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ESCRITA CONTÁBIL FISCAL (SISTEMA CONTÁBIL)

Contábil Viasoft Versão 5.5.16.051

1 INTRODUÇÃO
A geração do arquivo de Escrita Contábil Fiscal pelo sistema Contábil Viasoft é apresentada
de modo objetivo neste treinamento. Será demonstrado o caminho correto a ser seguido no
sistema Contábil para a geração do arquivo, adicionalmente algumas orientações serão expostas
aos usuários quanto ao processo que deve ser executado até a validação e entrega da Escrita
Contábil Fiscal.
O objetivo deste treinamento é um ponto que merece bastante atenção, pois em nenhum
momento serão explanados conceitos de apuração de IRPJ (Imposto sobre a renda das pessoas
jurídicas) e CSLL (Contribuição social sobre lucro líquido), conhecimento este essencial para o
entendimento e aplicação do que aqui estará exposto. É sugerida a leitura do treinamento do
“LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real” para se inteirar dos conceitos deste imposto e desta
contribuição.

2 ABREVIATURAS E SIGLAS UTILIZADAS


CSLL: Contribuição Social sobre Lucro Líquido
DIPJ: Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica
ECD: Escrituração Contábil Digital
ECF: Escrituração Contábil Fiscal
FINAM: Fundo de Investimentos da Amazônia
FINOR: Fundo de Investimentos do Nordeste
FUNRES: Fundo de Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
GERES: Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo
IRPJ: Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas
LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real
PADIS: Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores
Displays
PAES: Parcelamento Especial
PATVD: Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Equipamentos para
TV Digital
PDTA: Programa de Desenvolvimento Tecnológico Agropecuário
PDTI: Programa de Desenvolvimento Tecnológico Industrial
PJ: Pessoa Jurídica
PVA: Programa Validador e de Assinatura do Arquivo
RECAP: Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras
RECINE: Regime Especial de tributação para desenvolvimento da atividade de exibição
cinematográfica
RECOPA: Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização
de Estádios de Futebol
REFIS: Programa de Recuperação Fiscal
REICOMP: Regime Especial de Incentivo a Computadores para uso Educacional
REIDI: Regime Especial de Incentivos e Desenvolvimento da Infraestrutura
REPENEC: Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria
Petrolífera das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
REPES: Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia
da Informação
REPNBL: Regime Especial de Tributação do Programa Nacional de Banda Larga para Implantação
de Redes de Telecomunicações
RETAERO: Regime Especial para a Indústria Aeronáutica Brasileira
RETID: Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa
RFB: Receita Federal do Brasil
SPED: Sistema Público de Escrituração Digital
SUDAM: Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia.
SUDENE: Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.
TIR: Transferências Internacionais em Reais.

3 CONCEITOS BÁSICOS
A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) substitui a Declaração de Informações Econômico-
Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a partir do ano-calendário 2014, com entrega prevista para o
último dia útil do mês de julho do ano posterior ao do período da escrituração no ambiente do
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Portanto, a DIPJ está extinta a partir do ano-
calendário 2014.
São obrigadas ao preenchimento da ECF todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e
isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido, com algumas
exceções que podemos resumir a todas as empresas não obrigadas a entrega do SPED
Contribuições (são poucas).
As informações apresentadas no arquivo são a escrita contábil (antigamente escriturada
como livro diário impresso, atualmente apresentada em meio digital pelo arquivo SPED ECD
(Escrituração contábil digital)) relacionada a um plano padronizado da RFB (Receita Federal do
Brasil) a fim de compor a base de cálculo para a apuração de IRPJ e CSLL, ou seja, o antigo LALUR
(Livro de Apuração do Lucro Real).

4 CONFIGURAÇÃO INICIAL
O sistema Contábil Viasoft conta com a geração dos Blocos 0 com os dados iniciais da
escrituração para estabelecimento/empresa, Bloco J com a referenciação/mapeamento do plano
de contas da empresa com o plano disponibilizado pela RFB e o Bloco K que representa as
demonstrações conforme mapeamento do plano.
Para o envio das informações supracitadas é necessário que as configurações padrões para
a geração do arquivo SPED ECD estejam adequadamente preenchidas, e são elas:
 Plano de contas adequadamente configurado;
 Cadastro de estabelecimento preenchido com todas as informações
possíveis;
 Referenciação do plano de contas completa e correta condizente com o
período ao qual se refere o arquivo ECF.

5 FUNCIONAMENTOS DA ROTINA
Todas as configurações diretas para a geração do arquivo de Escrituração Contábil Fiscal
estão centralizadas no menu SPED, uma referente ao bloco de abertura e parâmetros iniciais do
arquivo e outra onde informamos os signatários do estabelecimento em questão. As duas
configurações são obrigatórias para a validação do arquivo.
5.1 ABERTURA E PARÂMETROS DO ARQUIVO DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL

Esta manutenção é composta por 03 abas que serão detalhadas separadamente.

Vale lembrar que cada aba tem sua importância em diferentes fases do processo, todas
imprescindíveis para a entrega de um arquivo com informações corretas, e não apenas validáveis.

5.1.1 Abertura e Identificação da pessoa Jurídica

Para gerar o arquivo da ECF no sistema Contábil Viasoft é necessário fazermos o cadastro
de abertura e parâmetros do arquivo, e para isso acesse o menu SPED >> ECF – Escrituração
Contábil Fiscal >> 0000 – Abertura e Parâmetros do arquivo, que irá abrir a tela (Figura 01) a
seguir:

Figura 1 – Abertura e Identificação da Pessoa Jurídica

O campo Tabelas Dinâmicas é preenchido com base no cadastro da referenciação do plano


de contas, ou seja:

1 - No cadastro SPED >> Plano de Contas Referencial >> Cabeçalho do Plano de Contas
Referencial existe um campo Tipo do plano referencial.
2 - No cadastro de Estabelecimento menu Cadastros >> Configurações de estabelecimento será
informada uma configuração de referenciação que possui um Tipo do plano referencial, e será
esta informação que será carregada na tela de abertura e parâmetros do arquivo (Figura 02).

Figura 2 – Origem do Tipo do plano Referencial

Indicador do Início do Período:

0 – Regular (Início no primeiro dia do ano);

1 – Abertura (Início de atividades no ano-calendário);


2 – Resultante de cisão/fusão ou remanescente de cisão, ou realizou incorporação;

4 – Início de obrigatoriedade da entrega no curso do ano calendário. (Ex. Exclusão do Simples


Nacional ou desenquadramento como imune ou isenta do IRPJ).

Indicador de Situação Especial e Outros Eventos:

0 – Normal (Sem ocorrência de situação especial ou evento);

1 – Extinção;

2 – Fusão;

3 – Incorporação \ Incorporada;

4 – Incorporação \ Incorporadora;

5 – Cisão Total;

6 – Cisão Parcial;

8 – Desenquadramento de Imune/Isenta;

9 – Inclusão no Simples Nacional.

Patrimônio Remanescente em Caso de Cisão (%).

Necessário para o controle de saldos na conta da parte B do LALUR.


5.1.2 Parâmetros de Tributação 0010

Esta tela possui as informações iniciais para a apuração da Base de Calculo do IRPJ e CSLL,
onde é definido o regime de apuração do contribuinte e a periodicidade da apuração.(Figura 3)

Figura 3 – Tela de Parâmetros de Tributação

Indicador de Optante pelo Refis: S – Sim ou N – Não

A pessoa jurídica deve assinalar este campo quando for optante pelo Programa de Recuperação
Fiscal (Refis).

Atenção: Este campo só deve ser assinalado pela pessoa jurídica optante pelo REFIS, instituído
pela Lei no 9.964, de 10 de abril de 2000, e que dele não tenha sido excluída. A pessoa jurídica que
for apenas optante pelo Parcelamento Especial (PAES) de que trata a Lei no 10.684, de 30 de maio
de 2003, e outros reparcelamentos não deve assinalar este campo.

Indicador de Optante pelo PAES: S – Sim ou N – Não

A pessoa jurídica deve assinalar este campo quando for optante pelo PAES, de que trata a Lei nº
10.684, de 30 de maio de 2003.
Forma de Tributação:

1 – Lucro Real.

2 – Lucro Real/Arbitrado.

3 – Lucro Presumido/Real.

4 – Lucro Presumido/Real/Arbitrado.

5 – Lucro Presumido.

6 – Lucro Arbitrado.

7 – Lucro Presumido/Arbitrado.

8 – Imune do IRPJ.

9 – Isenta do IRPJ.

A forma de tributação do IRPJ e, consequentemente, da CSLL adotada, indica que a pessoa jurídica
é tributada com base no:

1) Lucro Real: Apurou Imposto de Renda com base no Lucro Real.

2) Lucro Real/Arbitrado: Apurou Imposto de Renda com base no Lucro Real, com arbitramento da
base de cálculo em algum trimestre do ano-calendário.

3) Lucro Presumido/Real:

- Optou pelo Lucro Presumido por força de ingresso no REFIS e, no decorrer do ano-calendário, foi
excluída do programa e passou a ser obrigatoriamente tributada com base no Lucro Real.

- Iniciou o ano-calendário pagando o imposto com base no Lucro Presumido e, em relação ao


mesmo ano, incorreu em situação de obrigatoriedade de apuração pelo Lucro Real por ter
auferido lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior.

4) Lucro Presumido/Real/Arbitrado: Além da tributação com base no Lucro Presumido e no Lucro


Real, foi tributada pelo Lucro Arbitrado em algum trimestre do ano-calendário.

5) Lucro Presumido: Apurou Imposto de Renda com base no Lucro Presumido.

6) Lucro Arbitrado: Apurou Imposto de Renda com base no Lucro Arbitrado em todos os trimestres
do ano-calendário.

7) Lucro Presumido/Arbitrado: Apurou Imposto de Renda com base no Lucro Presumido, com
arbitramento da base de cálculo em algum trimestre do ano-calendário.

8) Imune do IRPJ: É imune do Imposto de Renda.

9) Isenta do IRPJ: É isenta do Imposto de Renda.


Atenção: na hipótese de obrigatoriedade de apuração pelo Lucro Real por ter auferido lucros,
rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior, a pessoa jurídica deve apurar o IRPJ e a
CSLL sob o regime de apuração pelo Lucro Real Trimestral a partir, inclusive, do trimestre da
ocorrência do fato.

Indicador do Período de Apuração do IRPJ e da CSLL:

T – Trimestral.

A – Anual.

Qualificação da Pessoa Jurídica:

01 – PJ em Geral.

02 – PJ Componente do Sistema Financeiro.

03 – Sociedades Seguradoras, de Capitalização ou Entidade Aberta de Previdência Complementar.

Para empresas imunes e isentas este campo será ignorado.

Natureza Jurídica:

Selecione entre as opções da tabela, caso não existam registros na tabela do sistema vá até o
menu Configurações >> Forçar Atualização Inteligente para abastecer a mesma.

Os campos na sequencia desta tela devem ser preenchidos conforme apuração do imposto no
período.
5.1.3 Parâmetros Complementares 0020

Estas informações são importantíssimas quanto a obrigatoriedade (ou não) de dados


complementares lançados nos blocos X e Y da ECF. Tome cuidado pois o preenchimento de um
campo errado nesta tela, demonstrada na Figura 4, pode força-lo a gerar todo o arquivo
novamente.

Figura 4 – Parâmetros Complementares

Indicador de alíquota: PJ Sujeita à Alíquota da CSLL de 9% ou 17% ou 20% em 31/12/2015: 1 – 9%


2 – 17% 3 – 20%, de acordo com o art. 1o da Lei no 13.169, de 6 de outubro de 2015:

Participações em Consórcios de Empresas: a pessoa jurídica participante de consórcio constituído


nos termos do disposto nos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, deve
assinalar este campo.

Atenção: Somente deve ser assinalado este campo quando houver receita de pelo menos uma
consorciada.

Operações com o Exterior: a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia


seguradora, conforme relacionadas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e no inciso II do
art. 14 da Lei nº 9.718, de 1998, que realizou exportação/importação de bens, serviços ou direitos
ou auferiu receitas financeiras ou incorreu em despesas financeiras em operações efetuadas com
pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, ainda que essas operações não
tenham sido realizadas com pessoa vinculada ou com pessoa residente ou domiciliada em país ou
dependência com tributação favorecida ou cuja legislação interna oponha sigilo relativo à
composição societária de pessoas jurídicas ou a sua titularidade, deve assinalar este campo.

Deve também assinalar este campo a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia
seguradora, que realizar as operações acima referidas por intermédio de interposta pessoa.

Operações com Pessoa Vinculada/Interposta Pessoa / País com Tributação Favorecida: deve
assinalar este campo, a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia seguradora,
conforme relacionadas no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, e no inciso II do art. 14 da Lei nº
9.718, de 1998, que realizou exportação/importação de bens, serviços ou direitos ou auferiu
receitas financeiras ou incorreu em despesas financeiras em operações efetuadas com pessoa
física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, considerada pela legislação brasileira:

a) pessoa vinculada;

b) pessoa residente ou domiciliada em países com tributação favorecida ou cuja legislação interna
oponha sigilo relativo à composição societária de pessoas jurídicas ou a sua titularidade; e

c) a partir de 1º de janeiro de 2009, pessoa residente ou domiciliada no exterior, que goze, nos
termos da legislação, de regime fiscal privilegiado (Art. 24-A da Lei nº 9.430, de 1996, instituído
pela Lei nº 11.727, de 2008).

Deve também assinalar este campo a pessoa jurídica, inclusive instituição financeira ou companhia
seguradora, que realizar as operações acima referidas por intermédio de interposta pessoa.

Participações no Exterior: a pessoa jurídica deve assinalar este campo, caso tenha participações no
exterior.

Atividade Rural: a pessoa jurídica deve assinalar este campo, caso explore atividade rural.

Existência de Lucro da Exploração: este campo deve ser assinalado pelas pessoas jurídicas que
adotam a forma de tributação pelo Lucro Real, inclusive se optantes pelo REFIS, que gozem de
benefícios fiscais calculados com base no lucro da exploração.
Isenção e Redução do Imposto para Lucro Presumido: a pessoa jurídica tributada pelo Lucro
Presumido e optante pelo REFIS deve assinalar este campo caso usufrua benefícios fiscais relativos
a isenção ou redução do Imposto de Renda.

Indicativo da Existência de FINOR/FINAM/FUNRES: este campo deve ser assinalado pelas pessoas
jurídicas ou grupos de empresas coligadas de que trata o art. 9º da Lei nº 8.167, de 1991, alterado
pela Medida Provisória nº 2.199-14, de 24 de agosto de 2001, titulares de empreendimento de
setor da economia considerado, em ato do Poder Executivo, prioritário para o desenvolvimento
regional, aprovado ou protocolizado até 2 de maio de 2001 nas áreas da Sudam e da Sudene ou do
Grupo Executivo para Recuperação Econômica do Estado do Espírito Santo (Geres) (MP nº 2.199-
14, de 2001, art. 4º, e MP nº 2.145, de 2 de maio de 2001, art. 50, XX, atuais MP nº 2.156-5, de
2001, art. 32, XVIII, e nº 2.157-5, de 2001, art. 32, IV).

Doações a Campanhas Eleitorais: a pessoa jurídica deve assinalar este campo, caso tenha
efetuado, durante o ano-calendário, doações a candidatos, comitês financeiros e partidos
políticos, ainda que na forma de fornecimento de mercadorias ou prestação de serviços para
campanhas eleitorais.

Participação Avaliada pelo Método de Equivalência Patrimonial: a pessoa jurídica domiciliada no


Brasil, que teve participações permanentes, no ano-calendário, em capital de pessoa jurídica
domiciliada no Brasil ou no exterior, considerada, pela legislação brasileira, avaliada pelo método
de equivalência patrimonial, deve assinalar este campo.

PJ Efetuou Vendas a Empresa Comercial Exportadora com Fim Específico de Exportação: este
campo deve ser assinalado pela pessoa jurídica que efetuou vendas, no ano-calendário, a
empresas comerciais exportadoras.

Recebimentos do Exterior ou de Não Residentes: deve assinalar este campo, a pessoa jurídica que
recebeu, durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no
exterior ou de não-residentes:

- quaisquer valores mediante operações de câmbio de qualquer natureza;

- quaisquer valores por intermédio de Transferências Internacionais em Reais (TIR), ou seja,


provenientes de conta bancária em reais (R$) titulada por não-residente;

- valores iguais ou superiores a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), equivalentes a R$


10.000,00 por mês, por intermédio de cartões de crédito;
- quaisquer valores por intermédio de depósitos em contas bancárias mantidas no exterior.

Ativos no Exterior: preenchida por todas as pessoas jurídicas (Sim), salvo quando o valor contábil
total dos ativos a declarar, convertido para reais no final do período abrangido pela ECF, for
inferior a R$ 100.000,00 (cem mil reais) (Não).

PJ Comercial Exportadora: este campo deve ser assinalado pela empresa comercial exportadora
que comprou produtos com o fim específico de exportação ou exportou, no ano-calendário,
produtos adquiridos com esta finalidade.

Pagamentos ao Exterior ou a Não Residentes: deve assinalar este campo, a pessoa jurídica que
tiver pagado, creditado, entregado, empregado ou remetido, durante o ano-calendário, a pessoas
físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior ou a não-residentes:

- quaisquer valores mediante operações de câmbio de qualquer natureza;

- quaisquer valores por intermédio de Transferências Internacionais em Reais (TIR), ou seja, pela
utilização de reais (R$) para crédito de conta bancária titulada por não-residentes;

- valores iguais ou superiores a R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), equivalentes a R$


10.000,00 por mês, por intermédio de cartões de crédito;

- quaisquer valores mediante a utilização de recursos mantidos no exterior.

Comércio Eletrônico e Tecnologia da Informação: a pessoa jurídica que efetuou durante o ano-
calendário vendas de bens (tangíveis ou intangíveis) ou tiver prestado serviços, por meio da
Internet, para pessoas físicas e jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, deve
assinalar este campo. Ao assinalar este campo, são disponibilizados os registros X400 (Comércio
Eletrônico e Tecnologia da Informação) e X410 (Comércio Eletrônico).

Royalties Recebidos do Brasil e do Exterior: a pessoa jurídica que tiver recebido, durante o ano-
calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior,
rendimentos a título de royalties relativos a: exploração econômica dos direitos patrimoniais do
autor, de marcas, de patentes e de desenho industrial; exploração de know-how; exploração de
franquias e exploração dos direitos relativos à propriedade intelectual referente a cultivares, deve
preencher este campo com “Sim”.
Royalties Pagos a Beneficiários do Brasil e do Exterior: a pessoa jurídica que tiver efetuado
pagamento ou remessa, durante o ano-calendário, a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou
domiciliadas no Brasil ou no exterior, a título de royalties relativos a: exploração econômica dos
direitos patrimoniais do autor, de marcas, de patentes e de desenho industrial; exploração de
know-how; exploração de franquias e exploração dos direitos relativos à propriedade intelectual
referente a cultivares, deve preencher este campo com “Sim”.

Rendimentos Relativos a Serviços, Juros e Dividendos Recebidos do Brasil e do Exterior: a pessoa


jurídica que tiver recebido, durante o ano-calendário, de pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou
domiciliadas no Brasil ou no exterior, rendimentos relativos a: serviços de assistência técnica,
científica, administrativa e semelhantes que impliquem transferência de tecnologia; serviços
técnicos e de assistência que não impliquem transferência de tecnologia; juros sobre capital
próprio, bem como juros decorrentes de contratos de mútuo entre empresas ligadas e juros
decorrentes de contratos de financiamento; dividendos decorrentes de participações em outras
empresas, deve preencher este campo com “Sim”.

Pagamentos ou Remessas a Título de Serviços, Juros e Dividendos a Beneficiários do Brasil e do


Exterior: a pessoa jurídica que tiver pagado ou remetido, durante o ano-calendário, a pessoas
físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no Brasil ou no exterior, valores relativos a: serviços
de assistência técnica, científica, administrativa e semelhantes que impliquem transferência de
tecnologia; serviços técnicos e de assistência que não impliquem transferência de tecnologia; juros
sobre capital próprio, bem como juros decorrentes de contratos de mútuo entre empresas ligadas
e juros decorrentes de contratos de financiamento; dividendos decorrentes de participações em
outras empresas, deve preencher este campo com “Sim”.

Inovação Tecnológica e Desenvolvimento Tecnológico: a pessoa jurídica beneficiária de incentivos


fiscais relativos às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica
de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005, ou a pessoa jurídica
executora dos programas de desenvolvimento tecnológico industrial ou agropecuário (PDTI/PDTA)
de que trata a Lei nº 8.661, de 1993, aprovados até 31 de dezembro de 2005, que não tenha
migrado para o regime estabelecido nos arts. 17 a 26 da Lei nº 11.196, de 2005, deve preencher
este campo com “Sim”.

Capacitação de Informática e Inclusão Digital: a pessoa jurídica que tiver investido em atividades
de pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação no âmbito dos programas de
capacitação e competitividade dos setores de informática e automação e tecnologias da
informação de que trata a Lei nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, a Lei nº 10.176, de 11 de
janeiro de 2001, e a Lei nº 11.077, de 30 de dezembro de 2004, regulamentadas pelo Decreto nº
5.906, de 26 de setembro de 2006, ou tiver efetuado venda a varejo nos termos dos arts. 28 a 30
da Lei nº 11.196, de 2005, que dispõem sobre o programa de inclusão digital, deve preencher este
campo com “Sim”.

PJ Habilitada no Repes, Recap, Padis, PATVD, Reidi, Repenec, Reicomp, Retaero, Recine, Resíduos
Sólidos, Recopa, Copa do Mundo, Retid, REPNBL-Redes, Reif e Olimpíadas: a pessoa jurídica
habilitada no Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de
Tecnologia da Informação (REPES) ou no Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para
Empresas Exportadoras (RECAP) instituídos pela Lei nº 11.196, de 2005, regulamentados pelos
Decretos nº 5.712, de 2 de março de 2006, e nº 5.649, de 29 de dezembro de 2005,
respectivamente, deve assinalar este campo. Também deve assinalar este campo a pessoa jurídica
executora de projeto aprovado no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico
da Indústria de Semicondutores (PADIS) ou do Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico da Indústria de Equipamentos para TV Digital (PATVD), instituídos pela Lei nº 11.484,
de 2007. Este campo deve também ser assinalado pela pessoa jurídica habilitada ou co-habilitada
no Regime Especial de Incentivos e Desenvolvimento da Infraestrutura (REIDI), instituído pela Lei
nº 11.488, de 15 de junho de 2007, e regulamentado pelo Decreto nº 6.144, de 3 de julho de 2007,
com alterações introduzidas pelo Decreto nº 6.167, de 24 de julho de 2007. Habilitada ou co-
habilitada no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria
Petrolífera das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (REPENEC), instituído pela Lei nº 12.249,
de 2010, regulamentado pelo Decreto nº 7.320, de 28 de setembro de 2010. Habilitada no Regime
Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (REICOMP), instituído pela Lei nº
12.715, de 17 de setembro de 2012. Habilitada no Regime Especial para a Indústria Aeronáutica
Brasileira (RETAERO), instituído pela Lei nº 12.249, de 2010. Detentora de projeto de exibição
cinematográfica aprovado no âmbito do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da
Atividade de Exibição Cinematográfica (RECINE), instituído Lei nº 12.599, de 23 de março de 2012.
Os estabelecimentos industriais que adquirirem resíduos sólidos utilizados como matérias-primas
ou produtos intermediários na fabricação de seus produtos, de acordo com o art. 5º da Lei nº
12.375, de 30 de dezembro de 2010, devem assinalar este campo. Habilitada ou co-habilitada no
Regime Especial de Tributação para construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios
de futebol (RECOPA), instituído pela Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010. Habilitada para
fins dos benefícios fiscais previstos na Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, relativos à
realização, no Brasil, da Copa das Confederações FIFA 2013 e da Copa do Mundo FIFA 2014.
Habilitada no Regime Especial Tributário para a Indústria de Defesa (RETID), instituído pela Lei nº
12.598, de 22 de março de 2012. Habilitada no Regime Especial de Tributação do Programa
Nacional de Banda Larga para Implantação de Redes de Telecomunicações (REPNBL-Redes),
instituído pela Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, regulamentado pelo Decreto nº 7.921,
de 15 de fevereiro de 2013. Habilitada ou co-habilitada no Regime Especial de Incentivo ao
Desenvolvimento da Infraestrutura da Indústria de Fertilizantes (REIF), instituído pela Lei nº
12.794, de 02 de abril de 2013, arts. 5º a 11. Habilitada para fins de fruição dos benefícios fiscais,
relativos à realização, no Brasil, dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016,
de que trata a Lei nº 12.780, de 2013.
Pólo Industrial de Manaus e Amazônia Ocidental: a pessoa jurídica que estiver localizada na área
de atuação da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) que seja beneficiária dos
incentivos de que trata o Decreto-lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, e alterações posteriores;
a Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e alterações posteriores; ou o Decreto-lei nº 356, de
15 de agosto de 1968, e alterações posteriores (Amazônia Ocidental), deve preencher este campo
com “Sim”.

Zonas de Processamento de Exportação: a pessoa jurídica autorizada a operar em Zonas de


Processamento de Exportação, voltadas para a produção de bens a serem comercializados no
exterior, de acordo com o estabelecido pela Lei nº 11.508, de 20 de julho de 2007 e pela Lei nº
11.732, de 30 de junho de 2008, deve preencher este campo com “Sim”.

Áreas de Livre Comércio: a pessoa jurídica autorizada a operar nas Áreas de Livre Comércio de Boa
Vista, Bonfim, Tabatinga, Macapá e Santana, Brasiléia, Cruzeiro do Sul ou Guajará-Mirim,
beneficiária dos incentivos de que tratam a Lei nº 8.256, de 25 de novembro de 1991, a Lei nº
11.732, de 30 de junho de 2008, a Lei nº 7.965, de 22 de dezembro de 1989, a Lei nº 8.387, de 30
de dezembro de 1991, o Decreto nº 517, de 8 de maio de 1992, a Lei nº 8.857, de 8 de março de
1994, e a Lei nº 8.210, de 19 de julho de 1991, e alterações posteriores, deve preencher este
campo com “Sim”.

5.2 SIGNATÁRIOS

Esta é uma informação importante principalmente para a administração da empresa que


distribui a responsabilidade entre pessoas e entidades responsáveis pelas informações prestadas
no arquivo SPED ECF. Para fatos mais palpáveis, podemos citar empresas responsáveis pela
avaliação de bens, gestores financeiros entre outros que possuem como atributos avaliar e validar
informações que compõe a base de cálculo dos impostos que serão apurados.
5.3 GERAÇÃO DO ARQUIVO DE ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL FISCAL

Para gerar o arquivo de Escrituração Contábil Fiscal, acesse o menu SPED >> ECF – Escrituração
Contábil Fiscal e informe o período que pretende gerar o arquivo, conforme exemplificado na
Figura 5.

Figura 5 – Geração do arquivo SPED ECF

ATENÇÃO: Serão gerados tantos arquivos quanto “Abertura e parâmetros do arquivo” (item 5.1.1)
existirem para o período indicado.

5.4 VALIDAÇÃO
Para validação do arquivo será necessário instalar o sistema PVA (Programa Validador e de
Assinatura do arquivo) lembrando-se de mantê-lo sempre atualizado, pois são frequentes novas
versões para a correção de problemas neste validador, que após um ano de existência ainda não
está estável.
Para baixar o programa acesse http://sped.rfb.gov.br/projeto/show/269.
Após instalar o validador na máquina, ainda é necessário que tenha disponível:
Todos os arquivos ECD’s assinados no período, arquivo este exportado pelo PVA da
ECD. Não pode ser importada a ECD gerada no software Contábil Viasoft, pois o mesmo ainda não
estará assinado.
Arquivo ECF do ano anterior.
Certificado digital de todos os envolvidos, responsáveis, contadores e demais
signatários.
Com estas informações em mãos a sequência do processo consiste em:
1 – Importe o arquivo da ECF gerado pelo sistema Contábil Viasoft (Figura 6);

Figura 6 – Importação do arquivo ECF no PVA

2 – Importar ECD assinada pelos signatários (Figura 7);

Figura 7 – Importar ECD no PVA

3 – Recuperar dados da ECF anterior (Figura 8);

Figura 8 – Recuperar os dados da ECF anterior no PVA

Ao recuperar as informações da ECF anterior é muito importante ler e entender as duas opções
possíveis de marcação no processo de importação (Figura 9).
Figura 9 – Seleção na importação da ECF do ano anterior

A recomendação para grande maioria das situações é de NÃO MARCAR nenhuma das
opções, pois os saldos iniciais do balanço são projetados a partir da ECD importada anteriormente
e a referenciação muda com o passar dos anos, por este motivo não recomendamos a marcação
de nenhuma das opções.
4 – Preencher informações solicitadas pelo validador (Figura 10);

Figura 10 – Relatório de erros PVA ECF

5 – Validação do arquivo (Figura 11);

Figura 11 – Tela de validação PVA ECF

Após a validação total do arquivo o processo segue com a ECD, assinatura, geração e envio.
6 CONCLUSÃO
O processo de geração do arquivo ECF é muito simples, bem como sua validação, porém os
conceitos para a apuração da CSLL e IRPJ deixam muitas dúvidas que muitas vezes são
questionadas à equipe de suporte/sistema, e por mais que não possamos e muitas vezes não
devemos responder a questionamentos pontuais sobre legislação para cliente, o mínimo que
precisamos saber e entender é o que o processo representa e como precisa ser tratado por cada
perfil de cliente que estamos atendendo.
É recomendada veementemente a leitura e a compreensão das seguintes leis:
Lei Nº 11.638, de 28 de Dezembro de 2007 que altera a Lei no 6.404, de 15 de dezembro de
1976.
Lei Nº 12.973, de 13 de Maio de 2014 que altera a legislação tributária federal relativa ao
IRPJ, à CSLL, à Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para a Cofins e principalmente
revoga o Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Lei no 11.941, de 27 de maio de
2009 entre outras coisas que não vele a pena citar.

7 REFERÊNCIAS
RFB, Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Contábil Fiscal, Maio de 2016
PLANALTO. Disponível em http://www.planalto.gov.br/. Acessado em : 23 de maio de 2015

Criado por: Eduardo José de Siqueira Data: 23/05/2016


Avaliado por: Alison Martins Meurer Data: 24/05/2016
Aprovado por: Alison Martins Meurer Data: 24/05/2016

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