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Milton Cazembe

História do Betão
Licenciatura em Engenharia de Construção Civil
3o Ano - Regime Laboral

Universidade Licungo
Beira
2019
Milton Cazembe

História do Betão

Trabalho apresentado ao docente da cadeira


de Betão I no departamento da Escola
Superior Técnica (ESTEC) no curso de
Engenharia de Construção Civil para fins de
avaliação curricular desta cadeira.

Docente: Msc. Engº Lucas Maparage

Universidade Licungo
Beira
2019
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RESUMO

Na construção civil, o betão desempenha um papel importantíssimo nas obras e este por
sua vez possui uma história na sua evolução, o betão é um material de construção feito pelo
homem que se assemelha a uma pedra. Combinando cimento, agregado graúdo e água obtém-se
o betão. A água permite a fixação e união dos materiais. Diferentes misturas são adicionadas
para que o betão obtenha específicas características. O betão é geralmente reforçado com o uso
de barras de aço, antes de ser lançado nos moldes. De forma interessante, a história do betão tem
as primeiras evidências em Roma, a aproximadamente 2000 anos atrás. O betão era
essencialmente utilizado em aquedutos e estradas em Roma.
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Índice

RESUMO ..................................................................................................................................................... iii


ÍNDICE DE FIGURAS................................................................................................................................. v
1. Introdução ................................................................................................................................................. 1
1.1. Objectivos .................................................................................................................................... 2
1.2. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 3
1.2.1. Procedimentos utilizado na colecta de dados .................................................................................. 3
1.2.2. PESQUISA EXPLORATÓRIA .................................................................................................. 3
1.2.3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................. 3
2. REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................................................... 4
2.1. História do Betão ............................................................................................................................... 4
3. CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 8
4. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 9
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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Ville Savoye e Capela Notre Dame Du Haut ................................................................................ 5


Figura 2: Casa da Cascata e Restaurante Los Manantiales ........................................................................... 6
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1. Introdução

Este presente trabalho intitula-se: História do Betão , o mesmo enquadra-se na cadeira de Betão
que é leccionada no curso de Engenharia de construção civil, isto de acordo com o plano
curricular da universidade pedagógica. Porem a escolha do tema nos foi sugerido pelo docente
desta cadeira de modo a maximizar o nosso conhecimento em torno deste campo de pesquisa.
O trabalho foi possível graças ao uso do método indutivo que consisti em recolher ideias
particulares de alguns autores e depois fazer uma síntese geral sobre esta área de pesquisa. Não
esquecendo as técnicas de consulta bibliográfica.
E quanto a organização apenas está patente um e único capítulo e foi possível integrar
todos os conteúdos que achamos pertinentes na história do betão.
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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo geral:


 Apresentar a história do betão.

1.1.2. Objectivos específicos:


 Identificar as características do betão ao longo do tempo;
 Analisar a inter-relação da execução dos betões;
 Verificar a evolução qualidade dos betões ao longo do tempo.
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1.2. METODOLOGIA

Para (SILVEIRA, 2009), é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o
estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

1.2.1. Procedimentos utilizado na colecta de dados

 Pesquisa exploratória;
 Pesquisa bibliográfica.

1.2.2. PESQUISA EXPLORATÓRIA

Este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema,
com vista a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande maioria dessas pesquisas
envolve: Levantamento bibliográfico;

1.2.3. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Pesquisa bibliográfica é aquela que se desenvolve tentando explicar um problema a partir das
teorias publicadas em diversos tipos de fontes: livros, artigos, manuais, enciclopédias, meios
electrónicos, etc. A realização da pesquisa bibliográfica é fundamental para que se conheça e
analise as principais contribuições teóricas sobre um determinado tema ou assunto (KOCHE,
1997, p. 126)
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2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. História do Betão

Diz-se que os romanos usavam uma matéria prima especial para seus betões. Tal mistura
consistia de cascalho e areia grossa misturados com cal quente e água, e, às vezes, até mesmo
sangue de animal. Para reduzir retrações, eles utilizavam cabelo de cavalo. Evidências históricas
constatam que sírios e babilônios usavam argila como material ligante. Mesmo os Egípcios
antigos são conhecidos por utilizar cal e cimento para o betão. Argamassa de cal e cimento
também foram usadas nas construções das pirâmides mundialmente aclamadas.

Contudo, Romanos são conhecidos por terem feito amplo uso de betão para construir
estradas. É interessante notar que eles construíram aproximadamente 5.300 milhas de estradas
utilizando betão. Betão é um material de construção muito resistente. Evidências históricas
também apontam que Romanos usavam pozolana, gordura animal, leite e sangue como aditivos
em construções de betão.

O primeiro fato registado aponta para o ano 1756, quando John Smeaton fez betão
misturando agregado graúdo e cimento. Em 1793, ele construiu o Eddystone Lighthouse in
Cornwall (Inglaterra) com o uso de cimento hidráulico. Outro grande desenvolvimento aconteceu
no ano 1824. O inventor inglês Joseph Aspdin desenvolveu o cimento portlant. Ele fez betão
queimando giz com terra e finalmente argila, em um forno até que o dióxido de carbono
evaporasse, resultando em um forte cimento.

Foi na Alemanha que o primeiro teste sistemático de betão aconteceu em 1836. O teste
media a resistência à tração e à compressão do betão. Outro importante ingrediente do betão é
agregado e isso inclui areia, brita, argila, cascalho, escolha e xisto. Betão que faz uso de
aço/metal é um betão reforçado ou betão armado. Foi Joseph Monier quem inventou o primeiro
betão armado em 1849. Ele foi quem quem fez cubas e tubos de betão armado com o uso de aço.
O betão armado, portanto, combina a capacidade à tração do metal e à compressão do betão para
suportar elevadas cargas. Ele recebeu a patente por essa invenção em 1867.
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Em 1886, o primeiro forno rotatório foi introduzido na Inglaterra e tornou constante a


produção de cimento. Em 1981, George Bartholomew fez a primeira rua em betão em Ohio,
USA. Por volta de 1920, betão foi largamente utilizado em construções de estradas e
construções. Foi em 1936 que as barragens de betão Hoover e Grand Cooley foram construídas.

Betão, desde a idade moderna, é um caminho sem volta. Conhecido como o mais
resistente material de construção, o betão encontrou maior emprego em represas, rodovias,
prédios, entre outros diferentes tipos de edificações e construções.

Com perfeita compreensão das possibilidades estruturais do betão armado e a sua


plasticidade, foi durante o século XX que grandes arquitetos mostraram ao mundo, que a
arquitetura é verdadeiramente a arte de construir. Aparentes desafios
da lei da gravidade, surgiram nesse momento como uma nova era da construção moderna com
ícones da arquitetura aqui destacados.
O arquiteto Charles-Édouard Jeanneret-Gris, ou simplesmente Le Corbusier, como é
conhecido, formulou uma nova linguagem arquitetônica formalizados em Ville Savoye, em 1928
com planta e fachada livres da estrutura construção sobre pilotis e teto-terraço. Já na Capela
Notre Dame Du Haut, em Ronchamp é demonstrado toda a possível plasticidade do betão
armado em 1955

Figura 1: Ville Savoye e Capela Notre Dame Du Haut

Fonte: Internet
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Um dos conceitos centrais da obra do arquiteto Frank Lloyd Wright é que o projeto deve
ser individual, de acordo com sua localização e finalidade. Como um desdobramento da
arquitetura moderna, a Casa da Cascata de 1939 (fig.31), tornou-se uma figura chave da
arquitetura orgânica. Outro destaque em suas obras é o Museu Solomon R. Guggenheim de Nova
York, finalizado em 1959.
Felix Candela, arquiteto espanhol, dividiu etapas de sua vida profissional entre Espanha,
México e Estados Unidos. Candela demonstra através de suas obras seu profundo conhecimento
e compreensão do comportamento das estruturas de concreto armado. Destaca-se em suas obras
o restaurante Los Manantiales (Fig.32) de 1956, no México.

Figura 2: Casa da Cascata e Restaurante Los Manantiales

Fonte: Internet

Presente e Futuro do Betão

O betão evoluiu muito desde o tempo de Roma. A engenharia usa betão actualmente em
campos muito diversos, em muitos casos sob ambientes extremamente agressivos. Para se
adaptar aos novos e desafiadores usos o homem criou uma infinidade de tipos de betões,
utilizando uma enorme gama de cimentos, agregados, adições, aditivos e formas de aplicação
(armado, protendido, projectado,…). Encontramos betão na fundação de plataformas petrolíferas
no dos oceanos ou enterrado a centenas de metros abaixo da terra em fundações, túneis e minas a
452m acima do solo em arranha-céus.

O grande desafio da tecnologia de betão actualmente parece ser aumentar a durabilidade


das estruturas, recuperar estruturas danificadas e em entender o complexo mecanismo químico e
mecânico dos cimentos e betões. Para isto, uma nova geração de betões está sendo desenvolvida,
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métodos tradicionais de execução e cálculo de betão estão sendo revistos, teorias não-lineares e
da mecânica do fracturamento estão sendo desenvolvidas.
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3. CONCLUSÃO

Materializado o trabalho apraz-nos concluir que o betão moderno utilizado actualmente


para a construção dos mais diversos tipos de estrutura é fruto do trabalho de inúmeros homens,
que durante milhares de anos observaram a natureza e se esmeraram por aperfeiçoar materiais,
técnicas, teorias e formas estruturais. Desta forma, constatamos que a história do betão não
começou no século passado, mas com a própria civilização humana, pois a partir do momento
que o homem existe sobre a terra, ele tem a necessidade básica de morar e morar melhor a cada
dia, desenvolvendo novas tecnologias para isto.Mas podemos ir mais longe que isto, a milhões
de anos atrás, se considerarmos que os primeiros cimentos e betões foram gerados pela natureza.
Podemos até considerar as rochas sedimentares como betões naturais.
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4. BIBLIOGRAFIA

NEVILLE, A. M., Propriedades do Concreto, Ed. Bookman, 5. Edição, Porto Alegre, 2016.

PEDROSO, Fabio Luis, Concreto: As origens e a evolução do material construtivo Mais


usado pelo homem, Revista Concreto e Construções, IBRACON, n.53, jan, fev, Mac, 2009.

TORAYA, Juan de las Cuevas. Un siglo de Cemento en Latinoamérica, Instituto Mexicano del
Cemento y el Concreto – IMCYC, Mexico, 1999 Disponível em <
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt> Acesso em 2/08/2019.

VASCONCELOS, Carlos Augusto, Concreto no Brasil: Recordes, Realizações, Histórias,


Editora Pini, São Paulo, 1992.

VASCONCELLOS, Juliano Caldas, Betão armado Arquitetura Moderna Escola Carioca,


Dissertação de Mestrado, 313 p. Universidade Federal do Rio Grande Sul, Porto Alegre, 2004.
Disponível em <https://issuu.com/julianovasconcellos/docs/caamec-juliano_vasconcellos>
Acesso em 02/08/2019.

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