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DIPLOMACIA

É a arte e a prática de conduzir as relações exteriores ou os negócios estrangeiros de um


determinado Estado ou outro sujeito de direito internacional. Geralmente, é empreendida por
intermédio de diplomatas de carreira e envolve assuntos de guerra e paz, comércio exterior,
promoção cultural, coordenação em organizações internacionais e outros.

A diplomacia como instrumento da política externa dos Estados, evolui com a própria história do
homem, surgiu para aproximar os povos através do diálogo pacífico e reconciliação de interesses.
Ela foi usada de forma diferente, desde a antiga idade, moderna até actualidade. A sua Evolução
respondeu e inseriu-se como é obvio nas diferentes épocas da história da sociedade, o homem foi
evoluindo e consequentemente a prática Diplomática também.

As relações diplomáticas são definidas no plano do direito internacional pela Convenção de Viena
sobre Relações Diplomáticas, de 1961.

Tem sido exercida desde a formação das primeiras cidades-Estado, há milênios. Na Antiguidade e
na Idade Média, os diplomatas eram quase sempre enviados apenas para negociações específicas,
retornando com a sua conclusão.

A história registra como primeiros agentes diplomáticos permanentes os apocrisiários,


representantes do papa e de outros patriarcas católicos junto a Bizâncio. Também exerciam suas
funções de modo permanente os procuratores in Romanam Curiam, representantes dos soberanos
europeus junto ao papa em Roma.

A origem da diplomacia moderna pode ser encontrada nos Estados da Itália Setentrional, no começo
do Renascimento, com o estabelecimento das primeiras Missões diplomáticas no século XIII. A
primeira Missão diplomática permanente foi estabelecida por Milão em 1446 junto ao governo de
Florença. No norte da Itália surgiram diversas das tradições da diplomacia, como a apresentação de
credenciais dos embaixadores estrangeiros ao Chefe de Estado.

A Espanha foi a primeira a manter um representante permanente no exterior - na corte inglesa, a


partir de 1487. No final do século XVI, o estabelecimento de Missões permanentes já se havia
tornado frequente na Europa.

A primeira Embaixada enviada por um Estado europeu ao Oriente foi a da Inglaterra junto ao
Imperador Mongol, em 1615.

Impérios como o Otomano ou o chinês se consideravam superiores aos outros Estados, por isso
relutavam em manter embaixadas ou ter embaixadas em seus Estados.

A expansão européia nos séculos XVIII e XIX levou consigo a prática diplomática daquele
continente, tornando-a universal.

Ao instituir o sistema do equilíbrio europeu, a Paz de Vestfália (1648) consolidou a necessidade das
Missões diplomáticas permanentes, por meio das quais os Estados europeus buscavam criar ou
preservar alianças.

Os embaixadores eram membros da nobreza ou políticos com pouca experiência em relações


exteriores, que mais tarde criou-se uma crescente base de diplomatas profissionais nas Missões no
exterior. Na mesma época, começavam a ser estruturados os Ministérios do Exterior nas principais
capitais européias.
O Congresso de Viena de 1815 criou um sistema de precedência diplomática, mas o tema continuou
a ser fonte de discordância até o século XX, quando foi regulado definitivamente, pelo art. 16 da
CVRD.

Primeiramente, os Reis costumavam fazer casamentos entre os seus familiares, para poderem ter
uma certa diplomacia entre eles.

Atualmente, consideram-se funções tradicionais da diplomacia as tarefas de negociar, informar e


representar. A tarefa de negociar consiste em manter relações com o objetivo de concluir um acordo.
O diplomata negocia em nome e por conta do Estado que representa, com o propósito de defender
os interesses daquele Estado.

Uma Missão diplomática pode defender os interesses de uma empresa ou de um indivíduo de seu
país.

Na 2ª Guerra houve tantas barbáries que se fez necessário rever o que vinha sendo feito até então.

A moda da viagem dos presidentes iniciou-se da década de 70 pra cá. Os presidentes americanos
que deram inicio a esse fenômeno.

Denomina-se "diplomata" o funcionário pertencente ao serviço diplomático de um Estado.

"Missão diplomática", um grupo de diplomatas de mesma nacionalidade acreditados junto a um


Estado estrangeiro.

O conjunto de diplomatas de todas as nacionalidades presentes no território de um determinado


Estado denomina-se "corpo diplomático".

Embaixada, chefiada por um embaixador: nível mais elevado de uma Missão diplomática.

Em geral, as Missões diplomáticas no exterior reportam-se a e recebem instruções do respectivo


Ministério do Exterior (ou dos Negócios Estrangeiros).

Direito de legação Conceitua-se o direito de legação como a faculdade de enviar (direito de legação
activo) e receber (passivo) agentes diplomáticos.

Decorre da soberania do Estado no seu aspecto externo (isto é, o não-reconhecimento de


autoridade superior a ele mesmo).

O direito de legação deriva do princípio da igualdade jurídica dos Estados e é regulado pelo princípio
do consentimento mútuo. Modernamente, este direito também tem sido exercido pelas organizações
internacionais.

Privilégios e imunidades A imunidade diplomática é uma forma de imunidade legal e uma política
entre governos que assegura às Missões diplomáticas inviolabilidade, e aos diplomatas salvo
conduto, isenção de impostos e outras prestações públicas (como serviço militar obrigatório), bem
como de jurisdição civil e penal e de execução.

Na Idade Média, como as relações internacionais davam-se entre Chefes de Estado, ofender um
embaixador significava ofender o Chefe de Estado que o havia enviado, o que justificava as
precauções da imunidade.
Os privilégios e imunidades podem ser classificados em inviolabilidade, imunidade de jurisdição civil
e penal e isenção fiscal, além de outros direitos como liberdade de culto e isenção de prestações
pessoais.

A inviolabilidade abrange a sede da Missão e as residências particulares dos diplomatas, bem como
os bens ali situados e os meios de locomoção.

A inviolabilidade aplica-se também à correspondência e as comunicações diplomáticas.

A imunidade diplomática não confere ao diplomata o direito de se considerar acima da legislação do


Estado acreditado - é obrigação expressa do agente diplomático cumprir as leis daquele Estado.

EMBAIXADAS E CONSULADOS

De uma forma geral e resumida, podemos dizer que a embaixada representa um país perante outro
país, enquanto o consulado representa particulares de uma país em outro país (interesses de
empresas extrangeiras, nacionais que trabalham naquele país, etc...)

Já, os consulados, que assim como as embaixadas também representam um país dentro de outro,
estão localizados nas Capitais dos Estados e servem como apoio às embaixadas, realizando
serviços de concessão de vistos e atendimento aos cidadãos de seu país que residem nesse outro
território.

Todas as embaixadas estão nas capitais dos países. O embaixador representa essencialmente o
Estado que representa. O cônsul representa o interesse dos cidadãos do seu país de origem.
Quem firma os acordos internacionais, autorizados pelo seu país, primeiramente é o embaixador,
depois o presidente do país ratifica.

Criou-se locais dentro de um outro país em que se resguardava os interesses do país que tinha um
elo diplomático. Como se fosse uma extensão do país. Se fosse atacado seria como se fosse
atacado o território. É uma prerrogativa do local, em respeito ao país.

As funções de uma embaixada são definidas pela Convenção de Viena Sobre Relações
Diplomáticas de 1961. São elas:
* Representar o país de nacionalidade da Embaixada perante outro país;
* Proteger, no país onde está localizada, os interesses do país de sua nacionalidade e os de seus
cidadãos;
* Negociar com o Governo do país onde está localizada, em nome do país que representa;
* Informar o Governo de sua nacionalidade dos acontecimentos no país onde está localizada;
* Promover relações amistosas e desenvolver as relações econômicas, culturais e científicas entre
os dois países.

Já as funções de um consulado são definidos pela Convenção de Viena sobre Relações Consulares
de 1963. São elas:
a) proteger, no Estado receptor, os interesses do Estado que envia e de seus nacionais, pessoas
físicas ou jurídicas, dentro dos limites permitidos pelo direito internacional;
b) fomentar o desenvolvimento das relações comerciais, econômicas, culturais e científicas entre o
Estado que envia e o Estado receptor e promover ainda relações amistosas entre eles, de
conformidade com as disposições da presente Convenção;
c) informar-se, por todos os meios lícitos, das condições e da evolução da vida comercial,
econômica, cultural e científica do Estado receptor, informar a respeito o governo do Estado que
envia e fornecer dados às pessoas interessadas;
d) expedir passaportes e documentos de viagem aos nacionais do Estado que envia, bem como
vistos e documentos apropriados às pessoas que desejarem viajar para o referido Estado;
e) prestar ajuda e assistência aos nacionais, pessoas físicas ou jurídicas do Estado que envia;
f) agir na qualidade de notário e oficial de registro civil, exercer funções similares, assim como outras
de caráter administrativo, sempre que não contrariem as leis e regulamentos do Estado receptor;
g) resguardar, de acordo com as leis e regulamentos do Estado receptor, os interesses dos
nacionais do Estado que envia, pessoas físicas ou jurídicas, nos casos de sucessão por morte
verificada no território do Estado receptor;
h) resguardar, nos limites fixados pelas leis e regulamentos do Estado receptor, os interesses dos
menores e dos incapazes, nacionais do país que envia, particularmente quando para eles for
requerida a instituição de tutela ou curatela;
i) representar os nacionais do país que envia e tomar as medidas convenientes para sua
representação perante os tribunais e outras autoridades do Estado receptor, de conformidade com a
prática e os procedimentos em vigor neste último, visando conseguir, de acordo com as leis e
regulamentos do mesmo, a adoção de medidas provisórias para a salvaguarda dos direitos e
interesses destes nacionais, quando, por estarem ausentes ou por qualquer outra causa, não
possam os mesmos defendê-los em tempo útil;
j) comunicar decisões judiciais e extrajudiciais e executar comissões rogatórias de conformidade
com os acordos internacionais em vigor, ou, em sua falta, de qualquer outra maneira compatível com
as leis e regulamentos do Estado receptor;
k) exercer, de conformidade com as leis e regulamentos do Estado que envia, os direitos de controle
e de inspeção sobre as embarcações que tenham a nacionalidade do Estado que envia, e sobre as
aeronaves nele matriculadas, bem como sobre suas tripulações;
l) prestar assistência às embarcações e aeronaves a que se refere a alínea "k" do presente artigo e
também às tripulações: receber as declarações sobre as viagens dessas embarcações, examinar e
visar os documentos de bordo e, sem prejuízo dos poderes das autoridades do Estado receptor,
abrir inquéritos sobre os incidentes ocorridos durante a travessia e resolver todo tipo de litígio que
possa surgir entre o capitão, os oficiais e os marinheiros, sempre que autorizado pelas leis e
regulamentos do Estado que envia;
m) exercer todas as demais funções confiadas à repartição consular pelo Estado que envia, as quais
não sejam proibidas pelas leis e regulamentos do Estado receptor, ou às quais este não se oponha,
ou ainda as que lhe sejam atribuídas pelos acordos internacionais em vigor entre o Estado que envia
e o Estado receptor.

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