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Escrita na

Lírica camoniana De inspiração


clássica
mocidade

Tradicional Renascentista

Versos em Uso da Uso da Versos


redondilha menor e
maior medida velha medida nova decassilábicos

Cantigas e
Soneto
vilancetes
A Natureza em comunhão com a beleza feminina Amor carnal vs amor espiritual
Lírica Camoniana Renascentista

• Surge num período mais tardio, fruto das correntes


intelectuais da época, provenientes de Itália.

• O Humanismo e o Classicismo, através das figuras


de Platão, Petrarca e Dante incutem no poeta novas
inspirações que se refletem na sua poesia.
Temáticas renascentistas

• A beleza da mulher (segundo a visão de petrarca);


• O amor platónico (a perfeição da figura feminina torna-a inalcançável );
• A saudade
• O destino
Lírica Tradicional Vs Lírica Renascentista
PEDE O DESEJO, DAMA, QUE VOS VEJA
PERDIGÃO PERDEU A PENA
Pede o desejo, Dama, que vos veja.
Perdigão perdeu a pena Não entende o que pede; está enganado.
Não há mal que lhe não venha. É este amor tão fino e tão delgado,
Que quem o tem não sabe o que deseja.
Perdigão que o pensamento
Subiu a um alto lugar, Não há cousa a qual natural seja
Perde a pena do voar, Que não queira perpétuo o seu estado.
Ganha a pena do tormento. Não quer logo o desejo o desejado,
Não tem no ar nem no vento Por que não falte nunca onde sobeja.
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha. Mas este puro afeito em mim se dana;
Que, como a grave pedra tem por arte
Quis voar a ũa alta torre, O centro desejar da Natureza,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado, Assi o pensamento, pela parte
De puro penado morre. Que vai tomar de mim, terrestre, humana,
Se a queixumes se socorre, Foi, Senhora, pedir esta baixeza.
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.

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