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Pesquisar não é só abrir a enciclopédia e copiar trechos dela ou, ainda, fazer o mesmo
com muitos livros. Isso se chama copiar. A pesquisa envolve um levantamento bibliográfico
preliminar, a seleção de obras que realmente serão consultadas, a delimitação adequada do
tema do trabalho, recolher e armazenar informações necessárias, e organizá-las.
ESCOLHA DO PROBLEMA
Há diferença entre tema e problema. Num tema pode haver diversos problemas. O autor
decidirá sobre qual deles irá tratar.
Para definir o problema, você pode começar por estabelecer uma lista que vai do geral
para o específico. Suponhamos que o tema seja "Indígenas do Brasil". Você poderia fazer o
seguinte:
1. Índios brasileiros
Índios das Reduções Jesuíticas, contudo, ainda é muito amplo. Dentro dele, você pode
escolher:
d. uma cominação de dois desses itens, como a organização militar dos índiios das
reduções em 1750.
Desta forma, qualquer tema comporta uma grande série de problemas, e você só terá a
ganhar em tempo e trabalho se gastar algumas horas examinando tema, coletando informações
gerais sobre ele, organizando uma bibliografia preliminar para dela extair um problema que o
interesse e que esteja dentero de suas capacidades.
Faça uma ficha para cada uma delas, registrando (1) as informações bibliográficas:
aoutor, título da obra, local de edição, editora e ano de publicação; (2) a biblioteca de origem; (3)
o número das páginas onde o assunto pode ser encontrado e (4) algumas informações sobre a
importância do material.
N.º 6
Depois de levantada a bibliografia, é hora de fazer as anotações. Elas devem ser feitas
em ficha para facilitar na organização. Como não há nada definido, deve ser feita a lápis.
EXEMPLO DE RESUMO
"A história da civilização jesuítica no território do Rio Grande abrange duas fases bem
distintas. A primeira compreende a catequese inicial dos tapes e guaranis e o estabelecimento
das primeiras reduções. Termina com a destruição destas pelos mamelucos e o êxodo do
uruguai. A segunda nada mais é que a história dos Sete Povos orientais. Somente na primeira
fase Aurélio Porto divisa a finalidade meramente religiosa, intuitos lidimamente espirituais. É o
período heróico da conversão das gentes selvagens, dos sacrifícios sobre-humanos, regado poelo
sangue dos mártire, iluminado pelas virtudes de homens que eram santos. A segunda fase,
porém, inaugurada após a descoberta das vacarias do mar, 'despe-se da sua simbólica beleza
espiritual, orque reside no puro utilitarismo econômico'. Ao lado das razões econômicas, o
ilustre historiador também apresenta as de ordem política: o jesuíta servindo ao espanhol, feito
instrumento deste, na luta pela ocupação da terra, em face do português que avança e proucra
firmar os domínios.
MARAES, Carlos Dante de. Figuras e Ciclos da História Rio-grandense. Rio de Janeiro,
Globo, 1959, p. 38.
RESUMO
Há duas épocas na história da civilização jesuítica no Rio Grande do Sul: a que vai da
fundação das primeiras reduções até a sua dstruição pelos bandeirantes, e o período em que
duraram os Sete Povos Orientais. Segundo Aurélio Porto, apenas no primeiro período houve
intenções exclusivamente missionáiras. No segundo período surgiram motivações econômicas _
a descoberta das pastagens do alto da Serra _ e políticas _ a ocupação da terra para o domínio
da Espanha em oposição ao avanço português.
ESQUEMA