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- Dependência de glicose e oxigênio. O sistema nervoso não tolera privação de glicose e oxigênio. Cerca de 5, 7s sem fluxo
sanguíneo e o indivíduo perde consciência. 5min já gera lesão irreversível.
No SNC há uma série de reguladores que fazem esse fluxo sanguíneo ser constante. Se há um aumento de pressão, o cérebro
tem um comportamento vascular de resposta, para evitar que o fluxo aumente, faz vasoconstricção (contração da arteríola,
diminuindo a vasão desse sangue), ou seja, mantem o fluxo sanguíneo constante. Se houver queda de pressão, os vasos
cerebrais irão dilatar.
Lembrar que essa pressão é geral, sistêmica. Quando se faz vasodilatação cerebral, faz-se vasoconstricção em outros territórios
(periférica). O corpo desvia sangue de outros territórios para o local onde a resistência vascular é menor, no caso o cérebro. É o
inverso do que ocorre no corpo. Há uma redistribuição.
- As paredes dos vasos são mais elásticas, menos resistentes, protegendo o sistema tecidual, a rigidez poderia comprimir o tecido.
É uma proteção mecânica.
- Portanto, frente a varias situações de pressão existe um comportamento vascular que tenta manter o fluxo sanguíneo no cérebro
constante para atender as demandas de glicose e oxigênio.
- Fatores do metabolismo local estão intimamente envolvidos com essa manutenção do fluxo. Por exemplo, com o aumento do
metabolismo há aumento de PCO2 e diminuição de PO2. A resposta vascular ao aumento de PCO2 é a vasodilatação para drenar
essa alta concentração. A resposta à diminuição da PO2 será a vasodilatação também, aumentando o aporte sanguíneo na
região, tentando suprir esse requerimento de oxigênio do cérebro. Os vasos respondem fortemente ao pH, hipóxia e PCO2. No
cérebro, essa situação ocorre em áreas que estão funcionalmente mais ativadas do que outras, onde estão ocorrendo mais
sinapses, devido às atividades do individuo no momento.
- BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA (transcrição da aula 1 só para relembrar): As artérias estão apoiadas na pia-máter e vão se
ramificando, formando as arteríolas. Chega um momento em que as arteríolas ficam tão finas, capilares, que a pia-máter se funde
na parede do vaso. Esse é o ponto de troca dos vasos para com os tecidos. Somente nos capilares haverá a ausência da pia-
máter, proporcionando o contato direto com o tecido, líquido intersticial.
Os endotélios têm espaços que permitem a troca de
nutrientes entre os vasos e os outros tecidos. Nesse caso, o
sistema nervoso não tem esses espaços. As células
endoteliais estão bastante unidas pela junção de oclusão,
formada por sinais vindos dos astrócitos. Para a substância
chegar ao sistema nervos, nesse caso deverá atravessar o
endotélio. Para isso precisa ser ou lipofílica, ou ter um
transportador específico. Portanto, a barreira
hematoencefálica é formada pelas junções de oclusão.
SISTEMA ARTERIAL
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo interno (artérias carótidas
internas).
Antes de formar esses dois grandes ramos, a carótida interna emite alguns ramos importantes:
- O ramo comunicante posterior conecta o sistema carotídeo interno com o sistema vertebro-basilar.
- O ramo oftálmico surge logo que a dura-máter é rompida. Essa artéria é extremamente importante para vascularizar estruturas
do bulbo ocular como retina e parte do nervo óptico. Também deriva outros ramos que tem conexões com o sistema carotídeo
externo.
Essas vias são importantes, pois em caso de obstrução de alguma delas, o sangue tem como escoar por outra, já que são
comunicantes, como outra via de fluidez. O fluxo sanguíneo nessas comunicantes é baixo.
Sist. vertebro-basilar: derivado da artéria subclávia. A artéria vertebral ascende pelo forame transverso das 6 primeiras
vertebras cervicais. Adentra pelo forame magno. O par das artérias vertebrais sobe pela superfície ventral do bulbo e vai emitindo
ramificações, formando a artéria cerebelar inferior posterior, que vasculariza o cerebelo e outros ramos como a artéria espinal
anterior e posterior. A anterior atinge a fissura mediana e desce, irrigando toda a parte anterior e lateral da medula. A artéria
posterior vai irrigar as estruturas relacionadas com a porção posterior da medula espinal.
Próximo ao sulco bulbo pontino, as artérias vertebrais vão se ligar formando a artéria basilar, que percorrerá a porção mediana e
ventral da ponte. Ascende e forma dois grandes ramos que correrão para trás: as artérias cerebrais posteriores.
A artéria basilar emite alguns ramos como a artéria cerebelar anterior inferior, a artéria cerebelar superior e a artéria do labirinto.
Polígono de Willis:
- É a junção de todas as artérias principais desses dois sistemas e suas comunicantes. Dele partem as artérias corticais e centrais.
As artérias centrais vão vascularizar as estruturas subcorticais.
- composto por artéria cerebral anterior (esquerda e direita), artéria comunicante anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral
posterior (esquerda e direita) e artéria comunicante posterior (esquerda e direita).
Visão medial
Visão lateral
- Há o sistema superficial, que drena as estruturas corticais. O sistema superficial superior desemboca principalmente no seio
sagital superior. O sistema superficial inferior desemboca no sistema de drenagem basal, seios cavernosos por exemplo.
- Sistema profundo faz drenagem das estruturas subcorticais: diencéfalo, núcleos da base e cápsula interna. Drena os produtos
metabólicos e leva até a veia magna, que desemboca no seio reto confluência dos seios seio transverso se liga ao
sistema julgular interno.
VASCULARIZAÇÃO MEDULAR
- Feita pela espinal anterior e posterior. Ambas são derivadas da vertebral. Elas vão emitindo artérias sulcais que irrigam todas as
porções da medula.