Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE JORNALISMO
CHIMOIO, 2018
ESCOLA SUPERIOR DE JORNALISMO
DIRECÇÃO CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA
CURSO DE JORNALISMO
Chimoio, 2018
SUMÁRIO
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E AUTENTICIDADE.............................................. I
DEDICATÓRIA......................................................................................................................... II
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................. III
LISTA DE ABREVIATURAS ................................................................................................ IV
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. V
RESUMO ................................................................................................................................. VI
ABSTRACT ............................................................................................................................ VII
I. CAPÍTULO ............................................................................................................................. 1
1. Introdução............................................................................................................................... 1
1.1. Justificativa.......................................................................................................................... 3
1.4. Problema.............................................................................................................................. 4
1.5. Hipóteses ............................................................................................................................. 5
1.6 Objectivos............................................................................................................................. 5
II. CAPÍTULO ........................................................................................................................... 6
2. Revisão bibliográfica.............................................................................................................. 6
2.1. Rádio e Política ................................................................................................................... 8
2.1.1. Breve historial do surgimento da rádio e suas características .......................................... 8
2.2. Rádio e política no mundo ................................................................................................ 11
2.3 Imprensa e parcialidade da Rádio Moçambique em momentos eleitorais ......................... 13
2.4. A cobertura eleitoral .......................................................................................................... 15
III. CAPÍTULO ........................................................................................................................ 17
3. Metodologia ......................................................................................................................... 17
3.1 Métodos e técnicas de trabalho .......................................................................................... 17
3.1.1. Pesquisa documental ...................................................................................................... 17
3.1.2. Pesquisa bibliográfica .................................................................................................... 17
3.1.3. Observação ..................................................................................................................... 17
3.1.4. Inquérito ......................................................................................................................... 18
3.1.5. Amostragem ................................................................................................................... 18
3.1.5.1. Amostragem não probabilística ................................................................................... 19
3.2. Tipo de pesquisa ................................................................................................................ 19
IV. CAPÍTULO ........................................................................................................................ 20
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ............................................... 20
4.1. Breves comentários ........................................................................................................... 20
4.2. Apresentação dos dados .................................................................................................... 20
4.3. Apresentação do perfil dos ouvintes inqueridos ............................................................... 22
4.4. Razões da distribuição parcial do espaço de tempo na Rádio Moçambique ..................... 24
4.5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 26
4.6. BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 28
ANEXO .................................................................................................................................... 30
I
___________________________________
(António João Damião Minês)
II
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus parentes consanguíneos e afins, especialmente o meu pai
João Damião Minês e minha mãe Flora Patreque que depositaram confiança em mim e apoiaram-
me bastante na construção deste trabalho.
III
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus pela inspiração divina, por guiar a minha vida e por
ter-me dado força e perseverança para concluir esta monografia. Assim, desde logo, agradeço a
minha família em geral, em especial aos meus pais João Damião e Flora Patreque, pelo incentivo
nessa caminhada.
Como para qualquer trabalho que exige bastante dedicação e condições económicas
portanto, devo agradecer àquelas pessoas que apoiaram me nestas perspectivas: aos meus irmão
Domingos, Nelson, Patreque, Hortência, Luís e Elias Damião que ficaram ao meu lado apoiando-
me socialmente e financeiramente. Agradeço ainda ao Docente Inocêncio Albino pela monitoria
do trabalho desde a sua géneses, o seu desenvolvimento e a sua conclusão.
Aos amigos e colegas, José Rendição, Francisco Abrantes, Jeque David, Carbonato
Chaculamane, Delfim Uatanle, Vasco Benjamim, Leonel Vínculos e Maico Vontade muito
obrigado pelo apoio.
Tão fundamentais para mim são também meus colegas do curso de Jornalismo, que
compartilharam seus “anos dourados” comigo, e me inspiraram a ser quem sou hoje, depois de
quatro anos de faculdade que foram tão divertidos e inesquecíveis
Agradecimentos especiais ao professor António Guinda pelo ensinamento sábio nos anos
2012 e 2013, outros agradecimentos vão para os docentes da Escola Superior de Jornalismo em
Manica que incutiram me a vida académica.
Este trabalho simboliza o fim de uma etapa muito importante na minha vida pessoal e
académica. Assim, com o coração repleto de gratidão, tenho a certeza de que deixo um pouco de
mim na ESJ-Manica, e levo um pouco de todos vocês comigo, para encarar os desafios das etapas
futuras. Obrigado!
IV
LISTA DE ABREVIATURAS
CE – Cobertura Eleitoral
RM – Rádio Moçambique
LISTA DE TABELAS
Tabela I: Tendência da cobertura por partidos políticos………………………………...36
Tabela III: Apreciação dos ouvintes da Rádio Moçambique em torno do tópico desigualdade de
espaço de tempo radiofónico nas coberturas eleitorais…………………………………...39
Tabela IV: Razão da desigualdade de espaço de tempo na Rádio Moçambique para com o partido
no poder ………………………………………………………………….…40
VI
RESUMO
A objectividade e a imparcialidade na narração de factos jornalísticos são premissas cuja
observância é de grande importância para o desenvolvimento social, daí ocuparem a centralidade
de muitos debates sobre a ciência e a profissão jornalística. Este trabalho analisa a situação destas
premissas a partir da cobertura jornalística às últimas eleições autárquicas, realizadas em 2013 em
Moçambique, tendo como ponto de partida a cidade de Chimoio.
O estudo observou que o poder, quer político quer económico, a que se sujeitam os órgãos
de comunicação social é determinante na oscilação do seu comportamento. Como tal, a pesquisa
chega à conclusão de que a parcialidade manifesta pela RM, favorecendo o poder do dia liderado
pelo Partido Frelimo é agravado pelo facto de este órgão ser financiado pelo Governo.
ABSTRACT
Objectivity and impartiality in the narration of journalistic facts are premises whose
observance is of great importance for social development; hence occupy the centrality of many
debates on science and the journalistic profession. This paper analyses the situation of these
premises from the journalistic coverage to the last municipal elections, held in 2013 in
Mozambique, starting from the city of Chimoio.
In the methodology - to the quantitative and qualitative research, the methods of approach,
was associated to bibliographical and documentary research without neglecting a series of
techniques and instruments applied to the data collection. The case study was the provincial
delegation of Radio Moçambique (RM) in Manica, which covered the coverage of the municipal
elections of 2013 in this part of the country.
The study observed that the power, both political and economic, to which the media are
subjected, is decisive in the oscillation of their behavior. As such, the research concludes that the
bias manifested by RM, favoring the power of the day led by the Frelimo Party is aggravated by
the fact that the Government finances this organ.
Keywords: Radio and politics; election coverage; Rádio Moçambique and Parciality.
1
I. CAPÍTULO
1. Introdução
Apresente pesquisa estuda a cobertura eleitoral feita pela Rádio Moçambique (RM) no
período de campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2013 na cidade de Chimoio. Tendo
em conta que os meios de comunicação continuam a ser a principal fonte de informação dos
cidadãos, importa analisar a cobertura eleitoral feita nesta parcela do país. Num contexto em que
se verifica um aumento do jornalismo crítico durante as campanhas eleitorais, pretende-se
conhecer de que modo os media, a Rádio Moçambique em particular, se comportaram no decurso
da campanha eleitoral, tendo em conta a cobertura jornalísticas às campanhas eleitorais dos dois
principais concorrentes: os partidos Frelimo e MDM.
A pesquisa trabalhou a análise feita por Ernesto C. Nhanale, Egídio G. Vaz Raposo e
Constantino Luciano Gemusse sobre a Cobertura Mediática das Eleições Autárquicas de 2013 –
Moçambique.
Inicialmente, o pesquisador realizou uma colecta de dados durante o período da campanha
relacionada às autarquias de 2013 levantando algumas informações relevantes sobre o cenário do
pleito. Em seguida, foi feito um levantamento bibliográfico sobre média e política, comunicação
política no rádio, elementos e características da linguagem radiofónica. Nestas colectas de dados
3
1.1. Justificativa
O tema escolhido para o trabalho de pesquisa é de suma importância, pois trata de um
assunto verídico que mexe com a sociedade.
Os períodos eleitorais, e as campanhas são eventos políticos obrigatórios, sendo, por isso,
momentos ideal para dar espaço ou oportunidade de visibilidade para os partidos políticos nos
órgãos de comunicação social ao mesmo tempo que estes – órgãos de comunicação social –
encontram a oportunidade de atrair audiência e patrocinadores para si.
Em Moçambique, o meio mais usado pelos políticos para o exercício das suas funções
eleitorais é a Rádio devido à sua característica económica e abrangência. A actividade jornalística
é baseada nas normas e princípios como a objectividade e a imparcialidade, regras que devem ser
seguidas rigorosamente, isto é, descrevendo as características do objeto da notícia, e não
impressões ou comentários do sujeito que o observa e manter-se neutro, reto e equitativo, não
favorecendo alguém em detrimento de outrem.
Irá se debruçar em torno da parcialidade por parte da Rádio Moçambique no processo das
campanhas eleitorais, envolvendo conhecimento académico e várias teorias científicas que
discutem em torno do tema.
4
1.4. Problema
Todos os meios de comunicação social têm a obrigação de seguir as normas e princípios
éticos jornalísticos da imparcialidade. O respeito a estes pressupostos na prática jornalística, bem
como a observância rigorosa da legislação afim, não só contribuem para a transparência e justeza
do processo, assim como concorre para a promoção da equidade social como ponto de partida no
seio dos grupos políticos concorrentes.
Desde que Moçambique se tornou um país democrático, tem-se notado uma actuação
pouco imparcial nas coberturas mediáticas da Rádio Moçambique em plenas eleições autárquicas.
A Rádio Moçambique é o meio em que a pesquisa centra se, pois este mais destorce a realidade
que seria a isenção da parcialidade na cobertura das eleições.
– Assim, colocando esse postulado em perspectiva, esta pesquisa centraliza a sua análise
no tema da imparcialidade versus parcialidade, e questiona: como a delegação provincial da
Rádio Moçambique, em Manica, fez a cobertura eleitoral das autarquias de 2013?
1.5. Hipóteses
1.5.1 Hipótese básica
A parcialidade radiofónica (Rádio Moçambique) em momentos eleitorais é agravada pelo
facto do meio funcionar através de financiamentos do Governo.
1.6 Objectivos
1.6.1. Geral
1.6.2. Específicos
Identificar factores capazes de mobilizar a Rádio Moçambique a adotar uma actuação parcial.
Descrever as tendências da cobertura eleitoral feita pela Rádio Moçambique.
Indicar os motivos que tornam a Rádio ser um instrumento ideal para as demandas dos
partidos políticos.
6
II. CAPÍTULO
2. Revisão bibliográfica
No âmbito académico o tema cobertura eleitoral radiofónica: uma analise as eleições
autárquicas de 2013 na cidade de Chimoio compactua com o trabalho apresentado na Faculdade
Cásper Líbero intitulado Rádio como Palco da Campanha Política: um estudo sobre os programas
do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral de Lula em 2006 que tem como objectivo realizar
uma análise de conteúdo e dos elementos da linguagem radiofónica utilizados nos programas do
Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) da campanha presidencial de 2006 do candidato
à Reeleição Luiz Inácio Lula da Silva.
O tema em alusão também tem uma relação directa com dissertação apresentada à
Universidade Católica Portuguesa e Universidade Católica de Moçambique para obtenção do grau de
Mestre em Ciência Política, Governação e Relações Internacionais cognominado Impacto do
marketing eleitoral na decisão do voto em Moçambique: estudo do comportamento dos eleitores
do município da Beira em 2008 a qual visa entender até que ponto os meios de comunicação
alienam os eleitores na decisão de voto no município da Beira em 2008. Ainda neste prisma consta
a análise feita pelo CEC (Centro dos Estudos Interdisciplinares) sobre as eleições autárquicas de
2013, onde são analisados todos os meios de comunicação social em Moçambique e a sua cobertura
integral nas eleições autárquicas de 2013.
Para a produção deste trabalho parte-se do pressuposto das teorias de comunicação que
numa definição geral dada por Wolf (1985, p. 7), são estudos académicos que se concentram nos
estudos dos efeitos, origem e fenómeno da comunicação social nos seus aspectos tecnológicos,
políticos, sociais, cognitivos e económicos. Das várias teorias de comunicação existentes, a teoria
de agendamento ou agenda setting é tida como propicia para a explicação do fenómeno em estudo
pelo facto de que os médias agendam os temas a serem abordados o que vai pressupor a agendar
o espaço de tempo que cada tema ou político têm de transmitir seu manifesto eleitoral, aspectos
que coincidem plenamente com o tema. Essa liberdade que os meios de comunicação tem no
processo de alvitrar o que deve ou não ser transmitido, é a mesma autonomia que as fazem agendar
a hora, a duração e o espaço em que cada candidato tem para proferir da sua candidatura.
A teoria da agenda setting foi desenvolvida pelos americanos Malcolm McCombs e Donald
Shaw no ano de 1972 com o intuito de investigar a capacidade de agendamento da média na
campanha presidencial de 1968 nos Estados Unidos, além de confrontar o que os eleitores
7
Onipresença: o fato da média estar em todos os lugares com o consentimento do público, que
conhece sua influência.
Lima (2004, p. 220) ainda lembra que Teoria do agendamento é constituída basicamente
pela tendência a achar mais relevantes os temas mais pautados pela média, mais especificamente
é uma teoria que filtra uma informação e decide o que deve ou não ser veiculado, esses temas não
seguem obrigatoriamente o critério de interesse público. Tem mais a ver com as condições de
produção e cultura própria.
8
Para o Prado (1989, p. 17) Rádio é o único veículo de comunicação que chega a muitos
lugares do país, uma vez que é uma média barata tanto para quem produz quanto para quem adquire
a tecnologia de recepção. Em função das características de sua transmissão de ondas tem um
grande alcance, principalmente nas transmissões em Amplitude Modulada (AM). Esta abrangência
foi percebida através de dois pontos: características fisiopsicológicas do ser humano, que consegue
captar e reter mensagem falada e sonora simultaneamente a outra actividade; e por causa da
descoberta do transístor (a pilha) que possibilitou uma maior mobilidade ao rádio. Do ponto de
vista de ressecção, o rádio tem um alcance maior do que os impressos ou a TV pelos seguintes
motivos: o ouvinte basta ter a capacidade de ouvir (não ser surdo) para captar a mensagem, não é
exigida alfabetização (como no jornal impresso). Mesmo na televisão existem informações
transmitidas por escrito (GC’s) que fogem à capacidade do telespectador analfabeto.
O autor diz ainda que a rádio permite mobilidade tanto do emissor (produção em estúdio
ou externas de diversas naturezas), quanto do receptor (rádios portáteis que possibilitam a audição
na rua, no carro, nos diversos cómodos da casa etc.). É um veículo de comunicação imediato: os
fatos podem ser transmitidos no instante em que ocorrem, e instantâneo (efémero): a mensagem é
recebida no momento em que é emitida, se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante,
a mensagem não o atingirá (assim como na TV, neste ponto os impressos levam vantagem).
A relação do meio sonoro com a política já é antiga. Ele existe desde 1899, quando Marconi
realizou com sucesso sua primeira ligação por telegrafia sem fio entre França e Inglaterra. O rádio
já surgiu ligado ao poder público, inicialmente com fins militares. A partir dos anos 30, o meio
sonoro passou a ser utilizado com mais frequência pelo Estado e seus governantes, pelas guerras
e por partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais, religiosos (SCHWARTZENBERG, 1977,
p. 175).
De acordo com Abraham apud Ferraretto (2000, p. 28-29) o papel político da rádio é
inegável, independentemente da orientação. No entanto, deve-se ressaltar que é preciso estudar
esta relação tendo em vista o contexto em que actual. Desta forma, podemos perceber que a questão
do alcance é algo muito importante do ponto de vista da análise de rádio como meio de
comunicação de massa. Realmente, o rádio atinge a “massa”. É com estas características que o
meio rádio é o preferido dos políticos em momentos de campanhas eleitorais.
10
No entanto, o mais importante é que ele é o único meio de comunicação de massa que
atinge 100% da população a nível mundial e está presente em quase 100% na vida dos indivíduos.
(COSTA, 2005, p. 33).
Costa (2005, p. 33) lembra ainda que a rádio é o meio de comunicação de massa que mais
diminui distâncias.
O teórico canadense Marshall Mcluhan, que criou a expressão aldeia global, definiu o rádio
como um tipo de tambor tribal da era electrónica:
O rádio provoca uma aceleração da informação que também se estende a outros meios.
Reduz o mundo a uma aldeia (...). Mas, ao mesmo tempo em que reduz o mundo a
dimensões de aldeia, o rádio não efectua a homogeneização dos quarteirões da aldeia.
Bem ao contrário (MCLUHAN, 2000, p. 344).
Assim como os demais meios de comunicação, a rádio têm suas peculiaridades. Apesar de
não ter a imagem como o cinema, a TV, o jornal ou a revista, a rádio tem outros atributos que
suprem essa ausência. Ele pode ser ouvido em casa, no carro, no trabalho, no estádio de futebol ou
até mesmo andando pela rua.
Das características acima enunciadas, Oliveira (2001, p. 32-37), destaca a sensorialidade,
o imediatismo e o interesse como características mais peculiares da rádio.
Interesse: A programação da rádio precisa despertar o interesse do receptor para que possa
obter a atenção do ouvinte e, consequentemente manter ou elevar a audiência.
11
Prado (1989, p. 17) acrescenta duas características essenciais que influem e determinam a
estrutura da informação radiofónica: brevidade e simplicidade. Ambas são usadas em prol da
clareza enunciativa, que contribui para prender a atenção do ouvinte e fazê-lo compreender a
mensagem transmitida.
A recepção da mensagem por parte dos ouvintes o meio sonoro é paralelo abrangendo
muitos públicos ao mesmo tempo, nessa perspectiva a rádio para Ferraretto (2000, p. 28), o meio
possui uma audiência ampla, heterogénea e anónima. Ou seja, alcança uma enorme área, abrange
pessoas de diferentes classes socioeconómicas e desconhecidas no particular pela emissora. O
autor destaca ainda que a recepção da mensagem é simultânea, já que várias pessoas podem receber
a mesma informação ao mesmo tempo.
Em momentos eleitorais o rádio funcionava através de alguns formatos ou programas como
o radio jornal, reportagens especiais e programas de debate. (HARRIS e CHANTLER, 1998, p.
1998:162).
utilizando muito bem o recém-chegado meio de comunicação cujo desenvolvimento coincidiu com
o seu governo. A rádio já vinha sendo utilizado para transmitir mensagens políticas desde 1920,
com o presidente Hardin, com quatrocentos mil aparelhos em uso. No entanto, quando Roosevelt
se tornou presidente dos Estados Unidos, em 1932, o número de aparelhos de rádio já estava na
casa dos 18 milhões. Mas, antes mesmo de se tornar presidente, Roosevelt já tinha experimentado
o meio durante o seu governo do estado de Nova Iorque, e foi a partir daí que passou a reconhecer
o veículo como um poderoso instrumento para conquistar a opinião pública. “Sucedem-se, por
isso, desde o seu primeiro mandato de governador, as famosas fireside chats, conversas ao pé do
fogo,10 em tom simples e livre, para se dirigir directamente aos nova-iorquinos”
(SCHWARTZENBERG, 1977, p. 168).
A partir de 1932, a rádio tornou-se o principal meio de comunicação entre o presidente
Roosevelt e os norte-americanos através das transmissões do programa fireside chats. No período
da Grande Depressão, época de grande recessão económica, iniciada com a queda da Bolsa de
Nova York em 1929, o veículo foi amplamente explorado por Roosevelt para anunciar as propostas
da política do New Deal, de incentivo ao desenvolvimento económico e maior justiça social.
“Durante o longo período em que permaneceu no poder 1932-1945,Roosevelt transformou o
veículo em canal de contacto directo entre o governo e o resto do país. Por isso, também passou
para a história dos Estados Unidos como ‘o presidente do rádio’” (MOREIRA, 1998, p. 11-12).
Na Alemanha dos anos 30, Joseph Goebbels, idealizador e algoz das técnicas nazistas de
propaganda, descobriu no rádio o meio ideal de difusão da ideologia nazista. O veículo foi bastante
utilizado como peça-chave, já que, naquele momento, cerca de 70% das famílias alemãs possuíam
pelo menos um aparelho receptor em casa. Para se ter uma ideia da importância do meio, em 1939,
quando Hitler invadiu a Polónia, o rádio foi um dos primeiros recursos confiscados da população.
Orquestrada por Goebbels, a técnica da propaganda nazista consistia em associar durante certo
tempo um tema ideológico qualquer a uma tendência instintiva. (...) Seus slogans e suas ordens
estavam carregados de grande força emocional. Não se relacionavam com a razão, mas alcançavam
directamente os instintos. Tratava-se de afirmações e não de explicações (BALLE, 1991, p. 483-
484).
Na Argentina, nos anos 40 e 50, Juan Domingo Perón transformou a rádio num instrumento
de propaganda política. Eva Duarte, que mais tarde se uniria a Evita Perón, havia iniciado também
nos anos 40 sua carreira no rádio argentino em programas do género romântico, de mistério e até
13
Usada para veicular informação e propaganda, capaz de fazer cair governos, decidir uma
eleição e até incitar guerras, a imprensa é um elemento central nas sociedades contemporâneas.
Nas últimas décadas, com o crescimento e expansão da imprensa escrita, da rádio e da
televisão, e com o surgimento de novos meios de comunicação, com destaque para a Internet, o
impacto social da imprensa aumentou exponencialmente. Neste período, ganhou também força a
ideia de que é função da imprensa, para além de informar e transmitir uma visão imparcial dos
eventos, a fiscalização da actuação governamental, velando pela boa gestão da coisa pública e
oferecendo um contrapeso ao poder público, o qual, sem o devido controlo social, pode ser abusado
para fins privados e partidários. Para muitos, a imprensa ter-se-ia tornado numa espécie de quarto
14
poder republicano, actuando ao lado do poder executivo, legislativo e judiciário (CRUZ e SILVA,
1988,p. 397-405).
Os autores elucidam ainda que em Moçambique, uma das primeiras medidas tomadas pela
Frelimo logo após assumir o poder, a 25 de Junho de 1975, foi controlar a imprensa. Num contexto
em que acabava de se sair de uma guerra contra o colonialismo, na qual certa imprensa, sobretudo
a mais importante (Notícias de Lourenço Marques e Notícias da Beira, Tempo, Diário de
Moçambique, Voz Africana, só para citar alguns exemplos), era controlada por grandes capitalistas
hostis à Frelimo e próximos ao poder colonial, o controlo da imprensa era visto como essencial à
defesa dos interesses nacionais do recém-independente Moçambique. Também, a imprensa era
vista pelos líderes da Frelimo como um importante instrumento para transmitir as ideias e ideais
do novo regime, desencorajar ou controlar sectores hostis ou considerados como tal, e consolidar
a unidade nacional. Na época a imprensa era vista como o meio para educar, informar, mobilizar
e organizar a população.
A informação deve desempenhar um papel fundamental na criação do Homem novo e só
pode fazê-lo se os trabalhadores da informação se engajarem na sua própria
transformação, assumindo ao nível das ideias, do trabalho, da vida e do comportamento,
os valores novos, os valores do homem socialista. Isto significa também que o Partido
deve dar uma atenção particular. Ao enquadramento político dos jornalistas. Neste
sentido, intensificaremos a implantação das estruturas do Partido nos órgãos de
informação. (...) Além disso, é necessário efectuar o enquadramento político dos
jornalistas no seu conjunto, através duma estrutura própria. Uma estrutura que promova
a unidade de pensamento e de acção dos jornalistas (MACHEL,1977, p. 7).
No que concerne ao meio sonoro em Moçambique, Cruz e Silva (1988, p. 397) relatam que
a primeira emissão de Rádio foi transmitida no dia 18 de Março de 1933, por iniciativa dum
grupo de entusiastas. Naquele ano, a primeira Sede foi instalada num prédio denominado JA
ASSAM (onde hoje funciona o Centro de Estudos Brasileiros). Funcionando em pequenos
períodos de emissão, e por decisão do Governo da época, esta Estação Emissora foi designada de
Grémio dos Radiófilos de Moçambique. Com o aumento dos horários de transmissão de
programas, que consistiam basicamente em noticiários e música, foi necessário mudar de
instalações, facto que levou os mentores do projecto a se transferirem da Av. da República (hoje
Av. 25 de Setembro) para a Rua Araújo (hoje Rua de Bagamoyo).
Alguns anos depois e por via da contribuição dos ouvintes, foi construído o Edifício Sede
da Rádio, o edifício onde nos encontramos instalados hoje Rádio Moçambique. Nessa altura muda-
se a designação. Aquilo que era o Grémio de Radiófilos, passa a chamar-se Rádio Clube de
15
Durante muitos anos a RM funcionou como Empresa do Estado, tendo passado a Empresa
Pública a 16 de Junho de 1994. Nas eleições de 2004 a Rádio Moçambique foi totalmente parcial
ao partido no poder (Frelimo). No seu relatório consagrado à observação das eleições de 2004 a
EISA: 2006 e Carter Center: 2005 concluíram que a Rádio Moçambique deu 57% da sua cobertura
ao governo e à Frelimo, 19% à Renamo e apenas 10% ao Partido de Democracia e
Desenvolvimento (PDD). Estas práticas mostram claramente que a Rádio Moçambique sempre foi
parcial em momentos eleitorais mesmo depois da suposta desmembração do órgão com o Governo
Moçambicano (CRUZ e SILVA, 1988, p. 397-405).
III. CAPÍTULO
3. Metodologia
3.1 Métodos e técnicas de trabalho
3.1.1. Pesquisa documental
A pesquisa documental consistiu na busca de documentos primários (relatórios, acórdãos,
relatórios de pesquisa, relatórios de empresas, tabelas estatísticas entre outros) relacionados com
o tópico. Partindo do facto de que se estuda um caso particular, a busca incluiu dados sobre a realidade
da cobertura eleitoral Moçambicana no geral e das eleições autárquicas de 2013 em particular.
3.1.3. Observação
Lakatos e Marconi (2002, p. 87) definem a observação como sendo um instrumento básico
de colecta de dados em todas as ciências, sendo importante para a construção de qualquer
conhecimento. Utilizou-se a observação directa uma vez que permitiu ouvir de perto como foi feito
a cobertura eleitoral. Ainda neste aspecto o pesquisador observou que a Rádio Moçambique é o
meio com mais abrangência.
18
3.1.4. Inquérito
Entende-se por questionário conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo
pesquisado (GIL, 2002, p. 144).
Esta técnica teve como suporte a elaboração de um questionário, cujo teor das perguntas
foi a cobertura jornalística da Rádio Moçambique nas eleições autárquicas de 2013. Assim, na
primeira e na segunda questão esteve subjacente a ideia de cobertura jornalística do meio sonoro
(Tempo de antena), em momentos de campanhas eleitorais, a terceira e a quarta questão subentendeu
o tema da parcialidade da Rádio Moçambique nas coberturas eleitorais. A quinta questão e a última
versaram sobre a opinião de cada inquerido em relação à Rádio Moçambique nas coberturas
eleitorais. Assim, pretendeu-se obter aspectos relacionados com o tempo de antena radiofónico em
campanhas autárquicas em particular de 2013.
3.1.5. Amostragem
Para Lakatos e Marconi (2003, P 163) amostra é uma parcela convenientemente
selecionada do universo (população); é um subconjunto do universo.
19
O trabalho de campo foi caracterizado pelo contacto directo com o fenómeno de estudo. O
trabalho de campo teve a duração de vinte e nove dias.
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi desenvolvida especificamente para analisar o
meio rádio visando compreender as suas particularidades. Assim, espero contribuir para o
desenvolvimento de outros estudos nessa área.
20
IV. CAPÍTULO
4. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA
4.1. Breves comentários
Considerando os objetivos definidos e a metodologia adaptada para este trabalho resultados
são apresentados de acordo com os seguintes elementos:
Conforme a tabela I desta análise mostra, a Frelimo foi o partido que recebeu a maior
cobertura eleitoral, com 47.3% da cobertura total feita pela imprensa moçambicana em particular
a RM. A Frelimo é seguida pelo MDM, com 41.5%. Os restantes 16 partidos políticos e
movimentos cívicos ficaram com uma cobertura de 11.2%. Assim 88% da cobertura foi para o
partido Frelimo e MDM.
No que se refere aos áudios relacionados com os dias das campanhas eleitorais de 2013, na
cidade de Chimoio, concorrendo para a Frelimo o candidato Raul Conde Marques e João Luís
22
Ferrão pelo MDM, há que se enfatizar que a maior cobertura foi para o partido Frelimo com um
total de 21 minutos e 7 segundos contra 18 minutos e 4 segundos do MDM das 4 peças analisadas.
Numericamente, o partido Frelimo foi o que teve a maior cobertura da Rádio Moçambique
com 21 minutos contra 18 do MDM das apenas 4 peças analisadas.
Sexo masculino 10 50 18 35
Sexo feminino 10 50 18 31
Total 20 100 7 4
Constatou-se que 100% dos indivíduos inqueridos avaliam a Rádio Moçambique como
sendo o meio infrator dos princípios de imparcialidade nas coberturas eleitorais, sendo dessa forma
parcial favorecendo o partido no poder.
Outras razões 0 00 00
Tabela III: Apreciação dos ouvintes da radio Moçambique em torno do tópico desigualdade de espaço de
tempo radiofónico nas coberturas eleitorais.
Fonte: Autor
Manipulação 19 95
Percepção errada 1 5
Outras razões 0 00
Tabela IV: Razões da desigualdade de espaço de tempo na radio Moçambique para com o partido no poder
Fonte: Autor
Conforme nota-se na análise dos dados, descrita pela tabela, é justamente pelo facto da
Rádio Moçambique ser uma emissora financiada pelo Governo que se torna vulnerável às
manipulações, o que favorece em termos de nepotismo ao partido Frelimo e desigualando a
cobertura jornalística em momentos de campanha eleitoral passando mais espaço de tempo ao
partido no poder (Frelimo) em relação aos outros.
26
4.5. CONCLUSÃO
Tendo como ponte os princípios e as normas jornalísticas, que regem e norteiam a produção
de informação noticiosa, a imparcialidade centra-se no não favorecimento nem prejuízo e qualquer
a fonte de informação. Seguindo esse pressuposto o objectivo deste estudo foi de analisar como a
delegação provincial da Rádio Moçambique, em Manica, trabalhou a cobertura jornalística das
eleições autárquicas na cidade de Chimoio no período de campanha eleitoral de 2013.
Assumiu-se que a rádio é o meio de comunicação ideal para os políticos a avaliar pela sua
característica e capacidade de ampla massificação da informação. Apesar de não ter a imagem
como o cinema, a TV, o jornal ou a revista, a rádio tem outros atributos que suprem essa ausência.
Ele pode ser ouvido em casa, no carro, no trabalho, no estádio de futebol ou até mesmo andando
pela rua.
Para a análise e pela natureza do objecto, a pesquisa destacou alguns factores como a
horário, formato, datas, tipo de segmento, turnos ou bloco e duração para concluir que a cobertura
eleitoral realizada pela Rádio Moçambique nas campanhas eleitorais para as autarquias locais
favoreceu ao partido no poder a Frelimo, já que, através do tipo de segmento foi possível distinguir
que em todas as peças analisadas, os candidatos abordavam os seus manifestos utilizando dois
turnos, o primeiro e segundo.
No que tange aos dados colhidos e analisados, concluiu-se que o financiamento do Governo
aos meios de comunicação públicos em particular a Rádio Moçambique é o cursor da parcialidade
do meio para com o partido no poder, a Frelimo. Contudo, a pesquisa concluiu também que a
inexistência desta parcialidade depende muito da independência dos mass media.
Como limitações, durante o desenvolvimento da pesquisa, não foi possível obter todos os
áudios dos 15 dias em que a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 2013 decorreu, em
virtude da localização dos áudios e do comprometimento de questões políticas e burocráticas. Se,
por um lado, a posse dessa informação enriqueceria o debate e os resultados, por outro, a sua falta
condicionou esta análise às conclusões aqui apresentadas.
28
4.6. BIBLIOGRAFIA
1. AWEPA (2005), Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 32, 15 de
Julho.
2. BRAUD, Philippe (1998), Sociologia politica, Paris, L.G.D.J (4.ª edição).
3. BALSEBRE, Armand. A linguagem radiofónica. Madrid: Cátedra, 1994.
4. BALLE, Francis. Comunicação e Sociedade – Evolução e análises comparativo de los
médios. Santa Fé de Bogotá: Tecer Mundo Editores, 1991, pp. 483-484.
5. CAMPONEZ, C. (2011) Deontologia do Jornalismo. A Autorregulação frustrada dos
jornalistas portugueses (1974-2007). Coimbra: Edições Almedina.
6. CEC. Análise da Cobertura Mediática: Eleições Autárquicas de 2013 – Moçambique,
Maputo, 21 de Novembro de 2013.
7. COSTA, Osmani. Rádio e política: a aventura eleitoral dos radialistas no século XX.
Londrina: Eduel, 2005.
8. COLLING, Leandro. O “estado da arte” dos estudos sobre média e eleições presidenciais
de 1989 a 2002. Curitiba: Trabalho apresentado ao Grupo de Trabalho Comunicação e
política do XVI Encontro da Compôs, 2007
9. CRUZ E SILVA, TERESA, “Educação, identidades e consciência política. A Missão Suíça
no Sul de Moçambique”, Lusotopie 1998, p. 397-405.
10. CHANTLER, Paul; HARRIS. Radiojornalismo. São Paulo: Summus, 1998.
11. GERHARDT, Tatiana Angel e SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa.1ª edição,
Editora UFRGS, Rio Grande do Sul, 2009.
12. CUNHA, I. F., (2012). Os Media e as Eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas de
2009. In: Figueiras, R. Os Media e as Eleições Europeias, Legislativas e Autárquicas de
2009. Lisboa: Universidade Católica Editora: 95-132.
13. LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporário: nova forma de relações sociais no trabalho.
São Paulo: Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1979.
14. FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio: o veículo, a história e a técnica. Porto Alegre: Ed.
Sagra Luzzatto, 2000.
15. FIGUEIREDO, Marcus; ALDÉ, Alessandra. Intenção de Voto e Propaganda Política:
Efeitos e gramáticas da propaganda eleitoral. Notas para um debate. Trabalho apresentado
no 12º Encontro Anual da Compôs, Recife, 2003.
29
16. GULATI, G., Just, M., & Crigler, A. (2004). Novidades eleitorais da campanha politica.
In: Kaid, L. L. comunicação politica Research. Nova Jersey: Lawrence Erlbaum
Associates, P: 235-255
17. HAUSSEN, Dóris Fagundes. Rádio e política: tempos de Vargas e Perón. Porto Alegre:
edipucrs, 2001.
18. HOPMANN, D. N., Vliegenthart, R., De Vreese, C. & Albæk, E. (2010). Efeitos das
notícias eleitorais: a visibilidade e a influência mediática. Comunicação politica. 27:4: 389-
405.
19. MACHEL, Samora (1977), “Fazer da Informação um destacamento avançado da luta de
classes e da revolução”, Documentos do 1.º Seminário Nacional de Informação, Maputo,
12 a 15 de Setembro de 1977, Ministério da Informação da República Popular de
Moçambique.
20. MARCONI, Marina de Andrade. Garimpos e garimpeiros em Patrocínio Paulista. São
Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, 1978.
21. MOREIRA, Sônia Virgínia. Rádio Palanque. Rio de Janeiro: Mil Palavras, 1998.
22. MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem. São Paulo:
Ed. Cultrix, 2000.
23. NAMBURETE, Eduardo (2003), “A Comunicação Social em Moçambique: da
independência à liberdade”.
24. NUNES, Márcia Vidal. Rádio e política: do microfone ao palanque. São Paulo:
Annablume, 2000.
25. OLIVEIRA, Valdir. Notícia no ar. Recife: Ed. Bagaço, 2001.
26. RUBIM, António Albino Canelas. Comunicação e política. São Paulo, Hacker Editores,
2000.
27. LIMA, Vinício. Comunicação e Política. In. Duarte, Jorge (Org.). Comunicação Pública.
Estado, Mercado, Sociedade e Interesse Público. São Paulo: Atlas, 2007.
28. SERRANO, E., (2005). Padrões Jornalísticos na Cobertura de Eleições. Media &
Jornalismo: 111-122.
29. SCHAWARTZENBERG, Roger-Gérard. O Estado Espetáculo. São Paulo: Difel, 1978.
30. WOLF. M. Comunicação de massa, Firenze. Sociologia da vida quotidiana, Expresso
Strumenti, Milão, 1976.
30
ANEXO
Introdução
Este inquérito tem como objectivo recolher informação para a realização de um Trabalho de
Finalização de Curso, no domínio das Ciências de Comunicação, concretamente no curso de
Jornalismo a efectuar na Escola Superior de Jornalismo, Unidade Académica de Manica.
A população “alvo” deste inquérito por questionário são os ouvintes da Rádio Moçambique, na
qual decorre a pesquisa e as questões estão directamente relacionadas com o tema em estudo.
Identificação
Nome: ___________________________________________________________________
Idade: 18 à 25____26 à 30_______31 à 35______acima do 36 ______
Sexo: M__________________F_______________
Escutas a Rádio Moçambique desde quando? (Sim) _______________ Não______________
Questionário
I. Que avaliação faz da cobertura jornalística da Rádio Moçambique nas campanhas eleitorais?
a) Positiva b) Negativa c) Razoável
Justifique!_____________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
II. Na sua opinião, existe uma percepção errada por parte da RM ou da Frelimo sobre o que é do
público é o que e do Governo?
Sim __________ Não ___________
31
Qual?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
IV. Como avalias a actual forma de cobertura eleitoral do espaço de tempo nas campanhas
eleitorais na Radio Moçambique?
a) Imparcial
b) Parcial
V. Se for parcial, quais são as possíveis razões da cobertura eleitoral desigual do espaço de tempo
na Radio Moçambique?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
VI. Na sua opinião, qual é a importância da cobertura eleitoral igualitária do espaço de antena nas
campanhas eleitorais?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________