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A Mordomia das Finanças

Antonio Vitor
A Mordomia das Finanças

Comentário lição 10

Dentro da matéria mordomia cristã, não podemos abdicar do ensino sobre o bom uso das
nossas nanças. Hoje em dia, infelizmente, possuímos muitos cristãos que estão vivendo sob
as consequências de seu descontrole, por motivo de não atentar para uma boa mordomia
nanceira. Aprender a usar o que recebemos para o bem, é de suma importância para uma
vida longe do desregramento.

O Objetivo deste comentário, é trazer um auxílio, com o intuito de contribuir para o preparo
de sua aula. Que Deus nos ajude no decorrer desta maravilhosa lição.

O PERIGO DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

Entender a nossa dependência de Deus, nos fará aprender de onde advém o nosso sustento. É
bem verdade que, tudo o que necessitamos para sobreviver, parte do princípio da necessidade
nanceira a ser suprida.

Diante do acima exposto, devemos compreender também que tudo o que precisamos para
nos manter provém de Deus, pois, Ele é o Dono e Criador de tudo. Os mantimentos
oriundos da terra, o conhecimento para ser aprendida uma nova pro ssão, tudo se origina da
vontade permissiva de Deus.

Contudo, uma nova onde tem se levantado em nossos púlpitos, e manipulando a muitos
crentes com uma promessa de facilidade adquirida, esquecendo de anunciar a renúncia, para
apregoar riquezas e exaltações. Essa é a famosa Teologia da Prosperidade.

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Os expoentes da teologia da prosperidade defendem que a doença, a pobreza, o sofrimento,


entre outros males são consequências do pecado. Eles também a rmam que bênçãos e
prosperidade são recompensas pela obediência à doutrina propagada por eles. É uma
mercantilização da fé. O protótipo da teologia da prosperidade é conhecido no Antigo
Testamento (AT) como a teologia da retribuição […] A teologia defendida na época legitimava
a riqueza adquirida por meio da exploração, pois, segundo ela, a riqueza era sinônima de
justiça, de pureza, e de santidade. Por outro lado, a pobreza signi cava castigo pelo pecado e
injustiça praticada1.

Muitas vidas têm sido ludibriadas pelo falso ensino mercantil da teologia da prosperidade. Eles
passam a acreditar em uma vida sem sofrimento, uma vida livre de qualquer di culdade, e até
atribuem qualquer tribulação nanceira, a uma vida longe do que Deus quer que vivamos,
atrelando sempre o pecado a contrariedade vivida.

Muitos outros, também se utilizam desse tipo de discurso para praticarem algo semelhante a
extorsão de suas ovelhas, praticamente obrigando-as a realizar uma troca com Deus por sua
prosperidade.

O pior é que esses discursos são feitos como se fossem ordenados pelo próprio Deus e fazem
promessas de parceria e comprometimento de Deus com a sua realização. O resultado é
frustração e abandono da fé por muitas pessoas1.

Mas o que a Bíblia fala realmente sobre a prosperidade? Em primeiro lugar, em momento
algum a Bíblia atrela a riqueza à santidade, se assim o fosse, não possuíamos ímpios ricos (Sl
73.12).

Segundo, “o que produz paz e uma vida de excelência pelos padrões bíblicos é uma vida de
comunhão com Deus, vivida segundo a sua vontade […] O fato de possuir muitos bens e
prestígio pode signi car sucesso e garantia de uma vida feliz para algumas pessoas. Isso,
contudo, não condiz com a realidade bíblica e com a prática de vida”1 (Js 1.8-9).

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Por m, uma vida próspera em nada tem a ver com bens materiais. Ser próspero, é ser feliz,
íntegro, ter uma boa família, viver em comunhão com Deus. Riqueza ou pobreza não de ne
sucesso ou prosperidade. O sucesso é de nido por quem somos, seja no pouco ou no muito
(Sl 1.1-3; 128.1-2; Pv 15.6; 28.25).

COMO DEVEMOS CONSEGUIR AS NOSSAS FINANÇAS

1 – Trabalhando honestamente:

Somente com o trabalho honesto podemos dizer que conseguimos com alegria o nosso
sustento (Gn 3.17). Conseguir dinheiro a base de roubos, ou pelo famoso toma lá dá cá, em
nada digni ca o homem, pelo contrário, não trará a paz almejada no travesseiro.

Com preguiça também a lugar nenhum chegaremos. Em relação ao preguiçoso, a Bíblia é


taxativa: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso!” (Pv 6.6). Ainda, ela o compara com um
dorminhoco que não quer acordar do seu sono (Pv 6.6-11). O homem preguiçoso, está
condenado a pobreza (Pv 10.4-5; 20.13), e a ainda Paulo nos ensina que aquele que não quer
trabalhar, que não coma também (2 Ts 3.10-12).

2 – Fugindo dos jogos de azar:

Em primeiro lugar, devemos entender que isto não nos convém (1Co 6.12). Em segundo
lugar, devemos fugir das concupiscências da vida (1 Jo 2.16), sabendo que a pratica dos jogos
de azar, não traz dignidade a ninguém.

A participação em jogos de azar não nos é prudente, é uma grande ilusão. O fato de ganhar
um pouco, apenas nos induzirá a querer mais e mais. Não é isto que a Bíblia nos ensina, ela
nos orienta a trabalhar e poupar o adquirido dignamente (Pv 13.11).

3 – De maneira íntegra:

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Quem ganha dinheiro tirando de alguém, não é digno de ser chamado de íntegro. Contra
esses a Bíblia é rme em suas palavras (Ef 4.28). Sobre a integridade em nossos recursos,
aprendemos ainda com a Palavra de Deus que (Pv 10.9; 19.1; 28.6).

4 – Sem trapacear:

Trapacear não é uma característica de um bom cristão. O Senhor repudia isso (Pv 11.1).
Aquilo que é adquirido pela trapaça, no nal, sempre terá um gosto ruim no nal (Pv 20.23).
Somente com o suor digno, e o trabalho duro de nossas mãos, encontraremos a verdadeira
recompensa (Pv 12.13-14).

A MORDOMIA DAS FINANÇAS

1 – Em relação à igreja do Senhor:

Entender a necessidade da obra do Senhor, e da importância das nossas contribuições para o


sustento dela, deve estar intrínseco no coração do cristão. Não podemos abandonar a igreja do
Senhor, e deixa-la na mão por motivo de nossas vaidades.

A importância de que no planejamento com as nossas nanças, venhamos a separar a parte


destinada a gratidão ao Senhor, não é mera formalidade, mas sim, gratidão pelo que Ele tem
feito em nossas vidas.

A congregação precisa de sustento e a ministração desse serviço, também auxiliará no sustento


dos necessitados, e com isso, glori car a Deus (2 Co 9.12-13).

2 – Em relação à sociedade:

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Fugir das dívidas (Pv 22.7), da corrida descontrolada em rumo a riqueza (1 Tm 6.10), e da
agiotagem (Lv 25.36), é a base de uma boa mordomia das nossas nanças em relação a
sociedade. Além disso, entender as nossas obrigações como cidadãos, no ato de pagar os nossos
impostos, é honrar com a Deus, com o nosso testemunho ante as entidades governamentais
(Mt 22.17-21).

Enquanto estivermos no mundo, estamos sujeitos a dependência nanceira para nos manter.
E com os nossos ganhos, também possuímos responsabilidades. Um descontrole nanceiro,
denota uma falta de mordomia com o que possuímos. Devemos dominar o dinheiro, não
deixarmos ser dominados por ele.

Por m, “os bens materiais podem ser usados para o bem, como qualquer outro recurso. O
que temos de abandonar é o desejo de sermos ricos. Em assim fazendo, vamos constatar que a
riqueza não tem expressão alguma capaz de nos afastar do compromisso que temos para com a
vontade de Deus”2.

Esperando Jesus voltar hoje!

Dc. Antonio Vitor de Lima Borba

Referências:

1 – NEVES, Natalino das. Cobiça e Orgulho, combatendo o desejo da carne, o desejo dos
olhos e a soberba da vida. CPAD, 2019;

2 – RCHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da Bíblia, uma análise de Gênesis a Apocalipse,


capítulo por capítulo. CPAD, 2005.

4 – Manual da Bíblia de Aplicação Pessoal. CPAD, 2013, p. 828, 830 e 831.

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