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CONHECIMENTOS

BANCÁRIOS

Caixa Federal

2012
Jorge Luís Brugnera
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

O SFN é formado pelo conjunto de Órgãos de Regulação e de Instituições que


operam os instrumentos financeiros do sistema.

O objetivo básico é transferir recursos dos agentes econômicos superavitários


para os deficitários.

Composição do SFN

Órgãos Entidades
Operadores
Normativos Supervisoras

Demais
Instituições
instituições
financeiras
Banco Central do financeiras
Conselho captadoras de Outros intermediários
Brasil - BACEN
Monetário depósitos à Financeiros e
Bancos de
Nacional vista Administradores de
Câmbio
CMN Recursos de terceiros

Bolsas de
Comissão de Valores Bolsas de
mercadorias e
Mobiliários - CVM Valores
futuros
Conselho NacionalSuperintendência de Entidades abertas de
Sociedades Sociedades de
Seguros Privados Seguros Privados - Resseguradores previdência
seguradoras capitalização
CNSP SUSEP complementar

Conselho NacionalSuperintendência
de Previdência Nacional de Previdência
Entidades fechadas de previdência complementar
Complementar Complementar (fundos de pensão)
CNPC PREVIC

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Estrutura do SFN

SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO
SUBSISTEMA NORMATIVO
OU OPERATIVO

Demais
Autoridades Autoridades Instituições
Agentes
Monetárias De Apoio Bancárias
Especiais
Não Bancárias e
Auxiliares
•Regulação •Intermediação
•Fiscalização •Suporte Operacional
•Administração

CMN
Conselho Monetário nacional

PREVIC
CVM SUSEP
BACEN Superintendência
Comissão de Superintendência
Banco Central Nacional de
Valores De seguros
Do Brasil Previdência
Mobiliários Privados
Complementar

Autoridade
Monetária Autoridades de Apoio

SEGMENTAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO

1- MERCADO CAMBIAL – é a transformação, troca, de moeda estrangeira por moeda


nacional e vice-versa.

2- MERCADO MONETÁRIO – é o controle da Liquidez Bancária onde atual Bancos


Comerciais, Empresas Financeiras de Crédito que atuam também no Mercado de
Capitais, para realizações de operações com Títulos Públicos de alta liquidez.

3- MERCADO DE CRÉDITO – é o mercado onde ocorrem os Financiamentos para


Capital de Giro, Capital Fixo, Habitação, Crédito Rural, Arrendamento Mercantil (Leasing)
e Crédito para o Consumo

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4- MERCADO DE CAPITAIS – é o mercado de Valores Mobiliários, onde as empresas
buscam recursos para Capital Fixo e Giro, operações de underwriting, ações, debêntures
e Commercial Papers. Neste mercado ocorrem a compra e venda de ações, títulos e
valores mobiliários, entre empresas, investidores pessoa física ou jurídica com
intermediação obrigatória de instituições financeiras integrantes do Sistema de
Distribuição de Títulos e Valores Mobiliários autorizadas a operar no Sistema Financeiro
Nacional.

Conselho Monetário Nacional - CMN

O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom funcionamento
do SFN.
Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento,
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil.

Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais
necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço
de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o
aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência
das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida
pública interna e externa, estabelecer a Meta da Inflação.

Os seus membros reúnem-se uma vez por mês para deliberarem sobre assuntos
relacionados com as competências do CMN. Em casos extraordinários pode acontecer mais de uma
reunião por mês.
De todas as reuniões são lavradas atas, cujo extrato é publicado no DOU.
Junto ao CMN funciona a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (Comoc) como órgão de
assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. A Comoc
manifesta-se previamente sobre os assuntos de competência do CMN. Além da Comoc, a
legislação prevê o funcionamento de mais sete comissões consultivas.

O Banco Central do Brasil é a Secretaria-Executiva do CMN e da Comoc. Compete ao Banco


Central organizar e assessorar as sessões deliberativas (preparar, assessorar e dar suporte
durante as reuniões, elaborar as atas e manter seu arquivo histórico).

Membros do CMN em 2011


Ministro da Fazenda Guido Mantega
Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Aparecida Belchior
Presidente do Banco Central do Brasil Alexandre Antonio Tombini

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Banco Central do Brasil - Bacen

O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da


Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964. É o principal
executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de
compra da moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia;
manter as reservas internacionais em nível adequado; estimular a formação de poupança; zelar
pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. Dentre suas
atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante;
receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar
operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; regular a execução dos serviços
de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos
públicos federais; exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras;
autorizar o funcionamento das instituições financeiras; estabelecer as condições para o exercício
de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras
empresas nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no
país. Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem representações nas capitais dos Estados do
Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e
Pará.

COPOM – Comitê de Política Monetária

O Copom foi instituído em 20 de junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da


política monetária e de definir a taxa de juros. A criação do Comitê buscou proporcionar maior
transparência e ritual adequado ao processo decisório, a exemplo do que já era adotado pelo
Federal Open Market Committee (FOMC) do Banco Central dos Estados Unidos e pelo Central Bank
Council, do Banco Central da Alemanha. Em junho de 1998, o Banco da Inglaterra também
instituiu o seu Monetary Policy Committee (MPC), assim como o Banco Central Europeu, desde a
criação da moeda única em janeiro de 1999. Atualmente, uma vasta gama de autoridades

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monetárias em todo o mundo adota prática semelhante, facilitando o processo decisório, a
transparência e a comunicação com o público em geral.

Desde 1996, o Regulamento do Copom sofreu uma série de alterações no que se refere ao seu
objetivo, à periodicidade das reuniões, à composição, e às atribuições e competências de seus
integrantes. Essas alterações visaram não apenas aperfeiçoar o processo decisório no âmbito do
Comitê, como também refletiram as mudanças de regime monetário.

Destaca-se a adoção, pelo Decreto 3.088, em 21 de junho de 1999, da sistemática de "metas para
a inflação" como diretriz de política monetária. Desde então, as decisões do Copom passaram a
ter como objetivo cumprir as metas para a inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Segundo o mesmo Decreto, se as metas não forem atingidas, cabe ao presidente do Banco Central
divulgar, em Carta Aberta ao Ministro da Fazenda, os motivos do descumprimento, bem como as
providências e prazo para o retorno da taxa de inflação aos limites estabelecidos.

Formalmente, os objetivos do Copom são "implementar a política monetária, definir a meta da


Taxa Selic e seu eventual viés, e analisar o 'Relatório de Inflação'". A taxa de juros fixada na
reunião do Copom é a meta para a Taxa Selic (taxa média dos financiamentos diários, com lastro
em títulos federais, apurados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia), a qual vigora por
todo o período entre reuniões ordinárias do Comitê. Se for o caso, o Copom também pode definir
o viés, que é a prerrogativa dada ao presidente do Banco Central para alterar, na direção do viés,
a meta para a Taxa Selic a qualquer momento entre as reuniões ordinárias.

As reuniões ordinárias do Copom dividem-se em dois dias: a primeira sessão às terças-feiras e a


segunda às quartas-feiras. Mensais desde 2000, o número de reuniões ordinárias foi reduzido para
oito ao ano a partir de 2006, sendo o calendário anual divulgado até o fim de outubro do ano
anterior. O Copom é composto pelos membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil:
o presidente, que tem o voto de qualidade; e 7 diretores: de Política Monetária, Política
Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema
Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração. Também participam do
primeiro dia da reunião os chefes dos seguintes Departamentos do Banco Central: Departamento
Econômico (Depec), Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin),
Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), Departamento de
Operações do Mercado Aberto (Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep), além do
gerente-executivo da Gerência-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin). Integram
ainda a primeira sessão de trabalhos três consultores e o secretário-executivo da Diretoria, o
assessor de imprensa, o assessor especial e, sempre que convocados, outros chefes de
departamento convidados a discorrer sobre assuntos de suas áreas.

No primeiro dia das reuniões, os chefes de departamento e o gerente-executivo apresentam uma


análise da conjuntura doméstica abrangendo inflação, nível de atividade, evolução dos agregados
monetários, finanças públicas, balanço de pagamentos, economia internacional, mercado de
câmbio, reservas internacionais, mercado monetário, operações de mercado aberto, avaliação
prospectiva das tendências da inflação e expectativas gerais para variáveis macroeconômicas.

No segundo dia da reunião, do qual participam apenas os membros do Comitê e o chefe do Depep,
sem direito a voto, os diretores de Política Monetária e de Política Econômica, após análise das
projeções atualizadas para a inflação, apresentam lternativas para a taxa de juros de curto prazo
e fazem recomendações acerca da política monetária. Em seguida, os demais membros do Copom
fazem suas ponderações e apresentam eventuais propostas alternativas. Ao final, procede-se à
votação das propostas, buscando-se, sempre que possível, o consenso. A decisão final - a meta
para a Taxa Selic e o viés, se houver - é imediatamente divulgada à imprensa ao mesmo tempo
em que é expedido Comunicado através do Sistema de Informações do Banco Central
(Sisbacen).As atas em português das reuniões do Copom são divulgadas às 8h30 da quinta-feira
da semana posterior a cada reunião, dentro do prazo regulamentar de seis dias úteis, sendo
publicadas na página do Banco Central na internet ("Notas da Reunião do Copom") e para a
imprensa. A versão em inglês é divulgada com uma pequena defasagem de cerca de 24 horas.

Ao final de cada trimestre civil (março, junho, setembro e dezembro), o Copom publica, em
português e em inglês, o documento "Relatório de Inflação", que analisa detalhadamente a
conjuntura econômica e financeira do País, bem como apresenta suas projeções para a taxa de
inflação.

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CALENDÁRIO DE REUNIÃO DO COPOM

De acordo com o estabelecido no art. 6º do Regulamento


anexo à Circular nº 3.297, de 31 de outubro de 2005 o Bacen
divulga antecipadamente o Calendário de Reuniões do Copom

CALENDÁRIO PARA 2011 CALENDÁRIO PARA 2012


18 e 19 de janeiro 17 e 18 de janeiro
01 e 2 de março 6 e 7 de março
19 e 20 de abril 17 e 18 de abril
7 e 8 de junho 29 e 30 de maio
19 e 20 de julho 10 e 11 de julho
30 e 31 de agosto 28 e 29 de agosto
18 e 19 de outubro 9 e 10 de outubro
29 e 30 de novembro 27 e 28 de novembro

TESOURO NACIONAL

Secretaria do Tesouro Nacional foi criada em 10 de março de 1986, conforme Decreto nº


92.452, unindo a antiga Comissão de Programação Financeira e a Secretaria de Controle Interno
do Ministério da Fazenda.

Constitui-se órgão central do Sistema de Administração Financeira Federal e do Sistema de


Contabilidade Federal. Sua criação foi um passo significativo no fortalecimento das Finanças
Públicas no Brasil.

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Em agosto de 1993, pelo Decreto número 890, foi transferida para o Tesouro Nacional a
responsabilidade pelo controle e movimentação das contas especiais em moeda estrangeira,
decorrentes de acordos externos firmados junto a organismos multilaterais e agências de crédito.

Assim, a Secretaria do Tesouro Nacional passou a ser responsável pelo controle e


administração da dívida pública federal, seja ela mobiliária ou contratual, interna ou externa,
centralizando em uma única unidade governamental a responsabilidade pelo gerenciamento de
todos os compromissos do Governo Federal. Isto permite maior transparência orçamentária e
financeira, uma vez que todos os pagamentos encontram-se inseridos no Orçamento Geral da
União, aprovado anualmente pelo Congresso Nacional.

Observação: é o Caixa do Governo, pois capta recursos financeiros no mercado, via


emissão primária de títulos públicos (LFT, NTN, LTN) para financiamento da dívida mobiliária
interna do governo através do BACEN.

Não cai na prova, é só para ampliar conhecimentos:


Emissões de Títulos Públicos Federais em Julho de 2011
As emissões de títulos pelo Tesouro Nacional, leilões tradicionais, somaram R$52,3 bilhões.
A venda de títulos com remuneração prefixada alcançou R$33,4 bilhões, sendo R$29,6 bilhões em
Letras do Tesouro Nacional (LTN) com vencimentos em 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, e R$3,8
bilhões em Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) com vencimentos em 2017 e 2021.
As vendas de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) totalizaram R$5,5 bilhões, com emissão de títulos
com vencimentos em 2017 e 2018. Nos leilões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B)
foram vendidos títulos com vencimentos em 2014, 2016, 2020, 2030, 2040 e 2050, em montante total
de R$13,4 bilhões.

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Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao


Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É responsável por
regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. Para
este fim, exerce as funções de: assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de
bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários; evitar ou coibir modalidades de
fraude ou manipulação no mercado; assegurar o acesso do público a informações sobre valores
mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; assegurar a observância de
práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; estimular a formação de
poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento
eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do
capital social das companhias abertas.

Conselho de Recursos do Sistema Financeiro (CRSFN)

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro (CRSFN) é um órgão colegiado, de


segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, conforme disposto na Lei nº
9.069, de 29.06.95, e cuja Secretaria-Executiva funciona no Edifício Sede do Banco Central do
Brasil

Atribuições: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos


interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do
Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior.

Conselheiros Titulares

Nome Função Representação


Daniel Augusto Borges da Costa Conselheiro-Presidente MINIFAZ
Marco Antonio Martins de Araújo Filho Conselheiro Vice-Presidente ANBIMA

Celso Luiz Rocha Serra Filho Conselheiro CVM


Darwin Corrêa Conselheiro ABRASCA
Felisberto Bonfim Pereira Conselheiro BACEN
Johan Albino Ribeiro Conselheiro FEBRABAN

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Luiz Eduardo Martins Ferreira Conselheiro CNB
Waldir Quintiliano da Silva Conselheiro MINIFAZ

Euler Barros Ferreira Lopes Procurador da Fazenda Nacional -


Luciana Moreira Procuradora da Fazenda Nacional -
Marcos Martins de Souza Secretário-Executivo -
Walter Henrique dos Santos Procurador da Fazenda Nacional

Tanto os Conselheiros Titulares, como os seus respectivos suplentes, são nomeados pelo Ministro
da Fazenda, com mandatos de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.

AGENTES ESPECIAIS

São instituições que mesmo pertencendo ao subsistema operacional executam algumas funções
do subsistema normativo.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Criado em 1952 como autarquia federal, foi enquadrado como uma empresa pública federal, com
personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei 5.662, de 21 de junho de 1971.
O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e
tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Suas
linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos competitivos, para o
desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos
novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Contribui,
também, para o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do
mercado de capitais. A BNDESPAR, subsidiária integral, investe em empresas nacionais através da
subscrição de ações e debêntures conversíveis. O BNDES considera ser de fundamental importância,
na execução de sua política de apoio, a observância de princípios ético-ambientais e assume o
compromisso com os princípios do desenvolvimento sustentável. As linhas de apoio financeiro e os
programas do BNDES atendem às necessidades de investimentos das empresas de qualquer porte e
setor, estabelecidas no país. A parceria com instituições financeiras, com agências estabelecidas em
todo o país, permite a disseminação do crédito, possibilitando um maior acesso aos recursos do
BNDES.
A CMN 3933 autoriza o BNDES a captar recursos através de emissão de Letras Financeiras.

Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal, Criada em 1861, a CAIXA é o principal agente das políticas
públicas do governo federal e, de uma forma ou de outra, está presente na vida de milhões de
brasileiros. Isso porque a CAIXA – uma empresa 100% pública – atende não só os seus clientes
bancários, mas todos os trabalhadores formais do Brasil, estes por meio do pagamento de FGTS, PIS e
seguro-desemprego; beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias.

Além disso, ao priorizar setores como habitação, saneamento básico, infra-estrutura e


prestação de serviços, a CAIXA exerce um papel fundamental na promoção do desenvolvimento
urbano e da justiça social no país, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da população,
especialmente a de baixa renda.

A atuação da CAIXA também se estende aos palcos, salas de aula e pistas de corrida, com
o apoio a iniciativas artístico-culturais, educacionais e desportivas.

A CAIXA é o maior banco público da América Latina. Os números impressionam: a base de


clientes foi expandida em 42% nos últimos dois anos e meio, subindo de 23,1 milhões para 33,6
milhões de pessoas. E mais de 3 milhões de pessoas ingressaram no sistema bancário brasileiro por
meio do programa de conta simplificada, a maior ação de inclusão bancária do país.

Tem o monopólio das operações de Penhor e é responsável pela administração das


Loterias.

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Em 24/12/08 a Caixa foi autorizada conforme circular 3428 a atuar sem restrições no
Mercado de Câmbio.

BANCO DO BRASIL

É uma instituição financeira Sociedade Anônima de capital misto controlada pelo Governo
Federal.
É banco múltiplo, mas atua como agente de Governo Federal nas situações abaixo:
Principal executor da política oficial do Crédito Rural
Executor dos Serviços de Compensação de Cheques e outros Papéis
Pagamento e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral da União
Operador dos fundos de investimentos setoriais como Pesca e Reflorestamento e o Fundo
Constitucional do Centro-Oeste – FCO
Realização, por conta própria, de compra e venda de moedas estrangeiras e por conta do BACEN, nas
condições estabelecidas pelo CMN
Agenciamento dos pagamentos e recebimentos fora do País

Subsistema de Intermediação ou Operativo

Instituições Instituições
Outros
Financeiras Financeiras
Intermediários
Bancárias não Bancárias

Bancos Investimento
Bancos Comerciais
Bancos Múltiplos sem DTVM
Bancos Múltiplos com
Carteira Comercial SCTVM
Carteira Comercial
Demais Instituições
1

INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS
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(INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS)

Quantidade de Bancos
Conforme Bacen em 2011
• Banco Comercial 12
• Banco Comercial Cooperativo 01
• Banco Comercial Estrangeiro 06
• Banco de Câmbio 01
• Banco Múltiplo 135
• Banco Múltiplo Cooperativo 01
• Caixa Econômica Federal 01

JORGE LUIS BRUGNERA

Bancos Comerciais

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como
objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médios
prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros
em geral, a captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco
comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de
sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN
2.099, de 1994

São a base do sistema monetário e captam recursos (operações passivas) através de:

• Depósitos à vista – contas correntes


• Depósitos a prazo – CDB, RDB
• Letras Financeiras ( a partir de Fev de 2010)
• Repasses de recursos de instituições financeiras oficiais
• Recursos externos

Prestam serviços de cobrança bancária, arrecadação de tarifas e tributos públicos.

Aplicam os recursos (operações ativas) em:

• Desconto de títulos (duplicatas, cheques pré-datados...)


• Abertura de créditos simples em conta corrente (cheques especiais, CDC, etc
• Operações de crédito Rural, Câmbio e Comércio Internacional.

Exemplos de Bancos comerciais:

• Banco Arbi S.A. (RJ)


• Bco Bm&F de Serviços de Liquidação e Custódia S.A.
• Banco CR2 S.A.

Bancos Múltiplos

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Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as
operações ativas, passivas e acessórias das diversas instituições financeiras, por intermédio das
seguintes carteiras:
• comercial,
• de investimento e/ou de desenvolvimento,
• de crédito imobiliário,
• de arrendamento mercantil (leasing)
• de crédito, financiamento e investimento.
• de aceite (financeiras)

Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às


instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente
poderá ser operada por banco público.
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas,
obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade
anônima.
As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista e são
considerados Instituições Monetárias.
Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de
1994).
Um banco múltiplo deve ser constituído com um CNPJ para cada Carteira podendo publicar
um único balanço

Cooperativas de Crédito

As cooperativas de crédito observam, além da legislação e normas do sistema


financeiro, a Lei 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional de cooperativismo
e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Atuando tanto no setor rural quanto no
urbano, as cooperativas de crédito podem se originar da associação de funcionários de uma mesma
empresa ou grupo de empresas, de profissionais de determinado segmento, de empresários ou
mesmo adotar a livre admissão de associados em uma área determinada de atuação, sob certas
condições. Os eventuais lucros auferidos com suas operações - prestação de serviços e oferecimento
de crédito aos cooperados - são repartidos entre os associados. As cooperativas de crédito devem
adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Cooperativa", vedada a utilização
da palavra "Banco". Devem possuir o número mínimo de vinte cooperados e adequar sua área de ação
às possibilidades de reunião, controle, operações e prestações de serviços. Estão autorizadas a
realizar operações de captação por meio de depósitos à vista e a prazo somente de associados, de
empréstimos, repasses e refinanciamentos de outras entidades financeiras, e de doações. Podem
conceder crédito, somente a associados, por meio de desconto de títulos, empréstimos,
financiamentos, e realizar aplicação de recursos no mercado financeiro (Resolução CMN 3.106, de
2003).

Cooperativas Centrais de Crédito

As cooperativas centrais de crédito, formadas por cooperativas singulares, organizam


em maior escala as estruturas de administração e suporte de interesse comum das cooperativas
singulares filiadas, exercendo sobre elas, entre outras funções, supervisão de funcionamento,
capacitação de administradores, gerentes e associados, e auditoria de demonstrações financeiras
(Resolução CMN 3.106, de 2003).
Bancos Cooperativos

Autorizados pelo Banco Central, constituídos na forma de Sociedade Anônima de capital fechado,
onde os acionistas são obrigatoriamente as cooperativas.
São Bancos múltiplos ou bancos comerciais controlados por Cooperativas de Crédito, que devem
deter, pelo menos, 51% de suas ações com direito a voto. Podem captar recursos no exterior.
Exemplo: Banco Sicredi SA

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS


(NÃO MONETÁRIAS)

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CARACTERÍSTICAS: Instituições Financeiras Não Bancárias ou não monetárias são assim chamadas
porque não podem criar moeda, não captam depósitos à vista.

Bancos Múltiplos Sem Carteira Comercial

Bancos Múltiplos sem a Carteira Comercial são consideradas Instituições Financeiras


não Bancárias porque não tem autorização para captar depósitos à vista.

As demais características são dos Bancos Múltiplos comerciais.


Exemplo de Bancos Múltiplos SEM A CARTEIRA COMERCIAL:

• Banco Bankpar S.A. (Bradesco)


• Banco BRJ S.A.
• Banco Citicard S.A.
• Banco CNH Capital S.A.
• Banco CSF S.A.
• Na relação de 09/10 dos bancos autorizados a operar pelo Bacen constam 32
Bcos Múltiplos sem Carteira Comercial

Bancos de Desenvolvimento

Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos


estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos
recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem
a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são
depósitos a prazo, empréstimos externos, emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de
cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As operações ativas
são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos
sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário,
devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de
Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 1976).
Conforme resolução CMN 3756 os Bancos de Desenvolvimento foram autorizados a realizar
operações de leasing utilizando recursos da linha do Finame do BNDES.

Alguns Bancos de Desenvolvimento no Brasil:

- Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo S.A.


- Banco de Desenvolvimento de M.G.- BDMG
- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE

Bancos de Investimento

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em


operações de participação societária de caráter temporário, de financiamento da atividade produtiva
para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser
constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação
social, a expressão "Banco de Investimento". Não possuem contas correntes e captam recursos via
depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos de
investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de
giro e capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e
repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999).

Exemplos de Bancos de Investimento:

• Bco Geração Futuro de Investimento S.A.


• Standard Chartered Bank Brasil S.A. (SP)
• BB Banco de Investimento S.A. (RJ)
• Bco Rural de Investimento S.A. (MG)
• Bco Equity de Investimento S.A. (RJ)
• BBVA Brasil Bco de Investimento S.A. (SP)

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Companhias Hipotecárias

As companhias hipotecárias são instituições financeiras constituídas sob a forma de


sociedade anônima, que têm por objeto social conceder financiamentos destinados à produção,
reforma ou comercialização de imóveis residenciais ou comerciais aos quais não se aplicam as normas
do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Suas principais operações passivas são: letras
hipotecárias, debêntures, empréstimos e financiamentos no País e no Exterior. Suas principais
operações ativas são: financiamentos imobiliários residenciais ou comerciais, aquisição de créditos
hipotecários, refinanciamentos de créditos hipotecários e repasses de recursos para financiamentos
imobiliários. Tais entidades têm como operações especiais a administração de créditos hipotecários de
terceiros e de fundos de investimento imobiliário (Resolução CMN 2.122, de 1994).

• Exemplo: Brazilian Mortgages Cia Hipotecária – SP

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por


financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959.
São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para
a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade
anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e
Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de Câmbio
(Resolução CMN 45, de 1966).

• Exemplos:

• Alvorada Cartões, Crédito e Financiamento e Investimento S.A. (Osasco SP)


• Finansinos S.A.Crédito, Financ e Invest (RS)
• OMNI S.A. – Crédito, Financ e Invest (RS)
Sociedades de Crédito Imobiliário

As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380,
de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações passivas
dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e depósitos
interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de
crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas
incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. Devem ser constituídas sob a
forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão
"Crédito Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000

Exemplos:

• Habitasul Crédito Imobiliário S.A. (Soc.Créd Imob. Repassadora) (RS)


• Cia Província de Crédito Imobiliário S.A. (RS)

Agências de Fomento

As agências de fomento têm como objeto social a concessão de financiamento de


capital fixo e de giro associado a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede. Devem ser
constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado e estar sob o controle de Unidade
da Federação, sendo que cada Unidade só pode constituir uma agência. Tais entidades têm status de
instituição financeira, mas não podem captar recursos junto ao público, recorrer ao redesconto, ter
conta de reserva no Banco Central, contratar depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante
ou de depositária e nem ter participação societária em outras instituições financeiras. De sua
denominação social deve constar a expressão "Agência de Fomento" acrescida da indicação da
Unidade da Federação Controladora. É vedada a sua transformação em qualquer outro tipo de
instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional. As agências de fomento devem constituir e
manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas
obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos federais. (Resolução CMN 2.828, de
2001).

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A CMN 3757 autoriza as Agências de Fomento realizarem operações específicas de câmbio
e arrendamento mercantil financeiro autorizadas pelo BACEN.

Exemplos:

- Badesc – Agência de Fomento do Estado SC


- Desenbahia – Agência de Fomento do Est
- Caixa Estadual S.A. –Agência de Fomento RS

BANCO DE CÂMBIO
Os bancos de câmbio são IF autorizadas a realizar, sem restrições, operações de câmbio e operações
de crédito vinculadas às de câmbio, como financiamentos à exportação e importação e ACC, e ainda a
receber depósitos em contas sem remuneração, não movimentáveis por cheque ou por meio
eletrônico pelo titular, cujos recursos sejam destinados à realização das operações acima citadas.

Na denominação dessas instituições deve constar a expressão "Banco de Câmbio" (Res. CMN 3.426,
de 2006).
Atualmente só há o Banco Confidence S.A. cadastrado no BACEN como Banco de Câmbio:

Associações de Poupança e Empréstimo

As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade


civil, sendo de propriedade comum de seus associados. Suas operações ativas são, basicamente,
direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações
passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de
poupança, depósitos interfinanceiros e empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são
considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. Os
recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no
passivo exigível (Resolução CMN 52, de 1967).

Sociedades de Crédito ao Microempreendedor

As sociedades de crédito ao microempreendedor, criadas pela Lei 10.194, de 14 de


fevereiro de 2001, são entidades que têm por objeto social exclusivo a concessão de financiamentos e
a prestação de garantias a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como
microempresas, com vistas a viabilizar empreendimentos de natureza profissional, comercial ou
industrial de pequeno porte. São impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos junto ao público,
bem como emitir títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta públicas. Devem ser

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constituídas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade por quotas de responsabilidade
limitada, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Sociedade de Crédito
ao Microempreendedor", vedada a utilização da palavra "Banco" (Resolução CMN 2.874, de 2001).

Sociedades de Arrendamento Mercantil

As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade


anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua denominação social a expressão "Arrendamento
Mercantil". As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida externa,
empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por
títulos da dívida pública, cessão de direitos creditórios e, principalmente, por operações de
arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e bens imóveis
adquiridos pela entidade arrendadorapara fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas
pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 2.309, de 1996).
Sociedades Corretoras de Câmbio

As sociedades corretoras de câmbio são constituídas sob a forma de sociedade


anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a
expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social exclusivo a intermediação em operações de
câmbio e a prática de operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo
Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.770, de 1990).

Administradoras de Consórcio

As administradoras de consórcio são pessoas jurídicas prestadoras de serviços


relativos à formação, organização e administração de grupos de consórcio, cujas operações estão
estabelecidas na Lei 5.768, de 20 de dezembro de 1971. Ao Banco Central do Brasil (Bacen), por força
do disposto no art. 33 da Lei 8.177, de 1º de março de 1991, cabe autorizar a constituição de grupos
de consórcio, a pedido de administradoras previamente constituídas sem interferência expressa da
referida Autarquia, mas que atendam a requisitos estabelecidos, particularmente quanto à capacidade
financeira, econômica e gerencial da empresa. Também cumpre ao Bacen fiscalizar as operações da
espécie e aplicar as penalidades cabíveis. Ademais, com base no art. 10 da Lei 5.768, o Bacen pode
intervir nas empresas de consórcio e decretar sua liquidação extrajudicial. O grupo é uma sociedade
de fato, constituída na data da realização da primeira assembléia geral ordinária por consorciados
reunidos pela administradora, que coletam poupança com vistas à aquisição de bens, conjunto de
bens ou serviço turístico, por meio de autofinanciamento (Circular BCB 2.766, de 1997).

Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários -SCTVM

As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de


sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos estão: operar
em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e
vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração
de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário;
instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; emitir certificados de depósito de
ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no
mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações
compromissadas; praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por
conta própria e de terceiros; operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de
terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989).

Os FUNDOS DE INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários


financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião de recursos para a
aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos
condôminos valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de
autorização, registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência da Comissão de
Valores Mobiliários.

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Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários - SDTVM

As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a


forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua
denominação social a expressão "Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários". Algumas de suas
atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado;
administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e
administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, comprando, vendendo e
distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a
intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações;
operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. Para funcionar dependem de
autorização do Banco Central do Brasil e da CVM.

Atualmente não existe diferença entre SCTVM e SDTVM em razão de Decisão Conjunta Bacen
e CVM nº 17 de 02/03/09: “ As Sociedade Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários ficam
autorizadas a operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados
organizados de bolsas de valores.”

INSTITUIÇÕES AUXILIARES

A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da


integração das operações da Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros.
Como principal instituição brasileira de intermediação para operações do mercado de capitais, a
companhia desenvolve, implanta e provê sistemas para a negociação de ações, derivativos de ações,
títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities
agropecuárias.

Por meio de suas plataformas de negociação, realiza o registro, a compensação e a liquidação de


ativos e valores mobiliários transacionados e a listagem de ações e de outros ativos, bem como
divulga informação de suporte ao mercado. A companhia também atua como depositária central dos
ativos negociados em seus ambientes, além de licenciar softwares e índices.

A Bolsa brasileira desempenha também atividades de gerenciamento de riscos das operações


realizadas por meio de seus sistemas. Para tanto, possui uma robusta estrutura de clearings de ações,
derivativos, câmbio e ativos, que atua de forma integrada, com o Banco BM&F, de maneira a
assegurar o funcionamento eficiente de seus mercados e a consolidação adequada das operações.

Única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil, a BM&FBOVESPA ainda exerce o
papel de fomentar o mercado de capitais brasileiro. Para tanto, desenvolve inúmeros programas de
educação e popularização de seus produtos e serviços. Também gerencia investimentos sociais, com
foco no desenvolvimento de comunidades que se relacionam com seu universo.Tendo em vista sua
área de atuação, a BM&FBOVESPA está sujeita à regulação e à supervisão da Comissão de Valores
Mobiliários e do Banco Central do Brasil.

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CÂMARAS E PRESTADORES DE SERVIÇOS DE LIQUIDAÇÃO E
COMPENSAÇÃO

SELIC
Sistema Especial de Liquidação e
Custódia
Principais Títulos Públicos Custodiados no SELIC

LTN LFT
Taxa prefixada Taxa Selic Over – pós fixada

NTN-B NTN-C NTN- F


IPCA+ juros IGPM+juros Taxa prefixada+juros
80

SELIC

O Selic é o depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo
Banco Central do Brasil e nessa condição processa, relativamente a esses títulos, a emissão,
o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. O sistema processa também a liquidação das
operações definitivas e compromissadas registradas em seu ambiente, observando o modelo
1 de entrega contra pagamento.

Todos os títulos são escriturais, isto é, emitidos exclusivamente na forma eletrônica.


A liquidação da ponta financeira de cada operação é realizada por intermédio do STR, ao qual
o Selic é interligado.

O sistema, que é gerido pelo Banco Central do Brasil e é por ele operado em parceria com a
Anbima, tem seus centros operacionais (centro principal e centro de contingência)
localizados na cidade do Rio de Janeiro. O horário normal de funcionamento segue o do STR,
das 6h30 às 18h30, em todos os dias considerados úteis para o sistema financeiro.

Para comandar operações, os participantes liquidantes e os participantes


responsáveis por sistemas de compensação e de liquidação encaminham mensagens por
intermédio da RSFN, observando padrões e procedimentos previstos em manuais específicos
da rede. Os demais participantes utilizam outras redes, conforme procedimentos previstos no
regulamento do sistema.

Participam do sistema, na qualidade de titular de conta de custódia, além do


Tesouro Nacional e do Banco Central do Brasil, bancos comerciais, bancos múltiplos,
bancos de investimento, caixas econômicas, distribuidoras e corretoras de títulos e valores
mobiliários, entidades operadoras de serviços de compensação e de liquidação, fundos de
investimento e diversas outras instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

São considerados liquidantes, respondendo diretamente pela liquidação financeira de


operações, além do Banco Central do Brasil, os participantes titulares de conta de reservas
bancárias, incluindo-se nessa situação, obrigatoriamente, os bancos comerciais, os bancos

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múltiplos com carteira comercial e as caixas econômicas, e, opcionalmente, os bancos de
investimento.

Os não-liquidantes liquidam suas operações por intermédio de participantes


liquidantes, conforme acordo entre as partes, e operam dentro de limites fixados por eles.
Cada participante não-liquidante pode utilizar os serviços de mais de um participante
liquidante, exceto no caso de operações específicas, previstas no regulamento do sistema,
tais como pagamento de juros e resgate de títulos, que são obrigatoriamente liquidadas por
intermédio de um liquidante-padrão previamente indicado pelo participante não-liquidante.

Atenção: Cuidado com as definições de Selic:

1- Sistema Especial de Liquidação e Custódia


2- Meta da Taxa Selic divulgada pelo Copom
3- Taxa Selic É a taxa apurada no Selic, obtida mediante o cálculo da taxa média ponderada e ajustada das
operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e cursadas no referido
sistema ou em câmaras de compensação e liquidação de ativos, na forma de operações compromissadas.

Diagrama: Selic – Exemplos de operações associadas

Diferenças entre os Títulos Públicos


• Pagamento de Juros: As Notas pagam juros
semestralmente, as Letras somente no vencimento
• Remuneração:
• LFT = taxa selic over
• LTN = taxa prefixada
• NTN-B = IPCA + juros
• NTN-C = IGPM + juros
• NTC-F = Taxa prefixada + juros

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DICAS
• LTN: a letra “T” de taxa vem antes = taxa prefixada
• LFT: a letra “T” de taxa vem depois = pós fixada
• NTN-B: é corrigida pelo IPCA. A letra B vem depois do
A de IPCA.
• NTN-C: a letra “C” de consumo lembra inflação – o
índice de inflação é o IGP-M
• NTN-F: a letra “F” de “fixa” – prefixada.

CETIP

CETIP é a integradora do mercado financeiro. É uma companhia de capital aberto


que oferece produtos e serviços de registro, custódia, negociação e liquidação de ativos
e títulos.

Por meio de soluções de tecnologia e infraestrutura, proporciona liquidez,


segurança e transparência para as operações financeiras, contribuindo para o
desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade brasileira.

A empresa é, também, a maior depositária de títulos privados de renda fixa da


América Latina e a maior câmara de ativos privados do país.

Mais de 15 mil instituições participantes utilizam os serviços da CETIP. Entre


eles, estão fundos de investimento; bancos comerciais, múltiplos e de investimento;
corretoras e distribuidoras; financeiras, consórcios, empresas de leasing e crédito
imobiliário; cooperativas de crédito e investidores estrangeiros; e empresas não
financeiras, como fundações, concessionárias de veículos e seguradoras.

Milhões de pessoas físicas são beneficiadas todos os dias por produtos e serviços
prestados pela companhia, como processamento TEDs e liquidação de DOCs, bem como
registros de Gravame, CDBs e títulos de Renda Fixa.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Principais Títulos Privados


Custodiados na CETIP

CDI LH/LI/LCI Debêntures

Títulos do
CDB/RDB SWAP Agronegócio:
LCA - CPR

Cotas de Fundos
Termos de Opções
de investimento
Aberto e fechados Moeda Flexíveis
92

OUTROS PRESTADORES DE SERVIÇO

São prestadores de serviços que não sofrem a fiscalização do Bacen ou CVM.


São empresas comerciais que registram seus contratos nas Juntas Comerciais de seus estados.

SOCIEDADES DE FOMENTO MERCANTIL (FACTORING)

Exercem atividades de prestação de serviços ligadas à compra de direitos creditórios,


originados de um contrato de venda mercantil desenvolvidos por uma empresa comercial.

Não dependem de autorização do BACEN ou CVM para operar e sim registro da Junta
Comercial e demais obrigações de uma empresa comercial.

Serviços oferecidos pela empresas de Factoring:

• Transação com Duplicatas – envolve a compra de duplicatas a vencer e ou cheques pré-


datados
• Maturity: consiste na assunção de todo e qualquer crédito do Sacador pela Factoring,
assumindo, com isto, todos os riscos.
• Over-Advanced: adiantamento realizado pela Factoring para o Sacador comprar
mercadorias e insumos.
• Trustee: a Factoring assume a administração financeira e gerenciamento das atividades
produtivas do sacador ou seja: Administra financeiramente a empresa

Mesmo não sendo uma Instituição Financeira as operações de Alienação de Direitos


Creditórios realizados pelas Factorings geram a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras)

SOCIEDADE ADMINISTRADORAS DE CARTÕES DE CRÉDITO

São empresas não financeiras prestadoras de serviços que fazem a intermediação entre
os portadores de cartões, os estabelecimentos afiliados, as bandeiras (Visa, Mastercard, etc) e as
instituições financeiras.

As receitas das administradoras de Cartões de Crédito são:

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• Anuidade: cobrada ao portador por se associar ao sistema de cartões de crédito.
Atualmente há administradoras que não cobram esta tarifa conforme negociações com seus
clientes.
• Comissão: percentual pago pelo estabelecimento a administradora pela utilização por parte
do portador do cartão.
• Remuneração de Garantia e Taxa de Administração: cobradas quando o portador
efetua compras parceladas.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou a regulamentação de tarifas cobradas


no cartão de crédito com objetivo de facilitar a comparação de preços e a escolha do tipo de
cartão. Entre outras medidas, a regulamentação estabelece um novo percentual de pagamento
mínimo da fatura e a oferta de crédito com um conjunto básico de serviços.

A norma entrou em vigor em 1º de março de 2011. Será concedido prazo até 31 de maio
do mesmo ano para estruturação de serviços relacionados a cartão de crédito dentro da nova
regulamentação e mais 12 meses para adequação dos contratos de cartão de crédito firmados até
31 de maio de 2011.

1. Tipos de cartão
Apenas dois tipos de cartão de crédito poderão ser oferecidos: básicos e diferenciados.

O modelo básico deverá ser oferecido obrigatoriamente a pessoas físicas, e poderá ser usado
para pagamento de compras e parcelamento, mas não terá programas de vantagens, como
pontos para conversão em milhagens.

O modelo diferenciado estará atrelado a programas de benefícios oferecidos pelo banco, como
acúmulo de pontos para trocar por viagens, milhas de companhias aéreas e outros tipos de
prêmio. Atualmente, ao solicitar um cartão, o banco condiciona o crédito aos benefícios. A
anuidade do cartão básico deverá ser necessariamente menor que a do cartão diferenciado.

2. Tarifas
A partir de junho de 2011 - para novos cartões - e de junho de 2012 - para quem já tem
cartões de crédito, os bancos poderão cobrar apenas cinco tarifas: anuidade, emissão de segunda
via, uso para saque em dinheiro, uso na função crédito e pedido de urgência para análise de
aumento de limite.
Os bancos serão obrigados a manter em suas agências e nas páginas na internet uma
tabela com todas as tarifas cobradas, inclusive por outras instituições financeiras, para que o
cliente possa comparar. De acordo com Mendes, o BC chegou a identificar 80 tipos diferentes de
tarifas. "Não havia uniformidade, o que não permitia qualquer tipo de comparação. Um dos
principais objetivos é reduzir a um universo menor o número de tarifas e torná-las comparáveis",
declarou.

3. Faturas
A norma estabelece que os bancos serão obrigados a explicitar nas faturas mensais de cartão o
limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito; gastos
realizados, por evento, inclusive quando parcelados; a identificação das operações de crédito
contratadas e respectivos valores; os valores relativos aos encargos cobrados; o valor dos
encargos a ser cobrado no mês seguinte, caso o cliente opte pelo pagamento mínimo da fatura; e
o Custo Efetivo Total (CET), taxa percentual que inclui todos os custos pagos na contratação de
operações de crédito, para o próximo período.

4. Pagamento mínimo:

15% do saldo total a partir de 1º jun 2011

20% a partir de 1º dez 2011.

A regra visa contribuir para a redução do endividamento dos clientes, já que os juros altos incidem
sobre o saldo devedor.

5. Envio
O CMN impõe ainda a exigência de que o envio de cartões de crédito só aconteça mediante
expressa solicitação dos clientes.

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6. Extrato
Outra medida refere-se ao fornecimento de extrato anual de tarifas, que passa a englobar
também informações sobre juros e encargos de operações de crédito relativas ao ano anterior.
7. Cancelamento
As instituições financeiras serão obrigadas, ainda, a cancelar imediatamente um cartão de crédito
assim que o cliente solicitar.
O consumidor, no entanto, deverá continuar pagando as parcelas contratadas

Principais Credenciadoras no Brasil:

• Cielo (ex VisaNet) controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco

• Redecard: controlada pelo Itaú Unibanco teve em 2010 o pior rendimento dos últimos 15
anos em razão do fim dos contratos de exclusividade

SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

CNSP CNPC

CRSNSP CRPC
SUSEP PREVIC
SEGUROS PREVIDÊNCIA FECHADA
PREVIDÊNCIA ABERTA
CAPITALIZAÇÃO (FUNDOS DE PENSÃO)

MINISTÉRIO DA FAZENDA MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) antigo Conselho de Gestão da P.


Complementar é o órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros
privados.

Composição Atual do CNSP:


MINISTRO DA FAZENDA - Presidente
SUPERINTENDENTE DA SUSEP - Presidente Substituto
Representante do Ministério da Justiça
Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social
Representante do Banco Central do Brasil
Representante da Comissão de Valores Mobiliário

Atribuições do CNSP

1. Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados;

2. Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem


atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a
aplicação das penalidades previstas;

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3. Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro;

4. Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;

5. Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB;

6. Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização,


Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites
legais e técnicos das respectivas operações;

7. Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.

CRSNSP - Conselho de Recursos do Sistema Nacional de


Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de
Capitalização

É atribuição do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de


Previdência Privada Aberta e de Capitalização (CRSNSP) julgar, em última instância
administrativa, os recursos de decisões da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP,
nos casos especificados na legislação.

ESTRUTURA

O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de


Previdência Privada Aberta e de Capitalização - CRSNSP é constituído por seis Conselheiros,
titulares e suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos
especializados em assuntos relativos ao mercado securitário, de capitalização e de previdência
privada e de crédito imobiliário e poupança observada a seguinte composição:

• um representante do Ministério da Fazenda

• um representante da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP

• um representante da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça

• três representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados
em lista tríplice.

As entidades de classe que integram o CRSNSP são as seguintes: Federação


Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização - FENASEG, Federação
Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Capitalização - FENACOR e Associação
Nacional das Entidades Abertas de Previdência Privada - ANAPP.

Tanto os conselheiros titulares como os seus respectivos suplentes são


nomeados pelo Ministro de Estado da Fazenda, com mandato de dois anos, podendo ser
reconduzidos uma única vez.

O Conselho terá como Presidente o representante do Ministério da Fazenda e


como Vice-Presidente o representante da Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.

Fazem ainda parte do Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros


Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização - CRSNSP um procurador,
designado pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel
observância das leis, dos decretos, dos regulamentos e dos demais atos normativos.

A Secretaria-Executiva do Conselho é exercida pela SUSEP.

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Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)

A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro,


previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da
Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que também instituiu o
Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros
Privados - CNSP, o IRB Brasil Resseguros S.A. - IRB Brasil Re, as sociedades autorizadas a operar
em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores
habilitados. Com a edição da Medida Provisória nº 1940-17, de 06.01.2000, o CNSP teve sua
composição alterada.

Tem como missão atuar na regulação, supervisão, fiscalização e incentivo das atividades
de seguros, previdência complementar aberta e capitalização, de forma ágil, eficiente, ética e
transparente, protegendo os direitos dos consumidores e os interesses da sociedade em geral.

Atribuições da SUSEP

1. Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades


Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;

2. Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através


das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

3. Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

4. Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles


vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e
do Sistema Nacional de Capitalização;

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5. Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua expansão
e o funcionamento das entidades que neles operem;

6. Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;

7. Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os


efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

8. Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por


este forem delegadas;

9. Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP

A SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por


quatro Diretores. Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e
Procurador-Geral. Compete ao Colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vistas à
ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar
instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência.

A presidência do Colegiado cabe ao Superintendente que tem, ainda, como atribuições, promover
os atos de gestão da Autarquia e sua representação perante o Governo e à sociedade. Clique no
Organograma para visualização da composição.

CONSELHO NACIONAL DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é um órgão colegiado que integra


a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de
previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão).

O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes da


Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da
Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência
complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas
de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas
entidades.

Câmara de Recursos da Previdência Complementar CRPC

A CRPC, órgão colegiado, que aprecia e julga os recursos interpostos contra decisões da
Diretoria Colegiada da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc)
referentes a autos de infração e aos lançamentos tributários da Taxa de Fiscalização e Controle da
Previdência Complementar (Tafic).

A CRPC é composta por quatro servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício
no Ministério da Previdência Social, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
por um representante das entidades fechadas de previdência complementar, um dos
patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência
complementar e um dos participantes e assistidos de planos de benefícios dessas entidades.

O Decreto nº. 7.123, de 03 de março de 2010, traz as regras de funcionamento da Câmara de


Recursos, prevê norma para a designação, mandato de seus membros e atribuições, disciplina as
sessões ordinárias e extraordinárias e os procedimentos processuais referentes à apreciação dos
recursos administrativos.

Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC)

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A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia
vinculada ao Ministério da Previdência Social, responsável por fiscalizar as atividades das
entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como
entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência
complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado
pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência
Complementar

Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob


a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a quaisquer
pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei
Complementar 109, de 29 de maio de 2001.
As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda,
por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP).

• PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre


• VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre
• FAPI - Fundo de pensão e aposentadoria individual -não se transforma em renda vitalícia
• PCA - Prev Complementar aberta Individual rentabilidade garantida de IGPM +6%a.a

As entidades fechadas de previdência complementar (fundos De pensão) são organizadas


sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos
empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros
de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As
entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Monetário
Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos
recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de
2001.

Instituto de Resseguros do Brasil (IRB)

O Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) é Empresa resseguradora, constituída como


sociedade de economia mista com controle acionário da União, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Como o nome sugere, resseguro é o seguro do seguro. Quando uma companhia assume um
contrato de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou parte
dele, a uma resseguradora.

O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o risco,
preservar a estabilidade das companhias seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado.

O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939 pelo então presidente
Getúlio Vargas com objetivo bem delineado: fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador
nacional, através da criação do mercado ressegurador brasileiro. A medida pretendia ainda aumentar
a capacidade seguradora das sociedades nacionais, retendo maior volume de negócios em nossa
economia, ao mesmo tempo em que captaria mais poupança interna.

Hoje o IRB-Brasil Re é a maior resseguradora da América Latina. A empresa está em processo de


fortalecimento, sendo instrumentada com as mais modernas ferramentas de informação e gestão de
risco. O resultado desse esforço é um maior rigor e atualização técnica e científica das decisões das
áreas de negócios da instituição.

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• O capital social do IRB-Brasil RE é de R$ 1.350.000.000,00, representado por ações
escriturais, sendo

• 500.000 ordinárias nominativas e

• 500.000 preferenciais nominativas,

• Todas sem valor nominal.

Atenção: Com a Lei complementar 126/07, o Resseguro e a Retrocessão deixaram de


ser monopólio do IRB-Brasil com isto o mercado de Resseguros foi aberto permitindo a
instalação e funcionamento de outras companhias no setor.

Resseguradores - Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por
objeto exclusivo a realização de operações de resseguro e retrocessão. O Instituto de Resseguros do
Brasil (IRB) é empresa resseguradora vinculada ao Ministério da Fazenda.

Sociedades seguradoras - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas,


especializadas em pactuar contrato, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao contratante
(segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco indicado e
temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido.

Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas,


que negociam contratos (títulos de capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de
prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito
de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida
contratualmente; conferindo, ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em
dinheiro.

Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde - São instituições que atuam na


intermediação da venda de serviços de profissionais e empresas da área da saúde e o público
interessado
Seu papel é conceitualmente reduzir os custos para o público interessado e garantir fluxo de
pagamento para os prestadores de serviços. SÃO FISCALIZADAS PELA SUSEP

Corretoras de Seguros: são instituições ou pessoas físicas devidamente autorizadas pela Susep
para intermediar a venda de seguros mediante recebimento de comissão pela corretagem.
O corretor ou corretora não pode ter vínculo, nem dependência econômica com o segurado ou
com a sociedade seguradora, seus sócios ou diretores.

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SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO – SPB

SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

SPB
Sistema de Pagamentos Brasileiro
Base Legal: Lei 10.214 de 27/03/2001
Setor privado
assume os riscos Monitoramento (em
que eram do tempo real) do
BACEN, relativo à SPB saldo da conta de
compensação das reservas Bancárias
transações entre das Instituições
instituições

Sistemas que processam


ordens de transferências
eletrônicas de fundos, em
tempo real, entre agentes do
mercado financeiro
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SPB
SISTEMA DE PAGAMENTO BRASILEIRO
• Surgimento da TED como alternativa para a
transferência, com liquidação no mesmo
dia de valores iguais ou superiores a
R$5.000,00.
• Atualmente é R$ 3.000,00
• Cobrança de tarifa de 0,10% dos cheques
via compe para valores superiores a
R$5.000,00 – atualmente cobra só PJ
JORGE LUIS BRUGNERA

Até meados dos anos 90, as mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro –


SPB foram motivadas pela necessidade de se lidar com altas taxas de inflação e, por
isso, o progresso tecnológico então alcançado visou principalmente o aumento da
velocidade de processamento das transações financeiras. Na reforma conduzida pelo
Banco Central do Brasil em 2001 e 2002, o foco foi redirecionado para a
administração de riscos. Nessa linha, a entrada em funcionamento do Sistema de
Transferência de Reservas - STR, em 22 de abril daquele ano, marca o início de uma

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nova fase do SPB. Com esse sistema, operado pelo Banco Central do Brasil, o País
ingressou no grupo de países em que transferências de fundos interbancárias podem ser
liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Esse fato, por si
só, possibilita redução dos riscos de liquidação nas operações interbancárias, com
conseqüente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de um
banco provoque a quebra em cadeia de outros bancos, no chamado "efeito dominó".

Outra alteração importante ocorreu no regime de operação das contas de reservas


bancárias onde qualquer transferência de fundos entre contas da espécie passou a ser
condicionada à existência de saldo suficiente de recursos na conta do participante
emitente da correspondente ordem. Com isso houve significativa redução no risco de
crédito incorrido pelo Banco Central do Brasil.

A liquidação em tempo real, operação por operação, a partir de 22 de abril de


2002, passou a ser utilizada também nas operações com títulos públicos federais
cursadas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic, o que se tornou
possível com a interconexão entre esse sistema e o STR. A liquidação dessas operações
agora observa o chamado modelo 1 de entrega contra pagamento. (A liquidação final da
ponta financeira e da ponta do título ocorre ao longo do dia, de forma simultânea,
operação por operação, “Delivery Versus Payment in Securities Settlement Systems”.)

A reforma de 2002, entretanto, foi além da implantação do STR e da alteração


do modus operandi do Selic. Para redução do risco sistêmico, que era o objetivo maior
da reforma, foram igualmente importantes algumas alterações legais. Nesse sentido, a
Lei 10.214, de março de 2001, reconheceu a compensação multilateral nos sistemas de
compensação e de liquidação e estabeleceu que, em todo sistema de compensação
multilateral considerado sistemicamente importante, a correspondente entidade
operadora deve atuar como contraparte central e assegurar a liquidação de todas as
operações cursadas.

De um lado, a base legal relacionada com os sistemas de liquidação foi


fortalecida por intermédio da Lei 10.214, de 2001, que, entre outras disposições,
reconhece a compensação multilateral e possibilita a efetiva realização de garantias no
âmbito desses sistemas mesmo no caso de insolvência civil de participante, além de
obrigar as entidades operadoras de sistemas considerados sistemicamente importantes a
atuarem como contraparte central e, ressalvado o risco de emissor, assegurarem a
liquidação de todas as operações.

O STR é, por assim dizer, o centro de liquidação das operações interbancárias


em decorrência da conjugação dos seguintes fatos: primeiro, por disposição legal (Lei
4.595), todas as instituições bancárias (instituições que captam depósitos à vista) têm de
manter suas disponibilidades de recursos no Banco Central do Brasil; segundo, por
determinação regulamentar (Circular 3.057), os resultados líquidos apurados nos
sistemas de liquidação considerados sistemicamente importantes devem ter sua
liquidação final no Banco Central do Brasil, em contas de reservas bancárias; e
finalmente, também por disposição regulamentar (Circular 3.101), todas as
transferências de fundos entre contas de reservas bancárias têm de ser feitas por
intermédio do STR.

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Para o suave funcionamento do sistema de pagamentos no ambiente de
liquidação em tempo real , três aspectos são especialmente importantes:

1- O Banco Central do Brasil concede, aos participantes do STR, titulares de


conta de reservas bancárias, crédito intradia na forma de operações
compromissadas com títulos públicos federais, sem custos financeiros, isto é,
o preço da operação de volta é igual ao preço da operação de ida;
2- A verificação de cumprimento dos recolhimentos compulsórios é feita com
base em saldos de final do dia, valendo dizer que esses recursos podem ser
livremente utilizados ao longo do dia para fins de liquidação de obrigações;
3- por último, o Banco Central do Brasil, se e quando julgar necessário, pode
acionar rotina para otimizar o processo de liquidação das ordens de
transferência de fundos mantidas em filas de espera no âmbito do STR.

Na liquidação de operações com títulos e valores mobiliários, o SPB apresenta


certa segmentação. O Selic, conforme já mencionado, liquida operações com títulos
públicos federais em tempo real. A Câmara de Ativos da BM&F também liquida
operações com esses títulos, segundo sistemática diferenciada. A Companhia Brasileira
de Liquidação e Custódia - CBLC liquida principalmente operações com ações
realizadas na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa e na Sociedade Operadora do
Mercado de Ativos - Soma. Os títulos de dívida corporativa são liquidados
principalmente por intermédio da Câmara de Custódia e Liquidação - Cetip. A BM&F,
além da Câmara de Ativos e da Câmara de Câmbio, opera sistema de liquidação de
operações com derivativos (Câmara de Derivativos). Quase todos os títulos são
desmaterializados, existindo apenas sob a forma de registros eletrônicos. Os sistemas de
negociação, de compensação e de liquidação são altamente automatizados e STP
(straight-through processing) é amplamente utilizado.

O Banco Central do Brasil tem procurado atuar de forma mais intensiva também
no sentido de promover o desenvolvimento dos sistemas de pagamentos de varejo,
visando, sobretudo, ganhos de eficiência relacionados, por exemplo, com o maior uso
de instrumentos eletrônicos de pagamento, com a melhor utilização das redes de
máquinas de atendimento automático (ATM) e de transferências de crédito a partir do
ponto de venda (PDV), bem como com a maior integração entre os pertinentes sistemas
de compensação e de liquidação.

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Rede do Sistema Financeiro Nacional - RSFN

A RSFN é a estrutura de comunicação de dados, implementada por meio de


tecnologia de rede, criada com a finalidade de suportar o tráfego de mensagens entre as
instituições titulares de conta de reservas bancárias ou de conta de liquidação no Banco
Central do Brasil, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de
liquidação, a Secretaria do Tesouro Nacional - STN e o Banco Central do Brasil, no
âmbito do SPB. Essa plataforma tecnológica é utilizada principalmente para acesso ao
STR e ao Sitraf.

Sob o ponto de vista operacional, a RSFN é formada por duas redes de


telecomunicação independentes. Cada participante, obrigatoriamente, é usuário das duas
redes, podendo sempre utilizar uma delas no caso de falha da outra. A rede utiliza XML
(Extensible Markup Language) no formato padrão de mensagem, sendo que seu
funcionamento é regulado por manuais próprios, nomeadamente o manual técnico, que
trata das informações técnicas e operacionais para conexão à rede, o manual de
segurança, que estabelece os requisitos de segurança para o tráfego de informações, e o
catálogo de mensagens e de arquivos do Sistema de Pagamentos Brasileiro.

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Para acompanhar o funcionamento da rede e promover seu contínuo
desenvolvimento, foram constituídos três grupos técnicos (rede, mensagens e
segurança), que contam com a participação de representantes das instituições e
entidades autorizadas a operar na rede. A coordenação de cada um dos grupos é
privativa do Banco Central do Brasil.

COMPENSAÇÃO DE CHEQUES E OUTROS PAPÉIS- COMPE

A Compe liquida as obrigações interbancárias relacionadas com cheques de valor


inferior ao VLB-Cheque (R$ 250 mil). Cobrindo todo o território nacional, adota a
truncagem de cheques na compensação, efetuada por intermédio da troca da imagem
digitalizada e dos outros registros eletrônicos do cheque.

Participam obrigatoriamente da Compe instituições titulares de conta Reservas


Bancárias ou de Conta de Liquidação nas quais sejam mantidas contas de depósito
movimentáveis por cheque e, facultativamente, as demais instituições financeiras não-
bancárias titulares de Conta de Liquidação.

O Banco do Brasil S.A., executante da Compe, fornece o apoio necessário ao seu


funcionamento, seja para a troca da imagem digital, seja para a compensação eletrônica
de todas as obrigações, que inclui os centros de processamento principal e secundário.

No próprio dia do acolhimento (D), os participantes transmitem para o centro de


processamento principal e, simultaneamente, para o centro de processamento secundário
os arquivos eletrônicos de dados e de imagens contemplando os cheques com valor
acima do chamado valor-limite (R$ 299,99, atualmente). Os cheques com valor até o
valor-limite têm seus arquivos transmitidos para os centros de processamento na manhã
do dia seguinte (D+1).

SILOC

O Siloc, operado pela CIP, liquida obrigações interbancárias relacionadas com


Documentos de Crédito (DOC), Transferências Especiais de Crédito- TEC
(Instrumento por intermédio do qual o emitente, pessoa física ou jurídica, ordena a uma
instituição financeira que ela faça um conjunto de transferências de fundos para
destinatários diversos, clientes de outras instituições, cada uma das transferências
limitada ao valor de R$ 4.999,99.) e bloquetos de cobrança de valor inferior ao VLB-
Cobrança (R$ 5 mil). A liquidação é feita, com compensação multilateral de obrigações,
no mesmo dia, no caso da TEC, ou em D+1, no caso do DOC e do bloqueto de
cobrança, sempre via contas mantidas no Banco Central do Brasil.

SITRAF
O Sitraf, que também é operado pela CIP, utiliza compensação contínua de
obrigações (continuous net settlement). As ordens de transferência de fundos são emitidas
para liquidação no mesmo dia (D), por assim dizer, "quase em tempo real". É um sistema
híbrido de liquidação no sentido de que reúne características dos sistemas de liquidação
diferida com compensação de obrigações (LDL) e dos sistemas de liquidação bruta em tempo
real (LBTR
A liquidação é efetuada com base em recursos mantidos pelos participantes no Banco
Central do Brasil, seja no que diz respeito aos pré-depósitos efetuados no início de cada dia e

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às suas eventuais complementações, seja no que diz respeito às transferências de fundos
efetuadas para atendimento das ordens de transferência de fundos no denominado ciclo
complementar.

TEC BAN

No sistema de compensação e de liquidação operado pela Tecnologia Bancária S.A. -


TecBan, que entrou em funcionamento em 22.04.2002, são processadas transferências de
fundos interbancárias relacionadas principalmente com pagamentos realizados com cartões
de débito nos estabelecimentos comerciais credenciados para aceitação de cartões com a
bandeira Cheque Eletrônico e com saques em redes de atendimento automático de uso
compartilhado, principalmente na denominada Banco24Horas.
O sistema utiliza compensação multilateral de obrigações, com a liquidação final dos
resultados apurados sendo feita, por intermédio do Sistema de Transferência de Reservas -
STR, em contas mantidas pelos participantes no Banco Central do Brasil. De vez que esse
sistema de liquidação, na forma da regulamentação em vigor, não é considerado
sistemicamente importante, a liquidação em contas mantidas no Banco Central do Brasil
decorre de opção da entidade operadora.

BM&FBOVESPA – Câmara de Derivativos

Na BM&FBOVESPA são negociados contratos à vista, a termo, de futuros, de opções e


de swaps. Os principais contratos são referenciados a taxas de juros, taxas de câmbio,
índices de preços e índices do mercado acionário. As obrigações financeiras
relacionadas com esses contratos são liquidadas por intermédio da Câmara de
Derivativos, operada pela própria BM&FBOVESPA. Nessa câmara, a liquidação é feita
com compensação multilateral em D+1, por intermédio do STR, em contas de reservas
bancárias, e a BM&FBOVESPA atua como contraparte central.

BM&FBOVESPA – Câmara de Ativos

A Câmara de Ativos da BM&FBOVESPA, para liquidação de operações com


títulos públicos federais. Além das operações contratadas no âmbito do Sisbex, que é
uma plataforma eletrônica de negociação operada pela própria BM&FBOVESPA, a
Câmara de Ativos pode liquidar também operações do mercado de balcão tradicional,
geralmente contratadas por telefone. Em todos os casos, a liquidação é feita com
compensação multilateral e a entidade atua como contraparte central. É observado o
modelo 3 de entrega contra pagamento, sendo que a liquidação dos resultados líquidos é
efetuada por intermédio do STR e do Selic, respectivamente no que diz respeito à
movimentação financeira e à movimentação dos títulos.

BM&FBOVESPA - Câmara de Câmbio

A Câmara de Câmbio liquida operações interbancárias de câmbio realizadas no


mercado de balcão da BM&FBOVESPA. No ambiente da Câmara de Câmbio, são
atualmente aceitas apenas operações que envolvem o dólar americano e a liquidação é
geralmente feita em D+2. As obrigações correspondentes são compensadas
multilateralmente e a BM&FBOVESPA atua como contraparte central. O sistema
observa o princípio do "pagamento contra pagamento" (a entrega da moeda nacional e a
entrega da moeda estrangeira são mutuamente condicionadas), sendo que, para isso, a

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BM&FBOVESPA monitora e coordena o processo de liquidação nas pontas em moeda
nacional e em moeda estrangeira.

Em cada ciclo de liquidação, as posições compensadas são liquidadas:


· em moeda nacional, nas contas de reservas bancárias mantidas pelos participantes no
Banco Central do Brasil;
· em dólar americano, em contas mantidas pelos participantes junto a bancos
correspondentes em Nova Iorque.

Para limitar sua exposição aos riscos de liquidação, a câmara estabelece limites
operacionais para os participantes, bem como exige garantias, principalmente na forma
de títulos públicos federais, para cobrir a volatilidade da taxa de câmbio. Os ativos
dados em garantia pelos participantes são marcados a mercado diariamente.

A entidade conta com linhas de crédito em moeda nacional e em moeda estrangeira, as


quais lhe dão condições de concluir tempestivamente o ciclo de liquidação mesmo no
caso de inadimplência de participante. Também para reduzir sua exposição a riscos, a
câmara selecionou bancos correspondentes no exterior com baixo risco de crédito,
diversificando suas movimentações entre eles.

Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC

O sistema CBLC liquida principalmente operações realizadas no âmbito da


BM&FBOVESPA e da Soma. No caso da BM&FBOVESPA, trata-se de transações
com títulos de renda variável (mercados à vista e de derivativos - opções, termo e
futuro) e, também, com títulos privados de renda fixa (operações definitivas no mercado
à vista). No caso da Soma, que é um mercado de balcão organizado pertencente à
BM&FBOVESPA, são realizadas operações com títulos de renda variável (mercados à
vista e de opções) e com títulos de renda fixa.

A BM&FBOVESPA, via sistema CBLC, atua também como depositária central


de ações e de títulos de dívida corporativa, além de operar programa de empréstimo
sobre esses títulos. Como instituição depositária, ela mantém contas individualizadas, o
que permite a identificação do investidor final das operações realizadas.

Normalmente, a liquidação é feita com compensação multilateral de obrigações,


sendo que, em situações específicas previstas no regulamento do sistema, pode ser feita
em tempo real, operação por operação. No caso de compensação multilateral de
obrigações, a BM&FBOVESPA atua como contraparte central e assegura a liquidação
das operações entre os agentes de compensação. A liquidação financeira final é feita
sempre por intermédio do STR, em contas de reservas bancárias.

PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS

CONTAS DE DEPÓSITOS

TIPOS DE CONTA

Você pode ter conta de depósito à vista, de depósito a prazo e de poupança.

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A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta bancária e sendo a principal
atividade dos Bancos Comerciais. Este tipo de conta somente poderá ser aberta em Instituições
Financeiras Monetárias (Banco Comercial, Caixa Econômica Federal, Banco Cooperativo,
Cooperativas de Crédito, e Bancos Múltiplos com Carteira Comercial).

Na conta de depósito à vista o dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser
sacado a qualquer momento salvo os depósitos em cheques que somente ficam a disposição após
a compensação que tem prazos conforme valor do cheque e praça de apresentação. É uma
captação de recursos para o banco a custo zero.

Normalmente os bancos exigem saldo médio ou cobrança de tarifas para movimentação


destas contas.

Atualmente está em vigor a Resolução 3518 que disciplina a cobrança de tarifas pelas
Instituições Financeiras e existindo 10 Serviços Essenciais que são isentos de cobrança e os
Serviços Prioritários com nomenclatura definida pelo BACEN para que os clientes possam
comparar as tarifas cobradas entre os Bancos. Foram criadas a Cestas de Serviços onde o cliente
optará por aquela que melhor atende suas necessidades. No site do BACEN estão disponíveis para
consulta as tarifas, taxas de juros e demais serviços cobrados pelos Bancos.
Os saldo em conta corrente tem a garantia do FGC até o limite de R$ 70.000,00

Conta de Depósito a Prazo

A conta de depósito a prazo é o tipo de conta onde o seu dinheiro só pode ser sacado
depois de um prazo fixado por ocasião do depósito. Depósitos a prazo são os CDB e RDB que são
títulos privados de renda fixa para captação de recursos de Pessoas Físicas ou Jurídicas por
parte dos bancos.
O CDB é um título de crédito, físico ou escritural e o RDB é um recibo.
Os CDB podem ser emitidos por bancos comerciais, bancos de investimento ou bancos
múltiplos com carteira comercial ou de investimento.

Os CDB e RDB pagam rentabilidade pré-fixada ou pós-fixada e tem prazos mínimos


conforme os indexadores de remuneração:

• Um dia (ou sem prazo mínimo) para CDB pré-ficados ou taxa flutuante indexada ao CDI
ou Selic. Normalmente os bancos não oferecem estes CDBs com prazo menores de 30 dias
pois há incidência de IOF para resgates anteriores aos 30 dias, prejudicando a
rentabilidade.

• Um mês se forem indexados a TR ou TJLP

• Dois meses se forem indexados a TBF

• Um ano se forem indexados a índices de preços ( IGPM – IPCA)

Os CDBs não podem ser atrelados à Variação Cambial, somente realizando um contrato de Swap

Os CDB podem ser resgatados ou transferidos antecipadamente, já os RDBs não tem esta
facilidade.

Diferenças entre CDB e RDB

CDB RDB

Transferíveis através de endosso Intransferíveis

Podem ser resgatados antecipadamente desde que


Rescisão somente em caráter eventual, mas com
cumprida a carência, caso houver. perda dos rendimentos.

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A conta de poupança foi criada para estimular a economia popular e permite a aplicação
de pequenos valores que passam a gerar rendimentos mensalmente. É a aplicação mais popular
que não gerava tarifas de manutenção. Atualmente há cobrança de tarifas após um determinado
número de saques via terminais, caixas e correspondentes bancários.
Possui total liquidez pois permitem saques sem prazos para depósitos mas perdem
rentabilidade se não completarem o mês de aplicação.
Ao efetuar o depósito entre os dias 01 e 28 já haverá crédito dos juros ( TR + 0,5%) no
respectivo dia do mês subseqüente (mesmo sendo em cheque) para contas tituladas por
pessoa física ou Pessoas Jurídicas imunes ou sem fins lucrativos. Para depósitos efetuados nos
dias 29, 30 e 31 o período aquisitivo de juros se inicia no dia 01 subsequente.

Para empresas não imunes ou com fins lucrativos a rentabilidade é trimestral ( TR+ 1,5%)
e há incidência de Imposto de Renda a alíquota de 22,5% sobre o rendimento.

Há uma previsão de tributação para aplicações superiores a R$ 50.000,00 também para


Pessoa Física a partir de 2010 mas não foi implementada continuando Isenta de Importo de
Renda para P. Física.

A conta-salário é um tipo especial de conta destinada ao pagamento de salários,


proventos, soldos, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A conta-salário não admite
outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora e não é movimentável por
cheques. O instrumento contratual é firmado entre a instituição financeira e a entidade pagadora.
A conta-salário não está sujeita aos regulamentos aplicáveis às demais contas de depósitos.

As contas podem ser do tipo individual onde haverá somente um titular que movimentará
esta conta.

Se for conjunta poderá ser conjunta solidária (conhecidas como “e/ou”) onde
qualquer um dos dois ou mais titulares poderá movimentar isoladamente a conta. Se for
conjunta não solidária (conhecidas como “e”) para efetuar retiradas ou transferência haverá
a necessidade da assinatura de todos os titulares da conta. Para as contas não solidárias não
há emissão de cartão magnético.

Documentos necessários para abrir uma conta de depósitos

Dispor da quantia mínima exigida pelo banco, preencher a ficha-proposta de abertura de conta,
que é o contrato firmado entre banco e cliente, e apresentar os originais dos seguintes
documentos:

Pessoa física:
Documento de identificação (carteira de identidade ou equivalente, como carteira profissional,
carteira de trabalho ou certificado de reservista);
Inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF); e
Comprovante de residência.

Embora somente os documentos acima seja exigidos pelo Banco Central para abertura de conta,
normalmente os Bancos solicitam comprovantes de Renda para abertura de conta corrente pois já
preenchem o Cadastro e oferecem produtos financeiros como Cheques Especiais, CDC e demais
linhas de crédito.

Pessoa jurídica:

Documento de constituição da empresa (contrato social e registro na junta comercial);

Documentos que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a


movimentar a conta;

Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

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O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai ou responsável legal.

O maior de 16 e menor de 18 anos (não-emancipado) deve ser assistido pelo pai ou pelo
responsável legal.

Conta em moeda estrangeira

As contas em moeda estrangeira no País podem ser abertas por estrangeiros transitoriamente no
Brasil e por brasileiros residentes ou domiciliados no exterior. Além dessas situações, existem
outras especificamente tratadas na regulamentação cambial.

LETRA DE CÂMBIO

Letra de Câmbio é o instrumento utilizado pelas Financeiras para captar recursos no


mercado e emprestar a seus clientes.

As Letras de Câmbio devem ser lastreadas, obrigatoriamente, em uma operação de


financiamento para compra de bens e serviços.

A rentabilidade também pode ser pré-fixada ou pós-fixada, mas não pode ser indexada
a variação cambial.

Também estão cobertas pelo FGC até o limite atual de R$ 70.000,00.

LETRAS HIPOTECÁRIAS (LH)

São emitidas por Instituições Financeiras autorizadas a conceder créditos Hipotecários –


Sociedades de Crédito Imobiliário - SCI, Bancos Múltiplos com Carteira de Crédito Imobiliário,
e Caixa Econômica Federal.

O Prazo mínimo é de 180 dias e o prazo máximo não poderá ser superior ao prazo dos
contratos de crédito hipotecário que lhe servem como lastro.

Juros prefixados, flutuantes e pós em TR, TJLP ou TBF

Garantia: Caução de créditos hipotecários que a instituição financeira tem contratados e


garantidos pelo FGC até o limite de R$ 70.000,00

Tributação de Imposto de Renda: A vantagem de aplicar em LH para Pessoa Física é a


isenção de Imposto de Renda.

COBRANÇA BANCÁRIA

A Cobrança Bancária é um conjunto de serviços oferecidos às empresas, para recebimento


de valores referentes às vendas de seus produtos e serviços, por meio de Bloqueto de Cobrança,
pagos em todo a Rede Bancária até o vencimento, unidades lotéricas, correspondentes bancários,
canais de auto-atendimento. Bloquetos vencidos somente poderão ser pagos no Banco que emitiu
o documento.

É um serviços indispensável para qualquer banco comercial pois por meio dela o Banco
leva para dentro de sua Instituição Financeira todo o fluxo de caixa da empresa. Com este serviço
o banco tem receitas de Tarifas, aumenta o volume de depósitos em conta corrente, fortalece o
relacionamento com o cliente e reduz riscos de inadimplência.

Para o cliente do Banco há as vantagens de poder utilizar a capilaridade das agências


bancárias e correspondentes, garantia do recebimento em conta da cobrança e melhores controles
do fluxo da caixa pois há sistemas eletrônicos de cobrança fornecidos pelos Bancos e sistemas
próprias interligados ao Sistema de Cobrança dos Bancos.

Termos utilizados na Cobrança Bancária:

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Cedente: É a empresa que emitente do título que cede ao Banco para Cobrança.
Sacado: é a pessoa física ou jurídica para a qual foi emitido um título de cobrança. É aquele que
deve pagar o título.
Cobrança Registrada: É a Cobrança em que o título é registrado nos sistemas do Banco,
tornando viável o tratamento de todo o processo de cobrança pela Instituição Financeira, desde a
geração de bloquetos até a liquidação ou baixa do título, incluindo os serviços de protesto de
títulos vencidos e não pagos.

Cobrança sem Registro: É a Cobrança em que não há o registro do título nos sistemas do
Banco, não sendo admitida instrução de devolução ou de envio de título ao Cartório para
protesto

É um novo serviço que possibilitará ao sacado consultar e pagar eletronicamente, por


meio do Banco em que possui Conta Corrente, Poupança ou Conta Salário, todos os títulos
de cobrança registrada emitidos contra ele, sejam eles do próprio Banco ou de qualquer
outro.

Este sistema teve como principal motivador a Segurança e conservação do Meio


Ambiente pois os boletos não são mais impressos e enviados pelo correio ao sacado. A
economia anual projetada é de 374.400 árvores, 1 bilhão de litros de água e 46 milhões de
KW/hora de energia

“Cobrança registrada” é aquela em que o Credor envia os dados da cobrança para o


Banco Cedente. Somente com esse registro é possível ter os benefícios do DDA.

O DDA é diferente de Débito Automático. No DDA, o cliente consulta seus boletos


registrados e deve efetuar o pagamento. “Claro que existem aqueles boletos que por alguma
razão o cliente não quer efetuar o pagamento. Neste caso, existe a opção de não
reconhecimento da dívida, mais ou menos como acontece hoje quando simplesmente
descartamos algum boleto indevido. Vale lembrar que as regras de cobrança permanecem
inalteradas e que a responsabilidade de pagamento é do sacado, e o não pagamento
continua sujeito a protesto”.

TRANSFERÊNCIA AUTOMÁTICA DE FUNDOS

É um serviço prestado ao cliente que necessite ter uma ou mais contas em uma ou mais
agências do banco.

O cliente informa previamente ao banco em que contas deseja manter este ou


aquele saldo e assina uma autorização para isto. O Banco automaticamente realiza as
transferências para o cliente.

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O Cliente, por exemplo, pode deixar autorizado ao Banco que efetue mensalmente uma
transferência de R$ 500,00 para uma conta de Poupança, ou para pagamento de Pensão
Alimentícia, etc...

ARRECADAÇÃO DE TRIBUTOS E TARIFAS PÚBLICAS

É uma prestação de serviços que os bancos realizam mediante assinatura de convênios


com órgãos públicos para arrecadação de Impostos, Tarifas, Taxas, IPTU, Tributos Federais,
Estaduais, etc.

Os bancos estão criando mecanismos para redução de filas em razão do volume de


prestação de serviços tais como:

Débitos automáticos

Correspondentes bancários (lotéricas, correios, comerciantes, etc)

Terminais de autoatendimento

Internet Banking

As vantagens para os bancos são aumento dos saldos médios em conta corrente,
aplicações, receitas de prestação de serviços, fidelização dos clientes, etc.

Para as Instituições Públicas e Empresas que contratam os serviços há a


segurança e tranqüilidade com ausência de manuseio de valores, certeza no rigor e cumprimento
das cláusulas contratuais e redução dos custos administrativos.

E para o cliente/contribuinte há a comodidade de pagar o tributo em um Banco e não


ter que procurar cada órgão público para efetuar a quitação de cada taxa, tributo, etc. Há também
a possibilidade de financiamento para certos tributos e a segurança dos serviços executados.

CHEQUE

Características do cheque

O que é o cheque?
O cheque é uma ordem de pagamento a vista, devendo ser pago no momento de sua
apresentação ao banco sacado, descontando-se o valor do seu saldo em depósito.

Qual a natureza jurídica do cheque?

O cheque é, ao mesmo tempo, ordem de pagamento à vista (para o banco onde o dinheiro
está depositado) e título de crédito (para o beneficiário que o recebe). Nele estão presentes
dois tipos de relação jurídica:

• uma entre você e o banco (baseada na conta bancária); e


• outra entre você e o beneficiário, pela qual o cheque se torna um documento capaz
de gerar protesto ou execução em juízo.

Quais as pessoas presentes no cheque?

No cheque estão presentes 3 (três) pessoas. São elas:

• o emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque;


• o beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e
• o sacado, que é o banco em que está depositado o dinheiro do emitente.

Como o meu cheque pode ser emitido?


O cheque pode ser emitido de 3 (três) formas. São elas:

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• nominal (ou nominativo) à ordem, que é aquele que só pode ser apresentado ao
banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por endosso do
beneficiário;
• nominal não à ordem, que é aquele que não pode ser transferido pelo beneficiário; e
• ao portador, que é aquele que não nomeia um beneficiário, e o cheque é pagável a
quem o apresente ao banco sacado.

Para tornar um cheque não à ordem, basta o emitente escrever, após o nome do
beneficiário, a expressão “não à ordem”, ou “não-transferível”, ou “proibido o endosso” ou
outra equivalente.

O cheque ao portador não pode ter valor superior a R$ 100,00.

As pessoas, lojas, empresas etc. estão obrigadas a receber meus cheques?

Não. Apenas as cédulas e as moedas do Real têm curso forçado. Pagamentos em cheque
estabelecem uma relação de confiança entre você (emitente) e quem recebe (beneficiário)
que não pode ser forçada.

Qual a diferença entre cheque comum e o cheque especial?

Não existe, do ponto de vista legal, nenhuma diferença, pois todo cheque é igualmente uma
ordem de pagamento à vista e um título de crédito. O chamado cheque especial é um
produto que decorre de uma relação contratual onde é fornecida a você uma linha de crédito
para cobrir cheques que ultrapassem o dinheiro que tiver depositado. O banco cobra juros
por esse empréstimo.

Um cheque apresentado antes do dia nele indicado (pré-datado) pode ser pago
pelo banco?
Sim. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, válida para o dia de sua apresentação ao
banco. mesmo que nele esteja indicada uma data futura. Se houver fundos, o cheque pré-
datado é pago; se não houver, é devolvido pelo motivo 11 ou 12.

O cliente, bem como o portador do cheque, é obrigado a comunicar ao banco com


antecedência a quantia que irá sacar?

Apenas para saque em espécie de valores superiores a cinco mil reais, é prudente que o
cliente comunique ao banco com antecedência, pois, caso não seja comunicado, é permitido
ao banco postergar a operação para o expediente seguinte.

Quando o banco recusar o pagamento de um cheque meu, deve carimbá-lo com o


motivo da devolução?
Sim . Ao recusar o pagamento, o banco deve registrar, no verso do seu cheque, o código do
motivo da devolução, a data e a assinatura de funcionário autorizado.

O banco é obrigado a me comunicar a devolução de cheques sem fundos?


Somente nos motivos 12, 13 e 14, que implicam inclusão do seu nome no CCF (Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos).

Revogação e sustação de cheque

Posso impedir o pagamento de um cheque meu?


Sim. Existem duas formas para tal e são elas:

• oposição ao pagamento ou sustação, que pode ser determinada pelo emitente ou


pelo beneficiário, e suspende de imediato o pagamento do cheque;

• contra-ordem ou revogação, que só vigora após o término do prazo de apresentação,


só vale para cheques preenchidos e só pode ser determinada por você, emitente do
cheque. Revoga em definitivo o cheque.

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Os bancos podem impedir ou limitar o meu direito de sustar o pagamento de um
cheque?
Não. Porém as instituições bancárias podem cobrar tarifa pela sustação, desde que
expressamente prevista na ficha-proposta.

O banco é obrigado a informar ao portador do cheque a razão pela qual eu


(emitente) determinei a sustação?
No caso de cheque devolvido por sustação, cabe ao banco sacado informar o motivo alegado
pelo oponente, sempre que solicitado pelo favorecido nominalmente indicado no cheque, ou
pelo portador, quando se tratar de cheque cujo valor dispense a indicação do favorecido.

O banco é obrigado a fornecer, ao portador de cheque devolvido, as informações


que permitam me identificar e me localizar?

Somente quando o seu cheque for devolvido por um dos seguintes motivos: 11 a 14, 21, 22
e 31 e o portador estiver devidamente qualificado. Nos demais casos, o banco fica impedido
de fornecer qualquer informação.

Cheques devolvidos pelos motivos 26, 27, 37, 38, 39, 41, 42 e 64 não podem ser devolvidos
ao cliente depositante.

No caso de talão de cheque furtado ou roubado, o banco pode fornecer ao portador


de cheque devolvido as informações que permitam me identificar e me localizar?
Se você apresentou, no ato de sustação, o registro da ocorrência policial (motivo 28), o
banco fica proibido de fornecer qualquer informação.

Quando a sustação é dada por roubo ou furto (motivo 28), sou obrigado a pagar a
taxa e a tarifa cobradas?
Você fica liberado do pagamento de taxas e, no caso de inclusão no CCF, da tarifa pelo
serviço de exclusão do seu nome no cadastro.

Em caso de perda ou roubo, o beneficiário do cheque pode pedir ao banco a


oposição ao seu pagamento?
Sim.
Motivo 20 – cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio de folhas de
cheque em branco, mediante apresentação de boletim de ocorrência policial e declaração
firmada pelo correntista relativo ao roubo, furto ou extravio das folhas de cheque em branco.
Motivo 21 – cheque sustado ou revogado mediante declaração firmada pelo emitente ou
portador legitimado por qualquer motivo por ele alegado
Motivo 28 – cheque sustado ou revogado em virtude de roubo, furto ou extravio de cheque
efetivamente emitido pelo correntista mediante apresentação de ocorrência policial e
declaração firmada pelo emitente ou beneficiário
Motivo 70 – sustação ou revogação provisória enquanto não forem confirmadas e
apresentadas as ocorrências policiais pelo emitente ou beneficiário

Um cheque devolvido pelo motivo 11 (insuficiência de fundos na primeira


apresentação) pode ser sustado por mim antes da segunda apresentação?
Sim.

Quais as conseqüências a que estou sujeito se emitir cheque sem fundos ou sustar
indevidamente o seu pagamento?
Dependendo do motivo de devolução do cheque, seu nome será incluído no Cadastro de
Emitentes de Cheques sem Fundos e nos cadastros de devedores mantidos pelas instituições
financeiras e entidades comerciais. Além disso, o beneficiário do seu cheque poderá
protestá-lo e executá-lo. Finalmente, a emissão deliberada de cheque sem provisão de
fundos é considerada crime de estelionato.

Preenchimento do cheque

Qual o procedimento do banco quando o meu cheque apresentar o valor numérico


diferente do valor por extenso?
O banco considera apenas o valor escrito por extenso.

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O meu cheque pode ser preenchido com tinta de qualquer cor?
Sim, porém os cheques preenchidos com outra tinta que não azul ou preta podem, no
processo de microfilmagem, ficar ilegíveis.

Prazo de validade do cheque

Quais os prazos para pagamento de meus cheques?


Existem dois prazos que afetam o cheque:

• prazo de apresentação, que é de 30 dias, a contar da data de emissão, para os


cheques emitidos na mesma praça do banco sacado; e de 60 dias para os cheques
emitidos em outra praça; e
• prazo de prescrição, que é de 6 meses decorridos a partir do término do prazo de
apresentação.

O que acontece quando o meu cheque é apresentado após o prazo de


apresentação?
O cheque é pago se houver fundos na sua conta. Se não houver, o cheque é devolvido pelo
motivo 11, (ou 12, se se tratar da segunda apresentação, tendo o seu nome incluído no
CCF).

O que acontece quando o meu cheque é apresentado além do prazo de prescrição?


O cheque é devolvido pelo motivo 44, não podendo ser pago pelo banco mesmo que tenha
fundos na sua conta.

Cheque cruzado

Quando o cheque for cruzado, o favorecido pode sacar diretamente no caixa?


Não. O cheque cruzado tem que ser depositado em conta bancária.

O cruzamento de um cheque pode ser anulado?


O cruzamento pode ser geral, quando não indica o nome do banco, ou especial, quando o
nome do banco aparece entre os traços de cruzamento. O banco sacado não considera
nenhuma tentativa de inutilizar o cruzamento ou alterar o nome do banco indicado para
efetuar o saque do referido cheque.

Talão de cheques

Quem é responsável pelo talão de cheques?


Enquanto o talão estiver em poder do banco, ele é o responsável pelo que aconteça com o
mesmo. A partir do momento em que você recebe o talão, é você que tem a
responsabilidade exclusiva sobre sua guarda e controle da emissão dos cheques.
Também se você anota no canhoto do cheque para quem ele foi destinado previne
transtornos futuros, caso estes cheques sejam devolvidos (não pagos) pelo banco, e você
necessite recuperá-los para “limpar” seu nome no CCF.

O banco é obrigado a me fornecer talão de cheques?


O banco é obrigado a fornecer, a critério do cliente, talão de cheques ou cartão magnético
para movimentação da conta. Se sua opção for talão de cheques, o banco deverá fornecer a
você um talão (ou talonário) de cheques por mês, gratuitamente, desde que você não tenha
o nome incluído no CCF e atenda às condições estipuladas na ficha-proposta de abertura da
conta.

O banco pode me exigir saldo médio mínimo para fornecer o primeiro talão de
cheques em cada mês?
Não.

Qual a idade mínima para eu receber talão de cheques?

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A partir de 16 anos de idade, desde que autorizado pelo responsável que o assistir.

HOME BANKING/ OFFICE BANKING


INTERNET BANKING

Os termos Home Banking ou Office Banking estão relacionados a qualquer ligação entre o
Banco e o Cliente via computador, telefone, fax.

Através do home banking o cliente poderá realizar consultas de saldos, extratos de suas
contas corrente, poupança ou aplicações. Pode também efetuar pagamentos, solicitar
empréstimos, transferências de valores e demais serviços.

Os acessos podem ser realizados via:

URA – Unidade de Resposta Audível


CAC - Central de Atendimento ao Cliente
Via Internet = Internet Banking.

Cuidado na hora das respostas para não pensar que os serviços de Home Banking, Office
Banking sejam somente via internet.

REMOTE BANKING

Remote Banking é um conceito mais amplo que Home e Office Banking pois todos os
negócios realizados entre cliente banco fora das suas Agências se caracterizam em um serviço do
tipo “Remote Banking”

Serviços que são realizados via Remote Banking:

• Saque de dinheiro via terminais 24 horas.


• Saque e depósito via Terminais de Autoatendimento
• Móbile Banking
• Entrega de talões de cheque e cartões de débito/crédito ou múltiplos a domicílio
• Débitos automáticos em conta de tarifas e serviços públicos
• Pagamento de títulos diretamente nos terminais
• Home/ Office banking

DINHEIRO DE PLÁSTICO
Cada dia mais, são utilizados cartões de débito para facilitar o dia a dia e proporcionar
maior segurança tanto para o cliente pessoa física quanto para as empresas que se utilizam desta
facilidade.

Os cartões magnéticos podem ser utilizados para pagar pequenas despesas, um cafezinho,
por exemplo, e para pagamentos maiores dentro das limitações de segurança de cada banco.

Podem ser utilizados nas agências bancárias, nos terminais de autoatendimento e nos
estabelecimentos comerciais que possuem terminais POS.

A aceitação de cartões magnéticos bem como de cheques não são de curso forçado, isto é,
os estabelecimentos comerciais têm a prerrogativa de não aceitá-los se assim acharem
conveniente.

CARTÕES DE CRÉDITO

Cartão de Crédito é um serviço de intermediação que permite ao consumidor adquirir


bens e serviços em estabelecimentos comerciais previamente credenciados mediante a
comprovação de sua condição de usuário.

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Essa comprovação é geralmente realizada, no ato da aquisição, com a apresentação de
cartão ao estabelecimento comercial. O cartão é emitido pelo prestador do serviço de
intermediação, chamado genericamente de administradora de cartão de crédito.

A relação entre o consumidor e o fornecedor não se altera pela forma de pagamento,


sendo mantida a característica de um contrato, escrito ou não, de compra e venda ou de
prestação de serviços.

O Banco Central não autoriza ou fiscaliza o funcionamento das empresas


administradoras de cartão de crédito, somente as instituições financeiras que podem
conceder financiamento quando o portador do cartão optar por não pagar o total da
fatura mensal.

É importante esclarecer que as operações realizadas pelas instituições financeiras,


inclusive o financiamento referido aos usuários para o pagamento da fatura mensal, estão sujeitas
à legislação própria e às normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central.

Reclamações sobre cartões de crédito deverão ser encaminhadas à Secretaria de


Direito Econômico do Ministério da Justiça, ou às suas representações nos Estados
(PROCON ou DECON).

Conforme Circular 3512 de novembro de 2010 o CMN determinou que o valor mínimo da fatura
de cartão de crédito a ser paga mensalmente não poderá ser inferior a percentual de

• 15% do saldo total a partir de 1º jun 2011

• 20% a partir de 1º dez 2011 (revogado, o CMN manteve os 15%)

A regra visa contribuir para a redução do endividamento dos clientes, já que os juros altos
incidem sobre o saldo devedor.

O CMN impõe ainda a exigência de que o envio de cartões de crédito só aconteça mediante
expressa solicitação dos clientes.

Administradoras de Cartão de Crédito não são empresas financeiras mas sim prestadoras
de serviços que fazem intermediação

Portador = é a PF ou PJ que utiliza o cartão de crédito

Bandeira= é a instituição que autoriza o emissor a gerar o cartão

Emissor= é a administradora vinculada a uma instituição financeira autorizada pela bandeira.

Acquirer é a administradora que pode afiliar estabelecimentos (Cielo REDECARD - AMEX )

Estabelecimento – é a loja

Cartões AFINIDADE OU AFFINITY – São Cartões de Crédito onde grupos, empresas, exibem
sua marca. As Associações recebem um percentual sobre suas vendas. Ex.: Cartões de Clube,
Fundação Abriq Unicard Visa

CO-BRANDED – É uma variação dos cartões Afinidade que oferecem programas de incentivo para
seus portadores, como descontos na aquisição de produtos, milhagens. Ex.: Cartão Volkwagem
Visa

PRIVATE-LABEL – RETAILS- Exemplo: Lojas Renner

INSTITUCIONAIS – exemplo VISA CAIXA – OuroCard

MÚLTIPLO – tem a função de débito em conta corrente ou poupança e também a função de


crédito

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Cartões VIRTUAIS: para uso exclusivo nas compras via internet.

Cartões Inteligentes: Vem com chip embutido para permitir maior segurança ao usuário e
administradora.

CORPORATE FINANCE

Os bancos realizam operações complexas que envolvem a intermediação de fusões, cisões,


aquisições e incorporação de empresas.

• Leveraged Buyout – LBO = é o negócio em que um grupo de investidores, que pode incluir
os administradores da empresa em questão, assume seu controle acionário utilizando
empréstimos e usando a própria empresa como garantia. O empréstimo pode representar
até 90% do preço de aquisição e é pago com o fluxo de caixa da empresa ou com a venda
de parte de seus ativos

• Management Buyout – é qualquer LBO em que o administrador atual permaneça no


comando da empresa e participe de seu controle acionário.

• Takeover Bid – é a aquisição do controle acionário de uma empresa, através do mercado


de ações. Poderá ser amigável ou hostil.

• Tender Offer – é qualquer oferta de compra de uma classe de títulos pertencente aos
atuais detentores que envolva o pagamento de um prêmio sobre o valor de mercado

• Fusão – as empresas originadoras perdem sua identidade e transferem integralmente os


ativos e passivos da empresas fundidas. Incorporação uma delas permanece com sua
identidade original. Cisão fragmentação de uma empresa em novas empresas. Também
extingue a empresa originadora. Falsa Cisão: quando a empresa originadora transfere
apenas parte de suas ativos para a nova empresa, continuando a manter suas atividades
operacionais.

OPERAÇÕES ATIVAS

São os mais variados empréstimos e financiamentos concedidos pelas Instituições


Financeiras:

CAPITAL DE GIRO:

CHEQUE ESPECIAl:

O Cheque Especial tem duas funções. Uma das funções é a distinção do cliente que
goza de crédito perante o Banco, impressa no seu próprio cheque, e que facilita as
negociações do emitente. A outra função, ainda mais importante, é a disponibilidade de
crédito ao correntista no limite e condições do contrato. É comum constar no próprio extrato
da conta o saldo do cliente mais o limite do cheque especial

HOT MONEY:

É o empréstimo de curtíssimo prazo, normalmente por um dia, ou um pouco mais, no


máximo em 10 dias.

É comum, de forma a simplificar os procedimentos operacionais, para os clientes


tradicionais neste produto, criar-se um contrato fixo de Hot, estabelecendo as regras deste
empréstimo e permitindo a transferência de recursos ao cliente a partir de um simples
telefonema, Fax ou e-mail, garantidos por uma Nota Promissória (NP) já previamente
assinada, evitando-se assim o fluxo corrido de papéis para cada operação.

CONTAS GARANTIDAS –

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Conta de Crédito com valor limite que normalmente é movimentada pelo cliente,
desde que não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação.

À medida que, nessa última, existam valores disponíveis, estes podem ser
transferidos de volta, para cobrir o saldo devedor da conta garantida.

CRÉDITO ROTATIVO :

Os contratos de abertura de crédito rotativo são linhas de crédito abertas com um


determinado limite e que o cliente utiliza à medida de suas necessidades.

FINANCIAMENTOS DE CAPITAL DE GIRO:

São contratos específicos que estabelecem prazos, taxas, valores e garantias


necessárias de capital de giro das empresas com prazos maiores
A forma de amortização, pagamento, é estabelecida de acordo com os interesses e
necessidades das partes podendo ser em parcelas mensais iguais (tabela price) ou
amortização constante (SAC), diferenciadas ou pagamento único no final do prazo.
Os prazos são inferiores a um ano ( 12 meses)
As garantias podem ser:
Caução de Depósitos – CDB - RDB
Duplicatas – normalmente 120% a 150% do valor da operação

Quanto melhores forem as garantias oferecidas melhores serão as taxas que o cliente
obterá, pois havendo redução de probabilidade de inadimplência os bancos podem cobrar
taxas menores.

ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS

DESCONTO DE DUPLICATAS:

Empréstimo destinado a antecipar os valores a receber das vendas a prazo,


financiadas através da emissão de duplicatas mercantis ou de serviços, emitidas pela
empresa vendedora para as empresas clientes.

Nestas operações normalmente são descontados também:

CHEQUES PRÉ- DATADOS,

FATURAS DE CARTÕES DE CRÉDITO:

VENDAS REALIZADAS
OU A REALIZAR (Pela média dos últimos meses – Operação “Fumaça”)

CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR – CDC

São Financiamentos concedidos por Instituições Financeiras para seus clientes para
aquisição de bens (automóveis, eletrodomésticos) e serviços, ou até sem destinação
específica.

Normalmente os bancos já liberam um limite para seus clientes que podem ativá-la
via auto-atendimento ou internet banking.

VENDOR FINANCE

É FINANCIAMENTO DE VENDAS baseada no princípio de Cessão de Crédito.

A empresa compradora deve ser cliente tradicional da vendedora pois esta assumirá
o risco como intermediadora.

A vendedora transfere seu crédito ao banco e este, em troca de uma taxa, paga a
vendedora à vista e financia o comprador.

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VANTAGENS: Para a empresa vendedora a mercadoria é faturada com preço à vista, não
havendo incidência de impostos e demais encargos que ocorreriam se a venda fosse à prazo
com valor maior.
Para o cliente comprador há a possibilidade de um prazo maior para o pagamento de
suas mercadorias, digamos 180 dias, e com juros mais baratos do que utilização de cheque
especial ou empréstimos de capital de giro.

A formalização do contrato sempre é entre a empresa vendedora e a Instituição


Financeira pois também fica responsável caso o comprador não pague a fatura.

Exemplo de uma fatura de Operação de Vendor:

COMPROR FINANCE

É uma Operação inversa ao Vendor normalmente utilizada por grandes lojas que compram
de pequenas indústrias.

Neste caso, em vez de o vendedor (indústria) ser o fiador do contrato, o próprio comprador é
que funciona com tal porque é ele que procura o crédito junto ao Banco onde possui conta
corrente.

LEASING

Há três modalidades de leasing conforme veremos abaixo:


LEASING FINANCEIRO:
É uma operação de financiamento sob a forma de locação particular.
O Leasing Financeiro se aproxima de um empréstimo que ao final do prazo dá ao
Arrendatário o direito de:

1. Renovar o contrato por um valor pré- estabelecido


2. Comprar o Bem exercendo o direito de Opção de Compra
3. Devolver o bem ao Arrendador

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Conforme regulamentação do BACEN, os contratos de Leasing Financeiro têm
prazos mínimos conforme abaixo, não sendo permitida a liquidação antecipada antes de
decorrido estes prazos:

1. 24 meses para veículos, equipamentos de informática e telecomunicações


2. 36 meses imóveis e demais equipamentos

Abaixo um exemplo das cláusulas de Leasing quanto ao prazo mínimo e da liquidação


antecipada:

É permitida a utilização do VRG – Valor Residual Garantido no final do contrato ou


já optando por ele no pagamento mensal da locação conforme exemplo abaixo:

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Exemplo de Boleto de Leasing Financeiro de um automóvel com Cia
Itauleasing Arrendamento Mercantil

Financiamento ou Leasing?

O Financiamento é uma operação de crédito direto ao consumidor, com


incidência de IOF (imposto sobre operações financeiras). O veículo financiado é
dado como garantia e fica alienado ao Banco até o término do contrato.
Observe nas simulações acima a diferença de prestações com as alterações
de taxa de juros e IOF.
Já o Leasing é uma operação de arrendamento mercantil, isenta de IOF
(imposto sobre operações financeiras). O veículo arrendado é de propriedade da
Empresa de leasing até o termino das parcelas do contrato.
Na simulação de outubro de 2010 a prestação do Leasing era maior que a do
financiamento.
Já na simulação de maio de 2011 a prestação do Leasing ficou menor que a
prestação do financiamento.

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Simulado em 22/10/2010

Exemplo de Leasing Itaú


48 meses
• Data 22/10/2010 - veículo novo de R$ 50.000,00

• Valor do arrendamento R$ 40.000,00


• Valor da entrada R$ 10.000,00
• Valor do VRG final (Saldo do VRG) R$ 0,00
• Tarifa de contratação/cadastro R$ 350,00

• Taxa interna de retorno do arrendamento 2,22%

• Valor mensal da parcela periódica R$ 1.383,59


• CET 2,26% ao mês 31,27% ao ano
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Simulado em 18/05/2011

Exemplo de Leasing Itaú


48 meses
• Data 18/05/2011 - veículo novo de R$ 50.000,00

• Valor do arrendamento R$ 40.000,00


• Valor da entrada R$ 10.000,00
• Valor do VRG final (Saldo do VRG) R$ 0,00
• Tarifa de contratação/cadastro R$ 350,00

• Taxa interna de retorno do arrendamento 1,89%

• Valor mensal da parcela periódica R$ 1.293,21


• CET 1,93% ao mês 26,14% ao ano
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SIMULADO EM 22/10/2010

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Exemplo de Financiamento Itaú
Prazo 48 meses
• Data 22/10/2010 - veículo novo de R$ 50.000,00

• Valor entregue R$ 40.000,00


• Valor do IOF (financiado) R$ 718,61
• Tarifa de contração/cadastro R$ 350,00
• Valor total emprestado/financiado R$ 41.068,61
• Valor de cada parcela R$ 1.185,78

• Data de vencimento da 1ª parcela 22/11/2010


• Taxa de juros 1,40% a.m.
• CET = 1,52% ao mês 20,15% ao ano
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SIMULADO EM 18/05/2011

Exemplo de Financiamento Itaú


Prazo 48 meses
• Data 18/05/2011 - veículo novo de R$ 50.000,00

• Valor entregue R$ 40.000,00


• Valor do IOF (financiado) R$ 1.321,71
• Tarifa de contração/cadastro R$ 350,00
• Valor total emprestado/financiado R$ 41.167,71
• Valor de cada parcela R$ 1.475,36

• Data de vencimento da 1ª parcela 18/06/2011


• Taxa de juros 2,38% a.m.
• CET = 2,58% ao mês 36,36% ao ano
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LEASING OPERACIONAL:

É a forma de Leasing contratada diretamente entre o produtor, também chamado


de ARRENDADOR e usuários, chamados de ARRENDATÁRIOS.

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Os bens arrendados são produtos de alta tecnologia, com alto valor de revenda e
mercado secundário ativo.

São exemplos de bens objeto de Leasing Operacional: aeronaves, grandes


computadores e periféricos, máquinas de alto valor etc.

Estes contratos não têm a opção de compra no final. Não tem opção de VRG. Se o
arrendatário desejar adquirir o bem deverá pagar o valor de mercado, mas também poderá
devolver o bem a partir do prazo mínimo contratado.

As prestações são menores do que o Leasing Financeiro e o prazo mínimo é de


apenas 90 dias e máximo de 75% da vida útil do bem.

SALE AND LEASE BACK ou simplesmente LEASE BACK:

Tipo de Leasing Financeiro, pelo qual o proprietário de um móvel ou imóvel o vende a


outra companhia e de imediato faz o contrato de leasing, ficando, com o uso do bem a ainda
com opção de compra no final.

Operações de Lease Back somente são permitidas para Pessoa Jurídica.

FINANCIAMENTOS PARA CAPITAL FIXO

É financiamento de longo prazo para aquisição de imóveis, máquinas e equipamentos


destinados a produção ou geração de receitas para empresas.

Geralmente são repasses do Governo Federal através de diversas linhas de crédito


que são operacionalizados por Bancos que se credenciam perante o BNDES.

EXEMPLOS DE FINANCIAMENTOS CAPITAL FIXO -BNDES

Construir, ampliar ou reformar/modernizar uma loja, galpão, armazém, fábrica, depósito,


escritório, entre outros;

Adquirir máquinas ou equipamentos, inclusive implementos agrícolas novos, desde que


fabricados no Brasil e credenciados no BNDES;

Importar máquinas ou equipamentos, desde que não haja similar nacional

Adquirir bens de produção, insumos e serviços;

Produzir bens e serviços para exportação;

Adquirir caminhão;

Adquirir veículo de transporte escolar; e

Capital de giro, em condições específicas.

BNDES AUTOMÁTICO (LP) - Programa destinado a financiar investimentos, incluindo


aquisição de máquinas e equipamentos nacionais (FINAME), credenciados pelo BNDES e
Capital de Giro associados através de instituições financeiras credenciadas pelo BNDES

FINAME (LP) - Empréstimo destinado a financiar a aquisição de máquinas e equipamentos


novos, de fabricação nacional, através de instituições financeiras credenciadas.
Sem limite de valor, condicionado à capacidade de pagamento das empresas
Prazos: normalmente até 60 meses

FINEM - Empréstimos destinados ao financiamento de empreendimento com valores


superiores a R$ 10 milhões, incluindo a aquisição de máquinas e equipamentos novos, de
fabricação nacional, credenciados pelo BNDES, e capital de giro associado, realizados
diretamente com o BNDES ou através de instituições financeiras credenciadas.

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TRANSPORTADOR AUTÔNOMO DE CARGA

BNDES Procaminhoneiro - financia a aquisição de caminhões, chassis e


carrocerias de caminhões, novos ou usados, e também sistemas de
rastreamentos novos, seguro do bem e seguro prestamista;

BNDES Finame - financia a aquisição de caminhões, caminhões-tratores,


cavalos-mecânicos, reboques, semi-reboques, chassis e carrocerias para
caminhões, nacionais e novos, novos, credenciados no BNDES.

Transportador Autônomo Escolar


BNDES Proescolar - financia a aquisição de veículos para transporte rodoviário
de escolares novos, de fabricação nacional, credenciados no BNDES.

CRÉDITO RURAL

O Crédito Rural tem características próprias considerando que as operações de


crédito para produtores rurais e empresas que se dedicam à atividade rural demandarem
prazos e formas de pagamento diferenciadas.

O Banco do Brasil detém a liderança nas operações de crédito rural mas também
bancos múltiplos e cooperativas de crédito e bancos cooperativos atuam neste segmento.

Os recursos para formação de funding são originados de:

Tesouro Nacional sob a forma de equalização de taxas ( diferença de encargos entre os


custos de captação da instituição financeira e os praticados nas operações de financiamento
rural, pagos pelo Tesouro Nacional e BNDES.

Caderneta de Poupança Rural: atualmente 40% dos recursos captados em Caderneta de


Poupança Rural devem ser utilizados no crédito rural.
Os recursos não utilizados até este percentual devem ficar depositados no BACEN
sem qualquer remuneração.

FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador e os Captados no Exterior com base na


Resolução 2770

RECURSOS DO BNDES PARA PRODUTOR RURAL

BNDES Automático – financiamento de projetos de investimentos de até R$ 10


milhões;
BNDES Finame Agrícola – financiamento para aquisição de máquinas e
equipamentos agrícolas novos, de fabricação nacional;
MPMEs – apoio a projetos de investimentos e capital de giro associado,
destinado a micro, pequenas e médias empresas;
Apoio ao Setor Agropecuário – financiamento para aquisição isolada de
máquinas e equipamentos agrícolas e para projetos de investimento no setor
agropecuário.

O produtor rural e suas cooperativas agropecuárias podem financiar as despesas normais das
atividades agrícolas e pecuárias. O custeio agrícola destina-se à aquisição de insumos,
realização de tratos culturais e colheita, beneficiamento ou industrialização do produto financiado
e produção de mudas e sementes certificadas e fiscalizadas.

No custeio pecuário, nas despesas do dia a dia, estão incluídas a compra de medicamentos
e vacinas, a limpeza e a reforma de pastagens e a silagem. As atividades agrícola e
pesqueira (industrial
ou artesanal) também são beneficiadas. Os financiamentos para custeio também podem ser
realizados com cooperados das cooperativas de crédito rural por meio da sistemática de
repasse

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O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) foi criado
com o objetivo de fortalecer atividades do agricultor familiar e de suas cooperativas e
aumentar sua renda,
agregando valor ao produto e à propriedade daqueles que desenvolvem a atividade com a
sua força de trabalho e a de sua família.

O Pronaf atende agricultores familiares que possuem renda bruta familiar anual de até R$
110 mil e que apresentam a Declaração de
Aptidão ao Pronaf (DAP) – documento que qualifica o produtor a solicitar crédito para
atividades agropecuárias (custeio e investimento) e não agropecuárias (artesanato e turismo
rural). Além disso, o agricultor familiar pode contar com o Proagro Mais, que permite
cobertura decorrente de eventos climáticos naturais, doenças fúngicas ou pragas sem
método difundido de controle ou prevenção, abrangendo operações de custeio e
investimento.

O agricultor conta também com o Programa de Garantia de Preços para a Agricultura


Familiar – PGPAF, que garante o recebimento de um bônus sempre que o preço de
mercado de seu produto* estiver abaixo do preço de garantia para sua região.

• Pronaf Mulher: investimento para atividades agropecuárias, turismo rural, artesanato e


outros interesses da mulher agricultora.

• Pronaf Jovem: investimento para projetos específicos de jovens com idade entre 16 e 29
anos, voltados para atividades agropecuárias, turismo rural, artesanato e outras atividades.

FINANCIAMENTOS À IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

ACC – ADIANTAMENTO DE CONTRATO DE CÂMBIO:


ACC (Adiantamento sobre Contrato de Câmbio) é uma antecipação de recursos em moeda
nacional (R$) ao exportador, por conta de uma exportação a ser realizada no futuro.

ACC se destina a Empresas exportadoras ou produtores rurais com negócios no exterior que
necessitam de capital de giro e/ou recursos para financiar a fase de produção.

ACE – ADIANTAMENTO SOBRE CAMBIAIS ENTREGUES:


ACE (Adiantamento sobre Cambiais Entregues) é uma antecipação de recursos em
moeda nacional (R$) ao exportador, após o embarque da mercadoria para o exterior,
mediante a transferência ao Banco dos direitos sobre a venda a prazo.

Se destina a Empresas exportadoras ou produtores rurais com negócios no exterior que


necessitam de capital de giro e/ou recursos para financiar a fase de comercialização.

CCB - CÉDULA CRÉDITO BANCÁRIO

É um título de Crédito emitido por pessoa física ou jurídica em favor de Instituição


Financeira ou entidade a esta equiparada representando promessa de pagamento em
dinheiro decorrente de qualquer operação de crédio.

• A Credora deve ser integrante do SFN


• Pode ser em moeda estrangeira em favor de Instituição domiciliada no Exterior
• Pode ser com ou sem garantia real ou fidejussória

• A IF pode emitir CERTIFICADO DE Cédula de Crédito Bancário (CCCB) para


efetuar Securitização. É a negociabilidade do Certificado no Mercado
Secundário.

• Acaba com brechas na contestação judicial pois é um título É executável por


natureza, admitindo protesto parcial

• Ajuda bancos e financeiras a reduzir a inadimplência

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• Pode garantir operações de cartão de crédito e cheque especial

CARTÃO BNDES

O Cartão BNDES é um produto que, baseado no conceito de cartão de crédito, visa


financiar os investimentos das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).

Podem obter o Cartão BNDES as MPMEs (com faturamento bruto anual de até R$ 90
milhões), sediadas no País, que exerçam atividade econômica compatíveis com as Políticas
Operacionais e de Crédito do BNDES e que estejam em dia com o INSS, FGTS, RAIS e
tributos federais.

O portador do Cartão BNDES efetuará sua compra, exclusivamente no âmbito do


Portal de Operações do BNDES (www.cartaobndes.gov.br), procurando os produtos que lhe
interessam no Catálogo de Produtos expostos e seguindo os passos indicados para a compra.

O Bradesco, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o Banrisul e o Itaú são os


bancos emissores do Cartão BNDES e a VISA e MASTERCARD as bandeiras de cartão de
crédito.

As condições financeiras em vigor (julho 2011) são:


• Limite de crédito de até R$ 1 milhão por cartão, por banco emissor

• Prazo de parcelamento de 3 a 48 meses

• Taxa de juros pré-fixada ( 0,97% em dezembro de 2011) e informada na página inicial do


Portal BNDES)

Observações:

O limite de crédito de cada cliente será atribuído pelo banco emissor do cartão, após
a respectiva análise de crédito. Uma empresa pode obter um Cartão BNDES por banco
emissor, podendo ter até 5 cartões e somar seus limites numa única transação.

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Os Cartões BNDES emitidos pela Caixa Econômica Federal/Mastercard aceitam
apenas as condições de parcelamento em 12, 18, 24, 30, 36, 42 e 48 parcelas.

De acordo com as Políticas Operacionais do BNDES, apenas produtos fabricados no


país e com índice de nacionalização mínimo de 60% são passíveis de ser financiados pelas
linhas e programas do BNDES

As principais vantagens para o portador do cartão BNDES são:


• Crédito rotativo pré-aprovado
• Financiamento automático em até 48 meses
• Prestações fixas e iguais
• Taxa de juros atrativa (informada na página inicial do Portal www.cartaobndes.gov.br)

A alíquota de IOF cobrada nas operações de crédito do BNDES, inclusive o Cartão BNDES,
é de 0%.

A alíquota adicional do IOF de 0,38% que vinha sendo cobrada sobre as operações do Cartão
BNDES desde 3/01/08 foi extinta a partir de 12/05/08, de acordo com o Decreto Nº 6.453.

As principais vantagens para o fornecedor são:


• Financiamento automático para o cliente em até 48 meses
• Garantia de recebimento da venda, em 30 dias, com a segurança típica dos cartões de
crédito
• Redução do comprometimento do capital de giro próprio
• Exposição gratuita do seu catálogo de produtos no Portal www.cartaobndes.gov.br

SEGUROS

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SEGURO é um Contrato mediante o qual uma pessoa denominada Segurador, se
obriga, mediante o recebimento de um prêmio, a indenizar outra pessoa, denominada
Segurado, do prejuízo resultante de riscos futuros, previstos no contrato.

SEGURADO: Pessoa física ou jurídica que, tendo interesse segurável, contrata o


seguro em seu benefício pessoal ou de terceiro.

SEGURADOR / SEGURADORA: Empresa autorizada pela SUSEP a funcionar no Brasil


e que, recebendo o prêmio, assume os riscos descritos no contrato de seguro.

PROPOSTA: é o Documento com declaração dos elementos essenciais do interesse a


ser garantido e do risco, em que o proponente, expressa a intenção de aderir à contratação
do seguro manifestando pleno conhecimento das condições contratuais.

APÓLICE: É o Documento que formaliza o contrato de seguro, estabelecendo os


direitos e as obrigações da sociedade seguradora e do segurado e discriminando as garantias
contratadas.

ENDOSSO: É o Documento, emitido pela seguradora, por intermédio do qual são


alterados dados e condições de uma apólice, de comum acordo com o segurado.

PRÊMIO: É a Importância paga periodicamente ou à vista pelo Segurado ou


Estipulante / proponente à Seguradora para que esta assuma o risco a que o Segurado está
exposto.

SINISTRO: É a Ocorrência do risco coberto ( perda de um bem, de uma vida ),


durante o período de vigência do plano de seguro.

FRANQUIA: Valor ou percentual definido na apólice referente à responsabilidade do


Segurado nos prejuízos indenizáveis decorrentes de sinistros cobertos.

FRANQUIA SIMPLES: Franquia que vigora somente se o prejuízo apurado, em caso


de sinistro, é inferior a ela. Em outras palavras, sendo o prejuízo inferior à franquia, nada é

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indenizado pela seguradora; na hipótese de ser o prejuízo superior ao valor fixado para a
franquia, o segurado é indenizado pelo valor total do prejuízo, sem qualquer dedução,
respeitado o então vigente Limite Máximo de Indenização da cobertura pleiteada. O
procedimento se repete para cada sinistro garantido pelo seguro.

INDENIZAÇÃO: É o valor que a sociedade seguradora deve pagar ao segurado ou


beneficiário em caso de sinistro coberto pelo contrato de seguro.

TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO

É um produto em que parte dos pagamentos realizados pelo subscritor é usado para
formar um capital, segundo cláusulas e regras aprovadas e mencionadas no próprio título
(Condições Gerais do Título) e que será pago em moeda corrente num prazo máximo
estabelecido.

O restante dos valores dos pagamentos é usado para custear os sorteios, quase sempre
previstos neste tipo de produto e as despesas administrativas das sociedades de
capitalização.

Suponha que, num título com pagamentos mensais no valor de R$100,00 cada um, o quarto
pagamento apresente as seguintes cotas:

• Cota de Capitalização: 75%

• Cota de Sorteio: 15%

• Cota de Carregamento: 10%

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Então, R$75,00 serão destinados para compor o capital, R$15,00 serão destinados para o
custeio dos sorteios e R$10,00 serão destinados à Sociedade de Capitalização.

O capital a ser resgatado origina-se do valor que é constituído pelo título com o decorrer
do tempo a partir dos percentuais dos pagamentos efetuados, com base nos parâmetros
estabelecidos nas Condições Gerais. Este montante que vai sendo formado denomina-se
Provisão Matemática e é, portanto, a base de cálculo para o valor a que o subscritor terá
direito ao efetuar o resgate do seu título.

Este montante, mensal e obrigatoriamente, é atualizado, em geral, pela TR, que é a mesma
taxa utilizada para atualizar as contas de caderneta de poupança, e sofre a aplicação da taxa
de juros definida nas condições gerais, que pode inclusive ser variável, porém limitada ao
mínimo de 20% da taxa de juros mensal aplicada à caderneta de poupança
(atualmente, então, a taxa mínima de juros seria de 0,1% ao mês).

A Sociedade de Capitalização em hipótese alguma poderá se apossar do capital, podendo


apenas estabelecer um percentual de desconto (penalidade), não superior a 10%, nos casos
de resgate antecipado, isto é, quando o resgate for solicitado pelo titular antes de concluído
o período de vigência. Na hipótese de resgate o título após o prazo de vigência, ou quando o
título for sorteado, não poderá haver aplicação de penalidade - o capital resgatado
corresponderá a 100% da provisão matemática

PREVIDÊNCIA PRIVADA

Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob


a forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de
caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis

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a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela
Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001.
As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda,
por intermédio do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de
Seguros Privados (SUSEP).

• PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre


• VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre
• FAPI - Fundo de pensão e aposentadoria individual -não se transforma em renda vitalícia
• PCA - Prev Complementar aberta Individual rentabilidade garantida de IGPM +6%a.a

Entenda as diferenças entre as modalidades PGBL e VGBL

PGBL e VGBL são modalidades de planos de previdência que tem o objetivo de proporcionar ao cliente um investimento de
acordo com o seu perfil fiscal. Na fase de acumulação, o dinheiro das contribuições é investido com repasse de 100% da
rentabilidade obtida com a aplicação dos recursos para o cliente. Diferente dos fundos de investimento, pois não há
incidência de IR sobre os rendimentos no período da aplicação. A principal diferença entre as duas modalidades está no
benefício fiscal.

Confira no quadro abaixo.

Modalidade PGBL
Modalidade VGBL
(Plano Gerador de Benefício
(Vida Gerador de Benefício Livre)
Livre)
Indicado para clientes que:
Indicado para clientes que:
1) Utilizam a Declaração
1) Utilizam a Declaração completa
simplificada de IR ou são isentos de
de IR
IR
2) Realizam contribuições para a
2) Não contribuem para a
Previdência Social (ou Regime
Previdência Social (INSS) ou
A quem se destina Próprio) ou aposentados
Regime Próprio
3) Ganham acima de R$ 1.372,81
3) Ganham abaixo de R$ 1372,81
por mês
por mês
4) Desejam contribuir com até 12%
4) Pretendem contribuir com mais de
da sua renda bruta anual em
12% da sua renda bruta anual em
previdência complementar
previdência complementar.
Os valores depositados podem ser
deduzidos da base de cálculo do
Os valores depositados não podem
Benefício Fiscal durante o período IR, em até 12% da renda bruta
ser deduzidos da base de cálculo do
de acumulação anual, desde que o cliente contribua
IR.
também para o INSS ou seja
aposentado.
Durante este período a rentabilidade obtida não é tributada, o que não
Rentabilidade ocorre com outros tipos de investimentos. Desta forma, a reserva rende
ainda mais ao longo do tempo.
Tributação
Apenas valores referentes ao
durante período de
No momento do resgate todo o rendimento (ganho de capital)
acumulação
Resgate valor está sujeito à incidência de alcançado no plano estão sujeitos à
IR. tributação de IR no momento do
resgate.

Apenas valores referentes ao


No momento do recebimento da rendimento (ganho de capital)
Tributação no momento da
renda todo o valor está sujeito à alcançado no plano estão sujeitos à
aposentadoria
incidência de IR. tributação de IR no momento do
recebimento da renda.
Para os clientes que pretendem contribuir com mais de 12% da sua renda
bruta anual em previdência, é recomendado contratar um plano na
Importante:
modalidade PGBL para acolher o valor referente aos 12% da sua renda e
um VGBL para acolher o restante dos recursos.

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As entidades fechadas de previdência complementar (fundos De pensão) são
organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e são acessíveis,
exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou
aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial,
denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro
de 2003, no que tange à aplicação dos recursos dos planos de benefícios. Também são regidas
pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001.

TIPOS DE BENEFÍCIOS

Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva


(averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos
básicos de benefício:

* RENDA POR SOBREVIVÊNCIA: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao
prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria.

* RENDA POR INVALIDEZ: renda a ser paga ao participante, em decorrência de sua invalidez
total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido o período de
carência estabelecido no Plano.

* PENSÃO POR MORTE: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de
inscrição, em decorrência da morte do Participante ocorrida durante o período de cobertura e
após cumprido o período de carência estabelecido no Plano.

* PECÚLIO POR MORTE: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s)


beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante
ocorrida durante o período de cobertura e após cumprido o período de carência estabelecido
no Plano.

* PECÚLIO POR INVALIDEZ: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio


participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período
de cobertura e após cumprido o período de carência estabelecido no Plano.

TIPOS DE RENDA MENSAL

* RENDA MENSAL VITALÍCIA: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao Participante a


partir da data de concessão do benefício.

* RENDA MENSAL TEMPORÁRIA: consiste na renda paga temporária e exclusivamente ao


participante. O benefício cessa com o seu falecimento ou o fim da temporariedade
contratada, o que ocorrer primeiro.

* RENDA MENSAL VITALÍCIA COM PRAZO MÍNIMO GARANTIDO: consiste em uma renda
paga vitaliciamente ao Participante a partir da data da concessão do benefício, sendo
garantida aos beneficiários da seguinte forma:

O prazo mínimo da garantia é contado a partir da data do início do recebimento do benefício


pelo Participante.

Se durante o período de percepção do benefício ocorrer o falecimento do participante, antes


de ter completado o prazo mínimo de garantia escolhido, o benefício será pago aos
beneficiários conforme os percentuais indicados na Proposta de Inscrição, pelo período
restante do prazo mínimo de garantia.

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* RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL AO BENEFICIÁRIO INDICADO: consiste em uma
renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de concessão do benefício
escolhida.

Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o percentual do


seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao beneficiário
indicado.

* RENDA MENSAL VITALÍCIA REVERSÍVEL AO CÔNJUGE COM CONTINUIDADE AOS


MENORES: consiste em uma renda paga vitaliciamente ao participante a partir da data de
concessão do benefício escolhida.

Ocorrendo o falecimento do participante, durante a percepção desta renda, o percentual do


seu valor estabelecido na proposta de inscrição será revertido vitaliciamente ao cônjuge e na
falta deste, reversível temporariamente ao(s) menor(es) até que completem uma idade para
maioridade estabelecida no Regulamento e conforme o percentual de reversão estabelecido.

PLANOS PADRÕES PGBL (MODALIDADE INDIVIDUAL) APROVADOS PELA SUSEP APÓS


02/2008 E PARA OS PLANOS COLETIVOS APROVADOS APÓS 01/2009

Além das modalidades de Rendas mencionadas no item anterior, teremos:

* PAGAMENTO ÚNICO: No primeiro dia útil seguinte à data prevista para o término do
período de diferimento, será concedido ao participante benefício sob a forma de pagamento
único, calculado com base no saldo de Provisão Matemática de Benefícios a Conceder
verificado ao término daquele período.

* RENDA MENSAL POR PRAZO CERTO: consiste em uma renda mensal a ser paga por um
prazo pré-estabelecido ao participante/assistido.

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