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GRANDE ORIENTE DO BRASIL.


JORNAL1 OFPIGIÂL
DA

MACONARIA BRASILEIRA,
PUBLICAÇÃO IvIEISrSA.L.

IV.0 2 — 1.° AJVNO

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RIO DE JANEIRO
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TYp. do GRANDE ORIENTE DE PINHEIRO & C,

1872
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BOLETIM
DO

MM ORIENTE DO BRASIL )

JORNAL OFFICIH 06 «IftÇ. BRftSILÜRft

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Num. JANEIRO, 1872 l0 ANN0

Utilidade do Boletim.
Agradecendo a animação que a imprensa prodigalisou &o Boletim
benigno
por occasião do seu apparecimento tia arena litteraría e o
acolhimento que ihe-tem prestado grande numero de MaçOíis e ate
mesmo de profanos, a Com.1, de redacção procurará tornar-s© me-
recedora dessa confiança, elevando esta publicação ao maior grau
de importância, já trabalhando para que a Inst.\ maçy. tire dellôL
o maior proveito, já envidando esforços para que ainda os que não
á grande família reconheçam a injustiça das arguições que
pertençam
se-dirigem áMac. Árdua é por sem duvida a tarefa; mas ella coniia
no concurso dós Maçons illiistrados, para os quaes appella ainda
uma vez, bem como que lhe-será prestado todo o apoio que neces-
sita para regularisnr uma publicação deste gênero, visto como tem o
Gr.*. Oriente sobre seus hombros outros encargos, provenientes dos
deveres que é obrigado a cumprir para com os seus membros.
A Redacção pois ousa esperar que a sua perseverança e as boas
intenções que a-animam serão devidamente aquilatadas e que ne-
nhum Obreiro da Arte Real deixará de ajudal-a com as suas luzes,
saber e protecção em prol de empreza tão difficil, quão meritona.
Proclamando a necessidade da segurança e conservação dos sa-
interesses da Maç.\, combatterá aquelles que, victimas de
grados
suas preoecupações, atrevem-se em pleno século XIX a tulmmal a

i
46

com o anathema ridículo, ouiuo si as doutrinas puras e verdadeiras


fossem sua legitima e exclusiva propriedade e não dos que apenas
obedecem hoje á voz da razão, da justiça e da verdade!
Continuando com toda a te e constância na senda que ltie-é ira-
cada, a Cora.', se-esforçará por vencer as dificuldades que porven-
tura encontrar, para patentear a utilidade do Boletim, estreitando
cada vez mais as relações que existem entre as Lojas do Circulo,
encurtando as distancias que separam as diversas Potências maço-
nicas, fazendo conhecer as grandiosas aspirações da nossa Ordem,
combatendo os prejuízos, alimentando o espirito com a instrucção e
finalmente defendendo sempre a verdade com o fim de fortalecer a
Fé, sustentar a Esperança e reanimar a Caridade.
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15 de Janeiro de 1872.
A. I. A.
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SECÇÁO DOGMÁTICA.

Liberdade de cultos.

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As questões que pela sua toagna importância interessam a huma-


nidade, merecem a nussa mais seria attenção.
Coherente com os princípios que abraça e com o glorioso passado
que illustra o seu nome, a Maçonaria deve erguer-se para reforçar o
nobre empenho dos povos, que pela liberdade, pela intelligencia e
pelo trabalho caminham á civilisaçào e á perfectibilidade.
Entre as graudes theses que prendem a atteoção do nosso século,
a liberdade de cultos oecupa um logar importante.
|7 que esta liberdade é necessária ao homem e sem ella todas as
outras liberdades podem dizer-se fictícias.
Em nome de Deus, em nome da razão e da natureza pede-se a
iiberdade de cultos, e ella é recusada ao povo brasileiro, sob pre-
texto de se-oppòr á doutrina da religião catholica.
Respeitámos todas as opiniões que se-apresentam com o sello da
sinceridade, mas nem por isso prescindimos do direito de comba-
tel-as quandu tios-parecerem inadmissíveis. Podíamos pois negar
o fundamento do direito pelo qual se-recusa ao povo a liberdadede
cultos, mas para que se não diga que a Maçonaria tem uma religião
propriamente sua e que se-empenha em combater a igreja catho-
lica, como calumniosamente se-ha propalado, julgámos mais acer-
tado demonstrar que a iiberdade de cultos não ataca, cuino falsa-
mente se-diz, a doutrina catholica ; ao contrario, ella é uma garantia
de credito e de gloria para essa doutrina.
E' o culto externo um testemunho de homenagem em relação a
um ser que reconhecemos superior a nós. Este culto deve pois trâ-
duzir as sinceras convicções do espirito, e si a manifestação publica
de nossas convicções nao oífender a saneüdade das leis naturaes e a
moralidade que deltas procede, é claro que nenhum poder tem legi-
Uma razão para oppôr-se a esse direito que o Creador conferiu ao
homem. 4.
Na mais perfeita harmonia estão estas idéias com a doutrina ca-
tholica, considerada em sua puresa e despida dos dos
ultramontanos, preconceitos
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abraça o espiritualismo, procura elevar a alma


O catholicismo con rad.zer-se
e da terra] e por isso não pôde
acima do homem de escolher livre-
negTndo á alma a liberdade moral, a faculdade
mente entre o verdadeiro e o falso.
não a doutrina catholica insultaria a har-
E si assim procedesse, Deus,
revoltar-se-hia contra si mesma e contra
monia do espirito, a consciência
visto aue, negando a liberdade moral, proclamam que
a intelligencia uma chiméra e Deus uma ficção,
éuma mentira,
o homem com uma liberdade que não existe. A doutrina
illudindo
honra lhe-seja feita, não admitte similhanles absurdos;
catholica,
e ensina Deus creou a alma immortal, (lotou-a de
ella professa que
moral, enriqueceu-a de intelligencia o como recompensa
liberdade
uso fizer da liberdade, ofíerece-lhe o gozo das telici-
do bom que
dades eternas e inexhauriveis.
esta incontestável verdade: « A1 Divindade só
Daqui procede de
os espíritos firmes das convicções», h
agradam pela pureza
nao pela
certo Deus quer que o homem, levado pela convicção e
força ou temor, faça livremente a sua escolha e livremente
pelo
ajoelhe diante do altar de suas convicções religiosas. Pensar o con-
trario é dizer que a doutrina catholica proclama o império da ma-
teria sobre a sublimidade do espirito, e que em vez de christãos con-
victos, deseja hypocritas que se-curvem materialmente o beijem.
sem fé e sem crenças, o pavimento dos templos erguidos em honra
de Deus em espirito e em verdade.
E nem se-objecte que a doutrina catholica, considerada como
acabámos de fazer, admitte que todas as religiões são boas e verda-
deiras.
Não deduzam os ultramontanos da nossa augmentação tal cem-
seqüência*
Entre a intolerância dogmática e a tolerância civil a diííerença é
igual a que existe entre a luz e as trevas, A intolerância dogmática é
inseparável da verdade e tem explicação racional e justa, porquanto
entre a verdade e o erro não ha alliança possível; mas a intolerância
civil não pôde ter razão de ser, porque nem Deus, nem a razão e a
natureza lhe-prestam o seu apoio.
Onde iremos pois procurar a causa desta intolerância que revolta
o coração e alma?
Na doutrina catholica? Mão, porque neste caso ella não procederia
de Deus.
A causa procede do despotismo de ferro que resulta da intima
união do throno e do altar.
Espirito e matéria ahi ficam agrilhoados em nome de Deus e em
nome de César!
.

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il

A liberdade religiosa não é de hontom na doutrina catholica. Nao


sabemos porque ella merece da parto dosultramontanosaopposição
o as iras que desalentem a mansidão que os-devia caracterisar;
anpa'ecendo com o chrislianismo, foi consagrada com o sangue do
Christo; e por isso aos christãos e com especialidade aos christãos
sacerdotes cumpre susténtal-a e defendel-a.
Diante do paganismo, dos escribas e dos phariseus apresentou-se
0 Christo pregando a sua doutrina. À intolerância se-ergtieu contra
o Filho de Maria, o não obstante haver satisfeito os devores cívicos,
sem oppôr-se as autoridades e ás leis de sou paiz, elle não recouhe-
ceu om nenhum poder da terra o direito de impor silencio a suas
crenças e religiosas convicções; á intolerância porém desagradou
'este
nobre procedimento e esta pureza do coração e da alma, e não
tendo meios legítimos para obstar o exercício da liberdade moral do
generoso amigo da humanidade, o arrastou ao Calvário.
0 Christo foi pois o primeiro, o mais saneio e o mais generoso
martyr da liberdade de consciência!
K porque não ?
Considerai-o do outra maneira e tereis então de admitiu' que
Christo, pregando uma doutrina que não era auetorisada pela lei, foi
de encontro ás instituições do paiz e que por isso com justa razão
foi punido. Eis as conseqüências que resultam da doutrina dos ul-
tramontanos; querem em nome de Deus combater a liberdade de
cultos, e enlrotanlo se-esquecem de que por ella pugnou c soffreu o
immortal fundador do chrislianismo,
Oue cegueira ! Abyssus abyssum invocai.
Ainda mais, como Jesus-Christo, se-portaram também os após-
tolos. Encarregados da generosa missão de pregar aos povos o Evan-
os apóstolos se-apresentaram á barra dos tribunaes, despre-
gelho
zaram honras e riquezas, süffreram insultos e tormentos econfundiram
os déspotas intolerantes por meio da serenidade, da resignação, da
fé tí constância que empregavam defendendo a liberdade de exerce-
rem o culto relativo á doutrina que pregavam.
E o quo traduz este procedimento .
V que os heroes do Christianismo, convencidos das idéias reli-
giosas queabraçaramjião reconheciam nenhum poder legitimo com o
* direito de contrariar a mais saneia das liberdades, e assim pela ma-
mféstação de suas crenças, pelo exercício pratico da lmerdade mo-
r»li caminhavam com heroicidade ao mariyrio. ... ,.
0 edebre edicto de Constantino em favor da igreja chnstan foi
•reeebido om e com razão applaudido, visto comopro-
iubilo justa
troando a liberdade da religião cbristan, proporcionava ensejo a
3
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os a-reconhecessem pela pratica, e, notando então a sua


que povos
superioridade sobro todas as outras, a-abraçassem em espirito e em
verdade.
Que differença entre os representantes da religião naqiiella époeha
e os de hoje! Aquelles pugnavam pela liberdade, porque, sincera-
mente crentes na verdade da doutrina e no auxilio de Deus, tinham
certeza de que a religião havia de conquistar os louros da vietoria ;
estes, os que hoje se-dizem sanctissimos, beatíssimos e reverendis-
simos, mostram-se tibios e fracos e desconfiando sacrilegamente das
promessas do Mestre, da vitalidade das idéas, da pureza da doutrina
e do império da verdade, oppÕerà a força bruta á consciência moral,
è ao poder de Deus preferem o poder de César.
Crendo os ultramontanos que a religião catholica é a verdadeira
e a qu offerece ao coração e á inlelligencia os lances mais affectuo-
sos e mais bellos, porque receiam que ella appareça ent.ie as outras
na nossa sociedade ? 0 empenho com que se-combate a liberdade
de cultos, serve apenas para demonstrar que é fraca a religião e
produz então entre os povos a desconfiança de que eila se-teme da
concurrencia. A isto dizemos nos, nós, que somos maçon catholico,
que a religião não teme a luz; os seus apóstolos de hoje, salvo algu-
mas honrosas excepções,levados por falso zelo ou reprovadas paixões,
são os primeiros a comproinette-la perante a opinião publica.
Os interesses da religião catholica exigem pois a liberdade de
cultos; Deus, a razão e a natureza pugnam por essa liberdade e a
civilisação do século em que vivemos reclama bem alto pelas vozes
dos seus mais illustres representantes esse direito, do qual não
podem, nem devem prescindir as sociedades modernas,
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Declarámos que a intolerância é prejudicial á própria religião ca-
íholica. Demonstremos ainda a verdade desta proposição, para
assim confundirmos os ultramontanos que não desprezam nenhum
meio, por mais futil que seja, para illudirem a boa fé do nosso povo.
Nos paizes onde a religião é official e em que não se-admitte outro
culto, o catholocismo, quasi que o-podemos asseverar, c apenas
uma formula, os templos estão desertos, os mandamentos da igreja
são geralmente esquecidos, as suas leis desprezadas, os seus mi-
nistros tratados com pouca consideração, e tinalmente o indifferen-
tismo manifesta que, si a relgião não está morta, está pelo menos
embalsamada.
E esta decadência religiosa não procede da desmoralisação do
nosso povo; é outra a sua origem: ella resulta do despotismo com
que se nos-impõe o exercício do culto catholico.
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Perguntai a qualquer citiadíio deste paiz, onde a religião é oflicial,


porque é catholico? Elle vos-respunderá que é catholico porque na
igreja oatholica o-bap ti saram em criança e corno catholico o-quereru
considerar, ou então que o-é por "necessidade! civil, visto que as leis
do paiz lhe-negarn muitos dos direitos de cidadão, si elle não abraçar
ostensivamente a religião oílicial.
Não ha duvida de que por esta forma a religião não pôde ser po-
contra a religião
pular; a consciência particular e publica se-revolta
que desacredita as suas virtudes fazendo-as acompanhar pela força,
em vez de tornalas sympathicas pela vontade livre. Ao espirito e ao
coração repugna a imposição das crenças, e é por isso que a igreja
conta, no século em que vivemos e em paizes a que chamam catho-
licos, tantos e Ulo íIlustres adversários.
Nas nações, em que não ha liberdade de cultos, como acontece
em Portugal e no Brasil, a religião calholica não alcança um único
tnumpho sobre as outras religões; os sacerdotes não procuram
mostrar a excellencia de suas crenças pela pratica e pelo exemplo,
porque lhes-falta o estimulo, o qual não pôde existir sem permittir-
se o exercício da liberdade moral. Na Inglaterra porém e nos Estados-
Unidos a religião oatholica floresce de dia em dia ; as conversões
se-reproduzem de uma maneira admirável; numerosos e magníficos
templos se?ercuem ao lado das escholas eatholicas; grandes mos-
teiros se-fundam ; e o catholocismo fallando em nome de Christo
adquire, nesses grandes paizes, segundo a phraze do prelado da
diocese do Rio de Janeiro por oceasião do sermão de sua despedida
quando partiu para Roma, credito, força, vigor e gloria.
0 porque não o-disse S. Ex., mas nós vamos dizel-o aqui. E' que
na Inglaterra e nos Estados-ümdos os catholicos são cátholicos por
convicções e não porque a lei o-determina; é porque abi os cora-
as almas escolhem livremente os altares para ofíerecerem a
çõese
í)eusas suas preces; é porque no seio desses povos os sacerdotes
calholicos encontram em suas próprias virtudes os direitos do pa-
droado e a razão de ser para se-elevarem na ordem ecclesiastica ; é
finalmente a liberdade de cultos não permitte que bypocritas
porque
se-ajoelhem diante do estandarte da cruz, nem que appareçam, como
diz o padre Antônio Vieira, calholicos do credo e hereges dos man-
daraentos.
/ Naquelles paizes o catholico é catholico e o protestante é proles-
tante; aqui não se~é cousa nenhuma. Eis o que acontece quando
não ha liberdade.
1/ Sejamos, porém, alguma cousa, e para sel«o, combatamos esse
despotismo espiritual que estraga o caracter dos povos e que insulta
o nome de Deus, a razão, a natureza e a civiltsação do nosso século.
A Redacção,
fcc

O homem* seu destino e seu fim.


i

ser inteligente e sublimidade da creação, já por mcli-


O homem, irresistível-
nação, já pelas necessidades que sente, ó involuntária e
mente levado a pertencer á sociedade.
Ahi mais do em nenhuma outra parte encontra exhuberanle
que aprouve a
espaço para manifestar as nobres faculdades com que
o não aconteceria, si elle procurasse fugir do con-
Deus dotal-o, que
tacto dos outros homens, tornando-se um ser a parte.
Da necessidade imperiosa que tem o homem de encontrar alguém
o-eomprehenda, com quem possa repartir as suas alegrias, assim
que
como os seuspezares, que o-auxilie nas innumeras diííiouldades que
se-lhe-apresentam nesta vida, e a quem finalmente dedique os seus
affectos e confie os arcanos de sua alma, proveiu a sociedade, a qual
é constituída reunião de indivíduos, ligados pela natureza e
pela
pelas leis. é claro como enes,
Nascendo com os primeiros homens, que,
devera a sociedade ter sido imperfeita em sua origem e seguindo as
leis do progresso passar por successivo desenvolvimento até chegar
ao estado em que actualmente é conhecida, comquanto se-ache
ainda longe de poder attingir á perfeição, apezar do decurso de
tantos séculos.
Essa porém, não será uma utopia ; e para nos-convencermos de
tal verdade, basta considerarmos o que fui a sociedade em seu berço:
era o infante que necessitava dos cuidados indispensáveis á sua con-
versação e que ao menor vagido punha em sobresattò as pessoas
delle encarregadas, as quaes temiam alguma perturbação profunda
em seu débil organismo, donde lhe-podesse resultar a morte ; era
ainda a criança a quem se-devia pioporeionar uma alimentação, que
estivesse em relação com a sua idade e com o estado delicado de
seus órgãos afim de conservarem toda a energia e vigor.
Essa sollicitude que sempre se-lhe-dispensou não é somente pelo
dever de humanidade. Um sentimento intimo nos-diz que ella tem
irecisão de viver, porque tem uma missão a cumprir, e si assim é,
he-assisteo inquestionável direito de exigir que se lhe ministre uma
educação intellectual e moral a par do seu desenvolvimento physico,
para que em tempo opportimo mostre-se digna do papel que lhe-é
dado desempenhar.
Como a vida do homem, assim é a vida da sociedade, que vai
sem cessar caminhando, a despeito dos innumeros obstáculos, que
O capricho e a má vontade de seus membros lhe-antepõem em sua
marcha sempre ascendente.
ella governada pelas mesmas leis que regem o mundo •
Será porém
uhysieo, ou única e exclusivamente sustentada pelos esforços de seus
associados?
E' esse o ponto capital para o qual vai convergir a nossa attenção
no estudo que faz objecto deste imperfeito trabalho.
Si ó uma verdade incontestável que a harmonia é tão essencial ao
mundo physho, como ao mundo moral, é também certo que as leis
naturaes não bastara para equilibrar as oscillações da ordem moral,
como acontece na ordem physica. #
0 homem, como ser physico, é governado por leis invariáveis;
como ser inteligente elle deve dominar; e entretanto é um ser li mi-
tado, sujeito á ignorância e ao erro : e si acontece ser guiado na pra-
tica do muitos actos por sentimentos nobres e generosos, o-poderá
ser também por paixões baixas e malévolas.
üahi se-deduz, que, não sendo sufficientes as leis naturaes para
conter os homens em seus excessos ou desmandos, a necessidade
exigia, que alem de unidos pela natureza, o-fossem Cambem por
leis positivas e escriptas que, garantindo os seus direitos/d-termi-
nassem também o cumprimento rigoroso dos seusdevèrés; porque,
ao contrario, teria a sociedade de desapparecer pela falta de regula»
ridade, ordem e segurança,condições indispensáveis para a sua con-
servaçào.
Si não é a sociedade regida por princípios invariáveis ; c
portanto
si são indispensáveis para garantia de uma parte, e segurança e es-
tabilidade de outra, essas cláusulas convencionadas entre ella e os
shus membros, devemos convir que ella é obrigada a moldar-se ás
hansmittidas esses últimos, modiíicações que con-
modifirações por
stiluem o reflexo do progressivo melhoramento por elles ad jUirido
ou do estado de dissolução que lavra era seu próprio seio.
Ksludando a historia dos povos, nós vemos que a sociedade, ape-
zar das grandes e profundas revoluções porque tem passado, como
aconteceu infelizmente ha pouco na culta Fiança, sobre seus próprios
despejos reapparece repleta de vigor e vida.
Reflectindo sobre as diversas phases que ella tem suecessivamente
apresentado desde a sua origem, o espirito vacilla e procurando des- ro-
cobrir um luminoso no meio das trevas do que se-aeha
ponto
deado, termina por convencer-se de que a humanidade, por muito
tenha caminhado, tem ainda um longo estádio a percorrer para
que
que se-cumpram neste mundo os seus destinos. os uo«^
nossos
Elle uão crê, como os üraiimanes Brahtoanes e Bouddhisías,
«ouaanisiab, quo que u=>
dlestinos sejam impellidos pela pesada mão da fatalidade : pelo con-
tem intima convicção do curvam-se obedientes a
ti;rario elle quo
mmmm ^)(J mmmm

essa lei providencial que vela. incessantemente pela creação ,


já conservando-a, já procurando dirigil-a a seu verdadeiro e
legitimo fim.
E quem Dnderá hoje, mesmo por momentos, duvidar dossa aecão
benéfica exercida pela providencia sobre a marcha (Ia humanidade?
Percorrei o mundo inteiro, compulsai os ànnaes da historia e
perguntai-lhe:
Onde existem essas immensas monarchias, esses grandes impe-
rins, essas soberbas ei 'ades como Persepolis, Ninive, Babylonia e
Tyro, esses sumptuosos templos de Jerusalém e Bnlherk, essas offi-
cinas de fcidonia e outras tan as e tão bri'hantes creações do homem?
Onde se-encontra essa famosa Grécia, beiro da civilisação e do
heroísmo, pátria dos maiores historiadores, poetas, artistas, philo-
sophos e legisladores que figuraram na antigüidade e que ainda hoje
prestam relevantes serviços á humanidade, como Platão, Thales,
Pythagoras, Pherecyde, Diogenes, Sócrates, Democrito, Homero,
Aristophanes, Hnrodoto, Deraosthenes e muims outros?
Qual o destino que teve essa altiva e s dicrba Roma, que conquis-
tou e a vassalo ti quasi lodo o mundo conhecido, e á qual coube a
importante e invejável missão de preparar a humanidade para rece-
ber as sublimes doutrinas pregadas depois pelo Martyr do Golgolha?
0 que efeito de todos esses lugares qun foram outr'ora theatro de
tantas glorias e esplendor, que se-acham agora em abandono e com-
pleta solidão e em muilo dos quaes não se-encontram vestígios
desses gigantescos monumentos que attestavam os vôos do gênio e
serviram de admiração durante tantos séculos ?
Por única resposta, a historia vos-dirá—eternidade !...
E, como o viajante que atravessa os extensos desertos arenosos da
África, esgotado pela sede e pelo cansaço, só deseja encontrar o
oásis ácuj* sombra possa repousar e recuperar as forças perdidas,
curvareis submissos a fronte, repetindo com um distineto historia-
dor moderno: «Assim como os tu ulos dos homens dispertam era
nós a idéia da immortalidade d'alma e de uma outra vida, os sepul-
cros das nações e das cidades explicam o enigma do destino futuro1
da humanidade.»

Dr. C. Brancante.
(Continua).
M II
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.. miiiri- ¦¦ll.ll.. ii ..,, ¦ .,. (J| t,_;.„ Tr* « wiiam 1 ÉfcXmi '<u>i^__.

SECCÃO OFFICIAL
Actos do Sap.'. Gr/.M.\Gr/.Co'm.\
1<5 ile Dezembro de 1*?1.—Concede a beneficência de 200$O0O
viuva do lr.\ N. ex-membro da Aug.\ Loj,% Cap.\ Esperança de Ni-
ctheroy.
3 de Janeiro ale 1S¥«.—Concede a beneficência de 200$000 á viuva e
filhos do Ir.... membro da Aug.\ Loj.\ Acácia, fallecido na véspera.

LEGISLAÇÃO.

D. N o vr - Interpreta alguns Artigos da Const.\


Nós, Visconde do Rio-Branco, Gr.-. M.-. Gr.-. Com.-, da Ord.\ Mac.-, no ím=
peno do Brasil. , l(l vnc
Fazemos saber a todas as OOlT.-. da nossa jurisdicção as seguintes resoluções
do Gr.-. Or.-. tomadas em sessão de 28 do 7." mez do atino da V.-. L.-. *w\
(18 de Outubro de 1871 E.-.V.-.) „ n ,.rt
1." Os Memb . HHoii.-. das LLoj.. podem tomar parte nas votações, quando
se-tralar de iniciações e filiações. . . ~
. tuaçao
2 a A admissão* de Membros Honorários não os-obriga a jóia ou qu<
alguma, emquanto gozarem da li /nurariedade.
3.a Nas tdeicões das Lojas nào havendo maioria absoluta, não tomarão pane no
segundo escrutínio os OObiv. que no primeiro forem os mais votados.
— 5(i —

D. N.° 6— Determina o processo a seguir-se


nas elevações aos três últimos graus.
Nós, Visconde do Rio-Brànco, Sob.-. Gr.-. Com.*. do Supr.-. Cone.-,, no seio
do 6r.\ Qr.\ dr- Brasil
Fazemos saber a iodas as OOUV. EEsc. da nossa junsdieçâo, as seguintes re-
soluções do Mt0. Pod/. Supr/. Cone.-, tomadas em a^sembléa de t\ de Dezembro
de 1871 È/. V.- , ficando dependente o Art. 5.° da sancgâodo Sap.-. Gr.-. Or.%
1.» As elevações ao gr.* de Sob/. Gr.*. Insp \ Gor/. \YÒ \ deverão ser con-
cedidas aos MMaç \ coitados e eneartados no gr/, de Subi.*. Príncipe do Ileal
Segredo (32/.), de recnnhtcida intelligeqcia, posição social e que tiverem [ires-
lado relevantes serviços ao Rito, ou á Ordem, depois de ouvida a Com/, espeçfal
do W°. Pod.\ Supr/ C»»nc.\, discutido o respectivo parecer em duas ses>õe| c
votado por escrutínio secreto.
2.a As propostas paia elevação aos graus de Subi/. Príncipe do lleal Se-
gveilo (S2.\), e Gr/. Insp/. Inq/. è Com/. (31/.), deverão ser sujeitas ao pa-
recer da Com/, especial e depois de discutidas, serão votadas por escrutínio
secreto
3/ As propostas para Membros Honorários do Ml°. Pod/. Supr/. Cone/, não
poderão seracceitas sem que estejam assignadas por cinco de seus Membros effe-
ctivos; e depois de ouvida a Com.', esp.v serão discutidas e votadas por esceu-
linio secreto.
, A.a Só poderão ser propostos para Membros efféctivos e honorários do Míô.
Pod/. Supr/. Cone.-. osSSob.\ G:3r/. JInsp/. GGer/. 33/. que reunirem as
qualidades mencionadas na cláusula da 1/ resolução.
5.a O numero dos membros honorários do Mlü. Pod/. Supr.-. Cone/., fica li-
irritado a 33.
6 a Os Membros extranumerarios só poderão ler exercício provisório no M10,
Pod/. Supr/. Cone/., quando elle julgar urgente esta medida, precedida a ne-
cessaria designação.

D. N.° 1— Determina as obrigações do Gr/.


Thez.\Ger.\ int,\ ck Ord/. r* li ttilrl •

Nós Visconde de Rio-Branco, Gr.-. M.\ Gr.*. Com.-, da Ord.*. Maç.\ no Im-
perio do Brasil.
Fazemos saber a todas as OIT.', da nossa jurisdiecão as seguintes resoluções
do Gr. . Oiv. tomadas em sessão do Io do 10° raez do anno da V.-. L.\ 5874
(21 de Dezembro de 1871).
!.« Os melaes pertencentes ao Gr.*. Cofre geral existentes em poder do Gr.\
Thez.'-. Ge.r.v ínt.*. da Ord.-., serão recolhidos a um estabelecimento de credito
em conta corrente, a contar de 31 de Janeiro próximo futuro, deduzidas as des»
pezas ate então feitas.
2.aO mesmo praticará o Gtv. Thez.*. Ger.*„ int.\ da Ord.\ dessa data em
diante no lim de todos os mezes em ielação aos saldos das quantias recebidas.
3." Dos riMàès depositados quantia alguma poderá ser levantada, senão por
meio de cheques assignados pelu Gr.\ M.-., Gr.*. Secret.*. Ger.*. e Gr.*. Thez e a
ou quem legalmente os-sübstituir.

*#:
*• m*

ft.» sempre que tor occuparjo por Adjunctos qualquer dos cargos mencionados
oa resolução 3«, a Gr.-. Seçret.% Geiv. ofliciará ao estabelecimento de credito,
commumeando a mudança.
5.» Pertence ao Gr.-. M.\, Gr.-, Secret.-. e Gr.-. Thez.-. a designação do esta-
belecimenlo de credito que mais garantias olfrrecer.

D, N.° 8-— Revoga o decreto de 22 de Novembro


de 1866, E.\ V.\
Nós Visconde do Rio-Branco, Gr.-. M.-. Gr.-. Com.-, da Ordem Alar,,-, no lm-
perio do Brasil. k
Fazemos saber a todas as OOff.-. da nossa jurisdicçao que o Gr.-. Or.-. em sua
sessão do r dia do 10° mez do anno da V.-. L.\ 5871 (21 de Dezembro de 1871)
considerou, por unia consulta dirigida pelo Gr.-. Cap.\ Geiv. dos Ritos Azues,
que o decreto de 22 de Novembro de 1866, sendo uma decisão para um caso
especial e encontrando eorrectivo na parte penal da Legislação vigente os crimes
previstos nos AArts.-. nelle mencionados, nao devia actualmentc ter applicaçao .
alguma, pelo que tomou a seguinte resolução:
AH.-, único. Fica revogado o decreto de 22 de Novembro de 1866, !•;.-. V.-.

D. N. 9—Approva as resoluções propostas pela


Com.\ de Cor.-, estr.*.
- Nós, Visconde do Rio-Branco, Gr.-. Al.-. Gr.-. Com.-, da Ord.\ Mac.-, no lm-
perio do Brasil.
Fazemos saber a todas as OOfi'.'. da nossa jurisdicçao, que o Gr.-. Or.*. em sua
sessão do Io do 10" mez do anno da V.\ L.\ 587Í (21 de Dezembro de 1871
|.\ V.-,) approvou unanimemente as seguintes resoluções propostas pela Com.-,
de Cor.-. Estr.-.
l.a O Gr.-. Or.-. resolve adherir na próxima sessão annual do Supiv. Cone.\
de Charleston, que celebrar-se-ha no mez de Maio, aos artigos de convenção e
pacto, relativos á formação e reconhecimento dos Suppiv. CConc.-. do Gr. \ 33/.
propostos pelo Sob.- Gr.-. Com. . Albert Páe.
., 2 a O Gr.-. Or.'. resolve reconhecer como Jogai e legitimo o Supiv. Cone.9, do
Chile e manter relações com esse Corpo por meio de correspondência fraternal e
de troca de Representantes de Amizade.
3.» O Gr.«. Or.-. resolve, que a Com.-, de Cor.-. Estr.*. sollicite do Gr.-. Or.-.
c Supiv. Cone.-, do Paraguay informações minuciosas sobre a legalidade e legv
imidade desse Corpo para deliberar sobre o seu reconhecimento,
— 58 —

O nosso Gar.% e lll/. Ir.•.Sob.-. Gr.f. [iisp/.Gei\\33.\ Dr. Alexandrino


Freire do Amaral, Gr.\ Scciv. (ier.\ <laOrd.(. e do S10. Império, é encarregado
da promulgação e publicaçfio das resoluções supra mencionadas.
Dado e traçado no Gr.-. Or.-. do Brasil, ao Vai.-, do Lavradio, no Rio de Ja-
neiro, no Io dia do 10°mez doanno da V.\ L.\ 5871 (21 de Dezembro de 1871.
E.\ V.\)
Visconde do Rio*Branco. 33.\
Gr.-. W/. Gr.*. Com/.
Dr. Alexandrino Freire do Amaral, 33.*.
Gr.*. Secret/. Ger/. daOrd/.

Extracto das sessões do Gr,\ Oriente


Sessão extraordinária n. 688 de 18 de Outubro de 1891.

PRESIDÊNCIA DORESIW IR/. Io GR.*. VIG.\ ANTÔNIO CARLOS CEZAR DE MELLO


E ANDRADA.

Estando presente 73 membros, foi aberta a sessão, lida e approvada a acla da


sessão de 30 de Setembro.
Expediente.—Ficou o Gr/. Or.*. inteirado da communicação da Com.-, de
Cor/, estr/. de ter respondido convenientemente a diversas pranchas remetti-
das pelos Corpos do Uruguay, Peru, Portugal ê Luisiana.
Foi approvado o regulamento do Boletim Oficial, apresentado pela Com.-, de
íedacçao.
Resolveu o Gr.-. Or.-. mandar entregar á Com.-, encarregada de promover a
festa maçoniea em commemoracão da lei sobre a emancipação do elemento servil
a quantia de 1:7768000 existente no Gr.-. Cofre e offerecida por algumas LLoj.-.
em differentes épochas para diversas emergências, afim de que fosse apolicada em
manumissões de escravos.
Foram approvados diversos pareceres da Com.-. Centiv. sobre, interpretarão
de disposições legislativas.
Foi julgado improcedente o protesto contra o acto eleitoral a que procedera o
Gr.-. Cap.-. Geiv. dos Ritos Azues.

Sessão ordinária u. «*:* de Si de Dezembro de 18*1.


PRESIDÊNCIA DO SAP.-. GR.'. M.\ ADJ.V. BARÃO DF. ANGRA.
./".¦¦¦"'.¦-'-- \ ;'.. .'¦' ¦.'¦'..

Estando presentes 77 membros, foi aberta a sessão, lida e approvada a acta


da sessão de 18 de Outubro.
Expediente.--Ficou o Gr.-. Or.-. inteirado da communicação da Com.-, de
Cor.-, estr.-. de ter respondido convenientemente a diversas
pranchas remeltidas
59
dG Charlest0D1 lnelateri*> Chile, Uruguay, Peru c
Goo°daíÍ!rPOS pelo 111/. uv. a.
°V'" re8.°lyeU (/nnce(ler a P^sao mensal de 30$000 a-D. N.... viuva
*£?!*'* C ' a 12$00° a qUC percèbe ° menor iN- • •' íilh0
do Ir'.-'. N.'.''. nm
.Foram tomadas diversas resoluções que constam dos decretos
já publicados.

Extracto das sessões do M.10 Pod.-. Suprv. Cone.-, do


Gr.-. 33.*. do Rito Eseos.-.
Isseuibléu «le 4 «le Dezembro «le 18*1

PRESIDÊNCIA DO ILL.\ IR.'. PEREIRA CORUJA.

Presentes sete membros eflectivos e dous honorários, foi aberta a sessão, lida
e approvada a acla da sessão antecedente.
O Supr»-. Cone.-, sanecionou a mstallàção ordenada pela Gr.-. Loj.-. Central
aa nova Loj.-. — Estrella do Occidente- ao Or. . de Cuyabá, na
província de
Mdito-orosso e nomeou para Presidente da respectiva Com.-, regularisadora o
!*'.•'; /?''* Teneüte-Coronel Dr. Francisco José Cardoso Júnior, Membro
eneclivo do Cone.-., residente actualraente naquella
- O Supr.v Cone. conferiu os seguintes província.
Alves da Costa Braneante, Yen.-, da Loj.-. grátis philosophicos: 33.-. Dr. Manoel
Dezoito
• ose da Silva Sarmento Júnior, membro daOfiV. Perfeita de Julho; 31.\ Antônio
.ose de Campos, da União e Beneficência, ao Or.-. de MamanguapeAmizade; Francisco
Jesus Pereira, da Fraternidade, ao Or.-. de Santos. ; Joaquim de
Foram também elevados ao gr.-. 30.-. vários OObiv. de differentesLLoj.-. do
Circulo J
O Supr.-. Cone. finalmente approvou o parecer da sua Com.-, esoecial em
reierencia a propostas para Membros Honorários e a elevações aos três últimos
graus philosophicos (D. n. 6.)

Assembléa extraordinária «le SO de Dezembro de 1871

PRESIDÊNCIA DO LOG.\ TEN.\ COM.'. BARÃO DE ANGRA.

Presentes sete membros eflectivos e três honorários, foi aberta a sessão, lida
e approvada a acta da sessão antecedente.
O Sup.-. Cone.-, sanecionou a installação ordenada pela Gr.-. Loj.\ Central da
nova Loj.-.-Perseverança—, aoOr.-. de Ouro-Preto,na província de Minas Geraes
e nomeou para Presidente da respectiva Com.-, regularisadora o 111.-. Ir.-. 31.\
João Antônio da Silva, Yeu.\ da Loj.-. União Democrata, uu mesmo Or.-. e
província, c do Sub.\ Cap.-. Regeneração ao Or.-. do Recife, expedindo as con-
vementes ordens para a sua reguJarisaçâo.
— 60 —

Grande Loja Central.


Sessão i». «04, de 14 «Ic novembro de 18?1.
PRESIDÊNCIA DO ILL.\ IR/. 33/. DR. SILVA NAZARBTH.

Tendo comparecido 76 membros, foi aberta a sessão, lida o. approvada a acta


da sessão n. 203.
A Gr.-. Loj/. Central approvou as eleições geraespara o futuro anuo de 5872
das AAug.-. LLoj.-. Confraternidade Beneficente, ao Or.\ de Cantagallo, Artista,
ao Or.-. de Pelotas e União Democrata, ao Oiv. de Ouro Prelo e a dos SSub!.'.
CCap.-. Confraternidade Beneficente, ao Vai.-, de Cantagallo e Fraternidade, ao
Vai.-, de Santos. Concedeu a installação, filiação e regularisação da Loj.-. Prov.\
Estrella do Occidente, dependendo da saneção do M'°. Pod.*. Sup.\ Cone. e
regeitou a sollicitaçào para o mesmo fim da Loj.-. provisória ltacolomy. ao Or/.
de Ouro Preto, por sua .Ilegalidade. Sanccionou a elevação ao grau de Cav.\
R.\ f.\ de vários membros de dilíerentes LLoj.*. escossezas, graus conferidos
pelos respectivos CCap/.

Sessão ii. $05, de 11 de BejBeiiiliro de §H7i.

PRESIDÊNCIA DO RES1V. IR/. 33/. ANTÔNIO CARLOS.

Presentes 39 membros, íoi aberta a sessão, lida e approvada a acta da sessão


n. 20/i.
A Gr/. Loj/. Central sanceionou algumas elevações ao gr/, de C.\ R.*. f/y,
approvou as eleições geraes para o futuro anno de 5872 das AAug.'. LLoj/.
Acácia Rio-Grandense, ao Or/. do Rio-Grande do Sul, Virtude e Bondade ao
Or/. de Maceió, Cosmopolila, ao Or.-. de Belém, Regeneração ao Or/. do Re-
eife, Luz e Ordem, ao Or.*. de Porlo-Alegre e Vinte e um de Março ao Or/. do
Natal e dos SSubl/. CCap/. Luz e Ordem e Cosmopolita; e concedeu a installação,
filiação e regularisação da Loj/. provv. Perseverança e Gap.-, Regeneração, de-
pendendo de saneçao do Ml°; Pod/. Sup.% Cone;

$/. Gap.*. Ger/. dos Ritos Azues.


-, i

Sessa© li. 196> de *! de Novembro de 18VI.

Estando presentes ZjO membros, foi aberta a sessão, lida e approvada a aeta da
sessão anterior, sob a presidência do R.\ Ir \ Pedro Antônio Gomes.
Prestaram juramento e tomaram assento os BR.-. Hr.n Dr. Silva Nazareth,
como Arth.\ do Subi.-. Cap.v Imparcialidade e Francisco José Barbosa Velho,
como Ven/. da Aug.\ Loj/. Luz Brasileira.
O Ir.-. Pedro Antônio Gomes passou a presidência ao Ir.-. I)r. Silva iVàzaretli.
O Gr.-. Cap.-. approvou as eleições geraes para o anno de 5872 das BResp.-.
LLoj.v Confraternidade Penedense, ao Or.-. do Penedo, na província das Ala-
Kl

Or.-. de Belém, na província do Pará. Sanccionou a elevação


gòas e Harmonia, ao •{-/.
ao grá u de C.\ R.\ de vários membros de dilTerentes LLoj/. francezas, graus
conferidos pelos respectivos CCap.% Resolveu finalmente que oSap.\ norm-asse
uma Com/, afim de sollicitâr da lllrn.-. Com.-, de Symb.'. a retirada de sua de-
missão.

Sessão n. 9.W, de Ti d<- Dezembro de 1*71.


PRESIDÊNCIA 1)0 [LL.\ IR/. DR. FREIRE DO AMARAL.

listando presentes 3ft membros, foi aberta a sessão, lida e approvada a acta
da ses>ao anterior.
O Gr/. Gap/, approvou as eleições para o anno de 5872 do Sul)/. l,ap.\ liar-
monda, ao Vai.-, de Betem, na província do Pará, elevou ao gr.-, de C.\em R,\ f.*.
virtude
vários membros da Aug.\ Loj \ Igualdade e Beneficência e resolveu,
•. de Symbolos a
de uma exposição feita pelo Ir:-. Presidente, convidar a Com.
comparecer a uma Loj.-., ao Or.-. do Poder Central, afim de julgar e resolver
sobre as oceurrencias une nella tem havido. t
Por delegarão do Gr.-. Cap.-, o Ir.-. Presidente preencheu as seguintes vagas;
a iic Io Exp.v, nomeando o Resp.\ ir.-. Gonsalves Bouças, e a de de membro da
Com1.*, de Beneficência, designando o III.-. Ir.-. Manoel Joaquim Oliveira.

SECCÃO DE CORRESPONDÊNCIA.
Ao M> 111.- Ir. -. »r. Alexandrino Freire do Amaral, Vai.-,M.*.,
Gr.-. Sccr.-. do Gr.-, ©r.\ e Sup.. Cone. . do Brazil, ao
d» Lavradio, Rio de Janeiro.

íSew-York, ±2 de Novembro de 1871.


líROADWAYN" 14*2.
Car. . e Voà.\ Ir.-.
Recebi hoje as vossas estimadas cartas de 18 e 25 de Setembro
108 e 118), a copia de vossa carta de 12 de Maio (n° 35), e
(ns.
igualmente vinte exemplares do quadro geral e as circulares ende-
roçadas ás GGr.\ Lojas dos Estados-Unidos. •, Corpo em re-
E' summamente louvável a resolução do vosso Gr.
íerencia ao espúrio Sup.*. Cone. da Luiziana, o que agradeço em
nome do nosso Sup.\ Cone.-..
À sessão annual do nosso Sup.-. Cone. celebrada em Boston toi
encerrada a 17 do corrente depois de cinco dias de trabalho.
Tratou-se de negócios importantes, cujas minudencias serão
brevemente publicadas nas Deliberações do nosso Gr.-. Corpo (pro-
ceedings) sendo nellas transcriptas as vossas resoluções do 25 «;le
Setembro.
Brevemente vos-enviarei os exemplares dos Hituaes, que teriaos
adoptado para as LLoj.\ de Perfeição (14° gr.-.) CConc. de Primv.
de Jerusalém (15° e l(i° ggr.\) e CCáp..\ de R.\ f.-. (17° e
18°ggr.\)
Apraz-me saber que trata-se de concluir a união com os Btiucdi-
ctinos, o que será ura beneficio geral para nossa Ord.\ ; espero pois
ler em breve o prazer de vel-a realizada.
O Gr.*. Secret.\ do Sup.-. Cone/, de acaba de iiifor-
mar-me, que o seu Gr.-. Corpo em sua primeira sessão tratará de
reconhecer-vos.
Pelo primeiro paquete dar-vos-hei mais algumas informações que
presentemente não posso ministrar-vos por falta de tempo.

Sou fraternalmente vosso etc.


' . ' '¦.'¦¦
¦¦.¦ . ¦ ¦¦ .-'" ; ..'¦¦.'-' '..¦-¦'' :¦¦'¦ ¦'..:'¦'¦'•, '"-'¦¦:'¦.'¦¦ 1
:

(Assignado) A, G. Goodall, 33.-. Gr.'. Rèpí'.

BULLETIN.POUR I/ETRANGER.

Le deuxiòme numero du Bulletin commencé par um article im-


portant sur Ia tolérance réligieuse, qui exprime en resume sur ce
sujet Popioion de Ia Com.-, de rédaction, laquelle cherche à inter-
préter frdèlement les intentions de Ia Franc-Maçonnerie brézilienne.
UEtat qui possède une réligion dominante offense Ia liberte de Ia
conscience, en produisant l'affaiblissement de Ia foi et les
conséquences qui en resultem pour Ia morale et le bonheur des graves
peuples.
Les annales historiques déraontrent en toute évidence de
1'union de Ia réligion avec 1'état ressort 1'intolérance, que
qui a icondé
Ia terre de torrents de sang. Le siècle Xll se rendit notable Ia
par
guerre de Ia réligion contre les héretiques. Malgré Ia réligion domi-
nante quM y avait au siècle de Louis XIV, Pédit de Nantes ?arau-
tissait Ia tolérance civile aux divers cultes qui étaient
professes.
L'ultramontanisme de ce roi a été bientôt Ia cause des scèies
terrassaient l'humanité. La liberte individuelle a été banwe et qui Ia
/
/

/
róvocation de lY-dil de Nantes lit apparaitre Ia plus cruclle persécu-
tion contre les protestants.
La réligi' n es! exercée sans contrainte dans les pays de TAméri-
que septentricnnle. On trouve aux codes des Etats-ünis des résolu-
tions avantage afies h Pappui de Ia liberte réligieuse. Cest par cela
que nos Fr.*, atpéricains sont vraimenl catholiques ou protestants,
quand ils embr.issent Ia réligion qui plait ã leur conscience.
La Franc-Ma«on.\ a aidé beaucoup au succès de Ia réaction en-
gendrée contra 1'intolérance, en combattant le fanatismo et les pré-
jugés contraire.15 à Ia liberte.
La réligion suivie par Ia plupart des peuples modernes s'est pro-
jagée par Ia tolérance et inistoire estFennemie Ia plusacharnée de
a restriction rdligieuse.
On observe ;m Brésil une grande irregularité dans Pétablissement
des culles, et l.i restriction en faveur d'une réligion, en outre de faire
éclore Pindifférence et le scepticisme, est aussi opposée à Ia coloni-
sation, qui es't Ia source de ia prosperité du pays.
«|1 y a longtemps que le droit ne se confond plus avec Ia morale,
etía scionce é dejà fixe Ia sphère des pouvoirs spiritael et tem porei.
Ilfaut dono que Ia politique aecompagne le progrès ou soit obligée
de 1'accepter par Ia raison et Pexeraple des peuples civilisés.
Un secoii-il articlo a pour objet Pétude de Phomme et de sa des-
tinée dans ia societé. Cest encore Ia base qui será ensuite deve-
loppée et (iiscutée avec soin par 1'auteur, lequel en philosophe se
donne ã Pétude des hautes questions sociales.
La secüon officielle du Bulletin contient des divers décrets du
Gr.*. Orieut, Pextraitdessessions desHauts Ateliers et les nouvelles
internes, patmi lesquellcs nous consacrons une page de deuil à Ia
mémoire de FIll.*. Fr*. 33 . Ricardo Maciel Azamor, membre
effectif da Suprême Cònseil du Rite écossaís et Grand Orateur du
Gr.*. Chapitre General des Rites Bleus. II a été toujours un soutien
zélé do notre Ordre et défendait avec une ferveur infatigable les
droits de Ia veuve et de 1'orphelin délaissé.
Nos rapports avec les Puissances maçonniques sont des plus flat-
teurs. En soutenant toujours une correspondance fraternelle, le
Corps du Lavradio étudie les questions qui lui sont soumises et
cherche à les rásoudre avec justice et vérité.
Le Grand Orient, à Ia quatrième session de 1'année dernière, cé-
lébrée le 21 décembre, a pris Ia résolution de donnrr son adhésion
aux artides de convention proposés par 1'illustré Souv.*. Gr.'.
Com.*, du Suprême Cônsul de Charleston, Albert Pike, lesquels se
rapportent à Ia reconnaissane des Suprômes Conseils du Rite
écossais. Ila delibere aussi d'établir des rapports d'amitié avec le
Sup.\ Cons.\ du Chili et de s^informer sur Ia lógitimitc du nouveau
1

ÍU

• *. Cons.'. de Ia republique du Farafíuay, qui en


Gr Or et Sup.\
nous analysons jóia áe 10 dre dans
Dans Ia Revue étrangère Ia suppression de Ia
quelques pays et parmi d'aulres qnestions,
Grande Maítrise par le Gr.-. Orient de branee.a Ia ^,buppression _ de
La conduite de cette Puissance maç.onnique
Maítrise, en toujours des mesures inconseqüentes
Ia Grande prenanl
a Taven.r d une nouvèlle iraposiUon
être de Ia crainte qu'ello pour
dans sou administration suprême : ainsi donc Ia
du gouvernement le Grand Maitre au
transférence des pouvoirs possédés jusqu'ici par
dePOrdre ne resulte pas des príncipes radicaux
Président du Conseil maçon-
dont l'assoeiation, connue comme
et ultra démocratiques
nique seuleinent par le nom, cherche a se glormer. (
¦:' '

Janvier, 1872. \ „
¦¦:'¦' >

-
',
<4" *'

—-• """gfr'"*. .-,

SECCÃO NOTICIOSA.
NOTICIÁRIO ESTRAIVOKIJFÍO

Onmíe de França.-As relações entre as Lojas da obe-


fifc.i o tempo cala-
dienciae o Grande Oriente, interrompidas durante
a França, se-restabeleceram, as OUny. tone-
mitoso por que passou Oriento se-re,
cionam regularmente e a Àssembléa Geral do Gr.-.
uniu em 4 de Setembro do anno pretérito.
maçonieo exce-
As questões sujeitas ás deliberações desse Corpo
em matéria de innovações e suecessivas reformas, tinham uma
pcional Tratava-se de manter
importância capital pare os Maçons francezes.
ousupprimiroGr.'. Mestrado e de estabelecer por um inquérito
minucioso e severo o procedimento dos Maçons allemans durante
a ultima guerra, quer para com as Lojas dos departamentos invadi-
dos quer para com os prisioneiros conduzidos para a Allemanha.
á do Gr.-. Mestrado, diz o redactor do Monde
Quanto questão
maçonnique, a Assembléa a-decidiu definitivamente por conside-
ravel maioria : a Maç.\ íranceza, pôde boje ser citada como o mo-
delo das sociedades verdadeiramente democráticas. O illustre col-
lega devia acerescentar : o Gr.'. Or \ de França trabalha para trans-
fo°rmar radicalmente a Inst.'., sem consultar e respeitar as opiniões
das outras Potências, de contradiceão em contradiceão até
partindo
* '¦>£
y3£*i i:$%. 5 ¦'
-' ' -

¦ ¦>-.:'.;i:;: ¦:>-
— 65 _

talvez chegat ao ponto de mudar a designação da sua associação,


que tudo será, menos Franc-Maç.'.
As attribuições do Gr.-. M.'. pertencem actualmente a uma
Com.-, de 33 membros, que tem o nome de Concelho da Ordem,
sob a direcção de um Presidente.
A questão alleman foi adiada para ser dada para ordem do dia n%
Assembléa Geral do presente anuo.
Itália.—-Em fevereiro do anno passado ajustou se no valle de Tu-
rim (Pó) uma convenção entre os seguintes Corpos do rito escossez
tia Itália : o Sup.\ Cone. de Turim, a secção de Nápoles, repre-
sentando a fracção das províncias meridionaese a de Palermo, frac-
cão das províncias Sicilianase constituíram o Grr.Or.-. Ilalianoi
legal, sendo eleito Gr.-. Comm.\ o 111.-. Ir.-. G. de Milbitz até a es-
colha definitiva do Gr. -. M.*., que se-effecluará em Roma. Consta-nos
que esse accordo foi sanecionado pelo Sup.'. Cone. de Boston.
México.— Appareceu á luz no anno de 1870 no México um novo
jornal maçonico com o titulo de Tolerância. Conforme o seu program-
ma,elle se-propõe a examinar os princípios da Instituição, apoiando-
se sobre a moral e a philosophia,procurando convencer e não subju-
gar as consciências. O seu titulo não será um termo vão : elle tolerará
todas as opiniões e respeitará todos os princípios por mais errôneos
que lhe-pareçam ; e quando pot estes meios a verdade for substituída
ao erro, a razão ao fanatismo, o espirito de verdadeira fraternidade
ás más paixões, então terá preenchido a sua missão elevada.
O Gr.\ Or.'. Nacional Mexicano supprimiu a antiga formula
universal da Maç •'. «A Gl\ do Gr.-. Arei.-, do Un.\» pela sh-
«Ao triumpho da verdade e ao progresso de gênero humano,
guinte-
—überdadejgualdade,Fraternidade—.«Supprimindo a.formula que
encerra em si a aítirmação do Gr.-. Arch.-. do Un.\,a Maç.-. mexi-
cana em seu rito especial, (visto como para operarem-se estas mu-
danças nos outros ritos, que também o México reconhece, seria ne-
cessado um congresso maçonico) não repelle a crença, mas não
a-exige, deixando neste ponto, como sobretudos os outros, liber-
dade completa a seus membros. ,m,v. . ,. . . , .
Um outro documento, exarado na Tolerância, e relativo a pena
de morte. O rito nacional mexicano adopta e sustenta o principio
da inviolabilidade da vida humana. ••'••;¦£">¦¦>
O rito nacional conta no México 32 Lojas Symbohcas e 4 Grandes
Loias e o rito escossez 24 Lojas symbohcas,, 5 Capítulos, 3 Grandes
Io' as de Estado e 4 Grandes'OOüV. do 30° ao Ü3° grau.
Confederação Argentina-- Publica-se também em Buenos-Ayres
uma nova Revista maconica: La Colmena, resumindo os seus prm-
aspirações wk~ Liberdade, Igualdade, e Fraternidade-,
Ifpioè e
6a

NOTICIÁRIO mTTEÍttVO

E' um dever sagrado honrar a memória dos mortos, princi-


palmente quando aquelle, cuja perda pranteámos, possuía
títulos inauferiveis ao nosso reconhecimento, quando o grito
de dôr e de saudade pelo passamento de um Ir.*, parte do
coração de iodos os Maçons, que tantas esperanças deposita-
vam no lidador incansável em prol dos direitos do opprimido
e do d es valido.
0 orador descança á sombra de sua gloria, o do
desventurado está mudo: a mào que protegia, inerte e protector
o pai e o esposo deixam vasios o seu logar no lar doméstico. gelada:
Ricardo Maciel Azamor já não existe !
O Gr.\ Orad.\ da Gr.*. Loj.\ Central de 1865 a 1870 e o
Gr,\ Orad.\ do Gr.*. Cap.\ Ger.*. dos Ritos Azueseleito
o qumquenmo de 70 a 75, cuja voz eloqüente e para
ainda persuasiva
echoar no recinto augusto, theatro de suas glorias
parece
obtidas na obscundade maçonica, sem arte nem ostentarão
cortou os liames de sua existência, evitar os tormentos
para
que assaltavam a sua alma. A fatalidade impelliu o espirito,
fatigado de tantas luctas, a lançar mão da.arma
já do desespero
'«a fixa, o seu jaizo tresvario»?se o
SS| íor f»

n'Ída. P°r U>Í0S 0S que "teciam,


úa
ziui SLSSSSÍ1
consternação geral, porque grande produ-
dedicada ao engrandecimento e golpe de sua vida foi
posperidade de nossa Ordem
67

:«MH0BBb1b«MIMHb1 MKÊT*
Durante treze annos encontrámos sempre o nome de Azamor
nos fastos do Circulo do Lavradio. Em 1858 filiou ao nosso
Oriente a Loj.\ Estrella do Rio, oriunda do chamado Circulo
do Passeio, sendo delia Ven.\ nos annos 58 e 59. Installou as
OOífic.-. Acácia, Amizade Fraternal e Vigilância nos annos
de 66, 68 e 69. Foi Ven.\ da Loj.\ Amizade Fraternal em 66
e Ath.\ do seu Cap.\ em 68, da Vigilância em 69 eSecr.-. do
seuCap.*. no mesmo atino.
0 Mt0 Pod.\ Sup.\ Conc.\ eonferiu-lhe os graus 3l.\ e
32.'. em 59 e o 33.*. em 65, dando-lhe era 69 o titulo de seu
Membro Honorário e finalmente o-incluindo na lista tríplice
para preencher uma das vagas de membro etTectivo, sendo es-
colhido peloSap.'. Gr/. Mest.\ do anno pretérito.
Filiando Livre das OOff. . Vigilância e Alliança, membro
activo da Acácia, Dep.'. da Vinte ura de Março, ao 0r.\ do
Natal, figurava no quadro dos membros honorários de grande
parte das Lojas do Gr.-. Poder Central.
Dotado pela providencia de talento não vulgar e de grande
atilamento na concepção dos mais árduos problemas da vida
social, elle honrava os logares que a eleição do povo maçonico
lhe-confiava e estaria apto para conquistar uma posição emi-
nente na sociedade, si a pobreza, na qual elle sempre orgu-
lhava-se de ter nascido,não lhe-houvesse recusado os meios de
cultivar a sua intelligencia. A sua palavra era atenciosamente
ouvida eas suas idéias acolhidas comenthusiasmo, porque elle
possuía o dom de electrisar as massas.
« A voz do humilde operário do Templo da Caridade, que
sempre foi ouvida em prol dos infelizes, não mais se-erguerá:
é chegada a vez de pedir também, não para mim, mas para a
minha pobro viuva e os meus filhos.»
Foram as suas ultimas phrases, escriptas com toda a firmeza
do homem que reflectia e tinha em Unha de conta a estima
na véspera de recorrer ao suicídio, como a um meio
publica,
de finalisar as suas profundas magoas !
Respeitemos o sudario da morte: não examinemos si o seu
acto foi ou não resullado de fraqueza ou vesania de espirito e
ser as nossas convicções a tal respeito,
quaesquer que possam
não é opportuna a oceasião para manifestal-as.
Pranteemos o Irmão, honremos as suas cinzas e imploremos
da saneta religião o auxilio em favor do eterno descanso de
sua alma.
Como todo o hornem, possuía defeitos; mas esses eram con-
68

1,rabHla'neados pela amenidade do snu trato b pela pureza de


suas intenções.
Não precisam de solemne epilaphio as cinzas do apóstolo
da caridade s dispensam descripção os seus triumphos na car-
reira! maçonica: apenas quizemos ligeiramenle percorrer Os
serviços por elle prestados á Ord \, para darmos uma do-
monstração dos nossos sentimentos. Paz á sua memória.

A.F.A.

Eleições.—Às Lojas da jurisdiceão do Grande Oriente tô'n pela


ór parte procedido na epocha determinada por lei com toda a re-
gúlaridade ás eleições dos 00ff.\ e DDig.1. que hão-de funccionar
no presente anno maçonico. Trabalham actualmente no edifício
cbmmum 33 Oílicinas, sendo 21 do rito escossez, il do rito francez
e 1 do adonhiramita. As distantes do Gr. . Poder Central são ao lodo
45, distribuídas pelas províncias do seguinte modo: 2 no Pará, 3 no
Maranhão, 1 no Ceará, 1 no Rio-Grande do Norte, 1 na Parahyba,
Í em Pernambuco, 4 nas Alagoas, 4 na Bahia, 7 no Rio de Janeiro,
â em S. Paulo, % em Minas-Geraes, 1 em Ma Uo- Grosso, 2 em S. Ca-
tharina, e 8 no Rio-Grande do Sul. Des&ã relação excluímos duas
Lojas adormecidas, uma em Matto-Grosso e outra em S. Paulo, o
Asylo da Razão e a IHratininga. Possúe pois o Grande Oriente ehi
plena actividade de trabalhos 78 Lojas; sendo 57 do rito escossez,
15 do rito francez, 5 do adhoniramila e 1 do de York. Daremos
proximamente em um quadro a designação dos Presidentes, Depn-
tados,. Representantes o Secretários das Lojas e Capítulos cujas elei-
ções forem approvadas polas Altas Officinas.
Loj.\ Dezoito de Julho. — Esta Resp.\ Ml:, ensaiou no ,mno
pretérito em suas sessões econômicas algumas discussões sobre
pontos phiiosiphicos em relação coma Maç.\,as quaes, induzindo
os seus membros a applicarem se ao estudo de nossos mysterios,
foram adquirindo cada vez mais animação, constituindo depois a
principal ordem do dia dos seus trabalhos, que são nessas occ#
siões franqueados aos obreiros das outras Lojas. Fazemos votos
para que ella não esmoreça em tão louvável intuito •- com taes es-
forços consegue-se robustecer a tempera do espirito em listas leal-
mente travadas
"faísca e do embate das armas da intelligencia é do estudo
sempre m scentelhas de saber e de scieneia, incentivo muito
mais nobre sem dúvida do que as discussões
pessoaes e mesquinhas
que apenas concorrem para que o gelo da descrença e do desanimo
invada o coração dos verdadeiros Filhos da Viuva.
Loj.' Amor ao Trabalho.—Esta Aug.-. OfT.-., que conta apenas
um anno de existência, tem sabido eomprehender e executar os
sanctos principio de nossa Associaçâo.auxiliandonàosóaquelles que
ás suas fileiras, corno ainda acüdindo a e% *
pertencem pressurosa
tender o manto da protecção sobre os infelizes, sem ser pi eciso que
a indigencia venha bater á porta do seu Templo. Essa bella prati-
ca, tanto mais digna de louvor, quanto o curto período em que olla
funcciona não permitte que os seus cofres estejam em estado lison-
geiro, acaba ha pouco de ser realizada, quolisando-se espontânea-
mente todos os operários com o fim de allivíarem o infortúnio da
desventurada família do membro honorário do seu quadro, o infeliz
Ir.\, cuja recente perda Q geralmente deplorada pelo Cin;plo, a
qual já tinha sido também succorrida pela verba especial do Sa-jí/.
Gr.-. Mest -.. Registrámos com prazer actos similhantes, nos quaes
consta-nos que o ,4roor ao Trabalho foi acompanhado pelas
RResp.\ LLoj/, Acácia e Vigilância.
Loj.-. Estrala do Norte. Na sessão de 12 do corrente, alguns
obteiros desta Aug.\ Loj/. offerecêram ao seu .Ven.\ uma rica in-
signia do grau 33.'., como testemunho de sua atfeicçào e de apreço
aos serviços por elle prestados á mesma durante dousannos de presi-
dencia, a qual foi-lh** pela terceira vez confiada no presente anno.
Reinstallada em 14 de Setembro de 186S, a Loj.'. Estrellado Norte,
que tinha antigamente o seu Oi/, em Prtropolis. conta em seu seio
prestimosos membros e faz jus a uma existência vigorosa pelo amor
á lnst.\, constância e harmonia que entre elles dominam.
Hymno. -Publicámos em seguida o híjmno da emancipação, de-
dicadoaoSap/ Gr/. Mest.-. Visconde do Rio-Branco, o qual já
foi posto em musica e tem de ser executado na festa maçonica que
o Gr/. Oriente ha-de celebrar no próximo mez de Fevereiro e não
no corrente, como foi annunciado e isso por causas ponderosas e
legitimas. ,

Gloria a ti, que espedaçando


Grossos, pesados grilhões
Chamas para a liberdade
As futuras gerações.
'"¦!'¦ Gloria a li,
que couquistaste
H f ?! , ,, Gom a tua acção varonil
A segunda liberdade ,.
Que regenera o Brazil. /

Co a mão de ferro, que soube


Velho edifício aluir,
Fechas o negro passado,
Abres o largo porvir.
Gloria a ti, que cuoquistastc, etc, etc,
«V »'
_ 70 —

Juncto emfim de cada berço


í)a justiça o sol reluz,
Cada vida que desponta
Já é flor, já não é cruz.
Gloria a ti, que conquistaste, etc etc.
Teu nome que o pátrio affecto
Eterno repetirá
No sacro bronze da historia
Em áureas letras está.
Gloria a ti, que conquistaste, etc, etc.
Eia! em honra do Grão-Mestre
Que illustra o pátrio torrSo
Erga o maçonico povo
Mais que a voz, o coração!
Gloria a ti, que conquistaste
Com a tua acçSo varonil
A segunda liberdade
Que regenera o Brazil.
Suspensão de trabalhos. — A canalisação do gaz em continuação
á que foi introduzida desde o pavimento térreo até a sala dos passos
perdidos, a ventilação dos Templos e outros melhoramentos indis-
pensaveis ao asseio e aformoseamento do edifício, exigiram a sus-
pensão dos trabalhos das Lojas desde o dia ti do corrente, sendo
por ordem superior somente franqueados os Templos do pavimento
térreo ás que tinham de funecionar epi trabalho de eleições e a do
segundo andar para as OOffz. Chefes.

EXIPEÜIElSrTIB
Pedimos ás Lojas da Corte e das Províncias queiram enviar as
listas de assignaturas, por nós remettidas, á Gr/. Secr/. Ger.\ da
Ord/. afim de effectuar-se regularmente a entrega ou remessa do
Boletim.

Nous prions tous les Corps maçonniques en relations d'amitié


avec nous et auxquels nous envoyons notre Bulletin de vouloir bien
nous remettre en échange régulièrement leurs publications. Nous
leur en saurons bien gré.

TTP. 1)0 GRANDE ORIENTE de pinheiro & o., rua sete de setem*ro n. 159.
,».—ímhw uma »»' mw*—».*»-»»—

S>3^£ > O»*»!*^!-*»1"*—

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6
BOLETIM
M
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HO

¦^•H^ <J5» \*» f** «*"" «P"1-

A.o Vai.-, do Lavradio.

brazileira, publicado por ordem «1 11


0 Jornal Official da Mac. trechos esro-
artigos originaes dogmáticos,
Grande Oriente, conterá de-
estrangeiras, a müena legislativa
lindos de revistas maçonioas dos Corpos
das sessões do Grande Oriente e
cretada' os extracios nas
noticiário do mais de importante oceorror
Superiores, um que
maçomeas, a conesponaencui uo v.m.u. , -
diversas Potências
resumo em francez das noticias década numero, para
como um ¦
inielligencia dos Maçons estrangeiros.
são fránquedas a todos os lliv. que dose-
As paginas do Boletim
artigos uteis e interessantes a Ofd.-. e particularmente
jarem'in°scrir de Com/, de
ao Circulo do Lavradio, devendo ser sujeitos ao juizo
redacçao,
se responsabilisa somente pelas idéas exaradas nos aru-
A Com/,
gos de sua lavra. membros do Gr.'.
O Boletim será dislribuido gratuilameute aos
o Circulo.
Oriente e a todos os Corpos maçonicos em reljição com
é obrigatória um anno, em uma so
A assignatura por paga
prestação adiantadat
COUTE E K1CT11EUOY
Anuo (12 números )..........»•.• 6$000
PROVÍNCIAS (franco)
Anno (12 números) ••.. *. - *. . •. * *. 7g0ü0
Kumero avulso, .,.••...•••.••.•••-» í§000
Para os paizes estrangeiros a assignatura varia coníorme a impor-
Saneia dos portes 4o correio,
Toda a correspondência de .redacçao, assim como a remessa de
assignaturasserao dhigidas ao Kedactorcm Chefe, Gr.-. Secr.*. Geiv.
cia Ord.%, á rua doLavvadio-n. 53 K,
16),

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