Você está na página 1de 65

TRIBUNAL DE CONTAS DO

MUNICÍPIO DE SÃO PAULO


ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 1/64

ÍNDICE
ITEM FLS

1 – INTRODUÇÃO 03
2 – PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 06
2.1 – Programa de obras 06
2.1.1 – Plano Plurianual 06
2.1.2 – Lei de Diretrizes Orçamentárias 07
2.1.3 – Lei Orçamentária Anual 07
2.2 – Estudo de viabilidade 09
2.3 – Recursos orçamentários 11
3 – PROJETOS 14
3.1 – Fatores de Risco em Projetos 15
3.2 – Projeto Básico 16
3.3 – Projeto Executivo 18
3.4 – Verificações 19
3.4.1 – Projeto Básico 19
3.4.2 – Projeto Executivo 20
4 – ORÇAMENTO 22
4.1 – Fatores de Risco nos Orçamentos 22
4.2 – Planilha do Orçamento Básico 22
4.3 – Considerações sobre o BDI 24
4.4 – Verificações 27
5. – LICITAÇÃO 29
5.1 – Fatores de Risco nas Licitações 30
5.2 – Verificações 31
5.2.1 – Do Edital 31
5.2.2 – Do Procedimento Licitatório 35
6 – CONTRATAÇÃO 36
6.1 – Fatores de Risco 37
6.2 – Verificações 38
6.3 – Alterações Contratuais 41
6.3.1 – Fatores de Risco 43
6.3.2 – Verificações 43
7 – EXECUÇÃO DO CONTRATO 45
7.1 – Fiscalização da Execução do Contrato 45
7.1.1 – Função da Fiscalização 45
7.1.2 – Atribuições e Responsabilidades do Fiscal 47
7.1.3 – Pontos de Risco 50
7.1.4 – Verificação 51
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 2/64

7.2 – Liquidação / Pagamento 53


7.2.1 – Fatores de Risco 54
7.2.2 – Verificações nos processos de Liquidação / Pagamento 55
8 – ENCERRAMENTO DO CONTRATO 56
8.1 – Fatores de Risco 57
8.2 – Verificações 58
9 – SUMÁRIO BÁSICO DE LEGISLAÇÃO DE OBRAS 59
10 – SITES UTEIS 63
11 – HISTÓRICO DAS ALTERAÇÕES 64

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 3/64

1 - INTRODUÇÃO
O Manual Técnico de Fiscalização – Obras Públicas e Serviços de Engenharia, da
Subsecretaria de Fiscalização e Controle, tem por finalidade proporcionar uma diretriz
técnica mínima nas atividades de fiscalização realizadas pelo Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, no âmbito do Controle Externo, nas Obras Publicas e nos
Serviços de Engenharia executados, direta ou indiretamente, pela Administração
Pública Municipal.
No âmbito do Município de São Paulo, a Lei Municipal nº 13.278, de 07 de janeiro de
2002, estabelece que as licitações e contrato administrativos estarão sujeitos a
Legislação Federal (Lei Federal nº 8.666/93 e alterações) e as normas específicas
nela estabelecidas, bem como no Decreto Municipal nº 44.279 de 24 de dezembro de
2002.

As fontes básicas em que se fundamenta este manual técnico são:

• Lei Federal nº 8.666 de 21 de junho de 1993 e respectivas alterações;


• Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000;
• Lei Federal nº 6.496/77;
• Lei Federal nº 5.194/73;
• Lei Federal nº 4.320/64;
• Lei Municipal nº 13.278 de 7 de janeiro de 2002;
• Decreto Municipal nº 44.279 de 24 de dezembro de 2002;
• Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
• Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA;
• Resoluções do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia –
CONFEA.

Obra pública é aquela que se destina a atender os interesses gerais da sociedade,


contratada por órgão ou entidade pública da Administração Direta ou Indireta, Federal,
Estadual ou Municipal, executada sob sua responsabilidade ou delegada, custeada
com recursos públicos compreendendo a construção, reforma, fabricação,
recuperação ou ampliação de um bem público.
A execução de obras públicas e dos serviços de engenharia deve ser originada no
planejamento do que se pretende executar. No setor público essa ação de
planejamento se dá por exigência legal, pois é condição prévia para empenho e

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 4/64

licitação de obras e serviços de engenharia (art. 16, § 4º, da Lei Complementar nº


101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal).

Planejar uma obra ou empreendimento significa definir o que fazer, quando fazer,
como fazer, onde fazer, a que custo se espera fazer, definindo ainda seus
mecanismos de controle.

Cada uma das etapas de execução de uma obra deverá ser adequadamente
estudada, planejada e subdividida de forma a cumprir, não somente em seus aspectos
legais e formais, mas de forma a resultar em uma obra de boa qualidade, segura,
adequada à finalidade a que se destina e a um preço justo.

Genericamente será tratada por obra pública a construção, reforma, fabricação,


recuperação ou ampliação e os serviços de engenharia realizados por execução direta
ou indireta.

A execução de obra pública, assim como os demais atos da administração pública,


devem atender aos princípios da legalidade, legitimidade, eficiência e economicidade
inscritos na Constituição Federal.

Os procedimentos básicos a serem seguidos para uma correta contratação e


fiscalização de obras publicas e serviços de engenharia executados pela administração
pública podem ser sintetizados no fluxograma:

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 5/64

FLUXOGRAMA PARA CONTRATAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA

Programa de Obras
(PPA, LDO, LOA)
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
Estudo de
Viabilidade
Recursos Orçamentários

PROJETOS
Executiv
Básico
o

Orçamento

Edital
LICITAÇÃO
Procedimento Licitatório

Contrato / Aditamentos

Fiscalização
EXECUÇÃO DO CONTRATO

Liquidação / Pagamento

Recebimento Provisório
ENCERRAMENTO DO CONTRATO

Recebimento Definitivo

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 6/64

2 - PROCEDIMENTOS PRELIMINARES
2.1 – Programa de Obras
A Constituição Federal instituiu os instrumentos de planejamento público no Brasil,
nos termos do artigo 165, a saber:
Art.165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias;
III - os Orçamentos Anuais.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, cujo objetivo consiste, conforme o caput do seu
artigo 1º, em estabelecer "normas de finanças públicas voltadas para a
responsabilidade na gestão fiscal”, também discorre sobre o emprego dos
instrumentos de planejamento para a sua consecução. De acordo com o § 1º desse
artigo, a responsabilidade na gestão fiscal pressupõe:
• ação planejada e transparente;
• prevenção de riscos e correção de desvios que afetem o equilíbrio das contas
públicas;
• garantia de equilíbrio nas contas, através do cumprimento de metas de
resultados entre receitas e despesas, com limites e condições para a renúncia
de receita e a geração de despesas com pessoal, seguridade social, dívida,
operações de crédito, concessão de garantia e inscrição em restos a pagar;

Assim, a Administração Pública, necessariamente, tem que caminhar em busca da


eficiência e eficácia da gestão dos recursos públicos por meio de ações planejadas e
transparentes.

Nesse sentido, os instrumentos de planejamento público instituídos pela Constituição


Federal constituem elemento fundamental para a gestão e a transparência das ações
governamentais, em especial aquelas ligadas aos investimentos em obras e serviços.

2.1.1 – Plano Plurianual - PPA


Plano Plurianual é um instrumento de planejamento público elaborado pelo Poder
Executivo e aprovado pelo Poder Legislativo, para um período de quatro anos e
tem por finalidade:
• estabelecer as diretrizes, os objetivos e metas para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e,
• para as relativas aos programas de duração continuada.
Os Programas de Governo constantes no Plano Plurianual terão metas e
indicadores quantificados.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 7/64

O objetivo do Plano Plurianual é garantir a continuidade dos planos e programas,


instituídos pelo governo anterior.

O Plano Plurianual terá vigência até o final do primeiro exercício financeiro do


governo subseqüente.

Na realização de qualquer investimento no setor público, os governantes devem


observar se os mesmos estão incluídos no Plano Plurianual, sob pena de crime
de responsabilidade, conforme dispõe o artigo 167 da C.F. “in verbis”:
“Artigo 167 - São vedados:
................
IX .......................................................................................
§ 1º - Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual, ou
sem lei que o autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.”

2.1.2 – Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO

A lei de diretrizes orçamentárias, segundo instrumento de planejamento, instituído


pela Constituição Federal de periodicidade anual, compreenderá:
• As metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas de
capital para o exercício financeiro subsequente;
• Orientará a elaboração da lei orçamentária anual;
• Disporá sobre as alterações na legislação tributária; e
• Estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
Sendo assim, a LDO deverá estabelecer os parâmetros necessários à alocação
dos recursos no orçamento (lei orçamentária anual), de forma que possibilite a
realização das metas e objetivos contemplados no PPA. A LDO é um instrumento
que funciona como elo de ligação entre o PPA e os orçamentos anuais,
compatibilizando as diretrizes do Plano à estimativa das disponibilidades
financeiras para determinado exercício financeiro.

2.1.2 – Lei Orçamentária Anual - LOA


A Lei Orçamentária Anual, terceiro instrumento de planejamento, instituído pela
Constituição Federal, com periodicidade anual, constitui o mais importante
instrumento de gerenciamento orçamentário e financeiro da Administração Pública,
cuja principal finalidade é administrar o equilíbrio orçamentário entre receitas e
despesas. Esta lei deverá abranger o orçamento fiscal, o orçamento de
investimento das empresas e o da seguridade social.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 8/64

A Lei Orçamentária Anual reservará os recursos para a execução dos Programas


de Governo, cujas metas estão explicitadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias do
ano anterior à execução da L.O.A.

Fundamentação Legal Constituição Federal e Lei Complementar 101/01 – LRF


Referências Manual de Auditoria de Função (SFC-2003)

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 9/64

2.2 – Estudo de Viabilidade

Estudo efetuado para assegurar a viabilidade técnica econômica e o adequado


tratamento do impacto ambiental de um empreendimento, a partir dos dados
levantados no Programa de Necessidades, bem como de eventuais condicionantes
do Contratante.

O Estudo de Viabilidade visa à análise e escolha da solução que melhor responda ao


Programa de Necessidades do órgão ou entidade, sob os aspectos legal, técnico,
econômico e ambiental do empreendimento.

Além de estudos e desenhos que assegurem a viabilidade técnica e o adequado


tratamento do impacto ambiental, o Estudo de Viabilidade deve ser constituído por
um relatório justificativo, contendo a descrição e avaliação da alternativa selecionada,
as suas características principais, os critérios, índices e parâmetros utilizados, as
demandas a serem atendidas e o pré-dimensionamento dos sistemas previstos.
Deverão ser consideradas as interferências entre estes sistemas e apresentada a
estimativa de custo do empreendimento.

Esse estudo é preliminar e necessário para as licitações de obras e serviços,


conforme o estabelecido nos artigos da LF 8.666/93 transcritos abaixo:

Art. 6º - “Para os fins desta Lei, considera-se:

I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação,


realizada por execução direta ou indireta;

II - Serviço - toda atividade destinada a obter determinada utilidade de


interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou
trabalhos técnico-profissionais;

IX – Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes,


com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou
complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base
nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a
viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a
definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os
seguintes elementos:(...).”

“Art. 7º - “As licitações para a execução de obras e para a prestação de


serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte
seqüência:
I - projeto básico;
II - projeto executivo;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 10/64

III - execução das obras e serviços.


(...)
§ 2º - As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e
disponível para exame dos interessados em participar do processo
licitatório;
(...)”.

Fundamentação Legal Lei Federal 8.666/93


MANUAL DE OBRAS PÚBLICAS - Práticas da Secretaria Especial de
Referências
Administração e Planejamento - SEAP

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 11/64

2.3 – Recursos Orçamentários

No contexto de uma gestão transparente e planejada, voltada para a


responsabilidade fiscal, a indicação do recurso próprio para a despesa é
procedimento indispensável, conforme os dispositivos legais expostos abaixo:

LF 8.666/93 - Art. 38 caput:

"O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo


administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a
autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso
próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:..." .

DM 44.279/03 - Art 2º:

"O processo de licitação, devidamente autuado, deverá ser instruído,


conforme o caso, com os seguintes elementos:
VII - indicação da disponibilidade orçamentária;....".

Essa indicação da disponibilidade orçamentária deverá considerar ainda os aspectos


e elementos preconizados nos artigos 15, 16, 17 e 42 da Lei de Responsabilidade
Fiscal – LRF, conforme segue:

Art. 15 da LRF

“Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio


público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não
atendam o disposto nos artigos 16 e 17.”

Art. 16 da LRF

“A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que


acarrete aumento da despesa será acompanhado de:
I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que
deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes;
II - declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem
adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.
(...)
§ 2o - A estimativa de que trata o inciso I do caput será acompanhada
das premissas e metodologia de cálculo utilizadas.
(...)
§ 4o - As normas do caput constituem condição prévia para:
I - empenho e licitação de serviços, fornecimento de bens ou execução de
obras;
II - desapropriação de imóveis urbanos a que se refere o § 3o do art. 182
da Constituição.”
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 12/64

O inciso II do artigo 16 determina que o ordenador de despesa declare estar, essa


despesa, compatível com o plano plurianual (PPA), configurando sua
responsabilidade. No caso de contratos, a responsabilidade pelo descumprimento
desse dispositivo será do ordenador de despesa e não de quem assinou o contrato.

Na declaração, o ordenador assegura que a despesa tem cobertura de dotação


específica e suficiente, ou crédito genérico, de forma que somadas todas as
despesas da mesma espécie, realizadas e a realizar, previstas no programa de
trabalho, não sejam ultrapassados os limites estabelecidos para o exercício e, ainda,
que está em conformidade com as diretrizes, objetivos, prioridades e metas do Plano
Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Na estimativa deverão estar delineadas as premissas do raciocínio e a metodologia


de cálculo adotadas para a apuração do impacto orçamentário-financeiro da
despesa, no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subsequentes.

A estimativa é um informe técnico, enquanto a declaração é um ato administrativo,


sendo ambas condições prévias para a realização de licitação de serviços,
fornecimento de bens ou execução de obras, bem como para o empenho da
despesa, no caso de dispensa e inexigibilidade de licitação. Tal fato torna esses dois
documentos essenciais à fase interna da licitação, obrigando a sua inclusão no
procedimento, ao lado dos requisitos exigidos pelos artigos 7º, 14 e 38 da Lei Federal
no 8.666/93.

Art. 17 da LRF

“Considera-se obrigatória de caráter continuado a despesa corrente


derivada de lei, medida provisória ou ato administrativo normativo que
fixem para o ente a obrigação legal de sua execução por um período
superior a dois exercícios.
§ 1º - Os atos que criarem ou aumentarem despesa de que trata o
caput deverão ser instruídos com a estimativa prevista no inciso I do artigo
16 e demonstrar a origem dos recursos para seu custeio.
§ 2o - Para efeito do atendimento do § 1º, o ato será acompanhado
de comprovação de que a despesa criada ou aumentada não afetará as
metas de resultados fiscais previstas no anexo referido no § 1o do artigo
4o, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos seguintes, ser
compensados pelo aumento permanente de receita ou pela redução
permanente de despesa.
(...)
§ 4º - A comprovação referida no § 2º, apresentada pelo proponente,
conterá as premissas e metodologia de cálculo utilizadas, sem prejuízo do
exame de compatibilidade da despesa com as demais normas do plano
plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 13/64

§ 5º - A despesa de que trata este artigo não será executada antes da


implementação das medidas referidas no § 2o, as quais integrarão o
instrumento que a criar ou aumentar.
(...)”

O ato, que criar ou aumentar despesa obrigatória de caráter continuado, deverá estar
instruído com a estimativa prevista no inciso I do artigo 16 e demonstrar a origem dos
recursos para o seu custeio, bem como comprovar que tal despesa não afetará as
metas dos resultados fiscais previstas no anexo da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO), referido no § 1º do artigo 4º, devendo seus efeitos financeiros, nos períodos
seguintes, tidos como exercícios, serem compensados pelo aumento permanente da
receita (elevação de alíquota, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação
de tributo/contribuição) ou pela redução permanente da despesa.

Depreende-se, portanto, do artigo 17 que, no exercício em que ocorrer a criação ou


aumento de despesa obrigatória de caráter continuado, bem como nos
subsequentes, as metas previstas para os resultados fiscais não poderão ser
afetadas. Cabe ao gestor promover a compensação necessária, aumentando a
receita ou reduzindo a despesa.

É, ainda, vedado dar início à execução da despesa obrigatória de caráter continuado,


antes da implementação do aumento da receita ou redução da despesa necessária à
compensação de que trata o § 2o do artigo 17 da LRF, o qual, combinado com o
artigo 165 da Constituição Federal, significa que, na inserção de despesas de capital
no plano plurianual (PPA) que impliquem em aumento de despesas correntes,
deverão estar ambas contempladas no plano plurianual.

No caso, por exemplo, da ampliação/construção de hospital, não é suficiente haver


previsão dos recursos necessários à obra: é preciso que haja provisão de recursos
para seu funcionamento.

Lei Complementar 101/01 – LRF; Lei Federal 8.666/93 e Decreto Municipal


Fundamentação Legal
44.279/03
Monografia CONTRATAÇÃO DE OBRAS PÚBLICAS – Márcia de Menezes de
Referências
Assis Gomes (2001)

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 14/64

3 - PROJETOS

Uma obra é conhecida por meio de seu projeto. Este, quanto mais explicitado e
confiável for, menores distorções acarretará ao orçamento, pois a precisão desse
orçamento depende do conhecimento e avaliação do custo do maior número possível
de serviços intervenientes.

Um projeto completo compreende o conjunto de plantas, cortes, elevações, detalhes,


memórias descritivas, especificações e orçamento. O projeto é elaborado a partir dos
anteprojetos e pré-orçamentos que possibilitaram os estudos de viabilidade técnico-
econômica.

Na fase de elaboração do projeto básico, são feitos estudos comparativos de custos


de diversas alternativas de solução, e são tomadas decisões mais objetivas,
resultando daí, desenhos preliminares que permitem a identificação e quantificação
aproximada dos serviços que compõem a obra.

Nessa fase, os orçamentos são denominados de "orçamentos básicos" e devem


apresentar um grau de precisão, pois subsidiam decisões, em aspectos mais restritos
do empreendimento.

Mesmo se tratando de obras e serviços de engenharia, o Projeto Básico não


representa apenas os desenhos e as soluções técnicas, mas toda a avaliação inicial
visando demonstrar a viabilidade e a conveniência da execução da obra ou do serviço.

Todos os estudos e projetos deverão ser desenvolvidos de forma a que guardem


sintonia entre si, tenham consistência material e atendam às diretrizes gerais do
programa de obras e do estudo de viabilidade. A responsabilidade pela elaboração dos
projetos será de profissionais ou empresas, legalmente habilitados junto ao Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA. O autor ou autores
deverão assinar todas as peças que compõem os projetos específicos, indicando o
número do registro no CREA e proceder as Anotações de Responsabilidade Técnicas
(ARTs), também, no CREA, nos termos da Lei n.º 6.496/77.

Os projetos devem ser elaborados de acordo com as leis, decretos, regulamentos,


portarias e normas federais, estaduais e municipais, direta e indiretamente aplicáveis a
obra pública, além das normas técnicas devidas.

Os projetos normalmente são elaborados em três etapas sucessivas: Estudo


Preliminar, Projeto Básico e Projeto Executivo.

O desenvolvimento consecutivo dessas etapas terá como ponto de partida o Programa


de Necessidades, programa esse que definirá as características de todos os espaços
necessários à realização das atividades previstas para o empreendimento.
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 15/64

Há duas maneiras de elaboração dos projetos básico e executivo:


a) Elaboração dos projetos pela própria unidade gestora.
Neste caso, deverá ser designado um responsável técnico vinculado à unidade
gestora, com inscrição no CREA estadual, que efetuará o registro das respectivas
ARTs referentes aos projetos.
b) Elaboração dos projetos por empresa contratada pela Administração.
No caso de a entidade não dispor de corpo técnico especializado, fará licitação para
contratar empresa especializada para elaborar o projeto básico e, se for o caso, o
projeto executivo, cabendo ao órgão contratante a elaboração de pelo menos o
anteprojeto, baseado no programa de necessidades e no estudo de viabilidade, com
as características mínimas necessárias à concepção do empreendimento.

3.1 - Fatores de Risco em Projetos


• Estudo de viabilidade técnico-economico insuficiente ou inexistente;
• Ausência de licitação para a contratação de projetos (Lei 8.666/93, art. 13, §1º);
• Não elaboração do projeto básico (Lei 8.666/93, art 7º, § 2º, I);
• O projeto básico não foi devidamente aprovado pela autoridade competente (Lei
8.666/93, art 7º, § 2º, I);
• Os projetos, especificações e referências que compõem o projeto básico são
insuficientes para o perfeito entendimento, pelos interessados, do trabalho a
realizar (Lei 8.666/93, art 6º, IX, e Resolução do Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - CONFEA nº 361/91). Principais ocorrências:
- Ausência ou insuficiência de memorial descritivo (incluindo conjunto de
materiais, equipamentos e técnicas de execução);
- Ausência ou insuficiência de especificações técnicas;
- Ausência ou insuficiência de plantas, cortes e perfis do empreendimento;
- Ausência ou insuficiência ou incompatibilidade com as especificações técnicas
das composições dos custos unitários dos serviços;
- Ausência ou insuficiência de estudos geotécnicos;
- Ausência ou insuficiência de levantamentos topográficos;
- Ausência ou insuficiência de estudos adequados relativamente às distâncias de
transporte para fornecimento ou bota-fora de terra;
• Projeto Executivo não contém todos os elementos necessários à completa
execução da obra (Lei 8.666/93, art 6º, X e 7º, § 1º);

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 16/64

• Os projetos básico e executivo não consideram integralmente os requisitos de


segurança; funcionalidade e adequação ao interesse público; economia e
facilidade na execução, conservação e operação, possibilidade de emprego de
mão-de-obra, materiais e tecnologia existentes no local; adoção de normas
técnicas de saúde e segurança do trabalho, impacto ambiental (Lei 8.666/93, art
12);
• Ausência ou insuficiência de relatório de impacto ambiental para
empreendimentos potencialmente modificadores do meio ambiente (Lei 8.666/93,
art 12 e Resolução CONAMA 001, de 23/01/86, art. 2º);
• Falta de Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, do(s) autor(es) do projeto, o que
inviabiliza a responsabilização por algum eventual erro técnico (Lei 6.496/77, art.
1º e 2º);
• Não adoção de projetos padronizados por tipo, categoria ou classe, apesar de o
empreendimento pertencer a um conjunto de obras destinadas ao mesmo fim (Lei
8.666/93, art 11);
• Projetos desatualizados ou executados superficialmente em face da “urgência”
em contratar;
• Projeto padrão adotado sem as adequações necessárias para o empreendimento
que se pretende executar, inclusive do projeto de fundação;
• Não realização do “as built”;

3.2 - Projeto Básico


O projeto básico é o elemento mais importante para a execução de uma obra pública.

O inciso IX, art. 6º da Lei Federal nº 8.666/93 estabelece, de maneira clara e objetiva,
os requisitos de um projeto básico. Para efeito de conceito quanto à exata extensão
do Projeto Básico quando da aplicação do dispositivo legal, considerando que é
atribuição do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (artigo 27,
alínea “f”, da Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966) orientar as atividades
das profissões da área tecnológica de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e afins,
em benefício da sociedade, adotamos a conceituação estabelecida na Resolução nº
361, de 10 de dezembro de 1991.

Projeto Básico é o conjunto de elementos que define a obra, o serviço ou o complexo


de obras e serviços que compõem o empreendimento, de tal modo que suas
características básicas e desempenho almejado estejam perfeitamente definidos,

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 17/64

possibilitando a estimativa de seu custo e prazo de execução. As principais


características de um Projeto Básico são:
• o desenvolvimento da alternativa escolhida como sendo viável, técnica,
econômica, e ambientalmente, e que atenda aos critérios de conveniência de seu
proprietário e da sociedade;
• fornecer uma visão global da obra e identificar seus elementos constituintes de
forma precisa;
• especificar o desempenho esperado da obra;
• as soluções técnicas adotadas quer para o conjunto, quer para suas partes, que
devem ser suportadas por memórias de cálculos e de acordo com critérios de
projeto pré-estabelecidos, de modo a evitar e/ou minimizar reformulações e/ou
ajustes acentuados, durante sua fase de execução;
• identificar e especificar, sem omissões, os tipos de serviços a executar, os
materiais e equipamentos a incorporar à obra;
• definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão
compatível com o tipo e porte da obra, de tal forma a ensejar a determinação do
custo global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze por cento);
• fornecer subsídios suficientes para a montagem do plano de gestão da obra;
• considerar, para a sua boa execução, métodos construtivos compatíveis e
adequados ao porte da obra;
• detalhar os programas ambientais, compativelmente com o porte da obra, de
modo a assegurar sua implantação de forma harmônica com os interesses
regionais.

A avaliação do projeto básico é uma das etapas mais importantes da fiscalização a


cargo do Controle Externo, pois grande parte das irregularidades encontradas tem
sua origem na deficiência desse projeto.

Os diversos elementos que o compõem (estudos geotécnicos e ambientais, plantas e


especificações técnicas, orçamento detalhado etc) muitas vezes apresentam-se
inconsistentes ou mesmo não existem, gerando problemas futuros de significativa
magnitude. Entre as conseqüências de um projeto básico deficiente, pode-se
destacar:
• falta de efetividade ou alta relação custo/beneficio do empreendimento, devido à
inexistência de estudo de viabilidade adequado;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 18/64

• alterações de especificações técnicas, devido à falta de estudos geotécnicos ou


ambientais adequados;
• utilização de materiais inadequados, por deficiências das especificações (deve-se
definir as condições de aceitação de similaridade, e não restringir a especificação
a uma única marca aceitável);
• alterações contratuais em função da insuficiência ou inadequação das plantas e
especificações técnicas, envolvendo negociação de preços.

Essas conseqüências acabam por frustrar a execução/conclusão do objeto licitado,


dadas as diferenças entre o objeto licitado e o que será efetivamente executado, o
que implica a necessidade de se responsabilizar o autor e/ou o responsável pela
aprovação do projeto básico, quando este se apresenta inadequado.

3.3 - Projeto Executivo


É o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra,
de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABNT (Lei 8.666/93, art. 6º).

Após a elaboração do projeto básico, a Administração deve providenciar o projeto


executivo que apresentará os elementos necessários à realização do
empreendimento com nível máximo de detalhamento possível de todas as suas
etapas.

A realização do projeto executivo poderá ser concomitantemente com a execução


das obras e serviços, desde que autorizado pela Administração (Lei 8.666/93, art. 7º,
§ 1º).

O ideal é que o projeto executivo seja elaborado pela Administração ou contratada


empresa para esse fim, antes da licitação da obra, de modo a evitar futuras
alterações e, conseqüentemente aditivos ao contrato.

Projeto executivo bem elaborado, antes da licitação da obra, auxilia a Administração


no perfeito conhecimento da obra, permitindo a avaliação de seu custo com maior
precisão.

Necessário destacar que na fase de elaboração do projeto executivo, as soluções já


estão definidas. Assim, o projeto executivo apresenta o detalhamento dos elementos
construtivos do projeto básico, respeitando o vínculo com o objeto que se pretende
contratar.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 19/64

3.4 - Verificações
3.4.1 - Projeto Básico

Para o Projeto Básico, nos procedimentos de fiscalização, deve-se verificar:


• se foi realizado estudo de viabilidade para o empreendimento;

• se foi realizada licitação para elaboração do projeto básico, caso não tenha
sido elaborado pela própria administração;

• se o projeto básico foi aprovado pela autoridade competente, conforme o


disposto no inciso I do § 2° do art. 7° da Lei n° 8.666/93;

• se existe projeto básico para toda a obra;

• se o projeto básico possui todos os elementos necessários, conforme o


disposto no inciso IX do art. 6° da Lei n° 8.666/93;

• se existe Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do(s) responsável(is)


pela sua elaboração, conforme dispõem os arts. 1° e 2° da Lei n° 6.496/77;

• qual a data de sua elaboração;

• qual o valor previsto pelo órgão licitante para execução da obra;

• se possui orçamento detalhado de custos unitários;

• quais as referências de custo utilizadas pela Administração para elaboração


desse orçamento;

• se o custo da obra está compatível com valor de mercado;

• se foram realizados estudos de impacto ambiental (EIA) exigidos;

• se possui a licença ambiental, caso seja exigida, conforme dispõe o art. 2° da


Resolução CONAMA n° 237/97. Necessário registrar que o procedimento para
licenciamento ambiental envolve diversas etapas, desde a definição, pelo
órgão ambiental, dos documentos, projetos e estudos necessários ao
processo de licenciamento, passando pela análise do órgão competente que
poderá realizar vistorias técnicas e audiências públicas, além da solicitação de
esclarecimentos e complementações, até a publicação do deferimento, ou
não, do pedido de licença. O parágrafo primeiro do artigo 10 da Resolução
CONAMA nº 237, determina, ainda, que deverá constar, do processo de
licenciamento, a certidão da Prefeitura Municipal declarando que o tipo de
empreendimento é compatível com a legislação sobre o uso e ocupação do
solo, bem como a autorização para desmatamento e uso da água, quando for
o caso. No artigo 11, a referida Resolução define que os estudos necessários

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 20/64

ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais


legalmente habilitados.

• se as exigências dos órgãos licenciadores estão sendo cumpridas e


acompanhadas;

• se os projetos de abastecimento de água, luz e esgoto, quando for o caso,


estão previamente aprovados nas concessionárias e nas entidades
competentes;

• se no projeto básico foram considerados principalmente os seguintes


requisitos, conforme dispõe o art. 12 da Lei n° 8.666/93: segurança;
funcionalidade e adequação ao interesse público; economia na execução,
conservação e operação; possibilidade de emprego de mão-de-obra,
materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução,
conservação e operação; facilidade na execução, conservação e operação,
sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; adoção das normas
técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas; impacto ambiental.

3.4.2 - Projeto Executivo

Para o Projeto Executivo, nos procedimentos de fiscalização, deve-se verificar:

• se o projeto executivo é compatível com o projeto básico;


• se o projeto executivo abrange toda a obra;
• se o projeto executivo foi elaborado em data próxima à execução do
empreendimento;
• se o valor previsto no projeto executivo para execução da obra é compatível
com o valor previsto no projeto básico. Caso não seja, verificar se há
justificativa técnica e se essa justificativa é coerente;
• se o projeto executivo foi (ou será) realizado pela contratante, pela contratada
para execução da obra ou por terceira pessoa;
• se existe ART do(s) responsável(is) pela sua elaboração, conforme dispõem
os artigos 1° e 2° da Lei n° 6.496/77.
• se o projeto executivo contém todos os elementos necessários à completa
execução da obra, conforme o disposto no inciso X do art. 6° da Lei n°
8.666/93;
• se o projeto executivo foi aprovado pela autoridade competente, conforme o
disposto no § 1° do art. 7° da Lei n° 8.666/93;
• se o projeto executivo foi realizado antes da licitação ou se foi autorizado pela
Administração o seu desenvolvimento concomitante com a execução da
obra,conforme o disposto no § 1° do art. 7° da Lei n° 8.666/93;
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 21/64

• se as técnicas de construção previstas e os materiais especificados no projeto


executivo são os mesmos previstos no projeto básico. Caso negativo, verificar:
se há justificativa técnica para essa modificação; se esta justificativa técnica é
coerente; se foi realizada uma análise do custo-benefício e do desempenho
técnico dessa nova técnica; e qual a implicação da utilização dessa nova
técnica no custo da obra;
• se após a execução das obras foram elaborados os projetos de como
construido (“As Built”) possibilitando a existência de arquivos confiáveis do que
foi executado.

Lei 8.666/93; Lei 6.496/77; Resolução nº 361/91-CONFEA e Resolução CONAMA


Fundamentação Legal
n° 237/97
Procedimentos para Auditoria – Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55;
Referências Procedimentos de Auditoria de Obras Públicas – TCU; Obras Públicas – Aspectos
de Execução e Controle – TCE/SC e Manual de Auditoria de Obras – TCMRJ

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 22/64

4 - ORÇAMENTO

4.1 - Fatores de Risco nos Orçamentos


• Custos unitários dos insumos superestimados em relação ao mercado;
• Custos unitários de itens serviços não justificados em relação a produtividade da
mão-de-obra, equipamentos e consumo de materiais;
• Encargos Sociais: taxa não detalhada;
• Benefícios e Despesas Indiretas – BDI: taxa não detalhada e/ou parcelas não
demonstradas;
• Quantidades de serviços sem demonstrativos que possibilitem verificar a sua
adequação aos elementos do projeto básico;

4.2 - Planilha do Orçamento Básico

Denomina-se orçamento básico ou base, a parte do projeto que estabelece o custo


provável da obra. Qualquer que seja a modalidade contratual, o projeto básico
conterá o orçamento das obras, apresentando para cada item da planilha de
quantidades os respectivos preços unitários e a importância total.
A Lei 8.666/93, art. 6º, inciso IX, alínea “f” estabelece como elemento do projeto
básico o “orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de
serviços e fornecimentos propriamente avaliados”. Para garantir a exigência “propriamente
avaliados” deve-se observar a Resolução nº 361/91 do Confea que estabelece no art.
3º, alínea “f” que o projeto básico deve “definir as quantidades e os custos de serviços e
fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte da obra, de tal forma a ensejar a
determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos 15% (quinze por
cento)”

O art. 7º, § 2º, inciso II, da Lei 8.666/93 estabelece que as obras e os serviços
somente poderão ser licitados quando “existir orçamento detalhado em planilhas que
expressem a composição de todos os seus custos unitários”, bem como, no art. 40, § 2º,
inciso II, define que constitui anexo do edital, dele fazendo parte integrante o
“orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários”.
Excetuam-se essas exigências nas licitações para concessão de serviços com
execução prévia de obras em que não foram previstos desembolso por parte da
Administração Pública concedente (Lei n.º Lei 8.666/93, art. 124).
Destacamos dois tipos de orçamentos: o orçamento preliminar (sintético) e o final
(analítico). A diferença entre eles é que o primeiro não possui, necessariamente, a
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 23/64

composição dos serviços a serem executados, só mencionando o tipo de serviço e


seu respectivo custo. Já o segundo contempla a composição dos serviços,
estabelecendo quais são os insumos necessários à realização dos mesmos, os
respectivos preços unitários e quantidades, podendo ser obtidos em publicações
técnicas ou tabelas de órgãos públicos.
Assim:
a) A elaboração do orçamento preliminar deverá basear-se em:
• pesquisa de preços médios vigentes no mercado local da execução dos
serviços;
• estimativa de quantidade de materiais e serviços, fundamentada em índices
de consumo referentes a empreendimentos similares.
b) A elaboração do orçamento final deverá basear-se em:
• coleta de preços realizada no mercado local ou região de execução dos
serviços;
• avaliação dos custos horários de equipamentos, considerando as condições
locais de operação e a taxa legal de juros;
• avaliação da Taxa de Leis Sociais (LS) em função das características do local
de execução dos serviços;
• avaliação da Taxa de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI) em função do
volume ou porte dos serviços e do local de execução;
• pesquisa dos índices de aplicação de materiais e mão-de-obra, considerando
as condições locais ou regionais de execução.

Como o preço é estabelecido em função do custo final, é fundamental que o valor do


orçamento de custo seja o mais próximo possível do real. Essa condição, embora
necessária, não é suficiente, pois o orçamento de custo deverá também ser
convenientemente estruturado, de modo a permitir que eventuais distorções nas
despesas previstas para as várias áreas, possam, em tempo hábil, ser detectadas,
reavaliadas, corrigidas, ou mesmo reformuladas.

São objetivos desse orçamento:


• fornecer suporte para a tomada de decisões quanto à viabilidade e alocação
de recursos na implantação de um empreendimento;
• fornecer subsídios para a escolha de soluções nos campos do projeto, obras,
suprimentos, administração e institucional;
• fornecer os elementos necessários à programação e controle financeiro da
implantação do empreendimento, possibilitando a aferição dos custos reais
em relação aos previamente previstos;
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 24/64

• fornecer subsídios para reformular e realocar recursos.

Nas Planilhas Orçamentárias, cada serviço e sua quantidade deverão corresponder a


uma especificação técnica e a uma norma de medição e pagamento. Deverão conter
ainda todos os tipos de serviço necessários à execução do empreendimento.

A maior ou menor precisão que se obtém no orçamento está na dependência direta


do conhecimento que se tem do empreendimento, já que improvisações ou
suposições poderão levar a resultados desastrosos.

As unidades de quantificação devem, preferencialmente, ser as mesmas usadas no


mercado e referir-se ao critério de medição adotado.

Identificados os quantitativos e verificados os preços praticados no mercado, obtém-


se o custo do empreendimento. Pode se considerar, na execução de um determinado
serviço, dois tipos de custo. O custo direto e o custo indireto.

O custo direto reflete o somatório das despesas com insumos identificáveis e


economicamente quantificáveis, que podem ser atribuídos à execução dos vários
serviços. São despesas intrínsecas e, portanto, específicas de cada um dos serviços
a serem executados.

Os custos indiretos abrangem o somatório dos insumos que, embora sejam


identificáveis, não são passíveis de serem economicamente quantificáveis para
serem atribuídos à execução de um determinado serviço. São despesas que devem
ser rateadas entre os vários serviços a serem executados.

4.3 - Considerações sobre o BDI.


Na elaboração dos orçamentos básicos ou planilhas de custos unitários, exigida para
lançamento de uma licitação pela Lei Federal 8.666/93, a administração pública, com
raras exceções, caracteriza, os custos (sem BDI) de um determinado
empreendimento e adiciona a este uma previsão de BDI para fixar o preço base da
licitação.

Preço = Custo Direto + BDI

O Benefício ou Bonificação e Despesas Indiretas-BDI é uma taxa que remunera os


Benefícios esperados como recompensa no término de alguma atividade comercial e
as Despesas Indiretas inevitáveis, não agregadas ao custo direto.

O BDI deve ser diferenciado por obra, através de dados reais criteriosamente
avaliados. O Índice pode variar de empresa para empresa, de acordo com a
eficiência na administração de despesas indiretas e do fluxo de caixa.
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 25/64

A taxa do BDI depende, também, da época de realização do serviço, pois está


vinculada aos custos financeiros (a taxa de mercado é variável) e ao lucro (que em
função da demanda de mercado pelo tipo de obra, também pode variar).

O orçamento base para lançamento da licitação deve ter uma previsão de BDI, para
a devida reserva financeira ou empenho do valor estimado.

Ressalte-se que, para que a taxa de BDI adotada num orçamento possa ser
efetivamente analisada, é importante que os contratantes exijam (já no edital da
licitação) a apresentação de sua composição na proposta orçamentária.

Em consonância com essa necessidade de que as despesas indiretas dos


orçamentos sejam tratadas de forma mais analítica, se faz necessário que sejam
discriminados os itens que compõem o BDI, de forma a permitir, quando da análise
do orçamento, uma aferição a contento dos percentuais utilizados como base da
estipulação da taxa total.

No mesmo sentido, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo, conforme Ata


da 2.004ª Sessão Ordinária (págs 62 e 63, DOM de 6/12/2001), TC 4.101.01-93,
relativo ao acompanhamento do Edital de Licitação da Concorrência nº 01/01 do
Departamento de Iluminação Pública, se posicionou ao decidir que a “...respeito da
composição dos preços unitários do BDI e de outros encargos nas propostas dos
licitantes, entendo pertinentes as ponderações dos órgãos técnicos. Ressalto, pois, a
necessidade de a Administração conhecer a composição dos preços constantes das
propostas, inclusive para efeito dos reajustes e revisões contratuais...”.

Usualmente, as seguintes despesas podem fazer parte da composição do BDI:


instalação e manutenção do canteiro; mobilização e desmobilização de obra; controle
tecnológico; serviços topográficos; equipamentos e ferramentas; transporte de
pessoal; seguros; taxas; administração local (obra); administração central; serviços
médicos; impostos; risco de execução; custo financeiro do capital de giro; e lucro
(bonificação).

Para exemplificar as implicações envolvidas com BDI na Instalação e manutenção do


canteiro, tem-se:
a) Instalação: definida em função do tipo e complexidade da obra. Obras mais
simples (exemplo: escolas) exigem apenas um barracão, porém em obras de
grande complexidade deve ser planejada toda uma infra-estrutura, como por
exemplo:
• Sistema habitacional: a verificação da necessidade de recrutamento de mão-
de-obra em locais distantes pode obrigar a empreiteira a fornecer condições
de moradia para os trabalhadores e família.
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 26/64

• Sistema viário: deve-se garantir o acesso de todos os recursos necessários à


execução da obra, além da manutenção e operação do empreendimento.
• Saneamento: A verificação das necessidades referentes á captação
(mananciais), adução, tratamento, armazenamento e distribuição de água;
coleta, tratamento e destinação de águas servidas, eliminação e controle de
doenças endêmicas, pode exigir pesados investimentos.
• Sistema de energia: Deve ser efetuado o levantamento das disponibilidades
locais regionais para o dimensionamento dos investimentos necessários.

Para obras de médio/grande porte, geralmente são necessários investimentos em


Edificações (escritório, alojamento, cantina, almoxarifado, carpintaria, bancada p/
corte e dobragem de aço, urbanização); Placa de Obra; Móveis para escritório;
Tapume; Cerca; Ligação de água, luz, energia e esgoto.

b) Manutenção: Não basta instalar o canteiro. No decorrer das obras, haverá gastos
com manutenção, como por exemplo: água, energia e telefone; reparos e
reformas e vigilância.

Da mesma forma a mobilização e desmobilização de obra tem implicações com o


transporte de equipamentos pesados ao canteiro, o que gera custos para a
construtora. Tais valores costumam ser altos em longas distâncias ou em obras de
curta duração. Esse item é muito utilizado na construção de rodovias e dragagem de
portos.

Já o controle tecnológico, que consiste na verificação da conformidade dos materiais


aplicados é importante para se garantir a qualidade da obra.

Além dos custos locais, existe a despesa com a administração central no escritório
central que precisa ser rateada entre as obras em execução. Afinal a empresa possui
uma estrutura para a captação e gerência dessas obras, podendo-se destacar:
aluguel do escritório central; equipamentos e despesas gerais do escritório; água, luz
e telefone do escritório; salários da presidência e diretoria; contabilidade, compras e
recursos humanos.

O BDI, portanto, é o resultado de um “orçamento” que resulta na taxa que é cobrada


do cliente incluindo todos os custos indiretos, tributos etc e a sua remuneração para a
realização de um empreendimento. O resultado desse orçamento depende de uma
série de variáveis entre as quais podemos apresentar algumas mais importantes.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 27/64

• tipo de obra – para cada tipo de obra tais como de edificações, rodoviárias,
saneamento, obras de arte, hidrelétricas, ferroviárias etc os custos indiretos
podem variar muito de obra para obra.

• valor do Contrato – dependendo do valor da obra pode definir o porte e a


complexidade do mesmo, exigindo maior ou menor aporte de infra estrutura para
poder executá-la.

• prazo de execução – os custos indiretos na sua maioria são proporcionais ao


prazo da obra, principalmente em relação aos custos com o pessoal. Se o prazo
for prorrogado mantendo a mesma estrutura, as despesas indiretas de mão-de-
obra, por exemplo, ficarão maiores e o BDI ficará maior.

• volume de faturamento da empresa – o rateio da administração central no BDI é


função do montante das despesas da sede em relação ao volume de faturamento
global. Se esse faturamento cair, o rateio tende a ser maior, se o faturamento
crescer em função de termos aditivos, por exemplo, o rateio tende a ser menor.

• local de execução da obra – a distância entre a sede da empresa e o local de


execução da obra, tem um grande peso no custo indireto, principalmente em
relação ao transporte e despesas com o pessoal do quadro permanente da
empresa.

4.4 - Verificações

Referentes as obras públicas, dependendo do tipo de fiscalização, deve-se:


• Constatar qual é a origem dos custos unitários orçados e verificar, no que for
possível, se há compatibilidade com os de mercado (Lei 8.666/93, art. 44, § 3º
e art. 48, inciso II);
• Analisar, por amostragem, dentre os itens mais significativos em relação ao
valor global, pelo menos 5 (cinco) deles quanto às quantidades orçadas e pelo
menos 5 (cinco) quanto aos preços unitários, se os mesmos não forem de
Tabelas de Preços da Municipalidade. Verificar a sua adequação quanto às
suas composições, preços dos insumos, coeficientes de produtividade,
salários e encargos.
• Verificar se o cronograma físico-financeiro apresenta distribuição adequada de
serviços e custos;
• Constatar se a taxa de BDI está detalhada e avaliar, no que for possível, a
pertinência das parcelas que a compõe;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 28/64

• Avaliar, no que for possível, a razoabilidade das taxas relativas a leis e


encargos sociais aplicadas na parcela de mão-de-obra direta nas composições
de custos unitários.

Fundamentação Legal Lei 8.666/93


Procedimentos para Auditoria – Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55;
Referências Procedimentos de Auditoria de Obras Públicas – TCU e Obras Públicas – Aspectos
de Execução e Controle – TCE/SC

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 29/64

5 - LICITAÇÃO

No caso da licitação de obras, o requisito para dar início ao procedimento interno é o


cumprimento do art. 7º § 2º, incisos I a IV, que se reportam à aprovação de projeto
básico pela autoridade competente, à existência de planilhas do orçamento básico, à
previsão de recursos orçamentários e a inclusão do objeto nas metas do Plano
Plurianual, ou seja, quando:
• houver projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos,
especificações e outros complementos, aprovado pela autoridade competente e
disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
• existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os
seus custos unitários;
• houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o pagamento das
obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem executadas no exercício
financeiro em curso, de acordo com o respectivo cronograma;
• o produto dela esperado estiver contemplado nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual de que trata o art. 165 da Constituição Federal, quando for o caso.

Ainda em função do § 4º, art. 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, quando se tratar


de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete
aumento da despesa, é condição prévia para empenho e licitação de serviços ou
execução de obras, a existência dos seguintes elementos:
• estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em
vigor e nos dois subseqüentes, acompanhada das premissas e metodologia de
cálculo utilizadas;
• declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o
plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

Cumpridos os requisitos faz-se o enquadramento na modalidade adequada, em função


do valor estimado no seu orçamento detalhado, conforme art. 23 da lei 8.666/93. Na
forma do § 5º “é vedada a utilização da modalidade ‘convite’ ou ‘tomada de preços’, conforme
o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e serviços da
mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente,
sempre que o somatório de seus valores caracterizar o caso de ‘tomada de preços’ ou
‘concorrência’, respectivamente, nos termos deste artigo, exceto para as parcelas de natureza
específica que possam ser executadas por pessoas ou empresas de especialidade diversa
daquela do executor da obra ou serviço”.

Relativamente a habilitação observa-se os artigos 27 a 36 da Lei 8.666/93.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 30/64

Parte-se então para a elaboração do instrumento convocatório (edital) na forma do art.


40 da Lei 8.666/93, atentando-se para os anexos previstos no § 2º, o projeto básico
e/ou executivo com todas as suas partes desenhos, especificações e outros
complementos; o orçamento estimado em planilhas de quantitativos e custos unitários;
as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação e
a minuta do contrato a ser firmado.

O procedimento licitatório e o julgamento se processam conforme o art. 38 e 39 da Lei


8.666/93.

5.1 - Fatores de Risco nas Licitações


• Fatores de Risco dos projetos e do orçamento, subitens 3.1 e 4.1;
• Não atendimento do art. 16 da LRF quando tratar de criação, expansão ou
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa;
• Qualificação econômica-financeira:
- Índices econômicos restritivos;
- ausência de estudos ou defasagem dos estudos que demonstrem as
exigências da qualificação;
- Capital social mínimo incompatível com o limite fixado na legislação;
- Insuficiência da garantia exigida.
• Qualificação técnica:
- exigência de quantidades mínimas nos atestados relativos a qualificação
técnica profissional;
- limitação de número de atestados ou contratos para comprovação da
capacidade operacional da empresa;
- avaliação restritiva dos atestados apresentados.
• Licitações de pré-qualificação:
- Não atendimento do § 2º do art. 114 da lei 8.666/93 quanto às exigências
relativas à concorrência (projeto básico, orçamento);
- Não atendimento do prazo de publicidade para a concorrência realizada
posteriormente;
• Reajuste de Preços: ponderação de índices paramétricos nas equações de
reajuste que não corresponde à ponderação dos grupos de serviços do orçamento
de referência;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 31/64

• Ausência de serviços na Planilha de Orçamento;


• Inexistência e/ou insuficiência de estudo de impacto ambiental para os
empreendimentos potencialmente modificadores do meio ambiente.
• Inexistência e/ou insuficiência de estudo que demonstre a exeqüibilidade dos
custos unitários ofertados pelos proponentes que sejam discrepantes (variação de
mais que 20% para mais ou para menos) dos custos unitários adotados pela
administração nos orçamentos de referentes;
• Objeto de licitação para Ata de Registro de Preços não compatível com o
instrumento;
• Alteração das condições previstas no Edital;
• Restrição do caráter competitivo pela exigência de que os proponentes, na
formulação de seus preços unitários não podem alterar os coeficientes de
produtividade adotado pela Administração.

5.2 – Verificação
A licitação destina-se a garantir a observância do principio constitucional da isonomia
e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. Será processada e
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e
dos que lhes são correlatos.

Dentre os tipos de fiscalizações exercidos por este Tribunal estão inseridos os


acompanhamentos de edital ou de licitação.

Nos acompanhamentos de editais a análise é prévia à entrega das propostas por


parte dos licitantes e o art. 113 da Lei 8.666/93, alterado pela Lei 8.883/94, atribui
aos Tribunais de Contas o controle das despesas decorrentes dos contratos, bem
como receber representações contra irregularidades na aplicação da Lei de
Licitações e, principalmente, competência para determinar a adoção de medidas
corretivas pertinentes nos Editais de Licitações.

Nos acompanhamentos de licitação é efetuado o acompanhamento e análise das


etapas do procedimento licitatório.

5.2.1 - Do Edital
Analisar se o edital atende ao exigido na legislação vigente, nos seguintes
aspectos:

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 32/64

a) Compatibilidade com as atividades da Unidade e Autorização


Verificar se:
• há compatibilidade do objeto com as atividades da Unidade licitante;

• o despacho de autorização está datado e assinado, contendo a


modalidade de licitação.

b) Modalidade, publicidade, garantias e apresentação das propostas


Verificar se:
• o limite para a modalidade do certame foi respeitado, nos termos da
legislação pertinente, tendo como parâmetro a data do despacho de
autorização;

• a data marcada para recebimento dos envelopes é a mesma que constou


na publicidade do evento;

• a forma e os prazos de publicidade foram obedecidos, inclusive nos casos


de alteração de cláusula do edital;

• o percentual exigido para garantia na participação da licitação está em


conformidade com o previsto na legislação, quando houver;

• a garantia exigida para a execução do contrato está em conformidade com


o previsto na legislação, quando houver;

• o edital estabelece a apresentação da documentação em envelope


separado, no caso de concorrência e tomada de preços;

• houve audiência pública, quando for o caso;

c) Habilitação Jurídica
Verificar se o edital contempla as exigências essenciais estabelecidas na
legislação vigente (art. 28 da Lei 8.666/93 e alterações).

d) Regularidade Fiscal
Verificar se o edital contempla as cláusulas essenciais estabelecidas na
legislação vigente (art. 29 da Lei 8.666/93 e alterações).

e) Exigência para qualificação técnica


• Verificar se as exigências não frustram o caráter competitivo da licitação e
atendem ao disposto na legislação vigente (atualmente o Art. 30 da Lei
8.666/93 e alterações).
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 33/64

• Analisar as exigências quanto à capacitação técnico-profissional, a


instalações de canteiros e a máquinas e equipamentos, necessários para
realizar as obras e/ou os serviços licitados.

f) Elementos do edital
Verificar se o edital contempla as cláusulas essenciais estabelecidas na
legislação vigente (art. 40 da Lei 8.666/93 e alterações).

g) Lei nº 101/2000 (LRF)


Verificar o atendimento do art. 16 da LRF quando se trata de criação,
expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento
da despesa.

h) Objeto
Verificar:
• Se existe justificativa para o objeto licitado e se o tipo da licitação adotado
está de acordo com o objeto e com a legislação vigente;

• No caso de Ata de Registro de Preços, se o objeto é compatível com o


instrumento utilizado;

• Se o objeto está descrito de forma clara e sucinta apresentando uma


descrição literal da intenção caracterizada por natureza, função,
finalidade, definições geográficas e geométricas, metodologia construtiva
e serviços correlatos quando couber;

• Os elementos técnicos disponíveis (projeto básico e/ou executivo), quanto


à sua suficiência, clareza e correção, para avaliar se permitem uma
completa compreensão do objeto licitado e, por conseqüência, a
elaboração de propostas técnicas e financeiras objetivas e corretas,
dentre os quais:

- Planta de localização do empreendimento;


- Plantas, cortes e perfis;
- Memorial descritivo, incluindo o conjunto de materiais, equipamentos,
técnicas de execução, especificações técnicas;
- Levantamento topográfico;
- Estudos geológicos (incluindo laudo de sondagens do terreno);
- Quadro resumo de quantidades para os itens de serviço que compõem
o empreendimento incluindo critérios de medição e pagamento;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 34/64

- Plantas de localização de empréstimos de terra e bota-foras de terra e


entulhos;
- Levantamento de interferências superficiais e subterrâneas
• Para os projetos básico e/ou executivo os itens especificados nos subitens
3.4.1 e/ou 3.4.2.

• Para os projetos que envolvam grandes investimentos (maiores que 1%


do orçamento) e sejam potencialmente modificadores do meio ambiente,
além das verificações estipuladas anteriormente, é importante constatar a
existência da análise de benefícios/custos e do Relatório de Impacto sobre
o Meio Ambiente (RIMA), aprovado pelos órgãos competentes,
verificando, no que couber, a sua consistência e adequação ao objeto.

i) Prazo de execução
Verificação de sua conformidade com os padrões usuais, identificando a
existência ou não de fatores que indiquem a necessidade de estudos mais
aprofundados e/ou revisão do mesmo.

j) Orçamento
Verificar:
• Se há indicação de recursos orçamentários suficientes para a abertura da
licitação.

• Se existe pesquisa prévia ou planilha de custos (quantidades e preços


unitários);

• Os itens especificados no subitem 4.4.

l) Especificações técnicas e/ou normas de execução


Análise das especificações técnicas com o objetivo de verificar a sua
conformidade geral aos padrões técnicos usuais e a sua suficiência e
conformidade quanto aos serviços que compõem o objeto da licitação.

m) Critérios de avaliação e julgamento


Verificar:
• se os critérios para avaliação e julgamento das propostas são objetivos.

• No caso das licitações de melhor técnica ou de técnica e preço, se os


critérios, além de objetivos, são adequados ao objeto e não frustram o
caráter competitivo da licitação.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 35/64

n) Minuta do contrato
Verificar se os termos da Minuta do Contrato acompanham os termos do
Edital.

5.2.2 - Do Procedimento Licitatório

Analisar se o procedimento licitatório atende ao exigido na legislação vigente, nos


seguintes aspectos:

a) Publicidade
Verificar o cumprimento dos prazos de recurso em todas as fases.
b) Habilitação
Observar no ato de entrega dos envelopes se os mesmos estão devidamente
lacrados, devendo todos serem rubricados antes de sua abertura.
c) Classificação
Verificar se os envelopes de propostas das empresas habilitadas
permanecem lacrados.
d) Impugnações e Recursos
Avaliar se os critérios adotados pela Comissão de Licitações não tiveram
caráter subjetivo nas análises de impugnações e recursos e observaram ao
estabelecido no Edital.
d) Adjudicação e Homologação
• Verificar se o valor adjudicado é compatível com o valor estimado.

• Observar se o objeto licitado foi adjudicado e homologado à empresa


vencedora do certame nas quantidades e valores propostos.

• Avaliar se os critérios adotados pela Comissão de Licitações retratam o


ocorrido no procedimento licitatório e se processaram em estrita
observância ao estabelecido no Edital.

Fundamentação Legal Lei 8.666/93


PGS-SFC-01-02 – Fiscalizações – TCMSP; Procedimentos para Auditoria –
Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55; Procedimentos de Auditoria de Obras
Referências
Públicas – TCU; Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/SC e
Manual de Auditoria de Obras – TCMRJ

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 36/64

6 – CONTRATAÇÃO
Após deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do
objeto da licitação, ou quanto à sua dispensa ou inexigibilidade, são celebrados os
contratos administrativos para a realização das obras e serviços, de acordo com o que
estabelece o art. 54 da Lei Federal nº 8.666/93 transcrito abaixo:

Art. 54 – “Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas
suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-
lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as
disposições de direito privado.

§ 1º - Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as


condições para sua execução, expressas em cláusulas que
definam os direitos, obrigações e responsabilidades das
partes, em conformidade com os termos da licitação e da
proposta a que se vinculam.

§ 2º - Os contratos decorrentes de dispensa ou de


inexigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato
que os autorizou e da respectiva proposta.”

A Administração não poderá celebrar contrato sem observar a ordem de classificação


das propostas ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório, sob pena de
nulidade.

Os contratos devem estabelecer com clareza e precisão as condições para sua


execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da
proposta a que se vinculam.

O artigo 55 da Lei Federal nº 8.666/93 estabelece as cláusulas obrigatórias em todos


os contratos, conforme transcrição abaixo:

Art. 55 – “São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:


I - o objeto e seus elementos característicos;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-
base e periodicidade do reajustamento de preços, os
critérios de atualização monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de
entrega, de observação e de recebimento definitivo,
conforme o caso;
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da
classificação funcional programática e da categoria
econômica;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 37/64

VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução,


quando exigidas;
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as
penalidades cabíveis e os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de
rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei;
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para
conversão, quando for o caso;
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a
dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante
vencedor;
XII – a legislação aplicável à execução do contrato e
especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a
execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de
habilitação e qualificação exigidas na licitação.
§ 1º (VETADO)
§ 2º - Nos contratos celebrados pela Administração Pública com
pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas
no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula
que declare competente o foro da sede da Administração
para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto
no § 6º do art. 32 desta Lei.
§ 3º - No ato da liquidação da despesa, os serviços de
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da
arrecadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
Município, as características e os valores pagos, segundo
o disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de
1964.”

Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a


finalidade, o ato que autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às normas da Lei Federal
nº 8.666/93 e às cláusulas contratuais.

O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades


contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento
(sondagens, fundações, impermeabilização etc), até o limite admitido, em cada caso,
pela Administração, conforme dispõe o artigo 72 da Lei Federal nº 8.666/93.

6.1 – Fatores de Risco


Com relação à celebração de contratos, observa-se os seguintes pontos de risco:

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 38/64

• divergência entre a descrição do objeto no contrato e a constante no edital de


licitação;
• não vinculação do contrato ao edital de licitação, ou ao termo que a dispensou ou
a inexigiu, e à proposta do licitante vencedor, em desacordo com o disposto no
§ 1º do artigo 54 da Lei Federal nº 8.666/93;
• ausência de cláusulas obrigatórias estabelecidas no artigo 55 da Lei Federal
nº 8.666/93;
• subcontratação não admitida no edital e no contrato;
• documentos fiscais faltantes ou vencidos (CND e FGTS);
• emissão de nota de empenho extemporânea ou insuficiente para atender a
despesa do exercício;
• falta de estimativa de custo;
• falta de despacho de autorização ou despacho extemporâneo (contrato verbal) e
com efeitos financeiros retroativos;
• classificação funcional / programática ou econômica inadequadas;
• falta de pesquisa prévia de mercado;
• baseado em Ata de Registro de Preços com objeto incompatível;
• o contrato decorre de procedimento licitatório irregular;
• objeto do contrato não condizente com o objeto social da contratada;
• preços contratados divergentes dos homologados;
• garantias contratuais insuficientes;
• falta de definição de penalidades e de sua gradação.

6.2 – Verificações

Para os contratos de obras e serviços celebrados, nos procedimentos de fiscalização


deve-se verificar:
• se a contratação foi precedida de requisição devidamente justificada, constando
as quantidades estimadas, em função das necessidades e finalidade da unidade /
entidade. O objetivo dessa verificação é constatar se o objeto contratado está
devidamente caracterizado e a sua real necessidade dentro da finalidade e
propósitos da unidade / entidade requisitante, em consonância com os princípios
preconizados na Lei Federal nº 8.666/93;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 39/64

• se, na convocação de licitantes remanescentes, foi obedecida a ordem de


classificação, de acordo com os parâmetros estabelecidos no parágrafo 2º do art.
64 da Lei Federal nº 8.666/93;
• no caso de dispensa de licitação, se estão devidamente justificadas as causas
que caracterizaram a necessidade da contratação direta e a escolha do
contratado (LF 8.666/93 - art. 24 e incisos I, II e IV do art. 26; DM 44.279/03 - art.
12 a 17);
• no caso de inexigibilidade de licitação, se estão devidamente justificadas as
causas que caracterizaram a necessidade da contratação direta e a escolha do
contratado (LF 8.666/93 - art. 25 e art. 26 incisos I, II e IV; DM 44.279/03 - art. 12
a 17);
• no caso de dispensa ou inexigibilidade, se estão devidamente justificados os
preços contratados (LF 8.666/93 - art. 26 parágrafo único, inciso III; DM 44.279/03
- art. 12);
• no caso de contratação oriunda de Ata de Registro de Preços, se foi realizada a
devida pesquisa prévia de preços de mercado, considerando a quantidade a ser
adquirida (DM 44.279/03 - art. 34);
• no caso de contratação oriunda de Ata de Registro de Preços, se a quantidade
contratada está de acordo com o estipulado na referida Ata de RP;
• no caso de contratação oriunda de Ata de Registro de Preços, se o objeto está
compatível com o estipulado na referida Ata de RP;
• no caso de contratos oriundos de licitação, se o Despacho de Autorização foi
exarado pela Autoridade Competente e precedeu a contratação (LF 4.320/64 - art.
60; DM 44.279/03 - art. 44 e 45);
• no caso de dispensa ou inexigibilidade, se o Despacho de Ratificação foi exarado
pela Autoridade Competente e publicado dentro dos prazos estabelecidos na
legislação (LF 8.666/93 - art. 26);
• se os documentos fiscais do contratado estavam em vigência, nos termos do
disposto na LF 8.666/93 - art. 29 e DM 44.279/03 - art. 40 e 41;
• se a(s) Nota(s) de Empenho foi(ram) emitida(s) previamente e em valor(es)
suficiente(s) para atender à despesa prevista para o exercício, de acordo com o
disposto na LF 4.320/64 - art. 60 e 61 e DM 23.639/87;
• se a classificação funcional programática ou econômica é adequada, de acordo
com o disposto na LF 4.320/64 e Lei Orçamentária;
• se no contrato foram estabelecidas com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, obrigações e
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos da licitação e da
proposta a que se vinculam;
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 40/64

• se o contrato contém todas as cláusulas obrigatórias dispostas no artigo 55 da Lei


Federal nº 8.666/93;
• se a formalização do contrato atendeu ao disposto na legislação, com a
publicação resumida do instrumento contratual efetuada no prazo estabelecido,
nos termos estabelecidos na LM 13.278/02 - art. 26;
• no caso de exigência de garantia prestada pelo contratado, se esta foi prevista no
instrumento convocatório e atendeu ao disposto na legislação, nos termos da LF
8.666/93 - art. 56;
• se a previsão para a duração do contrato atendeu ao disposto na legislação, nos
termos da LF 8.666/93 - art. 57;
• no caso de contratação direta que implique na criação, expansão ou
aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa, se
foi atendido o artigo 16 da LC 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal);
• no caso de contratação que implique na substituição de servidores e empregados
públicos, se o seu valor está sendo contabilizado como "Outras Despesas de
Pessoal", nos termos do § 1º do art. 18 da LC 101/00 (LRF).
• se a descrição do objeto e demais cláusulas do contrato estão compatíveis com
aquelas previstas no edital de licitação ou no termo que a dispensou ou a inexigiu;
• se o contrato contém cláusulas estabelecendo as penalidades cabíveis;
• a existência de subcontratação não admitida no edital ou no contrato;
• se o contrato decorre de procedimento licitatório regular;
• se o objeto do contrato é condizente com o objeto social da contratada;
• se os preços contratados são compatíveis com os homologados;
• se as especificações técnicas para execução da obra, constantes do contrato, são
as mesmas estabelecidas no projeto básico;
• se o critério de reajuste estabelecido no contrato é o mesmo previsto no edital de
licitação;
• se o índice de reajustamento previsto no contrato está compatível com o objeto
contratado.

Fundamentação Legal Lei 8.666/93


PGS-SFC-01-02 – Fiscalizações – TCMSP; Procedimentos para Auditoria –
Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55; Procedimentos de Auditoria de Obras
Referências
Públicas – TCU; Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/SC e
Manual de Auditoria de Obras – TCMRJ

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 41/64

6.3 – Alterações Contratuais

Os contratos poderão ser alterados, com as devidas justificativas, unilateralmente


pela Administração, quando houver modificação do projeto ou das especificações,
para melhor adequação técnica aos seus objetivos, ou quando necessária a
modificação do valor contratual e/ou prazo de execução em decorrência de
acréscimos ou diminuição quantitativa de seu objeto. Poderá, também, ser alterado
por acordo das partes, observando, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 65
da Lei Federal no 8.666/93, que estabelece os casos em que os contratos
administrativos podem ser alterados, conforme transcrito a seguir:

Art. 65 – “Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as
devidas justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em
decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu
objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da
obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face
de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais
originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor
inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com
relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra
ou serviço;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da
Administração para a justa remuneração da obra, serviço ou
fornecimento, objetivando a manutenção do equilibrio
econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de
consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou ainda, em caso de força maior, caso
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
extraordinária e extracontratual.
• Alterado pela Lei nº 8.883, de 08/06/94
§ 1º - O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições
contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem
nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco
por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no
caso particular de reforma de edifício ou de equipamento,

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 42/64

até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus


acréscimos.
§ 2º - Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites
estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
I - (VETADO)
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os
contratantes.
• Alterado pelo art. 1º da Lei nº 9.648, de 27/05/98
§ 3º - Se no contrato não houverem sido contemplados preços
unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
mediante acordo entre as partes, respeitados os limites
estabelecidos no § 1º deste artigo.
§ 4º - No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o
contratado já houver adquirido os materiais e posto no local
dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração
pelos custos de aquisição regularmente comprovados e
monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por
outros danos eventualmente decorrentes da supressão,
desde que regularmente comprovados.
§ 5º - Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados
ou extintos, bem como a superveniência de disposições
legais, quando ocorridas após a data da apresentação da
proposta, de comprovada repercussão nos preços
contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para
menos, conforme o caso.
§ 6º - Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente
os encargos do contratado, a Administração deverá
restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-
financeiro inicial.
§ 7º (VETADO)
§ 8º - A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de
preços previsto no próprio contrato, as atualizações,
compensações ou penalizações financeiras decorrentes
das condições de pagamento nele previstas, bem como o
empenho de dotações orçamentárias suplementares até o
limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração
do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila,
dispensando a celebração de aditamento.”

As alterações de projeto, especificações técnicas, cronograma físico-financeiro e


planilhas orçamentárias, respeitado o estabelecido na lei, deverão ser justificadas
por escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente para celebrar o
contrato, devendo ser cobertas por Termo de Aditamento. No caso de alterações de
especificações técnicas, é preciso atentar para a manutenção da qualidade, garantia
e desempenho requeridos inicialmente para os materiais a serem empregados,
observando-se a conveniência e necessidade dessas alterações.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 43/64

6.3.1 – Fatores de Risco


• ausência de aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto,
especificações técnicas, cronograma físico-financeiro e planilhas
orçamentárias;
• não justificativa de acréscimos ou supressões de serviços, bem como de
eventuais alterações de projeto, especificações técnicas, cronograma físico-
financeiro e planilhas orçamentárias, em desacordo com o disposto no caput do
artigo 65 da Lei Federal 8.666/93;
• extrapolação, quanto aos acréscimos ou supressões de serviços, dos limites
definidos no § 1º do artigo 65 da Lei Federal 8.666/93;
• alterações, sem justificativas coerentes e consistentes, de quantitativos e tipos
de serviços, reduzindo quantitativos de serviços cotados a preços muito baixos
e/ou aumentando quantitativos de serviços cotados a preços muito altos, acima
dos praticados no mercado, alterando a equação econômica do contrato;
• acréscimo de serviços contratados por preços unitários diferentes da planilha
orçamentária apresentada na licitação, em desacordo com o disposto no § 1º
do artigo 65 da Lei Federal 8.666/93;
• prorrogação de prazo sem justificativa;
• subcontratações não previstas no edital ou subcontratado não habilitado para
os serviços contratados;
• subcontratação do objeto finalístico do contrato.

6.3.2 – Verificações

Para as alterações nos contratos de obras e serviços celebrados, nos


procedimentos de fiscalização deve-se verificar:
• se a autorização para o aditamento, pela autoridade competente, ocorreu
durante o prazo de vigência do contrato e se o despacho autorizatório está
datado e assinado;
• a compatibilidade dos Termos Aditivos com o objeto contratado;
• se as justificativas para a elaboração dos Termos Aditivos são consistentes;
• no caso de acréscimos e supressões, se os mesmos são indispensáveis à
concretização do objeto contratual e estão dentro dos limites definidos no § 1º
do artigo 65 da Lei Federal nº 8.666/93;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 44/64

• no caso de acréscimos, se existem planilhas orçamentárias, nota de empenho


e caução complementar;
• no caso de supressão, se existem planilhas orçamentárias e nota de
cancelamento de empenho;
• se a dotação orçamentária onerada está correta;
• a natureza dos eventuais preços extracontratuais e sua compatibilidade com a
estrutura de formação dos preços contratuais, relativamente aos preços dos
insumos, coeficientes de produtividade, encargos, salários e BDI. Atenção
especial na retroação desses preços para a data-base da contratação, quando
não forem da Tabela contratual;
• no caso de prorrogação, se o edital e o termo de contrato previam essa
prorrogação e as condições da mesma e se houve prorrogação da caução;
• se necessário, proceder a diligências ao órgão de origem para verificação e
complementação dos elementos técnicos não constantes do processo T.C.,
bem como obtenção de esclarecimentos adicionais;
• existência de subcontratação não admitida no edital ou no contrato ou
subcontratado não habilitado para a execução dos serviços contratados;
• se o objeto subcontratado não era o finalístico da contratação original.

Fundamentação Legal Lei 8.666/93


Referências PGS-SFC-01-02 – Fiscalizações – TCMSP; Procedimentos para Auditoria –
Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55; Procedimentos de Auditoria de Obras
Públicas – TCU; Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/SC e
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 45/64

Manual de Auditoria de Obras – TCMRJ

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 46/64

7 – EXECUÇÃO DO CONTRATO
É significativa a ocorrência de irregularidades na fase de execução dos contratos.

Vale destacar, no entanto, que a Lei 8.666/93 estabelece:


“Art. 67 - A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por
um representante da Administração especialmente designado,
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.
§ 1º - O representante da Administração anotará em registro próprio
todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
defeitos observados.
§ 2º - As decisões e providências que ultrapassarem a competência
do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo
hábil para a adoção das medidas convenientes.
Art. 68 - O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no
local da obra ou serviço, para representá-lo na execução do
contrato.
Art. 69 - O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou
substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do
contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.
Art. 70 - O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado”

Assim, a responsabilidade sobre a execução do contrato é do representante da


Administração especialmente designado para acompanhar e fiscalizar a execução da
obra.

7.1 – Fiscalização da Execução do Contrato


7.1.1 - Função da Fiscalização
A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação
de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa
atribuição.

A fiscalização é uma atividade que deve ser exercida de modo sistemático pelo
Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das
disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos.

A função da fiscalização é exigir da contratada o cumprimento integral de todas as


suas obrigações contratuais, segundo procedimentos definidos no Edital e no

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 47/64

Contrato e o estabelecido na legislação em vigor. Desde a elaboração do projeto


básico, já devem estar previstas as normas de fiscalização do futuro contrato.

A fiscalização dos serviços executados é de competência e responsabilidade do


Órgão contratante a quem caberá verificar se no seu desenvolvimento estão sendo
cumpridos o termo de contrato, os projetos, especificações e demais requisitos,
bem como autorizar os pagamentos de faturas, substituição de materiais, alteração
de projeto, solucionar problemas executivos, assim como participar de todos os
atos que se fizerem necessários para a fiel execução de serviços contratados.

A solicitação de aditamentos contratuais sobre prazos, alterações de projeto,


acréscimos de quantitativos e novos serviços, deve ter manifestação da
fiscalização do contrato.

A fiscalização se efetiva no local da obra, através de visitas periódicas, tantas


quantas forem necessárias para o acompanhamento de todas as etapas da obra e
fazendo-se presente por ocasião da execução dos serviços de maior
responsabilidade e atua desde o início dos trabalhos até o recebimento definitivo
das obras e será exercido no interesse exclusivo do contratante, não excluindo
nem reduzindo a responsabilidade da contratada, inclusive de terceiro, por
qualquer irregularidade.

A fiscalização pode exigir a substituição de qualquer empregado da contratada ou


de seus contratados no interesse dos serviços, assim como aceitar a substituição
dos integrantes da equipe técnica contratada, através de solicitação por escrito da
mesma.

À fiscalização compete, portanto, o controle sobre os materiais utilizados, os


recursos humanos envolvidos, os serviços executados e os equipamentos
utilizados, conforme:

• Materiais: adequação às especificações quanto ao tipo, qualidade,


desempenho (podem ser submetidos a testes de laboratório).

• Recursos humanos: competência técnica e profissional, qualidade da mão-de-


obra, relacionamento e comportamento.

• Equipamentos: conforme especificado, tipo, potência, capacidade, estado de


conservação e desempenho.

Qualquer aspecto que não atender ao especificado, deverá ser adequado pela
contratada e não pode ser motivo para alteração de prazo ou aumento de preço.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 48/64

Concluída a obra ou serviço (objeto do contrato), se em perfeitas condições, será


recebida provisoriamente pela fiscalização e pelo responsável pelo seu
acompanhamento, que lavrará o Termo de Recebimento Provisório.

A contratada fica obrigada a manter as obras e serviços em perfeitas condições de


conservação e funcionamento, por sua conta e risco, até ser lavrado o TERMO DE
RECEBIMENTO DEFINITIVO.

Decorridos no máximo 90 dias do Termo de Recebimento Provisório (art. 73, §3º,


Lei 8.666/93) se os serviços de correção das anormalidades porventura verificadas
forem executados e aceitos pela comissão de vistoria, e comprovado o pagamento
dos encargos referentes ao contrato, sobretudo a contribuição à Previdência
Social, será lavrado o TERMO DE RECEBIMENTO DEFINITIVO e liberada a caução
ou garantia, se existir.

Aceitas as obras e os serviços, a responsabilidade da contratada pela qualidade,


correção e segurança nos trabalhos, subsiste na forma da Lei.

7.1.2 - Atribuições e Responsabilidades do Fiscal


Estabelece a legislação que o representante da Administração (fiscal) anotará em
registro próprio (Diário de Obra) todas as ocorrências relacionadas com a
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das
faltas ou defeitos observados. As decisões e providências que ultrapassarem a
competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo
hábil para a adoção das medidas convenientes.

O fiscal tem como função proceder ou acompanhar as medições devendo analisar


e corrigir se for o caso os quantitativos dos materiais e serviços empregados e os
respectivos valores, providenciar a classificação dos materiais e atestar a correção
e exatidão dos serviços executados e valores monetários a pagar.

As comunicações entre o representante da contratada e o representante da


contratante, serão sempre por escrito, sem emendas ou rasuras, em duas vias,
devendo o recebedor assinar e datar a segunda via que será arquivada pelo
remetente.

Constituem motivos para rescisão do contrato (Lei 8.666/93, art. 78, incisos VII e
VIII): o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada
para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores e
o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas pelo representante
da administração.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 49/64

As premissas básicas para o exercício da fiscalização são o pleno conhecimento


do contrato e do seu objeto.

As responsabilidades do fiscal do contrato podem ser assim resumidas:

• obter cópia da documentação da obra e manter, no canteiro de obras, um


arquivo completo e atualizado contendo: projetos, especificações, memoriais,
caderno de encargos, edital de licitação, orçamentos, contrato, proposta da
contratada, cronograma físico-financeiro, ordem de serviço, ARTs, instruções e
normas da Administração sobre obras públicas, correspondências, relatórios
diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços, protótipos e
catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras etc;

• recolher ART de fiscalização;

• certificar-se da existência do Diário de Obra e visá-lo periodicamente;

• tomar conhecimento da designação do responsável técnico (preposto) da


contratada;

• analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço


apresentados pela Contratada no início dos trabalhos;

• analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços


e obras a serem apresentados pela Contratada no início dos trabalhos;

• solicitar e acompanhar a realização dos ensaios geotécnicos e de qualidade;

• acompanhar todas as etapas de execução e liberar a etapa seguinte;

• elaborar relatórios, laudos e medições do andamento da obra;

• avaliar as medições e faturas apresentadas pela contratada;

• opinar sobre aditamentos contratuais;

• verificar as condições de organização, segurança dos trabalhadores e das


pessoas que por ali transitam, de acordo com Norma própria (ABNT), exigindo
da contratada as correções necessárias;

• comunicar ao superior imediato, por escrito, a ocorrência de circunstâncias que


sujeitam a contratada a multa ou, mesmo a rescisão contratual;

• manter o controle permanente de custos e dos valores totais dos serviços


realizados e a realizar;

• acompanhar o cronograma físico-financeiro e informar à contratada e ao seu


superior imediato (do fiscal), as diferenças observadas no andamento das
obras;
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 50/64

• elaborar registros e comunicações, sempre por escrito;

• promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão


sobre o andamento dos serviços e obras, esclarecimentos e providências
necessárias ao cumprimento do contrato;

• esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente


constatadas nos desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de
projeto, bem como fornecer informações e instruções necessárias ao
desenvolvimento dos trabalhos;

• solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos


serviços e obras em execução, bem como às interferências e interfaces dos
trabalhos da Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais
eventualmente contratados pelo Contratante;

• promover a presença dos autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre


que for necessária a verificação da exata correspondência entre as condições
reais de execução e os parâmetros, definições e conceitos de projeto;

• paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja


executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer
disposição oficial aplicável ao objeto do contrato;

• solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados


defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras;

• solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas


necessárias ao controle de qualidade dos serviços e obras objeto do contrato;

• exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e


obras, aprovando os eventuais ajustes que ocorrerem durante o
desenvolvimento dos trabalhos;

• aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e


atestar as respectivas medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para
pagamento as faturas emitidas pela Contratada;

• verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços


solicitada pela Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base na
comprovação da equivalência entre os componentes, de conformidade com os
requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;

• verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras,


elaborados de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de
Encargos;

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 51/64

• solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou


dificulte a ação da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras
seja considerada prejudicial ao andamento dos trabalhos;

• verificar e aprovar os desenhos de como construído (“as built”) elaborados pela


Contratada, registrando todas as modificações introduzidas no projeto original,
de modo a documentar fielmente os serviços e obras efetivamente executados;

• emitir Termo de Recebimento Provisório da obra;

• auxiliar no arquivamento da documentação da obra.

7.1.3 - Pontos de Risco

• Diário de Obra inexistente ou incompleto quanto aos registros necessários para


caracterizar a conclusão das etapas e fatos que interfiram no bom e regular
andamento da obra, com a indicação de causa e responsável (Lei 8.666/93, art.
67 § 1º);

• falta de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do Responsável Técnico


pela obra e do Responsável pela fiscalização (Lei 6.496/77, art. 1º e 2º);

• os materiais aplicados e os serviços executados não foram inspecionados pela


fiscalização, com vistas a se constatar o atendimento às especificações (lei
8.666/93, art. 78, inciso I e II);

• o descumprimento das especificações da obra, pois a contratada pode


aumentar seu lucro por meio da substituição de materiais por outros de menor
custo e pior qualidade;

• a utilização de artifícios para se promoverem alterações substanciais no


contrato sem extrapolar o limite de 25% (por exemplo, são aumentados
significativamente quantitativos de serviços concernentes às fases iniciais da
obra, gerando acréscimo superior a 25% no valor total do contrato, o que é
evitado por meio da redução indevida de quantitativos de serviços que serão
executados apenas no final da obra);

• medições de serviços não executados e superestimativas de volumes de


serviços realizados, especialmente em contratos por preços unitários, o que
acarretará superfaturamento ou, no mínimo, antecipação de pagamentos;

• pagamento de serviços não efetivamente executados (adiantamento);

• ausência de documentos da obra no canteiro (projeto, especificações,


memoriais, caderno de encargos, edital de licitação, contrato, proposta da
contratada, cronograma físico-financeiro, ordem de serviço, ARTs, instruções e
normas da Administração sobre obras públicas, etc.);
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 52/64

• pagamento de serviços não aprovados pela fiscalização;

• falta de comprovação, pela fiscalização, de serviços executados;

• permuta indiscriminada de serviços e alteração de projeto sem manifestação da


fiscalização;

• O contratado não manteve, durante a execução do contrato, todas as


condições de qualificação técnica (instalações, equipamentos e pessoal
técnico) exigidas na licitação (Lei 8.666/63 artigos 30 e 55);

• descumprimento do cronograma físico-financeiro e do prazo contratual;

• paralisação injustificada da obra ou serviços;

• subcontratação de partes da obra fora do limite estabelecido pela


Administração (Lei 8.666/93, art. 72);

• não realização do “as built” – como construído (projeto);

• imprópria emissão dos termos de Recebimento Provisório (incompleto, fora do


prazo etc.);

• recebimento de obra com falhas visíveis de execução.

7.1.4 - Verificação
Verificar:

• se a execução da obra está sendo acompanhada e fiscalizada por um


representante da Administração especialmente designado, conforme dispõe o
art. 67 da Lei n° 8.666/93 (Observação: é permitida a contratação de terceiros
para assistir e subsidiar a Administração de informações pertinentes a essa
atribuição, conforme dispõe o caput do art. 67 da Lei n° 8.666/93);

• a atuação da firma responsável por assistir e subsidiar a fiscalização da obra,


quando for o caso (custo do serviço, ações implementadas, etc.);

• se o contrato está sendo executado fielmente pelas partes, de acordo com as


suas cláusulas, conforme dispõe o art. 66 da Lei n° 8.666/93;

• se os profissionais responsáveis pela obra são aqueles indicados na fase de


licitação para fins de comprovação de capacitação técnico-profissional, ou se
seus substitutos possuem experiência equivalente ou superior, conforme
dispõe o § 1°, inciso I, c/c o §10º, ambos do art. 30 da Lei 8.666/93;

• se os materiais aplicados e os serviços executados na obra foram


inspecionados pela fiscalização, com vista a se constatar o atendimento às
especificações, conforme dispõem os incisos I e II do art. 78 da Lei n° 8.666/93
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 53/64

(Observação: verificar se eventuais substituições de materiais especificados


foram analisadas, aprovadas e registradas no processo licitatório pela
fiscalização, e se foram mantidos os mesmos padrões de qualidade e preço).

• se existem placas de identificação da obra, conforme dispõe o art. 16 da Lei n°


5.194/66 e as normas do órgão contratante ou concedente;

• se o responsável técnico pela execução possui, na obra, a Anotação de


Responsabilidade Técnica (ART), do CREA, conforme dispõem os artigos 1° e
2° da Lei n° 6.496/77;

• se o cronograma físico de execução da obra vem sendo cumprido; caso a obra


esteja atrasada, verificar as justificativas, que devem constar do processo;

• se as eventuais paralisações das obras ou dos serviços foram devidamente


justificadas;

• Se há evidências da efetiva fiscalização do contrato por parte da administração


(registros do fiscal no diário de obras com a freqüência que a característica ou
etapa da obra exige, atas de reunião entre o fiscal e o preposto da contratada).

Fundamentação Legal Lei 8.666/93


PGS-SFC-01-02 – Fiscalizações – TCMSP; Procedimentos para Auditoria –
Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55; Procedimentos de Auditoria de Obras
Referências
Públicas – TCU; Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/SC e
Manual de Auditoria de Obras – TCMRJ

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 54/64

7.2 – Liquidação / Pagamento

Nos termos do art. 62 da LF 4.320/64, o pagamento da despesa só será efetuado


quando ordenado após sua regular liquidação. Essa, conforme estipulado no art. 63
da citada lei, consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Essa verificação tem
por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.

Ainda, conforme discorre o § 2º do artigo em questão, a liquidação da despesa por


fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II – a nota de empenho;
III – os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.

No caso de obras públicas e serviços de engenharia, essa comprovação deverá


estar consubstanciada nas planilhas ou boletins de medição, documentos que
devem ser elaborados para evidenciar com exatidão os quantitativos dos serviços
executados, habilitando assim ao adequado pagamento a contratada de obras e
serviços com execução parcelada ou global.

Na administração pública, cada unidade adota critérios de medição


regulamentados, que lhes permite estabelecer o dimensionamento do valor a pagar,
seguindo uma linha de atuação uniforme.

O conteúdo dos critérios ou normas de medição dependerá da modalidade adotada


para contratação da obra ou serviço:

a) No caso de contratos por preços unitários deverão ser produzidas


especificações precisas de como será feita a medição de volumes, áreas,
distâncias, pesos, etc., relativos a cada serviço, em correspondência com os
itens da planilha de quantitativos, a periodicidade e os valores aproximados;

b) Para os contratos por preço global, com a liberação de pagamentos contra a


conclusão de etapas, deverão ser tecnicamente caracterizados de forma precisa
e completa os estágios de construção correspondentes a cada evento definido
no edital e no instrumento contratual.

A critério da administração, as medições poderão ser realizados pela fiscalização ou


por comissão designada e, nesta circunstância, a medição das etapas será
solicitada por escrito à contratante que deverá efetuar a medição, classificação de
materiais e conferência, dentro do prazo definido no Edital e no Contrato.
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 55/64

Quando da existência de contrato de consultoria, a consultora deverá acompanhar


as medições e sobre elas manifestar-se, bem como atestar sua veracidade e
pertinência através de assinatura do profissional indicado e aceito pela contratante,
aspectos estes previstos na licitação e no contrato. Por último, a fiscalização emite o
seu parecer e, estando os serviços em conformidade com o contrato, assina
também a medição.

Cabe, ainda, a conferência pelo gerente ou gestor do contrato, ou pelos serviços de


controle mantidos pela administração, para só então seguir para pagamento.

Assim sendo, as medições devem ser assinadas pelo preposto da contratada, pelo
representante da consultora (quando houver) e pelo fiscal ou comissão designada
pela contratante.

Não existe hipótese legal possível para que seja realizado pagamento a maior com
base em uma medição com quantitativos que extrapolam aqueles efetivamente
executados.

Uma medição, de caráter provisório, eventualmente, poderá divergir em alguns


aspectos do que está especificado e contratado (como é caso de itens novos
acrescidos ou a classificação de material – 1ª, 2ª e 3ª categoria), porém, deverá ser
avaliada e adequada ou corrigida antes do pagamento.

Em obras complexas e de grande porte que estão sujeitas a muitas alterações de


quantitativos de serviços e envolvendo grande volume de recursos, é fundamental a
preocupação com os procedimentos de medição.

Portanto, nos contratos para execução de obras ou serviços na modalidade de


“Empreitada por Preço Unitário”, deverá ser estabelecida a sistemática de medição,
prevendo, dentre outros, o intervalo de tempo mínimo entre as medições e o valor
estimado mínimo do faturamento em cada medição (tendo como parâmetro o
cronograma físico-financeiro).

7.2.1 - Fatores de Risco


• pagamento de serviços não executados;
• pagamentos de serviços executados, porém não aprovados pela fiscalização;
• pagamentos de serviços relativos a contrato de supervisão, apesar de a obra
estar paralisada;
• antecipação de medições ou medição de serviços não previstos;
• falta de comprovação e conferência pela fiscalização de serviços executados;
• divergências entre as medições atestadas e os valores efetivamente pagos;
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 56/64

• medições e pagamentos sendo efetuados com critérios divergentes em relação


aos estipulados no edital de licitação e contrato;
• inconsistências e incoerências nos relatórios de fiscalização;
• pagamento de valores acima do mercado para serviços executados em função
de deficiências no orçamento e avaliação dos preços das obras e serviços;
• condições fiscais da contratada.

7.2.2 – Verificações nos processos de Liquidação / Pagamento


Para os processos de Liquidação / Pagamento, nos procedimentos de fiscalização
de obras públicas, deve-se verificar:
• a compatibilidade das memórias de cálculo das medições realizadas pela
fiscalização com os critérios definidos no edital e no contrato;
• se houve antecipações de medições e/ou pagamentos, relativas aos últimos
meses do ano;
• se o cálculo do reajustamento está correto, de acordo com os critérios previstos
no contrato e no edital de licitação, conforme dispõe o inciso XI do art. 40 c/c
inciso III do art. 55 da Lei n° 8.666/93;
• a compatibilidade entre os valores das ordens bancárias emitidas, as faturas
atestadas pela fiscalização e as medições realizadas;
• a compatibilidade entre os quantitativos de serviços lançados nas medições
efetuadas e aqueles efetivamente realizados no período considerado,
observando-se os relatórios de fiscalização;
• as evidências da conferência pela fiscalização dos serviços executados e
lançados nas medições aprovadas;
• se a contratada possui as certidões fiscais atualizadas.

Fundamentação Legal Lei Federal 8.666/93 e Lei Federal 4.320/64


Procedimentos para Auditoria – Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55;
Procedimentos de Auditoria de Obras Públicas – TCU; Obras Públicas –
Referências
Recomendações Básicas para Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações
Públicas – TCU e Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 57/64

8 – ENCERRAMENTO DO CONTRATO
Após a execução da obra ou serviço, o seu objeto será recebido provisória e
definitivamente nos termos do definido nos artigos 73 e 74 da LF 8.666/93, observado
o disposto nos seus artigos 75 e 76, conforme transcritos abaixo:
“Art. 73 - Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em
até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade
competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após
o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação
do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta
Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da conformidade
do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do
material e conseqüente aceitação.
§ 1º - Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o
recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
§ 2º - O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade
civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional
pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela
lei ou pelo contrato.
§ 3º - O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital.
§ 4º - Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se
refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida
dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que
comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão
dos mesmos.

Art. 74 - Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes


casos:
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a",
desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.
Parágrafo único - Nos casos deste artigo, o recebimento será feito
mediante recibo.

Art. 75 - Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite


ou de ato normativo, os ensaios, testes e demais provas exigidos por
normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato
correm por conta do contratado.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 58/64

Art. 76 - A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou


fornecimento executado em desacordo com o contrato.

Deve-se observar, no recebimento de obras, as legislações municipais no que se


refere à obtenção do habite-se e das ligações definitivas de água, luz, esgoto, gás,
telefone etc, quando pertinentes. Deverão, também, ser providenciadas junto aos
órgãos federais, estaduais e municipais e concessionárias de serviços públicos, a
vistoria e regularização dos serviços e obras concluídos.

Conforme venha a ser estipulado no edital de licitação e no contrato, o contratado


deverá entregar o projeto “as built” da obra (como construído), a fim de subsidiar o
seu cadastro e futuras intervenções a titulo de manutenção ou reformas.

8.1 – Fatores de Risco


• ausência de recebimento provisório das obras e serviços, pelos responsáveis por
seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado assinado
pelas partes, em desacordo com o disposto no art. 73, inciso I, alínea “a”, da Lei
Federal nº 8.666/93;
• ausência de recebimento definitivo das obras e serviços, por servidor ou comissão
designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado assinado
pelas partes, após prazo de observação ou vistoria que comprovasse a
adequação do objeto aos termos contratuais, em desacordo com o disposto no
art. 73, inciso I, alínea “b”, da Lei Federal nº 8.666/93;
• descumprimento de condições descritas no edital de licitação e no contrato para o
recebimento da obras;
• descumprimento de prazos de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso, previstos no contrato e em seus termos
aditivos, em desacordo com o disposto no inciso IV do art. 55 da Lei Federal nº
8.666/93;
• recebimento da obra com falhas visíveis de execução;
• omissão da Administração, na hipótese de terem surgido defeitos construtivos
durante o período de responsabilidade legal desta;
• não realização de vistoria dos órgãos públicos competentes para a emissão do
habite-se e para as ligações definitivas de água, luz, esgoto, gás, telefone etc,
quando pertinentes;
• não providenciadas junto aos órgãos federais, estaduais e municipais e
concessionárias de serviços públicos, a vistoria e regularização dos serviços e
obras concluídos.

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 59/64

8.2 – Verificações
Para os encerramentos dos contratos, nos procedimentos de fiscalização, deve-se
verificar:
• a existência de termo circunstanciado, assinado pelas partes, atestando o
recebimento provisório das obras e serviços pelos responsáveis por seu
acompanhamento e fiscalização, de acordo com o disposto no art. 73, inciso I,
alínea “a”, da Lei Federal nº 8.666/93;
• a existência de termo circunstanciado, assinado pelas partes, atestando o
recebimento definitivo das obras e serviços por servidor ou comissão designada
pela autoridade competente, após prazo de observação ou vistoria que comprove
a adequação do objeto aos termos contratuais, de acordo com o disposto no art.
73, inciso I, alínea “b”, da Lei Federal nº 8.666/93;
• o cumprimento de condições descritas no edital de licitação e no contrato para o
recebimento da obras;
• o cumprimento de prazos de conclusão, de entrega, de observação e de
recebimento definitivo, conforme o caso, previstos no contrato e em seus termos
aditivos, em desacordo com o disposto no inciso IV do art. 55 da Lei Federal nº
8.666/93;
• se a obra foi recebida sem falhas visíveis de execução;
• na hipótese de terem surgido defeitos construtivos durante o período de
responsabilidade legal da Administração, se foram adotadas as providências
cabíveis para o acionamento do contratado com vistas à correção dos eventuais
defeitos constatados;
• se foram realizadas vistorias dos órgãos públicos competentes para a emissão do
habite-se e efetuadas as ligações definitivas de água, luz, esgoto, gás, telefone
etc, quando pertinentes;
• se foram providenciadas, junto aos órgãos federais, estaduais e municipais e
concessionárias de serviços públicos, a vistoria e regularização dos serviços e
obras concluídos.

Fundamentação Legal Lei Federal 8.666/93 e Lei Federal 4.320/64


Procedimentos para Auditoria – Engenharia – TCMSP –TC 72.009.093.94-55;
Referências Procedimentos de Auditoria de Obras Públicas – TCU e Obras Públicas – Aspectos
de Execução e Controle – TCE/SC

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 60/64

9 – SUMÁRIO BÁSICO DE LEGISLAÇÃO DE OBRAS


ASSUNTO LEGISLAÇÃO
ACRÉSCIMOS OU SUPRESSÕES EM OBRAS
LF 8.666/93 art. 65, § 1º a 8º
OU SERVIÇOS
ANEXOS DO EDITAL LF 8.666/93 art. 40, § 2º
ANOTAÇÃO DE RESPONS. TÉCNICA (ART)
LF 6.496/77 art. 1º e 2º
OBRIGAÇÃO:
RES. N.º 425/98 DO CONFEA
LF 5.194/66 Art. 73, alínea a
AUSÊNCIA (MULTA):
RES. N.º 425/98 DO CONFEA
ATRASO NA EXECUÇÃO DA OBRA:
RETARDAMENTO LF 8.666/93 art. 8º par. ún.
MULTA LF 8.666/93 art. 86
PRORROGAÇÃO LF 8.666/93 art. 57, § 1º,2º
PUBLICAÇÃO LF 8.666/93 art. 26
SANÇÕES LF 8.666/93 art. 86
AUMENTO DE DESPESA x OBRAS: LRF (101/00) art. 16, § 4º
AUTOR DO PROJETO – VEDAÇÕES: LF 8.666/93 art. 9º, I, II e III
LF 5.194/66
LF 10.406/02 – CÓDIGO CIVIL art. 212
RES. CONFEA 218/73
AVALIAÇÃO E PERÍCIAS
RES. CONFEA 345/90
LF 6.404/76 art. 8º
LF 8.666/93 art. 13, 27 II
COMISSÃO DE LICITAÇÃO: LF 8.666/93 art. 51
CONTRATO: LF 8.666/93 art. 2º parágrafo único
ALTERAÇÃO: LF 8.666/93 art. 58, I, § 1º e 2º e art. 65
ADITAMENTO – DISPENSADO: LF 8.666/93 art. 65, § 8º
ASSINATURA: LF 8.666/93 art. 64 e 81
AUSÊNCIA DE PREÇOS UNITÁRIOS: LF 8.666/93 art. 65, § 3º
DISPENSÁVEL: LF 8.666/93 art. 62 e § 4º
FORMALIZAÇÃO: LF 8.666/93 art. 54, § 1º e 2º;
GARANTIA: LF 8.666/93 art. 56
INEXECUÇÃO: LF 8.666/93 art. 77 e 87
OBRIGATORIEDADE: LF 8.666/93 art. 62
PUBLICAÇÃO (CONTRATO E ADITIVOS): LF 8.666/93 art. 61, parágrafo único
RECUSA EM ASSINAR: LF 8.666/93 art. 81
RESCISÃO: LF 8.666/93 art. 78, 79 e 80
REAJUSTAMENTO: LF 10.192/01 art. 3º, § 1º
SUBCONTRATAÇÃO: LF 8.666/93 art. 72
SUSTAÇÃO: CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 71, X , § 1º
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 71
CONTROLE EXTERNO LF 4.320/64 art. 81 e 82
LF 8.666/93 art. 113
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 74
CONTROLE INTERNO LF 4.320/64 art. 76
LF 8.666/93 art. 113
CONVENIOS (PLANO DE TRABALHO) LF 8.666/93 art. 116, § 1º, IV;
CRONOGRAMA FÍSICO – FINANCEIRO LF 8.666/93 art.116, § 1º- III,V e VI
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO LF 8.666/93 art. 79, § 5º
LF 8.666/93 art. 7º, § 2º,II
CUSTOS UNITÁRIOS
LF 8.078/90 (CDC) art. 12 a 27, 39 a
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 74, § 2º
DENÚNCIA
LF 8.666/93 art. 101 e 113 § 1º

ASSUNTO LEGISLAÇÃO

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 61/64

art. 5º, XXIV - 182 § 4º - III,


CONSTITUIÇÃO FEDERAL
184, 185,
DEC.-LEI FEDERAL 3.365/41, de 21/06/1941
DESAPROPRIAÇÃO DE IMÓVEIS
LF 9.785/99, de 29/01/1999
LRF (101/00) art. 16, § 4º,46
LF 10.257/01 art. 8º
DIÁRIO DE OBRA OU REGISTRO DE
LF 8.666/93 art. 67, § 1º
OCORRÊNCIAS
DIREITO DE AUTORIA DE PROJETO LF 5.194/66 art. 17 a 23
EDITAL
REQUISITOS LF 8.666/93 art. 40
ANEXOS LF 8.666/93 art. 40, § 2º
IMPUGNAÇÃO LF 8.666/93 art. 41, § 1º a 3º
PRAZOS DE PUBLICAÇÃO LF 8.666/93 art. 21
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 225, IV
EIA (ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO LF 8.666/93 art. 6º, IX
AMBIENTAL) / RIMA (RELATÓRIO DE IMPACTO LF 6.938/81
AO MEIO AMBIENTE) RES. CONAMA 001/86
Ver MEIO AMBIENTE
EMPENHO: DA DESPESA LF 4.320/64 art. 58
PRÉVIO LF 4.320/64 art. 56, I e art. 60
LIMITAÇÃO LRF (101/00) art. 9º
EMPREITADA
POR PREÇO GLOBAL LF 8.666/93 Art 6º, VIII, a e 47
POR PREÇO UNITÁRIO LF 8.666/93 art 6º, VIII, b
INTEGRAL LF 8.666/93 art. 6º , VIII, e
ENSAIOS E TESTES DE QUALIDADE LF 8.666/93 art. 75
EQUILÍBRIO ECONÔMICO LF 8.666/93 art. 65, II, a, § 6º, art. 58, § 2º
ESTATUTO DA CIDADE LF 10.257/01
EXECUÇÃO INDIRETA LF 8.666/93 art. 6º VIII
EXECUÇÃO NA TOTALIDADE LF 8.666/93 art. 8º
EXECUÇÃO PARCELADA LF 8.666/93 art. 23, § 1º
EXERCÍCIO PROFISSIONAL LF 5.194/66
FALSIDADE IDEOLÓGICA CÓD. PENAL art. 299
FISCALIZAR A EXECUÇÃO LF 8.666/93 art. 58 – III; art 67 a 70 e 112
IMPACTO AMBIENTAL Ver EIA/RIMA e MEIO AMBIENTE
IMPACTO DE VIZINHANÇA Ver EIV
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA LF 8.429/92, de 02/06/1992
INSTALAÇÃO DE CANTEIRO E MOBILIZAÇÃO LF 8.666/93 art. 40, XIII
INVESTIMENTO EM OBRAS LF 4.320/64 art. 20
RES. CONAMA Nº 237 de 19/12/97
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Ver MEIO AMBIENTE
LICITAÇÃO CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 37, XXI
LF 8.666/93 art. 1º a 53
CRIMES: LF 8.666/93 art. 89 a 99
DISPENSADA: LF 8.666/93 art. 17, I e II
DISPENSÁVEL: LF 8.666/93 art. 24
INEXIGÍVEL: LF 8.666/93 art. 25
LF 8.666/93 art. 23, I e II; art. 24, I, II e
LIMITES
§único
NORMAS DE COMPETÊNCIA DAS ENTIDADES LF 8.666/93 art. 115 e 119
PARCELAMENTO: LF 8.666/93 art. 23, § 1º, 2º e 5º
REVOGAÇÃO: LF 8.666/93 art. 49

ASSUNTO LEGISLAÇÃO
LF 4.320/64 art. 62 e 63
LIQUIDAÇÃO DA DESPESA:
LF 8.666/93 art. 55, § 3º, art. 65, II, c
LF 8.666/93 art. 23, I e II; art. 24, I, II e
LIMITES DE LICITAÇÃO:
§único
Cód. 244 (Versão 01)
TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 62/64

MEIO AMBIENTE:
CONDUTAS LESIVAS AO MEIO AMBIENTE DECRETO 3.179/99
REGULAMENTA LEI 6.938 DECRETO 99.274/90
POLÍT. NAC. MEIO AMBIENTE LF 10.165/00
ESPECIALISTA EM MEIO AMBIENTE LF 10.410/02
POLÍTICA MEIO AMBIENTE LF 6.938/81
CRIMES AMBIENTAIS LF 9.605/98
EDUCAÇÃO AMBIENTAL LF 9.795/99
UNID. DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA LF 9.985/00
IMPACTO AMBIENTAL RES CONAMA 001/86
LICENC. DE OBRAS DE SANEAM. BÁSICO RES CONAMA 005/88
LICENCIAM. OBRAS DO SETOR GERAÇÃO DE
RES CONAMA 006/87
ENERGIA ELETRICA
LIC. OBRAS RESÍD. INDUST. PERIGOSOS RES CONAMA 006/88
CRITÉRIOS PARA LICENC. AMBIENTAL RES CONAMA 237/97
DERRAMAMENTO DE ÓLEO RES CONAMA 265/00
INSTALAÇÕES ELÉTR. PEQUENO PORTE RES CONAMA 279/01
MODELOS DE PEDIDO LICENCIAMENTO RES CONAMA 281/01
RESÍDUOS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE RES CONAMA 283/01
AUDITORIA AMBIENTAL RES CONAMA 306/02
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL RES CONAMA 307/02
RESÍDUOS SÓLIDOS NOS MUNICÍPIOS RES CONAMA 308/02
POSTOS DE COMBUSTÍVEIS RES CONAMA 319/02
MEMORIAL DESCRITIVO LF 8.666/93 art. 40, § 2º, IV
NOVOS “PROJETOS” (LRF) LRF (1001/00) art. 45
OBRA (DEFINIÇÃO): LF 8.666/93 art. 6º, I
OBRA, SERVIÇO GRANDE VULTO (DEFINIÇÃO) LF 8.666/93 art. 6º, V
OBRAS:
PARALISADAS: LF 8.666/93 art. 78, V e XV
PROGRAMAR NA TOTALIDADE: LF 8.666/93 art. 8º
LF 10.406/02 – CÓDIGO CIVIL art. 610 a 626
OBRIGAÇÕES DO EMPREITEIRO OU
CONTRATADO LF 8.666/93 art. 55, VII e XIII; 68 a 71 e 73 §

ORDEM CRONOLÓGICA DE EXIGIBILIDADE DE LF 8.666/93
art. 5º; art. 92
PAGAMENTO
ORDEM DE EXECUÇÃO OU DE SERVIÇO LF 8.666/93 art. 62; 55, IV e 78, IV
LF 8.666/93 art. 7º, § 2º-II, § 4º; e art. 40, §
ORÇAMENTO DETALHADO (QUANTITATIVOS)
2º, II
PADRONIZAÇÃO DE PROJETOS LF 8.666/93 arts. 11 e 112
PAGAMENTO ANTECIPADO (LEI FEDERAL. 6.404)
ADM. DIRETA, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES Ver LIQUIDAÇÃO DA DESPESA
ANALISAR EM CADA CASO: O CONTRATO AS GARANTIAS E
EMPR. PÚBLICAS E SOC. ECONOMIA MISTA
PREJUIZOS CAUSADOS
PAGAMENTO EM ORDEM CRONOLÓGICA Ver ORDEM CRONOLÓGICA
PARCELAMENTO DE OBRA Ver EXECUÇÃO PARCELADA
PLANO DIRETOR LF 10.257/01 art. 39 a 42
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 165
PLANO PLURIANUAL
LF 8.666/93 art. 7º, § 2º, IV

ASSUNTO LEGISLAÇÃO
LF 9.069/95, de 29/06/1995
PLANO REAL
LF 10.192/01, de 14/02/2001
PRAZOS DE EXECUÇÃO LF 8.666/93 art. 57, § 1º
PREÇOS
MÁXIMOS E MÍNIMOS LF 8.666/93 art. 40, X
INEXEQÜÍVEIS LF 8.666/93 art. 48, §1º a3º

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 63/64

UNITÁRIOS LF 8.666/93 art. 65, § 3º


PREVISÃO DE QUANTITATIVOS LF 8.666/93 art. 7º, § 4º
PROIBIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO NA OBRA OU LF 8.666/93
art. 9º.
SERVIÇO
PROGRAMAÇÃO DE AUDITORIA
PROJETO BÁSICO
LF 8.666/93 art. 6º, IX
DEFINIÇÃO
RES. CONFEA 361/91, de 10/12/91
OBRIGATORIEDADE LF 8.666/93 Art. 7º, § 2º, I
REQUISITOS LF 8.666/93 art. 12
PROJETO EXECUTIVO
DEFINIÇÃO LF 8.666/93 art. 6º X
REQUISITOS LF 8.666/93 art. 12
PROJETO PADRONIZADO Ver PADRONIZAÇÃO DE PROJ.
PRORROGAÇÃO DE PRAZOS LF 8.666/93 art. 57, §1º e2º
REAJUSTE DE PREÇOS LF 8.666/93 art. 65, § 8º
RECEBIMENTO DA OBRA OU SERVIÇO LF 8.666/93 art. 73 e 74
RECEBIMENTO PROVISÓRIO (DISPENSADO) LF 8.666/93 art. 74
REGISTRO DE PREÇOS DEC. FED. Nº 2743/98 de 21/08/98
REGISTRO DE OCORRÊNCIAS Ver DIÁRIO DE OBRA
REJEIÇÃO DO OBJETO LF 8.666/93 art. 76
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 71, XI
REPRESENTAÇÃO
REGIMENTO INTERNO DO TCMSP Art. 54 a 59
RESPONSABILIDADE FISCAL (LEI) L. C. 101/00, de 04/05/2000
LF 10.406/02 (CÓDIGO CIVIL) art. 618
RESPONSABILIDADE PELA SOLIDEZ DA OBRA
LF 8.666/93 Art. 73, § 2º
RESPONSABILIDADE DO EMPREITEIRO OU
Ver OBRIGAÇÕES DO EMPREITEIRO
CONTRATADO
RETARDAMENTO DA OBRA OU SERVIÇO Ver ATRASO NA EXEC. DA OBRA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL art. 225, IV
LF 8.666/93 art. 6º, IX; art. 12, VII
RIMA (RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL)
LF 6.938/81
RES. 001/86 DO CONAMA
SEQÜÊNCIA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS E LF 8.666/93
SERVIÇOS LF 8.666/93 art. 7º
SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS
LF 8.666/93 art. 13
ESPECIALIZADOS
SISTEMA DE CUSTOS LRF (101/00) art. 50, § 3º
SUBCONTRATAÇÃO LF 8.666/93 art. 72
SUPRESSÕES EM OBRAS E SERVIÇOS Ver ACRÉSCIMOS OU SUPRESSÕES
TRATADOS INTERNACIONAIS LF 8.666/93 art. 42, § 5º

Referências Obras Públicas – Aspectos de Execução e Controle – TCE/SC

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 64/64

10 – SITES ÚTEIS

ENTIDADE SITES
ABNT www.abnt.org.br
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS www.ana.gov.br
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAVIMENTAÇÃO www.abpv.org.br
COMPRASNET (COMPRAS) www.comprasnet.gov.br
CONAMA (CONS. NAC. DO MEIO AMBIENTE) www.mma.gov.br/port/conama
CONFEA www.confea.org.br
CONFEA (LEGISLAÇÃO) http://legislacao.confea.org.br/
CREA/SP www.creasp.org.br
DNIT (DNER) www.dnit.gov.br
FUND CARLOS A. VANZOLINI-CONSTRUQUALI www.vanzolini.org.br/areas/certificacao/construquali/
GOVERNO DE SÃO PAULO www.saopaulo.sp.gov.br/
GOVERNO FEDERAL www.planalto.gov.br
IBAM www.ibam.org.br
IBAMA www.ibama.gov.br
IBGE www.ibge.gov.br
IBRAOP www.ibraop.com.br
ÍNDICES ECONÔMICOS www.geocities.com/brseculo21
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE www.mma.gov.br
MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES www.transportes.gov.br
MINISTÉRIO PÚBLICO SÃO PAULO www.mp.sp.gov.br
OBRAS (OBRASNET) www.obrasnet.gov.br
PINI www.piniweb.com
SABESP www.sabesp.com.br
SINDUSCON www.sindusconsp.com.br/
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO www.tcu.gov.br
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA www.tce.sc.gov.br
TRIBUNAL DE CONTAS DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO www.tcm.rj.gov.br

Cód. 244 (Versão 01)


TRIBUNAL DE CONTAS DO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
ISO 9001

Versão Data Fl.


MANUAL TÉCNICO DE FISCALIZAÇÃO
OBRAS PUBLICAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA 01 06/12/2005 65/64

11 – HISTÓRICO DAS ALTERAÇÕES

As revisões que ocorrem neste Manual Técnico de Fiscalização – Obras Públicas e


Serviços de Engenharia são registradas no quadro abaixo:

TÓPICO VERSÃO DESCRIÇÃO DATA

Todos 01 Emissão inicial 06/12/05

Análise Crítica Aprovação

LÍVIO MÁRIO FORNAZIERI JOÃO ALBERTO GUEDES


Subsecretário da Fiscalização e Controle Secretário Geral

Cód. 244 (Versão 01)

Você também pode gostar