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Como montar

uma loja de
produtos da
fazenda

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Lauri Tadeu Corrêa Martins

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /


Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 2

3. Localização ........................................................................................................................................... 3

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 4

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 6

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 7

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 8

8. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 9

9. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 10

10. Automação .......................................................................................................................................... 11

11. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 11

12. Investimento ........................................................................................................................................ 12

13. Capital de Giro .................................................................................................................................... 12

14. Custos ................................................................................................................................................. 13

15. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 14

16. Divulgação .......................................................................................................................................... 15

17. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 15

18. Eventos ............................................................................................................................................... 17

19. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 18

20. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 19

21. Glossário ............................................................................................................................................. 22

22. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 25

23. Características .................................................................................................................................... 26

24. Bibliografia .......................................................................................................................................... 27

25. URL ..................................................................................................................................................... 28


Apresentação / Apresentação
1. Apresentação
Os alimentos orgânicos (frutas, verduras, legumes) e os produtos artesanais e caseiros
(doces, geleias, laticínios) são os destaques do negócio.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender

Loja de produtos de fazenda é um negócio relacionado ao conceito de alimentação


saudável, não industrializada e livre de conservantes. O modelo do negócio é a
proximidade com natureza, onde são comercializados alimentos produzidos no campo,
tais como: frutas, verduras e legumes, bebidas artesanais, conservas, molhos e
condimentos, frutas secas, pães e biscoitos, café e chá, doces e geléias, grãos e
farinhas, ervas medicinais, laticínios e ovos.

Um dos nichos mais importantes a ser considerado é o dos produtos orgânicos. O


produto chamado orgânico é resultado de um sistema de cultivo agrícola que busca
manejar, de forma equilibrada, o solo e os demais recursos naturais – água, plantas,
animais e etc. – conservando-se em longo prazo e mantendo a harmonia desses
elementos entre si e os seres humanos.

Nesse segmento, há uma concorrência bastante expressiva das grandes redes de


supermercados, com seções destinadas exclusivamente para alimentos orgânicos. O
aumento da oferta reflete o crescimento da demanda, composta por pessoas mais bem
informadas e interessadas em uma alimentação saudável.

Os clientes que compram produtos de fazenda buscam associações com lembranças


da infância ou querem, por alguns momentos, fugir do ambiente urbano. O
empreendedor deve ajudar neste processo de “fuga da cidade”, simulando um
ambiente rural em sua loja, repleta de produtos artesanais e caseiros. Mais
informações podem ser obtidas por meio da elaboração de um plano de negócios.
Para a construção deste plano, consulte o SEBRAE mais próximo.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
2. Mercado
O estilo de vida saudável ganha cada vez mais adeptos, aumentando rapidamente o
consumo de alimentos orgânicos. É crescente o número de pessoas que buscam uma
alimentação mais equilibrada, na tentativa de resgatar um tempo que ainda era
possível ter à mesa alimentos frescos, de boa qualidade biológica e livre de
agrotóxicos. Segundo o Instituto Biodinâmico (IBD), entidade privada voltada para o
desenvolvimento desse segmento econômico, a venda de produtos orgânicos cresce à
ordem de 20%.

Percebe-se uma tendência do consumidor orgânico de privilegiar aspectos


relacionados à saúde, ao meio ambiente e ao sabor dos alimentos. Uma pesquisa do
Ibope afirma que 68% dos consumidores brasileiros estão dispostos a pagar mais caro
por um produto que não polui o meio ambiente. Essa tendência pode ser verificada,
inclusive, na população com baixa renda familiar.

De modo geral, pode-se dizer que existem basicamente dois tipos de consumidores
orgânicos: aqueles mais antigos, motivados, bem informados e exigentes em termos
de qualidade biológica do produto; e os novos consumidores, adeptos desta recente
tendência nutritiva.

O consumidor orgânico é, normalmente, um profissional liberal do sexo feminino (66%)


e com idade variando entre 31 e 50 anos (62%). Apresenta nível de instrução elevada,
com nível superior completo. Possui o hábito de praticar esportes com freqüência
(54,9%) e, mesmo morando na cidade, procura um estilo de vida que privilegie o
contato com a natureza, frequentando parques e bosques regularmente (62,9%).

No Brasil, há oportunidades de negócio em várias cidades de pequeno, médio e


grande porte. Alguns dados confirmam este potencial de crescimento: • O setor de
alimentação saudável teve um crescimento de 870% nos últimos 10 anos.• A
proporção de jovens com sobrepeso quadruplicou nos últimos trinta anos e chegou a
14% na faixa etária dos 8 aos 18 anos. A culpa é da vida sedentária e do excesso de
comida industrializada, rica em farináceos e gorduras. O efeito perverso deste ganho
precoce de peso é o aumento das doenças cardiovasculares e do diabetes tipo 2. •

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização
40% da população brasileira estão acima do peso. • De acordo a Sociedade Brasileira
de Cardiologia, 30% dos brasileiros têm colesterol acima do nível recomendado (200
miligramas por decilitro de sangue). • 80% dos jovens afirmam em pesquisas procurar
alimentos mais saudáveis e naturais. • 35% dos domicílios brasileiros consomem
produtos diet e light. • 21% consomem produtos orgânicos. • 47% não deixam de
consumir produtos saudáveis por causa do preço.

Devido ao risco intrínseco ao negócio, recomenda-se a realização de ações de


pesquisa de mercado para avaliar a demanda e a concorrência. Seguem algumas
sugestões:• Pesquisa em fontes como prefeitura, guias, IBGE e associações de bairro
para quantificação do mercado-alvo;• Pesquisa a guias especializados e revistas sobre
o segmento;• Visita aos concorrentes diretos, identificando os pontos fortes e fracos
dos estabelecimentos que trabalham no mesmo nicho;• Participação em seminários
especializados.

3. Localização
A localização do empreendimento é fundamental para o sucesso do negócio.
Recomenda-se a instalação em local de grande fluxo de pessoas, ou seja: em centros
comerciais, proximidade de hospitais, estações de metrô, terminais rodoviários,
escolas e/ou faculdades e universidades, ou locais de grande concentração de
escritórios e outros pólos geradores de público, como: supermercados, hipermercados,
agências bancárias, instituições de serviço público municipal, estadual e federal.
Bairros populosos de classe média e alta constituem-se em locais bastante adequados
para instalação de uma loja, bem como nas proximidades de grandes condomínios
residenciais.

A proximidade de academias de ginásticas e clubes também deve ser considerada.

Recomenda-se a instalação em áreas comerciais, especialmente cruzamentos de ruas


para passageiros e pedestres na cidade. Lojas muito próximas a supermercados
podem ter o seu movimento prejudicado.

O crescimento de alguns bairros e o aumento do fluxo em algumas avenidas podem


influenciar na implantação de novos pontos comerciais. Os centros urbanos, aos
poucos, estão se tornando menos atraentes devido a problemas de congestionamento,
dificuldade para estacionar e poluição. Um bom ponto é aquele que fica perto ou no

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
caminho do seu cliente.

As esquinas são mais valorizadas por serem visíveis por quem transita em ambas as
ruas. Trechos de rua voltados para praça, largo, começo ou final de outra rua também
possuem localização privilegiada.

Alguns detalhes devem ser observados na escolha do imóvel: • O imóvel atende às


necessidades operacionais referentes à localização, capacidade de instalação do
negócio, possibilidade de expansão, características da vizinhança e disponibilidade
dos serviços de água, luz, esgoto, telefone e internet;• O ponto é de fácil acesso,
possui estacionamento para veículos, local para carga e descarga de mercadorias e
conta com serviços de transporte coletivo nas redondezas;• O local está sujeito a
inundações ou próximo a zonas de risco;• O imóvel está legalizado e regularizado junto
aos órgãos públicos municipais;• A planta do imóvel está aprovada pela Prefeitura;•
Houve alguma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área
primitiva;• As atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de
Zoneamento ou o Plano Diretor do Município;• Os pagamentos do IPTU, referente ao
imóvel, encontram-se em dia;• A legislação local permite o licenciamento de placas de
sinalização.

4. Exigências Legais e Específicas


Para registrar uma empresa, a primeira providência é contratar um contador -
profissional legalmente habilitado - para elaborar os atos constitutivos da empresa,
auxiliá-lo na escolha da forma jurídica mais adequada para o seu projeto e preencher
os formulários exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas jurídicas.

O contador pode se informar sobre a legislação tributária pertinente ao negócio. Mas,


no momento da escolha do prestador de serviço, deve-se dar preferência a
profissionais indicados por empresários com negócios semelhantes.

Para legalizar a empresa, é necessário procurar os órgãos responsáveis para as


devidas inscrições. As etapas do registro são:• Registro de empresa nos seguintes
órgãos:o Junta Comercial;o Secretaria da Receita Federal (CNPJ);o Secretaria
Estadual da Fazenda;o Prefeitura do Município para obter o alvará de funcionamento;o
Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa ficará obrigada ao
recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal).o Cadastramento junto à Caixa

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
Econômica Federal no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”.o Corpo de
Bombeiros Militar.• Visita à prefeitura da cidade onde pretende montar a sua empresa
(quando for o caso) para fazer a consulta de local. • Obtenção do alvará de licença
sanitária – adequar às instalações de acordo com o Código Sanitário (especificações
legais sobre as condições físicas). Em âmbito federal a fiscalização cabe a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, estadual e municipal fica a cargo das Secretarias
Estadual e Municipal de Saúde (quando for o caso).• Preparar e enviar o requerimento
ao Chefe do DFA/SIV do seu Estado, solicitando a vistoria das instalações e
equipamentos.

As empresas que fornecem serviços e produtos no mercado de consumo devem


observar as regras de proteção ao consumidor, estabelecidas pelo Código de Defesa
do Consumidor (CDC). O CDC, publicado em 11 de setembro de 1990, regula a
relação de consumo em todo o território brasileiro, na busca de equilibrar a relação
entre consumidores e fornecedores.

O CDC somente se aplica às operações comerciais em que estiver presente a relação


de consumo, isto é, nos casos em que uma pessoa (física ou jurídica) adquire produtos
ou serviços como destinatário final. Ou seja, é necessário que em uma negociação
estejam presentes o fornecedor e o consumidor, e que o produto ou serviço adquirido
satisfaça as necessidades próprias do consumidor, na condição de destinatário final.

Portanto, operações não caracterizadas como relação de consumo não está sob a
proteção do CDC, como ocorre, por exemplo, nas compras de mercadorias para serem
revendidas pela casa. Nestas operações, as mercadorias adquiridas se destinam à
revenda, e não ao consumo da empresa. Tais negociações se regulam pelo Código
Civil brasileiro e legislações comerciais específicas.

Alguns itens regulados pelo CDC são: forma adequada de oferta e exposição dos
produtos destinados à venda, fornecimento de orçamento prévio dos serviços a serem
prestados, cláusulas contratuais consideradas abusivas, responsabilidade dos defeitos
ou vícios dos produtos e serviços, os prazos mínimos de garantia, cautelas ao fazer
cobranças de dívidas.

Em relação aos principais impostos e contribuições que devem ser recolhidos pela
empresa, vale uma consulta ao contador sobre da Lei Geral da Micro e Pequena
Empresa (disponível em http://www.leigeral.com.br), em vigor a partir de 01 de julho de
2007.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
5. Estrutura
Uma loja de produtos da fazenda pode ocupar uma área mínima de 70 m2, com
flexibilidade para ampliação conforme o desenvolvimento do negócio. Os ambientes
podem ser divididos em área para a exposição de produtos, área de vendas (com
balcão de atendimento, caixa e entrega de produtos), depósito para estoque e
banheiros.

O empreendedor deve planejar o mostruário de produtos no começo da loja, com


gôndolas, prateleiras e araras, em ambiente arejado, limpo, claro e dentro das normas
de segurança pré-estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros.

Os fregueses são suscetíveis a impressões e informações adquiridas dentro das lojas.


Portanto, paredes, tetos e corredores da loja podem se tornar mídias fundamentais
para transmitir mensagens mercadológicas. A loja em si tornou-se uma enorme
propaganda tridimensional, com sinalizações, prateleiras e expositores estimulando as
compras dos clientes. Estudos comprovam que quanto mais tempo o cliente
permanece em uma loja, maior será o desembolso final.

Outra forma de aumentar a receita é trabalhar o cross-merchandising, ou seja, mesclar


itens que possam atrair o interesse do cliente como leite e granola, frutas e cereais.

É importante que as vitrines externas permitam a maior transparência para o interior da


loja e que exponham, de forma organizada, uma boa variedade de produtos. Porém,
em cidades grandes e em locais pouco seguros, a fachada deve ter dispositivos
adicionais de segurança como alarmes, câmeras de vigilância e grades de ferro.

Todo o ambiente deve ser limpo e organizado. O piso, a parede e o teto devem estar
conservados e sem rachaduras, goteiras, infiltrações, mofos e descascamentos. O piso
deve ser de alta resistência e durabilidade, além de fácil manutenção. Cerâmicas e

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
ladrilhos coloridos proporcionam um toque especial, enquanto granito e porcelanato
oferecem luxo e sofisticação ao ambiente.

As paredes devem ser pintadas com tinta acrílica. Tons claros são adequados para
ambientes pequenos, pois proporcionam a sensação de amplitude. Texturas e tintas
especiais na fachada externa personalizam e valorizam o ponto.

A utilização de forros de gesso proporciona a criação de diferentes efeitos de


iluminação. Sancas com lâmpadas embutidas podem iluminar indiretamente o
ambiente, ao mesmo tempo em que focos direcionados a vitrines e prateleiras
destacam os produtos. Sempre que possível, deve-se aproveitar a luz natural. No final
do mês, a economia da conta de luz compensa o investimento. Quanto às artificiais, a
preferência é pelas lâmpadas fluorescentes.

Profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores) poderão ajudar a


definir as alterações a serem feitas no imóvel escolhido para funcionamento da loja,
orientando em questões sobre layout, ergometria, fluxo de operação, iluminação,
ventilação etc.

6. Pessoal
O número de funcionários varia de acordo com o tamanho do empreendimento. Para a
estrutura anteriormente sugerida, a loja de produtos da fazenda exige a seguinte
equipe:• Proprietário: responsável pelas atividades administrativas, financeiras e da
prestação dos serviços. Deve ter conhecimento da gestão do negócio, do processo
produtivo e do mercado.• Administrativo: responsável pelo apoio aos vendedores,
controle de estoque e execução de tarefas administrativas.• Vendedor: responsável
pelo atendimento aos clientes e venda dos produtos. Suas principais qualidades
devem ser: o Conhecer em profundidade os produtos oferecidos;o Entender as
necessidades dos clientes;o Conhecer a cultura e o funcionamento da empresa;o
Conhecer as tendências do mercado;o Desenvolver relacionamentos duradouros com
os clientes;o Transmitir confiabilidade e carisma;o Atualizar-se sobre as novidades do
segmento;o Zelar pelo bom atendimento após a compra.

O fator humano é muito importante para o sucesso de um ponto comercial. A


contratação de vendedores competentes e com boa experiência sustenta a qualidade
do serviço prestado. Os funcionários devem ser qualificados e comprometidos com o

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Pessoal / Equipamentos
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
trabalho.

De acordo com o horário de funcionamento e com o volume de trabalho, pode ser


necessária a contratação de mais vendedores. Esta expansão do negócio precisa ser
planejada conforme o aumento do faturamento.

A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o


nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os
custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal. Além do aspecto técnico, a
capacitação dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências: •
Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;•
Agilidade e presteza no atendimento;• Capacidade de apresentar e vender os serviços
da loja;• Motivação para crescer juntamente com o negócio.

Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores


nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações
trabalhistas, evitando, assim, consequências desagradáveis.

O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao


seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do
setor. O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações
sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.

7. Equipamentos
Os equipamentos básicos para a instalação de uma loja de produtos da fazenda são:•
Vitrines e gôndolas;• Balcão e vitrine refrigerada;• Freezer;• Mobiliário para escritório.•
Microcomputadores, caixas, telefone e aparelho de fax.

Ao fazer o layout da loja, o empreendedor deve levar em consideração a ambientação,


decoração, circulação, ventilação e iluminação. Na área externa, deve-se atentar para

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
a fachada, letreiros, entradas, saídas e estacionamento.

8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é
a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue
cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o
indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,
isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou
serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de
venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque
ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa

O estoque de mercadorias é muito importante para o sucesso de uma loja de produtos


da fazenda. O empreendedor deve conhecer o perfil de sua clientela e vender artigos
com alto giro de estoque. Os principais produtos ofertados pela loja são:• Bebidas
artesanais: licores, sucos, café, chá.• Laticínios: leites, bebidas lácteas, queijos,
iogurtes, manteigas, coalhada.• Embutidos: salames, presunto, bacon, lombo,
salsichas, apresuntado, mortadela.• Farináceos: pão, grãos, biscoitos caseiros e
farinhas.• Avicultura: ovos, galinha caipira, codorna.• Agricultura orgânica: hortaliças,
legumes, frutas e polpas de suco.• Piscicultura: pescados.• Conservas: molhos e
condimentos.• Doces: goiabada, marmelada, doce de leite, compotas, geléias, doces
cristalizados.

Os fornecedores devem ser fazendas da região com registro sanitário e certificações


de qualidade. Uma forma de minimizar o risco do negócio é oferecer uma ampla
variedade de produtos, de várias fazendas. Com o tempo, será possível identificar as
preferências dos consumidores e investir nas mercadorias de maior demanda.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
A oferta de novidades é a principal fonte de atração de clientes. Além do giro do
estoque, o empreendedor pode aumentar a oferta de produtos através do lançamento
de novas linhas de venda.

9. Organização do Processo Produtivo


Os processos produtivos de uma loja de produtos da fazenda são divididos em:

Compras – pesquisa de fornecedores que comercializam produtos de ótima qualidade


e cadastramento desses produtores ou representantes. No caso de produtos orgânicos
devem ser escolhidos aqueles devidamente certificados.

Atendimento ao cliente – é o primeiro contato com o cliente, geralmente se dá na visita


à loja ou por telefone e/ou e-mail. O cliente fará a escolha dos produtos desejados
através do sistema self-service, procurando os atendentes para solução de dúvidas, ou
solicitação de informações.

Caixa – realiza a cobrança dos produtos escolhidos pelo cliente, acondicionando-os


em embalagem própria.

Administração – Pequeno espaço destinado às atividades de compra e relacionamento


com fornecedores, controle de estoques, controle de contas a pagar, atividades de
recursos humanos, controle financeiro e de contas bancárias, acompanhamento do
desempenho do negócio e outras que o empreendedor julgar necessárias para o bom
andamento do empreendimento.

Estoque – Deve-se manter uma reserva de produtos para reposição, porém, tomando-
se o cuidado de não onerar a empresa com estoques desnecessários e cuidando-se
para ofertar produtos sempre frescos.

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Canais de Distribuição
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
10. Automação
Atualmente, existem diversos sistemas informatizados (softwares) que podem auxiliar
o empreendedor na gestão de uma loja de produtos da fazenda (vide
http://www.baixaki.com.br ou http://www.superdownloads.com.br). Seguem algumas
opções:• Atrex;• Avante – Sistema de Controle de Loja;• AZ Comércio;• BitLoja Plus;•
CallSoft Informatize Empresarial;• Chronus Store;• CI- Lojas;• Clothing Organizer;•
Dataprol Sistema Comercial Integrado;• Elbrus Light Light;• Emporium Lite;•
Empresarial Máster Plus;• Gerenciador de Loja de Confecções e Calçados;• Integrato
Lite;• Little Shop of Treasures;• Loja Fácil – Easystore;• Loja. Salutar;• LojaSoft;• Myloja
One;• OnBIT S2 Loja 2008;• Posh Shop;• REPTecno Comercial Plus;• REPTecno Loja
Plus;• SGI-Plus Programa Automação Comercial Completo Integração com Balança;•
SisAdven;• SisAdvenPDV;• SisGEF – Loja Comercial;• Sistema de Gerenciamento de
Vendas;• Sistema Loja;• Sistema LojaFacil Automação Comercial.

Antes de se decidir pelo sistema a ser utilizado, o empreendedor deve avaliar o preço
cobrado, o serviço de manutenção, a conformidade em relação à legislação fiscal
municipal e estadual, a facilidade de suporte e as atualizações oferecidas pelo
fornecedor, verificando ainda se o aplicativo possui funcionalidades, tais como:•
Controle de mercadorias;• Controle de taxa de serviço;• Controle dos dados sobre
faturamento/vendas, gestão de caixa e bancos (conta corrente);• Emissão de pedidos;•
Lista de espera;• Organização de compras e contas a pagar;• Relatórios e gráficos
gerenciais para análise real do faturamento da loja.

11. Canais de Distribuição


O canal de distribuição é a própria loja de produtos de fazenda. A distribuição poderá
contemplar, também, o sistema delivery, a critério do empreendedor, onde a entrega
poderá ser realizada por equipe da própria empresa ou terceirizada. Este sistema traz
comodidade para o cliente e a possibilidade do desenvolvimento de estratégias
personalizada. Nesses casos, o empreendedor deverá definir modelos de atendimento
que possibilitem o equilíbrio das margens de lucratividade, estabelecendo valores
mínimos de pedidos que possam ser entregues em domicílio. Os pedidos poderão ser
feitos por telefone e/ou internet.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
12. Investimento
IO investimento varia muito de acordo com o porte do empreendimento. Uma loja de
produtos da fazenda, estabelecida em uma área de 70 m², exige um investimento
inicial estimado em R$ 50 mil, a ser alocado majoritariamente nos seguintes itens: •
Reforma do local: R$ 15.000,00;• Vitrines, gôndolas e prateleiras: R$ 5.000,00• Balcão
e vitrine refrigerada: R$ 4.000,00• Freezer: R$ 2.000,00• Mobiliário para escritório: R$
1.500,00.• Microcomputadores, caixas, telefone e aparelho de fax: R$ 8.000,00.•
Capital de giro: R$ 7.500,00;• Estoque inicial: R$ 7.000,00;

Para uma informação mais apurada sobre o investimento inicial, sugere-se que o
empreendedor utilize o modelo de plano de negócio disponível no SEBRAE.

13. Capital de Giro


Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.

Para uma loja de produtos da fazenda, a necessidade de capital de giro é média,


correspondendo a 15% do investimento inicial. Isso porque deve haver sempre
dinheiro em caixa para prover troco aos clientes e, eventualmente, adquirir suprir o
estoque de produtos.

14. Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-
prima e insumos consumidos no processo de produção.

O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra,


produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o
empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como
ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o
controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de
ganhar no resultado final do negócio.

Os custos para abrir uma loja de produtos da fazenda, com faturamento médio de R$
30.000,00, devem ser estimados considerando os itens abaixo:• Salários, comissões e
encargos: R$ 6.000,00;• Tributos, impostos, contribuições e taxas: R$ 4.500,00;•
Aluguel, taxa de condomínio, segurança: R$ 2.000,00;• Água, luz, telefone e acesso a
internet: R$ 500,00;• Produtos para higiene e limpeza da empresa e funcionários: R$
500,00;• Assessoria contábil: R$ 700,00;• Propaganda e publicidade da empresa: R$
800,00;• Aquisição de matéria-prima e insumos: R$ 9.000,00;• Despesas com vendas:
R$ 500,00;• Despesas com armazenamento e transporte: R$ 500,00.

Seguem algumas dicas para manter os custos controlados:• Comprar pelo menor
preço;• Negociar prazos mais extensos para pagamento de fornecedores;• Evitar

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
gastos e despesas desnecessárias;• Manter equipe de pessoal enxuta;• Reduzir a
inadimplência, através da utilização de cartões de crédito e débito.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Agregar valor significa oferecer produtos e serviços complementares ao produto
principal, diferenciando-se da concorrência e atraindo o público-alvo. Não basta
possuir algo que os produtos concorrentes não oferecem. É necessário que esse algo
mais seja reconhecido pelo cliente como uma vantagem competitiva e aumente o seu
nível de satisfação com o produto ou serviço prestado.

As pesquisas quantitativas e qualitativas podem ajudar na identificação de benefícios


de valor agregado. No caso de uma loja de produtos da fazenda, há várias
oportunidades de diferenciação, tais como:• Entrega de produtos em domicílio.•
Produção de receitas de alimentos diet ou light.• Parceria com hotéis-fazenda e
restaurantes naturais.

Uma vitrine visualmente bem explorada é um fator que promove a diferenciação, já que
o ser humano se sente atraído por formas, cores e texturas visualmente sedutoras e
iguarias que combinam uma estética perfeita e um sabor irresistível.

Novidades são itens muito interessantes para chamar a atenção do cliente, tais como:
vasos inovadores, jardins temáticos, plantas exóticas, produtos com conceito
diferenciado, etc.

É importante pesquisar junto aos concorrentes para conhecer os serviços que estão
sendo adicionados e desenvolver opções específicas com o objetivo de proporcionar
ao cliente um produto diferenciado. Além disso, conversar com os clientes atuais para
identificar suas expectativas é muito importante para o desenvolvimento de novos
serviços ou produtos personalizados, o que amplia as possibilidades de fidelizar os
atuais clientes, além de cativar novos.

O empreendedor deve manter-se sempre atualizado com as novas tendências, novas


técnicas, novos utensílios e produtos, através da leitura de colunas de jornais e
revistas especializadas, programas de televisão ou através da Internet

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
16. Divulgação
A divulgação é um componente fundamental para o sucesso de uma loja de produtos
da fazenda. As campanhas publicitárias devem ser adequadas ao orçamento da
empresa, à sua região de abrangência e às peculiaridades do local. Abaixo, sugerem-
se algumas ações mercadológicas acessíveis e eficientes:• Confeccionar folders e
flyers para a distribuição em residências e escritórios;• Realizar promoções de
produtos combinados;• Utilizar pisos, paredes, tetos e corredores da loja para anúncio
de produtos e ofertas;• Oferecer programas de fidelidade.• Mesclar a disposição dos
produtos para atrair o interesse do cliente.• Enviar mala-direta para casas de festas,
buffets e restaurantes.• Elaborar um website para divulgar os produtos da loja.• Montar
stand em feiras agropecuárias.

O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar
as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes
satisfeitos e bem atendidos.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de LOJA DE PRODUTOS DA FAZENDA, assim entendido pela
CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 4729-6/99 ou como a
atividade de comercio varejista de produtos alimentícios variados, poderá optar pelo
SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno
Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual
de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para
micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de
pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para


esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder


benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o


empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias;

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis


Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
Além das feiras e exposições agropecuárias espalhadas por todo o país, o
empreendedor pode participar dos eventos abaixo:

Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e NutriçãoSão Paulo –


SPWebsite: http://www.sban.com.brTel.: (11) 3266-3399

Fispal Food ServiceFeira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação fora


do LarSão Paulo - SPTel.: (11) 3234-7725Website: http://www.fispal.comE-mail:
fispal.sp@fispa.com

Fispal TecnologiaFeira Internacional de Embalagens e Processos para as Indústrias de


Alimentos e Bebidas.São Paulo - SPTel.: (11) 3234-7725Website:
http://www.fispal.comE-mail: fispal.sp@fispa.com

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Restaubar ShowSão Paulo – SPTel.: (11) 4689-1935Website: www.restaubar.com.brE-
mail: restaubar@restaubar.com.br

19. Entidades em Geral


A seguir, são indicadas as principais entidades de auxílio ao empreendedor:

AbiaAssociação Brasileira das Indústrias de AlimentaçãoAv. Brigadeiro Faria Lima,


1478, 11º andarCEP: 01451-001São Paulo – SPFone: (11) 3030-1353Fax: (11) 3814-
6688Website: http://www.abia.org.brE-mail: abia@abia.org.br

AbimaqAssociação Brasileira da Indústria de Máquinas e EquipamentosAv. Jabaquara


2925CEP: 04045-902São Paulo – SPFone: (11) 5582-6311Fax: (11) 5582-
6312Website: http://www.abimaq.org.brE-mail: abimac@abimac.org.br

AbraselAssociação Brasileira de Bares e RestaurantesWebsite:


http://www.abrasel.com.br

AnvisaAgência Nacional de Vigilância SanitáriaSEPN 515, bl. B, Edifício ÔmegaCEP:


70770-502Brasília – DFFone: (61) 3448-1000Website: http://www.anvisa.gov.br

ITALInstituto de Tecnologia de AlimentosAv. Brasil, 2880, Caixa Postal 139CEP:


13070-178Campinas – SPFone: (19) 3743-1700Website: http://www.ital.sp.gov.br

Ministério da SaúdeEsplanada dos Ministérios, bl. GCEP: 70058-900Brasília –


DFFone: (61) 3315-2425Website: http://www.saude.gov.br

Receita FederalBrasília - DFWebsite: http://www.receita.fazenda.gov.br P>

SBANSociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição Rua Pamplona, 119, cj. 51CEP:


01405-000São Paulo - SPFone: (11) 3266-3399Website: http://www.sban.com.br

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
SBGANSociedade Brasileira de Gastronomia e NutriçãoWebsite:
http://www.sbgan.org.brE-mail: sbgan@sbgan.org.br

SindicomSindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e


LubrificantesAv. Almirante Barroso, 52, sala 2002Rio de Janeiro – RJCEP: 20031-
918Fone: (21) 2122-7676Fax: (21) 2122-7675Website: http://www.sinducom.com.br

SNDCSistema Nacional de Defesa do ConsumidorWebsite:


http://www.mj.gov.br/dpdc/sndc.htm

20. Normas Técnicas


Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um
organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes
ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau
ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada


por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa,
universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de


Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. Normas específicas para um Loja de Produtos da Fazenda:

ABNT NBR 15635:2015 - Serviços de alimentação — Requisitos de boas práticas


higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Esta Norma especifica os requisitos de boas práticas e dos controles operacionais
essenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar e
documentar que produzem alimentos em condições higiênico-sanitárias adequadas
para o consumo.

ABNT NBR ISO 22000:2006 Versão Corrigida:2006 - Sistemas de gestão da


segurança de alimentos - Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de
alimentos

Esta Norma especifica requisitos para o sistema de gestão da segurança de alimentos,


onde uma organização na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar sua
habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento está seguro no
momento do consumo humano.

ABNT ISO/TS 22004:2006 - Sistemas de gestão da segurança de alimentos - Guia de


aplicação da ABNTNBR ISO 22000:2006

Esta Especificação Técnica fornece orientações genéricas que podem ser aplicadas na
utilização da ABNT NBR ISO 22000.

2. Normas aplicáveis para um Loja de Produtos da Fazenda:

ABNT NBR 15842:2010 - Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos


gerais

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e


serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam
satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 15448-1:2008 - Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes


renováveis - Parte 1: Terminologia

Esta parte da ABNT NBR 15448 define os termos técnicos referentes a embalagens
plásticas degradáveis e/ou de fontes renováveis.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
ABNT NBR 15448-2:2008 - Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes
renováveis - Parte 2: Biodegradação e compostagem - Requisitos e métodos de ensaio

Esta Norma especifica os requisitos e os métodos de ensaio para determinar a


compostabilidade de embalagens plásticas, visando a revalorização de resíduos pós-
consumo, por meio de apontamento das características de biodegradação aeróbica
seguida da desintegração e impacto no processo de compostagem.

ABNT NBR 12693:2013 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio


Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de
extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para
combate a princípio de incêndio.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 - Instalações elétricas de baixa tensão

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas


de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR ISO IEC 8995-1:2013 - Iluminação de ambientes de trabalho - Parte 1:


Interior

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os


requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente,
com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

ABNT NBR 5419-1:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas -Parte 1: Princípios


gerais

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para a determinação de


proteção contra descargas atmosféricas.

ABNT NBR 5419-2:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 2:


Gerenciamento de risco

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para análise de risco em uma
estrutura devido às descargas atmosféricas para a terra.

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ABNT NBR 5419-3:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 3: Danos
físicos a estruturas e perigos à vida

Esta Parte da ABNT NBR 5419 estabelece os requisitos para proteção de uma
estrutura contra danos físicos por meio de um SPDA - Sistema de Proteção contra
Descargas Atmosféricas - e para proteção de seres vivos contra lesões causadas
pelas tensões de toque e passo nas vizinhanças de um SPDA.

ABNT NBR 5419-4:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas - Parte 4: Sistemas


elétricos e eletrônicos internos na estrutura

Esta Parte da ABNT NBR 5419 fornece informações para o projeto, instalação,
inspeção, manutenção e ensaio de sistemas de proteção elétricos e eletrônicos
(Medidas de Proteção contra Surtos - MPS) para reduzir o risco de danos permanentes
internos à estrutura devido aos impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas
(LEMP).

ABNT NBR 9050:2015 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao


projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às
condições de acessibilidade.

21. Glossário
Seguem alguns termos técnicos extraídos do Glossário Temático de Alimentação e
Nutrição, produzido pelo Ministério da Saúde e disponível em: http://b
vsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_alimenta.pdf .

Alimentação saudável: padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e


sociais dos indivíduos e de acordo com as fases do curso da vida. Deve ser acessível
(física e financeiramente), saborosa, variada, colorida, harmônica e segura quanto aos
aspectos sanitários. Esse conceito considera as práticas alimentares culturalmente

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referenciadas e valoriza o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes,
verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspectos comportamentais e
afetivos relacionados às práticas alimentares.

Alimento diet: alimento industrializado em que determinados nutrientes como proteína,


carboidrato, gordura, sódio, entre outros, estão ausentes ou em quantidades muito
reduzidas, não resultando, necessariamente em um produto com baixas calorias.

Alimento in natura: alimento ofertado e consumido em seu estado natural, sem sofrer
alterações industriais que modifiquem suas propriedades físico-químicas (textura,
composição, propriedades organolépticas). As frutas e o leite fresco são exemplos de
alimentos in natura.

Alimento integral: alimento pouco ou não-processado e que mantém em perfeitas


condições o conteúdo de fibras e nutrientes. Não existe legislação que defina esse tipo
de alimento.

Alimento light: alimento produzido de forma que sua composição reduza em, no
mínimo, 25% o valor calórico e/ou os seguintes nutrientes: açúcares, gordura saturada,
gorduras totais, colesterol e sódio, comparado como produto tradicional ou similar de
marcas diferentes.

Boas práticas de fabricação de alimentos: procedimentos necessários para garantir a


qualidade dos alimentos. O regulamento que estabelece os procedimentos necessários
para a garantida da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos preparados é a
Resolução RDC nº. 216, de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), denominado Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de
Alimentação.

Composição dos alimentos: descrição do valor nutritivo dos alimentos e de substâncias


específicas existente neles, como vitaminas, minerais e outros princípios.

Deficiência nutricional: estado orgânico que resulta de um processo em que as


necessidades fisiológicas de nutrientes não estão sendo atendidas. A deficiência

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nutricional pode ser decorrente tanto de problemas alimentares quanto de problemas
orgânicos.

Estado nutricional: resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto


energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais, em plano individual
ou coletivo. Há três tipos de manifestação: adequação nutricional, carência nutricional
e distúrbio nutricional.

Gordura trans: tipo específico de gordura formada por meio de um processo de


hidrogenação natural (na gordura de animais ruminantes) ou industrial. Essas gorduras
estão presentes na maioria dos alimentos industrializados, em concentrações
variáveis. Os alimentos de origem animal, como a carne e o leite, possuem pequenas
quantidades de gorduras trans. A gordura hidrogenada é um tipo especifico de gordura
trans produzido pela indústria. O processo de hidrogenação industrial que transforma
óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente é utilizado para
melhorar a consistência dos alimentos e o tempo de prateleira de alguns produtos. A
gordura trans (hidrogenada) é prejudicial à saúde, podendo contribuir para o
desenvolvimento de algumas doenças crônicas como dislipidemias.

Manipulação de alimentos: conjunto de procedimentos e técnicas operacionais


aplicadas aos alimentos, desde o tratamento da matéria-prima até a obtenção do
alimento acabado. Esses procedimentos e técnicas ocorrem nas fases de
processamento, de armazenamento e de transporte e de distribuição dos alimentos.

Recomendações nutricionais: prescrições quantitativas que se aplicam aos indivíduos


para ingestão diária de nutrientes e calorias, conforme as suas necessidades
nutricionais. As recomendações são determinadas por meio de pesquisas científicas.

Rotulagem nutricional: informação ao consumidor sobre os componentes nutricionais


de um alimento ou de sua preparação, incluindo a declaração de valor energético e de
nutrientes que o compõem. Existe legislação específica elaborada pela Agência
Nacional de Vigilância Sanitária para a rotulagem de alimentos.

Segurança alimentar e nutricional: conjunto de princípios, políticas, medidas e


instrumentos que assegure a realização do direito de todos ao acesso regular e
permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o

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acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares
promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social,
econômica e ambientalmente sustentáveis. Acrescenta-se, que, além de acesso e
consumo, o organismo deve dispor de condições fisiológicas adequadas para o
aproveitamento dos alimentos por meio de boa digestão, absorção e metabolismo de
nutrientes.

Tradições alimentares: usos e costumes alimentares que se transmitem de geração a


geração, segundo a cultura tradicional de determinadas etnias ou grupamentos
antropologicamente homogêneos.

Vigilância sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, de diminuir ou de prevenir


riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da
produção e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde.
Essa vigilância abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente,
se relacionem com a saúde, em todas as etapas, do processo de produção até o
consumo; o controle da prestação de serviços que se relacione, direta ou
indiretamente, com a saúde.

22. Dicas de Negócio


Uma loja de produtos da fazenda depende fundamentalmente de um bom ponto
comercial. Lojas situadas em ruas de grande movimento, preferencialmente no lado do
trajeto centro-bairro residencial são mais bem-sucedidas.

As portas devem ser de vidro com, no mínimo, um metro de largura. Devem-se evitar
desníveis e degraus para promover a acessibilidade de pessoas portadoras de
necessidades especiais e carrinhos de bebê.

O empreendedor deve dispor de doces e guloseimas nas prateleiras mais baixas, ao


alcance da visão das crianças. Os produtos de limpeza devem estar distantes dos
alimentos. Próximo ao caixa é um bom local para produtos pequenos e itens de
compra por impulso.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Outro fator de sucesso de uma loja é a ambientação. Música caipira como som
ambiente, móveis rústicos e uniformes temáticos para os funcionários contribuem para
a sensação rural de estar fora do caos urbano.

23. Características
O empreendedor envolvido com atividades relacionadas à comercialização de produtos
da fazenda precisa adequar-se a um perfil que o mantenha na vanguarda do setor. É
aconselhável uma auto-análise para verificar qual a situação do futuro empreendedor
frente a esse conjunto de características e identificar oportunidades de
desenvolvimento. A seguir, algumas características desejáveis ao empresário desse
ramo: • Ter paixão pela atividade e conhecer bem o ramo de negócio; • Pesquisar e
observar permanentemente o mercado em que está instalado, promovendo ajustes e
adaptações no negócio; • Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças
necessárias; • Acompanhar o desempenho dos concorrentes; • Saber administrar todas
as áreas internas da empresa; • Saber negociar, vender benefícios e manter clientes
satisfeitos; • Ter visão clara de onde quer chegar; • Planejar e acompanhar o
desempenho da empresa; • Ser persistente e não desistir dos seus objetivos; • Manter
o foco definido para a atividade empresarial; • Ter coragem para assumir riscos
calculados; • Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças; • Ter grande
capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para aproveitá-las;
• Ter habilidade para liderar a equipe de profissionais da loja.

Neste segmento, o empresário deve ter formação técnica no varejo e tino comercial.
Também precisa estar atento às tendências do setor e hábitos dos clientes. Deve
identificar os movimentos deste mercado e adaptá-los à sua oferta, reconhecendo as
preferências dos clientes e renovando continuamente a oferta de produtos.

Outras características importantes, relacionadas ao risco do negócio, podem ajudar no


sucesso do empreendimento: • Busca constante de informações e oportunidades;•
Iniciativa e persistência;• Comprometimento;• Qualidade e eficiência;• Capacidade de
estabelecer metas e assumir riscos;• Planejamento e monitoramento sistemáticos;•
Independência e autoconfiança;• Senso de oportunidade;• Conhecimento do ramo;•
Liderança.

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
24. Bibliografia
COBRA, Marcos. Administração de vendas: casos, exercícios e estratégias. São
Paulo: Atlas, 1981. 398 p.

FIGUEIRA, Eduardo. Quer vender mais? Campinas: Papirus, 2006. 112 p.

GIL, Edson. Competitividade em vendas. Rio de Janeiro: Alta Books, 2003. 92 p.

LUPPA, Luis Paulo. O vendedor pit bull. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2007.
128 p.

MCCORMACK, Mark H. A arte de vender. [S. l.]: Best Seller, 2007. 192 p.

SEGAL, Mendel. Administração de vendas. São Paulo: Atlas, 1976. 253 p.

STANTON, William J. Administração de vendas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,


1984. 512 p.

TOMANINI, Cláudio et al. Gestão de vendas. São Paulo: Ed. FGV, 2004. 148 p.
(Marketing das publicações FGV management).

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-loja-de-

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