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PROJUDI - Processo: 0026324-71.2017.8.16.0014 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Airton Aparecido de Souza Junior


24/04/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA
COMARCA DE LONDRINA - PARANÁ

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JOSEMAR JOSÉ RIBAS, bbrasileiro, solteiro, motorista,
portador da Cédula de Identidade (RG) nº 9.867.677-5, inscrito no Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF/MF) sob o nº. 063.966.809-71, residente e domiciliado em
Telêmaco Borba/PR, sito a Rua Arroio Chui, nº 315 - CEP 84272-360, vem, por seu
advogado regularmente constituído (doc. anexo), respeitosamente, ante a elevada
presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 423, 757 a 777 do Código Civil;
6, inc. III, 46, 47, 51, inc. IV, 54 §4º, todos do Código de Defesa do Consumidor,
propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DE VIDA

Em face de CENTAURO – VIDA E PREVIDENCIA S/A,


pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 42.516.278/0001-66, com Rua
Piauí, 399 Sala 1203 – Centro Londrina – PR, Cep: 86.010-420, email:
filiallondrina@centauroseg.com.br, pelas razões de fato e de direito que passa a
expor:
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DOS FATOS

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Em 11 de Março de 2016, o Requerente sofreu acidente
de trânsito, conforme afirma o Prontuário Médico e o Boletim de Ocorrência anexo.

O Requerente exerce suas atividades na empresa


Benedito A. de Queiroz e Cia Ltda (docs. anexos). Tal instituição possui seguro de
vida e acidentes pessoais em grupo, em prol de seus funcionários, como estipulante
junto à seguradora Requerida.

Tal seguro, do qual o Requerente é segurado na


qualidade de empregado da Instituição, prevê, entre outras, a cobertura invalidez
permanente total ou parcial por acidente e está em plena vigência, desde a data da
sua contratação inicial até hoje, e, portanto, também na data de ocorrência do acidente
de trânsito e da constatação da invalidez.

Ocorre, que a Seguradora não forneceu a cópia atual da


Apólice do Seguro de Vida, todavia o Requerente ainda é funcionário da empresa
estipulante, assim, requer a apresentação da apólice vigente em juízo pela seguradora
ré e todos os documentos necessários a tanto.

Ante a invalidez parcial e permanente do Requerente,


ocasionada em virtude de acidente de trânsito, e a plena vigência do seguro de vida e
acidentes pessoais contratado, o Requerente faz jus ao recebimento da indenização
devida pelo seguro.

DA RECUSA DA SEGURADORA AO PAGAMENTO DA INDENIZAÇÃO

Ultrapassadas as conturbações pelas quais o Autor


enfrentou no momento, com evidência, em razão do acidente automobilístico e a
gravíssima consequência do acidente de transito, o Requisitante entrou em contato
com a Seguradora ré, visando o pagamento da indenização, por sua invalidez parcial e
permanente.

O Requerente efetuou aviso de sinistro perante a


seguradora ré, com envio de todos os documentos necessários para a regulação
administrativa do mesmo e diante da sistemática recusa da Seguradora em cumprir
com a obrigação assumida.
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Posto isto, não restou ao Requerente Segurado,
alternativa senão a de se socorrer do Poder Judiciário para fazer valer seus direitos
consistentes no justo e legítimo direito de receber a indenização prevista no contrato

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de seguro contrato.

DA LIMINAR

DA PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA

Em se tratando da produção antecipada de prova, comina


o inciso II do artigo 381 do Código de Processo Civil:

“A prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio


adequado de solução de conflito;”

Excelência, o supra citado artigo vem de encontro com o


que o presente caso almeja, composição amigável e celeridade para pôr fim à lide.
É cediço, para que haja justiça no pagamento da
indenização do seguro em comento, mister se faz, que seja aferida a debilidade
funcional total ou parcial.
Tal cognição só pode ser alcançada através de produção
de prova pericial, que tenha sofrido o contraditório de ambas as partes.
Desta feita, não há como, sequer requerer audiência de
conciliação para que as partes possam compor. Assim sendo, a antecipação de
produção de prova pericial é de salutar importância e vem a beneficiar ambos os
litigantes.
Ante ao exposto, se requer em caráter liminar inaudita
altera pars a concessão da produção antecipada da prova pericial, requerendo ainda,
a nomeação de perito para a realização do procedimento pericial.
O Requerente, apresenta nesta peça os quesitos que
deseja que sejam apurados, mas bem como, sustenta a impossibilidade de enviar
assistente técnico, tendo em vista, ser pessoa pobre.
Requer também, que junto à citação, conste a concessão
do presente pleito, e que o Requerido, querendo, além de apresentar defesa,
apresente ainda, quesitos para a perícia e assistente técnico.
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DA APÓLICE DE SEGURO DE VIDA COLETIVO – DOS RISCOS COBERTOS – INVALIDEZ
PERMANENTE – DEVER DE INDENIZAR.

O artigo 757 do Código Civil dispõe que pelo contrato de

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seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse
legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Já
o artigo 763 do mesmo diploma legal estabelece que tem direito à indenização o
segurado que estiver em dia com o pagamento do prêmio na data de ocorrência do
sinistro.
Observe-se que conforme o Prontuário Médico em anexo,
em decorrência do acidente o Requerente sofreu várias lesões estas evoluíram, e
resultaram em invalidez parcial e permanente.
Portanto, estando em dia com o pagamento do prêmio e
ocorrendo o sinistro coberto pelo seguro dentro do período de plena vigência e
cobertura do mesmo, deve a seguradora indenizar o valor devido, pagando ao
requerente, o valor correspondente à ocorrência do evento invalidez permanente
conforme previsto no contrato de seguro de vida coletivo contratado.

DO DIREITO – SEGURO DE VIDA EM GRUPO – CONTRATO DE ADESÃO – PRINCÍPIOS DA


BOA-FÉ OBJETIVA, EQUIDADE E TRANSPARÊNCIA – INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR – DEVER DE INDENIZAR.

O contrato de seguro de vida firmado, do qual a vítima é


segurada, insere-se no âmbito das relações de consumo, estando sujeito às normas
estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor, pois sua execução estende-se
até os dias atuais e o sinistro ocorreu já na vigência do referido Código, promulgado
em 11/09/1990.
Como pode se observar dos documentos apresentados a
apólice de Seguro Vida coletivo à qual aderiu o Requerente, caracteriza-se como
seguro de contratação em adesão, tendo como principal característica o fato de que
suas cláusulas são impostas unilateralmente pelo fornecedor, não cabendo à parte
aderente discuti-las.
Essa espécie de contrato submete-se à disciplina do
referido Código, o qual, em boa hora, “outorgou indispensável proteção contratual a
uma categoria que sofria constantes abusos e prejuízos em decorrência de sua
fragilidade e de ter de aderir a condições que não discutiu, nem tinha meios de
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conhecer em extensão e profundidade, e que, por isso, eram-lhe praticamente
impostas”1.
Diante desse novo paradigma, os contratos de adesão

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passaram a se submeter a novas regras, as quais impõem o dever de trazerem
estampado de forma clara e inequívoca os limites da avença, pois o consumidor “deve
ter a oportunidade de tomar conhecimento do contrato pela simples leitura, sem
prejuízo do dever de esclarecimento, imposto ao fornecedor pelo CDC 46”2.
Nesse sentido, tem o consumidor o direito básico à
informação adequada sobre produtos e serviços (CDC 6º, inc. III). Destarte, o
fornecedor de produtos e serviços deverá ter a cautela de oferecer oportunidade ao
consumidor para que, antes de concluir o contrato de consumo, tome conhecimento do
conteúdo do contrato, com determinação precisa dos direitos e deveres de ambas as
partes contratantes, bem como as sanções previstas em caso de inadimplemento.
Em decorrência do princípio da informação supra
mencionado, decorre o dever do fornecedor de produtos, alertar de maneira ostensiva
o consumidor acerca das chamadas cláusulas desvantajosas. Em relação a essas
cláusulas (CDC, Art. 54, §4º), destaca NELSON NERY JUNIOR:
“(...) qualquer cláusula que implique limitação a direito do
consumidor deve vir com destaque no contrato de
adesão, de modo que o consumidor a identifique
imediatamente”3.

Isso implica que, havendo dúvidas acerca da existência


ou não de situações desvantajosas ao consumidor, haja vista a falta de clareza e
informação acerca de tais “cláusulas desvantajosas”, a teor do Art. 47 do CDC, tais
cláusulas contratuais serão sempre interpretadas de maneira mais favorável ao
consumidor. Por sua vez, dispõe o Art. 423 do CC que “quando houver no contrato de
adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar interpretação mais
favorável ao aderente”.

Acerca desses dispositivos, esclarece NELSON NERY


JUNIOR:
“Aos contratos de consumo se aplicam os princípios da
teoria da interpretação contratual. São os seguintes: a) a
interpretação deve ser sempre mais favorável ao
consumidor; b) deve-se atender mais à intenção das

1 ALMEIDA, João Batista de. Manual de Direito do Consumidor. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 120.
2 NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Novo Código Civil e Legislação
Extravagante anotados. São Paulo: RT, 2002. p. 779.
3 Idem. Ibidem. p. 779.
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partes do que à literalidade da manifestação de
vontade (CC/1916 85); c) a cláusula geral de boa-fé
reputa-se ínsita em toda relação jurídica de consumo,
ainda que não conste expressamente do instrumento

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do contrato (CDC 4º caput e III e 51 IV) (...); e) nos
contratos de adesão as cláusulas ambíguas ou
contraditórias, a interpretação se faz contra
estipulatorem, em favor do aderente (consumidor)
(...)”4.
Nesse sentido fixou-se a jurisprudência do STJ:
“Direito civil e processual civil. Contrato de seguro de vida
em grupo. Ocorrência de risco previsto no contrato.
Indenização. CDC. Interpretação favorável ao
consumidor. Divergência jurisprudencial não
demonstrada. - Verificada a ocorrência de risco
previsto em contrato de seguro de vida em grupo,
está a seguradora obrigada a indenizar o segurado. -
Ao interpretar o contrato, o Eg. Tribunal de origem
deve fazê-lo de forma favorável ao consumidor, que é
considerado parte hipossuficiente. - Não se conhece
do recurso especial pela alínea "c" quando não for
comprovada a divergência jurisprudencial nos moldes
legal e regimental”. (STJ – Terceira Turma – Resp.
492.944/SP – Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI – julgado
em 01.04.2003 – DJU 05.05.2003).

Outrossim, o CDC protege o consumidor das chamadas


cláusulas leoninas ou abusivas. De acordo como Art. 51, inc. IV desse diploma legal
são consideradas abusivas as cláusulas que coloquem o consumidor em desvantagem
exagerada, ou seja, incompatíveis com a boa-fé ou a equidade.
Quer-se dizer com isso que as cláusulas contratuais,
sobretudo aquelas decorrentes de contrato de adesão, não podem ser interpretadas
literalmente, fazendo-se mister uma exegese sistemática e teleológica em
consonância com as disposições do Código Civil e legislação extravagante, assim
como os princípios gerais do direito que norteiam a matéria, isto porque as cláusulas
inseridas no bojo dos contratos de adesão em hipótese alguma poderão relativizar a
incidência das normas de ordem pública.
Dentre esses princípios se encontra o da “boa-fé
objetiva”, o qual diz respeito à conduta dos sujeitos participantes das relações de
consumo, e é da essência do contrato de seguro, onde a caracterização da má-fé de
qualquer das partes é suficiente para pôr fim ao negócio jurídico.

4NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Novo Código Civil e Legislação
Extravagante anotados. São Paulo: RT, 2002. p. 758.
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“Os princípios da boa-fé e da confiança protegem as
expectativas do consumidor a respeito do contrato de
consumo”5.

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Destarte, a conduta das partes deve ser pautada por
padrões éticos e morais tanto no momento da contratação, quando no decorrer da
execução do contrato.
Nesse sentido, esclarece JOÃO BATISTA DE ALMEIDA6:

“O CDC exige que os agentes da relação de consumo,


fornecedor e consumidor, estejam predispostos a atuar
com honestidade e firmeza de propósito, sem espertezas
ou expedientes para impingir prejuízos ao outro. A boa-fé,
ao lado da equidade, conduz à paz social e à harmonia
entre as partes, permitindo que o mercado flua com
regularidade e sem percalços, tanto na fase pré-
contratual como no momento de sua execução”.

Este princípio é indissociável de outro igualmente


importante, denominado de princípio da transparência, o qual representa, em
matéria contratual, a exigência de que as partes “atuem com sinceridade, seriedade e
veracidade, tanto na fase inicial como na contratação propriamente dita. Transparência
– define CLÁUDIA LIMA MARQUES – ‘significa informação clara e correta sobre o
produto a ser vendido, sobre o contrato a ser firmado, significa lealdade e respeito nas
relações entre fornecedor e consumidor, mesmo na fase pré-contratual, isto é, na fase
negocial dos contratos de consumo”7.
Esses princípios cardeais não eram estranhos às
relações contratuais securitárias travadas sob a égide do revogado Código Civil, o qual
dispunha em seu Art. 1.443, in verbis:

“Art. 1.443. O segurado e o segurador são obrigados


a guardar no contrato a mais estrita boa-fé e
veracidade, assim a respeito do objeto, como das
circunstâncias e declarações a ele concernentes”.

Entretanto, no presente caso, tudo que foi dito acerca de


contratos de adesão, cláusulas abusivas e o principal, boa-fé objetiva, transparência e
equidade foi deliberadamente inobservado pela seguradora Requerida, tanto por
ocasião da celebração do contrato, quanto durante a sua execução.

5 Nesse sentido: STJ – Terceira Turma – Resp. 590.336/SC – Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI – j.
07.12.2004 – DJU 21.02.2005.

6 ALMEIDA, João Batista de. Manual de Direito do Consumidor. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 107.
7 ALMEIDA, João Batista de. Manual de Direito do Consumidor. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 107.
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Desde quando foi firmado o contrato, o contratante pagou
corretamente o prêmio, inclusive a competência referente ao período de cobertura
dentro da qual ocorreu o sinistro, assim o autor tem todo o Direito de receber a

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indenização devida.
Em suma, é sempre a mesma triste história: de um
lado as empresas Seguradoras tentando burlar as normas éticas e o Código de
Defesa do Consumidor por intermédio de cláusulas abusivas (imiscuídas no
bojo dos contratos de adesão) e práticas imorais, visando sempre o indevido
enriquecimento; do outro o consumidor, sempre pego de surpresa por toda
sorte de ressalvas, e o que é pior, sempre nos momentos mais difíceis de suas
vidas.
Desta forma, é certo que, havendo discordância entre o
que realmente foi proposto ao contratante por ocasião da adesão à apólice de Seguro
de Vida, e as alegações das empresas Requeridas, sem qualquer embasamento, deve
prevalecer o direito à indenização securitária, como decorrência dos singelos
argumentos articulados nas linhas acima.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

DA INDENIZAÇÃO E SUA FORMA – APRESENTAÇÃO EM JUÍZO DA APÓLICE DE SEGURO

O requerente é beneficiário de seguro de vida contratado


com a Requerida. Todavia, ocorre que a requerida não forneceu à vítima cópia da
apólice e o certificado de seguro vigentes na data de ocorrência do sinistro.

Ressalte-se que nos referidos documentos, qual sejam a


apólice e o Certificado de seguro, é que estão as informações e os maiores detalhes
sobre o contrato de seguro celebrado, inclusive a indicação detalhada de eventos
cobertos, o número de segurados, o valor de cada quota parte das indenizações, etc.

O artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do


Consumidor, estabelece que é direito do consumidor a facilitação da defesa de seus
direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências.

Assim, ante os documentos apresentados que


comprovam a existência do contrato de seguro de vida e a plena vigência de sua
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cobertura com o pagamento em dia do prêmio, bem como a fragilidade e a
hipossuficiência do requerente em relação à requerida, requer que esse d. Juízo se
digne a intimar a requerida para que apresente cópia da Apólice de seguro, nos

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termos do artigo 6º, inciso VIII do CDC.

A presente relação entre as partes é tipicamente da seara


consumerista, portanto, inegável é a sua regência pelo Código de Direito do
Consumidor.

No que se refere à hipossuficiência do autor, esta se


substancia no fato de que por ser empregado da empresa estipulante, não sendo
contratante direto da apólice, nem ao menos teve acesso à cópia daquela.

Quanto à fumaça do bom direito e o perigo na demora,


substanciam-se também, pois, é sabido que hoje em dia, a maioria das empresas por
questão de própria segurança e para isentar-se de ônus indenizatórios, costumam
contratar seguro de vida em grupo.

Ante ao exposto, requer-se liminarmente, inaudita altera


pars, a inversão do ônus da prova em favor do Requerente.

Requer também que o cálculo da indenização devida seja


efetuado após a apresentação em juízo pela seguradora ré de todos os documentos
necessários a tanto, inclusive apólice do seguro contratado.

DOS DANOS MORAIS

Em relação ao DANO MORAL, tem-se que o Autor


também sofreu danos em sua esfera moral, pois o fato dito alhures não se trata de
mero aborrecimento, uma vez que o Autor realmente se sentiu bastante aviltado, visto
que devido ao acidente o Autor ficou com sequelas físicas e psíquicas, restou
prejudicado seu condicionamento físico e psicológico, o que lhe acarreta prejuízos
morais.

O Autor efetivamente sofreu um abalo psicológico e


emocional desde o momento da negativa do pagamento da apólice, visto que o
objetivo do Segurado não foi atingido, ou seja, no momento do infortúnio de seu
acidente, os primeiros meses que se sucedem, sempre são os mais difíceis pela
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imprevisibilidade do evento e que demandam de uma maior proteção, inclusive
financeira!

O dano moral tem sido objeto de debates intensos, em

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face do crescente número de demandas surgidas nos últimos tempos, prova
inconteste da melhora no nível de conscientização da sociedade em relação aos seus
direitos.

Enquanto por um lado já se tem como ponto pacífico o


fato de que o dano moral puro pode e deve ser indenizado, conforme orientação do
próprio STF, a questão da fixação do quantum permanece nebulosa, porquanto se
faltam parâmetros legais para tal mister.

A nossa Constituição Federal, prevê em seu artigo5º


inciso X, a indenização por danos materiais e morais, como adiante se vê:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...);

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a


honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de sua violação;

Desta forma, conclui-se que o Autor de fato sofreu os


DANOS MORAIS, pois houve ofensa injusta a sua dignidade, uma vez que a
seguradora ré se recusou a cumprir com a sua obrigação, e pagar a indenização
securitária pela Invalidez Permanente por Acidente do requerente, lhe causando
diversos danos, inclusive morais, fato este que atinge diretamente a dignidade de
qualquer pessoa.

Nesse sentido:

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA DE


APÓLICE DE SEGURO C/C COM EXIBIÇÃO DE
DOCUMENTO E DANOS MORAIS. SEGURO DE VIDA.
FALECIMENTO DO SEGURADO. COMUNICAÇÃO À
SEGURADORA COM APRESENTAÇÃO DA
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA. LIBERAÇÃO DO
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SEGURO NEGADA. DEVER DE INDENIZAR. DANO
MORAL CONFIGURADO. ARBITRADO QUANTUM EM
R$5.000,00 (CINCO MIL REAIS). SENTENÇA

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REFORMADA. Recurso provido. Esta 2ª Turma Recursal
- DM92 resolve, por unanimidade dos votos, em relação
ao recurso de ENEIDE SCHUAIGERT PROCHE, julgar
pelo (a) Com Resolução do Mérito - Provimento nos
exatos termos do voto (TJPR - 2ª Turma Recursal -
DM92 - 0001330-44.2016.8.16.0036/0 - São José dos
Pinhais - Rel.: Marcelo de Resende Castanho - - J.
09.03.2017) (grifo nosso)

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
SEGURO DE VIDA. RECUSA NO PAGAMENTO.
PRÊMIO DEVIDO. VIOLAÇÃO A BOA-FÉ OBJETIVA.
DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR FIXADO DE
ACORDO COM O CASO CONCRETO. SENTENÇA
PARCIALMENTE REFORMADA. Recurso conhecido e
provido. Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c
indenização por danos morais, ajuizada por Elisete de
Fátima de Andrade em face de ACE Seguradora S/A e
COMPANHIA FORCA E LUZ DO OESTE, em que alega
a reclamante a condenação das reclamadas ao
pagamento de indenização securitária pelo falecimento
de sua genitora. Sobreveio sentença julgando
parcialmente procedente o pedido inicial, condenando as
reclamadas ao pagamento de R$960,00 em favor da
reclamante a título de indenização securitária.
Inconformada a reclamante interpôs recurso inominado,
requerendo, em síntese a condenação da reclamada ao
pagamento de indenização por danos morais. No mérito,
razão assiste a recorrente. Com efeito, resta comprovada
a prática abusiva das recorridas que negaram o
pagamento do seguro de vida, mesmo a recorrente
fazendo jus ao prêmio, havendo a violação a boa-fé
PROJUDI - Processo: 0026324-71.2017.8.16.0014 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Airton Aparecido de Souza Junior
24/04/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

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objetiva esperada nas relações de consumo, o que torna
devida a indenização por danos morais. Para à fixação do
quantum indenizatório resta consolidado, tanto na

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doutrina, como na jurisprudência pátria o entendimento
de que a fixação do valor da indenização por dano moral
deve observar o princípio da razoabilidade, levando-se
em conta as peculiaridades do caso concreto, como a
situação econômica do autor, o porte econômico da ré, o
grau de culpa e a atribuição do efeito sancionatório e seu
caráter pedagógico. Nesse sentido, é o entendimento
desta Corte: Ante o exposto, esta 1ª Turma Recursal
resolve, por unanimidade dos votos, em relação ao
recurso de Elisete de Fátima de Andrade, julgar pelo (a)
Com Resolução do Mérito - Provimento nos exatos
termos do voto (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0006834-
80.2015.8.16.0031/0 - Guarapuava - Rel.: FERNANDA
DE QUADROS JORGENSEN GERONASSO - - J.
25.10.2016) (grifo nosso)

Desta forma, não resta dúvida quanto ao dever de


indenizar por parte da Seguradora ré, pois se encontram presentes os três requisitos
para a concessão da indenização por danos morais, ou seja, o dano, o nexo de
causalidade e a culpa ou dolo do agente, portanto, fica a parte Requerida causadora
do dano obrigada a repará-lo.

Outrossim, o Autor por demais humilhado, tem direito a ser


ressarcido por ato doloso ou culposo do qual não tinha que passar, e ao observar e
cumprir literalmente os ditames do Código Civil Brasileiro, quanto ao direito de
indenização por ato doloso ou culposo contra a dignidade da pessoa.

O dano moral na moderna doutrina é toda agressão injusta


àqueles bens imateriais, tanto de pessoa física quanto jurídica, insuscetível de
quantificação pecuniária, porém indenizável com tríplice finalidade: satisfativo para a
vítima, dissuasório para o ofensor e de exemplaridade para a sociedade.

O ato ilícito é aquele praticado em desacordo com a norma

Jurídica destinada a proteger interesses alheios, violando direito subjetivo individual,


causando prejuízo a outrem e criando o dever de reparar tal lesão.
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Harmonizando os dispositivos legais feridos é de inferir-se
que a reparação satisfatória por dano moral é abrangente a toda e qualquer agressão
às emanações personalíssimas do ser humano, tais como a honra, dignidade,

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reputação, liberdade individual, vida privada, recato, abuso de direito, enfim, o
patrimônio moral que resguarda a personalidade no mais lato sentido.

Sobre o dano moral a Egrégia Corte do Superior Tribunal


de Justiça entende que:

Dano moral puro. Caracterização. Sobrevindo em razão


de ato ilícito, perturbação nas relações psíquicas, na
tranquilidade, nos entendimentos e nos afetos de uma
pessoa, configura-se o dano moral, passível de
indenização. (STJ, Min. Barros Monteiro, T. 04, REsp
0008768, decisão 18/02/92, DJ 06/04/1998, p. 04499).

Como ensina o eminente doutrinador José Raffaelli Santini,


em sua obra “Dano Moral”, editora de direito, pág.51:

“... o dano moral requer indenização autônoma, cujo


critério o arbitramento, ficando este a cargo do juiz, que,
usando de seu prudente arbítrio, fixará o valor do
“quantum” indenizatório. Para isso deverá levar em conta
as condições das partes, o nível social, o grau de
escolaridade, o prejuízo das partes, a intensidade da
culpa e os demais fatores concorrentes para a fixação
do dano”.

Caio Mário da Silva Pereira, em sua obra “Instituições de


Direito Civil”, 20ª edição, 2004, páginas 660 e 661, também segue o mesmo
ensinamento:

"Em princípio, a responsabilidade civil pode ser definida


como fez nosso legislador de 1916 (art. 159): a obrigação
de reparar o dano imposta a todo aquele que, por ação
ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito ou causar prejuízo a outrem. (...) Do
conceito, extraem-se os requisitos essenciais: a) em
primeiro lugar a verificação de uma conduta antijurídica,
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que abrange comportamento contrário a direito, por
comissão ou por omissão, sem necessidade de indagar se
houve ou não propósito de malfazer; b) em segundo lugar,

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a existência de um dano, tomada a expressão no sentido
de lesão a um bem jurídico, seja este de ordem material ou
imaterial, de natureza patrimonial ou não patrimonial; c) e
em terceiro lugar o estabelecimento de um nexo de
causalidade entre uma e outro, de forma a precisar-se que
o dano decorre da conduta antijurídica, ou, em termos
negativos, que sem a verificação do comportamento
contrário a direito não teria havido o atentado ao bem
jurídico.” (Grifo nosso).

Portanto, requer a Vossa Excelência seja a Seguradora ré,


condenada ao pagamento da indenização securitária por Invalidez Permanente por
Acidente do Segurado, bem como, condenada aos Danos Morais que lhe causou
quando deixou de cumprir com a sua obrigação contratual, causando-lhe muito mais
que meros aborrecimentos, devendo ser responsabilizada diante de seu ato ilícito,
com base nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, bem como pelo caráter
punitivo da obrigação civil no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

REQUERIMENTO FINAL

Ante o exposto requer:

I - A concessão da liminar pleiteada, inaudita altera pars, consistente na


inversão do ônus da prova e na produção antecipada da prova pericial, nomeando-se
perito para tanto;
II - Requer ainda, a citação do Requerido, e que junto desta conste a
concessão do pleito, e que o mesmo, querendo, além de apresentar defesa, apresente
ainda, quesitos e assistente técnico para o ato;
III - Encartado o laudo e a apólice nos autos, requer a designação de audiência
de conciliação;

SUBSIDIARIAMENTE E SUCESSIVAMENTE SE
REQUER:
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IV - A concessão da gratuidade da justiça;

V - Confirmar a liminar, para intimar a empresa requerida a trazer aos autos

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cópia da apólice e do certificado de seguro vigentes no período de cobertura em que
ocorreu o sinistro;

VI - Em não sendo deferido o pedido liminar, a citação do Requerido para que


querendo conteste a ação;
VII - Que não seja designada audiência de conciliação, pelo menos no presente
momento;
VIII - A procedência da ação, condenar a Requerida a pagar ao Requerente a
indenização devida pela ocorrência do evento invalidez parcial e permanente, coberto
pelo contrato de seguro firmado do qual a vítima é segurada, no valor previsto na
apólice de seguro, devendo-se pagar o valor corrigido, acrescido de juros de mora, a
contar da ocorrência do sinistro, nos termos do artigo 397 do CC.
IX - a condenação da Seguradora Requerida ao pagamento de indenização a
título de danos morais, na monta de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
X - A condenação do Requerido ao pagamento dos honorários de sucumbência
e das custas processuais;

Dá-se à presente, para os devidos fins de alçada, o valor


de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

Nestes termos, pede deferimento.


Londrina - PR, 19 de Abril de 2017.

AIRTON APARECIDO DE SOUZA JÚNIOR


OAB/PR 80.137

MAYRA CAROLINE DE SOUZA


AUXILIAR JURIDICO
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DOS QUESITOS PERICIAIS

Em que pese os documentos médicos apresentados,

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para a comprovação da invalidez permanente do Requerente necessária se faz a
realização de perícia médica judicial.

E para a realização de tal exame pericial o Requerente


apresenta os seguintes quesitos:

a) O autor possui doença/enfermidade? Qual e Desde quando? Tal


doença/enfermidade tem relação com o acidente de trânsito sofrido, ou por ele foi
agravada?

b) Do acidente de trânsito sofrido, resultou debilidade permanente de membro, sentido


ou função? E deformidade permanente? Em qual região do corpo? Houve dano da
parte estética?

c) A debilidade/deformidade permanente ocasionada impede o autor de levar uma vida


comum? Gera-lhe limitações? Resulta-lhe em perigo de vida?

d) Existe tratamento médico/cirúrgico capaz de reverter à situação do autor? Tal


procedimento é viável e acessível às pessoas de situação financeira precária? Tal
tratamento é eficaz? Em qual porcentagem?

e) A invalidez do autor pode ser fixada em qual porcentagem?

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