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público ou a inflação
NOTICIAS
São cerca de sete milhões de Meticais que, até ao fim deste ano, deverão ser canalizados
a 68 comunidades de 18 dos 22 distritos da Zambézia, onde abunda o recurso florestal.
Trata-se de um valor correspondente à taxa de exploração florestal da campanha de
corte de madeira e combustível lenhoso no ano de 2021.
“Como disse, o que estamos a pagar agora são valores pendentes da campanha de 2021.
O que aconteceu é que, quando as Finanças desembolsaram os valores de 20%,
referentes à taxa de exploração, as comunidades naquele ano tinham contas inactivas
devido à falta de movimentação na banca. Para activação das referidas contas, foi
necessário um longo processo. Tivemos que tomar uma decisão de consensos para
evitar o prolongamento do período de não pagamento dos ordenados das comunidades.
E porque os processos são morosos e a distância em que as mesmas estão localizadas
em relação aos bancos, o sector de ambiente tomou uma decisão para apoiar as
comunidades.
“Houve um consenso de se passar os valores dos sistema das Finanças para a conta dos
serviços provinciais de ambiente da província que, por sua vez, esta entidade emite via
cheque; é justamente este processo a que estamos a dar continuidade; devíamos ter
fechado em 2022, mas não foi possível por causa desta dificuldade de NIB e domicílios
bancários”, esclareceu Páscoa Razão.
As comunidades que já começaram a beneficiar-se dos valores estão satisfeitas e falam
do processo de gestão do dinheiro. Artur Celestino, presidente do Comité de Gestão de
Socone, distrito do Ile, explicou que o valor que a sua comunidade acaba de receber,
mais de 85 mil Meticais, será aplicado para melhorar a vida das famílias. “Temos
escolas que precisam de reabilitação, pequenas vias de acesso, furos tradicionais de
água que precisam de intervenção. Vamos reunir todos os intervenientes, à luz da
transparência, para a devida aplicabilidade. Estamos muito felizes e, por isso, queremos
agradecer ao nosso Governo.”
A informação avançada pelo ‘Negócios’ dá conta de que a Galp tem um plano para sair
totalmente de África nos domínios de exploração e produção. Depois de Angola e
Moçambique, a petrolífera lusa aponta também para sair de São Tomé e Príncipe e
Namíbia. Fontes ligadas ao sector contactadas pelo ‘Negócios’ destacam que o Coral-
Sul é um activo que deve atrair muitos investidores, principalmente porque a guerra na
Ucrânia aumentou o apetite pelo gás natural em vários países.
A Galp, que detém 10% da Área 4 da bacia do Rovuma, conta como parceiros
a Mozambique Rovuma Venture (MRV) que detém uma participação de 70% na Área 4
e é constituída por ExxonMobil (operador do projecto Rovuma LNG) através de uma
participação de 35,7% na MRV, Eni (operador do projeto offshore Coral Sul FLNG)
através de uma participação de 35,7% na MRV e China National Petroleum Corporation
(CNPC) através de uma participação de 28,6% na MRV; Kogas com uma participação
de 10%; Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), que detém 10%.
Recorde-se que a Galp chegou a acordo esta semana com a angolana Somoil para a
venda de activos ‘upstream’ em Angola por 830 milhões de dólares (777 milhões de
euros), indicou a companhia, num comunicado hoje divulgado.
“A Galp assinou um acordo com a Somoil – Sociedade Petrolífera Angolana S.A. para a
venda dos seus activos ‘upstream’ em Angola”, lê-se na mesma nota, na qual a
petrolífera detalhou que o valor da operação deverá rondar os 830 milhões de dólares,
incluindo 655 milhões de dólares (613 milhões de euros) até à conclusão e mais 175
milhões de dólares (163,8 milhões de euros) em pagamentos contingentes em 2024 e
2025, dependentes do preço do Brent”. A Galp não fez quaisquer comentários, quando
questionada pelo mesmo jornal. A venda da participação no gás de Moçambique fará
parte de um plano que passa pela saída da empresa de África na área upstream. À parte
de Angola e Moçambique, a petrolífera ainda tem interesses nestes domínios em São
Tomé e Príncipe e Namíbia.
A empresa liderada por Filipe Silva adianta que o negócio deverá estar concluído até ao
final deste ano. Quando estiver concretizado, a energética portuguesa deverá encaixar
logo 655 milhões de dólares (613,3 milhões de euros), de acordo com o comunicado
enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal. Os
restantes 175 milhões de dólares (163,8 milhões de euros) serão recebidos
posteriormente em pagamentos contingentes a efectuar em 2024 e 2025, cujo valor
dependerá do preço do Brent, petróleo extraído no Mar do Norte.
Para Filipe SIlva, citado em comunicado, o negócio permite “cristalizar valor de activos
maduros de upstream e apoiar a renovação do portefólio de upstream e a estratégia de
descarbonização”.
Estamos confiantes que a Somoil, já presente no Bloco 14, será um forte contribuidor
para o desenvolvimento para o desenvolvimento destes ativos da Galp”, argumento o
CEO da Galp.
“Vamos continuar a lutar por uma melhor tarifa. Conseguimos três meticais, contudo,
ainda está longe de sustentabilizar as actividades, face ao custo de operações”, afirma
Castigo Nhamane, presidente da Federação dos Transportadores de Maputo.
Utentes preocupados
“Estamos numa fase em que muitos cidadãos estão afectados pelas cheias e há quem
perdeu praticamente tudo. Há que ter em conta essa situação e esperar por uma outra
altura”, disse Américo Cossa, motorista de transporte semi-colectivo.
Recorde-se que o Executivo anunciou ter recebido um apoio do Banco Mundial para
subsidiar o transporte, desconhecendo-se o destino dado ao valor.
Uma nova tarifa do “Chapa”, os transportes colectivos, entra em vigor já a partir desta
da-feira, 27, em Maputo. O Centro de Integridade Publica (CIP) alerta para o
agravamento das condições de vida da maioria dos moçambicanos, devido ao elevado
preço dos combustíveis e a subida da tarifa do transporte publico, sobretudo numa
situação em que o pais está a ser afectado por cheias e ciclone. Uma nova tarifa do
“Chapa”, os transportes colectivos, entra em vigor já a partir desta da-feira, 27, em
Maputo.
Michel Ussene, anota que a Associação está à procura de mecanismos que não lesem o
consumidor final, nem o Governo, nem as empresas, para que haja combustível em todo
o pais, realçando que o melhor mecanismo talvez seja reduzir a carga fiscal, até que a
situação internacional se modifique.
O Governo assume que há falhas, mas diz estar a trabalhar no sentido de reduzir o
encarecimento da vida dos cidadãos.
“Esta estratégia vai investir em instituições inclusivas, lançando as bases para uma
sociedade mais resiliente. Vamos apoiar o aumento de emprego inclusivo e verde,
principalmente através da criação de oportunidades para mão-de-obra pouco
qualificada fora da agricultura de subsistência”, diz a Directora do Banco Mundial em
Moçambique, citada neste comunicado de imprensa. Outro objectivo passa por apoiar
o país a recuperar a sua economia dos efeitos da crise da pandemia e da Guerra
russo-ucraniana.
Durante este novo ciclo de parceria, o trabalho centrar-se-á no reforço da recuperação
económica, em sintonia com as iniciativas de reforma do governo moçambicano, tais
como o Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE), lançado em Agosto de
2022. O Banco Mundial insiste, por outro lado, na necessidade de o país diversificar a
economia e reduzir a dependência na indústria extractiva.