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O ALABAMA

PERÍQDICO CRITICO E CÜISTOSO.

SEftlE 31.• BAHIA 4 PE JANEIRO DE 1860. N.» 505

Ptihlica-se na tv p o g rap h ia <le M a rq u o s , A ristides <> I g r a p i ú n a , à r u a da M izericorilia


n. 17, a rs, p w serrô ile 1 0 m t m e r o s , pagos a d ia n ta d o . F o lh a a vulsa 1 2 0 rs.

— Bagatella! A lei é a vontade da


O A L A M M A . aullioridade; o juiz municipal quer,
que se ha de fazer?
EXPEDIENTE. — Pobre lerra!
Cidade de Laironopolis, bordo do
Aíinfama 3 dc janeiro de Í8BG. — Capitão, venta.
Bflicio ao Sr. subdelegado do I o dis- — Diga-se.
(rielo de Sanlo Anlonio, pedindo-lhe — Aportaram em cerlo (empo a La-
que mande acabar com unyjogo quoti­ tronopolis ( por pedido c ebupança do
diano que ha em Ires casas, ao Corre­ certa gente sem. . . juiso que só dá
dor da Capinha, íreqnenladas sempre imporiancia aos estrangeiros) certas
pelos mesmos sujeitos, que divertem- mulheres abanadas, intituladas sem
sc alé a manfran, iucommodam a visi- charidadc;(lepoisule pregarem e incul-
nhança, e acabam a cassuada por pan­ carem castidade que nunca tiveram,
cada. Um dia destes melleram o cas­ dirigindo collegios e recolhimentos,
sete n'imi pobre Pedro Ta-la lá quo chegou uma chiísma dcllas e foram
ficou desancado e que creio tão cedo ia para cerlo hospital que, como ellas,
não tornará. tinha o nome dc sem charidade.
Espera-se que S S. providencie. Ahi fizeram o |jiíc puderam; de lo-
relles c grisellcs klus ruas e cortiços do
— Capitão, a forca está de pé na Paris tornaram-se sultanas, directoras
Bahia; a pena de morte realça a cabe­ da vida dos infelizes que as toleraram
ça; ja não foge cspavorida da civilisa- cm sua terra natal, onde elles precisa­
ção, ja não recua, como diz Yictor vam da charidade publica e odicial ,
Jlugo. charidade apparalosa, mas sem efleito
A lei, o codigo diz que a forca será re a l, mentida , e ultrajante por allo-
levantada na occasiào do castigo, para gada.
não ficar exposta ás vistas do publico; Para esse hospital teve de ir um ex-
apezar disso porém,ha mais de 15 dias, soldado caçador, um condem nado a
está a forca armada cm llaparioa, a galé, homem protegido quo depois de
escandalisar o publico, a sensibilisar correr Iodas as prisões, ficou doente o
as pessoas delicadas, a indignar os ho­ íui-1liq preciso o hospital.
mens de coração! As sullanasj as odaliscas, as pudi-
bundas virgens, ns abanadas, as mu­ initlir-so n mna repartição publica es­
lheres quo vendem cbaridade no grosso cravos , quando por Ioda a parlo se
rosário onveronicado que trazem á cin­ clamo pelos braços bvie.*.
tura, íizeram do galé um senhor de — São cousus.........
serralho e o adoraram. Houve muita
ciumada , muita bregeirada , muita — Continuam os moleques a atra­
cousa leia; mas o que mais admirou foi palhar o publico.
que as cujas quizessem brigar com & Alraz da Sé ninguém pede com olles;
eommandanle da guarda que havia no unidos aos escravos do Sr. ha rão do
hospital, só porque elíe oppoz-se a que Caiu, não ha mulher de capona quo
cilas passeiassem com o feliz Adonis delles fique isenta, não ha cego qua
de calceta, rival afortunado do conego não leve pedrada, irão ha pessoa algu­
Serpente e de um certo Sebastião, quo ma que não ouça uma- pilhéria pesada*..
não gostaram muito da graça, bem que E a policia não sabe d'isso, não ima­
fossem os prazeres cgualmente repar­ gina as desordens, os crimes que po­
tidos. dem originar se do brinquedo por eíla
— E o n@mo do feliz? liderado..
— Não sei; esta historia contou-me — V. falia em moleques!
o José M aria , queé homem antigo e E uns tambores que- se ajanfam á
(jue diz lfil-a ouvido do falieeido padre ladeira deS. Francisco! fnzem o diabo,
mestre Costa. insultam a todos, e não ha família ho­
— E o sullanele não teria no serra­ nesta que possa ouvir uma unica pa­
lho alguma favorita?' lavra das que sahem daquellas desafo­
-Disse-me sinbà Thereza que sim; radas boccas!
uma que vivia a conversar largas horas
— I a policia não passa por alli? d
com o doente e que não queria que um
negocio é com e111a que amanhaii ha de
guarda acompanhasse o seu dengoso querer passar por exemplar, e mandar
macho,, apesar de estar preso..
elogios para a gazeta.
— Não ser hoje o caso, para meller-
se a taca nessa, canalha.
— Capitão, ouça',
í No Girava tá Ira um certo enjo' em
— 0 Sr. Gyritlo Pessoa queixa-se de
; cuja casa apprendia a cozer crniv sua
ler sido attacado com "cassete e faca.
■ mulher uma cri ou linha menor; a me­
—íloje por mim, ãmanhan por ti;
nina porém aipprendeu com o cujo a
quem com ferro fere com ferro será
j comer (fèijão, e tomou a lecçào, ou an­
lérido. 0 Sr. Cyriilo é um. valentão,
tes prestou exame no dia 2 de julho,
quer meller o chicote em todos!'__
; ficando approvada, prosspla e cheia.
Achou por sua vez quem lhe met-
— E como chama-se o sujeito?
tesse o porrete em cheio.
— Ignoro- eslava eu sentado debai­
xo- de umas arvores quando o Paulo
— Capitão, disseram-me que no ar­ contou-me o milagre sem dizer o no­
senal de guerra trabalham escravos. me do santo. Disse-me lambem que a
— E ’ possivel; havia alli um escravo mulher do cujo falíecera ha nm mez
do Sr. escrivão que varria diariamente pouco mais ou. menos, talvez.apaixona­
a caza e . . . . da por ver o marido com foros de me­
— Poiso que dizem é que justamente lhor mestre, e passar-lhe a pi assava.
dous escravos do Sr. escrivão foram — Patife!
admiltidos nos logares de dous homens E que fazem os parentes dá menor?
livres que foram despedidos para darem — Deram queixa ao chefe c ao delo-
entrada. gado, os quacs inquerirama paeienlo
E’ um faclo quo se expõe ao publico quo confirmou, tudo quo antes dissera
o ás authoridades sem commenlo; é á sogra de um lal infame.
censurável no rigor da palavra o ad- — Miuxinguciro, vae com o Sr. pega*
o au m a ; 3

o bandoleiro para fazei-o variar a bor­


do com li mias bcijocas do lua alada «Cerveja, capiló, orchala, tudo que ó re­
frigerante dãsapp.i reeeu dns casas de nego­
laca. cio; ha quem dê ">00$ rs. por um copo do
— Oló! o moleque vao bem de Ileis? cerveja ou dc nrehata, mas não encontr.i!
«Em alguns bairros tem escass- ado tanto
v \ k i l i iT Ã l> ü T
a ngua que as famílias renoeni-se a chorar
dentro de um poço para cosiuhar um feijão
Lè-se no Correio Paulistano: commmu com o lacrimoso liquido.
«lia tempos andou transoripla por todos
os jorn««vs urna noticia que d<n uma folha « \ lenha e < > Carvão ningnem dá um
portugneza, sobre os estragos e <lnmiv>s (j11o real por elles; o sol substituiu estes dous
tiniia produzido o calor eiu algumas cidades coinhn-tiveis. Dt‘sde o rrieio dia até ao en­
dnquelle reino. tardecer estão as ruas e os telhados cober­
« E ’ costume rtos<o copiar o alheio, es­ tos de pancllas de todos os tamanhos, es­
quecendo o proprio. Eu não sou assim, e perando que o ardente ostro se incumba de
por isso passo a narrar os males qnc tem cozinhar os manjares.
causado este alluo o calor em nossa Pauli-
«0 po que que acompanha a secca, tam­
cea. bém ha fei!o das s u j s . Nmguem mais é se­
nhor de ter o nariz desoecupado. De um
«Um sup ito que sentia subirem—lhe la- indivíduo nosso conhecido e proprietário de
baredas por todo o corpo, foj a uma casa um alentado betjue, foram tiradas em uina
de banhos e pediu um banho fi i<>; momen­ tarde destas duas libras de pó.
tos depois de ter entrado na agita esta fi­
cou fervendo e este sahiu todo pellado.

«Um porqueiro que chegou do interior,


ao entrar na Luz, trazia quasi todos os por­ — Progresso! Progressol
cos assados, alguns cozidos, e el!e proprio
Assim como sob o nome de liberdada
estava encruado.
«Uma nossa visinha que havia posto umas (é do Observador ou de Mme. Uoland?)
faixas do filho a enxugar ao sol, quando se comtnellem crimes, assim lambem
voltou a procural-as achou apenas as cinzas. sob o leu se oceullam tulamias! Quo
Tinh arn sido devoradas pelas chammas pro­ havia vir um desfruclavel paleia para a
duzidas por aqoelle astro.
lerra do Paraguassú escrevinhar quatro
«Montem encontramos quatro ferreiros
no centro de certa rua a malhar em uma
disparates insuísos, offetidendo a ca-
ferradura; aproveitavam o sol para o sen racteres dignos! Que um calouro vindo
tfahalho, poupando assim o carvão da forja. de Pernambuco, um intitulado poeta,
almejando ser Milton, quando é apenas
«Hoje, ao meio dia, o chafariz de Miguel um safado trovista de batuque, queira
Carlos fumegava de uma maneira assusta-
manchar a Ioga de um magistrado in ­
dota, e tudo annunciava um proximo in ­
cêndio naquelle magestoso monumento. Fe­ tegro! E depois de servir de capacho do
lizmente conseguiu extinguir-se com dous um throno a que elle eleva utn ret de
barris de Ogua, cedidos por um carroceiro copas em substituição a um homemhon-
que passava. rado que é rei em Iodos os corações de
«Um amigo communica-nos que 'ir a era homens de bem— confunde-se no lixo
tinia tarde destas um exercito de bagres a da cidade para emporcalhar uma gazeta,
correrem p<>]a Várzea fora, desesperados
a unioa em uma das cidades do lilloral!
pelo calor que sentiam dentro cUagna.
— E sou redactor prestou-a!
........................
«Em uma venda (la rua da Quitanda, E abusa elle assim da boa fé do a-
appareceram Cerca de 2,000 pintos sabidos roigo! Não farto de insultar os colle-
1e egual porção do ovos que al»i existiam, gas da academia; não contento de cus­
e que chocaram-se com o calor atmos-
pir injurias nos patrícios ausentes, vem
pherico!
«Uma senhora de nossa amisnde, que agora para a cidade do no e arvora-se
ni andar-a comprar ovos para o jantar, e que em redactor, prostituindo o progresso,
os deixara por descuido alguns momentos c dizendo, lelizmenle, que fia o eoni-
li o sol, quando voltou a procural-os achou munga nos festins da liberdade!
meia (luzia de pintos, comendo uinas cou**
'vs que estavum próximas- — Ora não masse!
O sujeito é puliíc? lem culpa? inero- — Não, tenha paciência; não po^o
declarar.
cc castigo?
u — Sim. Sr., on acho. — Dois diga onde está esse famoso.
— Pois levo o rouxin^uciro, o faca — Está em Latnmopolis.
o que merecer esto novo Arislides da — Fazendo o que? em que lognr?
rolha, osic defonso'* da conserva, Au­ — No mesmo lugar que exercia |j*
gusto caricala, Sansão do eslopa, cujos — Mas que lá é este? declare logo
cabellos linguarudos hão de perder a — Não posso; só direi qtio veiu dela
a força com a simples vista da laca. PARA ca.
— Fntão o que faz elle por cá?
— Ninharias. Lá linha uma socieda­
— Então amigo Manuel, pelo que
de denominada — 24— da qual era pre­
vejo ainda não ponde deseourir o José?
sidente ( conforme elle mesmo disse.)
— Qual! Não sei onde se mclle o bil-
— Qual era o íitn de tal .sociedade?
tre que ainda não pude eucontral-o.
— Fra haver partidas de orgia com
Com quem sempre estou é com o Silva.
os produetos de certas sobras d’aquelle
— Ah! meu charo, V. não faz ideia
arsenal de Paz.
das manhas que lem aquella crealura
Lcslial. — F por cá?
— Quaes são? — Começou por querer fazer o mes­
— Vá tomando nota. mo; ja mamou n’um negocio do madei­
ras, dizem, uns duzentos mil reis; lem
Primeiro quer a torto e direito na­
feito partidos mallogrados, e agora quer
morar Iodas as moças da rua do Mau
Goslo. melter o bico em uns meios de solln,
Segundo — c que sendo insigno quer comer boa manteiga e carne gor­
mercúrio quer que os outros sirvam da, etc
para elle. — 0 nome?.. 0 nome? quero recom­
Terceiro— é que renegou sua patria pensai-o.
c natuiclisou-se poiTuguez para não — Não digo; eil-o aqui cm pessoa:
ser recrutado. só declararei mais, que na noite de S.
— F elle está nesse caso? João com um certo Anlonio seu amigo
— Ora si esta! Tanto que morando por alcunha o Harbosa estiveram debai*
perto de um rio grande para a banda xo de uma oliveira.
do Sul. de Ia fugiu por causa disso. — Hasta. Muxingueiro, que ouviste
— Basla; é melhor ter pena da mi­ a relação dos feitos deste heróe da-lho
séria desse infeliz. Adeus. o devido apreço.
— Si eu o encontrar mais alguma ( Conlinúa )
vez, e si até essa occasião o insolente ' A N ÍN ü i\ C l () ST
tiver praticado mais alguma brutali­
dade eu lhe contarei. Vende-sc uma Ima casa lerrea situa­
— D ora em diante não é necessário da na freguezia da Penha.rua do Areial
me íallar mais a respeito d’aquelle in­ do Itapagipe, de u.° 21; quem preten­
subordinado. der dirija-se á freguezia de S. Pedrp,
( Conlinúa.) rua do Duarte n.° 13 para tractar.
Manuel Caetano Pereira Pimentel
— Capitão.
pede ás pessoas que com elle tom con­
— Diga-se. tas tanto de folhetos como de negocios
— llavia em certo arsenal um escri­ tendentes ao thealro queiram virajus-
vão que se proclamava muito honrado lal-as, visto que o annuncianle tem do
sendo ao contrario um grande ladrão prestar contas.
que já demiIlido fora de uma secretaria
de policia, na mesma qualidade. No deposito de cal ao Cacs Dourado,
— Vá me declarando logo qual o ar­ preciza so do um caixeiro.
senal, não cslou para massudu. T Y P . UE MAUQUES A l U S l l O E S , lí ICUAClUNA.
0 ALABAMA
PEllIO D ICQ CRÍTICO E C Í 1I S T O S O .

S E B IK 51.- B A IIÍA jS J>E JA N E IR O 1)15 1866. N ° 3

PtiMica-se na ty|»Of»I*;»phia de Marques, Aristides e Igrapiúna, à rua da Miaericoritia


n. i~t a rs * t’0 *' sen<! ^ n ú m e r o s , pagos adiantado. Follia avulsa ! 20 rs.

effectiva a postura que obriga os mo­


0 A L A R A M A . radores a terem limpas as testadas de
suas cazas, tanto mais quando na Es­
E X P E R IE N T E . trada Nova é só dclles o proveito.)
Cidade de LaíronopoHs, bordo do Portaria ao Rei dos moleques, orde­
Alabuma 4 de janeiro de 1866. nando-lhe que não abandone seu posto,
Olíicioá camara municipal, para quo deixando os moleques em desabridas
se empenhe mais pelos «ego.cios de ali­ carreiras e assobios, a incommodarem
nhamentos, que ficam demorados por seus visinhos da Boda da Fortuna, e
informações,imjiedmdo que quem quer que os faça reunir Ia para as bandas do
ediíicar faça com brevidade o que in- Bom fim e becco do Jiiú . Cumpra.
tenta.
— Ao Sr. subdelegade do Pilar, pc- — A estrada Nova, a rua da Valia,
dindo-ihe que lance suas vislas benig­ em frente á Ira\essa que ha na baixa
nas para um teIbeiro dividido em deus, dos Sapateiros é rua ou largo?
em um dos quaes mora uni sujeito ufor­ — E ’ rua.
tuna ch que reuno todas as noites gran­ — A baixa dos Sapateiros é rua ou
de porção de capadocios e moleques largo?
(um alé caplivo de uma freira) os quaes — E ’ largo; a prova é que alli ja foi
fazem grande barulho até certas horas. quitanda; que não ha nesta cidade ruã
A reunião não tem bons fins como dizem alguma que tenha tamanha largura;
algumas pessoas que moram na rua do que as casas junto á capella do Bosa-
Imperador. Espera- se que S. S. queira rio recuam um pouco para formarem a
dar-se ao trabalho de prevenir para praça.
não ter mais tarde algum incommodo. — Bom. Sabe que a camara permit-
— Ao Sr. fiscal do gaz, pedindo-lhe te o vender-se farinha nas praças ou
que faça com que a companhia mande largos, precedendo licença sua?
cortar diversos arbustos e arvores que — Sei, li o edital.
ha em frente de certas cazas á Estrada — Subo que em virtude disso ha
Nova, os quaes impedem que a luz dos quem venda farinha á Estrada Nova?
laínpeões se difunda pela rna, ullu- — Vi, o admirei-me por que o logar
iniando o in,alto. em que ha lacs estabelecimentos nunca
(Üíliciou-se á cam ara para que faça foi praça.
— Sabe (|iio a cnmorn, por inleTmo- do Sr. hiiTàod*e Coliegipe e outros foram
dio do sou presidem Io o socrolariio, de­ remeti idos ás praças da armada charii-
clarou quo a baixados Sapateiros não- | los, cigarros o doce?
— Lembro-me.
é largo?
— Agora; não soi como possa rsso '• — Pois alé boje nada chegou a- seil
scr quando o Sr. Yalença Junior quo é ; destino.
coisa na Rua do Paço so intitula o ba­ s — Talvez por causa da- distancia.
rão do largo do Carmo quo' é Ires vezes — Qual nada*, capitão! Charutos, ci­
menor que o da Baixinlia. garros e doces da Bahia tem so vendido
— Pois é isso: diversos, em vis ia cm quantidade pelo rio, e outros não
do1'* edrtaf, requereram para* vender | são sirrão os- d!a oíferta a»s defensores
farinha ahi ; o Sr. Yalença despa­ da nação.
chou , e fez o presidente assignar, — Quem* lhe contou isso9
que sendo a Baixinha rua e não. largo, i — Li no Jornal dn lia/iia; (\uein o-
íicava iiideíirido o pedido- dos suppli- ' diz é pessoa que está. na armada e quo
cantes. | ficou aguando-,
— E os outros continuam a vender! — 0) paiz não tem governo?’
Muito pode a protecção nesta terra, Eu acho que lhe- pertence fazer Dunur
em que o abuso impera!' os ladrões quo burlam assim rnna ge-
A lllma. porém, estou certo, refor­ > nerosti- e patriótica idéia dos bahianos..
mará o despacho, que, sem injuria, tJ “ '
parece filho de um capricho e an m - 1 — Altencã-o!
jado pela boa fé. No Jon-rmí du ITavre encontra-se. a
— Ora vejamos;, esperar benefícios seguinte interessante notícia:
de certa gente é contar com sapatos d’e « \. loja maço nica- de Pa 1ermo, do-
defunto. I rifo escnssez. a-ivfigo, responde- nestes-
; termos á excom-mini hão do papa*:
«dfouve inn homem chamado- Afastai
— Capitão, eis aqui um. pedido-dos
| Ferrei fi que recebeu o baptismo* maço-
Srs.,. cujos nomes lerei..
j nico c* q u e jurou* f t afern-id ade e- amor
-Diga.
! pa-ra co-m seus irmãos. Esse* mesmo*
— «Atlcncão!‘
o-
j homem foi nrais tarde eleito- papa, sob
Justino FausloTeixeira; de- Carvalho, : o nome de Pio IX, e eil-o que lança a
Julio Teixeira de Carvalho e outros,of- nia-ldicã-o- e excominunh-ão* contra“ todos-
ferecem gratuitamente a quem. qnizer ’ os íi.llados da franco-maconarkr!
«V
ediíicar a porção de terreno de sua fa­ ' «-.V maldiçãio-ca. excomunhão ca liemr .
zenda Engenho Velho que fica á* beira . pois, sobre- a sua própria cabeça, e,.
da estrada Dous de Julho emo -prefe­ i. ainda. mais,, por semelhante acto ello
rencia às fami lias necessitadas dos vo­ tornou-se perjuro..
luntários da palria, com aunica con­ i *0 papa esta*,, conseguin femente, cx.-
dição de apresentarem estas documen­ : co-mungado por si mesmo!»
tos quo justifiquem a estada dos seus
representantes cm defeza da Palria e — Sãfl- diversos os passeios que se
aquellas a sua oondueta civil e moral. í acham, annumciado&para o-dia de Reis.
Bahia 30 de dezembro de !86d.» Cachoeira-,Nazarelh. Santo Amaro, lio-
— Mande publicar o patriótico offe- ; parica e Bom Jesus são os poulos es­
recimenlo dos mesmos Srs., para que colhidos para recreio da rapazeada.
seja aproveitada sua lembrança. — Para- o Bom- Jesus ha musica quo
vae no vapor; a phifarmonica Terpsy-
chore realça o festim com.sua presença*-
— Capitão, a companhia do olho-
— A clles, rapazeada, a elles!
vi-vo n ã o dorme.
— E‘ velho. Que ha?
— V. ja ouviu tucur-se a Noilo ds
— Não lembra-se de que a eCcrços Carnaval?
o a m m a ; .1

— J;i; ó a imitação solomno <lo— dencias? acaba de dizer que ha um anno


Gosto inuilo ilo pagmle— na cxlrava- pede-se á policia e á camara e esta
g a n c ia . gente não ouve........
— E ’ timn poça profana no rigor do — Pois continuamos a bradar na im­
lonno, não? prensa! No Travasso ha um muro quo
— Creio que sim. ameaça cahir com muita brevidade;
— Pois apozar disso toca-se hoje em rapaziada sentido na ratoeira!
Iodas as ogrejas; os organistas lambem
lem moda e não querem parecer ja rre ­
tas na musica. LA VAU V E R S O .
0 que porem admira é que guardem Sr. João de Deus, ru quero
o carnaval para a occasiào da elevação Um rancho mui excellente,
da Imslia c do calix, como acabei de Para na noite de lieis
presenciar no Homlim. Divtíitir-se a nossa genle.

— iiagalídla! E si não é, o Exm. Sr. Por tanto, va |à d’agora


arcebispo e seus satelliles que cuidem Convidando p'ra baderna
Os rapazes que costumam
disso.
No lolgucdo fazer perna.

— No Travasso, caminho que vae do Para dar graça a’ folia


l)--ve tomar parlo nella
Bomíim ao Papagaio de Hapagipe, rua
Gente preta de turbante
sempre c baslanle transitada, especial­ E lambem côr de canella.
mente pelas festas, atalho conveniente
Não quero que falte nada;
para quem lem que fazer e lem pressa, Mande preparar violas,
mas que alè hoje não viu o que é illu- Pratos, vús, cart/á?, pandeiros,'
minação a gaz, nem sabe si a camara Violões e castanholas.
existe pois que em lompo de chu\a é Como sei que è folgazona,
um completo lamaçal. . . Traga-me a sua Simôn,
— Amigo,si vae neste gosto arrisca- ( ) ’ apezar (ie veterana
se a morrer por falia de respiração; to­ No lundú ainda é boa.
me foi ego! lia de a Maria das Velas,
— . . . . n o Travasso, ha um muro Fazer parle da festança;
C(»m a Joanna Palamjue
contra cuja queda se pediu c se pede,ha
E a borracha Constança.
mais de um anno, providencias.
— E cahiu? Também a Maria Julia
Deve entrar na bi iucadeira,
— Não.
A Maria do X ix i,
— E vossês a massarem a genle com E a E v a rascadeira.
pedidos massanles, com temores pu­
Na frente com sen gibão,
eris! Para presidir a couza.
— Não cahiu, mas cae breve; vae in­ Venha de chapéu ai inado
do pouco a pouco até beijar o chão, si 0 Sr. N5anè de Souza.
antes não encontrar o empecilho de al­ Atraz delle, n>ui gaiatos,
guns corpos humanos. Venham tocando timbales,
A racha cresceu, elle fez maior ve- Carlos, M ingu, S urdo-é
nia á rua e aos transeuntes, e não sou E Gitslavinho de Sa-les.
eu que irei passar junto d’elle. Siga-se logo a b u rrin h n ...
— Que os outros facam o mesmo. E o homeni predestinado
^ «
— Alas é que aili não ha gaz, e de P ’ra chefe dos permanentes
Deve ir nella montado.
noule ninguém cncherga sem luz; quem
não sabe passa pelo precipício e pode Atraz do bvtnba-mcti-boi
ser viclirna; é tempo de festa, muita One será o par-cPai anha,
As creonlas ctmtnião:
genle que não tem conhecimento da-
E 7 vai linha do li rol unha
quellos lugares anda por elles, e mui­
J ) r . Solto de violo;
tos nem sabem por que ruas passam.
Dc canzá Nico Montcisc;
— Mas a quem sc hade pedir provi­
0 Al, Ali AMA.

Dr. Feio <l<* b.indnirn; mesma mulher já perdou allí um S;)co


Toquo pratos I). Jambreiro. com rnilho.
Para tocar berimbau — V. é apaixonado pela raparia
Servirá X ix i IWbciro; maga não!
0 major dos lusitanos — Não, Sr., sou sempre pelo direito.
Será |)’ra rufar pandeiro.
Ahi eslá a Sra. Venancia que trazendo
Sem trl’ grntr de «oroa do Parafuso umas mallas com raspadu-
Perde o pagode o sabor;
ras, achou-as dimiunidas em grande
Chame o conego Ciíí
E o padre que tem a m o r .
quantidade, faltando-lhe as de cima
que vinham destinadas a um presente o
Veja mais uni cjne fa7. CO'da
Em ticho não, em gaiolia,
que traziam um coração cm relevo.
E (jue traz uma canariu — Assim, sim; mas assiin lambem
Em vez de trazer stolla, não. 0 caso é serio e vou ja oíliciar no
Convide p’ra tocar vú Sr. superintendente para que dê pro­
Um padre que móe pimeula; videncias.
Para carregar foguetes
Traga o bucha de ciucoenta.
— Na Lapinha ha ro dia 5 á noite
Miguel Peixe-Gallo pode
funeção de gosto; a egreja estará aber­
Ser mui bem aproveitado
Para com suas cangalhas ta ao publico.
Ir de archotes carregado. — Ilavera lambera balões, fogueiras,
Aquelle Dr., que stá foguetes, botequins, feiras, zabumba
Là no adro do Boinlim, e o diabo a quatro.
Em piazeres. . . . V . sa!>e, — E ’ uma funeção de estouro; é bom
Deve vir para o festim. aproveitar quera gostado di \erlir-se.

\ PEDIDO — «Muita forca* de negocios


O
E ’ tabareu na cidade.»
— Capitão. não sei porque hn por ()’ compadre, no luharabupe,
aqui lanto galo disponível quando os 11a alguma novidade?
ralos abundam.
— E ’ que os galos eslão gordos e por — Nada, nada, meu compadre,
tanlo preguiçosos. Traz-me aqui mui pouca cousa;
— Mas eu acho que se os poderia Venho apenas trazer festas
recrutar para preslarem um serviço ao A el-rei Manuel de Souza.
publico. Trago-lhe um par de trilhões,
— V. lem cousa ahi que quer vomi­ Outro par de chancharolax,
tar; as aranhas de seu papo fazem-uo E lambem um assobio,
íicar lonlo. Diga o que sabe. Um flaulim com duas bolas.
— E ’ que ha grande quantidade de
ratos por todas essas estações da estra­ A N N Ü N C ÍO S .
da de ferro, o que causa um grande
damno aos freguezes; exemplo: Na rua da Poeira, sobrado n.°
A mercadora Romana veiu com preciza-se do uma ama para cozinha,
diversas compras que fez, de Alagoi- preferindo-se capliva.
nhas e ao chegar a Jcquilaia, tendo-se A os tan oeiros.
demotado em Mapelle,achou a seguinle
Vonde-so uma porção de barris,
dtlíeiença para menos: em 4-7 anana-
promplos e por apromplar,baldes, ti­
zes 10, em 200 mangas 75, em 2 1|2
nas, madeiras aparelhadas e uma rica
alqueires de farinha um.
caixa dc ferramentas & & .
— Para isso é preciso gato?
Quem pretender di rija-se a esta lypo-
Armem ratoeiras ou deitem comida
graphia quo achará com quem Iraclar.
com noz vomica.
— Fullcmos serio, capitão. Essa* T Y P . 1)J2 M A R Q U E S A R I i T i O J S , li IG .tA P J UMA»
PERIODICO CItITIGO E CHISTOSO.
,» -i = = = = = = = = = = = = = = 1 '--------------------- ------------------------------------------- ■■ :

S E U IE 31.* B A H IA 10 D E JA N E IR O D E 1860. N .° 308

Pu!»lica-se na tv|togi';ipliia de Marques, Aristides e Igrapiúna, à rua da Mizericordia


n. í ~ y a 1 ^ rs. por serie de 10 números, pagos adiantado. Folha avulsa 120 rs.

as contas do Princeza Leopoldina; e o


guarda da tal praça não cuida de suas
obrigações, sem duvida porque o or­
E X P E D IE N T E . denado não paga-lhe bem o trabalho.
Cidade de Latronopolis, bordo* do — A cousa é outra: ba talvez o pla­
Álub<mm 9 de janeiro de 1866. no de destruírem uma obra cujo pro­
motor foi um digno caracter, cuja ho­
Oflicio á camara, pedindo lhe, não
nestidade se odeia, por que faz inveja.
pela primeira vez,que mande lapar um
— An! Diga-me inisso!
cano. que ha na ladeira da Miseri­
córdia, encostado á parede, e que
não tem alé hoje engolido algum — Mr. Lajournad dá um beneficio
dos innumeros cegos que por alli trans­ em favor das orphans da Providencia.
itam e fazem assistência, só por mi­ — Felizmente quem administra a ca­
lagre de Deus quo condoe--se dosdn- sa, ou melhor quem toma conta dos
íelizes, em quanto a illm a. descança cobres não são as charidades.
adormecida nas suas nove poltronas. — Ainda peior. Não lembra-se do
A edilidade deve mostrar maior zelo quando cahiu a parede do gazometro?
e aclividade por essas cousinhas que As irmans de charidade tiveram um
entretanto interessam muilo ao publico. dos melhores quinhões da subscripção
em favor das famiIias oííendidas e pre­
judicadas. . . .
— 0 Passeio da S e . . .
— Pobre e infeliz terra!
— A praça de D. Isabel. . .
0 que não impede a quem tem ver­
— Sim;a praça de D. Izabel conlinúa
gonha de agradecer ao estrangeiro ge­
no mesmo estado. Os capins crescem
neroso os lances de sua alma bemla-
(e com rasão que ha eslerco); o mijo
zeja.
abunda; a agua falta, apezar do chafa­
riz; as crioulas entram, e, apezar do
gaz, entregam-sc aos deleites de amor — Está inslallada a sociedade dos
nos braços dos Martes que as reques- carros ou companhia de vehiculos.
tam; os moleques infestam tudo com — V. não se lembra do barulho quo
pedradas e jogam castanhas; o publico fizeram da vez passada? Extinguiti-so
falia ; o director do Passeio Publico não quando o Ariani comprou certa casa
responde porque ostá atrapalhado com da rua de Baixo. Agora dizem as más
Jinguas (]uo o Nicolau Carneiro o o Pau­ fui a uura pessoa intendida q)lc rn
lo Pereira Monteiro não ficariam zan­ - allbwmu que ty peixe estava
gados, si achassem quem lhes com­ | qtüiz ir teif com o inspotdor th tm^
prasse a fazenda do fiarei». j leirã()T não sonhe quem era; qnj2 ,|llc^
— Mas agora o caso é serio-. Àclinra*- I xar-rwe ao suUklegadta, mas já es|ava
so nelle empenhados personagens corno caneado e não- valia a- pena ineommo-
o barão dc Cotegipe e í)r. Quirino, e)a dar » aadhwidad® por uma posta dc
está feila a inslaIlação da sociedade. 1 peixe que cMista- quatro vinténs.
— 0 que é cerlo é que em creio mui­ — Qual subdelegado, inspectopre­
to no quo pego- sou- da seita de San dico, nem. fiscal! 0 eharéu vem da
Thomé, quero primeiro ver para erer. j armação,, a armação &db> barão do líio
— Pois vel-o-ha. i Vermelho, o barão é vereador, o ve­
reador é presidente da camara, a ca-
; iroara é a encarregada da economia.o
— Morreu a filha do general Eabatut,
fiscal isação rn nn i c i paos.
esposa do Sr. capitão Manuel Francisco
! — Mas que ha?
Gomes que partiu para o Sul na b ri­
— Nada; eu, si fosse legislador, pro­
gada Evaristo.
punha que não pediam ser vereadoras,
— Que dor para o patriotico e amo­
os negociantes em gornesti veis^
roso corneão de seu marido infeliz!

— E ainda; maior quando elle se- E cabine-nos-.


lembrar de Ires filhas menores, a|ulti-
ma das quaes|lem Ires annos de edade. — Es Ia-companhia Rahiana é celebrei
— E ainda maior quando lemlkar- Não satisfeita de arriscar diaaiámcnte
se dc que seus“ poucos recursos (icain a vida dos passageiros-com seus»navios,
diminuídos com a ponsão-que recebia podres, zomba diariamente do publico!
de 900$ rs., e que findo»; com a.rnor.lo — P ro \e .
da mulher! — Recebe dinheiro ,, dá- bilhetes;
-Gasta-se ahi lanlo dinheiro á loa* corla-os^, o vapor larga e o- passageiro-
c julgo que mellor seria cmpregal-o, nã-O' embarca!1
pelo menos, em beneficio das tres in ­ — iioze vinténs,, histerias!'
felizes filhas do Si\ Gomes, brazileiras — H is to ria s ! F eio dedo se'conhece o
cujo avô tanto se prestou na. Indepen­ ' g ig a n te .
dência e cujo pae presta-se hoje na i Abi eslà que- annmvciou bilhetes.
guerra do Paraguay, largando'mais ! para diversos lugares a 3$ ida e volta*
commodos misteres, depois do ter-se e- vendeu » alguns passageiros a 2j>.
prestado,menino brazileiro>.na guerra ida, para receber mais 3$ volta!
do Madeira, F uma fraudo..
— V. está com cara de quem leu- o — Historias!
Jornal da Itahial — E depois- marcou viagens para
— Embora; sou o echo de quem Nazaretb as (y horas, sabendo que o
pede justiça: a pensão-que se deu à fi­ vapor ia não-podia chegar ao meio di»
lha do general deve continuar a. ser por falta de maré-
dada às nelas de Lu L atui. — Historias!;
— Apoiado. — Historia- que fez- cada- passageiro
pagar 1$ de ca-nòa, quando podia ser
— Só se come peixe podre! ; que m-uites não es-livessem-prevenidoSv
— Que quer? Si a ca nu ra consente — Eslà bom,. S r., esto» calado..
render-se assado peixe mo ido!.... — A companhia Hahiana não vao
— Fui comprar eharéu,. que é peixe bem. Está dando ares. do quebrada o»
de que muito gosto, e estava inteira­ de ga nanei a .
mente podre; fui ver o fiscal, não o — Mas-por q li e?
achei; o rnerlico da camara não mo — Fazem guerra ao Ariani, por ser
lembrei quem Gca,, nem o conheço;, car&üro; quem a fará. á companhia qua
n^ora acaba do elevar as passagens ao medico quo lambem chucha. nem das
líim lim a 500 rs., (|iiando nos annos mulheres quo fazem e recebem suas
anteriores, custavam 240 rs.? chandades; o dinheiro tem um íim,
A companhia é um monopolio , quo 6 a mineração dos males dos infe­
quem lhe fará guerra, quem se mel- lizes; quem julga da sua distribuição
terá com os inglezcs? éo povo, e o povo não pode portanto
— Talvez appareça. tolerar impassível que os administra­
— 1-] em quanto não chega, o povo dores da santa caza só cuidem das
que ature tudo que passa pelas cele­ santas, sem eondoerem-se das fraque­
bres cabeças dos celebres empregados zas do proximo, como o amor que—
da celebre companhia Bahiana, celebro «Nem minora o mal dos vivos,
ainda mais por de— bahiano— só ter o Nem respeita os moribundos.»
nome.
— Esta agora é, de cachupelela!

— Não cessam as reclamações contra VA IU E D A Í7 Ü .


o hospital da santa caza da Alizeri-
conlia. Um habitante de Nuvit-York rxprobara a
— One é Sr.? Eu não ouço ninguém um preto coi jxdento, porque não queria
falia r. alist»r-se no exercito: « Vossês, ilisse elle,
— Tem lido o A labam a ? Eào a c.tusa desta guerra; sã«i propriamente
— Ora! o osso da disputa; porque não vaes comba­
— Ora! A Constituição ê da ami­ ter? — Vistes jáinais, respondeu elle, dous
zade do Sr. provedor da Alizericordia, cães brigarem por utM osso?— Sim. — E
e tem reclamado contra os abusos que vistes nunca o osso combater?— Não
se dão naqnella caza. Pois bem, eu sou o osso, e intendo que não
— Não minta! devo pelejar.
— Uma preta morreu na freguezia
da Vicio ria , ficou exposta ao ar e ao x iM U>m o
tempo, In apodreceu, a policia recla­
mou, e a sanla caza da ckaridade não — 0 anno passado, a thesouraria do
interrou o cadaver, sinão depois de Bomíim eslava entregue a vim honesto
muitos reclamos da imprensa! caracter, o Sr. José Maria Ilenriques
— Que mais? Ferreira, homem verdadeiramente re­
— Um pobre homem, voluntário, foi ligioso, sem hypocrisia, sem idolatria,
do hospital expulso, com cáusticos a- sem superstição e sem impostura.
bertos: dizem que indo reclamar ao 0 Senhor do Bomíim desceu do thro-
presidente, este o enviara para Ca­ no e poupoa-se um escandalo no tem­
choeira, para ser depois conduzido á plo do Deus; não se viu a immoralida-
sua terra. de terrível dos annos anteriores, não
Um outro, ha dias,sahiu do hospital, houve a lavagem, Ires dias aníes da
© cahiu, exhausío de forças, morto de festa dõ Bomíim!
debilidade, na rua Direita da jUizeri- Agora que está um figurão, um te­
cordia. nente-coronel, um amigo dos Barraes
— São as boas obras díls irmans de e Pedras Brancas, um proprietário, um
charidade. moço bonito, de bigode invejável, co­
— Alente; são condeseendencias dos rno invejável é no todo, que suecedcrá?
médicos , que me fazem lembrar um Terá havido apenas lieguas de la­
celebre í)r. Alào, medico de freiras, vagens?
descripto por Castello Branco. As desordens das quitandas, os hor­
— Bois nem é ainda isso; é um rores dos cortiços, as palavradas das
desaforo quo só o pacifico povo desta nierc trizes, o complexo da desmorali-
terra tolera! 0 dinheiro não é do Sr. sacão, a anniqiiillaçào dos bons cosi ti­
provedor que, as mandou vir, nem do mes, entrarão de uovo pela p o r i a tU\
egreja dondo, como os mercadores do quo o animal ainda respirava, aiii1)r.
templo, foram tangidos o anuo passado rou-o de novo e tornou a dar-lhe de
a cordas? chicote por espaço de uma hora, até
A la vagem continúa? que matou o animal.
— E’ a mim quo pergunta? — Que mau genio!
A bom santo se incommcnda; per­ — E era o bichinho uma cachorra
gunto ao thesoureiro. prenho de dous rnezes, disse elle.
— Não pergunto a ninguém; o Kevm. — Talvez fizesse isto para que seus
Sr. arcebispo é so quem pode saber filhos não se parecessem com o pao
destas cous-is........ — Desaforo de tabareu! E’ um boni
recruta; não tem praça cm corpo al­
— Certo homem , conhecido nesta gum.
terra por cuidar somente de seu inte­ — Muxingueiro !
resse; egoista no ultimo grau, apezar — A’s ordens.
de inculear-se amante do bem publico; — 4-00 cala brotadas nesse malvado;
certo apóstata de todas as crenças, que é um cujo que diz lem isenção por ser
antepõe as ideias do partido que in- caixeiro de taverna.
culcou ter ás damnadas comichões do — Oh' nem que o Miranda me peça
odio que aninha no coração, sem mo­ por S. Joaquim, o patife ha de levara
tivo honesto,contra respeitáveis carac­ dóse; não lem duvida!
teres; certo. . . . qnidam que vive hoje
a adular miseravelmente aquellcs que
— Que faz aquelle sujeito com um
damnadaraenle açoutou n’um pelouri­
livro debaixo do braço? esta estudando
nho, teve a insolência de fazer lem­
em tempo de ferias?
branças com o unico fim de marear a
— Não, é artista; é um dos encar­
reputação de certo administrador, a
regados da festa de Nossa Senhora da
que o miserável quer sobrepor F (1.
Conceição dos Artistas; tem-se arran­
M., o homem que nesta terra mais in­
jado, só com registros tem obsequiado
juriado por elle foi, até na honra, na
vida intima, no thoro conjugal! a meio mundo; ninguém lhe èntra em
' Oh! mores! caza que não saia com o seu.
■ A que degradação chegou Lalrono- — E como anda orgulhoso!
polis! — Nunca se viu nesses assados! Galo
que nunca comeu azeite quando come
se lambusa.
— Capitão, aqui lhe trago ura bom — Oi que bobo!
paraguavo.
- — Quem é? A N N U í\ C IO S .
— Um tabareu malvado, um cará*
Acha-se nos prélus e será publicado
larga, sem verniz, um desertor do
por toda semana
Lordo , um mala-cães , um caixeiro-
cachorro de uma venda ao circulo da AS SCENAS
má fortuna na rua calçada. DO ALPENDRE DO MAU-FIM.
— E o que fez o tal paraguayo?
Pelo fír. Arras-cujinho.
— Eu lhe couto. Além de muitos
espectáculos que lem dado quando surra Preço da assignatura 500 rs.
com pau e chicote dous cães que lem
ou algum pobre prelo que vae com­ Perdeu-se uma besta castanha,com uni
prar e não lhe cae em aífeieão, deu golpe no beiço inferior que a pòz de­
ha dias outro espectáculo que fazia feituosa, tornando-o maior ao superior;
horror e compaixão; amarrou um de fugindo quintal do arsenal de guerra*
seus cães c deu-lhe de pau e chicote Nesta typ.se indicará o dono que grali*
até o animal não gritar; depois deitou ficará a quem achul-ae reslitml-a.
sal e vinagre nas feridas, mas vendo XVI». Dli iMAHQUES, A iu s n o tís 1£ ÍGKAPIÜ^A.
0 ALABAMA
JMSRIODICO CRITICO E CMISTOSO.

S E IU E 5I.< ííA IIIA 15 l)E JA N E iü O Ü E 1860. N.« 3Ü9

Publica-se na Upografitiia de Marques, Aristides e Igrapiúna, à rua da Mizericordia


n, 17, a 1*5% rs. nor serie de 10 números, pagos adiantado. Folha avulsa 120 rs.

os habitantes daquella rua entregues a


0 A L A B A M A . meia duzia de malévolos.

E X P E D IE N F E .
— A companhia Bahiana brigou com
Cidade de Lalronopolis, bordo do a estrada de Ferro.
Alabama 12 de janeiro de 1306. — Porque?
Officio á camara municipal, pedin­ — Por dous vinténs.
— Por dous vinténs sc briga! Dous
do-lhe quo acabe com o abuso de irem
vinténs daria ou para não brigar.
diversos carroceiros á rua do Impera­
-r-Aias a companhia Bahiana con­
dor cavar areia,enchendo seus carros,e
cordou com a estrada de Ferro em ter
■deixando sepulturas abertas.
vapores promplos na occasião da ida e
Faz-se-lhe este pedido sò por amor ao
volta dos trens; a principio cumpriu,
publico; por que é impossivel que de
depois afrouxou.
tal abuso não lenha noticia a Mima.,
A estrada de Ferro, por isso ou por
que tem íanlos agentes., entre os quaes
outra qualquer rusão, exigiu pedágio
o Sr. claviculario que pela citada rua
dos passageiros da oompanbia Bahiana;
passa Iodos os d ias, e mora perto.
esta scismou, e a ponte daquella loi —
— Â’ directoria dos estudos , parte- lhe inlerdicla.
eipando-lhe que as aulas primarias A Bahiana fez nova ponte, a Estrada
publicas ainda se não acham abertas, embargou porque foi feita nas suas
apesar do regulamento orgânico. marinhas; o presidente melíeu-se,hou­
— Ao Sr. subdelegado de SanFAnna, ve dilação e estamos nisso.
— Negocio de inglezes; por lá so
pedindo-lhe que lance suas vistas para
a rua do Carro, em que reunem-see a venha m.
existem muitos vadios que muito in-
commodam o publico; dizem palavra- — Sabe que se podo vender fannha
das, jogam pedras, espancam os ani- em largos e praças?
maes alheios, e estragam os quinlaes —Ora vire folha.
visinhos. — Em virtude disso, ha licença para
Espera-se ser altendido, pela con- vendel-a na Barroquinha.
frança quo se deposita no caracter do — Que '.em?
S. S., quo per mais tempo não deixará — Teiu que so não concede a quem
..
pcdc liconça para voiulul-a em outros - M o r r e u u m i n l M U i l n , o#
logaros; polo(iuo diz a voz publica quo a p p a r e c e r a m n u a o n t l e n d e r a m (1 I
a postura foi loila somenlo com o liin a f r i c a n a quo o r a m ã e d » í;dfoci/|0 "M
!
dc prolcgor-soa certo ligurão, aíiIliado p e l o s i m p l e s f a o l o d o s e r c i l a africana*
da llltna., um celebro Thomaz.. . . — Custava pouco tirar uma ecrthU
— Ora dá-se! do baptismo do fallecido.
— Mas para que? Desta vez os pre­
judicados foram os ausentas quo nada
— Chegaram do fora no (lia 11 do
acharam e voltaram sem terem ao me­
corrente dous voluntários, quo cslão
na guarda de palacio, a causarem dó> a nos em ([ire cobrar a porcentagem; vie­
ram furiosos!
indignarem quem assim os vò!
— Tiram breve a desforra; acham
— Mas que tem?
— Estão inchados, nmarellos, con­ logo um ealdinho gordo; todo dia tam­
vulsos de frio e fome, deitados, a pedi­ bém não é dia santo;; umas em cheio,
outras em vão.
rem que S. Ex. o presidente lhes falle,
e S. Ex. lhes responde que apparecam — Mas si houvesse dinheiro, ficava a
idaudieneia, pretinha prejudicada, porque os laes
— Que esperem. ausentes-presentes são muilo solícitos
— Esperar» quando a qualquer hora em arrecadarem-d-inheiro pura a nação.
S. Ex. recebe os amigos potências! es­ — Nrso tenha susto; si houvesse cora
perar quando dous e tres dias S. Ex. : que comprar melões, haveria também
deixa de dar audiência! Está com efler­ j calções que se interessassem pela he­
to muito bom o remedio: morrem os rança da velha..
homens á fome e S. Ex. lhes ordena que
digam á fome que os não mate! j — Desejo dar-lhe unia palavra*..
— Es pec I acu 1o con tr istador! — Quem é o Sr.? •]
Quem diria que por baixo do abcati- — Quero fazer-lhe um benefício*..
fado soalho em que pisa o liberal M. — Quem é o Sr ?
Dantas haviam estar a morrer de forno — Quem me avisa meu amigové;:que­
os defensores da nação, que elle fez vir ro fallar-lhe em seu. favor.
de tão longe’
Gloria a Deus nas alturas! — Q St,,, além de qiierevwmrcioMw
um crime, não respeita a< moralidade
— Dizem que são divertidas as pa­ publica. Tenciona prostituir essa infe­
trulhas da freguezia da Victoria liz,. que tem apenas Í2: annos,. e á vista
— E' regra geral; os soldados d'e po­ do publico, em uma* casa publica-, vi­
licia são muito engraçados. ve a beijal-a, acariciai-a & &.■
— Mas não fazem disso as patrulhas Queria prevenil-o, de que, si conti­
das outras freguezias. nuasse,. não era muito impossível que
— Disso, o que9 lhe apparecesse o? miixinguei.ro.do A/a-
— Andam pelas roças alheias a es­ bania.
pantar os cães, a acordar quem dor­ — Jesus! cora que gente estou!
me e amedrontar os caminhantes. — Repare que a rua das Drogarias
— Ora seboloruml é muito freqüentada, que sua loja ee
Si não fazem isso n’ouíra parte é capelisla e drogas é visitada e d e ix e -s e
por que nem acham cachorros nem en­ por tanto de criancices.
contram rocas.
4 — AIuito obrigado, meu bom Sr.
4 • f

— Capitão, como vi o outro dia V. — À escrava de Maria da Gloria js


Ex. occupar-se de uma historia de au­ está liberta?
sentes, lembrei-me d’um caso que se — Não sei.
deu na Calçada» — Muita gente assignou peta sua
— Qual foi? liberdade?
— Não soi. Aquillo e quo e . . . . não soi como
— Ou sim, ou não, não transpira esta ate hoje ainda empregado, quan­
nada. (icnlo, moslrem agora sou pa­ do lanlo atrevimento lem leito e todos
triotismo; a moça podo uma esmola dolle se queixam: com receio (Palguern
para ficar livro! ja elle andou foragido pelas maltas de
— A m anm i! S. João; é um palile no grosso.
— Quer pois que lhe altenda o obsé­
quio o homem?
— Em represalia, peço-lhe, capitão,
Pode-se ao Hei dos moleques, que quo mande o muxinguoiro dar-lhe da-
quando despachar seus vassalos, não quellas boas, ainda apezar dos reite­
os mande para as vendas comprar pas­ rados pedidos do Mendonça.
sas, manteiga ■o queijo, impingindo — Pois iulenda-se com o muxinguei-
recados íalsos, sob pena do porão. ro, e impinc-sc.

— Capitão, estive com o Manuel — A i! .. soccorro!.. quem me acodo


quando chegou o José que veiu da Que estou quasi assombrado!
Costa, passando por Cuimarães, e dis­ — Que tem menino? que viu
se-me quo era mesmo no circulo da Quo stá tão amedrontado?
ma-fortuna que se dispara a meada. — Si disser o que vi, temo
— Pois vamos a ella. Que de horror aqui pereça.
— Ponto por ponto: I o Nunca estivo — Foi alma do outro mundo
na armada e elle veiu fugido de sua Qu foi mula sem cabcca?•
>
terra, desertmq por lanto.
— Não senhor; cousa mais feia,
2o Mata-cães não sou, porque até
Terrivel, muito peior.
hoje so dei n’um cachorro por ter co­
— Pois diga logo o que foi,
mido o pinto do visinho e não morreu;
Não trema, limpe o suor.
quando elle matou o gallo por ter sal­
tado em cima do balcão, o quiz cobrar Descance um pouco, e me diga
fraudulentamente duas garrafas de cer­ 0 que assim lanlo lhe espanta»
veja que inventou quo o gallo que­ — Foi ver de fardão um pinlo
brou. Feito d’uma pelle d'anla.
3o Si eu sou cachorro por ser cai­ — Pois uma cousa tão simples
xeiro, elle lambem o é. Tanto susto lhe causou,
E depois quem comprou aquelles Que o fez vir tão assustado,
obj.eclos de ouro furtados á Senhora do (jf alé as calças berrou?!
que, si o moleque ladrão não fosse del-
Com tudo do seu terror
le mesmo,faria o diabo? Elle, um gal-
Não mo devo admirar;
lego que acabou de calumniar-me.
Quando tenho visto homem
Quem engeitou aquelle peso de car­
De corujas so mijar.
pe queo amo deile comprou?
M. D,
Elle, o gallego.
Quem substituiu a carne nova pela
velha? — V. ja leu ordens do dia, assigna-
Elle o calumniador. das pele aclual commandanle das ar­
Quem i oubou no peso as quatro l i ­ mas?
bras? — Ja li; e lenho gostado muito do
Elle, o patife. gosto com que gostosamente o Sr. te­
Quem maltrata os compradores? Eu nente coronel Lopes, commandanto
si alguma vez tenho desavenças com interino das armas escreve antes do
algum prelo é por furtos, c o gallego sco nome— conselheirol
nu.ltralíi os que não podem comprar- •
— Faz rir, não tem duvida!
lhe o gencro e o engcilaoi. Mas não admira porque o Sr. Fa-if
chocoPereira, notaal delegado do l . ° Meu charo Sr. vigário
l)e hissé,
dislricto, que regula com a cabeça do
S r. Dantas , lambem so inculca do Roço-lho tine mc ro*ponda
doulor o pões — D R — antes do nome, Por quem ó.
quando ó apenas um bacharel. Desejava saber; durante o anno
— Quo mundo! Desde a soberba do Que passou,
Lucilei* c o orgulho de Adão quo Iodos Quantas missas na sua freguezia
querem ser mais do quo são! Celebrou.

— V. lè o Phar.ol? a n n ü n c i o s .
— Leio.
— Viu sem duvida um artigo quo Continua fugido desde o dia todo
fali a d'uma boa peça que um lal inlilti- mez passado o mulatiuho Maximiano,
lado Prales pregou no .Manuel de Souza? escravo de D. 01yinpia Joaquina < i<
>
— Li; e admirei mo de lanla boa-fe. Oliveira. Tem 12 annos de edade, ma­
— Tanto maior quanto admirou o Sr. gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
commandanle das armas exigir, para fullanlç, a lesta com uma saliência de
sèr nomeado, caria do Dr. Joaquim cada lado. Quando fugido costuma di­
Sem-sobrenome, o homem mais co­ zer-se forro,não ter mãi nem pai e mu­
nhecido desla lerra. dar o nome. Sabe ler, e escrever um
— Rigorismo militar, que lendo fa­ pouco.. Sahiu de casa, tendo o cabello
lhado da primeira vez, não convinha cortado a meia cabellcira, palitol o
quo de novo claudicasse sob nona do calça de brim azul desbotado, camisa
reincidência que em cousas de postu­ branca, botinas de couro e chapéu de
ras lem penas dobradas........ palha da llalia. Já foi visto de trajo
mudado, uma vez no largo da Piedade,
com uma cesta na cabeça em compa­
— Y. conhece uma negra carcunda
nhia de um homem, outra vez na Bar­
quo vende peixe?
ra, onde depois informaram que havia
— Muito; é uma barulhenta dos dia­
seguido para Itapuan. Ultimamente
bos.
lambem foi visto vagando pela roça do
— Pois não sei cm que se fia! In ­
sulta a lodo o mundo, e'ha pouco deu .Gantois.
Quem o levar a sua senhora na rua
pancadas n’uma companheira que suc-
cumbin talvez disso. da Larangeira casa n.° 102 terá 25íf
— E injuriou tambom muito a um de gratificação.
pobre homem que lhe foi comprar pei­ Gratiíica-se com 600$ para a com­
xe e não quiz, por achal-o podre. pra de uma mobiiia a quem der noticia
Em que se (ia aquella negra? de um burro, cor de bubosa, com fren­
—'Ora em que! Dois não sabe que a te aberta, crinas grisalhas; é gordn.
negra é da casa do barão do Rio Ver­ meio manco, e fugiu do quintal do
melho? arsenal do guerra. Quem aclul-o, le­
-Ah!.... vando-o defronto do forlinho da Lagar­
tixa, receberá a quantia acima.
— A papa-ceia promclleu clarear­
mos os negocies do batalhão de Santo A o s ta n o e iro s.
Antonio, e tão grande foi o echjpse que Vende-se uma porção de barris,
ainda está escurol promplos e por apromptar,baldes, ti­
— Fora bobo! nas, madeiras aparelhadas e uma rica
A fugida do Venus, vivendo no la ­ caixa de ferramentas & & .
maçal das infamias, não podia sinão Quem pretender dirija-se a esta typo-
cmlamear a cara de algum observador graphia que achará com quem traclar.
que por sua elevação esperava.
T Y P . 1)12 iUAUQUES, A U IS llü E S E I ü RAVIUNA-
l’ í í R I O D I C O CRITICO E CHISTOSO.

S K I I I E 51.- B A H IA 18 D E JA M E IH U D E I88(i. Ns. 310 e 511

Puhlica-se na typographia <le Marques, Arisliiles e Igrapiúna, à rua da M izericoritía


n. 17, a i f y rs. |>or serio de 10 números, pagos adiantado. Folha avulsa 120 rs.

— Bem vè que hão de ter feito co 'po


de delicio.

E X P E D IE N T E . — Esteve muito concorrida a festa


do Bomíim; nunca vi tanta genle.
Cidade de Lalronopolis, bordo do
— Como sempre, como sempre.
Alabama 17 de janeiro de Í8G6.
— Menos isso, as gazetas grandes
Oííicio ao Sr.subdclegado da Penha, dizem que a concurrencia foi maior.
pedindo-lhe providencias para que não — E por isso V. também diz! Pois
continuem a tomar banhos meninos e eu que não tenho necessidade de elo­
rapazes nús, em iodo o littoral de ita- giar thesoureiros, desmerecendo a fé
pagipe. dos Ceis, digo que não vi la estas cou-
Espera-se de S. S. alguma atlenção sas. Comludo gostei da illuminação,
para semelhante objeolo era respeito á > que é a melhor que lem apparecido;
moralidade publica. gostei do palacete; goslei da musica e
Portaria ao fiscal da Conceição da de não haver os incommodativos bar­
Praia, ordenando-lhe que multe o dono beiros; goslei da musica interior; mui­
de uma lasca ás Portas da Ribeira n.° ta gente achou falta de foguetes do ar
42 D, não só por tcl-a aberta toda e eu acho muito o que chega a um;
noite, o que da nmlivo a que alli ha­ não vi abrasadoras fogueiras, mas vi
ja desordens sem conta , como por muilo cntbusiasmo, mudo samba,
vender uma tintura ext avaganle a que muito car.guá, alguns balões e o logo
da o nome do vinho da Figueira. Cum­ de artificio que não esteve mau.
pra. — Mas aposto quo me não viu; levei
Ires dias sem dar acordo de mim!

— E ’ certo que no sabbado 13 do -Disseram-me que urna furia da


corrente, uma crioula lançou-se á rua Chapada fizera dosapparccer uma sua
das janellas do sobrado n .° 40 á rua cria de 15 annos por ciumc.
do Sodré? — Já ouvi dizer; dizem quo antes
— Ouvi dizer; dizem,mas não creio, dera-lho muitos bollos e que de­
que ioi por ter quebrado um prato c a pois disso, a rapariga dcsapparccera
senhora castigai-a horrivelmente. sem quo ninguém delia pudesse dar
— E as authoridades? oorla íiolicia.
— IS são assim as cousas; vao osla quo os subalternos se defendam d
terra á loi da natureza!. . . . , a censações e elles o não fazem- g/*
! ponha depois que um do»
| traz. umas aves e um dos emprega,]
— Aspirante João do Deus!
: não as quer receber, de proposíto, po*

— Promplo.
— Vá á rua dos Pés de laranja, pro­ | acinte, aíjm de que a rapariga soffra
curo um mono que anda preso com as conseqüências dc ter reclamado o
cerol á uma Iripeça e que á noite vae que era seu;, supponha que as avesfi.
pousar na laranjeira n .° 13, e atli cam na distancia de 20 leguas senv
põe-so a beijar e abraçar uma gua­ ter quem deilas cuide, porque a dona
riba, e veja si o agarra para livrar l não pode perder a viagem* supponha
as famílias do incoinmodo de não po­ que esse tal empregado das cunhas não
derem chegar á janella com, a sem- deixa em outro dia embarcara rapariga,
ecrimonia do tal bicho. ; ficando ella a esperar pelo dia seguinte
— Será obedecido, capitão. em que pelos mattos chegou á cidade;
supponha que com taes maneiras e ban-
: dalheiras não é que se angaria aug-
— Capitão, não se pode-morar do
; monto o prosperidade para qualquer
lado lerreo na ladeira do Carmo..
em preza — pergunto.:
— Porque?
Que faria V. Ex. a empregados taes?
— Um mau cheiro dos diabos que
i — Demiti ia-os im medi alamente e
não deixa a gente parar.
í talvez até os processasse pelas bailas
— E. de que provém?'
encontradas* na bagagem das passa-
— Vem do quintal da caza n.° 53;
: geiros.
os moradores povoaram o quintal de
— Mas supponha, capitão, que a es­
cloacas, a maior parte das quaes estão
trada, como cu }a disse, é a bordo.
cheias e exhalam terríveis gazes para
— Mandava o muxingueiro- se indi-
quem tem nariz, por menos delicado
rei lar com os taes meninorios para an­
que seja, e para quem tem saúde o
darem direitos.
quer conservai-a.
— Pois em Latronepolis, capitão, ha
— Mas que quer que lhe faça?
disso tudo, e as aguas correm pelo no
— Que mande o muxingueiro visitar
abaixo.
aquelles negros, para que elles se doem
ao trabalho de rcgularisar suas indi­
gestas digestões. — Houve um gallego.. . .
— Ora viva!
Intenda-se com o fiscal da Rua do — . . . . que deixando a santa ter-
Paço, que é o competente para provi­ rinha em que biu o ser, embarcou-so
denciar em casos taes. para o Rio de Janeiro, onde chegou a
• — Pois sim; si o moço dignar-se* ser caixeiro. Áhi deu-se mal, eanibou
que visite o quintal da cilada eaza,pois, para a Rabia, onde serviu, p o r pouco
além de dar lucro á camara c a si, íaz tempo, de caixeiro do José, irmão do
um beneficio ao publico que agrade­ Joaquim, compadre do Leite, amigo do
cerá sem duvida ao empregado zeloso. Borges.
— Não deite á rua a parenteMa do
— Capitão, supponha. . homem, Sr.!
— Peça licença ao Observador quo — Deixou o amo e foi ser socio cm
é quem pode faliar por hypolheses em uma loja de louça e ahi serviu de ala-
allacado. laia ; estabeleceu-se depois n’uina i'ua
— Supponha que a bordo ha uma formosa, mudou-se mais tarde para a
estrada de ferro; supponha que nclla rua torta do Mercado, o deu-se por
ha roubos; supponha que os prejudi­ quebrado, deixando a chavo em juisü-
cados reclamam e vãoã imprensa; sup­ Deve a um credor, quinze contos do
ponha que o principal empregado quer reis, a outro doze e assim por diante;
o a i .a r a m a : 3

não pagou nem ao caixeiro quo diz ter de quem tive filhos o do quem mamei
revelações a fazer na hora do estouro. os cobres; fil-a assignar um papel em
— Dò-me la o 1101110 desse celebro branco, e deitei-a depois a ponta-pés
tropianlo! pela porta fora. Dahi por diante, não
— Manueli. sei si por castigo, periga minha vida e
— Manuel do que? continuo ou camiuho apressado para
— Manuel Junior; ora filho d’um po­ a miséria.
bre roceiro que andava com um macha­ — Estás leproso ! não me venhas
do ás costas a cortar lenha; isso infor­ contaminar a tripulação!
mo u-me o Teixeira. — 0 meu moral é que pode ser quo
Esse gallegorum. . . corrompa os marinheiros.
— Quem, o Teixeira? — E de feito! Um homem que nega
— 0 M anueli; insultou a própria em juiso seus filhos é egual ao que in ­
sogra. juria cm publico aquella de quem os
— Cousa de pouco admirar com a lem e injurias não merece.
educação que recebeu. E ’s infame!
— Mas ficou querendo campar de — Capitão, estou arrependido da-
gente, quiz ser até trovador, como si quellas descargas do n.° 19 do Álaba-
trovador fosse peralta ou ladrão. ma até trinta ou quarenta e tantos.
£ o genio que tem a peste! — Tarde chega o arrependimento.
Quando mudou-se da primeira loja, — E’ verdade, capitão; tanto que fui
conservou em seu poder a chave por ao Subtil pedir um favor que elle mo
mais de um anno, só para fazer mal a promelteu e na occasião faltou.
um honrado negociante biazileiro que — E fez bem; ninguém tem obriga­
pretendia a caza. ção de aquecer víboras para o picarem
Fez isso, pelo simples fado de ser o ao coilo. -
negociante-uin braziloiro, e carregado — Nem eu digo o contrario; o que ó
de numerosa familia; com o que pre­ certo é que lenho em caza a cascuda
judicou os credores pois que fundo elle Veríssima, especie de jacaré ou casca­
não linha. vel que é capaz de envenenar e matar
^ — Dcixai-o, pobre besta! a quantos delia se approximem.
(Continua.) — E ainda nenhum mal te fez! Bem
dizem que um veneno deslróe a acção
do outro.
— Capitão, eis-me aes pés de V. Ex.í
— Não é tanto assim, capitão; mas
—-Levanta-te! Quem és tu?
é que outro remedio eu não linha,salvo
— Ah! por quem é tenha dó de mina!
si quizesse dar com os ossos na cadeia,
Não vê V. Ex. como estou?
a pagar as custas da demanda que livo
— One tens?
contra eiIa por causa da escrava no
' — Ah! pois não vê! Ja não sou a-
curso de 7 annos, em que lhe não dei
quelle que mandou f zer fogo a bordo
que comer.
deste vaso contra quem protegia certa
— Fizeste como o hespanhol que co­
mulher que illudi, deitando-a depois
meria n’ um só dia o q u e .. . .
para fora de caza, carregada de filhos.
— Com eífeito, ja não és quem d e n ­ — Não fiz como ninguém; fui a todos
tas eras. Como estás desta forma? os candomblés e os papaes me diziam
— Nem o sei: em outras epochas fui que eu ganhava; fiado nisso.. . .
em grande, fiz prodígios; negociei para — Fizeste quanta bandalheira ima-
Azia e Africa, Europa e America; tra­ ginaste.
fiquei em carne humana e peidi mais E que historia é uma do certa viúva
do que lucrei; bati sulla, cozi sapatos rica,do quem te inculcaslc procurador?
c fiz tamancos, o em tudo isso loi-se- — Ainda uhi nova taboca, meu ca-
nie o dinheiro, vendo-me portanto o- pilão!
brigado a cngauar uma pobre mulher Queria ver si a pilhava o pilhava-lao
os cobros, gastei perto de 400/ e quan­ « a lü ia ra m -n » e bwam-sc! Eram «mv co:-
do a pedi cm casamento,a viuva abanou l e k o lleiço ra ch a d o , um Caldeira tilfo
com a cabeça, que foi mes-mo um ro- da Trindade, um tal Henrique Ribeiro,
pellão dos sciscentos; ropollào ainda o ou tro d ia b o ,c u jo nom e não adianta
maior, porque querendo cobrar o que
gastei, perdi lambem a demanda! ° C^_Sem duvida iam todos mamados.
— Ficas te sem amor e sem dinheiro! E amanhan Reiço-rachado ha de dizer
Mas lambem o que queriassija linhas que é serio,, casado, advogado,.parente
illudido a Veríssima e a reduzido á do cons.. Zacharias etc. e tal.
Pobre diabo!'
miséria?
De tf, meu patifão, sei ja de duas; j? pobre policia que so rrão pode
para a terceira o muxingmTro se in ­ com cífeito arranjar com laes impor­
tenderá com ligo,, para o que vou ja tunos barulhenlosl
expedir as convenientes ordens.
— Capitão, eu quando cheguei im ­ VA IU E D A D K .
plorei compaixão. Um jani.ii 1. americano conta o seguinte»
— Ter compaixão do infeliz é ser i Um medico materialista quiz ultimamei,.
euaridoso; obrar cirandado cifra-se em te sustentar contra^um famoso orador s-.tero
cumprir as obras de misericórdia;, uma ; a doutrina da não existcncia da alma e
dellas é castigar os que erram; tu ar­ para estí?’ ohjecto. fez ao reverendo padre as,
seguintes perguntas:
raste; logo a compaixão que eu posso
Já vístes alguma alma?— Não.
ter para e comtigo é mandar o muxin- Já ouvistes alguma, alma?— Não.
gueiro dar-te juiso. Ja’ ebeirastes alguma aliua?—Nãn.
— Terrível codigo o de Laba tu l! Ca­ Já saboreastes alguma alm?-— Não.
pitão, V Ex. modifique a conclusão.do Já Senti-tes alguma a !iw ? — Sim,. gvaçps
seu sorites que me faz muito mal ao t a l)eus,. rospondeui o padrp.
Pois bem, proseguiu; o medico,, aqui te­
lombo..
rnos quatro sentidos contra um. para provar
— Muxingueiro, si terceira vez, este que a alma irão existfv
diabo vier a bordo, não perguntes, Então a reverendo, lhe replicou coco estai
obsequia-o:. por alimento 100 calabro- perguntas.-
tadas; por bebida mordaça; por lalhe- fia vossa qualidade dè doutor em medi­
cina dizei-me-
■ res anginhos. E si quizer mais tarde
Jà vistes alguma dor?'— Não.
um banho,deita-lho ao pescoço uma Já ouvistes alguma ilfe ?— Não.
bota de 20 mil arrobas e iuanda-o brin­ Já ch-eirastes. alguma d or?— Não.,
car com os peixes. Já saboreastes alguma d & ? — Não..
— Tenho ouvido, Exm.. Já senlistes alguma dôr?— Sim,
Nesse caso, continuou o padre, a q u i ten­
— Não ba policia nesta terra' Quan­ des quatro sentidos contra um, que [trova­
rão (pie a ilor não existe, e todavia sabeU
do apparece algum guarda, é para es­ que ella existe.
pancar africanos ou para prender a ü doutor licou confuso e virou, as coslas»
quem insullou a patrulha. 0 insulto é por uão poder dar o troco.
dizer que um preso não deve ser es­
pancado. Um oficial frnncez, tendo sido ferido com
— Ora! uma bala na coxa, foi transportado à sitf
— E ’ assim que um negro foi, anlc- casa,, onde os médicos compareceram. Poí
oito dias elles trataram de sondar a ferida
hontem, roubado, espancado e preso;
em busca da bala.. O oficia!- que soíTr!»
é assim que no domingo houve um va- muito lhes perguntou o que elles procura*
vavá dos diabos la para o baluarte e o vão..« Nós procuramos a bala que o feria.
inspector nem apparcceu, a patrulha « Com mil diabos!' gritou o oficial, deviam
- ninguém a viu, ter dito isto antes; eu a tenho ua uiinl**1al­
— Mas que foi? gibeira.


— Quatro capadocios entraram pela
Os nossos avoengos, ao fallar-lhes dc nata
caza de uma fair.ilia.eujo cheio está au­ mult er, perguntavam:
sente, insultaram-na, oUcndcram-ua, -
— E ’ honrada?
( )s iim ssOs pnos (li/iam: posto de accosso o oílioial que servo do
.— 1'? lo rm o Sii?
coinmandanto das armas; acabou de
Os da gc>racfto modorna. ftipprimindo
SPin ( tnida algum» ambas as qualidades,
Ira cia r om ordem do dia ao Sr. coronel
c«ntei)t.u»-S<* em p e r g u n t a 1: Eustaquio por senhoria, quando do\ia
— L ’ rica? dar-lhe excellencia!
— Deixe o homem! 0 caso não é pa­
A IM íIM IK) ra menos. Bois um conselheiro-enge-
nheiro ser substituido por um coronel
— F/ certo que o anno passado o Sr. ahi!
Joaquim de Castro Guimarães foi o pri­ — E reparou quanto elogio vem na
meiro dos tres propostos em meza, na ordem do dia! Só faltou ser elogiado
devoção do Bomíim, pelo thesoureiro o seu cabo Luiz.
José Maria líemiques Ferreira para o — Já houve quem sc lembrasse do
substituir,não sendo acceilo pela meza? cavallo Amisade, que realmente com
— Consta. amisade foi por muito tempo desfruc-
— Bois surprehendeu-mo bastante, lado, apesar de ser da pobre da nação.
èste anno na oecasião da festa, ler-sc — Olhe que esle mundo tem cousas*
a ciei cã« o dos novos funceionnrios e
achar se o Sr. Castro Guimarães na — 0 Sr. Dantas lem passado uma vi­
qualidade de escrivão. da regalada; boas festas que lem lido!
— £’ que oSr. Castro Guimarães não Não ha uma semana em que S. Ex. não
servia para thesoureiro, até porque fal- dê seu passeio.
)ava-se que o Sr. l)r. Fedroso, pelas — Mas é pelo bem publico.
grandes obras que projeclava fazer, so La vao agora S. Ex. para o rio Pardo
queria servir como juiz, sendo thesou- aplanar as diííiculdades que possam so­
ieiro o Sr. Nicolau Carneiio Filho. brevir á navegação do vapor Sento Sé.
Agora o homem que muito no easo Também so a censurar!
eslava de servir naquelle logar é cha­ — E a elogiar, quando o merecer. Si
mado para esle, pois aqueile é para os bem que não haja mérito em mandar
amigos de alguns mordomos protegi­ calçar as ruas do Julião ao Bomíim, por
dos, e até por que a gente não pode que para ver tal nocessidade não é pre­
concordar com tudo. ciso grande esforço de inlelligencia,
— E depois o cargo é dc dar 300$ com tudo é digno do louvor o aclo, por
rs e o dinheiro (ao menos para algu­ que não sc fez até hoje, não se faria sa­
mas pessoas,) vale mais do que honra, be Deus até quando, si o aclual presi­
probidade, caracter e inlelligcncia. dente não se lembrasse disto.
— Emíim que nos imporia negocio Receba por tanto o Sr. Dr. Dantas
de branco? elogios por ter feito o que deveria fazer.
E ’ provável que alguns honestos e — Que quer? chegamos a uma epocha
independentes caracteres que afervo- em que o cumprimento de dever é fa*
ram a devoção a do Senhor do Bomíim vor. . . .
a elevem á altura a que miraram e para
chegar á qual se esforçaram nossos an­ — 0 homcM-camaleão, o politico-
tepassados. furla-cor, o mestre-cschola de Latro-
nopolis, finge-se Jeremias: cm vez do
— 0 Sr. tenente coronel José Jo a­ prantear sobro as minas desta terra
quim Uodngues Lopes, em ordem do como o propheta sobre as de Jerusa­
dia, n.°63, censurou ao Sr. comrnan- lém, lamenta a sorto dc um homem
(lame superior Carvalhal, por se d iri­ honrado que acaba de soífrer uma gra­
gir, sem seu intermedie,ao presidcnlo vo injustiça.
da província; cilou para isso a lei. Mas a consciência do miserável está
Agora porém esqueceu ou íingiu ig­ sempre abaixo do seu interesse;sabo a
norar a lei quo manda ti alar com um rasãojporquo fui destituído o medico, q
militar, com algumas dezenas do annos nado por inteiro, revistando despachos
do serviço, sempre respeitado, sempre trabalhando até as 11 horas!
elogiado,sompro honesto; onnumera os — S ala!
servidos do doutor; laz vor a grande fa- li chama V. a isso patronato' Os ho­
luitia quo sustenta c as quo delle de­ mens a trabalhar até 11 horas da nou»
pendem; mas não slygmalisa o lyran- te! Pobres viclimas!
íio por meio do quem tal injustiça se — li quem lhe disse, capitão,quo as

fez! 0 inleresseiro, ainda pelos laços 11 horas eram da noule?
d’amisade não é capaz dc protestar con­ Os homens antes do meio dia con­
tra a arbitrariedade dc quem esmaga o cluem a revista, e andain a encher do
amigo, so porque os covardes íiguiões, pernas as ruas e as lojas c a traclar do
os mandões do borra lhe pagam quatro politica.
duetos dc podre incenso! — ílomem, si tem inveja, faça assim
— Como ha dc elle dar a rasão, quan­ lambem; cabale para ser empregado
do ella so podo servir para anatomisar na thesouraria,
os corações mesquinhos dos entes ran­ — Capitão, ainda que eu o fosse,taes
corosos que commetteram uma infamia, commissõos não rccahiriam em mim,
que muitas commeüeraõ ? Como, si que la ha meninos mais bonitos, me­
elle sabe que o seu amigo soíTrcu por lhor prendados e optimamente apa­
scr amigo do seu inimigo? drinhados.
Bem feito! quem o mandou fazer — Percebo-lhe: o Sr. quer dizer a-
versos? Sahiu-lhe caro o acrostico. mor e a üngua não o ajuda!
— Ainda bem quo V. o sabe! — E ’ isso; adeus; eu breve volto pa­
Avalie por abi o do que é capaz o tal ra desinvolver o mecanismo da cousa.
republiqueiro dos princípios-pouco e
dos homens-ludo. — 0 quo tem aquellas mulheres que
vão tão zangadas?
— Capitão, venho representar contra — Queixam-se que foram na sexta-
o proceder injusto do inspector da the- feira 29 do p. p. fazer uma romaria ao
souraria geral de Lalronopolis. Senhor do Bomíim, levaram meia ar­
— Diga-se. roba de cera, deram uma esmola soffri-
— Não é praxe ficarem por mais 6 vcl em dinheiro, mandaram dizer uma
mezes n’alfandega os empregados da missa incensada e depois foram ao
thesouraria encarregados da revisão dos zelador pedir uma medida e este não só
despachos? negou como tratou-as mal.
— Assim o tem declarado o proprio — Tenham paciência. 0 Senhor do
inspector em algumas occasiões, e tan­ Bomíim este anno esta fazendo obras,
to que não consentiu por mais tempo e não tem dinheiro para ninharias.
dous empregados, cujos nomes não mo
occorrem agora á mente.
— Pois creia que estão n’alfandega Pergunte ao Sr. Bastos, morador ao
dous empregados da thesouraria a re­ Barbalho, si elle consente que seu es­
vistar despachos (sinecura completa) cravo ando saltando as cercas dos qui»~
um de nome Matumbas, ha perto de taes alheios, para furtar jaccas, todos
Ires annos, e outro por nome Jarobo a os dias c noites.
caminho de um. E diga-lhe que o escravo furta lam­

— 0 inspector é praxista de nota, bem fumo dos charutos que se faz eni
amigo de equidade. casa, para vcndel-o na rua.
— 0 que eu julgo que elle é é um E’ uma pergunta e uma parlecipação
amante extremoso do íilholisnin; os me­ que lhe faz um visinho que se julga
ninos são realmente credores de patro­ bom e quo não quer questões na visi-
nato, um pela doçura do nome, ambos nhança.
por conservarem o receberem" o orde­ Um prejudicado.
()ti! (]!'<’ gnmdo novidade! — Capilão, aqui lhe trago pelo can­
Quo doscolx 1’tn so fez! gote esto snjeitínho, que tirei das gar­
El-roi D. Mu nó do Souza ras de dous que iam com elle aos pu»
Não ó Solnno Lope?.. xavanles lá para o Porto da lenha, no
51au Fim.
Isto diz muito vaidoso
Mestro-escholn interessei- o;
— Quem c esle diabo?
— Ifa um anno que o carreguei, no
Não quo tenha conscienc:a,
dia de Reis feito Maria Madeira com o
Mas porque lhe dito dinheiro.
Sallvsliano.
Os nomes não são egunes,
— Oh! Hei dos moleques, quo fizeste
0 nome ao enso não vem, de novo?
Si é tvranno o LopeZ — Ja não sabe o costumado?!
Mané de Souza é tambem. — Ainda não lomasle vergonha?
Queres a prova, morcego? — Como, si pau que nasce torto tar­
Olha o pne, o neto, o irmão, de ou nunca sc? indireita!
Olha o filho, olha o marido — E ja ensinaslc os marotos, do
Cmno para a guerra vão. quem dísseste que te havias vingar?
Algemados uns vieram, — Ora deixe-me! ainda não os en­
Outros em pranto abi stãoj
contrei.
Estes rotos, maltrapilhos,
— E que tu podes ensinar, quando
Vem descalços do sertão.
precisas apprender na coxeira de A-
riani?
0 pranto alli corre em jorros,
— Sou homem de importância, capi­
Converteu-se a terra ein mar*
lão. Pois não viu-me conversar com
Pois no pranto das viúvas
aquelíes dous moços na egreja?
E ’ que el-rei vae se banhar. — Vi-to, mas vi-to logo depois a

,
Sacia abi sua gana, conversar com dous moleques capado-
Seu desejo de ser cousa cios,em tudo ditterenles dos primeiros.
Vão recrutas para o Su l, E a graça é que ainda achas quem
Triurnpba Mané de Souza. te aperte a mão!
Stás satisfeito, leproso? E o que admira é que um delles seja
A lepra que te dt-stróe aquelle mesmo de quem abusasle com
E ’ a mesma que o moral uma carta falsa.
De Manesinfio corróe. — 0 moço perdoou-me, capitão.
— Mas não le perdôo eu, patife.
Muxingueiro!
— Não loco mais, quo não-posso!
— Ja quatro duzias de bollos no Rei
— Toque, que é per ordem do com-
dos moleques; e, si for possivel, Iran-
mandante.
cafia-o no porão até que chegue a qua­
— Sacco vasio não se põe em pé;
resma, para ver si esta peste com a
estou locando desde manhan sem
penitencia toma geito.
comer; não é possivel.
— Sim, Sr.
— Porque não comeu em sua casa?
— Não sabe que eu vim para aqui
desde honlem? E que não lenho escravo — Quem não é por nós é contra nós.'
para me trazer comida lão longe? São palavras que lodo capadocio pro­
Sempre se deu comida á musica mi­ nuncia e que cahiram da bocca do
litar que vem locar. re i. . . .
— 0 eommandante disse que á tarde — Dos judeus.
mandava dar dez tostões a cada um — dos egoístas, acaba do di­
de gratificação. zei-o o homem do interesse.
— Agrcdeço. 0 meu quero dar dc — Coitado! nunca leu o Evangelho o
esmola para o Senhor do B om ftm . pobre do mestro-cschola.
— Jg n o ra n lc ! Se m p re o com i p or al^
guina cousa illuslrado; mas agora re­ tuía soerei ar io do conselho de coinpf a
conheço quo lem rasão os quo dizem do arsenal de Lalronopolis.
quo sua soi eu ei a ó bem desinvolvida (Continua.)
110 ponlo do venha-a-nos. Não podo por
tanto cs!ar em dia com as palavras do ~ A ~ N ‘iN u ' í\ ( J k )~s ~,
divino Mcslie (quo tangia a chicote os
especuladores do Templo) quem vive Gratifica-so com 8$ rs. a quem en­
especulando com a inépcia de um go­ tregar uin reiogio de prata galvanisado
vernador, capaz de levar as lampas a de n° 41829 com cadeia de ouro de 18,
Berlholdinbo, so para ter quatro vin­ que foi furtado no Bomíiin pela compa­
téns de quo não precisaria si so lem­ nhia do olho -vi vo a Manuel Francisco
brasse de presar a dignidade que al­ dos Santos. Outro sim, pede-se aos
guém lhe emprestava em certo tempo. Srs. relojoeiros o favor de apprchendcr,
' - S a fa ! caso lhes seja oílerccido semelhante
reiogio. Na travessa do Cruzeiro, n.8o
— Capitão. . . . A se encontrará o annuncianle.
— A que vens?
— Noticias do tal escrivão do arse­ Quem perdeu um cachorrinho do
nal de guerra de Lalronopolis. raça
* ingleza,
O 1 vá á rua do Faco
* n.°52
— Diga, diga, que estou aneioso. que dando os signaes certos o pagando
— 0 cujo lendo ou sabendo do pri­ a despeza do annuncio, lhe sera en­
meiro escriplo que começou por desco­ tregue.
brir-lhe a melgueira, bradou que os au-
thores daquillo mereciam lama na ca­ 0 ooliegio de meninas Santa ízabel,
ra; que so apresentassem os patifes, á ladeira da Baixa dos Sapateiros, abre-
que elle daria uni alfinete de brilhan­ se no dia 3 de fevereiro. 0 incançavcl
tes. zelo das dirceloras lem apresentado
— Admira que hoje lhe sobre di­ meninas (bastante assiduas) pròmplas
nheiro para brilhantes, quando lhe em dous annos de ler, escrever, contar
faltou para o titulo do emprego, des- e Iodas as prendas domesticas, como
peza quo foi feita, a seu pedido, por seus paes, tutores etc., o poderão at-
quem faria o fornecimento da tal ma­ testar. 0 mestre de dança serà o Sr.
deira que lhe IaIIei. Bastos— nesse collegio não ha castigos
— Quem foi que alcançou do mesmo de qualidade alguma, conseguindo se
50$ para certos arranjos, além da pro­ adiantamento espantoso pela amem-
messa de 600§ para mobília, dos quaes dade e carinho das dirceloras D.Joan-
só se ponde obter 20 0$ ? São estes os na Maria da Silva, !). Perpetua Maria
200$ de que lhe fallei. da Silva e D Narcisa Maria da Silva.
Ficara os 400$ para quando se fizer
A o s tan o eiro s.
a entrada das cossueiras, que ainda se
Vende-se uma porção de barris,
não realizou.
promptos e por ap ro m p tar, baldes, ti­
Mas sim. Enfurecido como estava, nas, madeiras aparelhadas e uma rica
depois de muito rugir, roxo, de muitas caixa de ferramentas & & .
borracheiras, apresentou para sua de- Quem pretender dirija-se a esta lyp0'
feza documentos ad hoc,do mesmo mo­ grnphia que achará com quem tractor.
do que tom arranjado avisos para apa­
drinhar certas reformas, que lem feito Vende-se uma boa casa torrea situa*
por ca, bem como os de 4 de outubro da na freguezia da Ponha,rua do Areia
de 1862 e de 24 de abril de 186o. de Ilapagipe, de n.° 21; quem preten­
der dirija-sc á freguezia do S. Pedro,
Continue, quo estou gostando.
rua do Duarte n.° 13 para Iniciar.
— . . . .o primeiro tractando de re­

ceita c despeza e o outro quo o consti­ XV I». DIS M A K Q U E S , AIIISTIDISS 13 lÜitAPlONA*
0 ALABAMA
1’ E R I O D I C O CItITICO E CHISTOSO.

S E IÜ E 5 I.- BA IU A 20 M i JA N I5 M O BI5 18GB. N*3I2

Publica-s-e na lv|iogl'nptiia de Marques, Aristides e íg r a p iú n a , a rn a ila Mizericortlia


R. 17, a i<^ rs, por serie cie 10 números, pagos adiantado. Folha a v u ls a 120 rs.

— Custou a alforria 1:300$.


— A commissão que agenciou a as-
E X P E D IE N T E . signatura é composta dos Srs. Antonio
Francisco Brandão, Antonio de Freitas
Cidade de Latronopolis, bordo do
Paranhos Junior e Francisco Xavier
Alabama 19 de janeiro de 1866.
Calilina, a quem Anna agradeceu o
Gííicio á caiwara municipal, pergun- grande favor que lhe fizeram, assim
lando-llie si não ha uma postura quo como a todos os subscriplores e ao
prohibe vender-se iaranginbas e ou­ Exm. Sr. Pr. chefe de policia, que é
tros objectos para o enlrudo; e no caso realmente credor de elogios pela feliz
de havei-a, indagando o raolivo por lembrança que leve.
que os íiscaes consentem que em leda — E nisso ficamos.
parle sejam elles vendidos.
— Ao Exm. Sr. Dr. chefe de policia, — V. conheceu Fumaça?
pariecipando-lhe que, na manhan de — Conheço.
19 do corrente, dous empregados var­ — Conhece não, que ja morreu.
redores da limpeza publica, na rua — Morreu! Quando?
Âtraz da Sé, insultaram um tabareu e — Entrou para o hospital sem chari-
escovaram- lhe depois o pello com o dade, sahiu delie por são, e morreu no
cabo das vassouras. dia*seguinte na caza da moeda.
Parece que tal procedimento não é o — Pobre Manuel Francisco!
mais conveniente, e espera-se portanto — Decantada charidade!
de S. Ex. que procure evi lar coníliclos
quo de lal graça possam provir.
— Manéda Ilora, soccgue!
Portaria ao íiseai da Sé, ordenando- — Mané da Ilora, deixe-se disto!
lhe que faça conduzir ao curral do Con­ — Manéda ilora, não brinque!
selho uma immensidade de porcos, — Mané da Ilora, olhe que o diabo
que existem em uma quinta ao pé da
é sujo!
padaria de Guadelupo, depois (te ap~ — Mané da Ilora, isto não é graça!
plicar a conveniente multa ao dono — Quo diabo de tanto Manéda ilora
de taes porcos. Cumpra. é um!

— Anna, escrava de Maria da Gloria, — \V aquelle menino, empregado na


está liberta! limpeza que se põe u ameaçar os com-
0 o ai ab ama .

« — Deito no da sua.
panhoiros com unia faca o quo diz que
lendo vonladc de dar facadas, quor a- « — Abi tem a carne; e atirou-a ao
balcão, cnbindo e1la ao chão.
j)roveilar a occasião para dal.-as sem
« — Abi tem o dinheiro, disse a of-
intenção.
— Bons empregados tem o Sr. Costa fendida, atirando-o lambem ao balcão
c indo parlo dtcl.le eubir d-o* interior do
Guimarães!
— 0 chefe dc policia, si achar que talho.
não desce de sua dignidade, que provi­ « — Dê-ine o resto do dinheiro.
« — Sr., cahiu dentro.
dencie a respeito.
a — Aqui é onde eu costumo deitar o
dinheiro que recebo*,.e irão sei si o scit
— 0 Progresso declara ao A l abama
: alli está; quero outro.
que o Sr. Àristides Augusto.Milton não
E nesse dize-tu, direi eu—fiem o
é o auíhor dos artigos que no primeiro
sujeito com a carne c com o-dinheiro,
dos dous periodicos tem sido publica- |j
e a mulher inteiramente lesada!
dos contra o Sr. Dez. L. A, Barbosa de
— E ’ com effeito digno de admirar-
Almeida.
í se o coso!
— E quem o disse?
E d'e maior admiração e merecedor o
— 0 Progresso dk.qu-0 o A l ahama de
; fiscal, que nunca se acha'presente, que
k do corrente.
nada wèl
— Dois eu garanto ao Progresso que
i — E a dar-lhe!' Q.; que é credor do
está muito mal enganado.
ospanlo, de pasmaeeira e bocca aberta
I — ■
A a bonhonria áxySr. subdelegado que!é
— E ’ grande o- desaforo q.ue se dá realmente um anjo de paz, que quer
nos açougues! Carne podre, mal pesa­ Gear bem com todos, mas que se esque­
da, cara, cheia de ossos e o diabo a ce de que os consumidores não lhe po­
quatro! E. os íiscaes a dormirem!' dem querer bem..
— Q-ue quer? Si os proprios corta­ -— Pobre terra!
dores arrolam intimidade com o subde-
legadu!
— Ora não diga! LA VÀE, V E R S O .
— Os da Baixa dos Sapateiros dizem Carta do com padre dà cidade
a quem os queira ouvir:. Que remedio ao com padre da roça.
tem os íiscaes,. sinão combinarem com- Sr. compadre — fia hem tempo
nosco, quando temos por nós o subde- Não lhe aliço uno tias m ilhas,
legado que é um bonaclio e que nunca Pois- agoüa la vae esta
confirma uma multa? Coutando certas cousinhns.
— Bom! E ’ por isso que aquell.e Sr. Saiba que fui á lavagem
Lino lem o desaforo do maltratar a Que f<»i omito concorrida,
quem lhe vae comprar. Foi uma func-ção dVstouro,
Cousa gostosa, esplendida.
Não sabo o que fez agora?
— Não, mas desejo saber. Q que' não sei lhe dizer
— Entrou alli uma mulher e peeliu- E ’, si é por devoção
Que s’al)alã tanta gente,
Ihe tros libras de carne; o sujeito cor­
G o p o r s i mpl es d i st r a c ç ã o . .
tou duas libras; a compradora recla­
mou; «Não ouvi, respondeu elle. E Só sei e que neste dia
Ilicho careta não ha
trouxe para a balança um frangalho
Que deixando a cidade
de carne com uma porção de ossos qua- Para a lavageui não va.
si moidos.
R ’ hello estar á janelh-
« — Sr. eu vim comprar carne, e isto Logo pela madrugada
é osso. Vendo passar a ciioula
«— 0 osso lambem é do boi; onde l)e vassoura, e requebrada.
quer que o bole? quer que o bole no De baldo na cabeça
az da mãe? A dengosa uutbuiuha,
~.... "" 11 «r
E ’ gostoso eunteinplnl-n Na fronte Marcos barbeiro
C miiO f a c e i r a c a m i n h a . No zabumba vem tocando
Ver gorducho taverneiro Um bem tangido lundu;
Com a cera avermelhada E Ioda gente sambando.
Munido d’oma bem grossa Vem muita fazenda fina
Vassoura toda enfeitada. E cousa grossa tumbern,
Vem Mafalda do Querino
O proprio inglez esquecido
Que chega o vapor inglez, E Mariquiiihas Brm-bem.
Deixa fechado o escripturio Vem Olegaria da tulha,
E lá v.ie por sua vez, Vem IL lena, vem Rosaria,
Vem lgneziuha do Pinto,
E ’ uui dia d" mão cheia
One se passa no Bom íim , Vem S<do mó, vem Ma caria.
Bem poucos dias na vida Vem I/.abel do Cruzeiro
Se podem contar assim! E Maria matnd. ira,
Beruardiua cio Balbino
Quanto thesouro occulto
E Ma; ia sapateira.
Apparece nesse dia!
Prin iores da n atureza Maria Gloria Ia vem,
Qlie tem supraína valia! Maria-rica, do peixe,
E u quizera ter uns oltios Pulcheria, e Severiaun,
Que fossem devoradm-es, Cada uma traz seu feixe.
Que meu peito fosse rede Felicidade Vovó
E meus labios pescadores. Que ainda não perde ,vns5,
Depois de ouvirem a missa Martinlta l)<>i, e Mosqueta
Cmn toda gente de casa.
Dão principio á funçonatn,
Ivetiniudo-se em eotnmuin La vem Miguel Peixe-Galo
Branca, ci iouta e imilala. De lenha um feixe trazendo
Faz roddha d’urnas calças
Ahi ê (pie está o choro,
Do Moysés, q’stá cozendo.
Meu compadre de minfdalma,
Si chamam isso martvrio O Custodio que é um homem
Do martvrio eu quero a palma. Por creonla apaixonado
Vem no meio do farraneho
Qual serà « coração
Cum um ram o acompanhado.
Que por mais empedernido
Mirando aqneile painel Também vejo certo medico
Não se sinla derretido? De vela accesa na mão
Para aceender as fogueiras
„ Haverá peito tão duro
E capiz de supportar Quando for occasião.
Os me-deiaces da creettla No centro la vem sambando
Sem de prazer se babar? O Barros das Oliveiras,
Quem po le ver inipt sivel Com Jeronvrna e Umbelina,
A cabiinha delicada Duas creoulas faceiras.
Mostrando mimosa perna
Mais atraz vem um doutor
Roliça e bem torneada?
Cujo gosto conhecido
0 jarreta amortecido E ’ querer só desfruetar
Cmn 60 annos de edade, Aquillo que é pruhibido.
Carrega seu pote (Pagua
Com presteza e agilidade, Quem fecha o rancho? aposto
Não sabe como se chama;
Somente para poder
A mulata acompanhar E* o nosso João de Deus,
Que Ia foi ao chafaiíz Aspirante do Alãbãmct.
Seu pote d’agua buscar. Agora faço reparo
0 padre depoisNla missa Q’esta vae muito comprida;
1ira n batina e la vem, Não vamos a eStafar:
Baia junto das creoulas Chupe aqui a despedida.
Lavar o odro também.
O mais que se tem passado
Nãu esperam que a lavagem
Pira com simplicidade
De todo findado tenlia,
Outra vez que lhe escrever
La vno a passaralhoda
A ’ praia caifcgar lenha. 0 compadre da c'tduãi\
«Mas isso é improprio da aulhorj,
A PBtDIDO
clade.
«0 remedio é deitar sal-ás-moedat
— Capitão, mais uma.
«Não repliques!
- Q u a l?
«Acudam-me os anjos! pombinha*
— Um cavalleiro ia, na noito do Reis
appareça m!
ás 9 horas,pela Mtuiganga, quando en­
controu-se com o liei dos moleques, — Não admira o ordenança; o sub-
delegado é que é cravo
em quem quiz melter o chicote; ca­
minhou paia elle, pegou no chicote Onde viu-se uma authoridade andar
aos sopapos com certa gente?
pela ponta e com o cabo ia dar-lhe em
— Que quer? Fazem subdelegado a
!....
grosso. Infelizmente o chicote cahiu e,
ohl p u d o r
— Hei dos moleques aproveitou a
um pombista!
E' homem que recebendo um officio
occasiào? virou o feitiço contra o fei­ do chefe e o criado lhe dando a lor,
ticeiro? elle manda deixai -o de parte, por que
— Qual. Sr.! nem nisso falle! 0 co­ quer, por. exemplo, pegar duas botas
varde do Hei de copas apanhou o chi­ que passaram pela praça.
cote, entregou-o ao seu offensor, pe­ — Ora não continue,meu moço.Siin-*
dindo-lhe miseravelmente que o não si«te no desf ucle, volto á carga e po­
offendesse; quo pelo amor de Deus ti­ nho-lhe os podres na rua; declaro-lhe
vesse compaixão delje; que elle nunca o nome, a freguezia, e é quanto basta.
o linha oílendido; que era, falsidade o
que disseram que elle tinha dito con­ A N N U N C IO S .
tra o moco.
— E que fez o cavalleiro9 Continua fugido desde o dia 15 do
— Perdoou áquelle pobre diabo que rnez passado o mulalinho Maximiano,
so tem lingua e coragem para attribuir escravo de D. Qlympia Joaquina de
o que elle falia ao pobre do Thomé, Oliveira. Te u 12 annos de edade, ma­
— Ah! quanto não terá soffri do a - gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
quella celebre carcunda! fallantc, a testa com uma saliência de
— Não sei; é certo porém qne cm cada lado, Quando fugido costuma di­
casa sempre elle entra bem fresco! zer-se forro,não ter m à i nem pai e mu­
— Covardão! dar o nome. Sabe lor, e escrever um
pouco. Sahiu de casa, tendo o cubei Io
cortado a meia cabolleira, pulitol e
— Ora que desfrucle!
calça de brim azul desbotado, camisa
— Qual?
branca, botinas do como e chapéu da
— Pois aquellc subdelegado. si ha
palha da Italia'. Já foi visto de trajo
de tomar conta do que vae pela fregue­
mudado, uma vez no largo da Piedade,
zia, anda servindo de bobo?! Deixa os
com uma cesta na cabeça em compa­
cadaveres insepultos e vem para a ci­
nhia de um homem, outra vez na Bar­
dade, rondar a porta da casa da
ra, onde depois informaram qne iiaviii
casa. . . .
seguido para llapuan. U l t im a m e n t e
— E quem viu?
lambem foi visto vagando pela roça do
— Tem até nm ordenança á disposi­
Gan lois.
ção, o qual fica na praça a observar a
ladeira. Quem o levar a sua senhora na rna
da Larangeira casa n.° 102 terá 25$
— Como se sabe?
de gratificação.
— Eo q u e é que neste mundo não
so sabe? Houve um barulho grande Quem perdeu um cachorrinho de
com um apaixonado c o ordenança que raça inglcza, vá a rua do Paço n.° õ-*
prohibia a entrada. que dando os signaes certos e pagando
«Com que direito faz isso? a despeza do un núncio, lhe scra en­
«Sou mandado e por authoridade. tregue.
PE RIO D ICO CRITICO E CHISTOSO

B A H IA — ANNO I V . 24 D E J AN E I 110 D E 1800. S E K 1 E 4. *— N “ 4.

Pul>lica-se na tyi»ograpíiia ite Marques, Àristides e ígrapiúna, à rua da Mizericor dia


n. 47, a rs. por serio de 40 números, pagos adiantado. Folha avulsa 1 60trs.

ruas dessa freguezia, a toda hora, es­


pecialmente pelo Barbalho e Lapinha;
visto que parece que ha por ahi alguma
Hoje começa o primeiro numero da cousa que prohibe tanta liberdade a
primeira serie do 4o anno do Alobama. ta.es brutos quo se divertem ás vezes
Fede-se aos Srs. assignani.es que,de­ em pisar a gente.
vem Ires c mais series, o favor de sal­ — A ’ empreza do cisco, pedindo-lhe
darem suas assignaluras, sob pena de que, ao menos por coherencia, mande
serem suspensos como remissos. acabar com um rr.onluro que estão
creando nas suas ventas, sem que o
E X P E D IE N T E .
cheiro e os insectos tenham feito dar
Cidade de Latronopoüs, bordo do cavaco aos burros da cocheira, nem
Alabama 23 de janeiro de 1806. ainda a quem os cura.
Officio á camara municipal, pedindo- *\
lho, por quem é, que olhe para a rua — Mais um brinquedo da companhia
do Bnixo.........
Bahia na! Intende que deve comprar
íía talvez seis mezes que existe alli navios velhos e impingir na Bahia por
nm buraco a esperar por quem passa;
grande cousa!
não ha gazeta nesta terra que não te­ A sede do lucro não lhe deixa ver o
nha podido que seja coberto aquelle risco que correm os que lhe dão di­
abvsmo; a lllma. entretanto não se nheiro para sustcnlar-se!
move até hoje! Reclama-se diariamente contra a an­
Espera-se providencia. tiguidade dos seus vapores, contra o
— A' mesma, partecipando-lhe quo seu mau estado, e felizmente cada re­
dous outros buracos se acham, um á clamação não ó acompanhada de um
rua do Aieial e outro ao Cruzeiro do sinistro; mas os sinistros dão-se ahi to­
S. Francisco, adverlindo-se quo para dos os dias.
cllcs não é a primeira vez que se chama Que querem?
a altenção da lllma. Si fazem navegar um Progresso sem
— Ao Sr. subdelegado de Santo An- proa! Si a capitania do porto consente!
lonío, pedindo-lhe que faça com que o Forte miséria! ,
fiscal competente multo os donos do — Mas a que vo n sua dcclnmaçã09
certos burros que andam por todas as — Declumaçav! dois não sabe! 0
por P a ra g u a s s ú foi a piquo no domin­ O quo e certo « quo vejo cães morto*
go, á noilo, com luar claro, indo elle pelas ruas, o não podo ser siuáo o re­
sultado do boílds.
do onconlro ao L u c i j , o estando ambos
do pharòcs acccsos, c cheios do gente. — Ah! ó verdade. For feliz a ideia
quo tevo S. Ex.;, os cães são iniiurne-
— Quo diz?! Impcricia do capitão?
i o s , alropellam os viandantes, escan-
mau estado do sou cercbro? fc.ria ja n ­
dalisanv á moral', á noite ineommodam
tado? estaria cego?
a quem quer dormir, o nesta estação
— Fosse como fosso, o caso den-se; calmosa são atacados do hydrophobia;
si tão perto não fosso da ponto, pode­ S. Ex. lcz por tanto muito bem cm
riam ter ido ao fundo mais de tresen-
mandar malai-es; merece- realmente
tas pessoas que em ambos navegavam. louvores.
Ja um dia da semana passada o va­
Mas ha u ma couso;os cães mortos
por de Cacheira ia levando a breca ,
não correspondera* ao grande numero
com um rombo no costado e a unhas de
do vivos que ha; não deixa de haver in­
ca vai Io galgou o porto»
dolência da parle de quem está incum­
— Deus queira que a segunda edição bido de matar estes.
do sinistros da companhia Bahiana Não seria mau que o Sr. chefe do
aqui dentro do porto,, desperte as au-
policia fizesse activar o trabalho dos
thoridades„si é quo ha alguma incum­ mala-eaehorro..
bida do velar pela vida dos cidadãos
— Ereeommctulasse fermínantemen-
que confiam em u.ma empre«a nego­
te ao Sr. ex.-tenente coronel Costa Gui­
ciante e só avida de ganhar dinheiro.
marães quo não deitasse os cães mor­
— Si for a se esperar pelo quo ve-' tos no centro da cidade.
»ha. do cima, estamos bein sei1vidos. — Que duvidai S e m bonito q.ue a
0 melhor é o povo não concorrer á limpeza enehesse de cães mortos a rocat
companhia, que ja um idiota mo disse, ao riu das Tripas, em quo mora o Sr.
qiro sendo composta do inglezes, tem professor Antonio Alvares dos Santos!
interesse de matar osbruzil.eiros, para
— Teria pouco de que admirar-se; o
ficarem elles senhores da torra.
mesmo- professor tem consentido quo
— Ora cebolorumE
Ioda a immundicia seja a 1li deposita­
da, de sorte que quem mais vem a
— Dizem que appareccu nos man­ soffrersão os pobres habitantes de San­
gues do Uruguay ( freguezia da Ponha ) to Antonio-, bafejados pelas auras que
o cadaver do uma mulher, isto no dia de la refrescam.
14 do corrente. — Eu lenho* fe no* chefe de policia1
.
— Que houve?' Depois o homem da limpeza mesmo e.
— 0 subdelegado procedeu no dia que ha de pagar..
seguinte a corpo de delicto»
— Que tem a censurar? — A direciona dos estudos declarou
— 0 corpo la íicou e Ia está. que as ferias do Natal- concluem-se a
— Sabe si deu o subdelegado ordens 15 de janeiro-.
ao inspeelor? Assim é; da parle da imprensa hou­
— Ignoro. E quantoá inspecl-uia do ve equivoco, engano, erro.
Uruguay conversaremos largamente. Alas hoje são 22 de janeiro e ha mais
de uma aula em mais de uma fregue­
zia , cujos professores ainda so não
— Louvores ao Exm. Sr. Dr. chefe dignaram dar um ar de sua g raça.
de policia!
— Que ha? que fez elle? salvou a
palria? — Dissoram-mc que no Bomfim,
— Paliemos serio. Não salvou, a pa- quando ha fogo,, não sobem ao largo
>bem ao
cavailos nem carros; écerto?
tvia, mas pode ser que o deseje.
•— E ’ velh o .
Pois consta quo. apozar da urdom, E ’ preciso um termo a isto.
na noite do Nossa Senhora da (íuia. S. — Os Srs A ria nis não deixarão dc
Ex. o Sr. Dr. chefe do policia mandou allender a tão justas reclamações; di-
subir o sou carro. rijam-sc a elles que serão sorvidos.
— Não duvido. — Pois bem, si elles são bons moços,
— As sonlinollas oppuzoram-se; mas cu vou ter com elles.
o esforçado dofensor das lois e das
cliaridades intendeu que sua palavra — Dizem que vão ollrrecer uma es­
não devia tornar atrás, e mandou ás pada de honra ao Sr. tenente-coronel
sejnlinellas ordom do deixarem o seu José Joaquim R. Lopes
carro subir. — Não acho bom. Si tal ideia não
— Gousinha. 0 menos quo podia vingou quanto a S. i\I. o Imperador,
succoder era subirem Iodos os carros c por não ter elle sc achado em fogo,
cavalloiros a alropellarem o povo, gra­ como é que a vão dar ao Sr. conse­
ças ao Sr. Junqucirinha que provocara lheiro, que não tendo armas para aqui
tal scena. commandar, andava a cavallu visitan­
— [le certo; ninguém lem obrigação do as egrejas?
do obedecer a intimações, nem de exe­ - L a se avenham; sua alma, sua
cutar leis quo a authoridade é a pri­ palma.
meira a desrespeitar e transgredir. Tambem quem dá uma espjída bonita
quer vol-a zelada, o o melhor meio ó
lel-a guardada na bainha.

— Ja se não pode, capitão, com as — Sabe d’uma cousa?


gondolas! — V. dirá.
— E ’ ir para os vapores. — 0 Ariani prohibe que entrem mu­
— Peior a emenda que o soneto; l a , lheres nas cocheiras que lhe pertencem.
si ha destroço, a gente molha-se e po­ — Acho bom.
de ser que va ceiar com os peixes; ca — E eu Na quarta feiia achou ello
o mais que pode succoder é plantar-se uma na cocheira dc S. Dento, fechou
com o costado nas pedras ou quebrar- as portas e mandou chamar o subdele-
se a cabeea gado que prendeu a rapariga.
* e as a
pernas. ,
— Pois então, dous proveitos não — Que lem isso?
cabem n'um sacco. — Tem que a rapariga era menos
— Aíns é que deve haver quem in- culpada que o caixeiro que a chamou o
tervenha, quem fiscalise tudo em que o este nada soíTreu.
publico concorre com seu dinheiro; tan­ — E queria quo o subdelegado pren­
to, vapores, como gondolas devem estar desse um empregado particular qua
debaixo das vistas da policia. apenas peccara contra a disciplina in­
As gondolas, não direi sempre, mas terna da caza?
quasi sempre, em dias de festa princi­ — Não; mais queria ao menos que o
palmente, não são agradavel nem com- subdelegado de S Pedro soubesse que
moda passagem para o publico; são um o largo do Thealro é freguezia da Sé a
péssimo meio deconducção. Todas el- não se mottesse portanto em invadir o
las íicam no meio do caminho; agora lerrilorio alheio.
eahe a roda, mais tarde quebra-se o — E eu estou admirado da presteza
eixo; logo cahe o burro; hontem parti­ com que elle acudiu ao chamado do
ram-se os lirantes, boje emperrearam rico proprietário e negociante.
as bestas, c assim por diante. De ma­ Ileclama-se-lhe lanla cousa pela
neira que quem pagou sua palaca, seu imprensa, c S. S. nem dá signal do vi­
selo e um viu lem, seus dez tostões, ha da!
de galgar melado do caminho a po, Nessa mesma noite, andavam pela
porque a gondola não aiula, os burros freguezia de S. Pedro quatro capado*
não seguem. cios a tomar os pannes das mulheres.
Consla que uma prejudicada loi quoi- — Dous queira quo o coiiseU,^
xar-so e indicou quem eram os su jc i - não seja o primeiro quo so va alli nu-
los, mas quo S. S não dou imporlan- lrir.com questões pessoaes b odiosas*
cia a isso, porque os criminosos não
moram na Ireguezia. &
— São cousas! , Si\ H e d a c lo r.— Consta coirj toda cer­
teza q u e na la d e ira de S. Francisco
existe um a senhora que lem em seu po.
— Graças ao digno I)r. juiz de di­
der um a c r ia n ç a , e n g e ita d a , a quem o
reito da 2.a vara criminal, acha-se l i ­
pae su p re ; porém a dita senhora ne­
vro Cândido Ferreira dos Santos, que
nhum caso faz da tal crian ça que vive
se achava preso ha dous annos c selo
mezes como captivo. m orrendo a fa lta de le ite , a fazerhor-
HeCeba pois o mesmo illuslrado, re­ roi\
cto o honrado magistrado os louvores Hoga-se a quem compelir que tomo
que lhe rende um admirador, pelo sou conhecimento de caso por amor da hu­
imparcial Iiabeas-corpus. manidade e pelo amor do Deus.
0 justiceiro. Um observador.

T ir o te io . ANNU.NCIOS
Uma> fera, ja cansada
De nas maltas passei ar, Conlinúa fugido desde o dia lodo
Intendeu que pelos lios mez pnsrsado o mulaliaho Maximiano,
Deveria navegar. escravo de D. Olympia Joaquina do
Oliveira. Tem 12 annos dc edade, ma­
D'anta que era tornou-se gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
Em pinto feio c goguento,
fallanlo, a testa com uma saliência do
Cabelludo em demasia,
cada lad ». Quando fugido costuma di­
[‘ Inda em cima bexiguento.
zer-se forro,não ter mài nem pai e mu­
Foi ao rio S. Francisco, dar o nome. Sabe ler, e escrever um
F’ra sondar o Sento S c ; pouco. Suhiu de casa, lendo o cubello
Visita o Jequilinhonha, corta lo a meia cabclloira , palitol o
0 Pardo, o Jerubué. calça de brim azu 1 desbotado, camisa
De la com cara de burro branca, botinas de couro e chapéu do
Virá ainda mudado palha da Italia. Já foi visto de trajo
(Nem espanta, de cançjalhas mudado, uma vez no largo da Piedade,
Foi elle ja carregado.) com uma cesta na cabeça em compa­
nhia de um h^ujem, outra vez na Bar­
E assim como muda a cor
0 bicho camaleão, ra, onde depois informaram q u o Jia-via
Cara de todos os bichos seguido para ítapuao Ultimamente
Tem o liberal- lacão. lambem foi visto vagando pela roça do
Ganlois.
M . D.
Quem o levar a sua senhora na rua
0 — S— da Constituição arvorou- da Larangoira casa n.° 102 lorà
se em Mentor; ensina á A. P. a manei­ de gratificação.
ra porque lem de proceder.
— E insiste no regulamento da ins- A o s tasioeiros.
tiucçao, que chama funesto. Vende-se uma porção de barri;
promptos e por apromplar,baldes, ti
cai7aBe‘n 86 ° C° nhcCe; 0(li0 velíl0 não
nas, madeiras aparelhadas e uma ric
— Lembra até medidas q u o são do caixa de ferramentas & & .
regimento interno. 1 Quem pretender dirija-se a esta lvp<
d^-Ferldidade do moço, originali- graphia que achará com quem Iraolai
XVI‘. DE MAltQUKS, AltlsnoES 12líiilAiMUN.*
í

(I í

RERIOIMCO CRITICO E CHISTOSO.

B A ÍIIA — A NINO I V . 25 l)E JA N E IU O D E 1860. S E K IE 2.

P<iblica-se na lv|tn{>r;«piiia »le iMarques, A ris liile s e Igrapiúna, à rua da iM iz e rico n iia
n. 17, onde se re ce b e assigualimis a rs. p o r serie de 10 números, ou o .$ ) rs. p or 6
series, pagos adiantado. Na íy p o g r a p h ia lia peSsoa encarregada de receber publicações.
Fcdiba avulsa 160 rs.

— Alé que emíini!


íl A L A B A M A # Ainda honleni reclamava-se conlra
os buracos, e liontem mesmo um dos
Sahe hoje o segundo numero da pri­
taes buracos ameaçou engolir um ho­
meira serie do 4o anno do Alabama.
mem.
Eede-se aos Srs. assignaiiles que de­
— Como foi isso?
vem Ires <e mais series,,, o favor de sal—
— Sendo. Da na ladeira da Mizeri-
fiarem suas assignaluras, sob pena de
cordia uma hoca de lobo deslapada ha
sarem suspensos como remissos.
mais de um anno; a pedra que a cobria
quebrou-se, e por mais que a imprensa
E X P E D IE N T E . clamasse, por mais que os proprios
Cidade de Latronopolis, bordo do íiscaes se esforçassem, a Illma. não re­
Alabama 24 de janeiro de 1866. parou no mal que isso podia causar,
01li (do á camara municipal, parle- apezar de por aili passarem diaria­
■cipando-lhe que a fonle do Queimado mente centenas de aleijados e cegos.
sc acha no estado mais elevado de por­ flonlem vem um pobre cego encos-
caria, além de cs lar quasi deslruida lado á parede, e quando menos espe­
em suas bicas e cheia de buracos na rava, submergiu-se em meio, graças a
proximidade. um filho do Sr. labellião Jorge Ferreira,
Sendo aqudla fonle uma das que for­ que o livrou de iníerrar-se lodo pela
necem melhor agua para o consumo, trampa a dentro!
espera-se que a ílima. condoa-se da Ora isto é cuidar do bem publico?!
pobreza, que alli por cada barril pou­ E ’ assim que a camara cumpre com
pa uni vintém, sináo Ires. seus deveres?/
— A’ mesma, paiTecip.ándo-lhé que — E fica o caso cm nada. 0 mais que
íi’um sobrado ãs Portas do Carmo, de- pode succoder é taparem agora o bu­
íronle da ibòlica do Sr. Andrade, se a- raco, vislo que o brasileiro só fecha a
cha uma Haboa na bacia da sacada em poria depois de roubado.
estado de cahir cm cima dc queqi passa,
Espera-so que a Illma. mande o fis­
cal respoclivo i nli mar o dono da casa — Vejam a camara municipal da ca-
para livrar o publico de similhjnlc pilai da capilal da Rabia como é dili­
precipício. gente, activa c energica.
«Sessão do 29 de novembro do 1S6.'Í
—Expodionlo.— Um oflicio do chefe do Lopez, cm uma das quaes puriesto tal
policia, romeltcmlo o do subdelegado \v{. desertar; aqui chama-se isto hroa
do Santa Anna, sobre diversos canos lapcbáo, alvarenga, qualqncr ouhi
particulares que dosaguyin no Jogo do cousa, menos calçado, bem que te ti.
Lourenço e Travessa das Ilostias e uma quem ageito as ferraduras.
Loca do lobo na travessa da ladeira da Outra cousa é, quando vaes a eazn
Poeira para a Fonte Nova de S. Miguel. da tua fregueza do Cruzeiro, enírares
Ao íiscal da freguezia remelteci-se por polo interior, pòres-te ajmassnr a ra­
copia para tomar em consideração. » pariga, a contar mentiras & immora-
— Bello! De sorte que os íiscaes tem 1idades.
lambem obrigação de concertar bocas E outro delicto maior^teu foi ote-
de lobo! res animo* de propor á rapariga que le
— E depois, Gscal pode dar provi­ arraniasse uma viuva rica. que tu ara»
dencias para que canos particulares dei­ tiliçarias.
xem do desaguar para a rira? O reme­ Isso é de ministro de religião, a não
di o é um cano geral ou real que rece­ ser paraguayo? •
ba as aguas de seus affiuentes. F a lia , a n d a!
— Esta camara tem cousast — Eu não digo nada, je sufs muot. ‘
— E tem; veja mais isto: — Não quero mais mais que me fal-
«Um oflicio do chefe de policia, re- les em francez! tens intendido?
meltendo o do subdelegado da Se, a- — Je suis Pierre et sur celle per-
oerca de um pedaço de muralha á la­ re . . . .
deira da Misericórdia que ameaça des­ — Com urna pedra mesmo é que te
abar. Ja tinha ido por copia ao Ur. en­ mandarei ao fundo.
genheiro para providenciar com u rg e n - Oh! da proa, lancem este fardo ao
eia. mar!
— ffa mais de um armo qne a im­ — Cap-ríã», por piedade: eu quero
prensa pede providencias e a urgência antes morrer come Judas ao pé da eruz
do Sr. engenheiro é realmente muito no convento de S . Francisco; sr por eu
urgente! / me chamar pedra quer dar-me pedra
— E ’ com effeito para fazer rir! por castigo, serer segundo S. Estevam,
e entregue aos moleques levarei pedra­
das a cheias mãos.
— Vem ca, jesuilaí
— Ave, dominei — Tens a rasão; o teu favdamenti
faz-me aproveitar-te a ideia; íicarás a
— T u tens -me cara de paraguayo;
bordo a pão e agua até que no sabbado
estou a crer que és o padre Duarte que
anda foragido. de alleluia te mande entregar aos
gaiatos.
—-Vous vous trompez; moi, je surs
francez.
— Fatias bem! Mas, grego, romano, — Que algazarra é uma aIli na Praça?
paraguayo ou francez, Sr. padre, aqui — São os caixeiros do Coqueijo quo
nesta terra se anda com decencia e so se vão á noite refrescar nos banhos o.
acala a moralidade publica. quanto voltam entram n’um ou n’oif*
— Moi, qu’ ai-je fail? tro botequim, sabem brigando, dáo
— Que fizeste? pancadas, proferem reciprocas descom­
Primeiramente não é decente um posturas, e fazom o diabo a quatro.
padre comprar bananas; nem este bru- — Que diz?!
jnco é vestimenta de sacerdote; não sei — Não são todos: ha entre elles al­
como os moleques ja '.e não mandaram guns mais sérios, mas os outros estão
cortar as pernas com estas ricas calço- o1li sentados ás cscadiuhas da camara
las deeasimira, para emendar a butinta. c fazem um barulho dos diabos!
Depois islo não é sapalos; tom mui­ — Oh! da policía'
ta similhança com\ as chatas do te»
— Ha cui Lalrouopolis um padre que bras e exercícios do olho-vivo? pede
tem uma cruz da qual fez gazúa ou gar­ bem fazer par com um cigano velho
ras do gavião; come pombinhas e fran­ que é o coronel do regimento.
gas, come IVaoguinhos lambem,o como — Não tolero, capitão!
as vezes encoulra alguns pintos nué- — Não?! E ’ pena!
jos, arranja com que veslil-os E ' as­ E admira por que quem vrj-se a
sim que indo em casa de uma confes­ braços com o muxingueiro sem dar ca­
sada á rua d’ Ajuda, em q iranIo cila vaco, é capaz de soílVer o que não atu­
veiu á poria faliar com um prelo que a ra a mais rafada das merelrizes.
procurara, o reverendissivio gavião da Como se iucnloa de pundonoroso!
cn/s em palmou um capote de valor de Tule, ladrão descarado!
40# rs. e foi-se. ( Continúa )
— Que liatanle!
Vj ímiilo bom íer-sc protecção dos ~~ A ~

grandes! merecia eslar de corrente ao


I* e rg u n ta -se
pé para não seduzir a infelizes; ficou
impune, assentou praça no regimento Ao fiseal da Se, si os donos das ta­
do olho vivo! Que quer? bernas Eslrella d’()uro e Estreita d’0-
riente tem privilegio para conserval-as
Quem cabras não lem e cabrilos
abertis até depois de 10 horas.
vende.. . .
tmmmtmmmmmmm — i — ■............. —

— E a culpa recne no geral quando


— E o homem dos progressos a in ­
ha por ahi lanlo sacerdote moralisado!
ventar e a declamar!
Insultando a iIlibados caracteres,
(Continuação.) calca a verdade e piofere uma quanti­
dade enorme de frioleiras.. . . que, si
— Venha ca, meu velhaca ! Então não causassem nojo, faziam rir a es­
não se imporia que o bolem em todas tourar o mais meditabundo solitário!
as gazetas, apezar de ser publicados
E com dentes de vibora, com fmya
seus maus feitos? E ’ signal de ter mui­ insana, com horrenda bydiophobia,
ta vergonha. accommelte a sua antiga victima que,
Gostou da primeira9 resignada, só pede perdão a Deus, por
Leve agora mais esta que apezar de que o homem, coitado, merece-o pois é
menor é das boas. dos taes que não sabem o que fazem.
Nesse gosto, a vender pentes que­ — E depois de manchar 37 e 48 com
brados, fazendas podres, deve eslar sua boca impura, lembra Momo.
lambem podre de dinheiro. — Momo, menos bobo do que mui­
Mas é que esepeve Deus direito por tos, critico severo, rir-se liia das san­
bnhas tortas: á proporção que V. rou­ dices que vomitam esses bichos-caretas
ba dos pobres que lhe vão á lasca fa­ mellidos em polilica; Momo, achando
zer gasto, leva-lhe o diabo os lucros. a fresta que desejara no coração huma­
V. sabe dizer-me de quem foi um no, saberia que era indigno de ser con­
ipoleque que sahiu á noule da casa do siderado entre gente o homem que se
senhor e meia hora depois voltou com apregoa agradecido e apunhala aquel­
uma facada por conta? les com quem diz que seu pae lem re­
— Este moleque era do Sr. Viclorio lações de amigo; Momo.... poder-sc-
á rua Direita de Palacio. hia ir mais longe.
— Pensei que era seu, que queria
— Si quer ouvir, é possivol que sô
dizer-lhe que quem deve a Deus paga
lhe {faça o sacrifício.
ao d iab o .
— Coitado do Viclorio! perdeu o pre-
liulio, foram se-lhe aquelles cobres — Capitão, ja que estamos sem rfada
— Como lem pena dos outros! Por fazer, celebremos a Nossa Senhora d«
que não u tens,quando fazes as mano­ Guia com historias dc carochinha.
— Boa lembrança! companheiro o obteve emprestada unm
— Que quoi\ ca pilão? 0 nosso ntna-
vol aspiranlo vae ja chegando á edade Teu Io com que.quiz desforrar-se-
dos vovós e quer em tudo se parecer foi ao jogo e perdeu do novo. 0 ilond
com clles. da espada levou tempos longos sem ver
Eu sou de volo que o Sr. João de Corla-ferro; ao eneontral-o pediu a es-,
j)eus conto sua historia. pada, elle deu desculpas, e em descul­
— E nós lambem. pas ficou o dono sem ella, pois Corta-,
— Ora desembueho la essa batata, ferro passou o aço na espada e corlou.
Sr. aspirante! a, apezar de ser lambem de aço; <*is-
— Foi um dia, ern tempo de guerra; aqui uorque dizem que Corla-ferro
havia um commandanle das armas, lambem. . . .
bom moco, agradavel, bemfasejo, se­ — Faz escamolagens?
gundo uns; bobo, desfructavel. ranco­ — Não; h o m em .... lambem corta
roso, vingativo, segundo outros (não se aço.
pode agradar a todos ) Pois bem. Pau que nasce torto tardo
—Siga a narração e nada de paren- ou nunca se indireita, não é?
theses. — Assim dizem.
— Esse homem escolheu um secre­ — Logo quem lem cabeça de pau
tario; que secretario! era um homem nada aprende.
de aço! Pensa que por ser de aço cor­ — Que logica na conclusão!
tava acaso papel no seu mister de. se­ — Agora, si são capazes, malhem la
cretario? Enganou-se. Tesoura tinha em ferro frio! Bem vèem que por mais
elle na língua, que a ninguém respei­ tacadas que apanhasse, por maiscouces
tava; o homem não era de qualquer que os paes lhe dessem, Corla-ferro
aço; era aço rijo, forte, de fina tempe­ nunca poude ficar limado; aço forte,
ra; era aço dc corlar ferro. homem bruto.
Vejam la que secretario! Atrevido, impostor, orgulhoso, fofo,
Chamavam-no portanto Corla-ferro. intractavel, detraelor, ladrão, jogador
ll ás vezes também cortava aço. e bêbado, foram os principaes dotes do
Ora eu lhes conto: Corta-ferro. Por miséria daquelles
Corla-ferro linha uma paixão cega tempos (lodo tempo é um; não lia nada
pelo dous de paus que julgava pareci­ novo debaixo do céu, diz a Bíblia) por
do comsigo; namorava-se das solas; desgraça daquella cra, Corta-(erro, quo
beijava amigavelmente o az de copas, ninguém s.ibc donde veiu, foi soldado
cra emíiiu amante das cincoenla e duas e de soldado foi subindo. . . |CJ°m on­
que, não obstante, o mandavam de turo que foi se erguendo........
continuo à tabua. Coiii elle foi crescendo o atrevimen­
Não so-i si percebem? to^ que nunca o impediu do borrar as
— Quer dizer que Corla-ferro jogava calças, quando apenas ouvia o ribomba
e perdia? da artilharia e do mosquete que an-
— Isso mesmo; gosto de andar por
ntinciavam a morte dc uns e o triuin-
cima de quem me intende.
Corla-ferro uma vez lanlo jogou que pho de outros.
Pudera aqui largamente historiar a
até a espada jogou. Ofiicial militar sem
espada é padre sem breviario, isto é a vida de Corla-ferro, mas a historia nao
relaxação cm pessoa. é delle, e ficará para outra occasiao.
Corla-ferro , orgulhoso , querendo Tracta-se presentemente de quando
passar por serio , sabindo da baluca e chegou elle a secretario do comman*

tendo de apresentar-se a superiores, dãnte das armas,


(Continua.)
não linha uma espada, e sem ella não
cra possivel appareccr. Recorreu a um T Vi*. DE M..V«ÜUES, AlUS 1'IDES E ICiílAOICJNA.
1’ E R I O I M C O CRITICO E CHISTOSO.

' it.MIIA—ANNO IV . 47 D E.U N EU IO 1)1! ISfiC. SElílG 1..—N- 3.


publica-se «a tvpograpbia <le Manjucs, Arislhles e Igrapiúna, à rua da Mi/.ericordii
j- on,le se rrcobe assignalnras a 1 $ rs. por serie de 10 numcros, ou 0*£) rs. por 0
s e r i e s , ’ p a g t t S adiaota<lo. Na lypographid ha peSsoa encarregada de receber publicações,
Folha «Vwlsa 160 rs-

sentiu o cheiro de laes canos, isto é si


já os examinou; o que é certo e qua
jazem pacificamente no sicul erant o
E X P E D IE N T E . assim até que Deus se amercie de nòs.
Cidade de Lalronopolis, bordo do
Alabama 26 de janeiro d-e 1866.
— Venha ca, amigo velho; onde está
Dfíicio á em preza da limpeza, parle-
m o ra n d o ?
cipando-llie que a iadeira do Filar, es-
— La mesmo: rua do Archanjo, n .°
Vá no mesmo es lado em que se achava,
«nles de haver limpeza; convindo por-
— bem pena que ha de ter o tal A r­
lanlo que lanças a mesma suas vislas
chanjo de pesar na balança as vezes
para alti, pois não é possível que os
que V. castiga barbaramente a cri­
moradores de SaníoAnlonio que pagam
ou linha?
600rs. raensaes continuem a receber
Quantas lagrimas não terá elle der­
exhalações miasmalicas pagando iam-
ramado por sua alma que lhe escapa o
bem a província 89 contos atinuaes.
que o deinonio lhe leva!
E ’ precise que sc não zombe do povo
— Capitão, a negrinha, além de tudo
que tem o direito de saber em que se o que faz,deu em fugir.
gasta o seu dinheiro. — Mas era motivo sufficiente para
— A’ mesma, perguntando-lhe si V; fazer da negrinha uma chaga-viva
não lem lenção de remover a enorme e pôr-lhe em cima pimenta?!
ciscalhada que-está no Darbalho, desde — Si era ou não, sei-o eu.*
que a limpeza é . . . . limpeza. — Não se ponha com arremessos; si
Ihc fallo é por que quero favorecer-lhe;
— Em srsrã) de 29 de novembro p. conheço o flaslos e elle pediu-me quo
p., a camara decidiu, sob parecer do foliasse com o João que o José medisse
Sr. l)r. Almeida Couto, que se desse que era V. aíim de ver si podia con­
com urgência ordem ao engenheiro pa­ tei-o a esse respeito mesmo.
ra Irai ar de dous canos, focos perma­ — Importa a mim ninguém? Do
nentes de infecção, um á rua dos Car­ quo é meu posso eu dispor como mo
vões, outro ao boqueirão. a prouver.
Dous mezes não tarda completarem- — Mas ha de importar-lhe o muxin-
se e ninguém sabe si o engenheiro ja gueiro, atrevido.
n AI. Ali AMA.______________
I
Falia-so-lho com boas maneiras , — Não esqueci, não.
dá-se-lhe um conselho e \ . não agra* Além de muitas ladroeiras, jognli.
doce! nas e bebedeiras, lizeste o. .seguinte;
Olá rapazes, deixem ahi oslo diabo Incendiou-se uma grande caia na ruâ
amarrado, ao menos para livrar por A traz da Sé e abi te enches te; roubaste
algum lempo a negrinha das unhas j quanto pudeste; até saccos de faiinlut
desle bom senhor. ; mel teste em coza .
Não é limpa esta vida para qneni
— Capilào, aqui está um sujeito, quer fallar dos outros?
criminoso de \cso-Alabama e preso em — Eapilão, me deixe per compaixão!
flagrante; esto velhaco abriu a velha | — Casasle. . . .
e podre cloaca que lhe serve de boca e | --Alto la! não tracte de minha vida
vomitou quanta porcaria linha dentro particular!
de si; causou nojo aos circumshvntos. — Ainda mostras ter luas proas de mi­
Eu porem fui-Ihe direito á gola da far­ litar fanfarrão. Não me metlem porém
da, escovei-lhe o pelío e a pontapés nas > medo; assim como- vossès entram iva
li adegas o trouxe até aqui. privada dos outros, também iwii.de pôr-
Olhe a cara deste paiifet Pareces um lhes a calva á mostra.
grande cousa,. quando este teu bigode Casasle com urna pobre senhora, fi­
serve apenas pura. te dar similhança lha de um homem santo, sendo teste­
com o carrasco. munhos o carneko um. JXicolau e sua
— Ora venha ea, ser maganãoí One senhora.
■agg.ravos tem desta gente de berilo Pouco depofs dosam paras te n es­
para oífendel-a em publico? Diga,faíte, posa!
•ande, vamós eom isso! Não é vida de- quem. pode levantar a
— Eu nada disse, nada fali ei. cabeça e orcupar-sc da vida; alheia?
— Nem ja tendo sido marinheiro, \ São realmente feitos dignos d’ara
•respeita os superiores! habito de Avia!
— bu nunca fui marinheiro, protes­ So aqui disso se vê*! Ema condecora­
to contra a caíumnia. ção para distinguir quem ter» vergo­
— Oh! patife que è que dizes?! Pois • nha,. quem é moralisado, quem- não é'
para conlares antiguidade de serviço í bêbado, velhaco, jogador nem ladrão;
não tiraste certidão do te-mpo dc gru- I urna condecoração de mérito prostitui-
mele e marinheiro paia documentar ; da no teu peito, tu um homem de taÜ
tuas petições?!
ordem que nem o castigo corporal te
Pensas que te não conheço!' fez tomar gei t© >!
Ora vou contar-lo a vida.
— isso não, capitão, indircitei al­
Depois que déste baixa de marinhei­
guma cousa, tanto que cheguei a ca­
ro foste sentar praça na policia; mora- pitão.
vas então na ladeira da Praça, num
— Si a tanto chegasle, safado, foi:
quartinho (Puma loja, sobrado do nasbienhas do Gnarami; em La trono-
eommendador Moita.
polis, apezar dc decahida , não serves
Chegastena policia a furriel e desto nem par a a fachina da Gorrceção.
baixa por teu mau comportamento.
15 nem mais uma palavra; agora
Scnlaste praça no batalhão dos 3,
quem está em scena é o digníssimo o-
commandado por L. Francez embar­
incancabi 1issimo muxing.ueiro.
cando para o sul , foste castigado,
— Capitão, não deshonre a farda
ainda por teu mau comportamento
d’um militar anl g ° ! , ,
iUiuiastc de batalhão., e não sei — Ca. ca, ca. ca!^ Que escrúpulos-,
porque artes de berliqties c bcrloques não receio u o patife á deshonra quandO'
galgasle oflicial, na derrota de bento lheAnetteram a chavasca no Rio Grande-
Conçal ves. Muxingueiro, fogo!
— Ai que ohomem esqueceumn feito (Continua.)
meu na Eahia!
cencin e lma-fé o levam a deshonra ao
seio das famílias.
— N u) cessa o in;iu genio dos incul- Confia-se na authoridade e na lei.
cados condenais do Santo Antonio; de­ E deixe estar o Sr. Paulo qne o AC
pois das injurias o ealumnias do Obser­ ves lhe ha de tomar as contas; juro 11-10
vado/•, continuam a allaoar traiçoeira­ por INossa Senhora da Conceição.
mente o Sr. tenente coronel Dr. Almei­ O anlolhos-verdcs.
da Couto e comproinetlem os infelizes
que a elles se lidaram. E ’ assim quo
( Continuação.)
um coronel, querendo figurar cie advo­
— Vamos com isso.
gado, desce a copisla e faz meller na
— Eorta-ferro', oflicial militar por
cadeia um infeliz exultado.
artes do diabo, chegou a secretario do
Tracla-se do guaiila Hcrmenegildo
commando de armas.
Aulonio da Silva que, preso, represen­
Ahi insultou a quantos tiveram a
tou contra seu commandante, em ter­
infeliz necessidade de Iraelar com elle;
mos taes que o presidente da província
muitos snppuzeram que a secretaria so
expediu o seguinte oflicio:
tornara em estrebaria, Iodos aílirma-
«01 íicio ao commandante superior da
rarn que um cavallo alti os maltratara.
capital.—-Devolvo a V. S. a represen­
Era em tempo de guerra, como ja
tação que me foi dirigida pelo guarda
disse; formaram-se corpos voluntários;
do -i." batalhão de infantaria, líerme-
o ultimo destes batalhões que se orga-
uogihlo- Antonio da Silva, eonlra seu
nisara na (erra eslava nbirn forte; o
respectivo tenente-coronel comman­
forte linha o nome do P escad o r; nesso
dante, na quai se encontram phrases
forte estava o deposito; houve desin-
injmiosas ao mesmo tenente-coronel
telligencia entre o commandante do de­
cou.mandanle, aíim de que V S. em
posito o o oflicial de estado do batalhão
desagravo da disciplina militar, m an­
volunta rio.
de proceder como for de lei »
« A’s armas!»
— Fizeram do moço o.echo, o canal
]\las ao numero maior tinha de ce­
dos seus rancores, o despejadouro de
der o menor e os depositários recuaram
suas injurias, das infamias que lhes as-
do caminho, pediram paz; o bobo do
suberbam os peitos! commandante depositado leve de ver
— E o pobre do rapaz é que ha de
vigorar a ordem do oflicial de estado,
granimar na cadeia! quo fez muito bem em se não deixai*
-—Que aprendam por ahi a conhecer
desmoralisar por caprichos mal inten­
a gente com quem viunn. didos.
Com ares de menino malcreado quo
A lt e r a ç ã o . se vae queixar ao papá, o depositado
Em pac de familia deseja saber a foi ao commando das armas e contou a
rasão pouque não é punido um celebre historia a sen geilo.
Paulo que deshonrou a discípula do 0 commandante das armas que era
sua mulher, que falleceu de desgostos. celebre nos conselhos, intendeu quo
0 mesmo se acha no caso de cumprir pelas leis da engenharia sc podiam
as penas da lei ou de cazar-se com a supprir os militares, e mandou o secre­
oflendida, pois está viúvo. tario que syudicasse do facto e proce­
Espeia-sedo Sr. Dr. chefo de poli­ desse.
cia prompto andamento o solução a esse Ahi é que fo i!...........
negocio que ja se vae demorando mui­ Corta ferro tomou a sebosa c ferru-
to; S Ex , pac de familia, podo me­ jenla farda; enfiou as calças brancas ja
lhor itjuisar do faclo e esforçar-se cm avermelhadas do lempo em que eslao
bem dos infelizes, punindo os crimino­ pendurados ao cabide; calçou os lus-
sos scduclores que com a mascara do trbsos sapatos ferrados; afíagou com
prdjctorcs c am gos abusam da inno- delicadeza c ares de imporlancia o.
jirisalbo bigode; chapou a cab eça,
p o z o
beijo correspondido por uma li<diq!)(|,,i
Corla-ferro loi insultando o ,,||j j |
mel teu na mão uma grossa bengala,
chamou o camarada, aliciou o pescoço que lhe foliava, (aliou logo om snlniU
terno, lembrou sua superioridade, < *
c sahiu. , ,
Polo caminho Corla-ferro c o orde­ sem rasâo prendeu o moço quo, erroil
nança disseram o seguinte: cm nâo preudel-o por ir insultar um
Ao chegar la, grito, ralno, lallo, ollieial de estado, que é cousa muito
berro! superior a um pobre major, reforma­
— Assim, Corla-ferro! do, cheio somente de proa e de falia de
— Faço e doslaço! vergonha.
— Assim, Corta -aço! Felizmente a ordem do paraguavo
Temos cousa. Sm' major vae fazer burlesco leve de ser revogada; quem
patacoada e Deus queira que no meio la o mandou viu-se obrigado a cumprir
da brincadeira não lhe lallem na es- seu dever, deixando de satisfazer im­
pada. posturas e caprichos de militares sem
A esse tempo uma cliusma do mole­ sueco.
ques que sc achava na Pieda Io, ao ver Mas sim; dada a ordem de prisão,
Corla-ferro, poz-se a cantar: Corla-ferro sahiu o, aífagado pela idcia
Na cidade locou fogo, de sahir triumphanle, de ter prendido
Na Victona repicou: o ofíicial, nem se lembrou dos mole­
Minhas gentes, venham ver ques.
Corla-ferro que chegou. Mas os moleques lembraram-se dol-
E nesse gosto acompanharam Corta- le; ao vel-o, bradaram de novo:
ferra até a porta do quartel para que Na cidade toca fogo.
elle se dirigia. Em S. Ped.io repicou;
Corla-ferro suava, mordia os beiços, Minhas gentes, venham ver
rangia os dentes, clava patadas, mas... Corla-ferro que chegou.
era preciso em lodo o caso manter a
dignidade de enviado extraordinário c Eu faço, desfaço,
ministro pleni potência rio do co,•ninan­ Eu grilo, eu berro;
do das armas quo a tanto chegou.. . . Fora desfruclavel,
Entrou no quartel, lançou um der­ Chò Corta ferro!
radeiro golpe de vista sobre os mole­ Corta-forro, furioso com a recepção
ques, mediu-os. Os moleques o Cea­ que lhe prepararam, julgou não mere­
ram esperando, e a elles contou o or­ cida aquclla ovação e, a galope, niet*
denança quo pelo caminho o major res­ leu-sc em casa, <i’onde, si losse na e-
mungava que havia berrar e fallar pocha presente, cu pedia a V.. Ex. quo
muito. o mandasse tirar pelo muxingueirg,
Corla-ferro fui bem recebido, como que é na verdade bum rapaz.
era de esperar de moços illuslrados Deo gratias.
que envergam a farda so por amor dá Ora V. deixa as historias no meio
pulria. Mas em compensação mostrou do caminho!
para quanto prestava Imagina uma — Capitão, promello a V. Ex. dar a
reunião de pessoas limpas, entrando na luz o segundo volume. A historia o
salla um porco, a baler-se, a salpicar comprida.
lama em todos, a roçar-se nos que en­ (Continua.)
contra? Comprehende o que é acariciar
um cão ou uni galo e receber em res­ Sr. olficial por vontade, porque nao
posta uma dentada ou uma arranha- vae levar os rs. daquella transuc-
della? Foi ainda mais. Os capadocios cão no Porto do Bomíim?
por pilhéria, ao dar-sc-lhes a mão Quer primeiro í j ire sc 1hc ponha a
para apertarem, apresentaram o pé; calva á mostra? Será satisfeito, si »>ao
foi ainda mais do que isso. Figure um der solução do negocio cm lies dias.
O ALABAMA
PERIODLCO CltlTICO E CHISTOSO.

B A H IA — ANNO I V . 31 DK .íA N EIH O DÊT86(>~ f S E R I E 1 / — N-° A ~

Publica-se ua tvpographin de Marques, Aristides e lgrapiúna, à rua da Mizericordia


n. 17, onde se recebe assignaturas a rs. por serio de 10 mimeros, ou õ fy rs. por 6
series, pagos adiantado. Na Ivpograpllia h a peSsoa encarregada de receber publicações,
Folha avulsa 1GO rs.

cujos milagres foram narrados aqui a


0 A M B A 1 I A . bordo.. . .
— Tenho lembrança confusa de uma
E X P E D IE N T E . cousa dessas.
Cidade de Latronopolis, bordo do — Um que fez milagres de queijos e
AUibuma 30 dc janeiro de 1866. borboletas.
Oííicio á camara municipal, pedin­ — Ah! sim! S. Calombreiro!
do-lhe que mande o morador on o pro­ — Justamente. Naquella minuciosa
prietário da caza n .° 51 á ladeira da resenha escapou um milagre, que de­
íllizericordia, concertar a bacia da va- sejo contar hoje ad majorem Dei glo­
i anda da dita caza que está em estado riam.
de desabar na cabeça de quem passa. — Diga la isso!
— Havia um negociante que vendia
Não é o primeiro pedido nesse sen­
bilhetes de outras terras; linha dinhei­
tido que se faz á lllm a., sem ser-se
ro, porém quauto mais linha, mais de­
atlendido; todavia insisle-se em lem­
sejava e foi ter com Calombreiro para
brar taes ninharias.
ministrar-lhe um meio. Que faz o
— Ao Exm. Sr. Dr. chefe de po­ santo?
licia, pedindo-lhe que dè providencias Pediu-lhe os bilhetes que vendia,
•para que os moleques não continuem a indicou taes e taes, disse que vendesse
atirar pedradas, da praça D. Isabel pa­ uns c guardasse outros, e suecedeu o
ru a ladeira da Mizcriconlia. seguinte:
Espera-se que esle pedido seja allen- Quando chegou o barco trazendo a
dido,á vista da gravidade que encerra; noticia (não se Usava vapores) os bi­
bem que se reconheça que a nação pa­ lhetes que o negociante guardara sa-
ga a quem alli deve ter cuidado do liirain premiados, e todos os que ven­
taes cousas. dera brancos. Ficou assim o negociante
com dinheiro e S. Calombreiro com es­
— Capitão, não sei si se lembra dc ta de mais.
um santo.. . . . — Ora vivorum!
— Nunca li o Fios sanclorum. Destes milagres ha muito quem faça.
. . . . muito milagroso......... Em Latronopolis ja houve menino
— Santo Antonio? que recebia noticias, per um vapor ex­
Não, Sr.; um santo, cuja vida, traordinário, dos bilhões premiados;
-Pois leia; ó de 27 do corrcnlo,
guardava os bilhetes quo Imham pie-
— a C o i t a d a ! — Dcdcm-nos a puhlí»
inio c vendia os brancos; acabados es­
cação do seguinte:
tes, vendia os que tinham o mes­
\ Ilo n le m chegou da Estiva (m u n i,
mo dinheiro, porque ganhava a com-
eipio de Ja g u a rip o ) um a m ulher maior
missão; o os mais guardava no bol­
de 80 an n o s, re m e llid a peto ju iz de paz
so, alé quo chegasse o vapor espe­
ao g o vern o .
rado. . « Essa infeliz vem toda mordida por
Islo sim, isto 6 que é fazer milagjos.
Bem vè que era o dinheiro ficar cão, e cm estado que causa horror.
Chama-so Mariann, c é objecto de uma
em casa sem ser preciso- rosar respon-
representação, que ja esiste em poder
sorios. nem consultar beatos.
— Não tem duvida! Os escamoteado- de S. Ex. contra o dono do cão, pois
res são mais finos do quo qualquer san­ que, sendo autoridade, assistiu impas­
to; o diabo é a policia não cuidar del- sível a quantos estragos soffreu a octo­
ics com o esmero com que o devia. genária e indefesa mendiga.»
— Que coração!
— Eu só quero ver que providencias
— Mais moeda falsa.
se dá. Ifa poucos dias, umcão,rro forte
Ao passo que embarcou para Fer­
do Mar, mordeu um capitão inglez;
nando de Noronha o infeliz João da
houve reclamação do consulado e a
Costa Junior e aqui ficaram tantos la­
presidência ordenou ao dono do cachor­
drões, seus secios e instigadores, es­
ro do forte do Mar que o prendesse.
tes davam fogo ás forjas.
E dous infelizes é que vão gramar — Devia oílieiar á camara para que
na cadeia: um José Chrislino e um- tal o mandasse matar e multar o dono.
Sampaiofa quem. Deus dè juiso para — Talvez, a Inglaterra o reclame;
não enhirem em outra. mas a infeliz;da Marianna, pobre velha
— Mas que novidade é esta?, expli­ tabarôa da Estiva, quem por ella to­
que-se. mará interesse?
— E. que foi cercada uma caza ao — A moralidade publica.
Sudré, e nella foram encontrados os
utensílios necessários para o fabrico da
moeda de prata g algumas moedas.
Consta que ja andavam em circulação.
— Si V. tivesse um parente que por
A labiica tom íiliaes, e ha caveira do
burro na cousa. graça désse um tiro n'um rapaz ho­
nesto; si a família do brincador inter-
Ora vamos ver em que dá.
viesse para que não liouvcsse proces­
Sempre que certa genle está na po-
so, com promessa de certo emprego;
Uc.a, ha moeda falsa! Dir-so-ha que os
si o ferido viesse reclamar o cumpri­
taes moedeiros gostam de dar aos taes
mento dessa promessa;, si o rei lhe oh;
cnetes occasiao do prestar serviços E'
boa a occasiãt) para 0 S r , ,)r; servasse que não podia ser por ora,
queira mostrar paia quanto presta. em quanto o doente estivesse de mu­
letas; si depois disso, a dous mezes,
nunca mais o infeliz pudesse fallarcom
S ei^ p c^ 110011 h° jG ° Presid" nlc de o rei que é parente de quem deu o ti­
— Quem? ro; si por lanlo, a dous mezes, o rei
— 0 Sr. Pereira de Moraes. evitasse fali ar com o desvenlurado quo
lhe ia lembrar a promessa;— pergun­
devidas P^slou-lhe as honras ta-se: Esse rei mereceria consideração
de quem prosasse a fé de cavalheiro?
Leu uma noticia que vem no Da-se quinze dias, ao muito, para
Jornal sobre um cão? qualquer expender sua opinião a res­
, — Não. peito.
O

>

Tom visto o novo commandanlo Br. quo escamoteou um chapou de sol,


das armas? n’um baile que houve em S . Thomé.
Tom reformado alguns abusos; é O Dr. loca-bomba.
milhar do mão cheia.
— |J homem honesto, respeitável por
seus principies e precedentes. — Capitão, é necessário deitarmos o
— Deus o guie na sonda por que tem navio em direcção ao thealro de Lalro-
de trilhar! nopolis.
— Porque?
— 0 Pkarol diz: — Por causa das injustiças que ja
0 Sr. G. Dantas primo do presidente, principia a fazer a nova empreza.
dizia ás mães dos recrutas: Sou Olho — Que injustiça fez?
das selvas, brulo. — Dcmilliu um nacional para ad­
0 Sr. Manuel Dantas, presidente miti ir um estrangeiro!
dizia: Sou pedra. Que estrangeiro!
São dous homons, por amor da pa- — E ’ mau o homem? E ’ Iralnnlc?
tria, descendo da escala que Deus lhes — Infoi me-se , capitão , dos bote­
assignalou: um homem passa a irra ­ quins, das tavernas, dos boleis.
cional, outro a pedra, a mineral. — Que quer dizer com isto?
— Falta somente quem aproveite os — Quero dizer que o novo emprega­
vegelaes para dar ciyslcrcs a quem não do, além de ser estrangeiro, c um
temjuiso. grande beberrote.
— Pois vou ja mandar pôr o navio
Não se pode aturar este maldito Bei- em direcção ao thealro, para intender-
co-rachado! me com o tal Vicente Ferrei\ e saber a
lia de trazer constantemente a visi- razão porque se demille um emprega­
nluinca incommodada com suas bor­ do antigo, para ádmittir um estran­
racheiras! geiro!
Fmbriaga-se na rua, e vae para casa
espancar a pobre senhora, a qual não — Eu quero ser examinador em
podendo com semelhante tratamento francez, na academia,e si o homem me
que lhe da o bruto, grita, brada por nomeia,defendo-o na gazela com ener­
soccorro, corre para a rua e foge para gia, ordem, liberdade, e segundo os
y casa do pae, e Beico-rachado vae to­ preceitos da Constituição.
mar a nova mona! — Isto é que é intender!
E um patife destes apadrinha-se com — Em quanto pretendo, íinjo-me
o nome de casado, para praticar quan­ amuado;como me disseram que o nego­
ta maroteira ha, contando com a isen­ cio vae melhorando, dei-lhe um loque,
ção da lei!
• íiz uma deíezasinha. Si /rasteja, não é
só o Alabama que lem rodizios; eu com
— Capitão, os homens mudaram de minha fragata , escangalho o governa­
resolução.
* dor.
— Que homens? — Isto é que é intender, repito; não
— Os taes que inenleando-se que­ lem duvida! andar assim que é bom
riam oíícrecer uma espada ao Sr ex- an d ar.. . .
commandanle das armas engenheiro.
— Mas que resolução tomaram?
— Em vez da espada, dão uma com- Recommenda-se a certo major refor­
menda de brilhantes. mado que tem o apellido de certa droga
— Olhe que são na verdade mui bri- do Pará, que procure defender ao seu
llmnles as ideias do Sr. Guarana! honrado amo por modo que não oílen-
da o Alabama, tema-se da sua artilha­
Gratifica-se com um pergaminho ria,veja que nem de leve lhe toquem as
manchado, a quem der noticia do um buxas de suas peças nas costas pois
oslas não são como as cliiI»alas do ba- — Ilem faz a camara da llahía; niió
laitiào quando praça do prol. deixa todos venderem farinha p()r
O aspi 'ante João de Deus. causa do monopolio cila, ou algucm
por cila.
— Aquillo sim! ú de respeito a res­
— Frito o assado!
peitar!
— Feixe podre.
— Oh! frito c assado quer dizer pei­ A outra faltou á fé dr s conlraclos,nào
cumpriu o que prometteu, c deu li-
xe podre?
cença a pac lia spar para proteger a itu-
0 portuguez cm Lalronopolis é dif-
manidade, vendendo farinha u granel.
íereute do que se falia no Ceará.
— Gaspar feliz, não ser cu da lua
Quando cheguei aqui ouvi grilar:
aipim fubá ; pareceu-me tudo, menos raça, para, medido n’alguma barroca
iingua portugueza; perguntando o que ou barraca , gozar dos bcneíicios deste
era disseram-me que era o que no Coa- município que tanto te deve!
iá se chama macacheira macia. — E em quanto V. falia va nquella
Agora ouço frito e assado e V. diz- enreundinha (|ue é escrava do barão d>
mc que é peixe podre; é celebre! pre­ Rio Sanguíneo vendeu o peixe todo!
ciso apprender a Iingua. — Fovo, sentido nas tripas!
— Nem precisa, nem é celebre; mais
celebre é o que por aqui temos. E n ig m a .
Nesta terra, as negras compram o Trazia no bico a pomba
peixe aos figurões e o vendem a todos; Verde ramo de oliveira;
os figurões elevam os preços, as ua- Em vez de tornar á arca,
nhadeiras também; os figurões demo­ Mclteu se a pclotiqueira.
ram o peixe em terra, as ganhadeiras
ainda mais; quando começam estas a Fez posturas, poz seus ovos,
vendel-o, está quasi podre, e podre Gea De nove a conta inteirou;
com a continuação da veudagem;quan­ Puz-so choca, mas a raça
do por podre, ninguém o compra, cilas Nos ovos toda gorou.
o assam e vendem-no; ao peixe assado Agora, do envergonhada,
chamam ellas frito e assado qne é sy- Finge que não pode andar;
nonimo de podre, por que sem esta Que imporia que a chamem kagado
qualidade ellas o não assam ; bem vê Ou preguiça a caminhar?
portanto que não é preciso diccionario
A bicha nem quadrumano,
para intender o que eu fallo.
Nem replil se tornou;
—-Bem; mas admiro-me d’umn cou-
Apenas de linda qu’era
sa, é consentir-se nisso, quando devia
Em pomba choca ficou.
haver quem velasse pela saude do
povo, quem fiscalisassc os vivores etc. Foi so este o resultado
Pois não ha? 0 (daviculario é inex­ De meller-se em pelotica;
orável; farinha podre elle não poupa, Sempre mal succede a quem
mas o peixe!. . . meítam-se nisso! No seu cantinho não fica.
Supponha V. que o em pregado da
saude é irm ão de um dono dos peixes: Ã N NUNCIOS .
que outro dono é o principal que
Na freguezia de S. Pedro Velho,rua
deste recebe-se ordens; quo o reino
dos Curraes n° 33 indo para os Barris,
não se pode dividir contra si; que só
prcciza-sc faliar com a lllm .a Snr.a F-
doudos se suicidam: e que ha ainda
Caclana Silvestre Lisboa, para negociu
muitas outras razões, a principal das
do seu interesse, o por se ignorar a mu­
quaes é serem todos os pescadores fi­
rada de S. S. ò que sc faz o prosenlo
gurões; e diga-me si ha outro reinedio
ann uncio.
sinão a gente ficar a comer peixe podre
e caríssimo. XVI*. DE MAttQUKS, A R l i l l o E S E lUKAVlU.XA*

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