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O autor
• José Saramago – 1922 - 2010 foi um escritor,
argumentista, teatrólogo, ensaísta, jornalista,
dramaturgo, contista, romancista e poeta
português.
• Foi premiado com o Nobel de Literatura de 1998.
Também ganhou o Prémio Camões, o mais
importante prémio literário da língua portuguesa.
Saramago foi considerado o responsável pelo
efetivo reconhecimento internacional da prosa
em língua portuguesa.
O conto
• O Conto da Ilha Desconhecida (1997), é um
livro do escritor português Saramago. É uma
história na qual, em poucas páginas, o autor
descreve metaforicamente o mundo,
descrevendo também aspectos do ser
humano, suas ambições e suas frustrações.
• O Conto da ilha descohecida retoma um mote
de outro grande autor português Fernando
Pessoa: "Para viajar, basta existir".
• Quando sonho e imaginação tornam a
aventura possível e a ficção é capaz de levar o
homem daqui para ali, saindo ele do lugar ou
não.
O enredo da obra
• Trata-se de um homem que, depois de insistir
muito, consegue do rei uma embarcação para
procurar uma ilha que, segundo ele, ainda não
tinha sido descoberta por viajantes e
geógrafos.
• Publicado em 1998, o livro pode ser lido como a parábola
do sonho realizado, isto é, como um canto de otimismo em
que a vontade ou a obstinação fazem a fantasia ancorar em
porto seguro.
• É um livro que nos leva a “navegar” para além do real, de
uma forma simplista .
• Entre desejar um barco e tê-lo pronto para partir, o viajante
vai de certo modo alterando a idéia que faz de uma ilha
desconhecida e de como alcançá-la, e essa flexibilidade
com certeza o torna mais apto a obter o que sonhou.
•
O desejo de sonhar e viajar
•
O homem (escrito com h minúsculo) pede ao rei (escrito com r minúsculo) um barco.
• O rei pergunta-lhe para que fim. O homem esclarece que almeja sair para buscar e encontrar a ilha
desconhecida, a qual os geógrafos já haviam adiantado, não mais existe, pois todas as ilhas
desconhecidas já foram buscadas e encontradas e assim já se tornaram conhecidas.
• O homem argumenta que assim são todas as ilhas até que alguém desembarque nelas.
Seu sonho, no entanto, parece cada vez mais distante. Os geógrafos do rei tentam dissuadi-lo, pois
já não existem ilhas por conhecer; os marinheiros recusam-se a embarcar na aventura, o mar
parece tenebroso.
Com insistência e ousadia consegue convencer o monarca a satisfazer seu desejo, embora
parecesse uma insensatez, uma vez que havia pedido o barco para buscar uma ilha que ninguém
conhecia, nem ele mesmo.
O homem estava determinado e conquistou a simpatia da mulher da limpeza do Castelo, que
decidiu abandonar a vida enfadonha que levava para segui-lo.
• De posse do barco e em companhia da mulher da limpeza do palácio, o homem se depara com a
dura realidade: ninguém mais quer acompanhá-lo na jornada estapafúrdia; nenhum marujo o leva
a sério e tudo parece perdido.
Simbologias e metáforas da ilha
• Mesmo assim o homem, com o apoio da mulher, empenha-se em sua "busca".
Questionamentos afloram:
- o que buscamos durante a vida inteira, nós, os seres humanos: a verdade, a felicidade, a segurança, ou
buscamos o que não conhecemos pela simples razão de precisarmos fazê-lo?
- por quê sempre buscamos, em um movimento dialético, a maioria das vezes sem entender bem o quê?
A busca faz parte de nossa condição humana. E o personagem de Saramago insiste em seu intento e
encontra o que procura.