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Apólogo:
É uma narrativa curta, em prosa ou em verso, que contém, geralmente, uma moral explícita ou
implícita. As suas personagens são seres inanimados (panelas, relógios, flores, etc.).
AS DUAS PANELAS
Parábola:
É uma narrativa curta de uma situação vivida por seres humanos. Contém uma moral (um
ensinamento, uma lição, um conselho) implícita ou explícita. Na Bíblia são frequentes as parábolas, como,
por exemplo, “O Filho Pródigo”, “ O Bom Samaritano” ou “A Ovelha Perdida”.
PARÁBOLA DO SEMEADOR
Naquele dia, Jesus saiu de casa e sentou-Se à beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão
grande multidão, que teve de subir para um barco e sentar-Se enquanto toda a multidão se
conservava na margem.
Falou-lhes de muitas coisas em parábolas, dizendo: “O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e vieram as aves e
comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra, e logo
brotaram porque a terra era pouco profunda; mas assim que o sol se ergueu, foram queimadas e,
desprovidas de raízes, secaram. Outras caíram entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-nas.
Outras caíram em terra boa e deram fruto: umas cem, outras sessenta e outras trinta. Aquele que tiver
ouvidos, oiça.”
Evangelho de S.Mateus, 13, 1-9
Assinale com uma cruz a opção correspondente, tendo em conta a fábula, o apólogo e a
parábola anteriormente apresentados.
Lenda:
Narrativa tradicional, em verso ou em prosa, inicialmente transmitida oralmente e mais tarde passada
à escrita. Nela se contam, de maneira fantasiosa, factos ocorridos com personagens ou em lugares que
existiram, transfigurados pela imaginação popular. A ação aparece, por isso, normalmente, localizada no
tempo e no espaço. Há também lendas que pretendem explicar a origem ou a razão de certos fenómenos
naturais ou factos geográficos.
Leia atentamente a lenda que se segue e responda às questões.
LENDA DOS TRÊS RIOS
1. Identifique as
personagens que intervêm na ação.
______________________________________________________________________________
Adivinha:
Termo que designa um enunciado breve (sobre algo conhecido) que apela a uma resposta, contida
no enunciado de forma enigmática e cifrada, de modo a não possibilitar ao destinatário a identificação
rápida do referente. A adivinha, proveniente da literatura de transmissão oral, é transmitida, geralmente,
pela fala, e a sua autoria é anónima, pertencendo, assim, ao património coletivo.
Divirta-se a adivinhar:
Descubra a resposta para cada uma das seguintes adivinhas.
1 2 3 4 5
Verde foi o meu nascimento Subo cheia Para andar me põem a capa, Verde como o mato, Que é, que é
e de luto me vesti e baixo vazia; Para andar ma vão tirar; e mato não é; que corre, corre,
para dar a luz ao mundo se não me apuro, Se não posso andar sem capa, fala como gente, sem ter pés;
mil tormentos padeci a sopa esfria. Com capa não posso andar. e gente não é. dá-te na cara
e não o vês?
Conto Popular:
é uma narrativa curta e simples;
segue uma estrutura muito simples, assente em etapas semelhantes de conto para conto:
situação inicial: apresentam-se as personagens e as relações entre elas;
parte preparatória: o conto vai apresentando os elementos necessários à sua evolução,
anunciando-se as peripécias que contribuirão para o avançar da ação;
nó da intriga: é o avançar sucessivo de ações, que se provocam umas às outras (peripécias)
e vão culminar na parte final – o desenlace;
desenlace: conjunto de acontecimentos que resolvem os problemas e encerra a ação,
instituindo, novamente, uma situação de estabilidade.
a ação está concentrada em torno de um episódio central, pondo em confronto o BEM e o MAL e
tudo se passa entre a fórmula inicial “Era uma vez…” e a final, que, geralmente, é a seguinte: “… e foram
felizes para sempre.”;
passa-se num espaço indeterminado e num tempo indefinido, o que permite não só a
generalização de situações, mas também a sua atualização, reforçando-se o seu caráter exemplar. Por isso,
os contos têm uma função moralizante (e, por vezes, lúdica);
há um número reduzido de personagens cuja caracterização é escassa, a que chamamos
personagens-tipo, designadas pela sua função na ação, pela sua função profissional ou por certos atributos.
Por isso, as personagens não têm nome, pois o que importa é o papel que desempenham na história e a
moral que transmitem com as suas ações (são jovens belas, rapazes corajosos, gigantes, bruxas, madrastas,
reis, príncipes e princesas, lenhadores, moleiros, etc.);
tem origem no povo e era contado oralmente de geração em geração, quando as pessoas se reuniam
em “serões”, por isso a sua autoria é anónima e a sua ambiência permite remetê-los para uma origem
rural;
a linguagem é simples, de nível popular, o que se compreende, uma vez que o emissor destas
narrativas é o povo. Nelas são repetidas, com frequência, expressões que ajudam a memorizar a história;
algumas das marcas da oralidade são a simplicidade do vocabulário; as repetições, o emprego de
expressões de sabor popular; o uso de construções frásicas de feição popular, com incorreções discursivas;
emprego de pontuação que se aproxima do discurso oral; predominância de frases ligadas pela conjunção
coordenativa “e”;
é frequente o recurso a elementos simbólicos (por exemplo, os números dois1 e três2) e mágicos
(objetos, animais, transformações).
1
símbolo de oposição e conflito, rivalidade, reciprocidade que tanto pode ser de ódio como de amor;
2
associado ao imaginário coletivo (três reis magos, a Santíssima Trindade); várias vezes vemos nos contos que o herói tem de cumprir três tarefas ou deve
enfrentar três animais fabulosos, ou fazer o mesmo gesto três vezes, por exemplo.
1. A fim de sistematizar os seus conhecimentos, complete, agora, os espaços com a informação acerca do
conto popular.