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Introdução

No presente trabalho vamos dissertar acerca da Relação Epistémica entre


a Matemática e a Física, assim sendo começaremos por descrever a
Epistemologia, a Matemática, Física, desde sua origem, definição e conceitos,
em seguida apresentaremos a relação epistémica entre a Matemática e a
Física, e a demonstração de algumas fórmulas.

Objectivos da pesquisa.

Geral.

 Explicar por meio da Epistemologia, e de demonstrações de


fórmulas a relação entre Matemática e Física.

Específicos.

 Identificar a definição e conceito de Matemática e Física para a


compreensão da problemática.
 Demonstrar fórmulas como fonte da relação de ambas.
 Reconhecer o contributo da relação entre a Matemática e a Física
no quotidiano.

Assim os autores desse trabalho aconselham os leitores do mesmo e não


só, a não temerem as ciências exactas, pois não é por as coisas serem difíceis
que não as usamos, mas por não as usarmos é que elas tornam-se difíceis.

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Epistemologia
A Epistemologia segundo a percepção dos autores deste trabalho, é o
ramo da filosofia que está subjacente a produção, ou a construção do
conhecimento científico.

A Epistemologia é uma palavra que vem do grego dividida em epistme


tendo como significado de conhecimento certo, ou construção do conhecimento
científico, e ciência, a demais logos que significa discurso, estudo, busca ou
razão em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do
conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus
fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objectiva. Em uma acepção
mais restrita, a epistemologia pode ser identificada com a filosofia da ciência.

O termo "epistemologia", cunhado pelo filósofo escocês James Frederick


Ferrier (1808 – 1864), refere-se especificamente à parte da gnosiologia que
estuda os requisitos e condições necessários à produção do conhecimento
científico, incluindo os fundamentos, a validade, a consistência lógica das
teorias e os limites desse conhecimento. Mais recentemente, entretanto, o
conceito passou a ser usado, em sentido amplo, como sinónimo de gnosiologia
ou teoria do conhecimento - disciplina que se ocupa do estudo do
conhecimento humano em geral

A epistemologia relaciona-se também com a metafísica. A sua


problemática compreende a questão da possibilidade do conhecimento -
nomeadamente, se é possível ao ser humano retratar o conhecimento total e
genuíno - dos seus limites (haveria realmente uma distinção entre o mundo
cognoscível e o mundo incognoscível?) e de sua origem (por quais faculdades
atingimos o conhecimento? Haverá conhecimento certo e errado em alguma
concepção a priori?). De facto, existem limites epistemológicos, que se devem
ao facto de a diversidade e a complexidade dos seres humanos e dos
ambientes onde estes se desenvolvem tornarem virtualmente impossíveis os
procedimentos de controle experimental.

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A Epistemologia tem três grandes correntes que são:

O Empirismo, Racionalismo, e o Apriorismo.

Matemática
Os autores deste trabalho entendem a Matemática como sendo a mãe de
todas as ciências, que sem ela não há vida, na medida em que ela invade
todas as áreas do conhecimento humano.

Ademais para nós ela é a lógica, a mensuração, a conversão, e a


linguagem de programação do universo, uma vez que está presente em todas
as profissões e ajuda a resolver os imbróglios do mundo moderno, sem ela não
podemos viver.

A matemática vem do grego máthēma, que significa ciência,


conhecimento ou aprendizagem, e mathēmatikós, que significa inclinado a
aprender é a ciência do raciocínio lógico e abstracto, que estuda quantidades,
medidas, espaços, estruturas, variações e estatísticas. Um trabalho
matemático consiste em procurar por padrões, formular conjecturas e, por meio
de deduções rigorosas a partir de axiomas e definições, estabelecer novos
resultados. A matemática desenvolveu-se principalmente na Mesopotâmia,
no Egipto, na Grécia, na Índia e no Oriente Médio. A partir da Renascença, o
desenvolvimento da matemática intensificou-se na Europa, quando novas
descobertas científicas levaram a um crescimento acelerado que dura até os
dias de hoje.
Registos arqueológicos mostram que a matemática é tanto um
factor cultural, quanto parte da história do desenvolvimento da nossa espécie.
Ela evoluiu a partir de contagens, medições, cálculos e do
estudo sistemático de formas geométricas e movimentos de objectos físicos.
Raciocínios mais abstractos que envolvem argumentação lógica surgiram com
os matemáticos gregos aproximadamente em 300 a.C., notadamente com a
obra Os Elementos, de Euclides. A necessidade de maior rigor foi percebida e
estabelecida por volta do início do século XVIII.

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Há muito tempo, busca-se um consenso quanto à definição do que é a
matemática. No entanto, nas últimas décadas do século XX, tomou forma uma
definição que tem ampla aceitação entre os matemáticos: matemática é a
ciência das regularidades (padrões). Segundo esta definição, o trabalho do
matemático consiste em examinar padrões abstractos, tanto reais como
imaginários, visuais ou mentais. Ou seja, os matemáticos procuram
regularidades nos números, no espaço, na ciência e na imaginação e formulam
teorias com as quais tentam explicar as relações observadas. Uma
outra definição seria que matemática é a investigação de estruturas abstractas
definidas axiomaticamente, usando a lógica formal como estrutura comum. As
estruturas específicas geralmente têm suas origens nas ciências naturais, mais
comummente na física, mas os matemáticos também definem e investigam
estruturas por razões puramente internas à matemática (matemática pura), por
exemplo, ao perceberem que as estruturas fornecem uma generalização
unificante de vários subcampos ou uma ferramenta útil em cálculos comuns.

A matemática é usada como uma ferramenta essencial em muitas áreas


do conhecimento, tais como engenharia, medicina, física, química, biologia, e
ciências sociais. Matemática aplicada, ramo da matemática que se ocupa de
aplicações do conhecimento matemático em outras áreas do conhecimento, às
vezes leva ao desenvolvimento de um novo ramo, como aconteceu
com estatística ou teoria dos jogos. O estudo de matemática pura, ou seja,
quase sempre sem a preocupação imediata com sua aplicabilidade, muitas
vezes mostrou-se úteis anos ou séculos adiante, como aconteceu com os
estudos das cónicas ou de teoria dos números feitos pelos gregos, úteis,
respectivamente, em descobertas sobre astronomia feitas por Kepler no século
XVII, ou para o desenvolvimento de segurança em computadores nos dias de
hoje.

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Física
Sempre ficamos curiosos com ou sobre o mundo que nos cerca. Desde
que se tem registo, procuramos compreender a desconcertante diversidade de
eventos que observamos, a cor do céu, a variação do som de um carro que
passa, o balanço de uma árvore ao vento, o nascer e o pôr-do-sol, o voo de
uma ave ou de um avião.
Esta procura pela compreensão tem tomado várias formas como:

 A Ciência
 A Arte
 A Religião

Uma vez que a palavra ciência vem do latin e significa ‘’conhecer’’ a


mesma passou a designar não simplesmente o conhecimento, mas
especificamente o conhecimento do mundo natural.

Assim os autores desse trabalho compreendem a física como sendo


uma ciência que procura descrever a natureza fundamental do universo e como
ele funciona. Outrossim como a ciência da matéria e da energia, do espaço e
do tempo.

Com toda ciência a Física é um corpo de conhecimento organizado de


forma específica e racional.

A Física vem do grego antigo, physis que significa "natureza" é a ciência


que estuda a natureza e seus fenómenos em seus aspectos mais
gerais. Analisa suas relações e propriedades, além de descrever e explicar a
maior parte de suas consequências. Busca a compreensão científica dos
comportamentos naturais e gerais do mundo em nosso torno, desde as
partículas elementares até o universo como um todo. Com o amparo do
método científico e da lógica, e tendo a matemática como linguagem natural,
esta ciência descreve a natureza através de modelos científicos. É considerada
a ciência fundamental, sinónimo de ciência natural: as ciências naturais, como
a química e a biologia, têm raízes na física. Sua presença no quotidiano é
muito ampla, sendo praticamente impossível uma completíssima descrição dos
fenómenos físicos em nossa volta. A aplicação da física para o benefício

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humano contribuiu de uma forma inestimável para o desenvolvimento de toda a
tecnologia moderna, desde o automóvel até os computadores quânticos.

Historicamente, a afirmação da física como ciência moderna está


intimamente ligada ao desenvolvimento da mecânica, que tem como pilares
principais de estudo a energia mecânica e os momentos linear e angular, suas
conservações e variações. Desde o fim da Idade Média havia a necessidade de
se entender a mecânica, e os conhecimentos da época, sobretudo aristotélicos,
já não eram mais suficientes. Galileu centrou seus estudos nos projécteis,
pêndulos e movimentos dos planetas; Isaac Newton, mais tarde, elaborou os
princípios fundamentais da dinâmica ao publicar suas leis e a gravitação
universal em seu livro Principia, que se tornou a obra científica mais influente
de todos os tempos. A termodinâmica, que estuda as causas e os efeitos de
mudanças na temperatura, pressão e volume em escala macroscópica, teve
sua origem na invenção das máquinas térmicas durante o século XVIII. Seus
estudos levaram à generalização do conceito de energia. A ligação da
electricidade, que estuda cargas eléctricas, com o magnetismo, que é o estudo
das propriedades relacionadas aos ímãs, foi percebida apenas no início do
século XIX por Hans Christian Ørsted. As descrições físicas e matemáticas da
electricidade e magnetismo foram unificadas por James Clerk Maxwell.

A partir de então, estas duas áreas, juntamente com a óptica, passaram


a ser tratadas como visões diferentes do mesmo fenómeno físico, o
electromagnetismo. No início do século XX, a incapacidade da descrição e
explicação de certos fenómenos observados, como o efeito fotoeléctrico,
levantou a necessidade de abrir novos horizontes para a física. Albert Einstein
publicou a teoria da relatividade geral em 1915, propondo a constância da
velocidade da luz e suas consequências até então inimagináveis. A teoria da
relatividade de Einstein leva a um dos princípios de conservação mais
importantes da física, a relação entre massa e energia, geralmente expressa
pela famosa equação E=mc². A relatividade geral também unifica os conceitos
de espaço e tempo: a gravidade é apenas uma consequência da deformação
do espaço-tempo causado pela presença de massa. Max Planck, ao estudar a

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radiação de corpo negro, foi forçado a concluir que a energia está dividida em
"pacotes", conhecidos como quanta. Einstein demonstrou fisicamente as ideias
de Planck, fixando as primeiras raízes da mecânica quântica. O
desenvolvimento da teoria quântica de campos trouxe uma nova visão da
mecânica das forças fundamentais. O surgimento da Electra e cromo dinâmico
quântico e a posterior unificação do electromagnetismo com a força fraca a
altas energias são a base do modelo padrão, a principal teoria de partículas
subatômicas, capaz de descrever a maioria dos fenómenos da escala
microscópica que afeitam as principais áreas da física.

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Relação epistémica entre matemática e física
A relação entre Matemática e a Física é um tema tratado por filósofos,
matemáticos e físicos desde a Antiguidade. Em geral, considerada uma relação
de grande intimidade, a matemática já foi descrita como uma "ferramenta
essencial para a física" e a física já foi descrita como "uma rica fonte de
inspiração e insight para a matemática". Em sua obra Física, um dos temas
tratados por Aristóteles é sobre como o estudo dos matemáticos difere daquele
realizado pelos físicos. Considerações acerca de a matemática ser a linguagem
da natureza podem ser encontradas nas ideias dos Pitagóricos: as
convicções de que "os números governam o mundo" e "tudo são números", e
dois milénios depois foram expressas também por Galileu Galilei: "O livro da
natureza está escrito na linguagem da matemática". A partir do século XVII,
muitos dos mais importantes avanços em matemática surgiram motivados do
estudo de física, uma tendência que continuou nos séculos seguintes (embora,
a partir do século XIX, a matemática tenha começado a se tornar cada
vez mais independente da física). A criação e desenvolvimento do cálculo
foram fortemente atrelados às necessidades da física. Havia a necessidade de
uma nova linguagem matemática para lidar com a nova dinâmica que tinha
surgido dos trabalhos de estudiosos desde Galileu Galilei até Isaac Newton.
Nesse período não havia muita distinção entre física e matemática, como
exemplo: Newton considerava a geometria como um ramo da mecânica.

Explicar a eficácia da matemática no estudo do mundo físico: "Há um


enigma que em todas as épocas agitou as mentes curiosas. Como pode a
matemática, afinal um produto do pensamento humano que é independente da
experiência, ser tão admiravelmente apropriada aos objectos da realidade?"
Albert Einstein, em Geometry and Experience (1921).

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Demonstrações de algumas fórmulas.
A primeira fórmula será a do Campo Eléctrico em relação a fórmula da
força (Lei de Coulomb).

F=qxE
Primeiro vamos isolar E (campo eléctrico), como a grandeza q está no
lado direito e como factor então desmembrá-lo-emos pela sua propriedade
inversa que é a divisão, assim ela vai dividindo.

F/q=E
Se a=b, então b=a, assim podemos escrever:

E=F/q
Agora vamos escrever a fórmula de Coulomb abaixo:

F=kx[Iq1IxIq2I]/r2
Vamos substituir a fórmula de Coulomb na dedução da primeira equação
(campo eléctrico), assim podemos escrever:

E=kx[Iq1IxIq2I]/r2/q
Vamos aplicar uma propriedade Matemática na sentença acima:

Ela diz o seguinte, quando tivermos uma fracção da fracção, devemos


manter a primeira pelo inverso da segunda e mudamos o sinal operacional por
sua propriedade inversa de ‘’divisão para Multiplicação’’.

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Matematicamente escrevemos:

(a/b)/(c/d)
(a/b)x(d/c)
E=kx[Iq1IxIq2I]/r2x(1/q)
E=kx[Iq2I]/r2
Portanto, temos que a fórmula do campo eléctrico em relação a lei de
Coulomb é:

E=kx[Iq2I]/r2
Busca da aceleração na relação força com força elástica:

F=mxa
Fe=kxx
Uma vez que a unidade das grandezas é a mesma, então podemos
escrever:

F=Fe
Em seguida vamos substituir as grandezas de ambas grandezas
vectoriais:

mxa=kxx

10 | P á g i n a
Vamos desmembrar a massa, como está a multiplicar passa para o outro
membro a dividir:

a=(kx)/m
Busca da velocidade (V) em relação a energia cinética (Ec) com a energia
potencial gravítica (Epg).

.
Primeiro vamos escrever as duas grandezas:

Ec=(1/2)(mxv2)
Epg=mxgxh
Agora vamos relacioná-las:

Ec=Epg
2
(1/2)(mxv )=mxgxh
Agora vamos aplicar leis matemáticas relacionadas a aritmética:

(mxv2)= 2xmxgxh
(v2)=(2xmxgxh)/m
(v2)=(2xgxh)
v=√(2xgxh)

11 | P á g i n a
Busca da posição em relação a energia potencial elástica (Epe) com a
energia potencial gravítica (Epg):

Primeiro vamos escrever as duas grandezas:

Epg=mxgxh
Epe=(1/2)(kxx2)
Agora vamos relacioná-las:

Epe=Epg
2
(1/2)(kxx )=mxgxh
(kxx2)=2xmxgxh
(x2)=(2xmxgxh)/k
x=√[(2xmxgxh)/k]

Demonstração da fórmula de Bhaskara a partir da forma canónica de uma


equação do 2o grau.

Primeiro vamos escrever a forma canónica da equação do 2º grau.

12 | P á g i n a
ax2+bx+c=0
Vamos factorar a parte que possui o termo x2 e x:

a( + )+ = 0
Vamos dividir tudo por a e aplicar meti e tira:

( + )+ + =0
Vamos buscar o m.m.c entre (4a2;a)=4a2 :

( + )2=

( + ) =

( )
( + ) =
Portanto, vem que:

±√
=

13 | P á g i n a
Conclusão
Depois de termos feito uma perscrutação (pesquisa) a respeito do
imbróglio (problema) em ênfase (destaque), chegamos a sinopse (conclusão)
que: a relação epistémica entre a Matemática e a Física reside somente na
linguagem.

14 | P á g i n a
Referências Bibliográficas e Websites
Caderno do aluno de Física, 2017.

David E. Rowe, Euclidean Geometry and Physical Space.

Albert Einstein, Geometry and Experience (http://www groups.dcs.st


and.ac.uk/history/Extras/Einstein_geometry.html).

Paul Dirac, The Relation between Mathematics and Physics


(http://www.damtp.cam.ac.uk/events/strings02/dirac/speach.html).

Richard Feynman, The Character of Physical Law, Capítulo 2: The relation


of mathematics and physics.

Vladimir Arnold, On teaching mathematics (http://pauli.uni-


muenster.de/~munsteg/arnold.html).

(http://rsta.royalsocietypublishing.org/content/368/1914/913.full.pdf).ohn
von Neumann, The).

Henri Poincaré, Intuition and Logic in Mathematics


(http://wwwhistory.mcs.standrews.ac.uk/Extras/oincare_Intuition.html).

www.google.com

www.wikipédia.org

www.yahoo.com.br

www.todamateria.com

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