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SACERDÓCIO
fonte de espiritualidade
Priesthood, Source of spirituality
ABSTRACT: This study understands the priesthood as an agent of sanctity, of life and of salvation.
The text aims to extract from the bases of the Catholic faith some lessons about the good
performance of the sacred roles of the priesthood. This is how it will substantiate features for a
priestly spirituality. Starting from a bailout of the exposure of the priestly role in the Israel Vetero-
testamentary to the approach of a brief history of the consecrated life and of considerations
of the fathers of the Church, it is intended to recognize a priestly spirituality, which should be
fundamentally evangelical, ecclesial and human. Therefore, having always clear the sacramental
essence of priesthood as fruit of God’s gratuitousness, this paper aims to outline the christocentric
pillars of the mystique of priesthood. And for such, initially it emphasizes the acknowledgment
of the priestly roles as an exercise of mediation, sanctification and oblation. for the restoration of
relationships between men, this role aims at a community of love with the Creator.
1 As citações bíblicas, em todo este artigo, foram retiradas da bíblia Ave Maria.
O espírito da reforma religiosa empreendida por Josias exigia essas medidas na
tentativa de restaurar a religião tradicional. Indo além do Deuteronômio (18,6-
8), a reforma reservou efetivamente o exercício das funções sacerdotais apenas
para os descendentes de Sadoc (Rs 23,5.9). É o prelúdio da futura distinção entre
sacerdotes e levitas, distinção essa que aparecerá mais claramente em Ez 40,10-
31.
Novo contexto geral se delineia por volta de 536, final do exílio babilônico.
Mas a partir desse período, então livres das tentações e das influências do poder
político exercidas por pagãos e também livres da tutela régia, os sacerdotes
se tornam guias espirituais da nação, que não é mais um povo politicamente
independente, mas uma etnia oficialmente reconhecida.
Pastorear o rebanho do Senhor não pode ser tarefa para qualquer um.
Neste ministério não é a força bruta ou a coragem que conta, nem mesmo o brilho
da inteligência. O pastor deve estar na liderança munido de qualidades espirituais
e pelo amor. Deve haver entre o pastor e as ovelhas um conhecimento recíproco.
As velhas devem conhecer a voz do pastor. Ora, isso exige convivência, cuidado
e dedicação amorosa. Santo Agostinho, comentando o capítulo 34 de Ezequiel,
tece uma série de considerações sobre os bons e os maus pastores, entre as quais
encontramos ricas e sérias reflexões úteis a quem exerce o cargo de pastorear
em nome de Jesus. O pastor responsável não só deve conhecer o caminho que
conduz as ovelhas para as águas limpas e frescas, mas também deve saber onde
encontrar as pastagens verdejantes para alimentar o rebanho. A água da doutrina
e o pão dos sacramentos, o calor da amizade, a mão estendida do perdão para
levantar o que caiu, coragem para ir buscar os que se perderam. Reger o rebanho
de Cristo exige coragem e disposição de fazer como Cristo, estar disposto a dar a
vida pelas ovelhas. Não se trata apenas de ser mártir, como nos primeiros séculos
do cristianismo. Trata-se dessa morte que nos consome um pouco de cada vez, na
luta diária. Morrer para si e viver para Deus.
A luta do pastor de Cristo será muito mais árdua do que se tratasse apenas 31
de defende-las de lobos ou outros animais ferozes. Não é apenas questão de
defesa contra epidemias ou doenças. Mas, então, contra que ou o que lutar para
defender o rebanho? Consideremos o que São Paulo diz: “Não temos que lutar
contra a carne e o sangue, mas contra as chefias, os poderes, os dominadores deste
mundo das trevas e os espíritos malignos dos ares” (Ef 6,12). Infelizmente, não são
apenas essas ameaças; há outras piores:
Por que o sacerdote de Cristo deve ter uma vida espiritual adequada
ao seu trabalho? Vejamos o que nos diz João Paulo II na Exortação pós-sinodal, 33
Pastores dabo Vobis: sobre a formação dos sacerdotes:
3. GRANDEzA DO SACERDÓCIO
Muitos Padres da Igreja tinham uma idéia tão elevada do sacerdócio que
34 chegaram a ponto de recusar recebe-lo, ou receberam a ordenação sacerdotal
a contra gosto. Pode-se dizer só aceitaram a ordenação como serviço prestado
à comum idade cristã, como foi o caso de Gregório de Nazianzo e São Jerônimo.
há também uma tradição que diz que Santo Ambrósio teria fugido
de Milão e se refugiado num túmulo para evitar ser ordenado sacerdote e
consagrado bispo. Santo Agostinho teria ficado surpreso com o anúncio de que
tinha sido indicado pela comunidade de hipona para receber o presbiterato. Ele
ficou sabendo durante a oração da tarde. Conta-se que ele foi visto chorando
copiosamente antes da ordenação. Seu pranto era motivado pela consciência
da profunda indignidade que sentia interiormente em face da graça tão grande
de divina do sacerdócio. De fato, no comentário que Agostinho tece sobre os
pastores (Salmo 46) mostra amplamente em dois quadros a respeito dos bons e
dos maus pastores. Suas reflexões giram em torno de dois pontos importantes
acerca sacerdócio: a dignidade do sacramento do qual está investido e a
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responsabilidade das funções que decorrem do estado de consagrado para o
ministério na sua tríplice dimensão de apóstolo, evangelizar; de pastor, cuidar
das ovelhas conquistadas para Cristo, e dar-lhes o alimento para a vida (sacrifício
eucarístico). Diante da inevitabilidade de sua escolha para o sacerdócio afirma:
“eu, irmãos, porque deus quis assim, certamente sou seu sacerdote, com vocês bato
no peito, com vocês peço perdão, com vocês, deus usará comigo de misericórdia” (
Sermo 1135, PL, 38,749. in: Rodero, s.d.).
5. CONHECER O REBANHO
Quanto aos meios específicos, a indicação prática foi dada por São Carlos
borromeu, no sermão proferido no último sínodo de Milão (século xVI). Nesse
sermão o Sato alerta o clero ambrosiano a respeito das fraquezas de todos e
propõe os meios para supera-las:
REFERÊNCIAS
JOãO PAULO II. exortação pós-sinodal, Pastores dabo Vobis: sobre a formação dos
sacerdotes.