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BRASÍLIA, 2017

MANUAL DE
PRÁTICAS DE
LABORATÓRIO
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

AGREGADOS GRAÚDOS

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIEURO

Prof. Carmen Elena Ramírez Meneses


1
MANUAL DE PRÁTICAS DE LABORATÓRIO - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
Prof. Carmen Elena Ramírez Meneses
AGREGADOS GRAÚDOS

Ramirez M., Carmen Elena

Manual de práticas de laboratório – Materiais de Construção: Agregados Miúdos [Distrito


Federal] 2017.

18p., 29,7 cm. Manual de práticas de laboratório – Centro Universitário Euro


Americano - UNIEURO. Curso de Engenharia Civil.

Curso de Engenharia Civil


1.Materiais de Construção 2.Agregados
3. Desempenho 4.Ensaios de Laboratório
5. Qualidade de materiais
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Prof. Carmen Elena Ramírez Meneses
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SUMÁRIO

1– ENSAIO DE GRANULOMETRÍA ...................................................................................................................4

1.1 – Normas.............................................................................................................................................4
1.2 – Equipamentos Utilizados................................................................................................................4
1.3 – Procedimento no laboratório .........................................................................................................5
1.4 – Procedimento de cálculo e resultados...........................................................................................5
1.5 – Conclusões e discussão ...................................................................................................................6
2– ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE MASSA UNITÁRIA APARENTE: MATERIAL SOLTO E
MATERIAL COMPACTO ...............................................................................................................................................7

2.1 – Normas.............................................................................................................................................7
2.2 – Equipamentos Utilizados................................................................................................................7
2.3 – Procedimento no laboratório .........................................................................................................7
2.4 – Procedimento de cálculo e resultados...........................................................................................8
2.5 – Conclusões e discussão ...................................................................................................................8
3– ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DE AGREGADOS GRAÚDOS E
COEFICIENTE DE VAZIOS ..........................................................................................................................................8

3.1 – Normas.............................................................................................................................................9
3.2 – Equipamentos Utilizados................................................................................................................9
3.3 – Procedimento no laboratório .........................................................................................................9
3.4 – Procedimento de cálculo e resultados.........................................................................................10
3.5 – Conclusões e discussão .................................................................................................................10
4– ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE UMIDADE ................................................................................. 10

4.1 – Normas...........................................................................................................................................11
4.2 – Equipamentos Utilizados..............................................................................................................11
4.3 – Procedimento no laboratório .......................................................................................................11
4.4 – Procedimento de cálculo e resultados.........................................................................................12
4.5 – Conclusões e discussão .................................................................................................................12
4.6 – Procedimento de cálculo e resultados.........................................................................................12
4.7 – Conclusões e discussão .................................................................................................................12
5– ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE MATERIAIS PULVERULENTOS POR LAVAGEM ........ 12

5.1 – Normas...........................................................................................................................................13
5.2 – Equipamentos Utilizados..............................................................................................................13
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5.3 – Procedimento no laboratório .......................................................................................................13


5.4 – Procedimento de cálculo e resultados.........................................................................................14
5.5 – Conclusões e discussão .................................................................................................................14
6– PARTICULAS PLANAS, ALONGADAS E CLASSIFICAÇÃO DE AGREGADOS SEGUNDO A
PLACA DE PROPORCIONALIDADE ...................................................................................................................... 14

6.1 – Equipamentos Utilizados..............................................................................................................15


6.2 – Procedimento no laboratório .......................................................................................................15
6.3 – Procedimento de cálculo e resultados.........................................................................................15
6.4 – Conclusões e discussão .................................................................................................................15
7– RELATÓRIO MODELO .................................................................................................................................. 15

7.1 – Descrição do material de ensaio ..................................................................................................15


7.2 – Tabelas resumo de cálculos e resultados ....................................................................................16
7.3 – Análise de resultados e conclusões .............................................................................................17
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1 – ENSAIO DE GRANULOMETRÍA

O ensaio de granulometria de agregados tem como finalidade a determinação porcentual das


quantidades de material por faixas de tamanho das partículas, referidas à massa seca, e com a
acumulação porcentual, classifica a dimensão máxima do agregado graúdo, bem como a sua
distribuição.

Os principais resultados do ensaio são: a dimensão máxima do agregado, o módulo de finura, a


curva granulométrica e a classificação do material (0, 1, 2, 3 ou 4), determinando se ele é apto ou
não para usos em concretos, e a avaliação da influência sobre a trabalhabilidade e economia
dessas misturas.

1.1 – Normas 1.2 – Equipamentos Utilizados


- Estufa capaz de manter a temperatura no
ABNT NBR NM 248:2003: Agregados -
intervalo de(105 ± 5)°C.;
Determinação da composição
granulométrica. - Balança com sensibilidade de 0,1 g;

ABNT NBR NM 26:2001 - Agregados - - Agitador de peneiras mecânico;


Amostragem
- Escova com cerdas de nylon;
ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados - - Bandejas;
Redução da amostra de campo para ensaios
- Jogo de Peneiras metálicas de Φ8”x2” da
de laboratório Série Normal e Intermediária, com tampa e
fundo:
ABNT NBR NM 66:1998 Agregados -
SÉRIE
Constituintes mineralógicos dos agregados SÉRIE NORMAL
INTERMEDIÁRIA
naturais - Terminologia 75 mm -
- 63 mm
ABNT NBR NM ISO 3310-1:2010 Peneiras - 50 mm
de ensaio - Requisitos técnicos e verificação 37,5 mm -
- 31,5 mm
Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de - 25 mm
tecido metálico 19 mm -
- 12,5 mm
NBR 7211:2009: Agregados para concreto - 9,5 mm -
- 6,3 mm
Especificação.
4,75 mm -
Tabela 1 - NBR 7211:2009
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Limpar as peneiras com o pincel macio e

1.3 – Procedimento no laboratório encaixa-as com tampa na parte superior e na

A amostra para o ensaio deverá ser reduzida ordem descendente até o fundo e colocá-las

segundo as normas correspondentes, no agitador mecânico sem tampa.

precisando ser uma amostra representativa Colocar a amostra 1 com massa m1


do agregado graúdo escolhido para ensaio. suavemente sobre a peneira de maior

No laboratório, a amostra deverá ser abertura, tampar e fixar o conjunto e acionar

colocada em estufa para secagem e posterior o agitador mecânico por um tempo razoável

quarteamento. Este procedimento garantirá para permitir a separação e classificação

a representatividade de cada amostra, sendo prévia dos diferentes tamanhos de grão da

que o ensaio deverá ser realizado com duas. amostra..

A massa mínima, por amostra de ensaio é de: Posterior a isso, retirar e medir a massa de
cada um dos materiais retidos em cada
Dimensão
Massa Mínima da peneira.
máxima nominal
Amostra
do agregado Repetir o ensaio da mesma forma na
(DMA) [kg]
[mm] amostra 2.
< 4,75 0,3*
9,5 1 1.4 – Procedimento de cálculo e
12,5 2 resultados
19 5
25 10 Para cada uma das amostras de ensaio,
37,5 15 calcular a porcentagem retida com base na
50 20 massa total, em massa, em cada peneira, com
63 35
75 60 aproximação de 0,1%.
90 100 𝑚𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑛𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎
100 150 % 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 = × 100 ≈ 0,1%
𝑚1
125 300
* Após a secagem do material As amostras devem apresentar
necessariamente a mesma dimensão
De acordo à norma NM 248:2003. Selecionar
máxima característica e, nas demais
duas amostras com essa massa mínima e
peneiras, os valores de porcentagem retida
medir a massa de cada uma, a serem
individualmente não devem diferir mais que
chamadas m1 e m2.
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4% entre si. Se resultarem, o ensaio deverá % 𝑚1 + % 𝑚2


% 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = ≈ 1%
ser repetido para umas novas amostras. 2

Acumular as porcentagens retidas médias


Determinar a massa total de material retido
para realizar a curva granulométrica, no eixo
em cada uma das peneiras e no fundo do
x (horizontal) a abertura das peneiras e no
conjunto. O somatório de todas as massas
eixo y (vertical) a % retida acumulada.
não deve diferir mais de 0,3% de m1.
Somar as porcentagens retidas acumuladas
𝑚1 − ∑ 𝑚𝑖 ≤ 0,3%
(exceto o fundo) e obter o módulo de finura.

Se diferir, o ensaio deverá ser repetido com ∑ % 𝑟𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑠𝑖


𝑀. 𝐹 =
uma nova amostra. 100

Calcular as porcentagens médias entre as Uma vez realizados os cálculos deve ser

amostras 1 e 2 para cada porcentagem retida colocada graficamente a curva

individual com aproximação de 1%. granulométrica, bem como as curvas de


padronização para classificação do material.

1.5 – Conclusões e discussão


Para realizar as conclusões sobre a qualidade do agregado graúdo, devem ser avaliados os
limites de uso para concretos, apresentados na norma NBR 7211:2009 contempladas na tabela
abaixo.

PENEIRA ZONA GRANULOMETRICA d/Da


COM
Brita 0 Brita 1 Brita 2 Brita 3 Brita 4
ABERTURA
4,75-12,5 9,5 - 25 19 - 31,5 25 - 50 37,5 - 75
DE MALHA
ABNT NBR Lim. Lim. Lim. Lim. Lim. Lim. Lim. Lim. Lim. Lim.
NM ISSO Inf. Sup. Inf. Sup. Inf. Sup. Inf. Sup. Inf. Sup.
3310-1
75 mm - - - - - - - - 0 5
63 mm - - - - - - - - 5 30
50 mm - - - - - - 0 5 75 100
37,5 mm - - - - - - 5 30 90 100
31,5 mm - - - - 0 5 75 100 95 100
25 mm - - 0 5 5 25b 87 100 - -
19 mm - - 2 15b 65b 95 95 100 - -
12,5 mm 0 5 40b 65b 92 100 - - - -
9,5 mm 2 15b 80b 100 95 100 - - - -
6,3 mm 40b 65b 92 100 - - - - - -
4,75 mm 80b 100 95 100 - - - - - -
2,36 mm 95 100 - - - - - - - -
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a
Zona granulométrica correspondente a menor (d) e a maior (D) dimensões do agregado graúdo
b
Em cada zona granulométrica deve ser aceita uma variação de no máximo cinco unidades
percentuais e apenas um dos limites marcados com 2). Essa variação pode também estar
distribuída em vários desses limites.

Uma vez comparados os resultados do material de estudo com os limites de uso dos agregados
graúdos de acordo com o DMA, poderão ser tiradas conclusões sobre uso e aplicações, como por
exemplo a pertinência ou não de esses agregados para concretos, custo e gasto de pasta de
cimento, trabalhabilidade, compacidade e energia de compactação necessária.

2 – ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE MASSA UNITÁRIA


APARENTE: MATERIAL SOLTO E MATERIAL COMPACTO

A massa unitária de um agregado é a relação entre sua massa e seu volume aparente, ou seja,
considerando-se também os vazios entre os grãos. É uma propriedade muito útil, utilizada
principalmente para transformar massa em volume e vice-versa.

A massa unitária é uma propriedade que depende do nível de compacidade das partículas do
agregado, sendo maior quanto mais compacto esteja o material.

Massa unitária em estado solto, estado no que se compra o material de construção, se realiza
com o material sem nenhum tipo de adensamento, enquanto a massa unitária compactada é a
relação entre a massa do material compactado e o volume aparente do mesmo material.

Para cada estado de compactação do material, desde solto até o mais compactado possível, tem
uma quantidade de vazios que diminui os vazios entre os grãos e pode ser determinado com as
propriedades aparentes e reais do material

A massa unitária também serve como parâmetro para classificação


do agregado quanto à densidade: leve, normal ou pesado.

ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados -


2.1 – Normas
Redução da amostra de campo para ensaios
ABNT NBR NM 26:2001 - Agregados -
de laboratório
Amostragem
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ABNT NBR NM 45:2006 Agregados - mínimo correspondente à capacidade do


Determinação da massa unitária e do recipiente a ser usado (aproximadamente 15
volume de vazios dm3).

NBR 7211:2009: Agregados para concreto - Encher o recipiente com a amostra 1 de


Especificação. forma cuidadosa, evitando qualquer tipo de
compactação do material, colocando a
2.2 – Equipamentos Utilizados
amostra no recipiente desde uma altura de
- Estufa capaz de manter a temperatura no
10 a 15 cm da borda superior do recipiente.
intervalo de (105 ± 5)°C.;
Pesar o conjunto recipiente com a amostra 1
- Balança com sensibilidade de 0,1 g;
(Mr+a1).
- Recipiente metálicos de capacidade de 20
Repetir o procedimento para as amostras 2
litros, segundo tabela abaixo:
e 3 do mesmo material, e estabelecer a
Dimensões Volume
média como valor da massa unitária em
Dmax Agregado Base Altura Mínimo
[mm] [mm] [ dm3] estado solto.
≤ 4 .75 mm 316 x 316 150 15
4.75 < Dmax ≤ 50mm 316 x 316 200 20 Para a determinação da massa unitária
Dmax > 50mm 447 x 447 300 60
compacta, colocar cada uma das três
- Haste metálica normalizada com 16 mm de amostras no recipiente, dispondo cada
diâmetro e 600 mm de comprimento; amostra em três camadas. Cada camada

- Pá de mão; deve aproximadamente ocupar 1/3 do


volume do recipiente, nivelar com a pá de
2.3 – Procedimento no laboratório mão e aplicar 25 golpes com haste de
Secar uma amostra representativa do adensamento, tentando distribuir
agregado miúdo estufa a 110ºC por 24 horas uniformemente os 25 golpes no volume da
ou até conseguir massa constante. amostra em cada camada, a modo de
Medir e a massa do recipiente cilíndrico que compactar o mais homogeneamente
servirá como base para determinação do possível toda a amostra.
volume aparente (Mr). Determinar também Medir a massa do material compactado
a altura (h) e o diâmetro do recipiente (Φ) dentro do recipiente (Mr+a1) e repetir o
para o posterior cálculo do volume. procedimento para a segunda e terceira
Separar pouco mais das três amostras a amostra do mesmo material.
serem utilizadas, cada uma com volume no Posteriormente estabelecer a massa unitária
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compacta como a média entre os valores das 𝑀𝑎1


𝑀. 𝑈. 𝑆.𝑎1 =
três amostras. 𝑉𝑎𝑝.

𝑀. 𝑈. 𝑆.𝑎1 : Massa unitária solta da amostra 1


2.4 – Procedimento de cálculo e
resultados Realizar o cálculo acima para as duas
amostras do mesmo agregado, sendo que os
O volume aparente será o correspondente a
resultados não podem diferir entre si de
um recipiente cilíndrico, como segue a
mais do que 0,5 %. Se diferirem mais dessa
continuação:
porcentagem, dever ser realizado de novo o
𝜋 Φ2
𝑉𝑎𝑝. = ℎ ensaio com duas novas amostras.
4
A massa unitária solta do agregado é a média
𝑉𝑎𝑝. : volume aparente
de duas amostras válidas:
Φ: Diâmetro do recipiente
𝑀. 𝑈. 𝑆.𝑎1 + 𝑀. 𝑈. 𝑆.𝑎2 + 𝑀. 𝑈. 𝑆.𝑎3
𝑀. 𝑈. 𝑆. =
ℎ: altura do recipiente 3

A massa do material solto será determinada 2.5 – Conclusões e discussão


pela diferença entre a massa do conjunto do As conclusões para a massa unitária solta e
material solto e o recipiente menos a massa compacta devem referenciar a classificação
do recipiente vazio, como segue abaixo: como leve, normal ou pesado, se cumpre ou
𝑀𝑎1 = 𝑀𝑟+𝑎1 − 𝑀𝑟 não as normas técnicas para uso em
argamassas e concretos, usos concretos
𝑀𝑎1 : Massa da amostra 1
especiais para o material estudado,
𝑀𝑟+𝑎1 : Massa recipiente +amostra 1
importância desses parâmetros e aplicação
𝑀𝑟 : Massa do recipiente profissional, comparações com referências

Posterior ao cálculo anterior deve ser bibliográficas e segundo os resultados,

determinada a massa unitária solta (M.U.S.) avalia-os estabelecendo críticas ou possíveis

do agregado miúdo: erros.

3 – ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DE


AGREGADOS GRAÚDOS E COEFICIENTE DE VAZIOS
A massa unitária determinada no ítem 2 –considera a massa do material referido a um volume
aparente, isso é, considerando tanto as partículas quanto o espaço ocupado pelos vazios
interarticulares. Surge então a necessidade de determinar a relação que existe entre a massa de
um agregado e seu volume real, ou seja, o volume que somente as partículas ocupam, para assim
estabelecer qual é a quantidade real de vazios dos materiais nos seus diferentes estados de
compacidade.

Este parâmetro é muito útil, sobretudo para dosagem de argamassas e concretos, onde precisa
determinar a porcentagem real de volume correspondente a cada tipo de material: aglomerante,
agua e agregados.

- Haste metálica normalizada com 16 mm de


3.1 – Normas
diâmetro e 600 mm de comprimento;
ABNT NBR NM 26:2001 - Agregados -
Amostragem - Pá de mão;

ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados - - Bandeja metálica.

Redução da amostra de campo para ensaios 3.3 – Procedimento no laboratório


de laboratório Selecionar duas amostras e secar em estufa
ABNT NBR NM 45:2006 Agregados - até obter massa constante,
Determinação da massa unitária e do aproximadamente 24 horas.
volume de vazios Determinar a massa do recipiente de 20

3.2 – Equipamentos Utilizados litros vazio (𝑀𝑅𝑒𝑐. )e posteriormente colocar

- Estufa capaz de manter a temperatura no compacto o material graúdo (𝑀𝑅𝑒𝑐.+𝑚𝑎𝑡. )até

intervalo de (105 ± 5)°C.; a borda superior do recipiente,


determinando a massa do material com o
- Balança com sensibilidade de 100 g;
recipiente.
-Recipiente metálicos de capacidade de 20
Colocar agua dentro do recipiente com
litros, segundo tabela abaixo:
material e retirar as bolhas de ar do
Dimensões Volume
recipiente. Uma vez todas as bolhas de ar
Dmax Agregado Base Altura Mínimo
[mm] [mm] [ dm3] sejam retiradas, determinar a massa que
≤ 4 .75 mm 316 x 316 150 15
4.75 < Dmax ≤ 50mm 316 x 316 200 20 aumenta pela água (𝑀𝑅𝑒𝑐.+𝑚𝑎𝑡+𝑎𝑔𝑢𝑎 ) , que
Dmax > 50mm 447 x 447 300 60 correponderá aos vazios interparticulares
do agregado, medindo a massa do conjunto.
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Realizar a leitura da amostra 1 e repetir o determinado o coeficiente de vazios


procedimento para uma segunda amostra. correspondente a cada estado, em decimal
Determinar o parâmetro de massa unitária ou porcentual, como segue abaixo:
específica com a média dos dois valores. 𝑀. 𝑈.
𝐶𝑣 = 1 −
𝛾
3.4 – Procedimento de cálculo e
resultados 3.5 – Conclusões e discussão
A massa unitária específica 𝛾 será o As conclusões devem contemplar a

resultado de dividir a massa inicial pelo importância do parâmetro, a aplicação na

volume ocupado só pelas partículas, ou seja, construção de obras civis, a quantidade de

o volume menos o volume de água. vazios no material tanto em estado solto


como em estado compacto, classificação do
𝑀𝑅𝑒𝑐.+𝑚𝑎𝑡. − 𝑀𝑅𝑒𝑐. [𝑘𝑔]
𝛾= agregado, aplicação das propriedades de
(𝑀𝑅𝑒𝑐.+𝑚𝑎𝑡+𝑎𝑔𝑢𝑎 − 𝑀𝑅𝑒𝑐.+𝑚𝑎𝑡. )𝛾𝑎𝑔𝑢𝑎 [𝑑𝑚3 ]
M.U. e 𝛾 , comparação de resultados com
Uma vez calculada a massa específica e com
referências bibliográficas e detectar
os dados anteriores da massa unitária em
possíveis erros.
estado solto e compacto, deve ser

4 – ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE UMIDADE

Determinar a porcentagem de umidade que o agregado g retém é muito importante, sobretodo


quando esse agregado miúdo em obra se expõe as condições de intempérie e é usado em
argamassas e concretos.

Ao aumentar a relação agua/cimento na pasta de argamassa e concretos diminui a resistência


mecânica do material, pelo que a alta retenção de água que tem os agregados miúdos, fazem que
deva ser corrigida a dosagem e descontada a quantidade de água presente já no agregado miúdo.

Além disso, os agregados miúdos experimentam o fenômeno de inchamento, ou seja, um


aumento do volume aparente em presença de umidade, mesmo em porcentagens de umidade
baixas, o que modifica as quantidades padrão dos materiais projetadas no traço.

Na figura abaixo pode-se observar as quatro condições em que uma partícula de um material
pode apresentar., as quais encontram-se descritas abaixo.

Seco em estufa – Devido à alta e constante temperatura que uma estufa pode manter, o agregado
encontra-se completamente seco, tanto no seu exterior quanto no seu interior (vazios
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permeáveis); Seco ao ar – Como a temperatura ao ar livre é menor e possui uma variabilidade


maior do que na estufa, o agregado tem a sua superfície seca, porém, os poros permeáveis mais
internos não são completamente secos, havendo assim, umidade residual na partícula
representada pela área menos escura na figura. Saturado superfície seca – Neste caso todos os
poros permeáveis encontram-se saturados e a superfície do agregado encontra-se seco. Essa
situação é encontrada na prática de determinação de absorção e massa específica de agregados
graúdos; Saturado – Semelhante ao caso anterior, porém, há água na superfície do agregado.

- Balança com sensibilidade de 0,1 g;


4.1 – Normas
ABNT NBR NM 26:2001 - Agregados - - Cápsulas de alumínio (mínimo 50 ml)

Amostragem - Frasco de Chapman;

ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados - - Funil de vidro;


Redução da amostra de campo para ensaios
- Funil metálico.
de laboratório
4.3 – Procedimento no laboratório
ABNT NBR 9775:2011 Agregado miúdo
Umidade pelo método da secagem em estufa:
– Determinação do teor de umidade
superficial por meio do frasco de Chapman – Determinar a massa de cada uma das

Método de ensaio cápsulas de alumínio, ato seguido, pesar a


capsula com o agregado dentro dela e leva-la
ABNT NBR NM 30:2000 Agregados
na estufa a uma temperatura de
miúdos - Determinação da absorção de água
105 – 100 ºC, durante 24 horas.
4.2 – Equipamentos Utilizados
Após as 24 horas retirar a amostra da estufa
- Estufa capaz de manter a temperatura no
e determinar a massa final do conjunto:
intervalo de (105 ± 5)°C.;
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cápsula e agregado e estabelecer a 4.5 – Conclusões e discussão


porcentagem de umidade. A determinação de umidade é útil tanto para
avaliar os descontos da quantidade de água
4.4 – Procedimento de cálculo e
em traços de concretos, assim como medir a
resultados
susceptibilidade à absorção do agregado
Para determinar a porcentagem de umidade
graúdo.
(%𝑤), deve ser calculada a massa da água
presente na amostra referida a massa da As conclusões deste ensaio tem que se

amostra seca. referir às diferenças entre os valores


encontrados, precisão do método e a
𝑀𝑐á𝑝+𝑎.𝑚.ú𝑚𝑖𝑑𝑜 − 𝑀𝑐á𝑝+𝑎.𝑚.𝑠𝑒𝑐𝑜
%𝑤 = × 100 importância da determinação da umidade
𝑀𝑐á𝑝+𝑎.𝑚..𝑠𝑒𝑐𝑜
em agregados graúdos, bem como a análise
Os resultados não devem diferir entre si de
do estado de saturação no que se encontra.
mais do que 0,5 %. Se diferirem, o ensaio
debe ser repetido.

Esperar 24 horas até que o reagente material pode ser utilizado em concretos e
consuma a matéria orgânica presente na argamassas, senão, o material apresenta
amostra e fazer leitura da cor apresentada teor de matéria orgânica superior ao
pelo liquido do conjunto. permissível nas normas vigentes para
concretos estruturais, e não deve ser
4.6 – Procedimento de cálculo e
utilizados para esses fins.
resultados
As conclusões e análise deve abordar
Comparar a cor resultado do material com o
também a influência da origem do agregado,
ácido e a placa de cor e determinar o número
as possíveis fontes de matéria orgânica e as
ao que corresponde.
opções de uso do material que o profissional
4.7 – Conclusões e discussão tem.
Se a cor do reagente for inferior (mais claro)
ou igual ao valor 3 da placa de cores, o

5 – ENSAIO PARA DETERMINAÇÃO DE MATERIAIS


PULVERULENTOS POR LAVAGEM
Os materiais pulverulentos são constituídos por partículas minerais com dimensão inferior a
0,075 m ou 75μm, inclusive os materiais solúveis em água, presentes nos agregados.

Esses materiais são considerados indesejáveis na aplicação do agregado graúdo em concretos,


uma vez que o alto teor de materiais pulverulentos diminui aderência do agregado à pasta de
cimento, prejudicando de forma direta a resistência mecânica.

5.1 – Normas 5.3 – Procedimento no laboratório


Selecionar uma amostra de agregado
ABNT NBR NM 26:2001 - Agregados -
representativa, segundo a tabela abaixo:
Amostragem
Dimensão Massa mínima
ABNT NBR NM 27:2001 - Agregados -
máxima nominal amostra
Redução da amostra de campo para ensaios [mm] [g]
2,36 100
de laboratório
4,75 500
ABNT NBR NM 46:2003 Agregados - 9,5 1000
19 2500
Determinação do material fino que passa ≥ 37,5 5000
através da peneira 75 um, por lavagem
Secar a amostra de ensaio até massa
ABNT NBR NM ISO 3310-1:2010 Peneiras
constante à temperatura de (110 ± 5)°C.
de ensaio - Requisitos técnicos e verificação
Determinar a massa do agregado miúdo seco
Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de
com precisão de 0,1%, o mais próximo
tecido metálico
possível da massa da amostra de ensaio.
NBR 7211:2009: Agregados para concreto -
Após a secagem e determinação da massa,
Especificação.
colocar a amostra de ensaio no recipiente e
5.2 – Equipamentos Utilizados
adicionar água até cobrí-la. Agitar a amostra
- Jogo de Peneiras metálicas de Φ8”x2” da
vigorosamente para obter a completa
Série Normal 1,18 mm e 75 µm, com tampa e
separação de todas as partículas mais finas
fundo.
que 75 mm das maiores e para que o
- Balança com sensibilidade de 0,1% da material fino fique em suspensão.
massa da amostra
Imediatamente, verter a água de lavagem
- Pá de mão; contendo os sólidos suspensos e dissolvidos

- Bandejas. sobre as peneiras, dispostas de forma que a


malha de maior abertura esteja na parte de
cima.
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AGREGADOS GRAÚDOS

Evitar ao máximo a decantação das 𝑀0 − 𝑀𝐹


𝑇𝑒𝑜𝑟 𝑀. 𝑃. = × 100
partículas mais grossas da amostra. 𝑀0

Ao ser retirada após a lavagem agua Posteriormente, se realiza a média dos dois

totalmente transparente, pode se dar por resultados.

terminado o ensaio e se procede a secar em 5.5 – Conclusões e discussão


estufa a amostra. As conclusões devem abordar a importância
Se repete o procedimento com uma segunda de se determinar o teor de material
amostra e o teor de material pulverulento pulverulento, determinar se o agregado
será a média dos porcentuais. estudado pode ou não pode ser utilizado em
concretos e argamassas segundo a NBR
5.4 – Procedimento de cálculo e
7211 e se pode ser utilizado, em que tipo de
resultados
materiais poderia ser mais adequado.
Com a medição da massa inicial das
Deve ser referenciado também se houve ou
amostras, comparadas com a massa do
não disparidade nos resultados e discutir
material seco depois a lavagem, se
possíveis erros na execução do ensaio.
estabelece o teor de material pulverulento.

6 – PARTICULAS PLANAS, ALONGADAS E CLASSIFICAÇÃO DE


AGREGADOS SEGUNDO A PLACA DE PROPORCIONALIDADE

E de grande importância determinar o índice de forma dos agregados graúdos, pois ao sabermos
a porcentagem aproximada do nosso agregado quanto a sua forma (normais, lamelares,
discoides e planas), pode-se saber se o agregado poderá ser utilizado em diferentes tipos de
obras como por exemplo, a pavimentação que exige pedras mais cúbicas e porcentagens de
partículas planas e alongadas no máximo de 30%.

Além disso, quanto mais alongada e plana for a partícula do agregado, menor será sua resistência
mecânica e não poderá ser usada em estruturas de concreto com armadura densa, pois dificulta
o adensamento, aumentando a necessidade de energia de vibração e também a quantidade de
vazios na peça estrutural, comprometendo a resistência e possibilitando expor a amadura de aço
a agentes externos.
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6.1 – Equipamentos Utilizados Cada partícula vai ser passada pela placa de

- Placa de lamelaridade proporcionalidade em termos de


comprimento C, largura L e espessura E,
- Placa de partículas alongadas
classificando-se segundo a tabela abaixo:
- Placa de proporcionalidade

6.2 – Procedimento no laboratório


Partículas alongadas:

Se estabelecem as diferentes faixas de 6.3 – Procedimento de cálculo e


peneiramento e uma a uma passam todas as
resultados
partículas pela placa de partículas
Se estabelece porcentualmente, de 200
alongadas. Se a partícula passa, ela se
particulas e por massa que porcentagem
classifica como não alongada, se não passar,
tem o agregado de partículas alongadas,
se classifica como partícula alongada (não
planas e de qué tipo são todas as partículas,
desejável).
definindo pela maioria o tipo de agregado
Partículas planas que se tem segundo a placa de

Se estabelecem as diferentes faixas de proporcionalidade.

peneiramento e uma a uma passam todas as


6.4 – Conclusões e discussão
partículas pela placa de partículas lamelares.
Tem que ser determinado o índice de forma
Se a partícula passa, ela se classifica como
do agregado graúdo e as porcentagens de
plana (não desejável), se não passar, se
partículas planas e alongadas, discutindo
classifica como partícula não plana.
seu uso na construção civil e as limitações do
Proporcionalidade e índice de forma: uso do material.

7 – RELATÓRIO MODELO

7.1 – Descrição do material de ensaio


Inicialmente, o profissional deve realizar inspeção visual e física do material que está prestes a
estudar, e ser relatada de forma técnica no início do ensaio estabelecendo fonte do material, se
tem origem natural ou artificial, cor, materiais mineralográficos constituintes, dureza aparente,
tamanho aparente, si apresenta matriz argilosa ou siltosa, se apresenta visivelmente materiais
orgânicos ou não, se tem cheiro ou vestígios de sulfatos, se é homogênea enquanto referente a
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sua composição mineralográfica ou não, entre outras descrições técnicas que revelem melhor a
qualidade geral do agregado como um todo.

7.2 – Tabelas resumo de cálculos e resultados


Peneira Massa Massa Massa Amostra 1
Brita 1
ABNT da Peneira da Peneira+ Retida (g) % Retida % Acum.
9,5-25mm
(mm) (g) brita Aprox 1g Aprox. 0,1% Aprox. 1%
Coluna -- A C D Inferior Superior
25,00 0,0 0,0 0,0 0,0 0 0 0
19,00 499,4 550,1 50,7 1,0 1 2 15
12,50 0,0 0,0 2.486,4 49,3 50 40 65
9,50 509,5 2.500,2 1.990,7 39,5 90 80 100
6,30 426,2 861,0 434,8 8,6 98 92 100
4,75 439,3 486,5 47,2 0,9 99 95 100
FUNDO 328,5 364,4 35,9 0,7
TOTAL 5.045,7 100,0
Dimensão Máxima Característica (DMC) 19 mm
Classificação do Agregado Brita 1
Módulo de Finura (MF) 3,39
Zona/ Graduação 9,5 / 25 mm

Curva granulométrica
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
4,75 9,5 14,25 19 23,75
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7.3 – Análise de resultados e conclusões


Este é o espaço para analisar física e quimicamente o agregado graúdo, desde a composição
granulométrica e cada uma das propriedades estudadas até os usos para os quais é adequado o
material.

Devem ser analisados os resultados de cada ensaio e concluir sobre o uso do material em
construções civis, bem como realizar uma comparação de cada um dos parâmetros estudados
com as normas vigentes e as recomendações técnicas encontradas na bibliografia.

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