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Declaração de Honra
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(Valdo Ferreira Langa Banze)
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IV. Dedicatória
Quero agradecer primeiro lugar a Deus, pois graças a ele e ao meu esforço consegui enfrentar
grandes obstáculos pra chegar ao fim desta jornada académica durante os 3 anos onde muitos
tropeçaram para nunca mais conseguir levantar.
Em segundo lugar dedico este trabalho as pessoas mais importantes da minha vida, falo da minha
família que nem sempre pode estar presente nos momentos difíceis, mais mesmo assim pelo
incentivo que sempre me deram pude superar as dificuldades e os fracassos.
Em terceiro lugar dedico este trabalho aos meus verdadeiros colegas que sempre deram a mão
para ajudar nesta caminhada que foi difícil ca chegar sem que esperassem de retorno, falo dos
meus verdadeiros colegas:
Aibo, Nilton, Nelson, Nhaliguangue, Quinita, Francisco, Pascual, Atima, Bernardo, Cardivino e
por último o colega que sempre será personagem desta jornada, José Manuel que já não se
encontra no mundo dos vivos a ele dedico profundamente a este trabalho.
A todos eles, espero deles o que eles de mim esperam.
Em quarto lugar dedico a este trabalho aos meus verdadeiros professores que com muita
paciência, empenho e dedicação transmitiram os seus conhecimentos para mim e de mim
também aprenderam.
As professoras:
Júlia, Cecília, Ermelinda, Fátima, Judite, Lisete
Os professores:
Magombe, Ercílio, Tsope, Sunde, , Emídio, Chambe.
E por último dedico a este trabalho a todos que por esquecimento ou distracção não nomeei neste
trabalho.
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V. Agradecimentos
Agradeço a todos que contribuíram directa ou indirectamente para que eu me torna se aquilo que
sou hoje e o serei amanha.
Agradeço a toda direcção do IMPFA em particular aos directores responsáveis pela instituição
pelo voto de confiança que foi depositado em mim para que eu pudesse fazer o estágio mesmo
com cadeiras em atraso. Prometi e cumpri a promessa de fazer a cadeira em atraso.
Graças ao voto hoje digo com muito orgulho e satisfação “ sou aluno finalista no verdadeiro
sentido, sem nenhuma cadeira em atraso”.
Porque não agradecer aos funcionários que sempre mantiveram a instituição limpa e agradável
para que eu pudesse estudar num ambiente em condições, a todos funcionários vão os meus
agradecimentos.
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VI. LISTA DE TABELAS E FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Tabela no1. Divisão Administrativa……………………………………………………………….4
Tabela nº 9. Estacionamentos……………………………………………………………………29
LISTA DE IMAGENS
Imagem nº1. Mapa de enquadramento do distrito de Marracuene………………………………..3
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VII. LISTA DE ABRIVIATURAS E SIGLAS
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VIII. Índice
III. Declaração de Honra ................................................................................................................. 1
V. Agradecimentos .......................................................................................................................... 3
INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 1
1.2.2.1.Solos .................................................................................................................................... 6
1.2.3. VEGETAÇÃO..................................................................................................................... 7
1.2.7. FLORESTAS....................................................................................................................... 8
1.3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA .................................................................. 9
1.3.1.1.REDE VIÁRIA.................................................................................................................... 9
1.3.2.2.Rede Sanitária.................................................................................................................... 16
1.3.3.3 PESCA............................................................................................................................... 18
1.3.3.5.COMÉRCIO ...................................................................................................................... 20
1.3.3.6.TURISMO ......................................................................................................................... 21
2.4.1. Agricultura......................................................................................................................... 25
3.6. CONCLUSÃO................................................................................................................... 34
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................... 35
INTRODUÇÃO
Plano de Pormenor (PP), é um instrumento que define com detalhes a forma de ocupação de
qualquer área urbana, estabelecendo a concepção do espaço urbano, dispondo sobre usos do solo
e condições gerais de edificações, o traçado das vias de circulação, as características das redes de
infra-estruturas e serviços, quer para novas áreas ou para áreas existentes, caracterizando as
fachadas dos edifícios e arranjos dos espaços livres (nº5 do Artigo. 4 da LOT).
A elaboração do presente Plano, enquadra-se nas actividades que o IMPFA como instituição de
ensino tem vindo a desenvolver, com o propósito formar técnicos capazes de prestar serviços de
qualidade aos distritos e municípios do nosso País na elaboração dos instrumentos de gestão
territorial e apoiar as autoridades locais a prever e solucionar problemas de ocupação
desordenada de solo.
A Lei n.º 19/2007 sobre o Ordenamento Territorial em Moçambique, aprovada pela Assembleia
da República em 18 de Julho, refere-se a obrigatoriedade de elaboração dos instrumentos de
ordenamento territorial para os níveis distrital e autárquico (n.º 2 do Artigo. 13 da LOT). Por isso
é indispensável a elaboração deste instrumento pois servirá de ferramenta importante na
localização e distribuição equitativa de equipamentos, infra-estruturas, e outros usos de forma
proporcionar um desenvolvimento integrado à população a se beneficiar.
O distrito de Marracuene tem vindo a sofrer uma forte ocupação urbanística, resultante da
procura intensiva da terra e das fortes correntes migratórias internas que a cidade de Maputo tem
vindo a registar, o que contribui para processo de expansão intensa do distrito.
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Este instrumento mostra novas formas de ocupação e aproveitamento do solo, com arruamentos
adequados que permitem uma circulação livre e segura de pessoas e peões, (rede eléctrica, de
abastecimento de água, de telecomunicações, equipamentos sociais e serviços propostos ao
plano, com vista a responder as necessidades da população.
Este instrumento tem como objectivo: Propor o uso adequado do solo a área dentro do perímetro
urbano tendo em conta os valores históricos, culturais, patrimoniais e naturais;
E para a realização do objectivo geral, deveram ser seguidos os objectivos específicos tais como,
compor e desenhar plantas e mapas que ilustraram os caminhos a serem seguidos para o alcance
do sucesso do plano.
Irão fazer parte do presente plano, os seguintes pontos: sendo primeiro, a caracterização geral do
distrito de Marracuene, em seguida o uso actual do solo do bairro e por ultimo descrição da
proposta urbanística do plano de pormenor – ordenamento do povoado de Singuiza .
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CAPITULO I – CARACTERIZAÇÃO GERAL DO DISTRITO DE
MARRACUENE
Limites Administrativos
É limitado a Norte pelo distrito da Manhiça, a Sul pela Cidade de Maputo, a Oeste pelo distrito
de Moamba e cidade da Matola, e a Este é banhado pelo Oceano Índico.
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1.1.2. Divisão Administrativa
Posto administrativo de Machubo com duas (2) localidades, com uma superfície de
232km2.
Posto administrativo de Marracuene sede com quatro (4) localidades, com uma superfície
de 465km2.
Nhongonhane Nhongonhane
Thaula Thaula
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População do distrito de Marracuene
De acordo com os dados do III recenseamento geral de população e habitação de 2007 (III-
RGPH), Marracuene possui cerca de 84.177 habitantes dos quais 44.927 mulheres e 41.250 são
homens, esta diferença deriva da emigração inter-distrital e internacional dos indivíduos do sexo
masculino a procura de emprego.
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1.2. CONDIÇÕES FÍSICO-NATURAIS E AMBIENTAIS
1.2.1. Clima
A humidade relativa varia entre 55 a 75% e a precipitação é moderada, com um valor médio
anual entre 500 mm no interior e 1.000 mm no litoral. A estacão chuvosa vai de Outubro de
Abril, com 60% a 80% da pluviosidade concentrada nos meses de Dezembro a Fevereiro. O
distrito é atravessado no sentido Norte-Sul ao longo de uma extensa planície pelo rio Incomáti,
que vai desaguar no Oceano Indico, no delta da Macaneta.
Temperatura
Clima Precipitação anual Estações do ano
média anual
Segundo o Perfil distrital de Marracuene 2005, o distrito de Marracuene caracteriza se pela existência de
Planície, com uma altitude de 0-200 metros, com solos arenoso-argilosos.
A área do litoral apresenta uma vasta faixa de dunas móveis de areais brancas, formadas devido á
acção dos ventos marítimos. As margens do rio Incomáti caracterizam-se por solos argilosos.
1.2.2.1. Solos
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1.2.2.2. Solos arenosos amarelados
Localiza-se nas localidades de Michafutene, localidade Sede, Nhongonhane e são propícios para
prática da agricultura de sequeiro e abunda a vegetação mata aberta, savana, arbóreo matagal e
estepe.
Estes localizam se em Michafutene e uma parte na localidade Sede, com abaixa capacidade de
retenção de água e fertilidade baixa e abunda vegetação mata fechada ou aberta.
1.2.3. VEGETAÇÃO
A faixa litoral de dunas de arreia na separação entre o mar e o rio Incomáti na zona da Macaneta
corre o risco de desaparecimento, o que ao acontecer, teria consequências ecológicas graves para
os distritos de Marracuene, Manhiça e Magude, com propensão a períodos de seca.
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HIDROGRAFIA
Segundo Perfil distrital de Marracuene 2005, Marracuene é representada por dois principais
cursos de água, doce e salgada, destacando-se o rio Incomáti (atravessa o distrito), tem um
caudal permanente, nasce na África do sul e tem uma área total de 46246 km2, dos quais 14925
km2 pertencem a Moçambique, e descarrega no estuário de Maputo, e sofre influências de
marés. O rio entra no distrito através da Localidade de Macandza, no Posto Administrativo de
Machubo, desaguando no Oceano Índico. Existem ainda lagoas e charcos distribuídos por vários
pontos do distrito.
FLORESTAS
O distrito tem vindo a ser desmatado devido à expansão da vila, desenvolvimento do distrito em
geral e o fabrico de carvão.
Tem-se intensificado, a actividade de fiscalização do trânsito de produtos de origem vegetal nos
postos de Habel Jafar e EN1, com apreensões elevadas de operadores ilegais.
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1.3. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA
INFRA-ESTRUTURAS
O distrito de Marracuene é atravessado pela estrada nacional nº 1, fazendo ligação com a circular
de Maputo e Matola, que faculta a comunicação com a cidade de Maputo a Sul e Matola, e o
distrito da Manhiça a Norte.
A ligação rodoviária da Província de Maputo que liga as Cidades de Matola e Maputo, assim
como de outros pontos da província é estabelecida através de autocarros (alguns transportes
semicolectivos vulgos “Chapas”.) públicos de passageiro que operam nos Distritos de Boane,
Marracuene, Manhiça.
Marracuene possui uma estação de ferrovia servida pelos comboios de carga e de passageiros em
trânsito na linha férrea de Maputo-Marracuene-Manhiça (linha do Limpopo).
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Imagem nº 7 e 8. Linha férrea de Maputo-Marracuene-Manhiça (linha do Limpopo)
1.3.1.3. Ponte
A ligação entre a vila-sede do distrito de Marracuene e a localidade de Macaneta, hoje esta mais
facilitada, com a conclusão das obras da ponte que permitem a ligação entre os dois pontos
separados pelo rio Incomáti. Esta infra-estrutura impulsiona o desenvolvimento da vila sede de
Marracuene e Macaneta em específico e em geral o distrito. Esta ponte faz parte do Projecto
Estrada Circular de Maputo.
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1.3.1.4. REDE DE TRANSPORTES
O distrito possui actualmente cerca de 4 auto carros dos transportes públicos vulgo TPM, com as
seguintes rotas: Museu-Marracuene (2 auto carros) e Marracuene-Praça dos trabalhadores (2
autocarros) e Baixa-Marracuene (2 auto carros).
Estes auto-carros têm como partida a Sede do Distrito aos dois destinos respectivamente, sendo o
primeiro das 05h:20min e o segundo as 06h:00min.
Para além destes existem transportes semi-colectivos licenciados que operam no Distrito nas
seguintes rotas:
o Xipamanini - Marracuene-Sede;
o Marracuene - T3;
o Mumemo – Zimpeto;
o Facim – Zimpeto;
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o Pazimane – Zimpeto;
o Bobole – Zimpeto;
o Michafutene – Xipamanine;
o Marracuene – Baixa;
o Marracuene – Museu;
Havendo também algumas chapas de operadores privados que estabelecem a ligação rodoviária a
sul com a cidade de Maputo e a norte com o distrito da Manhiça, Magude, Gaza e Inhambane
entre outros zonas da região centro e norte de Moçambique.
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1.3.1.6. REDE DE ABASTECIEMTO DE GÁS NATURAL
Hoje o distrito de Marracuene esta provido de condutas de gás natural implantadas, porém a
activação desse sistema depende da reactivação da fábrica da Ri opele ou do aparecimento de
grandes consumidores, para que se de inicio ao abastecimento desse combustível alternativo ao
nível domiciliário entre outros.
O distrito é servido pela rede de por três redes móveis (Mcel, Vodacom e Movitel) que cobrem
toda área do distrito.
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Tabela no 4. Distribuição das Fontes de Abastecimento de água
Localidad Descrição Estado de conservação
Nᵒ de Outras
PA e Operacionais Inoperacionais
Furos Poços benif. Fontes
Povoada Furros Poços Furro Poço
Macuchubo Mandza 02 --------- -------- ------- 02 --------
Taula 02 -------- 01 ------- 01 --------
Marracuen Bobole 20 14 18 12 02 02
e Ngungunha 46 -------- 28 ------- 18 --------
Sede L.Sede 82 51 68 43 14 08
Total ------------- 152 62 115 55 37 10 125
Fonte: SDPI Marracuene 2016
Fontes privadas possuem boas qualidades de água, o lençol freático encontra-se a uma
distância de 35m e a sua capacidade de fornecimento é fraca;
SANEAMENTO DO MEIO
Este não reúne melhores condições adequadas para a prestação desses serviços uma vez que o
Distrito não dispõe de sistema de esgoto para a condução dejectos domiciliares nem aterros para
a deposição dos resíduos sólidos.
É de ressalvar `que o Distrito não se beneficia de sistema de esgotos, mas tem valetas de operam
para escoamento das águas das pluviais, e em certas zonas na vila Sede é de fossas.
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EQUIPAMENTOS SOCIAIS
1.3.2.1.Rede Escolar
As Escolas Primárias Completas (EPC) tem 7158 alunos e Secundárias têm um efectivo de
12.893 alunos do Curso Diurno e Curso Nocturno. Deste número, 6.818 são mulheres e os
restantes 6.075 são homens. O IMPFA conta com um total de 52 funcionários, dos quais 20
mulheres e um total de 343 estudantes, dos quais 179 são mulheres.
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1.3.2.2.Rede Sanitária
Nos últimos anos verifica-se muita concorrência da população em se instalar neste distrito,
movidos pela acessibilidade de terras bem como a morfologia e a fertilidade dos solos que
facilitam o desenvolvimento de diversas actividades económicas além da tendência existente de
difundir algumas infra-estruturas e equipamentos sócias.
1.3.2.3.Locais históricos
Marracuene é um Distrito rico em património cultural, sendo berço dos nomes sonantes no
mundo da arte, música e literatura tais como, Malangatana Valente Ngwenha, Dilon Nginge,
Armando Mabjaia, Viriato Chiconela, Manqueu, Chiboleca, entre outros.
A população originária de Marracuene é considerada Varhonga, sendo os Honwana e os
Mahlanguana tidos como primeiros clãs da região. Os Mabjaias, apesar de não serem originários
da região, são os grupos de habitantes dominantes, com um papel preponderante nas guerras de
resistência à ocupação colonial.
O monumento de Gwaza Muthini, simboliza a vitória da batalha que se que travou envolvendo
guerreiros de Nwamatidjana, Mahazule e Mabjaia. e o exército invasor no dia 28 de Janeiro de
1895,onde cerca de 812 soldados portugueses comandados por Caldas Xavier, marchando em
quadrado morreram. A partir dessa data, o dia 3 de Fevereiro passou a ser celebrado anualmente
como dia da batalha de Marracuene.
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Imagem nº17. Monumento de Gwaza Muthini
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1.3.3.2.PECUÁRIA
Segundo SDAE, a pecuária, no distrito tem como principais animais: aves, gado bovino, caprino,
suíno. A criação do gado bovino é mais destacável no posto administrativo de Machubo
enquanto na criação de aves é mais notório no posto administrativo de Marracuene Sede.
1.3.3.3.PESCA
O potencial pesqueiro é de difícil análise pois não existe um inventário de espécies pesqueiras no
distrito. Dai que não foi possível avaliar o crescimento da actividade pesqueira em Marracuene.
Mas o distrito de Marracuene é atravessado por um curso de água doce concretamente o grande
Rio Incomáti.
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Contudo verificam-se alguns projectos de iniciativa local para o fomento da actividade
pesqueira, tendo sido abertos tanques para o fomento da piscicultura no bairro Habel Jafar, que
produzem aproximadamente 2,5 toneladas de peixe por ano. A Tilápia é o peixe mais capturado
e vendido.
1.3.3.4.INDÚSTRIA
O distrito conta com novas industrias que se destacam, como é o caso da empresa de produção de
bebidas alcoólicas ”Diageo” , a extinta fabrica de tecidos ri Opel que agora tem o nome de MCM
- Mozambique Cotton Manufactured e fabrica de produção de favos e descartáveis . Este sector
é representado por industriais de pequena, média dimensão e pequenas fábricas, distribuídas
conforme o quadro abaixo mencionado:
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Imagem nº20. Fábrica têxtil Ri Opel
COMÉRCIO
O Distrito de Marracuene possui pequenos mercados e feiras que funcionam duas vezes por
semana (terça-feira e sábado), que ajudam na colecta de receitas. A maior área comercial do
distrito, província e país é a Feira Internacional de Maputo (FACIM) que se realiza uma vez por
ano, de Agosto a Setembro, esta é a maior feira de negócios localizado no distrito de
Marracuene.
O Distrito conta com um total de 12 mercados dentre estes formais e informais. Para além dos
mercados que garantem a comercialização agrícola quer da produção local assim como da
produção vinda de fora do distrito, existem duas feiras na localidade Sede realizadas nas terças e
sábados e na localidade de Bobole nas Segundas, quartas e sextas-feiras.
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TURISMO
O Distrito de Marracuene possui um potencial no ramo do turismo. O sector determina-se a
assegurar o crescimento do turismo aproveitando as potencialidades existentes, como por
exemplo a Praia de Macaneta que oferece condições atractivas ao turismo.
Existem num total 34 estabelecimentos turísticos sendo estes, parques de campismo num total de
quatro (04). As instâncias turísticas estão distribuídas em cinco (5) localidades nomeadamente
Sede, Michafutene, Galunde, Machubo e Macaneta sendo esta última com maior número de
instâncias turísticas.
As instâncias da localidade de Macaneta são caracterizadas por serem tipo campismo e Lodge
oferecendo algumas delas, o serviço de Self-Catering.
Na época alta do turismo este número tende a crescer de forma a fazer face a avalanche de
turistas que visitam o distrito.
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CAPITULO II – USO ACTUAL DO SOLO DO BAIRRO MUMEMO 1
2.1.Localização Geográfica do Bairro MUMEMO 1
2.1.1. Limites do Bairro
Norte: Phazimani;
Sul: Kumbeza e 15 de Agosto;
Este: 4 de Outubro;
Oeste: Mali.
Segundo declarações do chefe das terras Armando Singuiza nascido em 1930 , filho de Mahubel
Mabjaia e Echissa Mabota, o nome da zona provem do apelido do seu avo que era o antigo chefe
da zona.
A zona surgiu através de uma divisão de terras do antigo líder com o nome de Matibwana que
chefiava a zona. Matibwana tinha fama de ser mulherengo por isso levou com que as suas 5
mulheres fizessem uma emboscada em jeito de vingança dentro da sua própria casa como forma
de acabar com as suas traições. As mulheres fizeram um buraco profundo armadilhado com paus
pontiagudos no seu interior, e cobriram-no com esteiras para disfarçar.
Quando Matibwana regressava a casa com a companhia dos seus seguranças caiu na armadilha
junto com seus seguranças e perdeu a vida, depois de ter morrido as suas terras foram tomadas e
divididas, com essas divisões surgiram os bairros Mali, Kumbeza e Singuiza.
2.1.3. Topografia
O bairro possui um terreno plano com solos brancos arenosos com boa capacidade de
permeabilidade e boas propriedades para a pratica da actividade agricultura familiar e construção
de residências.
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2.1.4. População e habitação
O bairro conta com uma população de cerca de 13.860 habitantes e uma média de 6000
habitações. O bairro tem aproximadamente uma superfície de 287hactares.
O perímetro urbano tem uma área de 122 hectares, conta com 110 habitações das quais 33 são de
material precário e 77 de material convencional, em média conta com 550 habitantes.
2.2.Infra-estruturas
2.2.1. Rede viária
O bairro é atravessado por uma via principal em estado precário de terra batida que tem como
ponto inicial o bairro Agostinho neto e como ponto final o bairro Pazimane.
O bairro possui um sistema de transporte precário constituído por carinhas abertas que não
reúnem condições para o transporte de passageiros e o mesmo não passa com frequência
dificultando ainda a vida dos passageiros.
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Imagem nº25. Sistema de transporte
O bairro possui ma rede eléctrica que abastece uma pequena parte da zona e que a mesma não
possui boa qualidade. A população local recorre a outra fontes de energia como painéis solares,
candeeiros e outras.
O abastecimento de água do bairro e feito por operadores privados, que fornecem a água com
alguma rotura do sistema.
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2.3.Equipamentos sociais
2.3.1. Rede escolar
Singuiza não possui nenhuma escola o faz com que as crianças tenham que percorre longas
distancias para poderem frequentar o ensino, mas conta com 2 salas anexas que leccionam de 1˚
a 3˚ classe.
Singuiza conta com um campo de futebol que faz limite entre Mali e Singuiza que beneficia os
moradores dos 2 bairros.
2.4.Actividades económicas
2.4.1. Agricultura
2.4.2. Pecuária
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2.4.3. Comércio
Existem pequenas barracas e estabelecimentos comercias que se encontram dispersas uma das
outras, que abastecem produtos de 1ª necessidade a população local.
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CAPITULO III – DESCRIÇÃO DA PROPOSTA DO PLANO DE PORMENOR
3.1.POPULAÇÃO E HABITAÇÃO
Segundo a planta da situação actual a área de intervenção conta com 110 habitações, das quais
33 de material precário e 77 de material convencional e um aglomerado populacional de 550
pessoas.
A proposta da configuração da malha urbana conta com 1320 talhões, com 3 tipologias,
distribuídos em 23 quarteirões e inseridas em 4 unidades dos quais 110 estão reservados a
população existente na área de intervenção e o restante dos talhões reservados a população
futura.
2 Simples 800 1
3 Modernas 450 1
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Recomenda-se o reassentamento das 37 famílias cuja as suas residências são atravessadas por
vias de acesso ou que estejam inseridas em áreas com Equipamentos ou Serviço proposto.
3.2.INFRAESTRUTURAS
3.2.1. REDE VIÁRIA
A rede viária do bairro “Mumemo 1” que atravessa varias zonas sendo uma delas o povoado de
Singuiza, sofre actualmente de vários problemas que importa identificar e solucionar, tendo em
conta as exigências de acessibilidade, mobilidade.
A proposta conta com ruas secundarias e terciarias com largura de 12m e 16m transversais dos
quais 2 metros estão reservados para os passeios e 1 metro reservado para as valas de drenagem.
1 Secundária 16 2639 2
2 Terciária 12 20381 67
Total 23020 80
A falta estacionamento é um dos problemas que afecta negativamente o bom funcionamento das
vias devido a sua falta os condutores são obrigados a estacionar os veículos nos passeios e nas
faixas de rodagem.
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Tabela nº 9. Estacionamentos
Ligeiros 15 21 114
O plano conta com uma linha pública de água representada na planta de infra estruturas que será
gerenciada pelas entidades competentes para fazer face ao problema referido no parágrafo
anterior.
No que diz respeito ao abastecimento de energia o bairro Mumemo 1 conta uma rede de energia
de baixa qualidade, e que a mesma não abrange todas regiões sendo uma das regiões o povoado
de Singuiza, que recorre a outas fontes de energia como: painéis, baterias, velas e candeeiros.
Para fazer face ao problema acima referido o plano conta com uma linha pública de energia
representada na planta de infra estruturas, que é composta por um “PT” e a sua respectiva linha.
Para garantir a qualidade do saneamento e da saude ambiental, o plano conta com um sistema de
valas de drenagem para fazer o devido escoamento e tratamento das aguas pluvias e conta com
um pequeno sistema de deposito de lixo com determinadas categorias,nomeadamente: Lixo
organico, lixo reciclavel e lixo perigoso.
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3.4.1. EQUIPAMENTOS SOCIAIS E SERVIÇOS
3.4.2. Educação
O bairro Mumemo 1 carece de equipamentos básicos, sendo um deles estabelecimentos de
ensino o que contribui para deslocação dos jovens e crianças para outros lugares longínquos para
terem o acesso a educação. Para fazer face ao problema acima referido, a proposta conta com
dois estabelecimentos de ensino nomeadamente: EPC e ESG.
A EPC projectada terá uma capacidade de albergar cerca de 990 alunos correspondente a 15% da
população prevista, será composta por 22 salas de aulas e um bloco administrativo divididos em
4 pavilhões e terá um pequeno ginásio para a prática da actividade física dos alunos.
A ESG terá uma capacidade de albergar cerca de 528 alunos correspondente a 8% da população
prevista, será composta por 12 salas de aulas e um bloco administrativo divididos em 4
pavilhões.
3.4.3. Saúde
A proposta conta com um centro de saúde tipo 2 para poder cumprir com as necessidades da
população prevista, existente e vizinha.
3.4.4. Desporto
Para a promoção e dinamismo do desporto, o plano conta com uma área desportiva com área
bruta de 24.532 m2, composto por um campo de futebol com dimensões standards de 105x75m e
uma pista de atletismo ao seu redor com 8 limites para a prática da actividade física e promoção
da saúde e bem-estar.
O plano é composto por duas categorias de jardins com vistas e cenários panorâmicos, que vão
proporcionar o enquadramento estético e ambiental das áreas habitacionais com a paisagem
natural e tornar a área delimitada pelo perímetro urbano atractiva e agradável para quem visita e
vive na área.
3.4.5.1.Jardim
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Os jardins de recreio e lazer com áreas de 8000 m2, compostos por árvores, palmeiras, arbustos e
pequenas lagoas estão localizados em pontos estratégicos, que vão servir de atractores de bens e
serviços complementares. Serão equipados de bancos mesas, bebedouros, lanchonetes e
sanitários.
3.4.5.2.Jardim botânico
A área será beneficiada por um jardim botânico com uma área de 5000 m2, que servirá de
pulmão verde da área composto por uma ampla diversidade de plantas exóticas e nativas da área.
O jardim servirá também como um ponto de investigação científica relacionado ao ramo da
botânica.
Árvores
Nome científico Nome popular Categoria
Aloe arborescens Aloé vera Medicinais
Vachellia seyal Acácia vermelha Sombreira
Dracaena fragans Cana de água Ornamental
Capsicum annuml Malagueta Especiarias
Vigna unguiculata Feijão nhemba Er bacia
Telfaira pedata Castanheiro de Inhambane Oleaginosas
Lactuca sativa Alface Legumes
Ipomea lam Batata-doce Tubérculos
Persea americana miil Abacate Fruteira
Magnifera Mangueira Fruteira
Carica papaya Papaieira Fruteira
Fonte: Autor 2016
3.4.6. Serviços
Para a implantação de serviços, foram considerados espaços com área bruta total de 13.032 m2,
localizados em lugares estratégicos e específicos distribuídos em diferentes pontos da área para
poder cumprir com as necessidades da população.
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Exemplo: reprografia, restaurante, posto policial, FIPAG, EDM, sede do bairro, farmácia,
agencia bancaria, etc.).
A actividade comercial no povoado de Singuiza ainda não se faz sentir devido a escassez de
estabelecimentos e infra-estruturas, o que leva a população a percorrer longas distancias para
adquirir produtos para o consumo Humano.
Dai que surge a necessidade de se criar áreas comerciais para a fácil aquisição de bens e
produtos.
A proposta conta com uma área comercial, um saperecado e um mercado projectados para
cumprir com as necessidades da população prevista existente e vizinha.
BALANÇO DE ÁREAS
Tabela nº 11. QUADRO DE ÁREAS
QUADRO DE ÁREAS
Equipamentos sociais
32
Praça 8 9.228 0,92 0,76
Infra-estruturas
33
E. Secundaria 2 42.236 4,2236 3,47
3.6.CONCLUSÃO
Com a elaboração deste plano, espera se criar novos paradigmas de urbanização eficazes e
funcionais que possam trazer melhorias na ocupação do solo no distrito de Marracuene, visto que
Marracuene nos últimos tempos tem apresentado passos galopantes para abertura de novos
horizontes de urbanização para o alcance do desenvolvimento de forma integrada, espera-se que
daqui a alguns anos o distrito torne-se município e a posterior uma provável cidade de renome.
3.7.RECOMENDAÇÃO
Para melhor resultado de qualidade habitacional, conforto ambiental dos utentes e melhor
inserção urbana da área, os desenhos do Projecto de Arquitectura deverão respeitar sempre o "
Regulamento Geral das Edificações Urbanas" em vigor no País e obtendo prévia aprovação da
Fiscalização bem como outras normas vigentes.
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BIBLIOGRAFIA
ALBERTO, Klaus Chaves e BRAIDA, Frederico, Estacionamento-Projecto de
Arquitectura e Urbanismo III, Universidade Federal de Juiz de Fora, 2010. INE, 2ª
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Maputo, 2007 – 2040, INE, Maputo, 2010;
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