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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA

CENTRO DE CIENCIAS TECNOLOGICAS – CCT


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

MATHEUS SALES BEZERRA – 201607238


VICTOR GABRIEL PEREIRA VALVERDE - 201602901

PROJETO DE SISTEMAS MECÂNICOS

SÃO LUIS - MA
2019
MATHEUS SALES BEZERRA – 201607238
VICTOR GABRIEL PEREIRA VALVERDE - 201602901

PROJETO DE OTIMIZAÇÃO DE UMA ESCRIVANINHA

Trabalho apresentado à disciplina de Projeto de


Sistemas Mecânicos do curso de engenharia
mecânica, referente à obtenção de nota.

Prof. Flavio Nunes

SÃO LUIS – MA
2019
1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, a engenharia estrutural vem registrando diversos casos de problemas
vibracionais em estruturas estáticas, o que fez com que cada vez mais fosse necessário o uso da
análise modal nessas estruturas. A análise modal é o processo constituído de técnicas teóricas
e experimentais que possibilitam a construção de um modelo matemático capaz de representar
o comportamento dinâmico do sistema, a fim de determinar os seus parâmetros modais. Nesse
contexto, a análise dinâmica vem para descrever de que forma as propriedades naturais da
vibração (modos naturais de vibrar, fatores de amortecimento e frequências naturais) interagem
entre si.
A vibração é a oscilação do corpo em torno de uma posição referencial. Um sistema
vibracional tem 3 componentes básicos, a massa, a mola e o amortecedor. A reação desse
sistema submetido a uma força, reage na condição de deslocamento, velocidade e aceleração.
E a frequência natural indica o modo natural que uma estrutura vibra, sendo uma das
propriedades mais importantes da vibração. Quando uma estrutura é excitada por uma certa
frequência e essa frequência é igual a frequência natural da mesma acontece o fenômeno da
ressonância, que é quando o sistema armazena energia vibracional e acaba por produzir
vibrações de resposta com grandes amplitudes. De modo geral, quando menor a frequência
natural do sistema, mais fácil do sistema entrar em ressonância.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Desenvolvimento de formas de otimização no projeto de uma escrivaninha.

2.2 Objetivos Específicos

• Determinar forma de aumentar a frequência natural da escrivaninha.


• Desenvolver habilidades em softwares de simulação
3. METODOLOGIA

O problema proposto foi a busca de uma solução para o problema estrutural de uma
escrivaninha (figura 1 e 2), a mesma possui uma frequência natural baixa que resulta em uma
vibração de maiores proporções como resposta de uma excitação nela imposta.

Figura 1 Figura 2

Com a ajuda dos softwares Solidworks e ANSYS, foram feitas diversas modificações
baseadas na escrivaninha já modelada.
Como a escrivaninha tem o formato de um “A”, a mesma não tem muita sustentação em
suas pernas. Logo, procuram-se modificações que deixem a escrivaninha mais próxima do
formato de um “H”.
Também foi notado um aumento da frequência natural ao se retirar ou adicionar
material, isso dependia da disposição dos processos. Resultando nas seguintes imagens, figura
3 e 4.
Figura 3 - Escrivaninha com modificações Figura 4 – escrivaninha modificada com visto explodida

As figuras 3 e 4 mostram a escrivaninha já remodelada com os melhores resultados encontrados.

Figura 5 – Escrivaninha remodela

Sabe-se que quando maior o número de elementos, maior o número de nós, o que acaba
resultado em uma melhor malha e em melhores resultados. A figura 5 mostra a malha da
escrivaninha que tem 11575 nós e 5718 elementos.
A figura 6 mostra a escrivaninha em seu modo natural de vibrar.
Figura 6 – escrivaninha natural no seu 1º período de frequência

As figuras 7,8,9,10 e 11 mostram os primeiros 5 modos de vibras da escrivaninha após


otimizações.

Figura 6 – 1º frequência natural


Figura 7 – 2º frequência natural

Figura 8 – 3º frequência natural


Figura 9 – 4º frequência natural

Figura 10 – 5º frequência natural


4. RESULTADOS

Enquanto a escrivaninha original apresentava uma frequência natural baixa, cerca de 18


Hertz, a mesma, após reformulações, conseguiu resultados positivos no sentido de aumentarem
a frequência natural da escrivaninha com as menores modificações estruturais possíveis,
satisfazendo o objetivo geral.

A tabela 1 mostra os valores obtidos das 5 primeiras frequências naturais.

Frequency Number Rad/sec Hertz Seconds


1 492.32 78.355 0.012762

2 499.64 79.521 0.012575

3 669.83 106.61 0.0093803

4 920.57 146.51 0.0068253

5 1080 171.89 0.0058178

Tabela 1 – Mode list

A primeira frequência natural passou de 18 Hz pra 78 Hz ou 492 rad/seg.


A figura 11 mostra uma comparação entre as frequências naturais obtidas com a escrivaninha
remodelada x fator de efeito cumulativo de participação da massa da nova escrivaninha.

Figura 11 – Frequência x CEMPF


REFERÊNCIAS

Bolina, C.C.; Palechor, E. U. L.; Vásquez, M. P. R.; "VIBRAÇÕES: AS FREQUÊNCIAS


NATURAIS ESTIMADA E EXPERIMENTAL DE UMA ESTRUTURA", p. 186-194 .
In: Anais do Congresso Nacional de Matemática Aplicada à Indústria [= Blucher
Mathematical Proceedings, v.1, n.1]. São Paulo: Blucher, 2015.
ISSN em b-reve, DOI 10.5151/mathpro-cnmai-0038

http://ensus.com.br/analise-de-vibracao-estrutural-conceitos-basicos-2/. Acesso em 24 de
agosto de 2018.

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