Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Anatomofisiologia II
Professor Manuel Mariz
Francisco Santos
1
Francisco Santos
Índice
Sistema Respiratório ..................................................................................................................... 4
Vias de Condução e Respiratórias ............................................................................................. 5
Anatomia do Sistema Respiratório ............................................................................................ 6
Princípios a ter presente .......................................................................................................... 13
Ventilação, Capacidades, Volumes e Espaços Mortos........................................................ 14
Princípios Físicos das Trocas Gasosas ................................................................................ 16
Regulação da Ventilação ..................................................................................................... 19
Sistema Digestivo........................................................................................................................ 23
Boca......................................................................................................................................... 26
Faringe..................................................................................................................................... 30
Esófago.................................................................................................................................... 30
Estômago ................................................................................................................................. 31
Intestino Delgado .................................................................................................................... 33
Intestino Grosso ...................................................................................................................... 37
Fígado...................................................................................................................................... 40
Funções do fígado ............................................................................................................... 43
Pâncreas................................................................................................................................... 44
Vesícula Biliar ......................................................................................................................... 45
Peritoneu ................................................................................................................................. 46
Fisiologia do Aparelho Digestivo ........................................................................................... 48
Nutrição e Digestão ............................................................................................................. 48
Vitaminas, as suas funções e onde existem ............................................................................. 55
Aparelho Sexual e Reprodutor .................................................................................................... 56
Masculino ................................................................................................................................ 56
Períneo................................................................................................................................. 57
Bolsa escrotal/escroto .......................................................................................................... 57
Testículos ............................................................................................................................ 58
Vias espermáticas ................................................................................................................ 61
Pénis .................................................................................................................................... 63
Glândulas Anexas................................................................................................................ 63
Feminino ................................................................................................................................. 64
Vagina ................................................................................................................................. 64
2
Francisco Santos
Útero.................................................................................................................................... 65
Trompas Uterinas ou de Falópio ......................................................................................... 66
Ovários ................................................................................................................................ 67
Ciclo Menstrual ................................................................................................................... 69
Vulva ................................................................................................................................... 71
Mamas ................................................................................................................................. 72
Sistema Urinário.......................................................................................................................... 73
Rins ......................................................................................................................................... 74
Nefrónios ............................................................................................................................. 75
Ureteres e Bexiga .................................................................................................................... 79
Urina........................................................................................................................................ 80
3
Francisco Santos
Sistema Respiratório
Respiração – a respiração inclui a ventilação, a difusão, o transporte de oxigénio e
dióxido de carbono no sangue e as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos;
Ventilação – a ventilação compreende apenas o movimento que o ar faz de entrada e
saída dos pulmões;
Perfusão – a perfusão compreende as trocas gasosas nos alvéolos pulmonares
Mecânica ventilatória
Resistência
Elástica (dada pelos ossos, articulações, pulmão, pleura, pele)
Não elástica
Resistência por parte das vias aéreas (quando existe inflamação,
obstrução e aumento do tónus)
Resistência viscosa por parte dos tecidos
Forças
Músculos inspiratórios: diafragma, intercostais externos (que elevam as
costelas ampliando a caixa torácica) e os escalenos e o
esternocleidomastoideu (músculos acessórios, em ventilação forçada por
exemplo)
Músculos expiratórios: abdominais (grande recto e transverso do
abdómen)
4
Francisco Santos
Vias aéreas
Superiores
Nariz
Cavidade nasal
Faringe
Inferiores
Laringe
Traqueia
Brônquios
Pulmões (bronquíolos e alvéolos)
5
Francisco Santos
Diafragma
Inervado pelo nervo frénico (que tem origem das raízes de C3 e C5)
Tem a forma de cúpula
Ligado á porção inferior da grelha costal
Contrai e baixa os pulmões
Diminui a pressão da caixa torácica
Nariz
Pirâmide nasal – constituída por lâminas cartilagíneas, é a saliência visível na
face
O dorso do nariz é constituído pelos ossos próprios do nariz
Fossas nasais (cavidade nasal) – espaço existente entre as narinas e as coanas
Narinas – orifícios externos
Coanas – orifícios posteriores, que comunicam com a faringe
Vestíbulo – porção anterior da cavidade nasal, subjacente às narinas
Palato duro – pavimento da cavidade nasal, que separa a cavidade nasal
da cavidade oral
6
Francisco Santos
7
Francisco Santos
Cordas vocais – são dois pares de ligamentos que têm origem na face anterior
das aritnoideias e se estendem até à face posterior da tiroideia.
Cordas vocais falsas ou pregas vestibulares – são formadas pelo par de
ligamentos superiores e revestidos por uma mucosa. Quando estas se
unem, impede a saída de ar dos pulmões e a entrada de sólidos ou
líquidos;
Cordas vocais verdadeiras ou pregas vocais – à abertura entre elas dá-
se o nome de glote.
8
Francisco Santos
Traqueia
Ocupa a porção anterior e inferior do pescoço;
Estende-se desde o nível da 6ª ou 7ª vértebra cervical (extremidade superior) até
á 3ª ou 4ª dorsal (extremidade inferior);
Tubo membranoso constituído por tecido denso e músculo liso, reforçado por 15
a 20 cartilagens em forma de “C”, com função protectora e que a mantém aberta;
Posteriormente não tem cartilagem mas é constituída por uma membrana
ligamentosa e músculo liso, o músculo traqueal;
É revestida por uma mucosa constituída por epitélio cilíndrico
pseudoestratificado ciliado (cílios) com células caliciformes;
Os cílios propulsionam o muco a sair para a faringe onde é deglutido;
Tem uma bifurcação o que constitui os brônquios principais, ou de 1ª ordem.
Estes brônquios são separados por um espessamento da cartilagem mais inferior
da traqueia, a carina.
9
Francisco Santos
Bronquíolos Bronquíolos
Traqueia terminais respiratórios
Brônquios Brônquios
secundários ou terciários ou Alvéolos
lobares segmentares
10
Francisco Santos
11
Francisco Santos
Figura dos lobos em ambos os pulmões (nesta imagem não se vê um lóbulo, o superior
lingular, no pulmão esquerdo. Apenas se vê na parte externa.)
12
Francisco Santos
Irrigação (2 vias)
1ª – As artérias pulmonares levam o sangue desoxigenado até aos capilares
alveolares, onde se oxigena e volta para o coração pelas veias pulmonares;
2ª – O sangue oxigenado vai até aos capilares alveolares através das artérias
brônquicas (provenientes da aorta torácica), libertando o oxigénio;
Na porção mais proximal dos brônquios o sangue volta ao coração através da
ázigos e das veias brônquicas;
Na porção mais distal o sangue entra nas veias pulmonares misturando-se com
sangue oxigenado proveniente dos brônquios.
13
Francisco Santos
Volumes
Volume Corrente (VC) – é o volume de ar inspirado ou expirado, durante uma
inspiração ou expiração em repouso, cerca de 500 ml;
Volume de Reserva Expiração (VRE) – é o volume máximo de ar expirado
numa manobra forçada, após a expiração do volume corrente, cerca de 1100 ml;
Volume de Reserva Inspiração (VRI) – é o volume máximo de ar inspirado
numa manobra forçada, após a inspiração do volume corrente, cerca de 3000 ml;
Volume Residual (VR) – é o volume de ar que permanece nas vias aéreas, após
uma expiração, a mais forçada possível, cerca de 1200 ml;
Volume Expiratório Máximo por Segundo (VEMS) – corresponde à
quantidade de ar expirada durante o 1º segundo de uma expiração forçada;
14
Francisco Santos
Capacidades
Capacidade Pulmonar Total (CPT) – é a soma dos volumes de reserva
inspiratória e expiratória, mais o volume residual e corrente, cerca de 5800 ml;
Capacidade Vital (CV) – corresponde à soma do volume de reserva
inspiratória, com o volume corrente e o volume de reserva expiratória, que é o
volume máximo de ar que uma pessoa consegue expirar, apos uma inspiração
forçada, cerca de 4600 ml;
Capacidade Residual Funcional (CRF) – corresponde à soma do volume de
reserva expiratória com o volume residual, que é a quantidade de ar que
permanece nos pulmões no final de uma expiração em repouso, cerca de 2300
ml.
15
Francisco Santos
16
Francisco Santos
Pressão Parcial
A pressão atmosférica ao nível do mar é de 760 mmHg, sendo a percentagem de
componentes de ar seco: 79% de azoto e 21% de oxigénio.
Segundo a Lei de Dalton, numa mistura, a pressão parcial é determinada pela
percentagem desse gás no volume total da mistura, ou seja, como o por exemplo
azoto representa 78,62%, a sua pressão parcial é de 0,7862 vezes 760 mmHg, ou
seja, 597,5 mmHg.
17
Francisco Santos
Gases do Sangue
Transporte de O2
Dissolvido em pequena percentagem no plasma
Fixa-se á hemoglobina
PO2 80 a 100 mmHg
Insuficiência respiratória Valores inferiores ou iguais a 70 mmHg
PCO2 38 a 42 mmHg
Hipoventilação alveolar Valores superiores ou iguais a 45 mmHg
18
Francisco Santos
Regulação da Ventilação
A respiração é comandada pelo córtex cerebral, para poder exercer um papel importante
na regulação da ventilação, contribui o facto de podermos aumentar voluntariamente a
nossa ventilação, o que também pode ser possível por via reflexa, em situações de medo
e ansiedade.
A regulação da ventilação é controlada pelos centros bulbares, que têm origem nos
neurónios do bulbo raquidiano, que estimulam os músculos da respiração.
19
Francisco Santos
Regulação da ventilação
Centros de protuberância
Apnêustico – promove a inspiração
Pneumotáxico – promove a expiração
Reflexo de Hering-Breuer
Insuflação
Inspiração
pulmonar
Activação de
receptores de
Estimulação do
estiramento dos
centro
brônquios e
pneumotáxico
bronquíolos
terminais
20
Francisco Santos
Função do CO2
Regulador da respiração em repouso
O seu aumento provoca o aumento da frequência e amplitude respiratória
O aumento de 5 mmHg da PCO2 provoca um aumento de 100% na ventilação
O seu elevado aumento provoca hipercapnia
A sua diminuição provoca hipocapnia o que leva a apneia
Tem um papel preponderante no controlo químico da ventilação
Função do O2
Numa hipoxia, com o pH e a PO2 constantes, verifica-se um aumento da
ventilação
Só a 50% da diminuição do O2 (dos valores normais) é que há estimulação dos
movimentos respiratórios
21
Francisco Santos
22
Francisco Santos
Sistema Digestivo
Constituição
Tubo digestivo (longo tubo musculo-membranoso desde a boca ao ânus)
Glândulas anexas
Localização – com excepção da porção superior do esófago, está alojada na cavidade
abdominal
Divisão da cavidade abdominal
23
Francisco Santos
Abdómen
Andares abdominais
Supra cólico (acima do cólon transverso)
Localiza-se o fígado, pequeno epíplon/omento, vias biliares, estômago,
duodeno, pâncreas e baço
Infra cólico (abaixo do cólon transverso)
Localiza-se o intestino delgado, cólon e grande epíplon/omento
24
Francisco Santos
Perspectiva Anatómica
Boca – cavidade bucal
Faringe
Esófago
Estomago
Intestino delgado
Intestino grosso
Reto
Ânus
Perspectiva Histológica
Camada mucosa
25
Francisco Santos
Boca
Dividida pelas arcádias alvéolo-dentárias que originam a cavidade bucal propriamente
dita e o vestíbulo
Lábios
Região malar
Dentes
Palato
Língua
26
Francisco Santos
Língua – órgão muscular com 2 faces, a superior ou dorso e a inferior, mais 2 bordos
laterais
Músculos intrínsecos – mudanças da forma da língua
Músculos extrínsecos – movimentação e mudança de forma da língua
Ligação da língua
Anterior – pelo freio
Posterior – cavidade oral
Divisão da língua
Anterior – coberta 2/3 por papilas
Posterior – terminais gustativas e amígdala lingual
Função – mistura e posiciona alimentos na boca, um dos principais órgãos sensoriais do
paladar, fulcral para a fala e papel importante na deglutição.
Inferior Inferior
Direito Esquerdo
27
Francisco Santos
Constituição de um dente
Coroa
Anatómica (parte revestida por esmalte)
Clinica (parte visível)
Colo
Raiz
Simples (incisivos, caninos)
Ramificada
Cavidade pulpar
Dentina – tecido vivo, celular e calcificado, que circunda a cavidade
pulpar
Esmalte – substancia dura, acelular e sem vida que reveste a
dentina
Cimento – ajuda a fixar o dente ao maxilar
Músculos da mastigação
Fechar – temporais, masséteres e pterigoideus internos
Retracção – temporais
Protusão e deslocação lateral – pterigoideus internos, pterigoideus externos e
masséteres
28
Francisco Santos
Glândulas salivares
Principais
Parótidas
Submaxilares segragam substâncias existem muitas
mucosas e aquosas
Sublinguais
Outras
Linguais mantém a cavidade
Palatinas húmida e ajudam no
segragam secreções
Bucais processo de deglutição e
Labiais digestão
29
Francisco Santos
Faringe
Relações anatómicas
Anterior às vertebras cervicais
Posterior às fossas nasais, boca e laringe
Inferior à base do crânio
Liga-se inferiormente
Laringe, do sistema respiratório
Esófago, do sistema digestivo
Divide-se
Nasofaringe
Orofaringe
Laringofaringe
Esófago
Forma e dimensões
Aproximadamente 25 cm de comprimento, dividida em 4 porções:
Cervical – inferior do pescoço com 5 cm
Torácica – 17 cm
Diafragmática – passagem do hiato
Superior do abdómen com 3 cm
Passa através do hiato esofágico do diafragma até ao estômago
Relações anatómicas
Situado entre os pulmões, no mediastino
Posterior e em cima – traqueia, seguindo à carina e o coração
Anterior – coluna vertebral
À esquerda - aorta
Histologia
Camada mucosa
Camada submucosa
Camada muscular
Camada externa longitudinal
Camada interna circular
Camada adventícia – as porções cervical e torácica não têm revestimento seroso,
apenas têm músculo esquelético
30
Francisco Santos
Estômago
Localização/Forma/Dimensões
Alojado no epigastro e numa parte do hipocôndrio esquerdo
Porção superior do abdómen, entre a 11ª vértebra dorsal e a 2ª lombar
Forma de J mas variável
Comprimento: 25 cm; largura: 12 cm; diâmetro: 8 cm latero-posterior
A forma varia:
Cadáver – gaita-de-foles
Vivo – varia
Idade – os jovens têm a porção horizontal pouco desenvolvida
Sexo – o feminino tem a porção vertical mais desenvolvida
Composto
Fundo – porção superior vertical
Antro – porção inferior horizontal
Corpo – entre o fundo e o antro
Cárdia – esfíncter esofágico inferior, que liga o esófago ao estômago
Piloro – esfíncter pilórico, que liga o estomago ao intestino delgado
Grande curvatura (externa)
Pequena curvatura (interna)
Histologia
Camada serosa – peritoneu
Camada muscular
Externa – túnica muscular oblíqua
Média – túnica muscular circular
Interna – túnica muscular longitudinal
Camada submucosa – passa vasos sanguíneos e nervos
Camada mucosa – existe glândulas gástricas nesta camada, que segregam o seu
conteúdo através dos orifícios gástricos
31
Francisco Santos
Tipos de estômago
Relações anatómicas
Face superior – diafragma
Face inferior – intestino delgado
Face anterior – pâncreas e cólon transverso
Face posterior – coluna vertebral
Face interna – fígado e pequeno omento
Face externa – colon transverso e grande omento
Meios de fixação
Grande omento – liga a grande curvatura do estômago ao diafragma, baço e
cólon transverso
Pequeno omento – liga a pequena curvatura do estômago e a parte proximal
duodenal ao hilo hepático
Situam-se nas
32
Francisco Santos
Intestino Delgado
Mede entre 6 a 8 metros, diminui gradualmente o seu diâmetro, espessura e n.º de
microvilosidades.
Está dividido em 3 porções:
Duodeno – cerca de 25 cm, onde estão ligadas as duas glândulas anexas, o
fígado e o pâncreas;
Jejuno – cerca de 2/5 do comprimento com 2,5 m;
Íleo – cerca de 3/5 do comprimento com 3,5 m.
33
Francisco Santos
Duodeno
Inicia-se ao nível do flanco esquerdo
Faz a transição gastroduodenal, pelo orifício duodenal ou piloro gastroduodenal
Órgão de absorção por excelência, porção fixa, mede 20 a 30 cm de
comprimento e está situado entre L1 a L4
Está dividido em 4 porções
1ª Porção – 5 cm, disposição horizontal
2ª Porção – 10 cm, disposição vertical
3ª Porção – 9 cm, disposição horizontal
4ª Porção – 6 cm, tem trajecto ascendente e termina no ângulo duodeno-
jejunal
A superfície interna contém pregas circulares e pequenas invaginações em
forma de dedo, as vilosidades com cerca de 0,5 a 1,5 mm, que aumentam a área
de absorção, havendo aí, ainda, microvilosidades
Dentro das vilosidades existe capilares sanguíneos e linfáticos (os
quilíferos)
Histologia da mucosa
Células de absorção – produzem enzimas digestivas e absorvem nutrientes
Células caliciformes – segregam muco protector e facilitam a progressão
Células granulares – desempenham função de defesa contra bactérias
Células endócrinas – segregam hormonas reguladoras
34
Francisco Santos
Relações anatómicas
Face superior – estômago
Face inferior – cólon transverso e ansas do intestino delgado
Face anterior – fígado (direita) e estômago (esquerda)
Face posterior – aorta abdominal e veia cava inferior
Face interna – pâncreas e canal colédoco
35
Francisco Santos
Jejuno e íleo
Estruturas que variam da anterior na espessura, no n.º de pregas circulares,
vilosidades e no diâmetro;
Morfologicamente varia com a idade, altura, raça ou grande adiposidade;
Íleo – 3 a 4 m
Na camada mucosa e submucosa existem as placas de Payer e os
nódulos linfáticos
Junção ileocecal
Na transição do íleo para o intestino grosso existe um esfíncter
ileocecal que possui uma válvula unidireccional, a válvula
ileocecal
36
Francisco Santos
Intestino Grosso
Forma de um canal cilíndrico
Mede cerca de 1 a 2 m
Diâmetro inicial de 7 cm e final de 2,5 a 3,5 cm
Na superfície exterior observa-se
3 Faixas longitudinais
Faixa longitudinal anterior
Faixa longitudinal antero-externa
Faixa longitudinal antero-interna
Sulcos que formam bolsas ou haustros
Pregas peritoneais, preenchidas por tecido adiposo, os apêndices
epiplóicos
Parede do cólon
Camada muscular circular completa
Camada muscular longitudinal incompleta
Quebrada pela teniae coli (faixa cólica) formando as 3 faixas
Os haustros são saculações formadas pela contracção das faixas
longitudinais, dando o aspecto enrugado
Apêndices epiplóicos – são prolongamentos peritoneais
37
Francisco Santos
38
Francisco Santos
39
Francisco Santos
Fígado
Víscera mais volumosa do organismo
Peso variável com a idade e género com cerca de 1,5 Kg
Mede 28 cm de comprimento, 10 cm de largura e tem cerca de 16 cm de
espessura
Localização
Ocupa o hipocôndrio direito, parte do epigastro e hipocôndrio esquerdo
Ocupa a porção inferior do tórax
Morfologia externa
A forma é ovóide e irregular com 4 lobos
Revestido por tecido conjuntivo e peritoneu visceral
Identificam-se 4 fases
Face superior
Face inferior
Face anterior
Face posterior
Relações anatómicas
Face superior – diafragma, pulmões, parte pericárdica e ventricular do coração
Face inferior
À direita – rim, duodeno e ângulo hepático
À esquerda – esófago abdominal e fundo gástrico
Ao centro – hilo hepático
Face posterior
À direita – rim
À esquerda – esófago
Ao centro – veia cava inferior e aorta abdominal
40
Francisco Santos
41
Francisco Santos
Histologia
Revestimento
Cápsula de tecido conjuntivo
Peritoneu visceral
Lóbulos hexagonais
Composto:
Lóbulos
Sistema Porta nos vértices dos lóbulos (veia porta, artéria hepática e
canal hepático)
Veias centrais
Unem-se para formar as veias hepáticas que drenam para a veia
cava inferior
Formam-se os cordões hepáticos
Dispostos em raios compostos por hepatócitos, as células
funcionais do fígado
Os espaços entre os cordões hepáticos são canais
sanguíneos, os sinusóides hepáticos
42
Francisco Santos
Funções do fígado
O figado faz a purificação dos quimicos nocivos, digestivos e excretores,
sintetizadoes de novas moléculas, armazenamento e produção de nutrientes
Funções do hepatócito
Produção de bílis
Produz e segrega cerca de 600 a 1000 ml de bilis por dia
A bílis tem o papel de neutralizar a acidez, aumentando o pH, para que as
enzimas pancreáticas possam actuar e emulsiona as gorduras (mistura-as)
Armazenamento
Os hepatócitos podem retirar açucar do sangue e armazená-lo sob a
forma de glicogénio
Pode armazenar também gorduras, vitaminas, ferro e cobre
Biotransformação de nutrientes
O hepatócito fracciona e metaboliza os aminoácidos de forma a produzir
trifosfato, lipidos e glicose
Desintoxicação
Os hepatócitos removem produtos tóxicos da corrente sanguínea e
convertem-nos em produtos menos tóxicos, que podem ser
posteriormente excretados, como por exemplo a amónia que é
transformada em ureia, eliminada na urina
Fagocitose
As células fagocitárias hepáticas, células de Kupffer, fagocitam os
glóbulos vermelhos e brancos, velhos, algumas bactérias e outros
detritos, purificando o sangue
Síntese
O fígado produz os seus novos e únicos componentes, como a albumina,
heparina, globulinas e fibrinogénio, que depois liberta para a circulação
sanguínea
43
Francisco Santos
Pâncreas
Relação anatómica
Estende-se horizontalmente
Posterior – passa os grandes vasos (aorta e veia porta) e o rim esquerdo
Morfologia externa
Cabeça – situa-se dentro da curva do duodeno
Colo ou istmo – cerca de 2 cm
Corpo – prismático, com face anterior, face posterior e face inferior
Cauda – estreita, geralmente alcançando a parte inferior da face gástrica do baço
Canais excretores
Canal pancreático ou Wirsung
Canal pancreático acessório ou de Santorini
Histologia
Porção endócrina (referida na sebenta anterior)
Porção exócrina
Constituída por ácinos que libertam enzimas digestivas para o duodeno
44
Francisco Santos
Vesícula Biliar
Localização
Face inferior do fígado
Constituição
Fundo – arredondado na porção inferior
Corpo – cerca de 8 cm sendo a porção média
Colo – obliquo à frente, porção superior
Vias biliares
Intra-hepáticas
Canalículos biliares
Pequenos canais
Canais biliares interlobulares
Canais segmentares com parede própria que se dividem em direito e
esquerdo
Extra-hepáticas
Via biliar acessória
Canal cístico
Canal colédoco
Via biliar principal
Canal hepáticos direito e esquerdo
Canal hepático comum
Canal colédoco
45
Francisco Santos
Peritoneu
É uma membrana serosa formada por 2 folhetos e tem como funções:
Fixar as vísceras
Condução do pedículo
Reduzir a fricção entre os órgãos
Os 2 folhetos
Parietal – reveste as paredes do abdómen
Cavidade peritoneal – espaço virtual fechado, com fluido seroso, segregado
pelas 2 membranas serosas
Visceral – aderente aos órgãos, sendo a superfície envolvida variável consoante
os órgãos
Os 2 folhetos unem-se para formar gerar 3 tipos de formações
Os mesos
Epíplons/omento
Ligamentos
46
Francisco Santos
Mesos – são duas camadas de peritoneu que unem alguns órgãos, à parede abdominal
posterior
Mesogastro
Mesoduodeno
Mesentério – associado ao intestino delgado, jejuno-íleo
Mesocólon
Transverso
Sigmoideu
Localização
Retroperitoneais – situam-se entre o folheto parietal e abdominal ou apresentam
apenas peritoneu na sua face anterior (rins, duodeno, pâncreas, bexiga, parte dos
intestinos)
Intraperitoneais – situam-se dentro da cavidade abdominal mas estão envolvidas
em peritoneu, como o estômago
Extraperitoneais – envolvidos pelo peritoneu mas têm contacto directo com a
parede abdominal, como o intestino delgado
47
Francisco Santos
Funções na digestão
Transformar os alimentos em nutrientes de forma a permitir a sua absorção
2 Acções
Acção mecânica – trituração e mistura dos alimentos
Acção química – transformação por enzimas digestivas
48
Francisco Santos
Função
Proteínas – participam essencialmente na formação dos diferentes tecidos do
organismo, essencial na cicatrização
Glícidos – fonte energética por serem rapidamente absorvidos, em que cada
grama de glícidos são 4 Kcal
Lípidos
Estrutural – constituição das membranas, intervém na formação de
múltiplas células
Metabólica – metabolização mais lenta que os glícidos, sendo estes
armazenados, sendo utilizados fora das refeições
49
Francisco Santos
Digestão
Fase bucal – desempenha funções
Mastigação
Insalivação – funções
Lubrificação para facilitar a deglutição
Facilita a mastigação
Dá início à digestão dos glícidos
Papel de defesa contra agentes patogénicos
Fase de deglutição – ocorre nos tempos cefálico, faríngeo e esofágico
Tempo cefálico – é voluntário, por acção da língua os alimentos são
empurrados para o palato duro e forçados à sua progressão para a fauce-
orofaringe
Tempo faríngeo – é reflexo e inicia-se com elevação do palato mole que
vai fechar a comunicação entre a nasofaringe e a orofaringe. O esfíncter
esofágico superior relaxa e a elevação da faringe abre o esófago, para
onde passam os alimentos
Tempo esofágico – deglutição normal, dura cerca de 5 a 8 segundos. A
porção inferior do esófago vai abrir devido ao esfíncter cárdia fazendo
chegar os alimentos ao estômago. Este esfíncter permanece em
contracção tónica para não permitir o refluxo gástrico, o que, em caso de
perturbações da deglutição, o tónus do cárdia pode estar diminuído
havendo vómitos, um reflexo de defesa do nosso organismo
Fase gástrica – digestão mecânica e química
Digestão mecânica A água está 20 min no estômago
Os sólidos podem estar entre 1 a 4h
Digestão química
Suco gástrico – segregado até 2l/dia
Pepsina – segregada pelas células principais e são as primeiras a
actuar no bolo alimentar
Muco
Ácido clorídrico – segregado pelas células parietais
Factor intrínseco – liga-se á vitamina B12 facilitando a sua
absorção no íleo. A vitamina B12 é importante na síntese de ADN
Gastrina
Interferência cefálica – é psico-neurológica; a ingestão ou o simples
odor de certos alimentos determina por via reflexa a secreção de suco
gástrico pelo nervo vago
Interferência gástrica – o contacto do bolo alimentar com o antro
gástrico desencadeia a secreção de ácido clorídrico de duas formas
Estimula as células parietais
Estimula a gastrina
Alimentos ricos em proteínas há uma grande produção de suco
Alimentos ricos em glícidos há pouca produção de muco
50
Francisco Santos
51
Francisco Santos
52
Francisco Santos
53
Francisco Santos
54
Francisco Santos
55
Francisco Santos
56
Francisco Santos
Períneo
Triângulo anterior/urogenital
Base do pénis
Bolsa escrotal
Triângulo posterior/anal
Orifício anal
O períneo é delimitado
Anteriormente pela sínfise púbica
Posteriormente pelo cóccix
Lateralmente pelas tuberosidades isquiáticas
Bolsa escrotal/escroto
É constituída por 7 túnicas testiculares e 2 compartimentos divididos por um septo.
Constituição
Túnica cutânea ou escroto (pele escura extensível) – mais externa
Túnica muscular de Dartos (fibras musculares lisas)
Túnica celulosa (tecido celular subcutâneo)
Túnica fibrosa superficial ou aponevrótica
Túnica muscular/eritróide do cremáster
Túnica fibrosa profunda
Túnica vaginal (serosa, com um folheto visceral e um folheto parietal) – interna
57
Francisco Santos
Testículos
São órgãos:
Pares – testículo direito e esquerdo
Ovóides – 2 faces, 2 bordos e 2 extremidades
Retroperitoneais
Ligados ao escroto por um cordão (gubernáculo)
No desenvolvimento embrionário, migram (ectopia testicular) até à bolsa
escrotal pelo canal inguinal, arrastando porção do peritoneu e sofrendo no final
um processo vaginal, envolvendo-se o testículo
Glândulas seminais de dupla função
Exócrina – produção de gâmetas masculinos, os espermatozóides
Endócrina – função na determinação dos caracteres sexuais secundários;
produção de androgénio (testosterona)
Epidídimo – canal excretor do esperma
Cabeça
Corpo
Cauda – por onde sai o canal deferente
58
Francisco Santos
Revestimento
Túnica albugínea (capsula branca de tecido conjuntivo)
Penetra para o interior dos testículos, formando os septos incompletos.
Os septos dividem o testículo em 300 a 400 lóbulos cónicos.
Entre os septos existem:
Os túbulos seminíferos onde se desenvolvem os espermatozóides
Células intersticiais ou células de Leydig, secretoras de
testosterona
59
Francisco Santos
Espermatogénese
A produção de espermatozóides é feita nos testículos e a sua maturação é concluída no
epidídimo. A manutenção dos espermatozóides é feita na bolsa escrotal que os protege e
os mantém numa temperatura adequada.
A temperatura baixa
A bolsa escrotal reduz de tamanho – a parede fica mais firme e rugosa
Os músculos cremásteres contraem-se elevando os testículos
A temperatura alta
Os cremásteres e os dartos descontraem e os testículos afastam-se do
corpo
60
Francisco Santos
Vias espermáticas
Depois da libertação nos túbulos seminíferos, os espermatozóides deixam os testículos
através dos tubos retos para a rede testicular. Passam então para os canais eferentes, que
deixam o testículo e entram no epidídimo para se juntar no canal do epidídimo. Os
espermatozóides deixam então o epidídimo, percorrendo o canal epididimário, o canal
deferente, o canal ejaculador e a uretra até chegarem ao exterior.
61
Francisco Santos
Canal deferente
Iniciam-se na cauda do epidídimo
Associam-se aos vasos sanguíneos e nervos que irrigam e enervam os testículos,
formando o cordão espermático
A extremidade do canal deferente alarga-se formando a ampola do canal
deferente
Canal ejaculador
Na continuação de cada ampola do canal deferente, situa-se uma glândula em
forma de saco – a vesicula seminal
O curto canal que sai dela junta-se com a porção terminal do canal deferente
formando assim o canal ejaculador
Estes canais penetram na próstata e abrem-se para a uretra
Uretra
Tem aproximadamente 20 cm e divide-se em 3 partes
Uretra prostática – parte da uretra que penetra na próstata; aqui drenam
os 2 canais ejaculadores
Uretra membranosa – porção mais curta e estende-se da próstata ao
períneo
Uretra esponjosa – vai desde a uretra membranosa ao meato urinário.
Para esta uretra drenam numerosas e diminutas glândulas mucosas, as
glândulas uretrais
62
Francisco Santos
Pénis
Órgão de cúpula
2 Colunas – corpos cavernosos laterais, 1 à direita e à esquerda
1 Coluna – corpo esponjoso mediano dilatado na extremidade, em forma de
coifa, a glande peniana
Secreções
O esperma/sémen/líquido seminal/líquido espermático, é uma mistura composta por
espermatozóides e de secreções das várias glândulas.
60% Das vesiculas seminais
30% Da próstata
5% Dos testículos
5% Das glândulas bulbo-uretrais
A projecção deste conteúdo espermático para o exterior da uretra chama-se de
ejaculação
Glândulas Anexas
Próstata
Localização – atrás da face posterior da sínfise púbica, na base da bexiga
Envolve a uretra prostática e os canais ejaculadores
É composta por uma capsula de músculo liso e feixes de fibras musculares
63
Francisco Santos
Feminino
Sistema Genital
Órgãos genitais internos
Vagina, útero, ovários e trompas
Órgãos genitais externos
Vulva e mamas
Glândulas anexas
Uretrais, periuretrais e vestibulares ou de Bartholin
Vagina
Órgão de cúpula, canal musculo-membranoso, extensível e que une a vulva ao útero.
Localização
Entre a bexiga, atrás da uretra e á frente do recto
Características:
Mede 10 cm
Tem cristas ou rugas vaginais na coluna posterior e anterior
A parede tem uma camada muscular e uma camada mucosa
O orifício vaginal é obliterado por uma fina membrana – o hímen
No vestíbulo existe o orifício do canal das glândulas de Bartholin/bulbovaginais que
tem a função de auxiliar a lubrificação.
64
Francisco Santos
Útero
Órgão muscular oco da cavidade pélvica com fundo convexo, com um istmo uterino
(estrangulamento), que marca a junção do colo com o corpo
Fundo
Corpo
Colo/cérvix
Exocolo – porção vaginal
Endocolo ou canal cervical – orifício externo, que pode ter duas formas
Nulípara (sem filhos) – punctiforme
Primípara (1 ou mais filhos) – alongado formando 2 lábios
anterior e posterior
Fixação
3 ligamentos
Ligamentos largos
Ligamentos redondos
Ligamentos útero-sagrados
65
Francisco Santos
Composição
Túnica serosa – perimétrio, constituida de perioneu
Túnica muscular – miométrio
Túnica mucosa – endométrio
Formada por epitélio cilíndrico simples e tecido conjuntivo, a lâmina
própria
Camada funcional (superficial)
Camada basal (profunda)
Configuração externa
Orifício uterino
Porção intramural/pars uterina intersticial
Istmo
Ampola tubárica
Infundíbulo ou pavilhão
Franjas
Óstio ou orificio abdominal
Configuração interna
Túnica serosa de peritoneu
Túnica muscular
Fibras longitudinais
Fibras circulares
Túnica mucosa
Epitélio ciliado
Pregas longitudinais
66
Francisco Santos
Ovários
Ligamentos
Ligamento largo – o mesovário
Ligamento suspensor ou lombo-ovárico
Ligamento ovárico ou útero-ovárico
Função
Ovulatória
Endócrina
Revestimento
Epitélio ovárico ou germinativo – o peritoneu recobre toda a superfície do ovário
Parênquima do ovário
Córtex – camada exterior
Medula – camada menos densa
Aqui penetram os vasos sanguíneos, linfáticos e nervos
67
Francisco Santos
Oogénese
68
Francisco Santos
Ciclo Menstrual
A existência de ovulação permite teoricamente definir 2 fases do ciclo
A que precede – folicular ou proliferativa – tempo decorrido entre o fim da
menstruação e a ovulação, onde se dá um rápido desenvolvimento dos folículos
ováricos
A que sucede – luteínica ou secretória – tempo decorrido entre a ovulação e a
menstruação seguinte, prepara o endométrio para a nidação, corresponde
também à maturação e secreção de glândulas uterinas
No caso de fecundação
O corpo amarelo continua a aumentar de tamanho e permanece ao longo da
gravidez como o corpo amarelo da gravidez.
69
Francisco Santos
70
Francisco Santos
Vulva
Fenda ântero-posterior
Grandes lábios – externos e cutâneo-mucosos
Na sua junção anterior formam o monte de vénus
Pequenos lábios – internos e mucosos
Na sua junção anterior formam o prepúcio clitoriano
Vestíbulo – depressão mediana que contém anteriormente o meato uretral e
posteriormente o orifício vaginal
No seu limite anterior está o clitóris, estrutura eréctil
2 Corpos erécteis, um de cada lado do orifício vaginal – bulbos vestibulares
Glândulas anexas
Bartholin
Skenne
Tipos de hímen
71
Francisco Santos
Mamas
Glândulas hemisféricas na face anterior do tórax à face dos músculos peitorais
Configuração externa
Aréola – superfície pigmentada
Mamilo – saliência superficial na aréola
Podem ser divididas em quadrantes
Superior externo
Superior interno
Inferior externo
Inferior interno
Configuração interna
Glândula mamária – composta por 15 a 20 lobos, divididos ainda em lóbulos
Canal galactóforo – ligado a cada lobo
Ampola galactófora – dilatação do canal a pouca profundidade, onde se acumula
o leite
Ligamentos suspensores de Cooper ou da mama – são o suporte e mantém a
posição das mamas
72
Francisco Santos
Sistema Urinário
Constituição
2 Rins
2 Ureteres
Bexiga
Uretra
Funções
Filtragem do sangue
Regulação do volume sanguíneo
Regulação da concentração de iões no sangue – Na+; Cl-; K+; Ca2+
Regulação do pH
Regulação da síntese de glóbulos vermelhos – hormona eritropoietina
Síntese da vitamina D
73
Francisco Santos
Rins
Localiza-se na parede posterior do abdómen, protegido no pólo superior pela grelha
costal. É um órgão retroperitoneal. Cada rim contém ainda 1 300 00 nefrónios.
Órgão par em forma de feijão
130 Gramas, espessura de 3 cm, comprimento de 11 cm e largura de 5 cm
Cápsula renal de tecido conjuntivo – função de revestir
Gordura peri-renal de tecido adiposo – função de proteger
Fáscia renal de tecido conjuntivo – fixa à parede abdominal
Hilo – bordo interno do rim
Entram artérias e nervos renais
Saem veias renais e ureteres
Abre-se numa cavidade – seio renal
Constituição
Medula – parte interna
Rodeia o seio renal
Contém as pirâmides renais em forma de cone
Raios medulares – prolongamentos das pirâmides
Papilas renais – os seus vértices estão na direcção do seio renal
Pequenos cálices – forma de funil, rodeiam as papilas renais e a sua
junção forma os grandes cálices
Grandes cálices – convergem para formar o bacinete, este que se estreita
para formar o ureter
Córtex – parte mais externa
Constituído por colunas renais que se projectam por entre as pirâmides
74
Francisco Santos
Nefrónios
Unidade funcional básica do rim, mas apenas 1/3 dos nefrónios são funcionais.
Região cortical
Cápsula de Bowman
Glomérulo – rede de capilares
Túbulo contornado proximal
Túbulo contornado distal
Região medular
Ansa de Henle
Tubo colector
Características
Comprimento mais ou menos de 50 a 55 mm
Os nefrónios mais próximos da medula são mais compridos – nefrónios
justamedulares
Os nefrónios mais externos são mais curtos – nefrónios corticais
A cápsula de Bowman e o glomérulo fazem o corpúsculo renal ou de
Malpighi
75
Francisco Santos
Cápsula de Bowman
Folheto parietal – camada mais externa
Folheto visceral – formado por células especializadas, os podócitos, que
envolvem os capilares glomerulares
Apresenta aberturas na camada endotelial – as fenestras
Ainda apresenta outros orifícios – as fendas de filtração
76
Francisco Santos
Ansas de Henle
Prolongamentos dos tubos contornados proximais
São constituídas por um ramo descendente e um ramo ascendente
A parte da ansa que penetra na medula do rim é mais fina que a restante porção
Dá origem no final ao túbulo contornado distal
A junção de muitos túbulos contornados distais dá origem aos tubos colectores, com
diâmetro maior que o resto do nefrónio. Formam a maior parte dos raios medulares.
Artérias e Veias
Arteríolas Arteríolas
Artérias aferentes eferentes Veia
renais renal
Ainda a acompanhar a Ansa de Henle está os vasa recta, porções especializadas dos
capilares peritubulares.
77
Francisco Santos
78
Francisco Santos
Ureteres e Bexiga
Ureteres
Tubos que transportam a urina desde os rins à bexiga
Partem do bacinete, no hilo renal
79
Francisco Santos
Uretra (abertura)
No homem – extremidade do pénis
Na mulher – exterioriza-se no vestíbulo
Urina
Pequenos
Papilas Ureter Bexiga
cálices
80
Francisco Santos
A urina é constituída por solutos e H2O que foram filtrados mais as substâncias
secretadas no nefrónio, menos as que são reabsorvidas. O gradiente de pressão obriga o
filtrado a percorrer o nefrónio. O fluxo de urina nos ureteres propaga-se por ondas
peristálticas (o parassimpático aumenta estas contrações). A pressão vesical aumenta até
aos 400/500 ml de urina
Pressão hidrostática
10 mmHg na cápsula de Bowman
0 mmHg no bacinete
1 – Filtração – a porção do débito cardíaco que passa pelo rim chama-se fracção
renal – varia entre 12% a 30% do débito cardíaco
Adulto saudável em repouso – 21%
Débito sanguíneo renal médio – 5600 ml de sangue/min x 0,21 = 1176 ml
1176 ml de sangue circula no rim por minuto
Débito plasmático renal – 1176 ml de sangue que passa no rim por minuto x
0,55 (percentagem de plasma no sangue) = 650 ml de plasma que passa no rim
por minuto
Fracção de filtração (porção do plasma que se transforma em filtrado – cerca
de 19%) – 650 ml x 0,19 = 125 ml
São produzidos 125 ml de filtrado por minuto. A quantidade de filtrado
produzida por minuto é denominada taxa de filtração glomerular
Apenas 1% do filtrado se transforma em urina, originando cerca de 1 l a 2 l de
urina por dia
Urina – 125 ml de filtrado por minuto x 0,008 (filtrado não reabsorvido pelo
sangue) = 1 ml de urina por minuto
Barreira de filtração - + permeável que o capilar
Capilares glomerulares, membrana basal e podócitos
81
Francisco Santos
2 – Reabsorção tubular
99% Do volume filtrado deixa o nefrónio e entram no líquido intersticial. Entra para os
capilares peritubulares e depois vão para a circulação sistémica pelas veias renais.
82
Francisco Santos
Manutenção da homeostase
Estas substâncias são tóxicas se acumuladas no organismo
3 – Secreção tubular
Produtos finais do metabolismo (tóxicos)
Drogas ou moléculas (não produzidos pelo organismo)
Passam para o nefrónio por transporte activo e transporte passivo
Concentração de urina
Grande volume de água
É necessário eliminar mas sem perda excessiva de electrólitos
O rim produz grande volume de urina diluída
Restrição de H2O
Eliminar mas com grande perda de electrólitos
O rim produz grande volume de urina concentrada
83
Francisco Santos
Renina-angiotensina-aldosterona
A renina aumenta se a pressão nas arteríolas aferentes
diminuir ou a concentração de Na+ no filtrado diminuir
A renina actua no angiotensinogénio, sendo este
transformado em angiotensina I e depois em angiotensina
II
A angiotensina II é um vasoconstritor, o que aumenta a
pressão arterial. E ainda aumenta a sensação de sede, o
apetite para alimentos salgados, secreção de ADH e
aldosterona (a aldosterona aumenta o transporte de Na+
através da membrana basal do nefrónio)
Outras hormonas
Auto-regulação
Manutenção de uma taxa de filtração glomerular estável no rim
O aumento da pressão arterial contrai as arteríolas aferentes
impedindo o aumento da pressão de filtração e perfusão renal
A sua diminuição tem o efeito contrário
84
Francisco Santos
Reflexo de micção
O seu controlo é feito em 2 zonas:
Região sagrada da medula
Tronco cerebral (bulbo)
Ex: a parede da bexiga distendida estimula os receptores de volume da parede vesical,
que através dos nervos pélvicos envia potenciais de acção transportados por neurónios
aferentes até à medula
A capacidade de controlar a micção surge aos 2/3 anos.
Maybe…. FIM DE
Not yet…..
ANATOMIA!
85