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Santin – 27/07
Roma – Lex aquilia: escravo = coisa. Trabalho = ato desonroso. Só trabalhava quem
não era da classe nobre. Os nobres eram da política. (vai ver é por isso que político
não trabalha).
Outra maneira de uma pessoa passar ao grau de mestre, sem todo esse
procedimento, era casando-se com a filha de um mestre, ou com uma viúva.
Não se permitia o trabalho dos aprendizes após o pôr-do-sol. Isso não por questões
religiosas, mas para melhorar o rendimento do trabalho (era escuro e ficava tudo
torto).
Aula 2 – 24/08
2. FORMAIS
• Constituição Federal
• Medida provisória
• Jurisprudência: alguns doutrinadores entendem que ela não pode ser entendida
como fonte do direito do trabalho, pois não possui observância obrigatória, a
não ser que seja súmula vinculante. Fora esse caso, a jurisprudência não teria
poder de criar direito. Outros doutrinadores entendem que a jurisprudência é
sim fonte do direito, porque tem capacidade de ser obrigatória, através da
súmula vinculante.
• Contrato de trabalho
h. Autêntica: uma norma explica o que o legislador quis dizer com outra.
INTERPRETAÇÃO DA LEI
EFICÁCIA DA LEI
Uma lei válida é vigente, pode ser aplicada. Uma lei eficaz é aquela apta a produzir
efeitos. É possível que uma lei brasileira seja aplicada no estrangeiro? Sim. Para que
uma lei possa ser aplicada em território estrangeiro é necessária a observância de um
prazo de 3 meses.
• No espaço
PRINCÍPIOS:
São o que vai dar sustentação a toda a disciplina. São normas que vão dar
embasamento a todas as outras.
• Peculiares:
1.1. In dúbio pro operário: controvérsia com o princípio do juiz natural e sua
imparcialidade. O empregado deve ter uma proteção jurídica muito maior. Se
houver dúvida do juiz, deve julgar o fato favorecendo o operário.
Aula 4 – 31/08
Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não
eventual (tem que ser habitual) a empregador, sob a dependência/subordinação
(econômica, técnica, hierárquica, jurídica e dependência social) deste e mediante
salário. A subordinação hierárquica está relacionada ao cargo que o empregado tem
em relação ao seu empregador. Quando não houver ou for muito pequena a diferença
hierárquica entre empregado e patrão, não desconfigura o vínculo. Jurídica: o
empregado está vinculado, subordinado ao seu empregador em virtude de seu
contrato de trabalho. Se não houver um contrato ainda que tacitamente celebrado,
deixa de haver o vínculo de emprego entre empregado e empregador.
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Art. 442-A. Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6
(seis) meses no mesmo tipo de atividade. (Redação dada pela Lei nº 11.644, de 2008).
intelectual. São os que em razão de seu conhecimento técnico e das atividades
exercidas, podem ter vínculo reconhecido com determinada empresa.
3.4. Sócio diretor e sua compatibilidade (ou não) com a figura do empregado:
se uma pessoa possui cotas de uma determinada sociedade e, além disso, é
empregada dessa empresa, pode ser empregada da sua própria empresa.
Esse sócio, pra conseguir cumular a função com a sua condição de
empregador deve possuir cotas com um valor pequeno a ponto de essas
cotas não influenciarem as decisões dessa sociedade. Tem que ser um
percentual que não influencie nas decisões da empresa.
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Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e
chefes de departamento ou filial.
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Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas
nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
4.1. Teoria do evento: o trabalhador eventual é quem está sendo contratado
pra determinada atividade de obra específica.
5. Trabalhador autônomo: é aquele que vai prestar serviço de forma eventual, sem
subordinação. É ele quem vai arcar com os riscos de sua atividade, ou seja, com
qualquer prejuízo decorrente de sua atividade. Pode trabalhar de forma
eventual (acaba sendo considerado autônomo eventual) ou de forma habitual,
mas sem subordinação com a empresa, mesmo que seja em algo relacionado à
atividade-fim da empresa. Trabalhador autônomo pode ser pessoa jurídica.
10. Terceirização (súmula 331 TST): é uma faculdade, uma possibilidade que
as empresas passem para outras empresas algumas atividades não
relacionadas à sua atividade fim. A atividade a ser dada à outra empresa deve
ser atividade-meio.
Aula 6 – 12/09
ESTAGIÁRIO
1. Regulamentação:
• Portaria 1002/67 MT
O aprendiz não é considerado empregado, mas tem sua CTPS anotada. O estágio é um
contrato especial de trabalho. O aprendiz tem que ter uma idade mínima de 14 anos,
até os 24 anos. o estágio não possui essa delimitação de idade.
4. Direitos:
• Bolsa auxílio: não existe um valor fixado em lei. A finalidade seria para custear
os gastos com o curso que o estudante faz. Ela não pode ser considerada
salário, mas uma ajuda para custear os valores dos seus estudos.
• Vale transporte
5. Requisitos formais:
Quando o estágio é em órgão público não há que se falar em vínculo de emprego, pois
tal vínculo pressupõe realização de concurso público, mas caso ocorra o mesmo tipo
de desvio de função, o estagiário terá alguns outros direitos, não como se servidor
público fosse, mas é como um meio termo, terá direito ao FGTS, horas extras, entre
outros, que constam em uma súmula do TST (a professora vai explicar isso melhor na
próxima aula)
EMPREGADOR
1. Espécies:
1.1. Temporário (art. 4º lei 6019/74): a empresa que necessita do serviço que
pagará o trabalhador temporário, mas o verdadeiro empregador será a EET.
1.2. Rural (art. 3º lei 5889/73): a atividade realizada pelo trabalhador rural
será necessariamente agroeconomica, mesmo que essa atividade seja
desenvolvida em âmbito urbano.
1.3. Doméstico (lei 5859/72): é a pessoa que presta serviço a pessoa física em
atividade não-econômica.
• Horizontal
• Vertical
Teoria da responsabilidade ativa: mesmo que cada empresa tenha um CNPJ distinto,
as empresas todas serão consideradas um único empregador, pois só há um grupo
econômico. Por essa teoria uma pessoa pode prestar serviço para dois ou mais CNPJs,
até mesmo simultaneamente (se houver compatibilidade de horário). A teoria ativa
prevalece.
CONSÓRCIO DE EMPREGADORES RURAIS: é a união de vários empregadores rurais
com a finalidade de que determinado trabalhador preste serviço para essas
propriedades rurais e eles dividam as despesas. Todos eles têm que ser pessoas
físicas e todos terão participação nos valores dos empregados.
DONO DA OBRA: pode ser considerado empregador? Sim, quando ele é a construtora.
• Incorporação: operação pela qual uma sociedade ou mais são absorvidas por
outra que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Art. 227 da lei
6404/76.
• Fusão: operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma
sociedade nova que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações. Art. 228
da lei 6404/76.
Aula 7 – 14/09/09
1. Vício e nulidade: o contrato é nulo quando lhe faltar algum elemento essencial,
como por exemplo um contrato celebrado com menor de 16 anos.
2. Nulidade
2.1. Total: o contrato não possui efeitos da data da sua decretação em diante. O
vício é extremamente grave, desfazendo o contrato anteriormente firmado.
2.2. Parcial: quando houver um vício que não seja tão grave a ponto de extinguir o
contrato de trabalho. Decreta-se a nulidade apenas das cláusulas abusivas ou
ilegais, e não do contrato todo. Há a validade do contrato.
3.1. Certo: é possível a contratação por prazo determinado. O contrato possui data
determinada de início e término do contrato de trabalho. Ex. contrato a título de
experiência, que possui termo certo inicial e final. Prazo máximo: 2 anos.
3.2. Incerto: não há uma data final específica para o término do contrato.
1. Quanto à origem
2. Quanto ao objeto
3. Quanto à natureza
3.1. Lícita: em conformidade com os dizeres da legislação.
5.2. Coletivos: alteração destinada a toda uma classe ou a toda uma categoria.
Para que possa ser feita essa alteração há a necessidade de acordo ou
convenção coletiva de trabalho que permita tal alteração.
Arts. 7º, VI, Constituição Federal e 468 CLT6 versus art. 503 CLT vigente7? O art. 503
foi tacitamente revogado pela Constituição, que impossibilita a redução do salário.
6. Jus variandi do empregador (arts. 469 e 483 CLT8): o art. 483 prevê a possibilidade
de rescisão indireta, por falta grave do empregador, nas hipóteses arroladas em
suas alíneas.
7. Possibilidades:
7.2. Cargo de confiança: mando e gestão: A pessoa que possui cargo de confiança
possui poder de mando e gestão dentro da empresa. A pessoa exercente de
cargo de confiança tem que ter poder para admitir e dispensar empregados,
administrar, gerenciar, comandar, substituem o empregador.
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IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia,
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que
não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
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Art. 503 - É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa,
proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o
salário mínimo da região.
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Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se
considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como
condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
Foz e em SC, se ela necessitar dos serviços desse ocupante de cargo de
confiança por 6 meses, é possível que o empregador determine a mudança de
domicílio desse empregado sem a necessidade de anuência dele, porém, deve
haver a real necessidade do serviço, seja para realização de uma atividade que
só ela sabe resolver ou para tomar decisões que só ela pode tomar.
7.5. Cláusula implícita: existem algumas atividades que, muito embora não tenham
explicitamente a previsão dessa transferência, em virtude da natureza do cargo,
possuem de forma implícita a transferência de domicílio. Ex. motorista de ônibus,
piloto de avião.
8.1. Empregado estável (súmula 221 STF10): ele não pode ser transferido, então a
empresa terá que pagar indenização referente à estabilidade.
10. Art. 659, IX CLT11: é possível que o trabalhador tente impedir que essa
transferência ocorra, mediante reclamatória trabalhista, nos casos em que essa
transferência dependa de sua anuência.
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§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não
obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento)
dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.
Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.
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A TRANSFERÊNCIA DE ESTABELECIMENTO, OU A SUA EXTINÇÃO PARCIAL, POR MOTIVO QUE NÃO SEJA DE FORÇA MAIOR,
NÃO JUSTIFICA A TRANSFERÊNCIA DE EMPREGADO ESTÁVEL.
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IX - conceder medida liminar, até decisão final do processo, em reclamações trabalhistas que visem a tornar sem efeito transferência disciplinada
pelos parágrafos do artigo 469 desta Consolidação.
É possível que o empregador alicie o empregado para trabalhar em outro local? Se
o trabalhador for aliciado para trabalhar em outro país é possível que o empregador
cometa crime? Sim, o empregador comete crime de aliciamento (art. 206 do Código
Penal).
Aula 8 – 21/09/09
3. Hipóteses de interrupção:
3.4. Encargos públicos de duração prolongada – ex: serviço militar – art. 472,
§1º CLT12: nesse período em que o empregado permanece fora do trabalho,
vai contar tempo de serviço, e o trabalhador deverá fazer os depósitos do
FGTS desse empregado. Se o empregado não apresentar sua manifestação
de vontade em retornar ao cargo que ocupava, pode ter o contrato
rescindido. Não é suspensão porque há contagem de tempo de serviço.
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Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para
alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador.
§ 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo
público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias,
contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.
§ 5º - Durante os primeiros 90 (noventa) dias desse afastamento, o empregado continuará percebendo sua remuneração.
3.5. Aviso prévio – art. 488 CLT13: o empregado pode optar pela redução da
sua jornada de duas horas por dia, sem redução do salário. Ou então pode
escolher faltar os últimos 7 dias do aviso, que também devem ser pagos
devidamente, como se ele estivesse trabalhando. Ambas são hipóteses de
interrupção contratual.
Período aquisitivo: o empregado trabalha para conseguir direito a férias. Deve contar
com 12 meses de serviço. A partir desse tempo, ele tem direito a um período de
férias.
Período concessivo: tem 12 meses para conceder as férias às quais o empregado tem
direito.
3.8. Aborto – art. 395 CLT14: se for aborto não criminoso, ela tem direito a
interrupção de contrato.
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Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo empregador, será
reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem prejuízo do salário integral.
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso em que poderá faltar ao
serviço, sem prejuízo do salário integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7 (sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta
Consolidação.
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Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas,
ficando-lhe assegurado o direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.
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Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário:
I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de
trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica;
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento;
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; são 5 dias, pelo ADCT.
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada;
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva.
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de
1964 (Lei do Serviço Militar).
VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior.
VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo.
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de
organismo internacional do qual o Brasil seja membro.
4.2. Aposentadoria por invalidez: se for aposentadoria provisória não é causa
suficiente para que o empregado tenha o contrato rescindido, é apenas
suspensão. O empregador pode contratar alguém para colocar no lugar do
empregado aposentado, mas se ele reaver sua capacidade laborativa, o que
estava em seu lugar, se informado de que é um emprego temporário –
enquanto durar a invalidez – não precisa ser indenizado (multa de FGTS e
aviso prévio). Mas se o empregador não der tal ciência a esse empregado
substituto, ele terá direito às indenizações normais à extinção do contrato.
Súmula 160 do TST.
Sendo legal a greve, será considerada suspensão contratual. A princípio será sempre
suspensão contratual, mas quem decide se é suspensão ou interrupção é o acordo
coletivo. Se ele estabelecer que os empregadores têm que pagar os grevistas, mesmo
que eles não tenham trabalhado, será interrupção.
4.5. Eleição para cargo de direção sindical (art. 543, §2º CLT): se ele não
precisar se afastar de suas atividades, não há nem interrupção nem
suspensão. Só será suspensão se ele tiver que se afastar do emprego, não
havendo contagem do tempo de serviço para qualquer efeito.
4.6. Eleição para cargo de diretor de sociedade anônima (enunciado 269 TST)
4.7. Suspensão do contrato para qualificação profissional – art. 472 CLT: dois
requisitos: convenção coletiva autorizando esse afastamento ou a realização
do curso; aquiescência formal do empregado para participar do curso de
formação. Esse período pode ser de 2 a 5 meses, e todo seu custeio deve
ser feito pelo FAT. Período aquisitivo: 16 meses. Não é obrigatório que o
empregador pague diferença salarial. O empregado deve ser mantido no
emprego por no mínimo 3 meses após o curso. Se o empregador quiser
demiti-lo nesse período, terá que pagar indenização proporcional.
4.9. Suspensão emprego estável: art. 494 CLT16 – suspensão: para que o
empregado tenha um IP para apuração de falta grave, deve ser afastado de
suas atividades, e a partir do dia desse afastamento tem um prazo de 30
dias para ajuizar um IP judicial para apuração de falta grave. Se for
comprovado que o empregado praticou a falta grave, o período do
afastamento até a decisão é considerado suspensão do contrato. Mas se o
empregado comprovar que não houve a falta grave, o período desse
afastamento será entendido como interrupção do contrato.
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Art. 494 - O empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e
que se verifique a procedência da acusação.
Parágrafo único - A suspensão, no caso deste artigo, perdurará até a decisão final do processo.
TRABALHO PARA ENTREGAR NA PRÓXIMA AULA (VALE 0,5)
Não, pois o art. 468 diz que a cláusula só será válida se, direta ou indiretamente, não
causar prejuízos ao empregado. Sendo assim, se, mesmo com a concordância do
empregado, a cláusula vier a causar-lhe algum prejuízo, ele pode recorrer à justiça
para as providências cabíveis, qual seja, sua devida anulação.
Aula 10 – 05/10
A dispensa arbitrária ou sem justa causa deveria ser disciplinada por lei
complementar, no que tange à indenização. Mas ainda não há tal lei.
• Convenção nº 158 OIT: trouxe essa mesma garantia, prevendo que o
empregado não poderia ser dispensado sem justa causa. Dec. 1855/96 –
vigência. Dec. 2100/96 – cancelado. Essa convenção, hoje, não vigora no país.
• Art. 165 CLT17: não se aplica apenas aos titulares das CIPAS, pode ser aplicado
analogicamente aos outros. Mesmo havendo uma dispensa sem justa causa,
essa deve estar fundamentada num dos motivos previstos no artigo.
• Dispensa sem justa causa: aviso prévio, 13º, férias + 1/3, FGTS + 40% - por
mais que necessite de um motivo, não possui nenhuma causa específica ou
nenhuma atitude desempenhada pelo empregado para sua ocorrência. É
atribuída ao empregado por iniciativa de seu empregador, devendo este pagar-
lhe as verbas rescisórias acima discriminadas. O trabalhador pode exigir o aviso
prévio de forma trabalhada ou pode ser indenizado. Se o aviso for trabalhado, o
empregado pode escolher ter uma redução de 2 horas na sua jornada de
trabalho ou optar por trabalhar 7 dias a menos no mês, sem redução de salário.
É caso de interrupção do contrato de trabalho.
Para que o empregado possa sacar o valor do FGTS, o empregador deve entregar-lhe
o TRCT. O FGTS é um valor baseado na remuneração do empregado, um depósito de
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Art. 165 - Os titulares da representação dos empregados nas CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se
fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.
Parágrafo único - Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer
dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
8% desse valor (que não são descontados, são por conta do empregador mesmo).
Esse valor é depositado em uma conta na CEF, que só pode ser movimentada em
casos específicos (dispensa sem justa causa, financiar casa própria, desastres
naturais). Além do valor que há na conta do FGTS, o empregador deve pagar mais
uma multa de 50% sobre o valor da conta. Tá certo viu, são 50% mesmo, mas só 40%
ficam com o empregado, porque 10% ficam na conta.
o Taxativo – art. 482 – CLT18: se o empregado pratica uma conduta grave que
não esteja prevista em lei, essa não pode ser considerada justa causa. O nosso
país adota esse sistema.
o Tipo legal: a conduta praticada pelo empregado DEVE estar prevista como falta
grave, no art. 482.
o Ato grave: o ato, além de estar estabelecido em lei, deve ser grave o suficiente
para que motive a rescisão contratual, abalando a fidúcia, a confiança da
idoneidade do empregado.
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Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual
trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa,
própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de
atos atentatórios à segurança nacional.
o Imediatidão: falta cometida – ciência do empregador – punição. O empregador
não pode esperar muito para punir o empregado, deve fazê-lo assim que souber,
se não for assim, pode ocorrer perdão tácito. Está relacionado à ciência do fato
pelo empregador, e não da efetiva ocorrência.
Se o empregado tiver mais de um ano de empresa, a rescisão deve ser assistida pelo
respectivo sindicato, ou realizada no MTE.
HIPÓTESES:
2.1. Morte do empregado: 13º, férias + 1/3, FGTS e salário: o pagamento é feito
aos sucessores, ou seja, ao cônjuge ou companheiro; aos descendentes; ou aos
ascendentes, nessa ordem.
2.3. Extinção da empresa: as verbas são as mesmas da dispensa sem justa causa.
Nos casos onde a empresa solicita recuperação judicial e continuar a desenvolver
suas atividades, o empregado pode manter seu contrato de trabalho
normalmente. No caso de falência da empresa, o crédito trabalhista tem
prioridade aos demais, no limite de 150 salários.
5. FORÇA MAIOR: fatos alheios à vontade do empregador e que sequer podem ser
previstos por ele. Ele não tinha como se precaver de um incêndio ou de uma
enchente. Nesses casos é devido ao empregado 50% do valor das verbas que a que
ele teria direito se fosse dispensa sem justa causa.
7. ESTABILIDADE:
7.2. Dirigente sindical – art. 543, §3º CLT21: está à frente do sindicato da categoria e
possui vínculo com alguma empresa. Precisa de uma estabilidade para que possa
efetivamente defender os interesses de toda uma classe profissional. Esse
contrato é considerado estável a partir do momento do registro da sua
candidatura.
7.3. CIPA – art. 10, II ADCT: trabalham dentro do âmbito da empresa restritamente.
Eles têm um contato muito maior com seu empregador do que o próprio
dirigente.
7.4. Acidentado – art. 118 da Lei 8.213/91: dois requisitos: acidente ficando em
afastamento por prazo superior a 15 dias; além desse período, tem que ter
recebido auxílio-doença acidentário. A condição do empregado durante seu
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§ 3º - Fica vedada a dispensa do empregado sindicalizado ou associado, a partir do momento do registro de sua candidatura a
cargo de direção ou representação de entidade sindical ou de associação profissional, até 1 (um) ano após o final do seu mandato,
caso seja eleito inclusive como suplente, salvo se cometer falta grave devidamente apurada nos termos desta Consolidação.
afastamento previdenciário é causa de interrupção do contrato, e quando ele
volta do seu afastamento o empregador não pode dispensá-lo dessa data até um
ano após a cessação do benefício.
Aula 12 – 26/10/09
• Mais de um contrato por prazo determinado entre as mesmas partes: pode? Art.
452 CLT24.
1. MODALIDADES:
LEI 5.889/73 - Acrescentado o art. 14-A pela lei 11.718/08 (pequeno prazo): se não for
respeitado o prazo de dois meses dentro de 12 meses, converte-se para contrato por
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§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução
de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.
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Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias.
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Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo
determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos
acontecimentos.
prazo indeterminado. Deve ser obrigatoriamente por escrito, mas se for firmado
verbalmente o empregado também poderá ter seus direitos garantidos.
OBRA CERTA: (lei 2.959/56): empreiteiro não tem vínculo de emprego com o dono da
obra, então não são empregados.
• Indenização: [?]
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o
empregado será obrigado a pagar-lhe, a titulo de indenização, e por metade, a remuneração a que teria
direito até o termo do contrato.
Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta
dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos
contratos por prazo indeterminado.
No caso de término do contrato por prazo determinado antes da data pactuada, é devido ao empregado
(usando como exemplo um contrato extinto 3 meses antes da data estipulada) férias proporcionais mais um
terço, 13º, FGTS e saldo de salário, tudo dividido por dois.
LEI 9601/98
• ACT ou CCT – PRAZO: dois anos
• Qualquer atividade, exceto domésticos
• FGTS: 2%
• Número de contratações condicionado ao número de empregados da empresa
• Estabilidade: