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1.

Introdução

O presente ensaio, enquadra-se no âmbito de culminação da cadeira Políticas Energéticas e


Legislação em Energias em Moçambique e pretende discutir a politica energética através da
Resolução nº 5/98, de 3 de Março.

O aproveitamento dos recursos energéticos caracterizou sempre, ao longo da história, as etapas


mais decisivas do desenvolvimento humano, constituindo o consumo percapita de produtos
equivalentes de petróleo indicadores importantes do grau de desenvolvimento de um país. Cabe
ao estado promover e dirigir tal desenvolvimento, definindo, para cada momento, os grandes
objectivos e etapas do desenvolvimento e aproveitamento dos recursos energéticos e,
consequentimente, as politicas daí, decorrentes. O Governo estableceu, como objectivo para o
corrente quinquênio, a expansão do acesso da população às fontes energéticas, em boas
condições de utilização das mesmas, nas melhores condições económicas possíveis e
preservando o meio ambiente.

 Assegurar o fornecimento fiável de energia, ao baixo custo possível, por forma a


satisfazer os níveis actuais de consume e as necessidades do desenvolvimento
económico;
 Aumentar a disponibilidade de energia para o sector doméstico, em particular carvão
mineral, petróleo de iluminação, gás e electricidade;
 Promover o reflorestamento do país com vista a aumentar a disponibilidade de lenha e
carvão vegetal;
 Reforçar a capacidade institucional das principais agências fornecedoras de energia, para
melhorar o seu desempenho;
 Promoção de programas de investimento economicamente viáveis, com vista o
desenvolvimento dos recursos energéticos;
 Aumentar a exportação dos produtos energéticos;
 Melhorar a eficiência na utilização de energia;
 Promover o desenvolvimento das tecnologias de conversão e aproveitamento energéticos
ambientalmente benéficos(energia solar, eólica e biomassa );
 Promoção dum sector empresarial mais eficiente, dinâmico e competitivo.
 No desenvolvimento do potencial energético de Moçambique, o governo, prossegue uma
política de abertura ao investimento privado.
 Neste sentido, promove o investimento privado convista ao desenvolvimento da
exploração do carvão mineral, ao inicio do desenvolvimento dos depósitos e posterior
exportação de gás natural para mercados da região e ao desenvolvimento dos recursos
hidroenergéticos, em partricular no vale do rio Zambeze.

2. Politicas energéticas

2.1. Na Electricidade

A política do Governo está orientada para a extensão da rede elécrica nacional, com vista a
promoção da melhoria das condições de vida das populações,

A prestacão de um serviço tecnicamente fiável e a custos compatíveis com as necessidades


económicas e para o incremento das exportações, através de:

 Reforço e ampliação das redes de distribuição de energia eléctrica ao nível nacional;


 Construção de linhas de transporte de energia eléctrica para capitais provinciais e para
sedes distritais.

Esta estatégia esta sendo cumprida pelo governo, todas as capitais provinciais estão ligadas
a rede eléctrica nacional e quase todos os distritos do pais e neste momento a meta do
governo é estender a iniciativa para os postos administrativos.

 Viabilização de novos sistemas de electrificação rural através de sua combinação com


projectos de desenvolvelmento local e diversificação energética;
 Incentivo e promoção na construção de pequenas centrais hidroeléctricas, onde se mostre
apropriado, bem como reabilitação das autroraexistentes;
 Reabilitação das linhas de transporte de corrente eléctrica bem como a construção de
novas linhas tanto dentro como para os paises vizinhos.

Abaixo se apresenta uma evidência da implementação da Política energética com a


construção da rede eléctrica para a electrificação da Província de Inhambane.
 

Fig.1: Electrificação da Província de Inhambane

2.2. Carvão mineral

A política do governo visa fundamentalmente promover a produção de carvão através de:


 Promoção do desenvolvimento da indústria de carvão particularmente a produção
e do escoamento do carvão de Moatize;
 Reabilitação das minas existentes.
 O governo promove ainda a adopção de novas tecnologias ambientalmente
benéficas e de baixo custo para a extracção, processamento, transporte e
conservação de carvão.
 Apesar da política do Governo prever esta medida, tem se acompanhado pelos orgãos de
informação lamentações por parte da população pelo incumprimento da politica, havendo
uma necessidade de reflexão sobre o assunto.Exemplo. O Tribunal Administrativo da
Provincia de Tete condenou a mineradora Vale Moçambique e o estado moçambicano
pela violação dos direitos das comunidades afectadas pela exploração do carvão mineral
através do acordão no.09/TAPT/2019.
A figura abaixo mostra a exploração do carvão mineral de Moatize

Fig.2: Exploração do carvão mineral de Moatize

2.3. Hidrocarbonetos

No que refere aos hidrocarbonetos, o governo atribui importância particular à pesquisa e


exploração de petróleo e gás natural ao longo de todo o país e, para o efeito, irá continuar a
mobilizar os meios necessários. Neste sentido, procederá a revisão da base legal e fiscal com a
finalidade de encorajar as companhias internacionais de petróleo a participar na pesquisa desses
recursos.

Esta política está ultrapassada pós no ano 2000 foi elaborada uma estratégia de implementação
da mesma que também foi revogada em 2009. Tendo em conta os novos desafios em que o pais
enfrenta a política carece de ser actualizada, pois muuitos aspectos já foram ultrapassados e ha
muitos desafios novos na área. Abaixo se apresenta uma figura ilustrativa da exploração de
hidrocarbonetos.
Fig.3: Exploração de hidrocarbonetos

 Em relação ao descrito acima neste momento o governo esta a fazer cumprir a politica
mas no entanto no meio do processo estão surgindo fenómenos como o caso de guerras
em Cabo Delgado o que nos submete a uma profunda reflexão sobre o impacto dos
hidrocarbonetos no desenvolvimento do nosso pais Moçambique.

2.4. Petróleo e derivados

O governo promove o desenvolvimento da indústria de refinação de petróleos , neste caso com


maior destaque a uma solução que valorize o património da antiga refinaria da Matola, incluindo
pela via de sua alianação.

 As principais fontes de geração de moeda externa os bunkers internacionais e o trânsito


de produtos para os pais vizinhos, serão acelerados os trabalhos da sua reabilitação e
reforçada a eficiência e competividade na prestação de serviços nas instalações
portuárias, de armazenagem e de transporte de produtos petrolíferos em Maputo, Beira e
Nacala.
 
 O governo incentivará ainda a prática da actividade de distribuição de produtos
petroliferos em Moçambique por companhias de petróleo que garantam a manutenção de
elevados padões de qualidade.
 Igualmente estimular a distribuição de petróleo de iluminação nas zonas rurais.

2.5. Energias novas e renovaveis

O governo promove a utilização de energias novas e renováveis, nomeadamente a energia solar


por incidência directa, a foto-voltaica e a eólica uma vez que, em geral, estas representam a
solução economicamente mais viável no meio rural e em zonas remotas, adequando-se
perfeitamente ao contexto disperso em que as populações vivem,. Esta política é implementada
pelo governo através da FUNAE. Abaixo é apresentada uma residência electrificada através de
uma fonte renovável.

Fig.4: Electrificação rural


 contribuem para redução da dependência em relação a produtos energéticos importados e
têm um impacto positivo sobre o meio ambiente (Segurança energética, mudanças
climáticas, redução dos gases de efeito estufa, esgotamento de combustiveis fósseis );
 A promoção consiste em:
 Reforçar a capacidade técnica das instituições envolvidas na pesquisa das tecnologias
novas;
 Promover experiências piloto de divulgação dessas tecnologias;
 governo promove a utilização de energias novas e renováveis, nomeadamente a energia
solar por incidência directa, a foto-voltaica e a eólica uma vez que, em geral, estas
representam a solução economicamente mais viável no meio rural e em zonas remotas,
adequando-se perfeitamente ao contexto disperso em que as populações vivem, (através
da FUNAE)
 contribuem para redução da dependência em relação a produtos energéticos importados e
têm um impacto positive sobre o meio ambiente (Segurança energética, mudanças
climáticas, redução dos gases de efeito estufa, esgotamento de combustiveis fósseis );
 A promoção consiste em:
 Reforçar a capacidade técnica das instituições envolvidas na pesquisa das tecnologias
novas;
 Promover experiências piloto de divulgação dessas tecnologias;
 Promover programas de crédito rural direccionados à expanssão de tecnologias de
energias renováveis;
 Introduzir incentivos fiscais para a utilização de energias alternativas renováveis, quando
aplicadas para fins de satisfação das necessidades básicas das populações rurais.

2.6. Biomassa

A lenha e o carvão vegetal constituem a principal fonte de energia para a maioria da população
moçambicana, ocupando por isso um lugar de destaque na política energética. 

Como política energética, o governo continuará a desenvolver iniciativas para melhorar a


informação de base nas seguintes áreas:
 Recursos de biomassa;
 Níveis de consumo de biomassa e tendência do sector doméstico;
 Mercados de lenha e carvão vegetal;
 Sistemas de gestão de florestas e terra, no contexto do sector familiar agrário. 

A política nacional de biomassa compreende os seguintes componentes:


 Redução gradual do consumo de combustíveis lenhosos, fomentando a utilização do gás e
do carvão mineral;
 Gestão sustentável dos recursos lenhosos, através da cooperação dos serviços
competentes com as comunidades rurais;
 Encorajamento dos agricultores e empresários para o plantio de árvores;
 Introdução de medidas de conservação do consumo de combustíveis lenhosos;
 Promover treinamento e dessiminação de informação relativamente a novos fogões que
tenham provado ser eficientes e baixo custo;
 Pesquisa e promoção de tecnologias que assegurem a mais eficiente utilização de
recursos de biomassa.

Fig.5: Produção artesanl do carvão vegetal


3. Preços e tarifas

3.1. Produtos petrolíferos


 A política de preços de produtos petrolíferos visa a cobertura dos custos reis da
colocação do produto num determinado local, a promoção da eficiência na sua utilização
e o desenvolvimento de fontes alternativas e /ou renováveis. A formação dos preços será
estabelecida tendo como base os preços correntes no mercado internacional. O governo
continuará a fixar administrativamente as margens de comercialização para os produtos
petrolíferos, por forma a proteger os consumidores, sem prejuízo da viabilidade fanaceira
das empresas.
Em relação ao petróleo de iluminação serão emitidos os subsídios e as insenções fiscais
para torna-lo mais acessível à população e encorajar o seu uso no lugar doutras formas de
energia mais caras e ambientalmente nocivas.

Considerações finais
Ponto de situação sobre o cumprimento das estratégias de políticas energéticas pelo
Governo
 Cumprimento da estratégia de electrificação de todas as capitais provinciais e
distritais, este último já na fase final;
 Violação de direito das comunidades afectadas pela exploração de recursos
minerais( acordão 09/TAPT/2019);
 Distribuição deficiente do petróleo de iluminação em alguns locais do país e em
particular nas zonas rurais;
 Sensibilização do cidadão da classe media baixa para o uso do gás natural em
substituição ao carvão vegetal.
Referências bibliográficas

Boletim da República. Resolução nº 5/98, de 3 de Março, que aprova a Política


Estratégica Nacional.
FUNAE, Contributo do Fundo de energia. Maputo, 2019.
R. Jerónimo Durski. Gena Energia solar. Curitiba, Brasil.
www. europarl.europa.eu/factsheets/pt.
MATAVEIA, Marcelina.Politica de Desenvolvimento de Energias Novas e Renovaveias
em Moçambique.2011.

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