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05/11/07 - 09:19
Um projeto elaborado por duas papiloscopistas da Polícia Civil pretende atuar com crianças e adolescentes em situação de
risco no Pará. O modelo a ser aplicado no Estado já existe na cidade de Santa Maria (RS), onde são atendidos menores
carentes por uma empresa conveniada com a Polícia Civil gaúcha. Para conhecer o modelo, as policiais pretendem viajar
àquele Estado até o final deste ano. O projeto é das papiloscopistas Maria Elizabeth Santos Teixeira e Íris Custódio Menezes,
da Diretoria de Identificação da Polícia Civil do Pará.
Segundo explicam as servidoras, apesar de não muito conhecido na área policial, o termo “Dermatoglifia” é utilizado há
décadas na Medicina como um estudo mais aprofundado das impressões digitais. Segundo elas, a Papiloscopia se tornou o
nome oficial da ciência para identificação de pessoas através das papilas dérmicas dos dedos da mão. “Os trabalhos de
perícia com fragmentos de impressões papilares atualmente já conduzem os papiloscopistas a desenvolverem estudos, como
a Poroscopia (estudo dos poros dos dedos), mas nem todos os Institutos de Identificação do país têm condições de realizar
trabalhos dessa natureza”, garantem.
POTENCIALIDADES ESPORTIVAS
Elas ressaltam que hoje os estudos em Dermatoglifia se desenvolveram bastante e deram resultados significativos
principalmente na área desportiva, contribuindo como grande aliada à detecção do potencial genético de um indivíduo, de
doenças e de alguns perfis psicológicos. A ciência da Motricidade, em relação aos atletas, alia a coleta das impressões
digitais a alguns testes físicos, com os quais os estudos revelam a presença de fibras musculares, correspondendo aos níveis
de velocidade, coordenação e resistência, além de outras características. Após ser feita uma análise, o resultado é um
http://www.policiacivil.pa.gov.br/?q=node/327 11/9/2009
Papiloscopistas elaboram projeto | Polícia Civil do Estado do Pará Página 2 de 2
Em outras palavras, após a detecção de suas potencialidades, o indivíduo poderá ser direcionado a um esporte condizente
com suas características genéticas e obter mais sucesso esportivo. “Este aspecto é muito interessante quando se trabalha
com crianças carentes na idade mais tenra, visto que, ao ser conduzido a um esporte adequado e dando-lhe motivação em
fazê-lo, ela ficará afastada da seara da criminalidade ao voltar seu olhar a um futuro de vida melhor, ocorrendo assim o
resgate social. Percebe-se, portanto, que a Dermatoglifia surge como mais um campo de atuação ao profissional em
Papiloscopia, pois somente um especialista, com o conhecimento na área de identificação, poderá realizar a contento a
perfeita análise das papilas dérmicas e proceder a um diagnóstico mais confiável”, afirmam.
A Dermatoglifia, atuando em conjunto com as demais áreas de ensino, proporciona assim mais uma forma de contribuir com a
inclusão social, através do esporte e da sociedade de um modo geral. As papiloscopistas colocaram-se à disposição para
posteriores esclarecimentos ou multiplicação de conhecimentos para contribuir ao crescimento da ciência da Identificação e
para melhorar o nível de profissionalização de toda a categoria policial. Sobre o curso no Rio de Janeiro, as policiais falaram
sobre a gratidão que sentem por tê-lo concluído, já que a atividade foi gratuitamente oferecida pelo Governo do Estado do
Pará, através da Polícia Civil, que sempre buscam capacitar os servidores.
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