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A pirâmide das finanças pessoais

Sumário

Prefácio ..................................................................................... 2

Introdução ................................................................................. 3

Base – Consciência financeira ...................................................... 5

1º andar – Crie um orçamento ..................................................... 6

2º andar – Aumente a renda ........................................................ 7

3º andar – Elimine as dívidas ....................................................... 9

4º andar – Fundo de emergência ............................................... 11

Topo – Comece a investir .......................................................... 12

Conclusão ................................................................................ 13

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A pirâmide das finanças pessoais

Prefácio

Por mais que o Investidor Internacional seja um site focado em


proteção patrimonial, planejamento tributário e investimentos no
exterior, tenho percebido que sempre é necessário reforçar alguns
conceitos básicos de finanças.

De nada adianta você querer operar opções binárias fora do Brasil, se


os juros das dívidas estiverem devorando o seu patrimônio.

Você deve estar pensando: “Poxa, outro livro de finanças pessoais?


Vai dizer agora que é para cortar o cafezinho e gastar menos do que
se ganha?”.

Eu não me daria ao trabalho de escrever um e-book se fosse para


repetir as mesmas ideias que todos estão cansados de ouvir.

Vamos ser francos. A maioria dos livros de finanças ensina a você a


ser menos pobre e não mais rico. Devo ter lido uns trinta autores
antes de chegar a algum que enterrasse definitivamente a teoria do
cafezinho e muitas outras dicas que soavam bonitas, mas que não
levavam a lugar nenhum.

Meu objetivo aqui é abrir a sua mente e lhe dar uma nova
perspectiva em finanças. É fazê-lo ganhar mais do que gasta e
poder experimentar todo o cardápio do Starbucks se quiser.

Sim, ganhar mais do que se gasta é diferente de gastar menos do


que se ganha.

Boa leitura.

Raphael Monteiro

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A pirâmide das finanças pessoais

Introdução

Eu sei que pirâmide não é lá o melhor termo para se intitular um livro


de finanças. Fiz o que pude para encontrar outro nome, mas
nenhuma palavra reflete melhor os conceitos que irei lhe apresentar
aqui.

Escutei sobre a ideia de pirâmide das finanças pessoais em um dos


inúmeros podcasts sobre investimentos que escuto semanalmente.

A partir desse podcast, pesquisei mais sobre o conceito e encontrei


diversas referências. Fui fundo em cada andar dessa pirâmide,
procurando extrair aquilo que cada um tinha de mais valioso.

Juntei todas as principais ideias com o que estudara anteriormente.


Reorganizei alguns pontos e adicionei minhas próprias observações.
Percebi, então, que o material tinha a essência do que cada pessoa
deveria aprender sobre finanças.

Não sei se você já ouviu falar da pirâmide de Maslow. Ela é bem


parecida, e acredito que tenha servido de modelo para a de finanças.

A pirâmide de Maslow ranqueia as necessidades humanas para


alcançar o bem-estar psicológico. Ela coloca na base as necessidades
indispensáveis para manter a vida. Estando vivo, passa a ser
importante a proteção do corpo. Acima disso, estão o senso de
amizade e a família. Mais perto do topo, a autoestima. No topo, a
autorrealização, que é o mais alto grau de independência e satisfação
pessoais:

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A pirâmide das finanças pessoais

Percebeu que sem a base não se consegue o topo? Se você não se


alimentar nunca vai conseguir a realização pessoal. Se você estiver
com a saúde debilitada, será mais difícil subir os degraus de sua
carreira profissional.

Com as finanças é a mesma coisa. Existe uma série de etapas que


devem ser cumpridas uma após a outra, caso se queira construir um
elevado patrimônio. Em última análise, finanças pessoais nada mais
são do que construir e manter riqueza.

Se você conseguir cumprir rigorosamente cada uma delas em


sequência, fatalmente eliminará as chances de problemas financeiros
no futuro.

Construa em primeiro a base, depois, o primeiro andar, o segundo e,


assim, sucessivamente, até alcançar o topo.

Eis a pirâmide das finanças pessoais:

Nos próximos capítulos, explicarei cada andar da pirâmide de forma


detalhada para que você conquiste cada uma e atinja o topo o quanto
antes.

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A pirâmide das finanças pessoais

Base – Consciência financeira

Só de você estar lendo este material, indica que, pelo menos, você
está interessado em aprender mais sobre finanças e evoluir em seu
relacionamento com o dinheiro.

Já é um grande passo que o coloca bem à frente da maioria das


pessoas, que não param sequer para avaliar o assunto e não sabem
por que passam por tantas dificuldades financeiras.

O dinheiro não brota por conta própria e nem se administra sozinho.


É você que precisa trabalhar para criá-lo, mantê-lo e multiplicá-lo.

É impressionante como muitas pessoas ainda vivem de salário em


salário e não elaboram uma forma de sair desse ciclo. É algo que não
permite qualquer imprevisto, como doença ou demissão.

Muitos ainda têm a ilusão de que o governo ou a previdência irá


cuidar deles e não organizam sua vida financeira. Se esse é o seu
caso, aprenda que a única coisa que o governo faz bem é prejudicá-
lo. Nunca conte com ele para algo positivo.

O fato é que você é o único responsável pela sua vida financeira e


não há como terceirizá-la para ninguém. Assuma esse compromisso
com você mesmo e tome as rédeas do seu futuro.

Agora que você já se interessou pelo tema e decidiu ter um futuro


financeiro melhor, vamos partir para o próximo andar.

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1º andar – Crie um orçamento

Criar um orçamento familiar é o primeiro passo para entender como


está o fluxo de dinheiro em sua casa. Irá descobrir de onde ele vem e
para onde está indo.

Desta forma, o orçamento é composto de duas partes principais: as


receitas e as despesas.

As receitas são compostas por todo o dinheiro que é recebido, seja


por salários, pensão, aposentadoria, bônus, comissões, serviços
temporários, recebimento de aluguéis de imóveis, entre outros.

As despesas são seus gastos, incluindo pagamento de aluguel, as


contas de água, luz, telefone, escola, plano de saúde, seguro, IPVA,
IPTU, compras, etc.

Sabendo o que você recebe e o que você gasta é possível definir qual
o seu fluxo de caixa. Ele nada mais é que a diferença entre o que
entra e o que sai. Quando você gasta menos do que ganha, esse
fluxo é positivo, ou seja, sobra dinheiro para você. Quando você
gasta mais do que ganha, esse fluxo é negativo e o seu dinheiro está
diminuindo.

Entendeu como é simples?

Nos próximos capítulos, você aprenderá como maximizar o seu fluxo


de caixa, ou seja, aumentar o dinheiro que entra e reduzir o que sai.

Leia mais: 5 erros comuns na educação financeira

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2º andar – Aumente a renda

Os conselhos desse andar são os mais importantes e dificilmente


você verá algum educador financeiro dando-lhe a prioridade
necessária. Por quê? Porque é muito conveniente falar para as
pessoas que elas apenas devem consumir menos, dentro de suas
possibilidades.

Reduzir consumo é a receita dos preguiçosos. É deixar de fazer


coisas. Por outro lado, aumentar renda é fazer mais, é produzir mais,
é criar mais, é vender mais, é satisfazer mais. Coloque “mais” na sua
vida e não “menos”.

Faça mais dinheiro – Faça mais dinheiro – Faça mais dinheiro

Você é do tipo de pessoa que fica sempre reclamando do próprio


salário? Ou pior, reclama que não tem oportunidades ou que não
encontra um emprego adequado? Se você não tem ou não gosta do
seu emprego, crie um.

Eu sei que é confortável ter um emprego e a (quase) certeza de que


pingará um salário todo mês, mas você não precisa perder tempo em
esperar que isso aconteça. Você precisa fazer alguma coisa
acontecer, ampliar sua rede de contatos, pesquisar e farejar
oportunidades. Você precisa agir de forma inteligente e se adaptar às
circunstâncias e não apenas ficar lamentando.

Os fundadores do Airbnb perceberam que havia um grande evento na


cidade e os hotéis estavam lotados. Estavam quebrados e decidiram
alugar um quarto e o sofá da sala. A partir disso foram ampliando a
ideia e criaram um negócio bilionário.

Se você já tem um emprego, que tal fazer horas extras? Que tal um
segundo emprego à noite ou trabalhar nos finais de semana? Hoje
em dia, com os aplicativos para smartphone e os trabalhos online,
nunca houve tanta opção para uma renda extra. Inclusive, disso pode
sair algo melhor que seu emprego atual.

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A pirâmide das finanças pessoais

Se você está infeliz com seu emprego e a sua profissão, sempre


existe a possibilidade de mudar. O mundo mudou e com isso novas
oportunidades têm surgido para quem detém qualificações que não
foram ensinadas na sua faculdade.

Não se apegue ao seu diploma, ou deixará escapar inúmeras


oportunidades de trabalho. A educação do século XXI é muito mais
ágil, pode ser feita online e depende muito do seu engajamento e da
sua vontade. Com ela você se prepara para o que realmente o
mercado precisa e não para o que você achava legal quando tinha 17
ou 18 anos.

O Brasil é um caos, e isso abre muitos espaços para serem ocupados.


Quem ocupará esses espaços é quem agir e se adaptar e não quem
ficar se lamentando.

Pense em alguma necessidade das pessoas que não esteja sendo


satisfeita por ninguém, seja um produto, tipo de serviço ou mesmo
vagas de emprego que nunca são preenchidas.

Veja o que você precisa fazer ou aprender para ocupar algum


desses espaços.

As melhores oportunidades surgem para quem procura e não para


quem espera.

Antes que eu me esqueça, ganhar na loteria está fora de cogitação.


Não conte com isso. A propósito, sabe por que a maioria dos
ganhadores de loteria perdem tudo poucos anos depois? Porque eles
não criaram a consciência financeira e nem o orçamento, que estão
na base da pirâmide.

Agora que você já aprendeu como “encher o balde”, vire a página


para descobrir como tapar os vazamentos.

Leia mais: A máfia do Paypal

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A pirâmide das finanças pessoais

3º andar – Elimine as dívidas

Não sou um extremista de achar que todas as dívidas são ruins.


Entretanto, as dívidas que a maioria das pessoas faz são para
satisfazer algum desejo de consumo e isso é sim uma dívida ruim.

Não quero parecer velho, mas lembro-me que antigamente era


comum dizer: “vou juntar dinheiro para comprar um carro”. Hoje em
dia, todo mundo quer ter tudo, mesmo que não tenha recursos para
tal. Ocorre que, para comprar algo que não é possível pagar à vista, é
preciso contrair dívida.

O agravante é que os juros cobrados no Brasil para esse tipo de


situação são muito altos. Se a dívida não for paga em tempo hábil,
pode sair do controle e se tornar um peso muito grande para a
família.

As primeiras dívidas que devem ser eliminadas são as que cobram


juros maiores, como a do cartão de crédito e a do cheque especial.
Você pode até pegar um empréstimo a juros menores e pagar essas
dívidas. É a primeira e melhor medida caso você não tenha de onde
tirar o recurso para quitá-las.

Essa é uma dívida boa, pois serve para reduzir um gasto que seria
maior. Outra dívida boa é quando você compra algo e o custo deste
algo será pago com o funcionamento dele. Suponha que você queira
fazer entregas, mas não tem um veículo ou moto. Você poderá pagar
a compra com o dinheiro feito pelas entregas. Obviamente, deverá
calcular se é factível pagar a dívida com uma projeção realista sobre
o seu novo negócio.

Também é preciso lembrar-se de algo que muitas pessoas fazem sem


se dar conta, e que eu chamo de combo da alienação matemática.
O que é isso? É a pessoa ter dinheiro na poupança, rendendo uma
mixaria, ao mesmo tempo em que está no vermelho do cheque
especial.

Os juros do cheque especial podem ser até 20 vezes maiores que


aqueles pagos no rendimento da poupança. Se for esse o seu caso, o
melhor a fazer é sacar da poupança e tapar imediatamente o buraco
do cheque especial.

Outra dívida que pode ser um grande peso a carregar chama-se


financiamento imobiliário. Não adianta economizar na lanchonete
e, ao mesmo tempo, encarar um financiamento imobiliário de
centenas de milhares de reais pelos próximos 20 ou 30 anos.

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A não ser que você seja um exímio conhecedor do mercado


imobiliário, a compra do imóvel próprio é algo que eu vejo como mais
adequado para quem já tem um trabalho estabelecido, as finanças
em ordem, um bom patrimônio acumulado e família constituída.

Para finalizar o capítulo e já que estou falando de despesas, é


importante lembrar a possibilidade de redução ou corte de gastos
desnecessários.

Sempre é difícil dizer para outra pessoa o que são gastos


desnecessários. Muitas vezes, o que é desnecessário para mim pode
ser altamente necessário para você.

Não irei entrar na diferença entre o que é necessário e o que é


desejado. É preciso ter bom senso em enxergar o quadro financeiro e
o orçamento familiar como um todo, e ver realmente se é possível
reduzir despesas com aquilo que traz pouca satisfação para o valor
que foi pago.

Nessa questão, podemos incluir um carro grande e gastão demais;


comer em restaurantes muito caros, enquanto há outros bons com
preço mais em conta. Aquela bolsa de 2 mil reais é mesmo tão mais
interessante que aquela outra de 300,00? A ideia não é se podar em
termos de qualidade de vida, mas fazer gastos de forma mais
consciente.

Meu objetivo com esse e-book é que você sempre tenha mais, desde
que isso não prejudique o seu fluxo de caixa e dilapide o seu
patrimônio. Quanto melhor você construir o segundo andar, mais fácil
será cuidar do terceiro.

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4º andar – Fundo de emergência

Para chegar até aqui, você tomou consciência das finanças, estudou
por onde o dinheiro entra em sua casa e por onde ele sai, aumentou
suas receitas, eliminou suas dívidas e controlou os gastos
desnecessários.

Após tudo isso, é bem provável que esteja sobrando dinheiro no final
do mês. Se não estiver, volte e recomece a pirâmide novamente, há
muito a melhorar.

Se você fez tudo de forma correta, esse valor extra que sobrou na
conta deve ser aplicado em um fundo de emergência.

Ele nada mais é do que alguma aplicação líquida e de baixo risco de


perda, como a poupança, um fundo DI e o Tesouro Selic, que podem
ser resgatados justamente em caso de emergência.

Não caia na tentação de gastar o dinheiro do fundo com outras


despesas. Ele é feito justamente para casos extremos e imprevisíveis,
como um tratamento de saúde ou para pagar as contas da casa em
situação de desemprego.

Quanto se deve acumular neste fundo? A resposta varia, mas, em


geral, ela deve ser suficiente para cobrir alguns meses de despesa
familiar até a situação se normalizar. Claro que é impossível calcular
um gasto extra com saúde ou provocado por desastres naturais, mas
eu acho bastante razoável o valor de seis meses de despesas
familiares.

Uma vez estabelecida e cumprida essa meta, que coroa a estabilidade


financeira familiar, é hora de multiplicar o seu patrimônio. Para isso é
preciso que você...

Leia mais: Para que serve a educação?

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Topo – Comece a investir

Para pensar em investir, é realmente preciso ter passado por todos


os degraus anteriores. Quantas vezes não vejo gente querendo
investir sem colocar primeiro a casa em ordem? Não adianta querer
ganhar o campeonato sem arrumar o time antes.

O mundo dos investimentos requer estabilidade financeira. Por que


eu digo isso? Porque muita gente cai na ilusão de que vai ficar rico
com investimentos e que eles irão pagar suas contas. Esse pode e
deve ser até um objetivo, mas não no início. Quem necessita de
investimentos para pagar contas do dia a dia, acaba entrando em
operações perigosas e especulativas, que podem ser altamente
rentáveis, mas também altamente destrutivas.

Você não pode depender de investimentos para ter renda imediata.


Ela deve vir do trabalho. Não é uma regra geral, mas vale para muita
gente: O trabalho construirá o seu patrimônio e os
investimentos irão multiplicá-lo.

Aqui eu falo de investimentos financeiros. Para certas pessoas, no


entanto, o investimento no próprio negócio e na própria carreira
podem trazer mais frutos do que aquele no mercado financeiro.

Nada impede, obviamente, que se invista no próprio trabalho e no


mercado financeiro paralelamente. Cada qual contribuirá da sua
forma.

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Conclusão

Obrigado por ter lido este material. Espero que você tenha entendido
a importância de ter o controle sobre sua vida financeira.

Esse controle permitirá a você extrair do mundo o que ele tem de


melhor. Não digo apenas em relação a ter uma vida rica e prazerosa,
mas sim a uma vida segura e estável.

Uma vida em que você tenha tranquilidade para colocar seus filhos
em bons colégios. Em que possa pagar por um imprevisível
tratamento de saúde. Em que possa enfrentar dificuldades
momentâneas sem passar por estresse desnecessário ou conflitos
familiares relacionados ao dinheiro.

Uma vez conquistado o topo da segurança financeira, é hora de


passar para o próximo passo. A multiplicação do seu patrimônio por
meio dos investimentos.

Um forte abraço,

Raphael Monteiro

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