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E X P E D IE N F E .
— A companhia Bahiana brigou com
Cidade de Lalronopolis, bordo do a estrada de Ferro.
Alabama 12 de janeiro de 1306. — Porque?
Officio á camara municipal, pedin — Por dous vinténs.
— Por dous vinténs sc briga! Dous
do-lhe quo acabe com o abuso de irem
vinténs daria ou para não brigar.
diversos carroceiros á rua do Impera
-r-Aias a companhia Bahiana con
dor cavar areia,enchendo seus carros,e
cordou com a estrada de Ferro em ter
■deixando sepulturas abertas.
vapores promplos na occasião da ida e
Faz-se-lhe este pedido sò por amor ao
volta dos trens; a principio cumpriu,
publico; por que é impossivel que de
depois afrouxou.
tal abuso não lenha noticia a Mima.,
A estrada de Ferro, por isso ou por
que tem íanlos agentes., entre os quaes
outra qualquer rusão, exigiu pedágio
o Sr. claviculario que pela citada rua
dos passageiros da oompanbia Bahiana;
passa Iodos os d ias, e mora perto.
esta scismou, e a ponte daquella loi —
— Â’ directoria dos estudos , parte- lhe inlerdicla.
eipando-lhe que as aulas primarias A Bahiana fez nova ponte, a Estrada
publicas ainda se não acham abertas, embargou porque foi feita nas suas
apesar do regulamento orgânico. marinhas; o presidente melíeu-se,hou
— Ao Sr. subdelegado de SanFAnna, ve dilação e estamos nisso.
— Negocio de inglezes; por lá so
pedindo-lhe que lance suas vistas para
a rua do Carro, em que reunem-see a venha m.
existem muitos vadios que muito in-
commodam o publico; dizem palavra- — Sabe que se podo vender fannha
das, jogam pedras, espancam os ani- em largos e praças?
maes alheios, e estragam os quinlaes —Ora vire folha.
visinhos. — Em virtude disso, ha licença para
Espera-se ser altendido, pela con- vendel-a na Barroquinha.
frança quo se deposita no caracter do — Que '.em?
S. S., quo per mais tempo não deixará — Teiu que so não concede a quem
..
pcdc liconça para voiulul-a em outros - M o r r e u u m i n l M U i l n , o#
logaros; polo(iuo diz a voz publica quo a p p a r e c e r a m n u a o n t l e n d e r a m (1 I
a postura foi loila somenlo com o liin a f r i c a n a quo o r a m ã e d » í;dfoci/|0 "M
!
dc prolcgor-soa certo ligurão, aíiIliado p e l o s i m p l e s f a o l o d o s e r c i l a africana*
da llltna., um celebro Thomaz.. . . — Custava pouco tirar uma ecrthU
— Ora dá-se! do baptismo do fallecido.
— Mas para que? Desta vez os pre
judicados foram os ausentas quo nada
— Chegaram do fora no (lia 11 do
acharam e voltaram sem terem ao me
corrente dous voluntários, quo cslão
na guarda de palacio, a causarem dó> a nos em ([ire cobrar a porcentagem; vie
ram furiosos!
indignarem quem assim os vò!
— Tiram breve a desforra; acham
— Mas que tem?
— Estão inchados, nmarellos, con logo um ealdinho gordo; todo dia tam
vulsos de frio e fome, deitados, a pedi bém não é dia santo;; umas em cheio,
outras em vão.
rem que S. Ex. o presidente lhes falle,
e S. Ex. lhes responde que apparecam — Mas si houvesse dinheiro, ficava a
idaudieneia, pretinha prejudicada, porque os laes
— Que esperem. ausentes-presentes são muilo solícitos
— Esperar» quando a qualquer hora em arrecadarem-d-inheiro pura a nação.
S. Ex. recebe os amigos potências! es — Nrso tenha susto; si houvesse cora
perar quando dous e tres dias S. Ex. : que comprar melões, haveria também
deixa de dar audiência! Está com efler j calções que se interessassem pela he
to muito bom o remedio: morrem os rança da velha..
homens á fome e S. Ex. lhes ordena que
digam á fome que os não mate! j — Desejo dar-lhe unia palavra*..
— Es pec I acu 1o con tr istador! — Quem é o Sr.? •]
Quem diria que por baixo do abcati- — Quero fazer-lhe um benefício*..
fado soalho em que pisa o liberal M. — Quem é o Sr ?
Dantas haviam estar a morrer de forno — Quem me avisa meu amigové;:que
os defensores da nação, que elle fez vir ro fallar-lhe em seu. favor.
de tão longe’
Gloria a Deus nas alturas! — Q St,,, além de qiierevwmrcioMw
um crime, não respeita a< moralidade
— Dizem que são divertidas as pa publica. Tenciona prostituir essa infe
trulhas da freguezia da Victoria liz,. que tem apenas Í2: annos,. e á vista
— E' regra geral; os soldados d'e po do publico, em uma* casa publica-, vi
licia são muito engraçados. ve a beijal-a, acariciai-a & &.■
— Mas não fazem disso as patrulhas Queria prevenil-o, de que, si conti
das outras freguezias. nuasse,. não era muito impossível que
— Disso, o que9 lhe apparecesse o? miixinguei.ro.do A/a-
— Andam pelas roças alheias a es bania.
pantar os cães, a acordar quem dor — Jesus! cora que gente estou!
me e amedrontar os caminhantes. — Repare que a rua das Drogarias
— Ora seboloruml é muito freqüentada, que sua loja ee
Si não fazem isso n’ouíra parte é capelisla e drogas é visitada e d e ix e -s e
por que nem acham cachorros nem en por tanto de criancices.
contram rocas.
4 — AIuito obrigado, meu bom Sr.
4 • f
— V. lè o Phar.ol? a n n ü n c i o s .
— Leio.
— Viu sem duvida um artigo quo Continua fugido desde o dia todo
fali a d'uma boa peça que um lal inlilti- mez passado o mulatiuho Maximiano,
lado Prales pregou no .Manuel de Souza? escravo de D. 01yinpia Joaquina < i<
>
— Li; e admirei mo de lanla boa-fe. Oliveira. Tem 12 annos de edade, ma
— Tanto maior quanto admirou o Sr. gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
commandanle das armas exigir, para fullanlç, a lesta com uma saliência de
sèr nomeado, caria do Dr. Joaquim cada lado. Quando fugido costuma di
Sem-sobrenome, o homem mais co zer-se forro,não ter mãi nem pai e mu
nhecido desla lerra. dar o nome. Sabe ler, e escrever um
— Rigorismo militar, que lendo fa pouco.. Sahiu de casa, tendo o cabello
lhado da primeira vez, não convinha cortado a meia cabellcira, palitol o
quo de novo claudicasse sob nona do calça de brim azul desbotado, camisa
reincidência que em cousas de postu branca, botinas de couro e chapéu de
ras lem penas dobradas........ palha da llalia. Já foi visto de trajo
mudado, uma vez no largo da Piedade,
com uma cesta na cabeça em compa
— Y. conhece uma negra carcunda
nhia de um homem, outra vez na Bar
quo vende peixe?
ra, onde depois informaram que havia
— Muito; é uma barulhenta dos dia
seguido para Itapuan. Ultimamente
bos.
lambem foi visto vagando pela roça do
— Pois não sei cm que se fia! In
sulta a lodo o mundo, e'ha pouco deu .Gantois.
Quem o levar a sua senhora na rua
pancadas n’uma companheira que suc-
cumbin talvez disso. da Larangeira casa n.° 102 terá 25íf
— E injuriou tambom muito a um de gratificação.
pobre homem que lhe foi comprar pei Gratiíica-se com 600$ para a com
xe e não quiz, por achal-o podre. pra de uma mobiiia a quem der noticia
Em que se (ia aquella negra? de um burro, cor de bubosa, com fren
—'Ora em que! Dois não sabe que a te aberta, crinas grisalhas; é gordn.
negra é da casa do barão do Rio Ver meio manco, e fugiu do quintal do
melho? arsenal do guerra. Quem aclul-o, le
-Ah!.... vando-o defronto do forlinho da Lagar
tixa, receberá a quantia acima.
— A papa-ceia promclleu clarear
mos os negocies do batalhão de Santo A o s ta n o e iro s.
Antonio, e tão grande foi o echjpse que Vende-se uma porção de barris,
ainda está escurol promplos e por apromptar,baldes, ti
— Fora bobo! nas, madeiras aparelhadas e uma rica
A fugida do Venus, vivendo no la caixa de ferramentas & & .
maçal das infamias, não podia sinão Quem pretender dirija-se a esta typo-
cmlamear a cara de algum observador graphia que achará com quem traclar.
que por sua elevação esperava.
T Y P . 1)12 iUAUQUES, A U IS llü E S E I ü RAVIUNA-
l’ í í R I O D I C O CRITICO E CHISTOSO.
não pagou nem ao caixeiro quo diz ter de quem tive filhos o do quem mamei
revelações a fazer na hora do estouro. os cobres; fil-a assignar um papel em
— Dò-me la o 1101110 desse celebro branco, e deitei-a depois a ponta-pés
tropianlo! pela porta fora. Dahi por diante, não
— Manueli. sei si por castigo, periga minha vida e
— Manuel do que? continuo ou camiuho apressado para
— Manuel Junior; ora filho d’um po a miséria.
bre roceiro que andava com um macha — Estás leproso ! não me venhas
do ás costas a cortar lenha; isso infor contaminar a tripulação!
mo u-me o Teixeira. — 0 meu moral é que pode ser quo
Esse gallegorum. . . corrompa os marinheiros.
— Quem, o Teixeira? — E de feito! Um homem que nega
— 0 M anueli; insultou a própria em juiso seus filhos é egual ao que in
sogra. juria cm publico aquella de quem os
— Cousa de pouco admirar com a lem e injurias não merece.
educação que recebeu. E ’s infame!
— Mas ficou querendo campar de — Capitão, estou arrependido da-
gente, quiz ser até trovador, como si quellas descargas do n.° 19 do Álaba-
trovador fosse peralta ou ladrão. ma até trinta ou quarenta e tantos.
£ o genio que tem a peste! — Tarde chega o arrependimento.
Quando mudou-se da primeira loja, — E’ verdade, capitão; tanto que fui
conservou em seu poder a chave por ao Subtil pedir um favor que elle mo
mais de um anno, só para fazer mal a promelteu e na occasião faltou.
um honrado negociante biazileiro que — E fez bem; ninguém tem obriga
pretendia a caza. ção de aquecer víboras para o picarem
Fez isso, pelo simples fado de ser o ao coilo. -
negociante-uin braziloiro, e carregado — Nem eu digo o contrario; o que ó
de numerosa familia; com o que pre certo é que lenho em caza a cascuda
judicou os credores pois que fundo elle Veríssima, especie de jacaré ou casca
não linha. vel que é capaz de envenenar e matar
^ — Dcixai-o, pobre besta! a quantos delia se approximem.
(Continua.) — E ainda nenhum mal te fez! Bem
dizem que um veneno deslróe a acção
do outro.
— Capitão, eis-me aes pés de V. Ex.í
— Não é tanto assim, capitão; mas
—-Levanta-te! Quem és tu?
é que outro remedio eu não linha,salvo
— Ah! por quem é tenha dó de mina!
si quizesse dar com os ossos na cadeia,
Não vê V. Ex. como estou?
a pagar as custas da demanda que livo
— One tens?
contra eiIa por causa da escrava no
' — Ah! pois não vê! Ja não sou a-
curso de 7 annos, em que lhe não dei
quelle que mandou f zer fogo a bordo
que comer.
deste vaso contra quem protegia certa
— Fizeste como o hespanhol que co
mulher que illudi, deitando-a depois
meria n’ um só dia o q u e .. . .
para fora de caza, carregada de filhos.
— Com eífeito, ja não és quem d e n — Não fiz como ninguém; fui a todos
tas eras. Como estás desta forma? os candomblés e os papaes me diziam
— Nem o sei: em outras epochas fui que eu ganhava; fiado nisso.. . .
em grande, fiz prodígios; negociei para — Fizeste quanta bandalheira ima-
Azia e Africa, Europa e America; tra ginaste.
fiquei em carne humana e peidi mais E que historia é uma do certa viúva
do que lucrei; bati sulla, cozi sapatos rica,do quem te inculcaslc procurador?
c fiz tamancos, o em tudo isso loi-se- — Ainda uhi nova taboca, meu ca-
nie o dinheiro, vendo-me portanto o- pilão!
brigado a cngauar uma pobre mulher Queria ver si a pilhava o pilhava-lao
os cobros, gastei perto de 400/ e quan « a lü ia ra m -n » e bwam-sc! Eram «mv co:-
do a pedi cm casamento,a viuva abanou l e k o lleiço ra ch a d o , um Caldeira tilfo
com a cabeça, que foi mes-mo um ro- da Trindade, um tal Henrique Ribeiro,
pellão dos sciscentos; ropollào ainda o ou tro d ia b o ,c u jo nom e não adianta
maior, porque querendo cobrar o que
gastei, perdi lambem a demanda! ° C^_Sem duvida iam todos mamados.
— Ficas te sem amor e sem dinheiro! E amanhan Reiço-rachado ha de dizer
Mas lambem o que queriassija linhas que é serio,, casado, advogado,.parente
illudido a Veríssima e a reduzido á do cons.. Zacharias etc. e tal.
Pobre diabo!'
miséria?
De tf, meu patifão, sei ja de duas; j? pobre policia que so rrão pode
para a terceira o muxingmTro se in com cífeito arranjar com laes impor
tenderá com ligo,, para o que vou ja tunos barulhenlosl
expedir as convenientes ordens.
— Capitão, eu quando cheguei im VA IU E D A D K .
plorei compaixão. Um jani.ii 1. americano conta o seguinte»
— Ter compaixão do infeliz é ser i Um medico materialista quiz ultimamei,.
euaridoso; obrar cirandado cifra-se em te sustentar contra^um famoso orador s-.tero
cumprir as obras de misericórdia;, uma ; a doutrina da não existcncia da alma e
dellas é castigar os que erram; tu ar para estí?’ ohjecto. fez ao reverendo padre as,
seguintes perguntas:
raste; logo a compaixão que eu posso
Já vístes alguma alma?— Não.
ter para e comtigo é mandar o muxin- Já ouvistes alguma, alma?— Não.
gueiro dar-te juiso. Ja’ ebeirastes alguma aliua?—Nãn.
— Terrível codigo o de Laba tu l! Ca Já saboreastes alguma alm?-— Não.
pitão, V Ex. modifique a conclusão.do Já Senti-tes alguma a !iw ? — Sim,. gvaçps
seu sorites que me faz muito mal ao t a l)eus,. rospondeui o padrp.
Pois bem, proseguiu; o medico,, aqui te
lombo..
rnos quatro sentidos contra um. para provar
— Muxingueiro, si terceira vez, este que a alma irão existfv
diabo vier a bordo, não perguntes, Então a reverendo, lhe replicou coco estai
obsequia-o:. por alimento 100 calabro- perguntas.-
tadas; por bebida mordaça; por lalhe- fia vossa qualidade dè doutor em medi
cina dizei-me-
■ res anginhos. E si quizer mais tarde
Jà vistes alguma dor?'— Não.
um banho,deita-lho ao pescoço uma Já ouvistes alguma ilfe ?— Não.
bota de 20 mil arrobas e iuanda-o brin Já ch-eirastes. alguma d or?— Não.,
car com os peixes. Já saboreastes alguma d & ? — Não..
— Tenho ouvido, Exm.. Já senlistes alguma dôr?— Sim,
Nesse caso, continuou o padre, a q u i ten
— Não ba policia nesta terra' Quan des quatro sentidos contra um, que [trova
rão (pie a ilor não existe, e todavia sabeU
do apparece algum guarda, é para es que ella existe.
pancar africanos ou para prender a ü doutor licou confuso e virou, as coslas»
quem insullou a patrulha. 0 insulto é por uão poder dar o troco.
dizer que um preso não deve ser es
pancado. Um oficial frnncez, tendo sido ferido com
— Ora! uma bala na coxa, foi transportado à sitf
— E ’ assim que um negro foi, anlc- casa,, onde os médicos compareceram. Poí
oito dias elles trataram de sondar a ferida
hontem, roubado, espancado e preso;
em busca da bala.. O oficia!- que soíTr!»
é assim que no domingo houve um va- muito lhes perguntou o que elles procura*
vavá dos diabos la para o baluarte e o vão..« Nós procuramos a bala que o feria.
inspector nem apparcceu, a patrulha « Com mil diabos!' gritou o oficial, deviam
- ninguém a viu, ter dito isto antes; eu a tenho ua uiinl**1al
— Mas que foi? gibeira.
■
— Quatro capadocios entraram pela
Os nossos avoengos, ao fallar-lhes dc nata
caza de uma fair.ilia.eujo cheio está au mult er, perguntavam:
sente, insultaram-na, oUcndcram-ua, -
— E ’ honrada?
( )s iim ssOs pnos (li/iam: posto de accosso o oílioial que servo do
.— 1'? lo rm o Sii?
coinmandanto das armas; acabou de
Os da gc>racfto modorna. ftipprimindo
SPin ( tnida algum» ambas as qualidades,
Ira cia r om ordem do dia ao Sr. coronel
c«ntei)t.u»-S<* em p e r g u n t a 1: Eustaquio por senhoria, quando do\ia
— L ’ rica? dar-lhe excellencia!
— Deixe o homem! 0 caso não é pa
A IM íIM IK) ra menos. Bois um conselheiro-enge-
nheiro ser substituido por um coronel
— F/ certo que o anno passado o Sr. ahi!
Joaquim de Castro Guimarães foi o pri — E reparou quanto elogio vem na
meiro dos tres propostos em meza, na ordem do dia! Só faltou ser elogiado
devoção do Bomíim, pelo thesoureiro o seu cabo Luiz.
José Maria líemiques Ferreira para o — Já houve quem sc lembrasse do
substituir,não sendo acceilo pela meza? cavallo Amisade, que realmente com
— Consta. amisade foi por muito tempo desfruc-
— Bois surprehendeu-mo bastante, lado, apesar de ser da pobre da nação.
èste anno na oecasião da festa, ler-sc — Olhe que esle mundo tem cousas*
a ciei cã« o dos novos funceionnrios e
achar se o Sr. Castro Guimarães na — 0 Sr. Dantas lem passado uma vi
qualidade de escrivão. da regalada; boas festas que lem lido!
— £’ que oSr. Castro Guimarães não Não ha uma semana em que S. Ex. não
servia para thesoureiro, até porque fal- dê seu passeio.
)ava-se que o Sr. l)r. Fedroso, pelas — Mas é pelo bem publico.
grandes obras que projeclava fazer, so La vao agora S. Ex. para o rio Pardo
queria servir como juiz, sendo thesou- aplanar as diííiculdades que possam so
ieiro o Sr. Nicolau Carneiio Filho. brevir á navegação do vapor Sento Sé.
Agora o homem que muito no easo Também so a censurar!
eslava de servir naquelle logar é cha — E a elogiar, quando o merecer. Si
mado para esle, pois aqueile é para os bem que não haja mérito em mandar
amigos de alguns mordomos protegi calçar as ruas do Julião ao Bomíim, por
dos, e até por que a gente não pode que para ver tal nocessidade não é pre
concordar com tudo. ciso grande esforço de inlelligencia,
— E depois o cargo é dc dar 300$ com tudo é digno do louvor o aclo, por
rs e o dinheiro (ao menos para algu que não sc fez até hoje, não se faria sa
mas pessoas,) vale mais do que honra, be Deus até quando, si o aclual presi
probidade, caracter e inlelligcncia. dente não se lembrasse disto.
— Emíim que nos imporia negocio Receba por tanto o Sr. Dr. Dantas
de branco? elogios por ter feito o que deveria fazer.
E ’ provável que alguns honestos e — Que quer? chegamos a uma epocha
independentes caracteres que afervo- em que o cumprimento de dever é fa*
ram a devoção a do Senhor do Bomíim vor. . . .
a elevem á altura a que miraram e para
chegar á qual se esforçaram nossos an — 0 homcM-camaleão, o politico-
tepassados. furla-cor, o mestre-cschola de Latro-
nopolis, finge-se Jeremias: cm vez do
— 0 Sr. tenente coronel José Jo a prantear sobro as minas desta terra
quim Uodngues Lopes, em ordem do como o propheta sobre as de Jerusa
dia, n.°63, censurou ao Sr. comrnan- lém, lamenta a sorto dc um homem
(lame superior Carvalhal, por se d iri honrado que acaba de soífrer uma gra
gir, sem seu intermedie,ao presidcnlo vo injustiça.
da província; cilou para isso a lei. Mas a consciência do miserável está
Agora porém esqueceu ou íingiu ig sempre abaixo do seu interesse;sabo a
norar a lei quo manda ti alar com um rasãojporquo fui destituído o medico, q
militar, com algumas dezenas do annos nado por inteiro, revistando despachos
do serviço, sempre respeitado, sempre trabalhando até as 11 horas!
elogiado,sompro honesto; onnumera os — S ala!
servidos do doutor; laz vor a grande fa- li chama V. a isso patronato' Os ho
luitia quo sustenta c as quo delle de mens a trabalhar até 11 horas da nou»
pendem; mas não slygmalisa o lyran- te! Pobres viclimas!
íio por meio do quem tal injustiça se — li quem lhe disse, capitão,quo as
■
fez! 0 inleresseiro, ainda pelos laços 11 horas eram da noule?
d’amisade não é capaz dc protestar con Os homens antes do meio dia con
tra a arbitrariedade dc quem esmaga o cluem a revista, e andain a encher do
amigo, so porque os covardes íiguiões, pernas as ruas e as lojas c a traclar do
os mandões do borra lhe pagam quatro politica.
duetos dc podre incenso! — ílomem, si tem inveja, faça assim
— Como ha dc elle dar a rasão, quan lambem; cabale para ser empregado
do ella so podo servir para anatomisar na thesouraria,
os corações mesquinhos dos entes ran — Capitão, ainda que eu o fosse,taes
corosos que commetteram uma infamia, commissõos não rccahiriam em mim,
que muitas commeüeraõ ? Como, si que la ha meninos mais bonitos, me
elle sabe que o seu amigo soíTrcu por lhor prendados e optimamente apa
scr amigo do seu inimigo? drinhados.
Bem feito! quem o mandou fazer — Percebo-lhe: o Sr. quer dizer a-
versos? Sahiu-lhe caro o acrostico. mor e a üngua não o ajuda!
— Ainda bem quo V. o sabe! — E ’ isso; adeus; eu breve volto pa
Avalie por abi o do que é capaz o tal ra desinvolver o mecanismo da cousa.
republiqueiro dos princípios-pouco e
dos homens-ludo. — 0 quo tem aquellas mulheres que
vão tão zangadas?
— Capitão, venho representar contra — Queixam-se que foram na sexta-
o proceder injusto do inspector da the- feira 29 do p. p. fazer uma romaria ao
souraria geral de Lalronopolis. Senhor do Bomíim, levaram meia ar
— Diga-se. roba de cera, deram uma esmola soffri-
— Não é praxe ficarem por mais 6 vcl em dinheiro, mandaram dizer uma
mezes n’alfandega os empregados da missa incensada e depois foram ao
thesouraria encarregados da revisão dos zelador pedir uma medida e este não só
despachos? negou como tratou-as mal.
— Assim o tem declarado o proprio — Tenham paciência. 0 Senhor do
inspector em algumas occasiões, e tan Bomíim este anno esta fazendo obras,
to que não consentiu por mais tempo e não tem dinheiro para ninharias.
dous empregados, cujos nomes não mo
occorrem agora á mente.
— Pois creia que estão n’alfandega Pergunte ao Sr. Bastos, morador ao
dous empregados da thesouraria a re Barbalho, si elle consente que seu es
vistar despachos (sinecura completa) cravo ando saltando as cercas dos qui»~
um de nome Matumbas, ha perto de taes alheios, para furtar jaccas, todos
Ires annos, e outro por nome Jarobo a os dias c noites.
caminho de um. E diga-lhe que o escravo furta lam
•
— 0 inspector é praxista de nota, bem fumo dos charutos que se faz eni
amigo de equidade. casa, para vcndel-o na rua.
— 0 que eu julgo que elle é é um E’ uma pergunta e uma parlecipação
amante extremoso do íilholisnin; os me que lhe faz um visinho que se julga
ninos são realmente credores de patro bom e quo não quer questões na visi-
nato, um pela doçura do nome, ambos nhança.
por conservarem o receberem" o orde Um prejudicado.
()ti! (]!'<’ gnmdo novidade! — Capilão, aqui lhe trago pelo can
Quo doscolx 1’tn so fez! gote esto snjeitínho, que tirei das gar
El-roi D. Mu nó do Souza ras de dous que iam com elle aos pu»
Não ó Solnno Lope?.. xavanles lá para o Porto da lenha, no
51au Fim.
Isto diz muito vaidoso
Mestro-escholn interessei- o;
— Quem c esle diabo?
— Ifa um anno que o carreguei, no
Não quo tenha conscienc:a,
dia de Reis feito Maria Madeira com o
Mas porque lhe dito dinheiro.
Sallvsliano.
Os nomes não são egunes,
— Oh! Hei dos moleques, quo fizeste
0 nome ao enso não vem, de novo?
Si é tvranno o LopeZ — Ja não sabe o costumado?!
Mané de Souza é tambem. — Ainda não lomasle vergonha?
Queres a prova, morcego? — Como, si pau que nasce torto tar
Olha o pne, o neto, o irmão, de ou nunca sc? indireita!
Olha o filho, olha o marido — E ja ensinaslc os marotos, do
Cmno para a guerra vão. quem dísseste que te havias vingar?
Algemados uns vieram, — Ora deixe-me! ainda não os en
Outros em pranto abi stãoj
contrei.
Estes rotos, maltrapilhos,
— E que tu podes ensinar, quando
Vem descalços do sertão.
precisas apprender na coxeira de A-
riani?
0 pranto alli corre em jorros,
— Sou homem de importância, capi
Converteu-se a terra ein mar*
lão. Pois não viu-me conversar com
Pois no pranto das viúvas
aquelíes dous moços na egreja?
E ’ que el-rei vae se banhar. — Vi-to, mas vi-to logo depois a
,
Sacia abi sua gana, conversar com dous moleques capado-
Seu desejo de ser cousa cios,em tudo ditterenles dos primeiros.
Vão recrutas para o Su l, E a graça é que ainda achas quem
Triurnpba Mané de Souza. te aperte a mão!
Stás satisfeito, leproso? E o que admira é que um delles seja
A lepra que te dt-stróe aquelle mesmo de quem abusasle com
E ’ a mesma que o moral uma carta falsa.
De Manesinfio corróe. — 0 moço perdoou-me, capitão.
— Mas não le perdôo eu, patife.
Muxingueiro!
— Não loco mais, quo não-posso!
— Ja quatro duzias de bollos no Rei
— Toque, que é per ordem do com-
dos moleques; e, si for possivel, Iran-
mandante.
cafia-o no porão até que chegue a qua
— Sacco vasio não se põe em pé;
resma, para ver si esta peste com a
estou locando desde manhan sem
penitencia toma geito.
comer; não é possivel.
— Sim, Sr.
— Porque não comeu em sua casa?
— Não sabe que eu vim para aqui
desde honlem? E que não lenho escravo — Quem não é por nós é contra nós.'
para me trazer comida lão longe? São palavras que lodo capadocio pro
Sempre se deu comida á musica mi nuncia e que cahiram da bocca do
litar que vem locar. re i. . . .
— 0 eommandante disse que á tarde — Dos judeus.
mandava dar dez tostões a cada um — dos egoístas, acaba do di
de gratificação. zei-o o homem do interesse.
— Agrcdeço. 0 meu quero dar dc — Coitado! nunca leu o Evangelho o
esmola para o Senhor do B om ftm . pobre do mestro-cschola.
— Jg n o ra n lc ! Se m p re o com i p or al^
guina cousa illuslrado; mas agora re tuía soerei ar io do conselho de coinpf a
conheço quo lem rasão os quo dizem do arsenal de Lalronopolis.
quo sua soi eu ei a ó bem desinvolvida (Continua.)
110 ponlo do venha-a-nos. Não podo por
tanto cs!ar em dia com as palavras do ~ A ~ N ‘iN u ' í\ ( J k )~s ~,
divino Mcslie (quo tangia a chicote os
especuladores do Templo) quem vive Gratifica-so com 8$ rs. a quem en
especulando com a inépcia de um go tregar uin reiogio de prata galvanisado
vernador, capaz de levar as lampas a de n° 41829 com cadeia de ouro de 18,
Berlholdinbo, so para ter quatro vin que foi furtado no Bomíiin pela compa
téns de quo não precisaria si so lem nhia do olho -vi vo a Manuel Francisco
brasse de presar a dignidade que al dos Santos. Outro sim, pede-se aos
guém lhe emprestava em certo tempo. Srs. relojoeiros o favor de apprchendcr,
' - S a fa ! caso lhes seja oílerccido semelhante
reiogio. Na travessa do Cruzeiro, n.8o
— Capitão. . . . A se encontrará o annuncianle.
— A que vens?
— Noticias do tal escrivão do arse Quem perdeu um cachorrinho do
nal de guerra de Lalronopolis. raça
* ingleza,
O 1 vá á rua do Faco
* n.°52
— Diga, diga, que estou aneioso. que dando os signaes certos o pagando
— 0 cujo lendo ou sabendo do pri a despeza do annuncio, lhe sera en
meiro escriplo que começou por desco tregue.
brir-lhe a melgueira, bradou que os au-
thores daquillo mereciam lama na ca 0 ooliegio de meninas Santa ízabel,
ra; que so apresentassem os patifes, á ladeira da Baixa dos Sapateiros, abre-
que elle daria uni alfinete de brilhan se no dia 3 de fevereiro. 0 incançavcl
tes. zelo das dirceloras lem apresentado
— Admira que hoje lhe sobre di meninas (bastante assiduas) pròmplas
nheiro para brilhantes, quando lhe em dous annos de ler, escrever, contar
faltou para o titulo do emprego, des- e Iodas as prendas domesticas, como
peza quo foi feita, a seu pedido, por seus paes, tutores etc., o poderão at-
quem faria o fornecimento da tal ma testar. 0 mestre de dança serà o Sr.
deira que lhe IaIIei. Bastos— nesse collegio não ha castigos
— Quem foi que alcançou do mesmo de qualidade alguma, conseguindo se
50$ para certos arranjos, além da pro adiantamento espantoso pela amem-
messa de 600§ para mobília, dos quaes dade e carinho das dirceloras D.Joan-
só se ponde obter 20 0$ ? São estes os na Maria da Silva, !). Perpetua Maria
200$ de que lhe fallei. da Silva e D Narcisa Maria da Silva.
Ficara os 400$ para quando se fizer
A o s tan o eiro s.
a entrada das cossueiras, que ainda se
Vende-se uma porção de barris,
não realizou.
promptos e por ap ro m p tar, baldes, ti
Mas sim. Enfurecido como estava, nas, madeiras aparelhadas e uma rica
depois de muito rugir, roxo, de muitas caixa de ferramentas & & .
borracheiras, apresentou para sua de- Quem pretender dirija-se a esta lyp0'
feza documentos ad hoc,do mesmo mo grnphia que achará com quem tractor.
do que tom arranjado avisos para apa
drinhar certas reformas, que lem feito Vende-se uma boa casa torrea situa*
por ca, bem como os de 4 de outubro da na freguezia da Ponha,rua do Areia
de 1862 e de 24 de abril de 186o. de Ilapagipe, de n.° 21; quem preten
der dirija-sc á freguezia do S. Pedro,
Continue, quo estou gostando.
rua do Duarte n.° 13 para Iniciar.
— . . . .o primeiro tractando de re
•
ceita c despeza e o outro quo o consti XV I». DIS M A K Q U E S , AIIISTIDISS 13 lÜitAPlONA*
0 ALABAMA
1’ E R I O D I C O CItITICO E CHISTOSO.
« — Deito no da sua.
panhoiros com unia faca o quo diz que
lendo vonladc de dar facadas, quor a- « — Abi tem a carne; e atirou-a ao
balcão, cnbindo e1la ao chão.
j)roveilar a occasião para dal.-as sem
« — Abi tem o dinheiro, disse a of-
intenção.
— Bons empregados tem o Sr. Costa fendida, atirando-o lambem ao balcão
c indo parlo dtcl.le eubir d-o* interior do
Guimarães!
— 0 chefe dc policia, si achar que talho.
não desce de sua dignidade, que provi « — Dê-ine o resto do dinheiro.
« — Sr., cahiu dentro.
dencie a respeito.
a — Aqui é onde eu costumo deitar o
dinheiro que recebo*,.e irão sei si o scit
— 0 Progresso declara ao A l abama
: alli está; quero outro.
que o Sr. Àristides Augusto.Milton não
E nesse dize-tu, direi eu—fiem o
é o auíhor dos artigos que no primeiro
sujeito com a carne c com o-dinheiro,
dos dous periodicos tem sido publica- |j
e a mulher inteiramente lesada!
dos contra o Sr. Dez. L. A, Barbosa de
— E ’ com effeito digno de admirar-
Almeida.
í se o coso!
— E quem o disse?
E d'e maior admiração e merecedor o
— 0 Progresso dk.qu-0 o A l ahama de
; fiscal, que nunca se acha'presente, que
k do corrente.
nada wèl
— Dois eu garanto ao Progresso que
i — E a dar-lhe!' Q.; que é credor do
está muito mal enganado.
ospanlo, de pasmaeeira e bocca aberta
I — ■
A a bonhonria áxySr. subdelegado que!é
— E ’ grande o- desaforo q.ue se dá realmente um anjo de paz, que quer
nos açougues! Carne podre, mal pesa Gear bem com todos, mas que se esque
da, cara, cheia de ossos e o diabo a ce de que os consumidores não lhe po
quatro! E. os íiscaes a dormirem!' dem querer bem..
— Q-ue quer? Si os proprios corta -— Pobre terra!
dores arrolam intimidade com o subde-
legadu!
— Ora não diga! LA VÀE, V E R S O .
— Os da Baixa dos Sapateiros dizem Carta do com padre dà cidade
a quem os queira ouvir:. Que remedio ao com padre da roça.
tem os íiscaes,. sinão combinarem com- Sr. compadre — fia hem tempo
nosco, quando temos por nós o subde- Não lhe aliço uno tias m ilhas,
legado que é um bonaclio e que nunca Pois- agoüa la vae esta
confirma uma multa? Coutando certas cousinhns.
— Bom! E ’ por isso que aquell.e Sr. Saiba que fui á lavagem
Lino lem o desaforo do maltratar a Que f<»i omito concorrida,
quem lhe vae comprar. Foi uma func-ção dVstouro,
Cousa gostosa, esplendida.
Não sabo o que fez agora?
— Não, mas desejo saber. Q que' não sei lhe dizer
— Entrou alli uma mulher e peeliu- E ’, si é por devoção
Que s’al)alã tanta gente,
Ihe tros libras de carne; o sujeito cor
G o p o r s i mpl es d i st r a c ç ã o . .
tou duas libras; a compradora recla
mou; «Não ouvi, respondeu elle. E Só sei e que neste dia
Ilicho careta não ha
trouxe para a balança um frangalho
Que deixando a cidade
de carne com uma porção de ossos qua- Para a lavageui não va.
si moidos.
R ’ hello estar á janelh-
« — Sr. eu vim comprar carne, e isto Logo pela madrugada
é osso. Vendo passar a ciioula
«— 0 osso lambem é do boi; onde l)e vassoura, e requebrada.
quer que o bole? quer que o bole no De baldo na cabeça
az da mãe? A dengosa uutbuiuha,
~.... "" 11 «r
E ’ gostoso eunteinplnl-n Na fronte Marcos barbeiro
C miiO f a c e i r a c a m i n h a . No zabumba vem tocando
Ver gorducho taverneiro Um bem tangido lundu;
Com a cera avermelhada E Ioda gente sambando.
Munido d’oma bem grossa Vem muita fazenda fina
Vassoura toda enfeitada. E cousa grossa tumbern,
Vem Mafalda do Querino
O proprio inglez esquecido
Que chega o vapor inglez, E Mariquiiihas Brm-bem.
Deixa fechado o escripturio Vem Olegaria da tulha,
E lá v.ie por sua vez, Vem IL lena, vem Rosaria,
Vem lgneziuha do Pinto,
E ’ uui dia d" mão cheia
One se passa no Bom íim , Vem S<do mó, vem Ma caria.
Bem poucos dias na vida Vem I/.abel do Cruzeiro
Se podem contar assim! E Maria matnd. ira,
Beruardiua cio Balbino
Quanto thesouro occulto
E Ma; ia sapateira.
Apparece nesse dia!
Prin iores da n atureza Maria Gloria Ia vem,
Qlie tem supraína valia! Maria-rica, do peixe,
E u quizera ter uns oltios Pulcheria, e Severiaun,
Que fossem devoradm-es, Cada uma traz seu feixe.
Que meu peito fosse rede Felicidade Vovó
E meus labios pescadores. Que ainda não perde ,vns5,
Depois de ouvirem a missa Martinlta l)<>i, e Mosqueta
Cmn toda gente de casa.
Dão principio á funçonatn,
Ivetiniudo-se em eotnmuin La vem Miguel Peixe-Galo
Branca, ci iouta e imilala. De lenha um feixe trazendo
Faz roddha d’urnas calças
Ahi ê (pie está o choro,
Do Moysés, q’stá cozendo.
Meu compadre de minfdalma,
Si chamam isso martvrio O Custodio que é um homem
Do martvrio eu quero a palma. Por creonla apaixonado
Vem no meio do farraneho
Qual serà « coração
Cum um ram o acompanhado.
Que por mais empedernido
Mirando aqneile painel Também vejo certo medico
Não se sinla derretido? De vela accesa na mão
Para aceender as fogueiras
„ Haverá peito tão duro
E capiz de supportar Quando for occasião.
Os me-deiaces da creettla No centro la vem sambando
Sem de prazer se babar? O Barros das Oliveiras,
Quem po le ver inipt sivel Com Jeronvrna e Umbelina,
A cabiinha delicada Duas creoulas faceiras.
Mostrando mimosa perna
Mais atraz vem um doutor
Roliça e bem torneada?
Cujo gosto conhecido
0 jarreta amortecido E ’ querer só desfruetar
Cmn 60 annos de edade, Aquillo que é pruhibido.
Carrega seu pote (Pagua
Com presteza e agilidade, Quem fecha o rancho? aposto
Não sabe como se chama;
Somente para poder
A mulata acompanhar E* o nosso João de Deus,
Que Ia foi ao chafaiíz Aspirante do Alãbãmct.
Seu pote d’agua buscar. Agora faço reparo
0 padre depoisNla missa Q’esta vae muito comprida;
1ira n batina e la vem, Não vamos a eStafar:
Baia junto das creoulas Chupe aqui a despedida.
Lavar o odro também.
O mais que se tem passado
Nãu esperam que a lavagem
Pira com simplicidade
De todo findado tenlia,
Outra vez que lhe escrever
La vno a passaralhoda
A ’ praia caifcgar lenha. 0 compadre da c'tduãi\
«Mas isso é improprio da aulhorj,
A PBtDIDO
clade.
«0 remedio é deitar sal-ás-moedat
— Capitão, mais uma.
«Não repliques!
- Q u a l?
«Acudam-me os anjos! pombinha*
— Um cavalleiro ia, na noito do Reis
appareça m!
ás 9 horas,pela Mtuiganga, quando en
controu-se com o liei dos moleques, — Não admira o ordenança; o sub-
delegado é que é cravo
em quem quiz melter o chicote; ca
minhou paia elle, pegou no chicote Onde viu-se uma authoridade andar
aos sopapos com certa gente?
pela ponta e com o cabo ia dar-lhe em
— Que quer? Fazem subdelegado a
!....
grosso. Infelizmente o chicote cahiu e,
ohl p u d o r
— Hei dos moleques aproveitou a
um pombista!
E' homem que recebendo um officio
occasiào? virou o feitiço contra o fei do chefe e o criado lhe dando a lor,
ticeiro? elle manda deixai -o de parte, por que
— Qual. Sr.! nem nisso falle! 0 co quer, por. exemplo, pegar duas botas
varde do Hei de copas apanhou o chi que passaram pela praça.
cote, entregou-o ao seu offensor, pe — Ora não continue,meu moço.Siin-*
dindo-lhe miseravelmente que o não si«te no desf ucle, volto á carga e po
offendesse; quo pelo amor de Deus ti nho-lhe os podres na rua; declaro-lhe
vesse compaixão delje; que elle nunca o nome, a freguezia, e é quanto basta.
o linha oílendido; que era, falsidade o
que disseram que elle tinha dito con A N N U N C IO S .
tra o moco.
— E que fez o cavalleiro9 Continua fugido desde o dia 15 do
— Perdoou áquelle pobre diabo que rnez passado o mulalinho Maximiano,
so tem lingua e coragem para attribuir escravo de D. Qlympia Joaquina de
o que elle falia ao pobre do Thomé, Oliveira. Te u 12 annos de edade, ma
— Ah! quanto não terá soffri do a - gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
quella celebre carcunda! fallantc, a testa com uma saliência de
— Não sei; é certo porém qne cm cada lado, Quando fugido costuma di
casa sempre elle entra bem fresco! zer-se forro,não ter m à i nem pai e mu
— Covardão! dar o nome. Sabe lor, e escrever um
pouco. Sahiu de casa, tendo o cubei Io
cortado a meia cabolleira, pulitol e
— Ora que desfrucle!
calça de brim azul desbotado, camisa
— Qual?
branca, botinas do como e chapéu da
— Pois aquellc subdelegado. si ha
palha da Italia'. Já foi visto de trajo
de tomar conta do que vae pela fregue
mudado, uma vez no largo da Piedade,
zia, anda servindo de bobo?! Deixa os
com uma cesta na cabeça em compa
cadaveres insepultos e vem para a ci
nhia de um homem, outra vez na Bar
dade, rondar a porta da casa da
ra, onde depois informaram qne iiaviii
casa. . . .
seguido para llapuan. U l t im a m e n t e
— E quem viu?
lambem foi visto vagando pela roça do
— Tem até nm ordenança á disposi
Gan lois.
ção, o qual fica na praça a observar a
ladeira. Quem o levar a sua senhora na rna
da Larangeira casa n.° 102 terá 25$
— Como se sabe?
de gratificação.
— Eo q u e é que neste mundo não
so sabe? Houve um barulho grande Quem perdeu um cachorrinho de
com um apaixonado c o ordenança que raça inglcza, vá a rua do Paço n.° õ-*
prohibia a entrada. que dando os signaes certos e pagando
«Com que direito faz isso? a despeza do un núncio, lhe scra en
«Sou mandado e por authoridade. tregue.
PE RIO D ICO CRITICO E CHISTOSO
T ir o te io . ANNU.NCIOS
Uma> fera, ja cansada
De nas maltas passei ar, Conlinúa fugido desde o dia lodo
Intendeu que pelos lios mez pnsrsado o mulaliaho Maximiano,
Deveria navegar. escravo de D. Olympia Joaquina do
Oliveira. Tem 12 annos dc edade, ma
D'anta que era tornou-se gro, olhos vivos, beiços grossos, muito
Em pinto feio c goguento,
fallanlo, a testa com uma saliência do
Cabelludo em demasia,
cada lad ». Quando fugido costuma di
[‘ Inda em cima bexiguento.
zer-se forro,não ter mài nem pai e mu
Foi ao rio S. Francisco, dar o nome. Sabe ler, e escrever um
F’ra sondar o Sento S c ; pouco. Suhiu de casa, lendo o cubello
Visita o Jequilinhonha, corta lo a meia cabclloira , palitol o
0 Pardo, o Jerubué. calça de brim azu 1 desbotado, camisa
De la com cara de burro branca, botinas de couro e chapéu do
Virá ainda mudado palha da Italia. Já foi visto de trajo
(Nem espanta, de cançjalhas mudado, uma vez no largo da Piedade,
Foi elle ja carregado.) com uma cesta na cabeça em compa
nhia de um h^ujem, outra vez na Bar
E assim como muda a cor
0 bicho camaleão, ra, onde depois informaram q u o Jia-via
Cara de todos os bichos seguido para ítapuao Ultimamente
Tem o liberal- lacão. lambem foi visto vagando pela roça do
Ganlois.
M . D.
Quem o levar a sua senhora na rua
0 — S— da Constituição arvorou- da Larangoira casa n.° 102 lorà
se em Mentor; ensina á A. P. a manei de gratificação.
ra porque lem de proceder.
— E insiste no regulamento da ins- A o s tasioeiros.
tiucçao, que chama funesto. Vende-se uma porção de barri;
promptos e por apromplar,baldes, ti
cai7aBe‘n 86 ° C° nhcCe; 0(li0 velíl0 não
nas, madeiras aparelhadas e uma ric
— Lembra até medidas q u o são do caixa de ferramentas & & .
regimento interno. 1 Quem pretender dirija-se a esta lvp<
d^-Ferldidade do moço, originali- graphia que achará com quem Iraolai
XVI‘. DE MAltQUKS, AltlsnoES 12líiilAiMUN.*
í
(I í
P<iblica-se na lv|tn{>r;«piiia »le iMarques, A ris liile s e Igrapiúna, à rua da iM iz e rico n iia
n. 17, onde se re ce b e assigualimis a rs. p o r serie de 10 números, ou o .$ ) rs. p or 6
series, pagos adiantado. Na íy p o g r a p h ia lia peSsoa encarregada de receber publicações.
Fcdiba avulsa 160 rs.