foi introduzido, a redução do custo da vida para o
cidadão.

Entretanto, o presidente da Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas


(AMEPETROL) diz que as mexidas ocasionais do preço do petróleo no mercado
internacional não têm aligeirado os custos de importação porque são anuladas pela
subida dos custos de logística, como transporte e seguros.

Michel Ussene, anota que a Associação está à procura de mecanismos que não lesem o
consumidor final, nem o Governo, nem as empresas, para que haja combustível em todo
o pais, realçando que o melhor mecanismo talvez seja reduzir a carga fiscal, até que a
situação internacional se modifique.

Por seu turno, o vice-presidente da Federação Moçambicana dos Transportadores


Rodoviários (FEMATRO), Paulo Mutisse, justificou o aumento da tarifa do chapa com
o facto de o Governo ter falhado na questão das compensações.

O Governo assume que há falhas, mas diz estar a trabalhar no sentido de reduzir o
encarecimento da vida dos cidadãos.

Luciano Caetano, vendedor de rua na cidade de Maputo, e residente na Matola,


interroga-se, quando é que teremos os resultados desse trabalho.
“A tarifa do chapa sobe todos os anos, e já houve casos em que subiu duas vezes num
ano, esta eh uma situação muito complicada para nos”, concluiu.

5. Banco Mundial Renova Parceria com Moçambique (site:o pais; data:


25/02/2023; hora: 11:44)
O Banco Mundial renovou o quadro de parceria com Moçambique para o período
2023-2027. A nova estratégia da instituição financeira internacional visa contribuir
para o desenvolvimento verde, resiliente e inclusivo do país e contribuir para a
recuperação económica. Parcerio de desenvolvimento de Moçambique desde a adesão
às instituições de Breeton Woods, em 1984, o Banco Mundial acaba de decidir, através
do seu Conselho de Administração, renovar a estratégia de parceria com o país. A ser
implementado entre 2023 e 2027, o novo quadro de parceria está virado para um
desenvolvimento mais verde, resiliente e inclusivo.

“Esta estratégia vai investir em instituições inclusivas, lançando as bases para uma
sociedade mais resiliente. Vamos apoiar o aumento de emprego inclusivo e verde,
principalmente através da criação de oportunidades para mão-de-obra pouco
qualificada fora da agricultura de subsistência”, diz a Directora do Banco Mundial em
Moçambique, citada neste comunicado de imprensa. Outro objectivo passa por apoiar
o país a recuperar a sua economia dos efeitos da crise da pandemia e da Guerra
russo-ucraniana.
Durante este novo ciclo de parceria, o trabalho centrar-se-á no reforço da recuperação
económica, em sintonia com as iniciativas de reforma do governo moçambicano, tais
como o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), lançado em Agosto de
2022. O Banco Mundial insiste, por outro lado, na necessidade de o país diversificar a
economia e reduzir a dependência na indústria extractiva.

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