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RESUMO
O pagamento é o meio no qual se extingue uma obrigação. Todavia, a legislação civil tem
trabalhado a figura de um terceiro, o fiador, que tem a responsabilidade de efetuar o
pagamento no lugar do devedor que não adimpliu no vencimento a dívida, tendo a obrigação
sobrevivendo em relação ao terceiro, na função do credor originário e o devedor. Desse modo,
o presente trabalho tem por objetivo abordar a relevância da sub-rogação na proteção do
adimplemento ao fiador na perspectiva de aprofundar a temática doutrinariamente, como
também estudar a relevância contratual dessa forma de pagamento em gerar a segurança
jurídica ao patrimônio do terceiro interessado, fiador. Portanto, a pesquisa está ancorada em
livros, artigos, legislação civil e entendimentos de tribunais superiores.
1. INTRODUÇÃO
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PAPER apresentado à disciplina de Direito das Obrigações, da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco –
UNDB.
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Graduando do 3º período do Curso de Direito da UNDB.
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Graduando do 3º período do Curso de Direito da UNDB.
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Professora Doutora, Orientadora.
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que o devedor principal primitivo agora possui obrigação de ressarcir o fiador, terceiro
interessado, que solveu uma dívida que não se utilizou de sua benesse.
Em virtude do exposto, o fiador que solve a dívida primitiva agora se coloca como
o novo credor, lançando mão de todas as garantias e direitos do credor primitivo, o que é
assegurado a ele pela legislação civilista, constituindo uma forma de proteção, como dito em
momento anterior. Esta relação pode ser encontrada diariamente em diversos âmbitos
contratuais, como em contratos estudantis, imobiliários e bancários, por exemplo.
Por fim, a feitura deste artigo científico se mostra primordial para a compreensão
desta forma de adimplemento indireto e a figura do fiador, observando os desdobramentos
desta relação obrigacional sob os preceitos legais previstos na legislação, bem como o modo
de sua utilização de tal forma a resguardar o fiador nesta relação, uma vez que a sua
disponibilização para a comunidade acadêmica servirá como um instrumento facilitador para
o entendimento de problemáticas vinculadas à este tema.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
terra forem achados, e cobrar o que por ele tiver pagado, com todas as custas,
interesses e perdas, que por causa da fiança tiver recebidas". (SANTOS, 1954)
2.2 CONCEITUAÇÃO
dívida, ficará obrigado a quitá-la para com aquele que efetuou o pagamento, não há uma
dívida, e sim uma substituição de credor, diferentemente do que ocorre com a novação.
Este terceiro interessado explanado acima pode ser o fiador, aquele que empresta
seu nome e assume a responsabilidade por determinada dívida conjuntamente com o devedor
principal. Deste modo, caso o devedor principal não efetive o pagamento, o fiador, que é
terceiro interessado, fica obrigado a tal ato. Em virtude disso, afirma Gonçalves (2017)
"fiador que pagou integralmente a dívida, ficando sub-rogado nos direitos do credor (CC, art.
831); o do mandante, em favor de quem são transferidos os créditos adquiridos pelo
mandatário (CC, art. 668)".
que pode conduzir terceiro a pagar a dívida e ao devedor, que não podendo pagar no momento
a dívida e quem a mudança de credor pode livrar dos efeitos do inadimplemento.
Assim, ao analisar o terceiro interessado, fiador, como aquele que pagou a dívida
sem dever, em face do devedor, a forma de pagamento com sub-rogação confere segurança
legal a este, uma vez que concede os mesmos direitos, ações e garantias do credor primitivo,
conforme afirma o artigo 349 do código civil, onde proporciona ao fiador, maiores
probabilidades de reembolso em face do devedor principal. Nesse sentido, pontua Carlos
Maluf e Washinton Monteiro (2014): “no pagamento com sub-rogação, embora satisfeito o
credor, não se verifica a liberação do devedor nem a extinção da obrigação, porquanto todos
os direitos creditórios se transferem para aquele que satisfaz a prestação”.
Nessa linha de raciocínio, o aparato legal dá ao fiador maior amparo no
adimplemento das obrigações, assim como julgou o Superior Tribunal de Justiça em 16 de
maio de 2017:
3. DISCUSSÃO DO TEMA
Sob uma abordagem principiológica, a eticidade aduz que todos os sujeitos das
relações civis devem se pautar na justiça e na boa-fé, de modo que se faça cumprir aquilo que
foi firmado em acordo, o que pressupõe um equilíbrio desta relação, aplicando de forma justa
os preceitos legais.
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credor, a satisfazer a obrigação, caso o devedor não cumpra. É para constituir o adimplemento
das obrigações e amparar o direito do fiador que há o benefício da sub-rogação, no qual
Venosa (2005) expressa como a questão mais útil e prática dos direitos das obrigações, haja
vista que a dívida não se extingue para o devedor, onde o fiador pode exigir do afiançado o
cumprimento da obrigação, já que o que une essas duas relações é a confiança onde o devedor
se responsabilizará. Diante disso, a sub-rogação vem trazer mais segurança, principalmente a
este terceiro interessado, para recebimento do que pagou inclusive os acessórios, ao se sub-
rogar no lugar do credor originário.
Conseguinte ao que já se discute acima, a decisão jurisprudencial da 4° Turma
Cívil do TJ/DF (2017) afirma que a “sub-rogação provém do fato objetivo do pagamento da
dívida pelo "terceiro interessado" e opera apenas a mudança da titularidade do crédito, de
forma a manter intacta a obrigação com devedor”.
Neste axioma, é parcial que essa forma de pagamento indireta caminhe para que
se possa resguardar juridicamente o direito do fiador, fato que esse que preserva até para que
possa haver maior presença de terceiros, juridicamente interessados, na relação obrigacional
adimplindo a obrigação originária, haja vista que mantém intacta a responsabilidade do
devedor com o fiador, devido ao instituto da sub-rogação, este poderá ter ressarcido seu
crédito, pelo pagamento da obrigação alheia (afiançado).
expresso no artigo supracitado, pois não agira de boa-fé para com quem solver a dívida
primária.
4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS