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Roteiro Crítica Comunista

Episódio 1 – 19/10/2019

“Qual o significado do Future-se de Bolsonaro?”

Pedro Henrique Corrêa


Imagem de abertura
Introdução - No dia 17 de julho o Ministro da Educação Abraham Weintraub
anunciou uma proposta de profundas mudanças na organização da
educação superior do Brasil. O nome dela “Future-se”, mas poderia ser
chamado de “Fatura-se”.
- Objetivo: dentre outros, o principal é entregar a gestão de institutos e
universidades federais nas mãos de organizações sociais responsáveis
pela captação de recursos privados
- Há um mudança de qualidade com relação aos governos anteriores,
que também implementaram um processo de privatização das
universidades. As fundações privadas já atuavam nas instituições, com
laboratórios que funcionam como verdadeiras extensões das empresas.
Vinheta de abertura
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Desenvolvimento Contextualização
- O poder econômico já vinha cada vez mais crescendo dentro das
universidades. Marco Legal da Ciência e da Tecnologia regulamentou
1. Compartilhar laboratórios das universidades com empresas
2. Negociar o fornecimento de pesquisas e materiais gerados nas
universidades em troca de favorecimento econômico.
3. A prestação de serviços e o desenvolvimento de serviços por
professores com dedicação exclusiva para empresas, e até de maneira
remunerada.
- Ou seja, a entrada de capital era um “complemento” ao
financiamento estatal, e as pesquisas eram controladas pela
universidade.
- A universidade fornecia um “serviço” para aquelas empresas que
estavam dispostas a pagar por determinado estudo.

Novo modelo: privatização direta


- Adesão “voluntária”. Mas vão “contingenciar” recursos.
- Os diretores e gestores eleitos precisarão conviver com as entidades
privadas que vão gerir a captação dos recursos destinados a
manutenção da estrutura, isso significa a quebra da autonomia
universitária.
- Quem manda no dinheiro da universidade e como ele é gerido tem
grande poder de decisão e influência sobre as políticas e ações
administrativas da universidade ou instituto.

O que os reitores e entidades de diretores estão fazendo


- Andifes divulga nota onde fiz que “vê pontos positivos” no Future-
se. É chocante!
- Conselho superior da UNB disse que o Future-se desconsidera as
fundações de apoio. Segundo a UNB, elas, abre aspas “vêm
aprimorando o apoio às Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs),
tendo acumulado experiência e demonstrado eficiência na prestação
desses serviços”. Temos as clássicas CAPES, CNPQ, Fundações
estaduais, mas também a Fundação Ford, Fundação Lemman, entre
muitas outras nacionais e internacionais que servem para burlar a
legislação e facilitar a injeção de recursos externos na Universidade.
- A UFMG, em nota, divulgou que “apresenta uma ampla
experiência em ações de empreendedorismo, internacionalização e
inovação, implementadas pelos órgãos institucionais ou por meio de
suas Fundações de Apoio”

Conclusão
- As próprias direções das universidades aceitam tranquilamente a
privatização que vem ocorrendo, com suposto benefício a
universidade, no pior dos casos aceitam o Future-se, ou, no melhor
dos casos, vacilam sem saber o que fazer.
Reivindicação - Em um momento de crise do capitalismo, o Future-se é uma forma
Transitória que o capital está encontrando para pressionar o Estado para entregar
a estrutura construída com dinheiro público para as empresas, para
que com essa estrutura elas possam aumentar sua taxa de lucro.
- Querem entregar
- Além disso, a entrada de recursos privados diminui o papel do
dinheiro público na pesquisa, o que possibilita que mais recursos do
Estado possam ir direto para a jogatina que envolve a dívida pública e
outros papéis na bolsa de valores.
- Uma universidade pública, gratuita e para todos, com um
desenvolvimento livre da ciência e da educação, só será possível
somente com o fim do capitalismo.
- As decisões sobre como fazer e para onde vai a ciência precisa estar
sob controle dos estudantes, professores, pesquisadores, e
funcionários das universidades e institutos. Só uma economia
planificada pode realizar.
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