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Janeiro
Antes de 1930.
Esta cidade maravilhosa, no final dos anos 1800 e pelo início do século XX, foi retratada pelos
maiores fotógrafos de então, como Augusto Malta, Marc Ferrez e outros, sendo essas fotografias imortalizadas
em cartões postais, de vários editores, inclusive estrangeiros, que mostram como o Rio se desenvolveu e
começou a tomar o jeito que tem hoje. Muitas curiosidades daquela época, como os Socorros Policiaes, as obras
que transformaram a cidade, sua gente, seu comércio e seus imponentes prédios, deles hoje praticamente só
restam as imagens dos cartões postais.
Assim, uma pequena parte desse tesouro é mostrada nessa pequena coleção de cartões postais com
vistas da Cidade Maravilhosa, que já mostrava, desde aquele tempo, o fascínio e a beleza que desperta a
admiração que hoje o mundo tem pelo Rio.
O cais Pharoux, do
antigo Porto do
Rio. Aqui foi por
onde D. João VI
chegou ao Rio de
Janeiro. Cartão
editado por A.
Ribeiro.
Também na Praça
15 a Estação de
Barcas para
Nictheroy e para a
Ilha de Paquetá.
Este cartão é
provavelmente de
origem alemã. Não
há referencia de
data ou editor.
A Avenida Central
A avenida Central ligava o novo porto da cidade (atual Praça Mauá) à região da Glória. Projeto do
eng. Paulo de
Frontin, chefe da
Comissão Construtora
da avenida Central
tinha 1.800 m de
extensão por 33
metros de largura. As
fachadas para os
edifícios da avenida
Central foram
escolhidas em
concurso, do qual
foram jurados, entre
outros, o prefeito
Pereira Passos, Paulo de Frontin, o ministro da
Viação e Obras Públicas, Lauro Müller, e o diretor-
geral de Saúde Pública, Oswaldo Cruz.
Dois cartões do
editor A. Ribeiro
mostram belíssimos
exemplos da
arquitetura
predominante na
avenida.
Praticamente todos
os prédios dessa
época já foram
demolidos.
Socorros Policiaes
Curiosidade da época, o cidadão ia até o poste e apertava a campainha que fazia soar o alarme que era
ouvido na sede da Polícia que, então, ia a socorro do chamador. Os cartões são de origem provavelmente
alemã, e não contem nenhuma referência ao Editor.
Vista do Largo da
Carioca, com
construções que
hoje não mais
existem. Cartão
postal editado por
A. Ribeiro.
Cartão postal de
origem alemã, onde
o Rio de Janeiro
virou “Rio de
Janairo” e o Largo
da Carioca, “Langs
der Carioca”.
Os cartões estrangeiros do Rio
Não só os editores nacionais publicaram cartões sobre o Rio. Abaixo, um cartão francês mostrando a
Rua 1º de março e um cartão suíço, mostrando o prédio do Ministério da Agricultura.
Cartão francês
emitido pela Edition
de la Mission de
Propagande , Paris,
mostrando um trecho
especial da Rua 1º de
março, onde existiam
a confeitaria
Carceller, a
confeitaria Francioni,
o Cercle du
Commerce, onde reza
a lenda forma feitos
os primeiros sorvetes
no Rio, em 1834, e
por fim o famoso
hotel e café Globo.
Cartão suíço,
emitido pela casa
editora A. Zoller de
Genebra.
Eventos famosos do Rio, Império e República
O último baile do Império, na Ilha Fiscal, reza a lenda, teve um episódio curioso. D. Pedro, ao chegar
ao salão tropeçou e exclamou: “O Imperador tropeçou, mas a Monarquia não caiu...” Mal sabia ele que pouco
tempo depois cairia a monarquia brasileira. Entre os dias 28 de janeiro e 15 de novembro de 1908, ocorreu
uma grande exibição de bens naturais e produtos manufaturados, chamada Exposição Nacional, com a
justificativa de celebrar o centenário da Abertura dos Portos (1808). Seu objetivo, porém, era o de apresentar
a nova Capital da República - urbanizada pelo Prefeito Pereira Passos e saneada por Oswaldo Cruz.
Vista da ponte e do
pavilhão de entrada
da Exposição
Nacional de 1908.
Tanto este cartão
quanto o acima são
de edição de A.
Ribeiro.
O Relevo do Rio
Os dois pontos do relevo do Rio de Janeiro que
sempre foram objeto de admiração não só pelos
cariocas, mas também por todos os visitantes, são o
Corcovado e o Pão de Açúcar. Os cartões abaixo são
ambos do editor A. Ribeiro.
Inaugurado em 1912,
projeto do engenheiro
Augusto Ferreira
Ramos o caminho aéreo
do Pão de Açúcar foi o
3º no mundo. Quando o
bondinho foi
construído, só
existiam dois no
mundo: o teleférico de
Monte Ulia, na
Espanha, construído
em 1907 e o
teleférico de
Wetterhorn, na
Suíça, construído em
1908.
Prédios famosos do Rio
Em cartões do editor A. Ribeiro, prédios de arquitetura imponente do Rio de Janeiro. Inspirados em
arquitetura européia, embelezaram a Cidade Maravilhosa enquanto existiram. Alguns permanecem até hoje e
são visitados e admirados por todos quantos passam pelo Rio.
A escola
Rodrigues Alves
e o Palácio do
Governo, em
1908. Cartão de
A. Ribeiro.
A Escola Nacional
de Belas Artes.
Um dos mais
bonitos prédios
do Rio de
Janeiro. Também
cartão de A.
Ribeiro.
Prédios famosos do Rio
A arquitetura brasileira tambem contribuiu para a criação dos mais bonitos prédios do Rio. Um deles,
infelizmente, não existe mais. O Palácio Monroe assombrou o mundo pelo projeto de sua construção e no
Brasil foi jogado ao chão por motivos, no mínimo, irrelevantes e inconsistentes.
Projetado como o
Pavilhão do Brasil na
Exposição Universal de
Saint Louis, nos U.S.A.,
em 1904, devendo ser
desmontado e
remontado no Brasil. O
arquiteto e engenheiro
militar, Coronel
Francisco Marcelino de
Sousa Aguiar, concebeu
uma estrutura metálica
capaz de ser
totalmente
desmontada, erguendo-
a, como previsto, em
Saint Louis. O Pavilhão
do Brasil ganhou a
medalha de ouro no
Grande Prêmio Mundial
de Arquitetura.
Projeto de Francisco de
Oliveira Passos (filho do
então prefeito, Francisco
Pereira Passos), que
contou com a colaboração
do francês Albert
Guilbert, com um desenho
inspirado na Ópera de
Paris, de Charles Garnier.
O edifício foi iniciado em
1905 sobre um alicerce
de mil e seiscentas
estacas de madeira
fincadas no lençol
freático, e inaugurado a
14 de julho de 1909.
Ruas tranquilas do Rio
Mesmo sendo a metrópole da época, no centro do Rio de Janeiro a vida corria no máximo na velocidade dos
burros que puxavam o transporte coletivo. Na maioria das ruas somente passeios a pé. Os cartões abaixo são
ambos do editor A. Ribeiro.
Festa militar na
Praça Tiradentes,
vendo-se à direita o
que parecem ser
marinheiros em
forma. O editor
desse cartão foi a
Gráfica Botelho.
Praia de Copacabana e Botafogo
Praticamente todos os bairros do Rio têm prédios que os identificam e estão definitivamente associados com
os bairros. Assim é com Copacabana e com Botafogo, dois dos mais tradicionais bairros da Cidade Maravilhosa.
O Copacabana Palace
foi construído pelo
empresário Octávio
Guinle e Francisco
Castro Silva entre 1919
e 1923, atendendo a
uma solicitação do
então presidente
Epitácio Pessoa (1919-
1922), que desejava um
grande hotel de turismo
na então capital do país.
Símbolo de Botafogo, o
prédio do Mourisco foi
uma biblioteca e centro
de artes, ficando
depois abandonado por
vários anos para ser
totalmente demolido
em 1952, durante a
construção do Túnel do
Pasmado
Estátuas do Rio de Janeiro
Como toda grande metrópole, o Rio tem estátuas espalhadas por toda a cidade. Desde personalidades da nossa
História até curiosidades como Manequinho, ornamentam as praças do Rio.