Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Curso de Direito

Centro de Ciências e Tecnologia - CCT

JOHN LOCKE

Resenha

Adrya de Vasconcelos Neves Cavalcanti

TIA: 41900502

Campinas

2019
ADRYA DE VASCONCELOS NEVES CAVALCANTI

JOHN LOCKE

Resenha de Artigo apresentada ao


componente curricular Ética e Cidadania do
Curso de Direito do Centro de Ciências e
Tecnologia da Universidade Presbiteriana
Mackenzie - Campus Campinas, como parte
da avaliação intermediária.

ORIENTADORA: Prof.ª Ms. Rosani Franco de Faria Novaes

Campinas

2019
Introdução

O livro Filosofia do Direito, texto que será abordado durante a resenha, tem
como principal objetivo estabelecer uma relação entre a filosofia, o direito e o
pensamento jusfilosófico, refletindo a respeito de seus fundamentos e horizontes.
Seu autor, Alysson Leandro Mascaro, reúne em sua obra os momentos mais
importantes da filosofia do direito, que se apresentam de forma sistematizada, desde
suas origens gregas, percorrendo pelo período medieval, transformações modernas,
e ainda da filosofia do direito contemporâneo. Considerada uma obra de reflexão
crítica, sistemática e didática.

Destaca-se nessa resenha a filosofia do direito moderna, com ênfase integral


nos pensadores contratualistas: Thomas Hobbes, sendo o mais expressivo defensor
teórico do Absolutismo que seu tempo já viu, e John Locke, por sua vez, sendo o
mais sobrelevado como o pensador dos interesses da burguesia ascendente na
Europa.

A Obra

A primeira edição da obra foi publicada no ano de 2010, dispõe atualmente de


sete edições ao todo, constituído de 556 páginas e dividida em 15 capítulos, que por
sua vez, são subdivididos em temas específicos mediante a época e assim,
relatando sua forma de pensamento social-filosófica.

O Autor

Seu autor, Alysson Leandro Mascaro, nasceu no ano em 1976 em Catanduva, São
Paulo. É doutor e livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela
Universidade de São Paulo (Largo São Francisco – USP). Leciona na Faculdade de
Direito da USP e da Pós-Gradução em Direito da Universidade de Santa Cecília,
além de fundador e professor emérito de ensino superior. Escritor de diversas obras,
dentre elas, Filosofia do Direito e Introdução ao Estudo do Direito, pela Editora Atlas.
Resenha

John Locke (1632-1704)

O autor inicia o texto se referindo a Locke como ”o mais destacado pensador da


filosofia burguesa moderna”, e que se envolveu de forma próxima com a Revolução
Gloriosa (1688), a mesma que pôs fim ao Absolutismo e em 1989 declarou o Bill of
Rights inglês. Nesse mesmo ano são publicados os seus dois livros principais,
chamados Dois tratados sobre o governo: O Primeiro e o Segundo tratado sobre o
governo civil.

Menciona ainda que Locke é um dos mais consagrados empiristas, o qual as


ideias se opõem aos inatistas, que possuíam o argumento de que o conhecimento
partia de ideias já dadas, inatas. Porém, para o pensador, o conhecimento se faz, no
indivíduo, através da experiência sensível, a partir de uma “tabula rasa”.

Outrossim, declara que, para Locke, o poder é uma construção humana, não
divina. Era anti-aristotélico e, como Hobbes, um contratualista, e para ele o
fundamento do contrato social é o consentimento dos próprios cidadãos, e o estado
de natureza, ao contrário da visão de Hobbes, é pacífica, dotada da mais plena
liberdade e igualdade, pois mesmo nessa conjuntura, os homens têm meios de
compreensão da lei natural, portanto, não possuem disposição a ser “lobo do
homem”. A guerra seria resultado do desrespeito à liberdade, que é uma lei natural,
logo, se trata de uma possibilidade, e justamente por isso, pode concretizar-se,
então as pessoas decidem viver em sociedade, com a finalidade de obter
estabilidade no governo de seus interesses. Entretanto, tal estado de guerra também
pode existir sob o governo.

O objetivo fundamental para o contrato social seria a preservação da


propriedade, sendo esta, na visão de Locke, a vida, a liberdade e os bens, e a
proteção da comunidade, tanto dos perigos quanto das invasões estrangeiras.
Buscando, também, consolidar os direitos naturais já existentes no estado de
natureza.

Segundo a visão de Locke, o desrespeito à propriedade privada torna o governo


tirânico. A violação da propriedade e o uso da força sem legitimidade legislativa têm
por consequência, a revolta contra o governo por parte do povo instaurando, assim,
uma guerra, o que implica o retorno ao estado de natureza. O pensador reconhece
este, o direito à resistência, permitindo ao povo o uso da força para depor um
governo tirânico.

Bibliografia
Mascaro, A. L. (2014). Filosofia do Direito. Atlas.

Você também pode gostar