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Curso – Análise de Tensões

CURSO DE ANÁLISE DE
TENSÕES
Módulo Básico

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Curso – Análise de Tensões
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Comportamento Mecânico dos Materiais
3. Lei de Hooke
4. Tensão normal e tensão de cisalhamento
5. Tensões no plano (estado de tensões bi-axial)
6. Tensões principais
7. Estado de tensões tri-axial
8. Tensão plana / deformação plana
9. Critério de falha por escoamento de Von Mises
10. Fatores de segurança
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1. Introdução
Projetos de máquinas, veículos e estruturas buscam
• Níveis máximos de desempenho;
• Economia;
• Segurança;
• Durabilidade.

A fim de assegurar segurança, durabilidade e bom desempenho, é


necessário que sejam evitados principalmente:
• Tensões e deformações excessivas;
• Surgimento de trincas (propagação e fratura).

• O comportamento mecânico dos materiais é o estudo das tensões,


deformações e trincas nesses materiais.

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PROJETO ESTRUTURAL DE UM COMPONENTE:COMPONENTE a fim de evitar
falhas estruturais, deve garantir que a tensão no componente não
exceda a RESISTÊNCIA DO MATERIAL.

RESISTÊNCIA DO MATERIAL:
MATERIAL nível de tensão que causa falha,
qualquer que seja o mecanismo da falha.

CONSIDERAÇÕES EM UM PROJETO ESTRUTURAL:


ESTRUTURAL

• Entre outras, as seguintes considerações devem ser feitas durante


um projeto estrutural:
– Estados de tensão bi-axiais e tri-axiais;
– Presença de falhas ou trincas de diversos tamanhos;
– Tensões aplicadas por períodos longos;
– Tensões aplicadas ciclicamente.

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TIPOS DE FALHAS ESTRUTURAIS:
ESTRUTURAIS

FALHA POR DEFORMAÇÃO:


DEFORMAÇÃO modificação da forma ou dimensões de um
componente estrutural suficiente para causar perda de sua função;

FRATURA:
FRATURA quebra de um componente em duas ou mais partes devido à
presença de trincas.

MODOS BÁSICOS DE FALHA ESTRUTURAL:


Deformação: Independente - Elástica
do tempo: - Plástica

Dependente - Fluência
do tempo:

Fratura: Carregamento - Frágil


estático: - Dútil
- Ambiental
- Fluência

Carregamento - Alto ciclo


cíclico (fadiga): - Baixo ciclo
- Propagação por fadiga
- Corrosão por fadiga

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2. Comportamento mecânico dos materiais


DEFORMAÇÕES ELÁSTICAS
- Recuperação imediatamente após a remoção do carregamento.
- Tensões e deformações são proporcionais
- Constante de proporcionalidade para tensão axial : Módulo de Elasticidade (E)

P σ=Eε ∆L
ε=
Tensão σ
L
L
E
A P
L σ=
Deformação ε
A

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DEFORMAÇÕES PLÁSTICAS
- Não são recuperadas durante o descarregamento → Deformações Permanentes.
Permanentes
- Início da deformação plástica (ESCOAMENTO) → pequenos acréscimos de
tensões resultam em grandes aumentos de deformações.

- TENSÃO DE ESCOAMENTO (notação): σ0.

Escoamento
Tensão σ

E E

εp εe Deformação ε

PLÁSTICA ELÁSTICA

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TIPOS DE MATERIAIS (METÁLICOS):

- DÚTEIS:
DÚTEIS materiais capazes de acumular níveis elevados de deformação plástica
(ex: aços de baixa resistência, cobre, chumbo etc.)
- FRÁGEIS:
GEIS fraturam com baixos níveis de deformação plástica (aços de alta
resistência, vidro, pedra, acrílico etc.)

ENSAIOS DE TRAÇÃO: avaliação da resistência e da ductilidade de metais.


MATERIAL FRÁGIL MATERIAL DÚTIL
P

σ fratura σ
x x
fratura
escoamento

ε ε
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3. Lei de Hooke
Um material que possui as mesmas propriedades em todos os pontos do sólido é
chamado material homogêneo,
homogêneo e se as propriedades forem as mesmas em todas
as direções, o material é chamado isotrópico.
isotrópico

Suponha que uma barra de material homogêneo e isotrópico é sujeita a uma


tensão axial σx, como mostrado na figura.
σx
di ε y ,ε z εx

L E /ν E
Li
σx
d
L ε

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As deformações nas direções x, y e z são dadas pela variação do comprimento
e do diâmetro com respeito às posições inicial e final, como segue:

L − Li ∆L d − d i ∆d
εx = = εy = εz = =
Li Li di di
Para um material com comportamento linear-elástico:

• na direção x, a proporcionalidade entre a tensão e a deformação é expressa


através da relação:
σ x = Eε x (LEI DE HOOKE - 1D)

onde E é conhecido como Módulo de Young (ou Módulo de Elasticidade);


Elasticidade

• nas direções y e z, a proporcionalidade com respeito à direção x é expressa


através das relações:
εzεy
ν =− =−
εx εx
onde ν é conhecido como Coeficiente de Poisson.
Poisson
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Para uma situação genérica (em três dimensões), as deformações causadas por
cada componente de tensão podem ser simplesmente somadas.

Por exemplo, uma tensão na direção x causa uma deformação na direção x:


σx
E
e também causa deformações na direção y e z , iguais a:
νσ x

E
Deformação
A tabela ao lado é um resumo do Tensão εx εy εz
que acontece nas três direções. σx νσ νσ
σx − x − xz
A Lei de Hooke em três dimensões E E E
νσ y σy νσ y
é portanto a expressão das deformações σy − −
como função das tensões, somando-se E E E
νσ νσ σz
os componentes, conforme mostrado σz − z − z
na tabela. E E E

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4. Tensão normal e tensão de cisalhamento


No exemplo recém-ilustrado de um ensaio de tração, a tensão σx é um exemplo
de tensão normal.
normal No caso, a tensão é aplicada na direção axial e a deformação
também ocorrerá na mesma direção.
Já num problema de torção, como o ilustrado,
T τ
Tensão de
haverá uma deformação angular ocasionada Cisalhamento
Pura
por tensões de cisalhamento,
cisalhamento que surgem
na direção de aplicação da carga (no caso,
o torque T). γ
Deformação
O caso de torção é um exemplo de cisalhamento de Cisalhamento
puro. A tensão de cisalhamento é chamada τ, Pura

e, analogamente ao módulo de elasticidade E,


há uma constante de cisalhamento G, definida
por:
τ xy τ yz τ xz E
γ xy = γ yz = γ xz = Além disso: G=
G G G 2(1 + ν )

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5. Tensões no plano
Componentes de máquinas, veículos e estruturas são sujeitos a cargas aplicadas
de diversas naturezas, que podem incluir tensão, compressão, flexão, torção,
cargas de inércia, pressão, além da combinação dessas cargas.

Como conseqüência, estados complexos de tensões normais e de cisalhamento


devem ocorrer. O projetista deve assegurar que o componente não falhe diante
desse quadro. Para isso, as regiões onde as tensões são mais severas devem
ser identificadas, e a análise de tensões nessas regiões deve ser realizada.

Poucos problemas práticos podem ser reduzidos a um caso unidimensional (como


um ensaio de tração). Entretanto, para muitos problemas simplificações 2D se
demonstram eficientes.

Este tópico aborda o problema bi-dimensional, os parâmetros principais e a forma


de obtê-los.

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A primeira observação importante quando se analise tensões em um ponto é que
as mesmas variam em magnitude, mas que são máximas em certos planos.
z
A figura ao lado ilustra o caso mais genérico de σz
um ponto (um pequeno elemento) do material
sujeito a seis componentes de tensão. τ yz
τ zx σy
Caso os três componentes de tensão atuando
σx τ xy y
em uma das direções (por exemplo, na direção
z) for nulo, então o problema passa a ser plano.
x
y’ y
σy x’
τ xy
O estado de tensões resultante no plano x-y σx x
pode ser descrito em qualquer outro sistema σ y' σ x'
de coordenadas x´-y´. Para isso, faz-se o θ θ
equilíbrio de forças nas direções x e y.

τ xy '
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O resultado do equilíbrio serão as seguintes relações:

σ x +σ y σ x −σ y τ
σ= + cos(2θ ) + τ xy sen( 2θ ) θ
2 2 σx σ
σ x −σ y
τ =− sen(2θ ) + τ xy cos(2θ )
2
τ xy
σy

As relações acima são chamadas equações de transformação, pois permitem


a representação de estados de tensão equivalentes para diferentes valores do
ângulo θ.

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6. Tensões principais
As equações de transformação dão a variação de σ e τ para diversos ângulos.
Os valores máximo e mínimo de σ e τ são de especial interesse e podem ser
obtidos analisando a variação do ângulo θ.

Dois ângulos separados de 900 corresponderão aos valores máximo e mínimo


da tensão normal. Para esses ângulos o valor da tensão de cisalhamento será
ZERO.
ZERO

As tensões normais σ1 e σ2 se relacionam com as tensões nas direções x e y


(σx, σy e τxy) através das equações:

σ x +σ y σ x −σ y σ x +σ y σ −σ y 
2 2

σ1 = +   + τ xy 2 σ2 = −  x  + τ xy 2
2  2  2  2 

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7. Estado de tensões tri-axial


No caso geral (tri-axial), todos os seis componentes de tensões estarão presentes.
As equações de transformação serão para um plano no cubo e o novo sistema de
coordenadas x’-y’-z’ pode girar no espaço, como mostrado:

z σ x' z
z’
τ zx '
τ xy '

al
σ x'

m
or
τ yz '

N
x’ τ zx '
τ xy '
y y’ y
σ y'
σz'

x x
De forma similar ao problema no plano, pode-se determinar as tensões principais
σ1, σ2 e σ3, que existirão para uma posição no espaço onde não haverá tensão de
cisalhamento.

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8. Tensão plana / deformação plana
De volta ao problema no plano, há duas condições típicas que podem ser
Aproximadas por problemas bi-dimensionais. São os casos de tensão plana
E de deformação plana.
plana

Um problema é de tensão plana quando a tensão em uma


das direções for igual a ZERO.
ZERO Por exemplo, um problema
de análise de tensão em uma chapa fina pode ser simplificado
para um problema de tensão plana.

Um problema é de deformação plana quando a deformação


em uma das direções for igual a ZERO.
ZERO Isso ocorre por exemplo
em uma região muito espessa de determinado componente.

Na prática, a maioria das condições são um meio-termo entre


tensão plana e deformação plana. Por isso, muitas vezes se
tornam necessários modelos 3D até para análises de componentes
aproximadamente planos.

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9. Critério de falha (escoamento) de Von Mises


9.1. Necessidade de critérios de falha
Critérios de falha são necessários a fim de que os efeitos de estados de tensão
bi-axiais ou tri-axiais sejam levados em conta no escoamento e na ruptura.
A figura abaixo ilustra um pequeno elemento de um material metálico dútil, sujeito a
um estado de tensão uni-axial:

σy
y σy
σ0

x
E

z
ε
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y σy
σy Aplicando-se uma tensão
σx transversal compressiva (σx)
σ y =σ0 / 2 de mesma magnitude que σy,
x E
observa-se que a declividade
z 1 +ν da curva muda e também que
ε o escoamento ocorrerá para
y σy σy=σ0/2.
σy
σx σ y =σ0
Em contraste, aplicando-se
E uma tensão transversal de
x 1 −ν
tração de mesma magnitude,
z a declividade muda, mas σy=σ0.
ε
y
σy σy
Finalmente, para o caso
σ0
σx hidrostático, onde tensões iguais
E
1− 2ν
são aplicadas na mesma direção,
teoricamente não haverá
x
z σz ε escoamento!

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9.2. O critério de Von Mises

Como foi visto no tópico anterior, não é possível analisar o escoamento de um


elemento estrutural sujeito a um estado de tensões complexo simplesmente
baseando-se no resultado de um ensaio de tração.
O critério de escoamento de Von Mises é conhecido também como Critério da
Máxima Tensão de Cisalhamento Octaédrica e é o critério mais comumente
utilizado para metais dúteis. Isso porque foi verificado que nos planos chamados
octaédricos a tensão normal é a média das tensões principais σ1 ,σ2 e σ3.
Para um estado de tensões genérico (3D), a tensão de cisalhamento octaédrica
(em termos das tensões principais) é igual a:
1
(σ 1 − σ 2 )2 + (σ 2 − σ 3 )2 + (σ 3 − σ 1 )2
τh =
3
Em termos das tensões σx, σy e σz (num sistema de coordenadas x, y, z), o valor
da tensão de cisalhamento octaédrica será:

(σ − σ y ) + (σ y − σ z ) + (σ z − σ x ) + 6(τ xy2 + τ xz2 + τ zx2 )


1
τh =
2 2 2
x
3

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O resultado de um ensaio de tração fornece a seguinte relação entre a tensão
normal e a tensão de cisalhamento durante o escoamento:
2
τ h0 = σ0
3

Dessa forma, a tensão normal efetiva (que será comparada com a tensão de
escomento do material) é dada pelas seguintes equações (em termos de
tensões principais e tensões nas coordenadas x-y-z respectivamente):

σh =
1
(σ 1 − σ 2 )2 + (σ 2 − σ 3 )2 + (σ 3 − σ 1 )2
2

(σ − σ y ) + (σ y − σ z ) + (σ z − σ x ) + 6(τ xy2 + τ xz2 + τ zx2 )


1
σh =
2 2 2
x
2

Essas tensões são conhecidas também como TENSÕES DE VON MISES.


MISES

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10. Fatores de segurança


No projeto de componentes e estruturas, dificilmente serão feitas comparações
diretas (1:1) com os parâmetros de resistência do material (tensão de escoamento,
tensão de ruptura etc.)
Vários aspectos, como os que seguem, levarão à necessidade de se estabelecer
um coeficiente de segurança:
segurança
• variações entre valores reais de operação e cargas de projeto;
• variações estatísticas na resistência do material em função de sua composição
e de heterogeneidades;
• acabamento superficial, fatores ambientais etc.
Para um problema de análise de tensões (estático), o coeficiente de segurança
pode ser definido com a razão entre a tensão de escoamento e a máxima tensão
permitida, como segue:
σ0
F .S . =
σ allow
Valores típicos são F.S.=1,5, 2,0 etc, dependendo do problema considerado.
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É comum também estabelecer-se uma margem de segurança,


segurança por exemplo, de
50% com relação à tensão de escoamento, o que corresponderia a um fator de
segurança 1,5.
Deve-se lembrar que a tensão de escoamento e a tensão de ruptura são apenas
referências para o projeto estático, e que na prática a fadiga em componentes,
propagação de trincas por fadiga, vibrações, interação com outros sistemas etc.
etc
deverão preponderar quando se estabelece as cargas permissíveis no projeto de
componentes estruturais.

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