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Guia para Os Alunos Blanchard MII PDF
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MACROECONOMIA I
PROFESSOR RESPONSÁVEL
CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA
Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em
condições de:
O PIB é o valor dos bens e serviços finais produzidos na economia durante um dado
período. Há três formas distintas de mensurar o PIB. Deve ficar claro que todas as três levam
ao mesmo valor do PIB.
2
No exemplo do Capítulo 2, não há impostos indiretos; por isso, o PIB é igual à soma dos
rendimentos do trabalho e dos lucros da firma.
Dicade
Dica deAprendizagem
Aprendizado
Se somássemos
Se somássemos simplesmente
simplesmente oo valor
valor de
de todos
todos osos bens
bens ee serviços
serviços (tanto
(tanto intermediários
intermediários como
como
finais) trocados
finais) trocados nana economia
economia durante
durante um
um dado
dado período,
período, estaríamos
estaríamos superestimando
superestimando oo valor
valor do
do
PIB por duas razões:
PIB por duas razões:
(1) Algumas
(1) Algumas dasdas transações
transações ocorridas
ocorridas nono ano
ano tt representam
representam oo valor
valor dos
dos bens
bens intermediários.
intermediários.
Se somássemos,
Se somássemos, por por exemplo,
exemplo, tanto
tanto oo valor
valor do
do novo
novo sedan
sedan Ford
Ford Taurus
Taurus 1999
1999 ee oo valor
valor dos
dos
pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaríamos fazendo uma
pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaríamos fazendo uma ―dupla contagem‖ ―dupla contagem‖
do valor
do valor dos
dos pneus;
pneus;
(2) Alguns bens
(2) Alguns bens finaisfinais vendidos
vendidos emem 1999
1999 foram
foram produzidos
produzidos emem umum período
período anterior
anterior e,
e,
portanto, já
portanto, já foram
foram incluídos
incluídos na
na medição
medição do do PIB
PIB do do período
período anterior
anterior (p.e.,
(p.e., oo valor
valor de
de um
um carro
carro
usado, um computador pessoal usado,
usado, um computador pessoal usado, etc). etc).
O PIB Nominal no ano t ($Yt) é a soma das quantidades de bens e serviços finais
produzidos no ano t vezes os seus preços correntes. $Yt mede o valor do PIB no ano t aos
preços do ano t. O PIB Nominal também é chamado de PIB em dólares (ou reais) correntes.
Dica
Dicade
deAprendizagem
Aprendizado
Muitocuidado
Muito cuidadoao ao interpretar
interpretar variações
variações no PIB
no PIB Nominal
Nominal (ou variações
(ou variações no de
no valor valor de
qualquer
qualquer variável medida em termos nominais, ou seja, medida
variável medida em termos nominais, ou seja, medida em dólares correntes). Suponha queem dólares ou Reais
$Ycorrentes). Suponha que $Yt aumenta
t aumenta 6% em 1999 (acima do seu 6% emde1999
nível 1998).(acima
Estedo seu nível
aumento emde
$Y1998). Este
t pode ocorrer
aumento
por em $Yt pode ocorrer por duas razões:
duas razões:
(1) O montante dedebens
(1) O montante bense eserviços
serviçosfinais
finaisproduzidos
produzidospode,
pode,dedefato,
fato,terteraumentado;
aumentado;e/ou
e/ou
(2)OsOspreços
(2) preçosdesses
dessesbens
bense eserviços
serviçosfinais
finaispodem
podemterteraumentado.
aumentado.
O PIB Real no ano t ($Yt) é a soma das quantidades de bens e serviços produzidos no
ano t vezes os preços desses mesmos bens e serviços em algum ano particular. Este ―ano
particular‖ é denominado ano-base. Para calcular $Yt, devemos, em primeiro lugar, escolher
um ano-base. Uma vez este escolhido (digamos que seja 1992), o PIB Real naquele ano é o
valor dos bens e serviços finais daquele ano medido em preços de 1992. O PIB Real é
1
Tome cuidado para não fazer confusão entre o adjetivo real (valor a preços constantes de um ano bOAe) e o
substantivo Real referente ao atual padrão monetário brasileiro.
3
também chamado PIB em termos de bens, PIB em dólares (Reais) constantes, PIB ajustado
pela inflação e PIB em dólares (Reais) de 1992.
Dica de Aprendizagem
OsOseconomistas
economistassesecentram
centramno noPIB
PIBReal,
Real,pois
pois este
este elimina
elimina osos efeitos das variações de
de preços
preços
nanamensuração
mensuraçãodadaprodução.
produção. PorPorexemplo,
exemplo, sese oo PIB
PIB Real
Real de 1999 (medido em preçospreços de
de
1992)aumentou
1992) aumentoudede3%3%sobre
sobreoonível
nível do
do PIB
PIB Real
Real dede 1998, sabemos que a produção
produção total
total
aumentou.Quando
aumentou. Quandorecebemos
recebemosinformações
informaçõesdo doPIB
PIB Nominal,
Nominal, nãonão ficamos sabendo se o PIBPIB
Nominalvariou
Nominal varioudevido
devidoa avariações
variaçõesnonomontante
montantededebens
bense eserviços
serviçosproduzidos
produzidosouousesedevido
devidoa
a variações
variações nosnos preços.
preços.
O crescimento do PIB no ano t é definido como (Yt - Yt-1) / Yt-1. Isso mede a variação
percentual no PIB Real entre os anos t e t-1.
Expansões são períodos de crescimento positivo do PIB.
Recessões são períodos de dois ou mais trimestres consecutivos de crescimento
negativo do PIB.
Quando as características de um bem mudam de ano para ano, o preço daquele bem pode
variar de modo a refletir as mudanças em suas características. Os economistas usam uma
abordagem chamada de formação hedônica dos preços para ajustar os preços efetivos às
variações nas características dos produtos.
Dica de Aprendizagem
4
4. DEFINIÇÃO E CONSTRUÇÃO DA TAXA DE DESEMPREGO ut
Dica de Aprendizagem
Deve-se entender que para fazer parte da força de trabalho, um indivíduo deve estar: (1) ou
empregado; ou (2) desempregado e estar ativamente procurando trabalho. Os indivíduos
desempregados que cessam de procurar trabalho não mais serão contados como parte da força
de trabalho. Esses indivíduos são chamados trabalhadores desalentados. A saída da ou a
entrada na força de trabalho de trabalhadores desalentados pode alterar a taxa de desemprego
sem causar qualquer variação no número de trabalhadores empregados. A revisão do
problema #8
centrará nesta questão.
A taxa de participação é definida como a razão da força de trabalho e a população em idade
de trabalhar. Uma taxa de desemprego elevada está tipicamente associada a uma baixa taxa
de participação. Por quê? Porque quando a taxa de desemprego for elevada um número
maior de indivíduos desempregados deixará a força de trabalho (ou seja, se tornarão
trabalhadores desalentados).
O deflator do PIB no ano t (Pt) é definido como a razão do PIB Nominal para o PIB Real no
ano t: Pt = $Yt / Yt. O deflator do PIB dá o preço médio de todos os bens e serviços incluídos
no PIB.
Dica de Aprendizagem
Pt = 1 no ano-base. Por quê? No ano-base (digamos que seja 1992), $Y92 = Y92.
Em outras palavras, no ano-base, o valor do PIB Real e do PIB Nominal será o
mesmo, uma vez que, ao se obter o PIB Real, usaremos os preços correntes para
calcular essa medida da produção ajustada pela inflação. A revisão dos problemas
#1 e #2 permitirão verificar isso.
Como interpretar o tamanho do Pt ? Suponhamos que Pt = 1,37. Isso indica que
o preço médio dos bens e serviços no ano t é 37% maior do que no ano base.
Podemos rearranjar a definição de Pt de modo a ilustrar por que as variações no
PIB Nominal podem ocorrer por duas razões. Multiplique ambos os lados por Yt de
Tal maneira que $ Yt = Pt Yt. Um aumento em Pt e/ou um aumento em Yt produzirá
aumentos em $ Yt$ Yt. 5
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mede o preço de uma determinada ―cesta‖ de bens e
serviços consumidos pelas famílias. A cesta atual de bens e serviços se baseia no
comportamento das despesas do consumidor em 1982-1984; portanto, 1982-1984 representa o
período-base.
Dica de Aprendizagem
Suponhamos que o IPC em 2000 seja igual a 1,70. Isso indica que o preço
médio dos bens e serviços no ano 2000 é 70% mais elevado do que o preço
médio da mesma cesta de bens e serviços no período-base (ou seja, 1982-
84).
Preste atenção em que, embora tanto o deflator do PIB como o IPC sejam
índices de preços e, em geral, se movam juntos ao longo do tempo, há
períodos nos quais a variação do IPC difere da variação do deflator do PIB.
Isso se deve a:
(1) O IPC inclui o preço de alguns bens que NÃO estão incluídos no PIB e que,
portanto, não são levados em conta no deflator do PIB (como, por exemplo, o
preço dos bens importados).
(2) O deflator do PIB inclui o preço de todos os bens e serviços finais
produzidos na economia. Alguns desses bens NÃO são consumidos pelas
famílias e, portanto, não são incluídos no IPC (como, por exemplo, alguns itens
de dispêndio do governo e das empresas).
O deflator do PIB e o IPC podem ser usados para se calcular a taxa de inflação. A taxa de
inflação entre o ano t e o ano t-1 (utilizando-se o deflator do PIB) é igual a (Pt - Pt-1 / Pt-1).2
Dica de Aprendizagem
Atenção quando interpretar índices de preços e a taxa de inflação. Se o IPC em 2000 for
igual a 1,7, isso NÃO significa que haja uma taxa ANUAL de inflação da ordem de
70% entre os períodos 1982-84 e 2000. Esse número indica que o preço médio da cesta
de bens e serviços aumentou 70% em TODO o período. A taxa de inflação quase
sempre é calculada, tomando-se uma base anual, a qual indica, por exemplo, a variação
percentual no nível médio de preços de um ano para outro.
2
Lembramos que no Brasil existem vários índices de preços ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor
Ampliado (IPCA), calculado pelo IBGE, é utilizado como o índice de inflação oficial e como referência para a
meta de inflação estipulada pelo Banco Central do Brasil. Consulte a metodologia e o ano de referência em
www.ibge.gov.br
6
(1) A taxa de desemprego nos fala algo do estado corrente da economia relativamente a um
nível tido como normal (quando aumenta a taxa de desemprego, o crescimento do PIB tende a
diminuir); e
(2) A taxa de desemprego nos diz algo acerca dos possíveis impactos sobre o bem-estar dos
desempregados.
(1) Se ut for muito alta, será necessária uma elevação no crescimento do PIB para reduzir ut; e
(2) Se ut for muito baixa, será necessária uma redução no crescimento do PIB para aumentar
ut.
Dica de Aprendizagem
7
A curva de Phillips pode ser ilustrada graficamente, com a variação da taxa de inflação em
um eixo e a taxa de desemprego no outro.
A construção do PIB Real acima descrita recorre ao mesmo conjunto de preços para
um ano particular: este ano é denominado ano-base. Há várias questões associadas à
utilização dessa abordagem no cálculo do PIB Real:
A taxa de crescimento do PIB Real entre 1999 e 1998 está baseada na utilização de
preços médios em 1998 e 1999. A taxa de crescimento do PIB Real entre 2000 e 1999
se baseia na utilização de preços médios em 2000 e 1999.
Obtém-se um índice do PIB Real ligando/vinculando as taxas calculadas de variação
para cada ano.
O índice é fixado como igual a um para algum ano escolhido arbitrariamente (1992).
Ao se multiplicar este índice pelo PIB Nominal em 1992 (o ano para o qual o índice é
igual a um), obtemos uma medida do PIB Real em dólares de 1992.
Dica de Aprendizagem
Alguns instrutores gastam um tempo considerável com o material incluído neste apêndice. Se
é o caso do seu instrutor, procure dar uma revisada no material incluído abaixo. Sugerimos
que seja repassado, mesmo se não for motivo de ênfase. Após passar por este apêndice e pelo
material seguinte, você estará em condições de:
(1) Reconhecer que há uma ótica da renda e uma ótica do produto nas Contas Nacionais.
(2) Perceber a distinção entre Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB).
(4) Compreender a relação entre renda nacional, renda pessoal e renda pessoal disponível.
(5) Conhecer os componentes do Produto Interno Bruto com base na ótica do produto nas
contas nacionais.
(6) Reconhecer que precisamos de atenção e cuidado ao interpretar o Produto Interno Bruto
como medida da atividade econômica e ao examinar os componentes do Produto Interno
Bruto.
As contas de renda das contas nacionais ilustra a relação entre o PIB, o PNB, a renda
nacional, a renda pessoal e a renda pessoal disponível.
As contas do produto das contas nacionais enfoca os bens e serviços comprados pelas
famílias, empresas e governos (em todos os níveis). A ótica do dispêndio (ou do
gasto) mostra que o PIB é igual à soma do consumo, compras do governo,
investimento, exportações líquidas e variações de estoque.
9
Pagamentos de renda dos fatores ao resto do mundo representam renda recebida
por capital estrangeiro ou por trabalho de estrangeiros no país.
Dicas de Aprendizagem
Para compreender a diferença entre o PIB e o PNB, lembre que o PIB é o valor de todos
os bens e serviços produzidos pelo trabalho e outros insumos dentro, por exemplo, dos
Estados Unidos. Uma parte do trabalho e de outros insumos localizados dentro dos
Estados Unidos é fornecida por residentes estrangeiros. Ao mesmo tempo, uma parte do
trabalho e do capital fora dos Estados Unidos é fornecida por residentes dos Estados
Unidos. Para se chegar ao PNB, nós:
(1) primeiramente, acrescentamos ao PIB os recebimentos de rendas dos fatores
do resto do mundo e, então, (2) subtraímos do PIB os pagamentos de rendas dos fatores
do resto do mundo. O resultado líquido é o PNB.
Nem toda a Renda Nacional vai para as famílias. Para se chegar à renda pessoal, partindo da
Renda Nacional, temos que:
10
A renda pessoal é a renda efetivamente recebida pelas famílias. Para se chegar à renda
pessoal disponível, devemos:
A renda pessoal disponível representa a renda que permanece disponível para as famílias após
os impostos, pagamentos à previdência, etc.
Para entender esta ótica do PIB, imagine simplesmente os bens e serviços finais comprados
pelas famílias, pelo governo e pelas empresas.
As despesas de consumo pessoal (consumo) são iguais à soma dos bens e serviços
adquiridos por pessoas residentes nos Estados Unidos e incluem a aquisição de:
(1) bens duráveis; (2) bens não duráveis; e (3) serviços.
Dicas de Aprendizagem
11
As variações nos estoques equivalem às alterações no volume físico dos estoques
mantidos pelas empresas. È também igual à produção menos vendas e, portanto, pode
ser tanto positiva como negativa ou igual a zero.
6. ADVERTÊNCIAS
O PIB e o PNB não são medidas perfeitas da atividade econômica agregada. Por quê?
Alguma atividade econômica (como, por exemplo, os trabalhos domésticos das donas
de casa ) se dá fora dos mercados formais e, por conseguinte, está excluída tanto do
PIB como do PNB.
A classificação de algumas despesas pode parecer inconsistente. Por exemplo:
(1) A aquisição de novas máquinas pelas empresas (as quais produzirão bens
futuramente) é investimento, ao passo que a aquisição de educação (a qual permitirá aos
indivíduos produzirem no futuro bens e serviços) é encarada como consumo; e
12
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 2 DO BLANCHARD
3. O que constitui a formação hedônica de preços utilizada para se calcular o PIB? Explique.
7. Por qual razão devemos nos preocupar com um aumento na taxa de desemprego? Explique
concisamente.
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. Considere uma economia imaginária que produz apenas três bens – bifes, ovos e vinho. Os
dados das quantidades e preços de cada bem vendido durante dois anos são informados
abaixo:
1987 1997
Produção
Bifes (libras) 10 7
Ovos (dúzias) 10 13
Vinho (garrafas) 8 11
Preço
Bifes (libra) $ 2,80 $ 3,10
Ovos (dúzia) $ 0,70 $ 0,85
Vinho (garrafa) $ 4,00 $ 4,50
13
Para essa economia hipotética, calcule o dado que se requer para cada um dos anos:
a. O PIB Nominal
b. O PIB real em dólares constantes de 1987 (i.e., tome 1987 como ano-base)
c. O deflator do PIB
d. A variação percentual do PIB Real e do deflator do PIB entre 1987 e 1997.
2. Com base em sua análise no exercício 1, pergunta-se: o PIB nominal em 1987 era maior,
menor ou igual ao PIB Real em 1987? Se os valores para o PIB Nominal e Real em 1987
diferem, explique por que isso ocorre.
3. Suponha que você receba as seguintes informações sobre uma economia, a qual consiste de
apenas três empresas.
4. Suponha que o PIB Nominal em 1999 tenha crescido de 7% (sobre o nível de 1998). Com
base nesta informação, o que aconteceu com a taxa de inflação (medida pelo deflator do PIB)
e de crescimento real do PIB entre 1999 e 1998? Explique.
14
5. Utilize os dados abaixo para responder às seguintes questões:3
6. Explique concisamente como o PIB Nominal pode aumentar e o PIB Real diminuir em um
mesmo período de tempo.
7. Suponha que uma economia produza apenas três bens: batatas, automóveis e computadores.
Suponha, além disso, que, nos últimos dez anos, o preço real das batatas aumentou 20%, o
dos automóveis 50% e o preço real dos computadores não variou. Se um índice hedônico de
preços fosse calculado para cada um dos três bens ao longo deste período, como a formação
hedônica de preços afetaria a variação do preço do bem ao longo do período (quando
comparada à variação real do preço, seria maior, menor ou a mesma)?
Explique.
3
As contas nacionais brasileiras são produzidas pelo IBGE (www.ibge.gov.br). Nas contas sinóticas, tabela 5, há
informações sobre o PIB brasileiro (total e per capita) a preços correntes (valores nominais), a preços do ano
anterior (valores reais) e as variações anuais dos deflatores do PIB. Como exercício, escolha um ano base e
transforme os valores reais a preços desse ano base e construa uma série de deflatores referente a esse ano base.
15
8. Suponha que você receba as seguintes informações sobre uma economia. Há 100 milhões
de indivíduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 100 milhões, 50 milhões estão
trabalhando, 10 milhões estão procurando trabalho, 10 milhões pararam de procurar trabalho
há dois meses e os restantes 30 milhões não querem trabalhar.
a. Calcule o número de indivíduos desempregados, o tamanho da força de trabalho, a taxa de
desemprego e a taxa de participação.
b. Suponha, agora, que, dos 10 milhões de indivíduos procurando trabalho, 5 milhões parem
de procurar. Tendo em vista essa mudança, calcule o que acontecerá ao tamanho da força de
trabalho, à taxa de desemprego e à taxa de participação. A taxa de desemprego e a taxa de
participação se deslocaram na mesma direção? Explique.
c. Utilize os números originais para responder ao item (c). Suponha que as empresas
experimentem um aumento na demanda por seus produtos e que respondam pelo aumento do
emprego. Em particular, 2 milhões de indivíduos anteriormente desempregados passam agora
a ter empregos. Dada essa mudança, calcule o que acontecerá à força de trabalho, à taxa de
desemprego e à taxa de participação.
d. Se os trabalhadores desalentados fossem oficialmente contabilizados como desempregados,
explique o que ocorreria a: (1) o tamanho da força de trabalho; (2) o número de indivíduos
empregados; (3) o número de indivíduos desempregados; (4) a taxa de desemprego; e (5) a
taxa de participação.
2. Suponha que o PIB Nominal tenha aumentado de 5% em 1996 (sobre o seu nível anterior
de 1995). De posse dessa informação, sabemos com certeza que:
3. Suponha que o PIB Nominal em 1980 tenha sido menor do que o PIB Real em 1980. De
posse dessa informação, sabemos com certeza que:
a. o nível de preços (isto é, o deflator do PIB) em 1980 foi maior do que o nível de preços no
ano-base
b. o nível de preços em 1980 foi menor do que o nível de preços no ano-base
c. o PIB Real em 1980 foi menor do que o PIB Real no ano-base
d. o PIB Real em 1980 foi maior do que o PIB Real no ano-base
16
Utilize os dados fornecidos abaixo para responder às questões 4, 5 e 6. Suponha que esta
economia consista de apenas três empresas.
Utilize a informação fornecida abaixo para responder às questões 8 – 11, que se seguem.
Suponha que você recebeu as seguintes informações acerca de uma economia. Há 200
milhões de indivíduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 200 milhões, 100
milhões estão trabalhando atualmente, 20 milhões procurando trabalho, 20 milhões pararam
de procurar trabalho há dois meses e os restantes 60 milhões não querem trabalhar.
17
8. O tamanho da força de trabalho nesta economia é:
a. 200 milhões de indivíduos
b. 100 milhões de indivíduos
c. 120 milhões de indivíduos
d. 140 milhões de indivíduos
10. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos
Estados Unidos, a taxa de desemprego é de:
a. 10% b. 16,7% c. 20% d. 14,3%
11. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos
Estados Unidos, a taxa de participação nessa economia é de:
a. 86% b. 83% c. 70% d. 60%
12. Suponha que um relatório recente indique que o número de indivíduos que caem na
categoria de ―trabalhadores desalentados‖ tenha aumentado. Com base nas definições
utilizadas para determinar o tamanho e a composição da força de trabalho e, considerando que
todos os demais fatores permaneçam constantes, este relatório estaria indicando que:
a. o número de indivíduos empregados diminuiu
b. a taxa de desemprego foi reduzida
c. o percentual da força de trabalho que está desempregada aumentou
d. aumentou o número de trabalhadores desempregados
13. Considerando as definições correntes, utilizadas para classificar a força de trabalho nos
Estados Unidos, qual dos seguintes indivíduos seria considerado como desempregado:
a. um indivíduo que não tem trabalho e que parou de procurar trabalho há seis semanas
b. um indivíduo que não tem trabalho e que parou de procurar trabalho há cinco semanas
c. um indivíduo que tem trabalho, mas que está trabalhando menos de 40 horas por semana
(ou seja, trabalha em tempo parcial)
d. um indivíduo que não tem trabalho e que está no momento procurando trabalho
e. um indivíduo que não tem trabalho e que nunca procura trabalho
14. Suponha que o deflator do PIB no ano t seja igual a 1,2 e a 1,35 no ano t+1. A taxa de
inflação entre o ano t e o ano t+1 é:
a. 0,15% b. 15% c. 12,5% d.1,125%
18
15. Dos itens abaixo, quais preços são incluídos no deflator do PIB, mas não incluídos no
Índice de Preços ao Consumidor?
a. bens e serviços intermediários
b. compras pelas empresas de novas fábricas e novo maquinário
c. importações
d. bens de consumo e serviços
19. A taxa calculada de crescimento do PIB Real entre os anos de 2001 e 2002 estará baseada
em qual dos seguintes anos, utilizando-se a metodologia corrente (isto é, deséries de índices)?
19
PROBLEMAS DE REVISÃO DO APÊNDICE 1
2. Com base na visão da ótica do produto nas contas nacionais, indique quais são os
componentes do PIB.
3. Dê duas razões pelas quais a Renda Nacional não é igual à Renda Pessoal.
4. Por que a renda pessoal disponível é menor do que a renda pessoal?
8. a) Em um determinado ano, é possível que o PNB de um país seja maior do que o seu PIB?
Se sim, explique em breves palavras. b) Em um determinado ano, é possível que o PNB de
um país seja menor do que o seu PIB? Se sim, explique em breves palavras.
a. salários e ordenados
b. os lucros das empresas
c. a renda de aluguel
d. os impostos indiretos
20
4. Qual item dos apresentados abaixo NÃO é um componente do consumo?
5. Qual ou quais das atividades seguintes NÃO seria(m) incluída(s) na mensuração oficial do
PIB?
21
CAPÍTULO 3
O MERCADO DE BENS
OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO
Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em
condições de:
(2) Familiarizar-se com a composição do PIB e com o tamanho relativo de cada um dos seus
componentes.
(7) Reconhecer que os modelos possuem três tipos de equação: (1) equações de
comportamento; (2) condições de equilíbrio; e (3) identidades.
(8) Ilustrar e explicar graficamente os efeitos das variações do dispêndio autônomo sobre a
demanda e sobre a produção de equilíbrio.
(10) Explicar a relação entre o investimento e a soma das poupanças pública e privada.
22
As empresas responderão a este segundo aumento na demanda produzindo ainda mais
bens e serviços.
Este processo continua até que um novo nível de equilíbrio seja alcançado.
2. COMPONENTES DO PIB4
Existem três diferentes agentes na economia: as famílias (tanto as do país como do exterior),
as empresas e os governos (em todos os níveis). Para compreender os componentes do PIB,
imagine como é o dispêndio desses três grupos.
Consumo (C)
As famílias compram bens e serviços. A aquisição desses bens pelas famílias representa
consumo (C). O consumo é também o componente maior do PIB. Observação: alguns
dos bens e serviços comprados pelas famílias representam bens produzidos no exterior.
Investimento (I)
Dicas de Aprendizagem
As despesas do governo (G) representam a compra de bens e serviços pelos governos nos
diversos níveis: federal, estadual, municipal ou local.
Dicas de Aprendizagem
G não inclui os pagamentos de transferência, tais como pagamentos da seguridade
social ou auxílio desemprego.
4
As variáveis econômicas são geralmente identificadas por sua primeira letra em maiúsculas (por exemplo, I
representando investimento); essas letras referem-se usualmente a sua denominação em inglês e nunca foram
traduzidas de forma a serem identificadas por sua primeira letra em português (no caso do I a primeira letra da
palavra em inglês -- Investment -- é semelhante àquela em português); muitas vezes a primeira letra de uma
variável já está ocupada identificando outra variável, forçando a que se opte, por exemplo, por sua segunda
letra (é o caso de exports e imports que são identificadas por X e M, respectivamente), ou ainda, por uma letra
assemelhada (é o caso de income que é representada por Y, já que o I está ocupado por investimento).
23
Exportações Líquidas (X – M)5
Alguns dos bens e serviços adquiridos pelas famílias, pelas empresas e pelos governos
podem ser bem estrangeiros. Essas aquisições de bens e serviços produzidos no exterior
representam as importações (M). Alguns dos bens e serviços produzidos no país são
vendidos a famílias, empresas e governos estrangeiros (você consegue listar ‗‘ ‗‘exemplos
relevantes?). As vendas para agentes no exterior de bens e serviços produzidos
internamente representam as exportações (X). A diferença entre X e M representa as
exportações líquidas; as exportações líquidas são mais comumente denominadas balança
comercial. Se X > M, existe um superávit comercial; se M > X, existe um déficit
comercial.
Investimentos em Estoques (I s )
Uma variável endógena é uma variável que é determinada dentro do (ou pelo) modelo. No
Capítulo 3, o produto (Y) é uma variável endógena. Uma variável endógena é uma variável
que adotamos como sendo dada (isto é, determinada fora do modelo). Mudanças em variáveis
exógenas (por exemplo, mudanças na confiança dos consumidores) provocarão mudanças nas
variáveis endógenas (por exemplo, em C e Y). Mudanças nas variáveis endógenas, no
entanto, não causarão mudanças nas variáveis exógenas.
Supomos que o consumo é uma função crescente da renda disponível (YD). Ou seja,
aumentos na renda disponível provocarão aumentos no consumo. C é representado pela
seguinte equação de comportamento:
c1 representa o efeito sobre o consumo de uma determinada variação na renda disponível. Por
exemplo, se c1 = 0,85, um aumento de $1 na renda disponível levará a um aumento de 85
centavos no consumo. [Pergunta: O que acontece aos 15 por cento remanescentes do
aumento na renda disponível? Respondemos a esta pergunta na seção 4b, logo abaixo.] c1 é
um parâmetro referido como propensão marginal a consumir e é igual a C / YD, onde C
5
No caso das importações, a terceira e a quarta edição do livro do Blanchard em inglês identificam as
importações por IM, denominação que foi adotada pelo tradutor para o português. Preferimos adotar apenas a
letra M como ocorre com a maioria dos livros de macroeconomia.
24
e YD representam a variação no consumo e a variação na renda disponível (a letra grega é
lida como ―variação em‖). Uma vez que YD = C + S, qualquer variação na renda disponível
será dividida entre consumo e poupança. Daí porque c1 será maior do que 0 e menor do que
1.
c0 representa o nível de consumo que ocorre quando YD = 0. Como é possível haver
consumo positivo quando YD = 0? Isso vai ocorrer via despoupança (os indivíduos irão
desaplicar seus ativos ou tomar dinheiro emprestado). c0 pode ser referido também como
consumo autônomo, aquela porção de consumo que independe da renda.
Graficamente, temos:
C = c0 + c1 YD
c0 YD
YD
Dicas de Aprendizagem
25
4b. A FUNÇÃO POUPANÇA
Dicas de Aprendizagem
Graficamente, temos:
S
S = -c0 + (1 – c1) YD
YD
- c0 YD
26
Dicas de Aprendizagem
Para esta economia, a demanda pelos bens (Z) se define como Z = C + I + G. Substituindo C
pela função consumo, temos:
Z = c0 + c1 [Y – T] + I + G
Dicas de Aprendizagem
Recorde que tanto I como G (e, para este propósito, T) são exógenas. Além do mais, c0, T, I e G
serão referidas como despesas autônomas. Despesas autônomas são aquelas despesas que são
independentes da renda. Observe que o consumo total (C) não é autônomo, pois depende da
renda.
O equilíbrio no mercado de bens se dará quando a produção (Y) for igual à demanda (Z).
Essa condição de equilíbrio (isto é, Y = Z) ajuda a explicar a interação entre a produção
agregada, a renda e a demanda. Qualquer evento que provoque um aumento nas despesas
autônomas gerará um aumento na renda. À medida que Y aumentar, Z aumentará como
conseqüência do aumento no consumo induzido pela renda. No entanto, há apenas um único
nível de produção (dados os valores de c0, c1, T, I e G) que satisfará a condição de equilíbrio.
27
6. A PRODUÇÃO DE EQUILÍBRIO
A condição de equilíbrio indica que as empresas estabelecerão a produção de tal modo que
iguale a demanda. Conforme vimos no texto, o nível de produção de equilíbrio é
representado pela seguinte equação:
Y = [1 / (1 – c1)] [ c0 – c1 T + I + G].
Dicas de Aprendizagem
A equação acima representa o nível de equilíbrio da produção, dados os parâmetros (c0 e c1) e
as variáveis exógenas no modelo (T, I e G). Deve ficar claro que, se qualquer um desses
parâmetros ou variáveis exógenas sofrer alteração, o nível de produção de equilíbrio também
se alterará.
Dicas de Aprendizagem
28
Z
ZZ
Dicas de Aprendizagem
A interseção vertical é simplesmente o dispêndio autônomo (isto é, se Y = 0, Z =
c0 – c1 T + I + G).
Essa linha se inclina para cima porque à medida que aumenta Y, as famílias
aumentam o consumo. Este aumento no consumo causa um aumento na
demanda. A inclinação de ZZ é, portanto, igual à propensão marginal a
consumir (c1).
Qualquer variação no dispêndio autônomo levará ao deslocamento de ZZ. Uma
variação em c1 provocará a mudança na inclinação de ZZ.
Para determinar a produção de equilíbrio, incluímos agora na figura uma linha de 45 graus
que tem a inclinação de 1. Essa linha de 45 graus ilustra a relação entre a produção e a renda.
Uma vez que a produção e a renda sejam a mesma, um aumento no valor de unidade 1 na
renda é igual, por definição, a um aumento de unidade 1 na produção.
Conforme podemos ver graficamente, há apenas um nível de equilíbrio que produz um nível
de demanda (Z) igual à renda; este ocorre no ponto Y0. Para qualquer outro nível de
produção, Z não será igual a Y. Se a produção for maior do que Y0, então Y > Z. O
problema de revisão # 9 ajudará a reforçar este conceito.
29
Z
ZZ
45º
Y
Y0
7. O MULTIPLICADOR
A ZZ
G
ZZ‘
A‘
B
Y1 Y0
30
Este declínio inicial em G leva a demanda a cair para o ponto B. À medida que a demanda
cai, a produção varia em 100. À medida que a renda cai, a demanda cai novamente, uma vez
que nos movemos ao longo da nova linha ZZ. A produção varia novamente e o processo
continua até que a economia esteja no ponto A‘, no qual Y = Z em um nível mais baixo de
produção. Tanto gráfica, como intuitivamente, observamos que essa redução permanente, de
uma vez, de G leva a queda em Y a exceder a queda inicial nas despesas autônomas. O
multiplicador indica a extensão na qual Y irá variar conforme uma dada variação nas
despesas autônomas. No caso aqui, o multiplicador é 5.
Dicas de Aprendizagem
O que acontece com a poupança? Uma vez que I, G e T são todas variáveis autônomas, elas
não variam quando a renda cai. Isso implica, dada a interpretação alternativa do equilíbrio (S
= I + G – T), que o nível de poupança permanecerá invariável à variação inicial da poupança.
Qualquer tentativa de aumentar a poupança causará: (1) uma redução na produção; e (2)
nenhuma variação permanente no nível de poupança. Esses dois resultados são denominados
como o paradoxo da poupança. O problema de revisão # 12 nos permitirá trabalhar com um
problema numérico de modo a ilustrar esses dois resultados.
31
Dicas de Aprendizagem
32
APÊNDICE 3
UMA INTRODUÇÃO À ECONOMETRIA
OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO
Após passar por este apêndice e pelo material seguinte, voe estará em condições de:
___ ____
(1) Compreender e explicar a relação entre ( Ct - C) e ( Y Dt - Y D).
(2) Explicar como a econometria é utilizada para obter estimativas da propensão marginal a
consumir.
(5) Interpretar uma equação de consumo que inclui valores defasados no tempo da renda
disponível.
___ ____
1. A RELAÇÃO ENTRE ( Ct - C) E ( Y Dt - Y D)
Como podemos obter uma estimativa de c1? Se estimarmos (há mais material sobre como
fazemos isso abaixo) os efeitos das variações do nível de renda disponível sobre o nível de
consumo, obteremos uma propensão marginal a consumir próxima de 1 e, por conseguinte,
um multiplicador muito elevado.
Dicas de Aprendizagem
Verifique por conta própria. Qual é o multiplicador quando c1 = 0,8; c1 = 0,9; c1 = 0,95;
c1 = 0,99?
Para evitar este problema, podemos medir os efeitos sobre o consumo das variações na
renda disponível acima ou abaixo do normal. Para tanto:
33
(1) ( Ct - C). Essa expressão representa a variação em C enquanto desvio de sua média:
pode ser positiva, negativa ou igual a zero; e
____
(2) ( Y Dt - Y D). Essa expressão representa a variação em YD enquanto desvio de sua
média: pode ser positiva, negativa ou igual a zero.
___ ____
A Figura 4-3, adiante apresentada, ilustra a relação positiva entre ( Ct - C)e ( YDt - YD).
Quando a renda disponível se eleva acima do normal, o consumo também se eleva acima do
normal.
Recorremos à econometria para obter uma linha que melhor se ajuste aos pontos
correspondentes aos dados na Figura 4-3. A ―melhor‖ linha (indicada na Figura 4.4) é
escolhida de modo a minimizar a soma do quadrado da distância dos pontos à linha de
ajustamento. Este método é denominado de mínimos quadrados ordinários.
Dicas de Aprendizagem
Como interpretá-la?
34
3. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ECONOMÉTRICOS
* Estatística-t: Para cada coeficiente estimado, obtém-se uma estatística-t. A estatística-t nos
diz qual o grau de confiança que podemos ter de que o verdadeiro valor do coeficiente
estimado difere de zero. A estatística-t para a equação acima é o número entre parênteses que
fica abaixo do coeficiente estimado (ou seja, 5,46).
Se a estatística-t for maior do que 2, podemos ter 95% de certeza de que o coeficiente
estimado é diferente de zero.
Se a estatística-t for maior do que 5,2 , podemos ter 99,99% de certeza de que o
coeficiente estimado é diferente de zero.
__ __
* R : É uma medida de quanto a linha de regressão se ajusta aos dados. R2 varia entre 0 e
2
1. Quanto mais alto for o seu valor, melhor a linha se ajusta aos dados.
35
4. CORRELAÇÃO E CAUSALIDADE
A plotagem dos dados nas Figuras 4-3 e 4-4 e a propensão marginal a consumir estimada
indicam que o consumo e a renda disponível se movem na mesma direção (isto é, são
positivamente correlacionadas). Nossa interpretação desses resultados sugere que são as
variações de YD que causam as variações em C. Há, no entanto, duas possíveis explicações
para tal resultado.
Em primeiro lugar, encontre variáveis exógenas, variáveis que afetem a produção (e,
por conseguinte, YD) , mas que não são afetadas por variações na produção.
Em seguida, examine as variações no consumo em resposta a variações de YD que
sejam causadas por variáveis exógenas. Ignore as variações de YD que sejam causadas
por variações no consumo.
Essas estimativas refletirão o efeito de variações de YD sobre o consumo e não o
inverso.
Dicas de Aprendizagem
36
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 3
O MERCADO DE BENS
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. A tabela baixo inclui informações sobre o PIB Real (medido em bilhões de dólares de
1987) para os Estados Unidos nos anos de 1993 e 1994.
1993 1994
Consumo (C ) 3459 3579
Investimento (I) 805 903
Não residencial 592 672
Residencial 213 231
Despesas do Governo (G) 930 923
Exportações (X) 603 655
Importações (M) 676 769
Investimento em Estoques (IS) 15 52
a. Calcule o nível do PIB para 1993 e 1994. Calcule, a seguir, a taxa de crescimento do PIB
entre 1993 e 1994. Com base em seus cálculos, explique brevemente o que ocorreu com a
atividade econômica entre 1993 e 1994.
b. Calcule a taxa de crescimento ou de queda para cada um dos componentes do PIB entre
1993 e 1994. Qual dos componentes do PIB apresentou o maior crescimento e qual
apresentou o menor durante esses dois períodos? Calcule a parcela de cada componente do
PIB entre 1993 e 1994. Algum dos componentes do PIB experimentou variações em seu
tamanho relativamente à produção total? Comente sucintamente.
c. Com base nos dados dessas duas tabelas, indique o que teria acontecido ao tamanho do
déficit comercial dos Estados Unidos nesses dois anos. Se houve variação no déficit, esta
teria ocorrido basicamente por variação nas exportações ou nas importações? Explique.
37
2. A definição do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das alterações
nos estoques (isto é, investimentos em estoques). Suponha que tenhamos desenvolvido uma
medida alternativa do PIB que ignore o investimento em estoques. Descreva e explique,
primeiramente, uma situação em que a exclusão do investimento em estoques levaria o valor
desta alternativa de medida (a propósito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do
produto obtido ao se recorrer à medição usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma
situação em que a exclusão do investimento em estoques levaria o valor desta alternativa de
medida do PIB a ser menor do que o valor do produto obtido ao se utilizar a medição usual do
PIB. Finalmente, considerando sua análise, discuta brevemente por que é importante incluir
os investimentos em estoques ao se medir o valor corrente do produto.
3. A definição do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das
exportações líquidas (X – M). Suponha que tenhamos desenvolvido uma medida alternativa
do PIB que ignore as exportações líquidas. Descreva e explique, primeiramente, uma situação
em que a exclusão das exportações líquidas levaria o valor desta alternativa de medida (a
propósito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do produto obtido ao se recorrer à
medição usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma situação em que a exclusão das
exportações líquidas levaria o valor desta alternativa de medida do PIB a ser menor do que o
valor do produto obtido ao se utilizar a medição usual do PIB. Finalmente, considerando sua
análise, discuta brevemente por que é importante incluir as exportações liquidas ao se medir o
valor corrente do produto.
4. Suponha que o consumo nos Estados Unidos da América seja representado pela seguinte
equação:
YD
b. Supondo que Y não se altera, ilustre graficamente (na figura acima) e explique os efeitos de
uma redução para 0,5 na propensão marginal a consumir. Calcule o que acontece como nível
de consumo.
6. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes
equações:
7. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes
equações:
39
Z=C+I+G C = 300 + 0,5 YD T = 400 I = 200
YD = Y – T G = 1000
8. Repita a análise feita para a pergunta 7, itens (a) – (c). Dessa vez, no entanto, suponha que
a propensão marginal a consumir é 0,8.
Z F
ZZ
C
E
A
O
Y2 Y1 Y
41
10. a. Calcule o multiplicador para cada um dos seguintes valores da propensão marginal a
consumir: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. Explique sucintamente o que
acontece ao multiplicador quando aumenta a propensão marginal a consumir.
b. Explique o que acontece, se é que acontece, à linha de demanda (ZZ) quando a propensão
marginal a consumir assume os seguintes valores: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 =
0,9. Explique sucintamente o que acontece à produção de equilíbrio quando aumenta a
propensão marginal a consumir.
c. Suponha que os responsáveis pela política econômica tenham a intenção de aumentar a
produção de equilíbrio de 1000. Para cada um dos valores a seguir, assumidos pela propensão
marginal a consumir, calcule a variação necessária no dispêndio do governo para que se
obtenha o aumento desejado na produção de equilíbrio: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1
= 0,9.
11. Suponha que haja duas economias diferentes, ambas representadas pelo modelo indicado
no Capítulo 3. Suponha também que o nível de equilíbrio da produção seja o mesmo em
ambos os países. Por simplicidade, podemos ilustrar o equilíbrio para ambas as economias
em um mesmo gráfico. A linha de demanda para a economia A (B) é representada por ZZA
(ZZB). Esta situação é apresenta no gráfico que se segue.
ZZA
ZZB
Y0 Y
42
12. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes
equações:
13. Para cada um dos seguintes eventos, explique o efeito que o evento produz sobre: (1) as
despesas autônomas; (2) a produção de equilíbrio; (3) a inclinação de ZZ; e (4) o
multiplicador.
43
2. Suponha que a economia dos Estados Unidos da América seja uma economia aberta. Com
esta informação, podemos esperar que:
a. consumo e poupança
b. despesas do governo e consumo
c. investimento e poupança
d. impostos
e. todas as variáveis acima
f. nenhuma delas
4. Há uma ou mais variáveis exógenas em nosso modelo de mercado de bens? Assinale a
resposta correta.
a. poupança e investimento
b. despesas do governo e impostos
c. renda disponível e impostos
d. demanda por bens (Z)
e. todas as variáveis acima
f. nenhuma delas
5. Qual ou quais das seguintes variáveis é ou são variáveis endógenas em nosso modelo de
mercado de bens?
C = 200 + 0,75 YD
6. Para esta economia, um aumento de uma vez só, mas permanente, na renda disponível
(YD) de 200 levará o consumo a aumentar de:
44
7. Se YD = 0, sabemos que:
a. S = 200 + 0,25 YD
b. S = 0,75 YD
c. S = 200 + 0,75 YD
d. S = - 200 + 0,25 YD
a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto menor na produção de equilíbrio
b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto maior na produção de equilíbrio
c. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto menor na produção de equilíbrio
d. um a redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto maior na produção de equilíbrio
45
12. Um aumento na propensão marginal a consumir tende a gerar:
a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto menor na produção de equilíbrio
b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto maior na produção de equilíbrio
c. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto menor na produção de equilíbrio
d. uma redução no multiplicador e fazer uma dada variação nas despesas de governo ter um
impacto maior na produção de equilíbrio
14. Dadas as variáveis acima, o nível de equilíbrio da produção para esta economia é:
a. 0,5 b. 1 c. 2 d. 4
16. Suponha que os responsáveis pela política fiscal implementem uma política que leve o
dispêndio governamental a aumentar de 200 (ou seja, o novo nível de despesas do governo
será 2200). Com base em nosso entendimento de como funciona a economia acima, podemos
esperar que a produção de equilíbrio venha a:
46
17. Além de usar a renda disponível para o consumo, as famílias também utilizarão uma
parcela da renda disponível para poupança. A função poupança para a economia acima que
sintetiza o comportamento das famílias é dada por:
a. S = 300 + 0,5 YD
b. S = - 300 - 0,5 YD
c. S = - 300 + 0,5 YD
d. S = 300 + 0,5 Y
e. S = - 300 + 0,5 Y
18. Suponha que as famílias experimentem uma redução em seu nível de confiança. Suponha,
em seguida, que esta redução na confiança redunde em uma redução do consumo autônomo
(c0). Essa redução em c0 causará:
47
EXERCÍCIOS DO APÊNDICE 3
UMA INTRODUÇÃO À ECONOMETRIA
PROBLEMAS DE REVISÃO
Pergunta-se:
2. Suponha que tenhamos estimado a equação de consumo para os Estados Unidos e para o
Canadá e obtido os seguintes resultados:
___ ___
Resultados para os Estados Unidos: ( Ct - C) = 0,60 ( YDt - YD) R2 = 0,20
___ (3,34) ___
Resultados para o Canadá: ( Ct - C) = 0,50 ( YDt - YD) R2 = 0,24
(3,98)
48
a. Qual é a propensão marginal a consumir e o multiplicador nos Estados Unidos?
b. Qual é a propensão marginal a consumir e o multiplicador no Canadá?
c. Quais são as variáveis independentes nessas duas equações?
d. Quais são as variáveis dependentes nessas duas equações?
e. Qual dessas duas equações representa o ―melhor‖ ajustamento? Explique.
49
Capítulo 4
OS MERCADOS FINANCEIROS
OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO
Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em
condições de:
(5) Explicar o que significa, no caso, a velocidade e explicar como as variações da taxa de
juros influenciam a velocidade.
(9) Explicar os efeitos dinâmicos das operações de mercado aberto sobre a oferta de moeda.
Neste capítulo, supomos que haja somente dois ativos financeiros: moeda e títulos.
(1) Moeda
A moeda é um ativo financeiro que pode ser utilizado nas transações e sobre o qual não
incidem juros. Há várias definições de moeda (isto é, M1, M2, etc). M1, como será aqui
considerado, consiste de:
(1) moeda corrente (MC) ou dinheiro: moedas e notas emitidas pelo Banco Central; e
(2) depósitos em conta corrente: depósitos bancários conversíveis em dinheiro a qualquer
momento por meio, por exemplo, de cheque.
Dicas de Aprendizagem
M1 inclui também os cheques de viagem (―travelers checks‖ ). Na discussão que
se segue, porém, os cheques de viagem serão ignorados, pois representam menos
de 1% do M1. 50
(2) Títulos
Os títulos são ativos financeiros que pagam uma taxa de juros (i), mas que não podem ser
usados para transações correntes. Deve-se ter cuidado para não confundir moeda e títulos
com as seguintes variáveis:
Dicas de Aprendizagem
Podemos usar as variáveis acima para fazer a distinção entre variáveis de estoque e de
fluxo.
Uma variável de fluxo é uma variável que deve ser expressa em unidade de
tempo. Exemplos: a renda anual; a poupança por trimestre; o déficit orçamentário
anual.
Uma variável de estoque pode ser medida em qualquer momento de tempo.
Riqueza e moeda são variáveis de estoque, pois podem ser mensuradas a qualquer
momento.
Os indivíduos decidem como alocar sua riqueza entre moeda (dinheiro) e títulos. Dois casos
extremos podem ilustrar os fatores que afetam esta decisão.
Caso 1: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em títulos. Esta alocação de
portfólio:
(1) maximizará o rendimento de juros; mas também
(2) maximizará os custos (custos de transação), associados à conversão dos títulos em
dinheiro quando você precisar comprar qualquer coisa.
Caso2: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em moeda. Esta alocação:
51
(1) minimizará os custos (de fato, estes serão zero) associados à conversão de títulos em
dinheiro; mas também
(2) minimizará o rendimento de juros percebidos por sua riqueza (o rendimento de juros
será igual a zero).
(1) Do nível de transações: À medida que aumenta o nível das transações, os indivíduos
alocarão à moeda uma maior proporção do seu portfólio. Incluímos a renda nominal ($Y)
no lugar do nível de transações. Por quê? Ao contrário do nível de transações, $Y pode
ser mensurada. À medida que $Y aumenta, o nível de transações aumenta, levando Md a
crescer também.
(2) Da taxa de juros sobre os títulos (i): Quando i se eleva, os indivíduos ficam mais
dispostos a aceitar os custos adicionais de conversão de títulos em dinheiro para se
beneficiar de uma maior taxa de juros sobre títulos. Quando i se eleva Md diminui.
(1) Md é proporcional a $Y. Se sua renda nominal subir 5%, sua demanda por moeda
aumentará 5%.
(2) Aumentos na taxa de juros causam uma redução na demanda de moeda. Este efeito é
capturado pela função L(i).
(1) Cada curva de demanda de moeda é desenhada para um determinado nível de $Y.
(2) A demanda por moeda tem inclinação para baixo porque, à medida que aumenta i, os
indivíduos aumentam seus ativos em títulos e reduzem seus ativos em dinheiro (a curva
NÃO se desloca); e
(3) Variações em $Y causarão variações na demanda por moeda e, por conseguinte,
deslocamentos da curva de demanda por moeda.
52
A velocidade da moeda é a razão $Y / M. A velocidade aumentará quando:
(1) a taxa de juros aumentar. Uma taxa de juros mais elevada provoca uma redução na
demanda por moeda e, para uma dada $Y, um aumento em $Y/M; e
(2) ocorrem inovações que permitem aos indivíduos diminuir o montante médio
mantido em dinheiro. Exemplos de tais inovações são: (1) o crescente uso de cartões de
crédito; e (2) a crescente disponibilidade e uso de caixas automáticos.
Dicas de Aprendizagem
(1) Introdução
Dicas de Aprendizagem
Se M = Md, sabemos também que a oferta de títulos (B) é igual à demanda por títulos.
Por quê?
Suponha que sejam dados os estoques de moeda e de títulos.
Md + Bd = $Riqueza
Também sabemos que M + B = $Riqueza
Por conseguinte, Md + Bd = M + B
Então, se Md = M, Bd deve ser igual a B.
Certifique-se de que possa explicar por que a curva de oferta de moeda é vertical. Reposta:
As variações na taxa de juros não causam variações na oferta de moeda. As variações na
oferta de moeda é que causarão deslocamentos da curva de oferta de moeda.
(2) Variações de i
53
Variações da $Y
Um aumento da $Y causa um aumento de Md. À taxa de juros inicial, Md excede a oferta de
moeda (Md > M). A taxa i deve aumentar para que se reduza o montante de moeda que os
indivíduos buscam manter. Isso ocorre no ponto i‘ na Figura 4-5. Quando i se torna mais
elevada, M torna a se igualar à demanda de moeda.
Dicas de Aprendizagem
No mercado de títulos:
Os indivíduos que vendem títulos (em troca de dinheiro, de moeda) querem
aumentar a proporção de moeda em seu portfólio;
Os indivíduos que compram títulos querem reduzir a proporção de moeda em seu
portfólio; e
No equilíbrio, a taxa de juros é tal que B = Bd (ou, conforme visto anteriormente,
M = Md).
O Banco Central pode variar o estoque de moeda comprando ou vendendo títulos no mercado
de títulos (as chamadas operações de mercado aberto).
Aumento da oferta de moeda: O Banco Central compra títulos e paga pelos títulos
criando moeda. Isso tem dois efeitos no balanço do Banco Central:
(1) O maior número de títulos agora detidos representa um aumento dos ativos do Banco
Central; e
(2) O aumento de moeda em circulação representa um aumento do passivo do Banco Central.
54
Redução da oferta de moeda: O Banco Central vende títulos e recebe moeda
(dinheiro) como pagamento por esses títulos. Isso tem dois efeitos no balanço do Banco
Central:
(1) O menor número de títulos agora detidos representa uma redução dos ativos do Banco
Central; e
(2) A redução da moeda em circulação representa uma diminuição do passivo do Banco
Central.
Dicas de Aprendizagem
Deve ficar clara e compreensível a relação que existe entre o preço de um título ($PB) e
a taxa de juros. Para um título de um ano que promete um pagamento fixo, nominal, de
$100 ao cabo de um ano, a taxa de juros se define como:
Essa definição indica que, quanto mais alto for $PB, menor será a taxa de juros. Quanto
mais baixo for $PB, maior será a taxa de juros. Faz sentido porque, por exemplo, se $PB
cair, o numerador ($100 - $PB) — o seu ganho, no caso — fica maior E o denominador,
$PB, torna-se menor. A taxa i, conseqüentemente, se eleva. Alternativamente, o retorno
por dólar alocado em títulos se eleva à medida que cai o preço do título.
(3) Política
(1) Introdução
Os bancos são instituições financeiras. Eles recebem fundos oferecendo depósitos sacáveis
por meio de cheque (D) e utilizam estes fundos para comprar títulos, fazer empréstimos e
acumular reservas (R). Os depósitos constituem os passivos bancários. Os títulos,
empréstimos e reservas compõem os ativos dos bancos.
Na presença dos bancos, o Banco Central continua a controlar a moeda do Banco Central.
Esta, denominada base monetária, é dada por:
H = CU + R; onde
55
H é a base monetária (moeda do Banco Central); anteriormente era denominada M
mas agora com a capacidade que os bancos comerciais têm de multiplicar a oferta de
moeda a moeda do Banco Central é denominada de moeda de alta potência (o H vem
do inglês ―High Potency‖)
CU (abreviatura do inglês ―currency‖), moeda corrente, compõe-se de papel-moeda e
moedas metálicas;
c é o parâmetro que representa a proporção da demanda por moeda que os indivíduos
desejam manter como CU;
conseqüentemente, CU = c Md
R são as reservas
é a razão de reserva (a parcela dos depósitos que os bancos pretendem manter como
reservas)
conseqüentemente, R = D.
Dicas de Aprendizagem
É possível que, em cursos análogos, você tenha vindo a se deparar com um parâmetro denominado
razão moeda-depósito. O parâmetro c neste texto NÃO é a razão moeda-depósito. A razão moeda-
depósito representa a parcela, em relação aos depósitos, que os indivíduos desejam manter como
moeda. Aqui, c representa a parcela de moeda (portanto, a soma da moeda corrente e dos depósitos
de curto prazo, sacáveis a qualquer momento) que os indivíduos desejam manter como moeda ou
dinheiro.
(2) Caso 1: CU = 0
(1) H = CUd + Rd (isto é, a oferta de moeda do Banco Central = a demanda por moeda do
Banco Central);
(2) H = cMd + (1 – c) Md = [c + (1 – c)] Md; e, portanto,
(3) H / [c + (1 – c)] = Md;
(4) Quando o mercado monetário está em equilíbrio, sabemos que
H / [c + (1 – c)] = Md = M.
56
A expressão 1/ [c + (1 – c)] é o multiplicador de moeda. Suponha que c = 0,6 e = 0,2. O
multiplicador de moeda é 1,47. Uma variação de $1 em H causará uma variação de $ 1,47 na
oferta de moeda.
Dicas de Aprendizagem
(4) Sumário de M
Por exemplo, se o Federal Reserve Bank (Fed) comprar $200 milhões de títulos, H aumenta
de $200 milhões. A variação final na oferta de moeda será igual ao multiplicador de moeda
vezes a variação de $200 milhões na base monetária. Os problemas de revisão # 14 e #15
tratam desta matéria.
Pode-se usar o mercado monetário (isto é, a oferta e demanda de moeda) acima descrito para
a análise dos determinantes da taxa de juros. Pode-se também usar o mercado para a moeda
do Banco Central para se examinar a determinação da taxa de juros.
O Fed (no caso dos Estados Unidos) tem o controle completo da oferta de moeda do Banco
Central (H). Para se variar H, o Fed ou vende ou compra títulos.
Há dois componentes na demanda por moeda do Banco Central: a demanda por papel-moeda
e moedas metálicas e a demanda por reservas.
57
Demanda por papel-moeda e moedas metálicas: CUd. Esta é dada por: CUd = cMd.
Demanda por reservas: Rd. Esta é dada por Rd = D = (1-c) Md.
Demanda por moeda do Banco Central. Trata-se da soma dos dois componentes
acima, CUd + Rd.
A interação entre a oferta e a demanda por moeda do Banco Central pode ser também
utilizada para examinar os determinantes da taxa de juros. Ou seja, a taxa de juros será
ajustada de modo a igualar H a [CUd + Rd]. Isso é ilustrado graficamente a Figura 4-10.
Dicas de Aprendizagem
(4) Determinação da taxa de juros
A taxa de juros sofrerá ajustes de modo a equilibrar este mercado de moeda do Banco Central.
Este modelo pode ser utilizado para examinar o que causaria uma variação na taxa de juros de
equilíbrio.
Variações em $Y. Qualquer variação da renda gerará uma variação da demanda por
moeda, uma variação da demanda por papel-moeda e moedas metálicas e da demanda por
reservas e, portanto, uma variação da demanda por moeda do Banco Central. Por exemplo,
um aumento na demanda por moeda do Banco Central provocará um aumento na taxa de
juros.
58
Dicas de Aprendizagem
59
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 4 DO BLANCHARD
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. O propósito dessa questão é certificar que você apreendeu as definições das diversas
variáveis discutidas neste capítulo.
a. É possível alguém ter renda zero e um grande montante de riqueza? Explique
sucintamente.
b. É possível alguém ter poupança zero e riqueza positiva? Explique sucintamente.
c. A riqueza para uma pessoa pode ser negativa? Explique.
2. O que se segue é uma lista de variáveis recém estudadas por você: riqueza, poupança,
investimento, estoques comerciais, oferta de moeda, capital e renda.
a. Quais das variáveis acima é uma variável de fluxo?
b. Quais das variáveis acima é uma variável de estoque?
60
3. Qual efeito uma redução da renda monetária terá sobre a demanda por moeda? Explique.
a. um aumento de 10% em $Y
b. uma redução em i
c. uma operação expansionista de mercado aberto
a. Calcule a velocidade para os quatro anos acima. Comente, em poucas palavras, o que teria
acontecido, se é que algo, à velocidade durante o período acima.
b. Suponha que as variações acima na taxa de juros representem a única variação nos
mercados financeiros. As variações da velocidade que você calculou são compatíveis com o
que você poderia esperar dados os nossos pressupostos sobre a demanda de moeda?
Explique.
c. Com base no modelo de demanda por moeda apresentado neste capítulo, qual efeito sobre a
velocidade tiveram as variações acima indicadas na $Riqueza? Explique sucintamente.
a. Dadas a demanda por moeda e a oferta de moeda, explique qual tipo de situação existe
quando a taxa de juros é igual a i”. Com esta taxa de juros, qual é o montante de moeda que
os indivíduos desejam manter? Com esta taxa de juros, quanto de moeda efetivamente existe?
b. Com base em sua análise do item (a), o que deve ocorrer à taxa de juros para que se
verifique o equilíbrio do mercado financeiro? O que acontece à demanda por moeda e à oferta
de moeda quando i varia?
c. Dadas a demanda por moeda e a oferta de moeda, explique qual tipo de situação existe
quando a taxa de juros é igual a i’. Com esta taxa de juros, qual é o montante de moeda que
os indivíduos desejam manter? Com esta taxa de juros, quanto de moeda efetivamente existe?
d. Com base em sua análise do item (c), o que deve ocorrer à taxa de juros para que se
verifique o equilíbrio do mercado financeiro? O que acontece à demanda por moeda e à oferta
de moeda quando i varia?
61
MS
i‖
i‘
Md
MS
Md
a. Qual a quantidade de moeda que os indivíduos mantêm à taxa inicial de juros (i)? Aponte
isso no gráfico.
b. Suponha que haja uma redução em $Y. Qual o efeito que isso terá sobre a demanda
monetária e a taxa de juros? Demonstre-o graficamente.
c. À taxa inicial de juros i, o que terá acontecido à demanda por moeda?
d. O que deve acontecer com a taxa de juros para que o equilíbrio seja restaurado?
62
e. Quando i varia, o que acontece à demanda por moeda?
f. Com esta nova taxa de juros, qual o montante de moeda que os indivíduos desejam manter?
Compare sua resposta aqui com sua resposta do item (a).
MS
Md
a. Qual a quantidade de moeda que os indivíduos mantêm à taxa inicial de juros (i)? Aponte
isso no gráfico.
b. Suponha que haja uma redução na oferta de moeda. Qual o efeito que isso terá sobre a
curva de oferta de moeda e a taxa de juros? Demonstre-o graficamente.
c. À taxa inicial de juros i, o que terá acontecido à efetiva quantidade de moeda?
d. O que deve acontecer com a taxa de juros para que o equilíbrio seja restaurado?
e. Quando i varia, o que acontece à demanda por moeda?
f. Com esta nova taxa de juros, qual o montante de moeda que os indivíduos desejam manter?
Compare sua resposta aqui com sua resposta do item (a).
9. Suponha que um título remunere $200 por ano. Calcule a taxa de juros deste título quando
o preço do título ($PB) é:
a. $150 b.$160 c.$180 d. $195 e. O que acontece à taxa de juros quando cai o
preço do título?
10. Suponha que um título remunere $200 por ano. Calcule o preço do título quando a taxa
de juros é:
a. 5% (0,05) b. 10% (0,10) c. 15% (0,15) d. O que acontece ao preço do título
quando aumenta a taxa de juros?
11. Para esta questão, suponha que toda a moeda esteja mantida na forma de papel-moeda e
moeda metálica. Suponha que a moeda do Banco Central totalize inicialmente $100 milhões.
Suponha gora que o Fed pretende uma operação expansionista do mercado aberto da ordem
de $ 10 milhões. Tomando em conta esta informação, explique qual o efeito que terá sobre:
a. o ativo total do Fed b. o passivo total do Fed c. o preço dos títulos
63
d. a taxa de juros e. a curva de demanda por moeda
f. a moeda do Banco Central g. a curva de oferta de moeda
12. Para esta questão, suponha que toda a moeda esteja mantida na forma de papel-moeda e
moeda metálica. Suponha, novamente, que a moeda do Banco Central totalize inicialmente
$100 milhões. Suponha gora que o Fed pretende uma operação contracionista do mercado
aberto da ordem de $ 20 milhões. Tomando em conta esta informação, explique qual o efeito
que terá sobre:
a. o ativo total do Fed b. o passivo total do Fed c. o preço dos títulos
d. a taxa de juros e. a curva de demanda por moeda
f. a moeda do Banco Central g. a curva de oferta de moeda
13. Para esta questão, suponha que os indivíduos não mantenham papel-moeda e moedas
metálicas e que a razão de reserva ( ) seja 0,2. Suponha também que a base monetária seja
igual a $500 milhões. Com estes dados em mãos, calcule:
a. o total de reservas b. o total de depósitos sacáveis
c. a oferta de moeda d.o multiplicador da moeda
14. Com base em sua análise da questão #13, calcule o que acontece às seguintes variáveis
quando o Fed compra $50 milhões em títulos:
a. a base monetária b. o total de reservas c. o total de depósitos sacáveis
d. a oferta de moeda
15. Com base em sua análise da questão #13 (e usando os números originais), calcule o que
acontece às seguintes variáveis quando o Fed vende $10 milhões em títulos:
a. a base monetária b. o total de reservas c. o total de depósitos sacáveis
d. a oferta de moeda
R = 50 CU = 250 D = 500
64
f. No espaço abaixo, preencha com os dados dos balanços, respectivamente, dos bancos e do
Banco Central. Em particular, qual é o valor em dólares dos títulos mantidos pelos bancos?
E qual é o valor em dólares dos títulos mantidos pelo Banco Central?
18. Utilize seus cálculos da questão #17 para responder às seguintes perguntas.
a. Suponha que o Fed deseje aumentar a oferta monetária de $100 milhões. Que tipo de
operação de mercado aberto deve realizar? Qual é o montante em dólares em títulos que o
Ced deve comprar ou vender para que M aumente de $100 milhões?
b. Esse tipo de ação do Fed deve causar qual impacto sobre o preço dos títulos? Explique.
c. Suponha que o Fed deseje diminuir a oferta monetária de $40 milhões. Que tipo de
operação de mercado aberto deve realizar? Qual é o montante em dólares em títulos que o
Ced deve comprar ou vender para que M diminua em $40 milhões?
d. Esse tipo de ação do Fed deve causar qual impacto sobre o preço dos títulos? Explique.
19. a. Admita c = 0,2. Calcule o multiplicador de moeda para cada um dos seguintes valores
da razão de reserva ( ): 0,1; 0,2 e 0,5.
b. O que acontece ao multiplicador de moeda quando a razão de reserva aumenta?
c. Dê uma explicação intuitiva dos efeitos de um aumento da razão de reserva sobre o
multiplicador de moeda.
20. a. Admita = 0,1. Calcule o multiplicador de moeda para cada um dos valores de c: 0,1;
0,2 e 0,5.
b. O que acontece ao multiplicador de moeda quando aumenta o parâmetro c?
c. Dê uma explicação intuitiva dos efeitos de um aumento em c sobre o multiplicador de
moeda.
65
21. Utilize o mercado de moeda do Banco Central para responder às seguintes questões.
Demonstre graficamente e explique em poucas palavras o impacto dos seguintes eventos
sobre a taxa de juros. Faça uma comparação sucinta se suas conclusões aqui diferem de
alguma maneira daquelas a que chegaria se utilizasse o mercado monetário para a análise
desses eventos.
a. uma venda de mercado aberto pelo Fed ou outro Banco Central qualquer
b. uma redução da renda
c. um aumento da razão de reserva
3. O governo dos EUA atualmente garante cada conta bancária até qual nível? (Esta pergunta
é anterior à crise econômico-financeira de 2008.)
a. $ 25.000 b. $50.000 c. $75.000 d. $100.000
6. Qual das variáveis seguintes constitui-se em ativo nos balanços dos bancos?
a. reservas b. depósitos sacáveis (de curto prazo) c. a base monetária
d. papel-moeda e moedas metálicas
7. Qual das variáveis seguintes constitui-se em passivo nos balanços dos bancos?
a. papel-moeda e moedas metálicas
b. depósitos sacáveis (de curto prazo)
c. títulos
d. reservas
66
8. Qual das variáveis seguintes constitui-se em passivo no balanço do Banco Central?
a. depósitos sacáveis (de curto prazo) b. títulos c. papel-moeda e moedas metálicas
d. empréstimos
9. Uma compra de títulos pelo Banco Central provocará qual dos eventos seguintes?
12. Qual dos seguintes eventos deverá ocorrer quando aumentar a taxa de juros?
13. Suponha que um título remunere $ 1000 em um ano. Se o preço do título é $ 750,
sabemos que a taxa de juros incidente sobre o título é de:
a. 7,5% b. 15% c. 25% d. 33%
14. Suponha que a demanda por moeda seja maior do que a oferta de moeda a uma dada taxa
de juros. Com base nessa informação, sabemos que:
a. a taxa de juros (i) deve sofrer uma queda para que o equilíbrio se restabeleça
b. i deve aumentar para que o equilíbrio se restabeleça
c. o mercado de títulos está em equilíbrio a essa dada taxa de juros
d. nenhuma das respostas anteriores
15. Suponha que os indivíduos não guardem papel-moeda ou moedas metálicas e que a razão
de reserva dos bancos é 0,25. O multiplicador de moeda é:
a. 1 / (1 – 0,25) = 1,33 b. 2,5 c. 4 d. 5
67
16. Suponha que a razão do papel-moeda e moedas metálicas em relação aos depósitos
sacáveis seja 0,5 e que a razão de reserva ( ) é 0,25. O multiplicador de moeda é:
19. A taxa dos fundos federais se determina em qual dos seguintes mercados?
20. Suponha que os indivíduos mantenham tanto papel-moeda e moedas metálicos como
depósitos sacáveis. Com base neste dado, qual das expressões que se seguem representa o
multiplicador de moeda?
a. 1 / [c + (1 –c)]
b. 1 /
c. [c + (1 –c)]
d. 1 / [ 1-c]
e. 1 / [1 - ]
68
Capítulo 5
O MERCADO FINANCEIRO E DE BENS.
O MODELO IS-LM
OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO
Depois de passar por este capítulo e pelo material seguinte, espera-se que você esteja em
condições de:
1. OS DETERMINANTES DO INVESTIMENTO
Dicas de Aprendizagem
Neste capítulo, partimos do pressuposto que a produção sempre equivale às vendas. O
investimento é, portanto, uma função crescente da produção.
69
2. A RELAÇÃO IS E A CURVA IS
(1) Introdução
Dicas de Aprendizagem
Qualquer fator, que não uma variação em i, que causa uma variação em Y na Figura 5-1 (isto
é, na linha de 45º ZZ do gráfico) causará um deslocamento da curva IS.
A curva IS se desloca para a direita quando aumentam as compras do governo (G), os
impostos (T) caem, se amplia a confiança dos consumidores, etc.
A curva IS se desloca para a esquerda quando cai G, T aumenta, a confiança dos
consumidores diminui, etc.
Dicas de Aprendizagem
Para com
Para compreender os deslocamentos, considere o seguinte exemplo. Suponha que G sejam
paP
reduzidas em 100. Vamos também manter i arbitrariamente fixa. A redução de G leva Y a
cair por um montante igual à variação ocorrida em G vezes o multiplicador. Mantida a
mesma i, a produção de equilíbrio é agora mais baixa. Precisamos de uma nova curva IS
para refletir esta situação. A curva IS, neste caso, desloca-se para a esquerda com a
distância horizontal igual à variação em G vezes o multiplicador.
70
3. OFERTA EFETIVA DE MOEDA, DEMANDA EFETIVA DE MOEDA E A
RELAÇÃO LM
(1) Introdução
A condição de equilíbrio dos mercados financeiros é agora expressa em termos reais, efetivos.
Isso quer dizer que o equilíbrio ocorre quando a taxa de juros torna a oferta efetiva de moda
igual à demanda efetiva por moeda, o que ´r representado pela seguinte relação LM:
M/P = Y L (i)
Dicas de Aprendizagem
A curva LM representa a relação entre a renda (Y) e a taxa de juros de equilíbrio nos
mercados financeiros.
71
Dicas de Aprendizagem
Dicas de Aprendizagem
Recorde-se que:
(1) A curva IS pode se deslocar quando, por exemplo, ocorrem variações em G, T ou na
confiança dos consumidores. Qualquer deslocamento da curva IS criará um novo
equilíbrio geral;
(2) A curva LM pode se deslocar quando ocorrem variações n oferta efetiva de moeda.
Qualquer deslocamento da curva LM criará um novo equilíbrio geral.
(3) Quando as curvas IS e LM se deslocam, a taxa de juros, o nível de produção e a
composição da produção podem também sofrer variações.
72
5. POLÍTICA FISCAL
Dicas de Aprendizagem
Dicas de Aprendizagem
73
6. POLÍTICA MONETÁRIA
Dicas de Aprendizagem
74
Caso 3: Política monetária contracionista e política fiscal contracionista (LM
desloca-se para cima e a curva IS desloca-se para a esquerda).
Caso 4: Política monetária contracionista e política fiscal expansionista (LM
desloca-se para cima e a curva IS desloca-se para a direita).
Dicas de Aprendizagem
Na Figura 5-10,
Dicas de Aprendizagem
Taxa de juros
IS’
LM
IS
i‘
A‘
i A
Y Y‘ Produto, Y
76
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 5 DO BLANCHARD
13.No modelo IS-LM que incorpora a dinâmica, quais mercados (o de bens ou os financeiros)
responderão mais rapidamente a uma variação na oferta de moeda?
PROBLEMAS DE REVISÃO
a. Seja Y = 5000. Calcule o nível de investimento para os seguintes valores de i: 5%, 10% e
15%. Faça i = 5 quando a taxa de juros é 5% e assim por diante. O que acontece com o
investimento à medida que aumenta a taxa de juros i?
b. Seja i = 5. Calcule o nível de investimento para os seguintes valores de Y: 5500, 6000 e
6500. O que acontece com I à medida que Y cresce?
77
2. Suponha que o mercado de bens seja representado pelas seguintes equações:
a. Ache o nível de produção de equilíbrio. Ou seja, obtenha uma equação com Y do lado
esquerdo e todas as outras variáveis do lado direito.
b. Calcule o nível de produção que ocorre quando a taxa de juros i for: 5%, 10%, 15% e 20%
(isto é, i = 5 e assim por diante). Numa folha separada de papel, ponha em um gráfico essas
quatro combinações de i e Y. O que essa curva representa?
c. À medida que o mercado de bens se ajusta a esses aumentos em i, o que acontece com o
consumo, a poupança e o investimento? Explique concisamente porque cada variável está
sujeita a variações.
d. Calcule o nível de produção de equilíbrio quando i = 8% (seja i = 8). Em seu gráfico, onde
se localiza este ponto? Suponha que i continue sendo 8%. Calcule o nível de produção de
equilíbrio quando G aumenta de 100 (passa para 500). Qual é o tamanho do multiplicador?
e. O que sua análise no item d sugere a respeito do que acontece com a curva IS em seu
gráfico? Explique em poucas palavras.
3. Suponha que o mercado de bens seja representado pelas equações apresentadas na questão
#2. Observe que nenhum cálculo é necessário aqui, apenas breves explicações. Explique,
então o que deveria ocorrer com a curva IS em conseqüência de cada um dos seguintes
eventos:
a. redução da taxa de juros
b. aumento da taxa de juros
c. uma redução em c0 de 180 para 100
d. um aumento nos impostos
4. Suponha que a moeda seja representada apenas pelas moedas metálicas e notas retidas
pelos indivíduos (ou seja, não existem depósitos sacáveis nos bancos). Suponha que um
indivíduo, dada sua renda corrente, deseja sempre ter bastante dinheiro à mão para comprar
por dia três garrafas de sua bebida predileta.
a. Suponha que uma garrafa desta bebida custe $1. Quanto dinheiro em moedas e notas esse
indivíduo irá reter? Essa é a sua demanda nominal por moeda.
b. Suponha agora que o preço da bebida aumenta para $1,20. O que ocorrerá à sua demanda
nominal por moeda? Quanto, em notas e moedas metálicas (em termos nominais), esse
indivíduo passará a reter? Explique.
c. Por simplicidade, suponha que o deflator do PIB aumente de 1 para 1,2 durante este mesmo
período. O que aconteceu com a demanda real por moeda desse indivíduo? Explique
sucintamente.
d. Suponha agora que a renda real do indivíduo tenha aumentado. Explique sucintamente o
que irá ocorrer com o seu consumo (inclusive seu consumo da bebida). O que você acha que
irá ocorrer à demanda real por moeda do indivíduo. Explique em poucas palavras.
78
5. Utilize os gráficos abaixo para responder às questões que se seguem.
MS
i0 A
Md
M/P Y0 Y
a. Seja inicialmente i = i0 e Y = Y0. Suponha que Y caia para Y1. Ilustre o que acontece à
demanda por moeda como conseqüência desta queda em Y. À taxa inicial de juros, que tipo
de situação é esta? Explique sucintamente.
b. O que deve ocorrer a i em conseqüência desta queda em Y? Explique em poucas palavras.
Denomine A‘ a este novo equilíbrio. No gráfico à direita, plote os pontos A e A‘.
c. Repita a análise dos itens (a) e (b), supondo que Y caia mais ainda para Y2. Denomine A‖
a este novo equilíbrio e plote-o no gráfico da direita.
d. O que essa plotagem de pontos no gráfico acima representa? Explique.
79
6. Utilize os gráficos abaixo para responder às questões que se seguem.
i0 A
Md
M/P Y0 Y
a. Seja inicialmente i = i0 e Y = Y0. Suponha que a oferta efetiva de moeda caia para M‘/P.
Ilustre o que acontece à curva de oferta efetiva de moeda como conseqüência desta queda em
M/P. À taxa inicial de juros, que tipo de situação é esta? Explique sucintamente.
b. . O que deve ocorrer a i em conseqüência desta queda na oferta efetiva de moeda? Explique
em poucas palavras. Denomine A‘ a este novo equilíbrio.
c. Qual o efeito que esta redução na oferta efetiva de moeda tem sobre a posição da curva
LM? Ilustre esse efeito no gráfico acima.
7. Suponha que a oferta efetiva de moeda e a demanda efetiva de moeda sejam representadas
pelas seguintes equações:
Md = 6Y – 120 i MS = 5400
a. Iguale as expressões acima para a demanda efetiva de moeda e a oferta efetiva de moeda e
ache i. Ou seja, i deve ficar no lado esquerdo com todas as outras variáveis no lado direito.
b. Calcule i quando Y é igual a 1000, 1100 e 1200. Em uma folha separada de papel, plote
essas combinações de i e Y. O que esta curva representa?
c. Calcule i quando Y = 1400. Onde se situa este ponto na curva? Suponha que Y permaneça
em 1400. Suponha que a oferta real de moeda caia para 5000. Calcule a nova taxa de juros
de equilíbrio i quando M cai de 400. De quanto varia a taxa de juros i?
d. O que sua análise do item (c) sugere que vai acontecer à curva LM? Explique
sucintamente.
80
8. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que os
mercados financeiros estão em equilíbrio e que Y não varie.
LM
A A
i0
Md
M Y
a. Qual o feito que tem o crescente uso e disponibilidade dos cartões de crédito sobre a
demanda por moeda? Explique em poucas palavras.
b. Ilustre os efeitos disso sobre a demanda por moeda no gráfico acima. Explique
sucintamente o deve se passar com a taxa de juros i para que se restaure o equilíbrio.
c. O que sua análise sugere que aconteça à posição da curva LM, dado que a renda (Y) não
sofreu variações?
d. Durante os períodos de férias, os indivíduos com freqüência aumentam as quantidades de
moeda retidas em seu poder, ainda que a taxa de juros e suas rendas não tenham variado.
Qual o efeito que este comportamento teria sobre a curva LM? Explique em poucas palavras.
81
10. Utilize o modelo IS-LM para responder às perguntas que se seguem.
a. Suponha que decresça a oferta de moeda. Qual efeito terá isso sobre a curva IS e sobre a
curva LM?
b. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre a taxa de juros i e sobre Y?
c. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre o consumo e a poupança? Explique
sucintamente.
d. Qual efeito terá este decréscimo de M sobre o investimento?
Observação: Certifique-se de que consegue ilustrar graficamente os efeitos dessa variação em
M.
12. Suponha que a economia seja representada pelas seguintes equações (idênticas, aliás, a
aquelas incluídas nas questões #2 e #7).
Md = 6Y – 120 i MS = 5400
82
13. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que,
inicialmente, a economia se encontre no ponto A do gráfico. Admita que o dispêndio
governamental esteja aumentando.
Taxa de juros
LM
Y Produto, Y
14. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Suponha que,
inicialmente, a economia se encontre no ponto A do gráfico. Suponha que os impostos
tenham sido reduzidos.
a. Qual efeito terá este corte em T sobre a curva IS?
b. Suponha que o Banco Central deseje manter Y em seu nível inicial. Que tipo de política
deve perseguir o Banco Central (isto é, contracionista ou expansionista) para manter a
produção em seu nível inicial? Qual efeito terá esta política do Banco Central sobre a curva
LM? Ilustre os efeitos de um T mais reduzido e a resposta do Banco Central sobre as curvas
IS e LM. Em seu gráfico, aponte claramente o novo equilíbrio.
c. O que acontece ao consumo, à poupança e ao investimento em decorrência desta
combinação de políticas? Explique sucintamente.
83
Taxa de juros
LM
Y Produto, Y
15. Discuta brevemente qual efeito cada um dos seguintes eventos terá sobre a curva IS, a
curva LM, a produção, a taxa de juros, o consumo e o investimento.
a. um aumento na confiança dos consumidores
b. uma redução na confiança dos consumidores
c. um aumento no uso dos cartões de crédito
16. Suponha que Y responda lentamente a variações na demanda (isto é, leve a dinâmica em
conta). Suponha que haja um aumento dos impostos.
a. Qual efeito isso terá sobre a curva IS? Explique sucintamente.
b. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Em seu gráfico IS-LM,
trace o caminho que a economia toma em resposta a este aumento dos impostos. Qual será o
equilíbrio final. Mostre isso em seu gráfico.
c. O que acontece ao consumo, à taxa de juros e ao investimento durante este ajustamento?
84
Taxa de juros
LM
Y Produto, Y
17. Suponha que Y responde lentamente a variações na demanda (ou seja, leva a dinâmica em
conta). Suponha que haja um aumento na oferta de moeda.
a. Qual efeito isso terá sobre a curva LM? Explique sucintamente.
b. Utilize o gráfico abaixo para responder às questões que se seguem. Em seu gráfico IS-LM,
trace o caminho que a economia toma em resposta a este aumento da oferta de moeda. Qual
será o equilíbrio final? Mostre isso em seu gráfico.
c. O que acontece ao consumo, à taxa de juros e ao investimento durante este ajustamento?
Taxa de juros
LM
Y Produto, Y
85
18. Suponha que o investimento seja independente da taxa de juros. Ou seja, variações em i
não têm qualquer efeito sobre I.
a. Como seria a curva IS em uma tal economia. Explique sucintamente.
b. Em uma tal economia, em qual escala as variações na oferta de moeda afetariam a
produção? Explique.
c. Em uma tal economia, em qual escala as variações em G (ou nos impostos) afetaria a
produção? Explique.
86
7. Um aumento da demanda de moeda causado por fatores outros que não uma variação da
renda (ou da taxa de juros) causará:
a. um deslocamento da curva IS para a direita
b. um deslocamento da curva IS para a esquerda
c. um deslocamento da curva LM para baixo
d. um deslocamento da curva LM para cima
10. Uma compra de títulos pelo Fed ou por outro Banco Central qualquer gerará:
a. um deslocamento para cima da curva LM
b. um deslocamento para baixo da curva LM
c. uma taxa de juros menor, um aumento no investimento e um deslocamento para a direita da
curva IS
d. uma taxa de juros maior, uma redução no investimento e um deslocamento para a esquerda
da curva IS
11. No modelo IS-LM apresentado neste capítulo, sabemos com certeza que uma expansão
fiscal causará:
a. um aumento na taxa de juros e um deslocamento para cima da curva LM
b. um aumento da taxa de juros e um aumento na produção
c. um aumento da taxa de juros e uma redução no investimento
d. um aumento na produção e um aumento no investimento
87
14. Uma expansão monetária, combinada a uma contração fiscal, causará:
a. um aumento em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i
b. uma redução em Y com efeitos ambíguos sobre a taxa de juros i
c. um aumento em i com efeitos ambíguos sobre Y
d. uma redução em i com efeitos ambíguos sobre Y
17. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos
que uma variação na oferta de moeda será responsável por:
a. uma variação imediata da taxa de juros sem variações na produção
b. uma variação imediata tanto na taxa de juros como na produção
c. deslocamentos tanto da curva IS como da curva LM
d. nenhum dos eventos acima
18. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos
que uma redução da oferta de moeda será responsável por:
a. um ajustamento imediato da taxa de juros ao nível final de equilíbrio geral
b. uma elevação inicial da taxa de juros para acima do seu nível final de equilíbrio geral
c. um ajustamento imediato da produção
d. nenhum dos eventos acima
19. No modelo IS-LM que incorpora o ajustamento dinâmico do mercado de bens, sabemos
que uma variação na oferta de moeda será responsável por:
a. um ajustamento imediato da taxa de juros ao nível final de equilíbrio geral
b. uma elevação inicial da taxa de juros para acima do seu nível final de equilíbrio geral
c. um ajustamento lento, ao longo do tempo, da produção e, portanto, da taxa de juros
d. um aumento na taxa de juros e um deslocamento para a esquerda da curva IS.
88
Capítulo 6
O MERCADO TRABALHO
E
CAPÍTULO 7
JUNTANDO TODOS OS MERCADOS
O MODELO OA-DA6
OBJETIVOS, REVISÃO E MATERIAL DE INSTRUÇÃO
A oferta agregada expressa os efeitos do produto sobre o nível de preços e é derivada do que
foi descrito no cap. 6. Ela é representada pela seguinte equação:
e
Curva OA: P = P (1+µ) F [1-(Y/L), z] (II.1)
Lembre-se que ela deriva do capítulo 6 em que você estudou o mercado de trabalho
representando todos os fatores de produção no médio prazo (já que o capital e os recursos
naturais são considerados constantes no curto e no médio prazo). Naquele capítulo, foi visto
como funciona o mercado de trabalho com ênfase no efeito da taxa de desemprego (u) e dos
aspectos institucionais (z) sobre os salários. Como os assalariados, em suas negociações, se
preocupam com o salário real e não o nominal importa também qual a expectativa de inflação,
e
ou seja, o nível de preços esperados (P ) e não o nível de preços corrente (P). Daí deriva a
relação de fixação de salários (WS – wage setting relation):
6
Preferimos aqui juntar os dois capítulos. Note que eventualmente você encontrará no lugar de OA (oferta
agregada) a denominação em inglês AS (agreggate supply) e, em lugar de DA (demanda agregada), a
denominação em inglês AD (agreggate demand).
89
e
W = P F [1-(Y/L), z] (II.2)
Lembre-se que Y = N, pois, o único fator de produção é o trabalho e que a produtividade foi
considerada com sendo igual a 1 (A = 1 na função de produção). Portanto a taxa de
desemprego está representada por 1 – N/L, onde N/L é a taxa de ocupação (emprego). E,
ainda que a variável z representa as instituições de proteção ao trabalhador.
e
Considerando P = P e manipulando a equação temos:
No capítulo 6 também foi visto como funciona a fixação de preços por parte dos empresários;
os preços são fixados pelos empresários adicionando um mark up (µ) sobre seus custos, que
no médio prazo se resume ao custo do trabalho, ou seja, o salário W. Logo, a relação de
fixação de preços (PS – price setting relation) é:
P = (1+µ)W (II.4)
A manipulação desta equação PS levou á seguinte expressão: P/W = (1+µ) que invertida
ficou:
Aprendemos no capítulo 6 que para haver equilíbrio no mercado de trabalho, o salário real
resultante da determinação dos salários deve ser igual ao salário real resultante da
determinação de preços. Ou seja, que:
Por fim é necessário lembrar que a taxa de desemprego de equilíbrio é denominada de taxa
natural de desemprego; logo a taxa de emprego de equilíbrio também é identificada como taxa
natural de emprego e, portanto, o produto, que é igual ao emprego natural, também é aqui
chamado de produto natural Yn. E, a expressão anterior ficaria:
90
e
Curva OA: P = P (1+µ) F [1-( Y/L), z] (II.1)
e
E, quando Y = Yn, mantidos constantes µ e z, P = P
É necessária que você entenda duas características chave desta equação de oferta agregada:
e
Você também precisa entender as relações entre P, P , Yn e a curva OA. Estas relações são:
e
1) Cada curva OA está traçada para um determinado P . De tal maneira que sobre ela P =
e
P;
e e
2) Se P = P , Y tem que ser igual a Yn. Ou seja, pela equação (II.1), se P = P , então Y =
Yn;
91
e
3) Quando Y > Yn, P será maior do que P , pois se estará forçando a economia acima do
seu nível natural (estrutural ou potencial), aumentando a demanda por trabalho acima
do seu nível natural, fazendo aumentar o salário e, portanto o preço. O aumento do
salário faz com que o preço corrente se eleve acima do preço esperado previamente;
e
4) Por razões opostas, quando Y < Yn, P < P (veja se você consegue demonstrar isso em
palavras).
P OA
OA
e
P=P
e
P=P
Y = Yn Y
Você ainda precisa refletir sobre o que ocorre quando os parâmetros µ e z mudam, ou seja o
que acontece com a curva OA.
e
Quando µ aumenta, P aumenta; quando P > P , Y > Yn; quando isso ocorre o
salário aumenta, provocando um aumento contínuo do preço e do nível de
preços esperado, deslocando a curva OA para a esquerda e reduzindo o
produto, até que o produto se iguale outra vez ao produto natural; nesse ponto
e
P=P .
Tente reproduzir o argumento oposto quando µ se reduz.
Quando há mudanças institucionais que aumentem a proteção ao emprego, o
salário tende a aumentar, provocando um aumento no preço corrente; quando o
preço corrente se torna superior ao preço esperado, o produto corrente também
está acima do produto esperado. A pressão sobre o mercado de trabalho fará os
92
salários aumentarem e os preços correntes também; Estes efeitos deslocarão
continuamente a OA para a esquerda até o ponto em que Y = Yn; nesse ponto
e
P=P .
Tente reproduzir o argumento oposto quando z se reduz.
A demanda agregada expressa os efeitos do nível de preços sobre o produto, dado o equilíbrio
no mercado de bens e financeiro, e é derivada do que foi descrito no cap. 5.
Relembrando, o equilíbrio no mercado de bens e no mercado monetário requer que:
s
Mercado monetário LM: M /P = L (i)
s
i = 1/(m2) [m1Y - M /P] (III.2)
Esta expressão de DA seria uma expressão para uma curva empírica. Podemos considerar
todos os parâmetros como endógenos e trabalharmos unicamente com as variáveis exógenas.
Ficaríamos assim apenas com a expressão teórica que determina o produto. Em termos
simplificados podemos escrever a relação DA como:
93
A medida que a taxa de juros cai, o investimento privado cresce e o produto
(Y) cresce de maneira a restaurar o equilíbrio nos dois mercados;
Portanto, uma queda em P, acarreta um aumento no produto tornando a relação
DA de determinação do produto inversamente relacionada com P, ou seja, sua
tangente é negativa.
DA
Y
IV. O AJUSTAMENTO PARA Yn
94
e
2) P t = Pt-1; e, portanto,
3) A posição da curva OA deste ano depende do nível de preços do ano anterior.
95
Atenção para esta dica
s
Uma mudança em M (oferta nominal de moeda) não tem efeito sobre o produto e a taxa
s
de juros real no médio prazo. M é dita ―neutra‖ no médio prazo:
s
o Se, por exemplo, M aumentar em 10% isto, eventualmente, acarretará, no médio
prazo, um aumento de 10% nos preços.
o O resultado disto será um aumento o retorno da LM (considerando a oferta real de
moeda) à sua posição original deixando imutável a taxa de juros real de médio
prazo.
o No curto prazo, a taxa de juros (real) realmente cai; contudo, no médio prazo, à
medida que os preços sobem, o estoque real de moeda retorna ao seu nível
original;
Os efeitos de curto prazo sobre Y derivados de uma mudança em M dependerá da
inclinação da curva OA, que associa preços e salários.
Esteja certo de que você consegue explicar os efeitos de curto e de médio prazo de uma
s
redução de M .
De forma mais geral, esteja certo de que você entendeu a diferença entre o curto e o
médio prazo.
96
s
Variações em M é neutra no médio prazo, variações em G, T ou na confiança dos
consumidores não o são:
Uma redução em G acarreta um deslocamento para a esquerda da cursa IS e dessa
forma uma queda na taxa de juros i.
No médio prazo o deslocamento para a esquerda na curva DA, provocado pelo efeito
acima da redução de G, reduz o produto, para baixo do produto natural, e com isso
reduz os preços;
Na medida em que os preços continuam a cair, o estoque real de moeda cresce e a
curva LM se desloca para a direita, reduzindo ainda mais a taxa de juros;
Com isso os investimentos começam a crescer, acarretando um aumento do produto;
Sabemos que o preço continuará a cair, o estoque real de moeda continuará a crescer,
a taxa de juros continuará a cair, o investimento continuará a crescer e o produto
continuará a crescer até o ponto em que se igualará ao produto natural;
Isto implica que uma queda em G será compensada por um aumento igual em I, no
médio prazo.
97
VII. OS EFEITOS DE VARIAÇÕES NO PREÇO DO PETRÓLEO
No capítulo 6 fizemos uma enorme simplificação no modelo ao considerar que o único fator
de produção a variar no médio prazo era o trabalho; mantivemos constantes o capital (que
consideramos que varia apenas no longo prazo) e os recursos naturais cuja oferta é
considerada inalterável no curto e médio prazo.
Sabemos que isto pode, em situações extremas, não ocorrer; e, isto de fato aconteceu de forma
diferente quando os produtores mundiais de petróleo resolveram reduzir a oferta de forma a
aumentar os preços e seus lucros. Isto ocorreu com a criação em 1973 da Organização dos
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que de forma cartelizada, decidiram estabelecer um
limite de produção e exportação para cada um de seus membros de forma a forçar um
aumento dos preços de petróleo. Em 1979 houve uma segunda rodada de redução da oferta de
petróleo fazendo seus preços crescerem ainda mais. Entre os anos de 1973 e 1982 os preços
do petróleo quase triplicaram.
Este fato trouxe grandes alterações na apropriação mundial da renda em prol dos países
produtores de petróleo e em detrimento de todas as economias mundiais principalmente para
os maiores consumidores de petróleo. As conseqüências foram bastante drásticas para a
economia mundial com uma prolongada elevação dos preços e queda no produto, um
fenômeno que se batizou de estagflação.
Vamos examinar estes fatos à luz de nossa teoria:
1) Efeitos de médio prazo:
As empresas produzem utilizando além de trabalho, matérias primas (no caso petróleo).
Quando o preço de um insumo cresce sabemos que isso representa:
Um aumento nos custos
Dado o nível de salário as empresas aumentarão seus preços para manter seu seus
lucros.
Este aumento de P representa de fato um aumento no seu mark up µ sobre os salários.
Um aumento em µ acarreta:
Um salário real menor em conseqüência do comportamento dos fixadores de preço;
Um deslocamento da curva PS para baixo;
Uma redução no salário real de equilíbrio
Um aumento na taxa natural de desemprego un;
o A medida que un cai, Yn cai. Ou seja, o aumento no preço de petróleo reduz o
emprego e o produto natural;
o O aumento do preço de petróleo representa uma redução na capacidade
produtiva da economia mundial ao mesmo nível de preços anterior.
Portanto, um aumento em µ acarreta um aumento em P a cada nível de produto.
Portanto, a curva OA se desloca para cima: a oferta agregada se reduz.
99
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 6 DO BLANCHARD
3. O que são desligamentos (demissionários e demitidos) e quais as duas causas para que
ocorram?
10. Por que tanto as empresas como os trabalhadores se preocupam com os salários reais?
13. Quando a função de produção é dada por Y = N, qual é o custo marginal da produção?
15. Por que a relação que estabelece os salários tem inclinação para baixo?
16. Por que a relação que estabelece os preços é uma linha horizontal?
18. Qual efeito terá um aumento dos benefícios do desempregado (auxílio-desemprego) sobre
o salário real e a taxa natural de desemprego?
100
PROBLEMAS DE REVISÃO
2. Com base em sua compreensão da teoria do salário de eficiência, explique qual efeito um
aumento no salário acarretará sobre: (a) o volume de abandono do emprego; (b) a
produtividade.
3. Explique o que deve ocorrer para que a duração média do desemprego se amplie.
7. Explique em poucas palavras como cada um dos eventos que se seguem afetará o preço
estabelecido pelas empresas.
a. maior atividade de fusões levando os mercados a tornarem-se menos competitivos
b. legislação antitruste mais rigorosa levando ao aumento da concorrência
c. uma redução no salário nominal
101
9. Para os seguintes valores de (o mark-up do preço sobre o custo), calcule o salário real.
a. = 0,1; 0,2; 0,3 e 0,4.
b. O que acontece ao salário real quando aumenta?
c. Explique por que o salário real sofre variações quando aumenta.
11. Utilize as relações WS e PS para examinar os efeitos dos seguintes eventos sobe a taxa
natural de desemprego e o salário real. Certifique-se de que está em condições de explicar os
efeitos de cada evento sobre as relações WS e OS.
a. uma redução no seguro desemprego
b. um aumento na taxa de mudança estrutural do mercado de trabalho
c. uma legislação antitruste menos rigorosa
d. um aumento no salário mínimo
12. Com base em sua análise da questão #11, explique qual efeito cada evento terá sobre o
nível de emprego e produção.
5. Suponha que o fluxo mensal médio de trabalhadores que deixam de ser desempregados é de
3 milhões. Admita, além disso, que o número médio de indivíduos desempregados em cada
mês é de 6 milhões. A duração média do desemprego será então de:
a. 2 meses b. 3 meses c. 6 meses d. metade de um mês
102
6. Quais das seguintes variáveis devem ser incluídas nos desligamentos?
a. abandonos de emprego
b. demissões
c. novas contratações
d. todas acima
e. ambas a e b
7. Entre 1968 e 1986, qual dos seguintes grupos de trabalhadores americanos apresentou a
mais baixa taxa media mensal de desligamentos?
11. Se for oferecido a um indivíduo um salário abaixo do seu salário de reserva, podemos
esperar que:
a. o indivíduo venha a preferir trabalhar por esse salário
b. o indivíduo venha a preferir não trabalhar por esse salário
c. o indivíduo permaneça indiferente a trabalhar ou ficar empregado, ao salário oferecido
d. nenhuma das respostas anteriores
12. Suponha que tanto os trabalhadores como as empresas tenham a expectativa de que P
aumentará de 5%. Dada essa informação, podemos esperar que:
a. o salário nominal venha a aumentar de mais de 5%
b. o salário nominal venha a aumentar de menos de 5%
c. o salário nominal venha a aumentar de exatamente 5%
d. o salário real aumente em 5%
103
13. Em um gráfico com o salário real no eixo vertical e a taxa de desemprego no eixo
horizontal, qual das seguintes afirmações é verdadeira?
a. a relação PS tem inclinação para baixo
b. a relação PS tem inclinação para cima
c. a relação WS é horizontal
d. nenhuma das respostas anteriores
15. À medida que os mercados vão se tornando mais competitivos, sabemos que:
a. a relação PS se deslocará para cima
b. a relação PS se deslocará para baixo
c. a relação WS se deslocará para cima
d. a relação WS se deslocará para baixo
104
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 7 DO BLANCHARD
3. Com base na relação OA, qual efeito tem sobre o nível efetivo de preços um aumento de
4% no nível esperado de preços?
10. Qual efeito tem sobre W/P, un, Yn e a curva OA um aumento no preço do petróleo?
11. Quais são os efeitos de médio prazo sobre P e Y de um aumento no preço do petróleo?
15. Aproximadamente quanto tempo leva para que os efeitos na produção de uma variação da
oferta de moeda desapareçam?
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. utilizando a relação OA, explique como cada um dos eventos abaixo afetará o nível de
preços.
105
2. Explique concisamente por que a relação OA tem inclinação para cima.
3. No gráfico abaixo, ilustre os efeitos sobre a produção de uma redução do nível de preços.
Explique qual efeito uma queda em P tem sobre M, M/P, a demanda nominal por moeda, a
taxa de juros i e o investimento I.
i
LM
IS
Produto, Y
Y
5. Explique qual efeito terá cada um dos eventos que se seguem sobre a curva IS, a curva LM
e a curva DA.
a. aumento em G b. redução em G c. aumento em M d. redução em M
e. aumento na confiança dos consumidores f. queda na confiança dos consumidores
g. aumento em T h. redução em T i. aumento em P j. redução em P
6. Suponha Y > Yn
a. Neste caso, compare u com um, N com Nn e P com Pe.
b. O que acontecerá ao preço esperado no ano seguinte?
c. O que acontecerá ao salário nominal no ano seguinte?
d. O que acontecerá à curva OA no ano seguinte?
7. Suponha Y < Yn
a. Neste caso, compare u com um, N com Nn e P com Pe.
b. O que acontecerá ao preço esperado no ano seguinte?
c. O que acontecerá ao salário nominal no ano seguinte?
d. O que acontecerá à curva OA no ano seguinte?
106
9. Suponha que a economia esteja operando inicialmente em Yn. Agora, suponha que o
Banco Central empreenda uma contração monetária na qual a oferta nominal de dinheiro caia.
a. Utilize o gráfico abaixo para ilustrar o equilíbrio inicial, o ajustamento dinâmico e o
equilíbrio de médio prazo. Em seu gráfico, ilustre o equilíbrio para os próximos dois períodos
(além do equilíbrio de médio prazo).
Nível de preços
OA
P A
DA
Yn Produto, Y
10. As perguntas seguintes se baseiam em sua análise da questão #9. Suponha que M tenha
caído de 6% no enunciado da questão #9.
a. De quanto caíram P e Pe no médio prazo?
b. A queda em M causou algum efeito de médio prazo sobre as variáveis reais (i, Y, I, etc)?
c. Quais são os efeitos de médio prazo sobre os salários nominais e reais?
11. Suponha que a economia esteja operando inicialmente em Yn. Agora, admita um
aumento em G.
a. Utilize o gráfico que se segue para ilustrar o equilíbrio inicial, o ajustamento dinâmico e o
equilíbrio de médio prazo. Em seu gráfico, mostre o equilíbrio para os próximos dois
períodos (além do equilíbrio de médio prazo).
107
Nível de preços
OA
P A
DA
Yn Produto, Y
12. O aumento de G na questão #11 teve algum efeito sobre variáveis reais a médio prazo?
Explique.
14. Em meados dos anos 80, o preço do petróleo nos Estados Unidos caiu. Utilizando o
gráfico que se segue, explique qual efeito terá uma redução do preço do petróleo sobre , o
salário real e un.
108
W/P
1/(1+ μ) PS
WS
15. Utilizando o gráfico OA-DA e o gráfico IS-LM, ilustre e explique os efeitos de curto
prazo e médio prazo de uma redução no preço do petróleo. Explique o que acontece a P, Y, i,
W/P, I e u.
i P
LM
OA
A A
DA
IS
Produto, Y Yn Produto, Y
109
acontece a P, Y, i, W/P, I e u. Recorra a uma folha de papel à parte para indicar os seus
gráficos.
1. Com base na relação OA, um aumento em qual das variáveis abaixo causará um aumento
no nível de preços (P)?
a. Pe b. μ c. a produção d. todos os citados
3. É parte de nossas hipóteses que os fixadores dos salários tenham a expectativa de que o
nível de preços para o período t seja igual a:
a. o P real no período t
b. o P real no período t -1
c. o P esperado no período t - 1
7. Qual dos eventos seguintes provocará um deslocamento para a direita da curva DA?
a. um aumento de P b. uma redução de P c. um aumento de T d. um aumento de M
8. Um aumento na oferta de moeda levará a qual dos seguintes eventos no curto prazo?
a. um aumento de i b. P > Pe c. u > um d. uma queda em i e um deslocamento para a
direita da curva IS
110
10. Uma redução em M causará:
a. uma queda proporcional de P no médio prazo
b. uma redução em i no curto prazo
c. um aumento em i no médio prazo
d. uma redução em W/P no médio prazo
11. A moeda é considerada como ―neutra‖ por não ter efeito sobre:
a. as variáveis nominais no médio prazo
b. as variáveis reais no médio prazo
c. as variáveis nominais no curto prazo
d. as variáveis reais no curto prazo
12. Uma redução em G terá qual dos seguintes efeitos no curto prazo?
a. um aumento em P b. um aumento em i c. P > Pe d. P < Pe
13. Uma redução em G terá qual dos seguintes efeitos no médio prazo?
a. nenhuma alteração em i b. um aumento de I c.uma redução em P
d. todos os eventos anteriores d. tanto b como c
14. Uma redução de impostos implicará qual dos seguintes efeitos no curto prazo?
a. uma taxa i mais baixa b. uma taxa i mais elevada c. um deslocamento para a esquerda
da curva DA c. P < Pe
15. Um aumento real de $ 100 bilhões em G implicará qual dos seguintes efeitos no médio
prazo?
a. nenhuma variação de I ou Y
b. uma redução de I igual a $ 100 bilhões
c. uma redução deI superior a $ 100 bilhões
d. uma redução de I inferior a $ 100 bilhões
16. Um aumento no preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no curto
prazo?
a. redução de Y e redução de P
b. aumento de P de um deslocamento para a esquerda da curva DA
d. redução de Y e aumento de P
d. aumento do salário real
17. Um aumento no preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no médio
prazo?
a. aumento de i b. diminuição de W/P c. redução de Y e aumento de P d.
todos esses eventos
18. Uma diminuição do preço do petróleo tenderá a causar qual dos efeitos seguintes no
médio prazo?
a. aumento de Y e aumento de P b. aumento de Y e redução de P c. uma taxa i menor
d. tanto a como b e. tanto b como c
111
19. Quando P > Pe, sabemos que:
a. Y > Yn
b. u > un
c. N < Nn
d. todos os eventos acima
112
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 8 DO BLANCHARD
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. Para cada uma das variáveis seguintes, explique como uma redução na variável afeta a taxa
de inflação: (a) πet; (b) μ; e (c) z.
113
c. O que acontece a un quando θ varia? Explique em poucas palavras.
6. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte
equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,06, un = 0,05 e πt-1 = 0,04.
a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1?
b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de ut : 0,07; 0,08 e 0,09.
c. O que acontece à variação na inflação em t para cada 1% de aumento em ut?
d. Quando ut aumenta, a inflação no período t está aumentando ou diminuindo?
7. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte
equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,07, un = 0,08 e πt-1 = 0,04.
a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1?
b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de ut : 0,06; 0,05 e 0,04.
c. O que acontece à variação na inflação em t para cada 1% de redução em ut?
d. Quando ut cai, a inflação no período t está aumentando ou diminuindo?
8. Suponha πet = πt-1 e que a curva de Phillips para os Estados Unidos seja dada pela seguinte
equação: πt - πt-1 = - 1,5 ( ut – un). Suponha ut = 0,06, un = 0,06 e πt-1 = 0,04.
a. Calcule πt. É πt maior, igual a ou menor do que πt-1?
b. Calcule πt para cada um dos seguintes valores de πt-1 : 0,03 e 0,06.
c. Levando em conta sua análise no item b, compare πt com πt-1 quando ut = un.
9. Utilize sua análise nas questões 6, 7 e 8 para responder às perguntas que se seguem.
a. Suponha que a inflação esteja aumentando em um país. Dada essa informação, ut é maior,
igual a ou menor do que un? Explique.
b. Suponha que a inflação esteja diminuindo em um país. Dada essa informação, ut é maior,
igual a ou menor do que un? Explique.
c. Suponha que a inflação mantém-se constante em um país. Dada essa informação, ut é
maior, igual a ou menor do que un? Explique.
10. Suponha que haja duas economias: A e B, onde uAt = 6% e uBt = 5%.
a. Fornecidos estes dados, o que você pode dizer, se algo, acerca da variação da inflação
nessas duas economias? Em particular, o que aconteceu a πt ( relativamente a πt-1) nessas duas
economias? Explique sucintamente.
b. Suponha πAt < πAt-1 . Fornecido este dado, onde está uAt relativamente à taxa natural de
desemprego?
c. Suponha πBt > πBt-1 . Fornecido este dado, onde está uBt relativamente à taxa natural de
desemprego?
114
11. a. Suponha que os responsáveis pela política mantenham u inferior a un. O que acontecerá
à inflação ao longo do tempo?
b. Suponha que os responsáveis pela política mantenham u superior a un. O que acontecerá à
inflação ao longo do tempo?
12. Suponha que a proporção de contratos indexados nos Estados Unidos decline. Uma dada
redução no desemprego agora terá um maior ou menor efeito sobre a inflação? Explique.
13. Suponha que os benefícios pagos aos trabalhadores (p.e., o seguro saúde) pelas empresas
declinem. Qual efeito isso terá sobre o salário real de equilíbrio e sobre un? Explique.
14. Explique como um aumento no preço do petróleo poderia não ter qualquer efeito sobre a
taxa natural de desemprego. Com base em sua análise, esta variação no preço do petróleo terá
algum efeito sobre o nível natural de produção e o salário real de equilíbrio?
πt - πt-1 = 12 - 2 ut
115
7. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará uma redução em un?
a. μ b. z c. α d. πe
13. Qual das seguintes situações ajuda a explicar por que desapareceu a curva original de
Phillips?
a. indexação salarial
b. preços do petróleo mais elevados
c. empregos de baixos salários
d. todas antes citadas
e. nenhuma dessas situações
14. Quando diminui a parcela dos contratos indexados, podemos esperar que uma redução na
taxa de desemprego levará a:
a. um maior aumento na inflação
b. um aumento menor na inflação
d. uma redução maior na inflação
e. uma menor redução na inflação
116
15. Quando a parcela dos contratos indexados se aproxima de 1, podemos esperar que:
a. pequenas variações no desemprego causarão grandes variações na inflação
b. a inflação esperada não terá qualquer efeito sobre a inflação efetiva
c. pequenas variações na inflação provocarão pequenas variações na inflação
e. nenhuma das hipóteses acima
16. O que explica o fato de un nos Estados Unidos ser maior do que un no Japão?
a. maiores fluxos de emprego e desligamento nos Estados Unidos
b. maiores fluxos de emprego e desligamento no Japão
c. inflação mais elevada nos Estados Unidos
d. maiores déficits orçamentários nos Estados Unidos
17. Qual dos seguintes fatos NÃO se constitui em explicação para a relativamente baixa
inflação de preços e o aumento da inflação de salários nos Estados Unidos durante os anos
1990?
a. a política do Fed no período
b. a redução dos benefícios pagos pelas empresas aos trabalhadores
c. os preços mais baratos das importações
d. a queda no preço das matérias-primas
18. Admita que a taxa de desemprego no Canadá seja 8,9%. Se a taxa de inflação no Canadá
é decrescente, sabemos que a taxa de desemprego natural no Canadá:
a. é maior do que 8,9%
b. é igual a 8,9%
c. é menor do que 8,9%
117
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 9 DO BLANCHARD
PROBLEMAS DE REVISÃO
118
2. Utilize a seguinte relação da lei de Okun para responder às questões:
ut - ut-1 = - 0,4 (gyt – 3%). Suponha ut-1 = 6%.
a. Calcule a variação em u (ut - ut-1) para cada um dos seguintes valores de gyt: 4%, 5% e 6%.
O que acontece à variação no desemprego a cada 1% de aumento no crescimento do produto?
b. Calcule a variação em u (ut - ut-1) para cada um dos seguintes valores de gyt: 2%, 1% e 0. O
que acontece à variação no desemprego a cada 1% de redução no crescimento do produto?
c. Calcule a variação em u (ut - ut-1) quando o crescimento do produto é 3%. Qual deve ser a
taxa de crescimento do produto para que ut não varie?
3. Suponha que a taxa normal de crescimento seja de 2% e que o crescimento do produto seja
atualmente de 1%. Explique por que essa taxa de 1% do crescimento do produto abaixo do
normal leva a um aumento em u inferior a 1%.
4. O coeficiente da lei de Okun tem aumentado para um bom número de países. Este aumento
leva u a ser mais ou menos sensível a desvios do crescimento do produto em relação ao
normal? Explique sucintamente.
9. Suponha un = 6% e que ut = 8%. Calcule os pontos por ano de excesso de desemprego para
cada um dos seguintes números de anos, admitindo-se que ut permaneça em 8%: 1, 2, 3, 4 e
5. O que acontece aos pontos por ano de excesso de desemprego quando aumenta o número
de anos para os quais u = 8% ?
10. Suponha que o Banco Central tenha a intenção de reduzir a inflação de 8%.
119
a. Calcule os pontos por ano de excesso de desemprego necessários para reduzir a inflação de
8% para cada um dos seguintes valores de α: 1,5 ; 1,4 ; 1,15 e 1.
b. O que acontece aos pontos por ano de excesso de desemprego quando α diminui de
tamanho. Explique em poucas palavras.
16. Considerando a crítica de Lucas, você acha que o Banco Central deveria anunciar com
antecedência uma política de redução da inflação? Explique.
17. São as razões de sacrifício para os anos de 1983, 1984 e 1985 (que fazem parte da Tabela
9-2) compatíveis com as razões de sacrifício da: (1) abordagem tradicional; e (2) da crítica de
Lucas? Explique.
120
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA
a. gyt = gmt - πt
b. ut - ut-1 = - β (gyt -3%)
c. πt - πt-1 = -α (ut - un)
d. nenhuma das equações acima
5. Qual dos seguintes fatos NÃO se constitui em razão para o crescimento de 1% do produto
além do crescimento normal levar a uma redução de 0,4% no desemprego?
a. 4% b. 1,15% c. 3% d. 6% e. 0,4%
7. Seja o crescimento da moeda nominal igual a 10% e a taxa de inflação igual a 3%. Com
esta informação, sabemos que a taxa de crescimento do produto é:
a. 4% b. 3% c. 6% d. 7% e. 9%
121
8. Dada uma certa taxa de crescimento nominal da moeda, um aumento na inflação levará o
crescimento do produto a:
a. aumentar b. diminuir c. permanecer constante d. são necessárias mais informações
para responder a essa questão
10. Qual dos seguintes eventos causará um aumento no crescimento nominal ajustado da
moeda? __ __
a. uma redução em π b. um aumento em gy c. uma redução em gy
__
d. uma redução em gm
___
11. Qual das seguintes variáveis será afetada no médio prazo por uma variação em gm?
a. u b. un c. gy d. π
12. No médio prazo, qual das seguintes expressões determina a taxa de inflação?
__ __ __ __ __
a. gm - g y b. g y - gm c. u – un d. g y - g y‘
13. Suponha que o Banco Central pretenda reduzir a inflação de 12%, que um = 6% e que α
=1,2. Quantos pontos por ano de excesso de desemprego serão necessários para reduzir a
inflação em 12%?
a. 10 b. 12 c. 6 d. 10,8
a. 0,5 b. 0,67 c. 2 d. 3
15. Suponha que o desemprego deva aumentar de 5% para reduzir a inflação em 5%.
__
Admita un = 6%, β = 0,4, gy = 3% e ut-1 = 6%. A qual taxa por um ano deve ser igual o
crescimento do produto para que ocorra um aumento de 5% em u (no ano t)?
122
17. A abordagem tradicional da desinflação requer qual das seguintes condições para que se
reduza a inflação?
a. ut > un
b. α > 1
c. ut < un
d. nenhuma das condições acima
18. Os estudos de John Taylor sobre o escalonamento das decisões de fixação de salários
indicam qual das ações seguintes que o Banco Central deve conduzir para reduzir a inflação?
a. uma redução acelerada, não anunciada, em gm
b. uma redução lenta , não anunciada, em gm
c. uma redução acelerada, anunciada, em gm
d. uma redução lenta, mas gradualmente mais acelerada, anunciada, em gm
123
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 18 DO BLANCHARD7
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. Suponha que a taxa de câmbio dólar/euro na segunda-feira seja 0,60 e que na sexta-feira
seguinte tenha passado a 0,68.
a. Discuta brevemente o que aconteceu ao preço da moeda estrangeira em termos de moeda
doméstica.
b. Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na segunda-feira? Quantos dólares
podem ser comprados com 1 euro na sexta-feira?
c. O valor do dólar sofreu apreciação ou depreciação ao longo da semana? Explique em
poucas palavras.
d. O dólar valorizou ou depreciou durante a semana?
7
Os exercícios dos capítulos 18 a 21 estão de acordo com a 2ª edição e a 3ª edição do livro do Blanchard, mas
não são compatíveis com a 4ª edição.
124
e. O que ocorreu a E (taxa de câmbio nominal) durante esta semana?
2. Suponha que a taxa de câmbio dólar/euro na segunda-feira seja 0,60 e que na sexta-feira
seguinte tenha passado a 0,50.
a. Discuta brevemente o que aconteceu ao preço da moeda estrangeira em termos de moeda
doméstica.
b. Quantos dólares podem ser comprados com 1 euro na segunda-feira? Quantos dólares
podem ser comprados com 1 euro na sexta-feira?
c. O valor do dólar sofreu apreciação ou depreciação ao longo da semana? Explique em
poucas palavras.
d. O dólar valorizou ou depreciou durante a semana?
e. O que ocorreu a E durante esta semana?
3. Suponha que a taxa de câmbio nominal E (conforme definida no capítulo) tenha diminuído.
a. O que a queda em E sugere a respeito do preço das moedas estrangeiras em relação ao
dólar?
b. O valor do dólar aumentou ou diminuiu?
c. O dólar valorizou ou depreciou?
4. Suponha que a taxa nominal de câmbio dólar/euro de uma semana atrás fosse 0,60.
a. Se o dólar sofreu uma depreciação de 10% na semana passada, qual é a taxa corrente de
câmbio dólar/euro?
b. Se o dólar sofreu uma depreciação de 20% na semana passada, qual é a taxa corrente de
câmbio dólar/euro?
c. Se o dólar se valorizou 10% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio
dólar/euro?
d. Se o dólar se valorizou 20% na semana passada, qual é a taxa corrente de câmbio
dólar/euro?
6. Suponha que uma garrafa de vinho doméstico norte-americano custe $ 10 e uma garrafa de
vinho alemão custe 30 euros.
a. Para cada uma das seguintes taxas de câmbio dólar/euro, calcule a razão do preço de uma
garrafa de vinho alemão para o preço de uma garrafa de vinho norte-americano: 0,4; 0,5; 0,6 e
0,7.
b. Com base em sua análise, o que acontece ao preço de um artigo alemão (no caso, uma
garrafa de vinho) em termos de um artigo americano (no caso, uma garrafa de vinho), quando
E aumenta?
125
c. Com base em sua análise, o que acontece ao preço de um artigo alemão (no caso, uma
garrafa de vinho) em termos de um artigo americano (no caso, uma garrafa de vinho), quando
E diminui?
E P P*
1996 0,60 1,5 1,2
1997 0,66 1,65 1,25
Obs.: E é a taxa de câmbio nominal dólar/euro.
9. Suponha que tanto P como P* estejam crescendo. Suponha agora que o dólar experimente
uma depreciação nominal de 5%.
a. Qual país está experimentando uma taxa mais alta de inflação se a moeda doméstica estiver
passando por uma real valorização? Explique em poucas palavras.
b. Qual país está experimentando uma taxa mais alta de inflação se a moeda doméstica estiver
passando por uma real depreciação?
c. Compare as variações em P e em P* caso a taxa real de câmbio não varie.
10. Suponha que você tenha um dólar e deseje obter a moeda alemã, presentemente o euro.
a. Calcule quantos euros você obterá com cada uma das seguintes taxas de câmbio nominal:
0,4; 0,5; 0,6 e 0,7.
b. Quando E aumenta, o que acontece à quantidade de euros que você obtém com um dólar.
Explique em poucas palavras.
11. Seja i*t a taxa de juros de um ano obtida com títulos alemães. Seja i*t = 0,10 (10%).
Suponha que você tenha um dólar e quer adquirir títulos alemães. Com base em sua análise
na questão # 10, calcule quantos euros você terá ao final de um ano quando E for igual a 0,4;
0,5; 0,6 e 0,7.
126
12. Com base em sua análise da questão # 11, calcule o número de dólares que você deve
receber por cada dólar investido se você considera que a taxa nominal de câmbio no próximo
ano será de 1,0.
13. Utilize a informação que se segue e a equação (18.4) no capítulo correspondente do livro
pra responder a esta questão:
i* = 0,10; Et = 0,6; e Eet=1 = 0,7
a. Com base na informação acima, qual deve ser a taxa de juros doméstica para que se
mantenha a relação de arbitragem?
b. i é igual a i*? Se i não for igual a i*, qual título tem o retorno esperado mais elevado
(medido em dólares)? Explique.
14. Utilize a informação que se segue e a equação (18.4) no capítulo correspondente do livro
pra responder a esta questão:
i* = 0,06 e Et = 0,6
a. Suponha Eet=1 = 0,58. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se
deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua
análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem?
b. Suponha agora Eet=1 = 0,59. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se
deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua
análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem?
c. Suponha agora Eet=1 = 0,62. As pessoas estão esperando que o dólar se valorize ou que se
deprecie? Calcule a taxa esperada seja de valorização, seja de depreciação. Com base em sua
análise, qual deveria ser a taxa de juros doméstica para satisfazer a relação de arbitragem?
15. Suponha que existe a expectativa do dólar se depreciar no próximo ano. A relação de
arbitragem indica que a taxa de juros dos EUA é maior do que, igual a ou menor do que a taxa
de juros do estrangeiro? Explique sucintamente.
16. Suponha que existe a expectativa do dólar se valorizar no próximo ano. A relação de
arbitragem indica que a taxa de juros dos EUA é maior do que, igual a ou menor do que a taxa
de juros do estrangeiro? Explique sucintamente.
17. Para cada um dos casos abaixo, determine se o indivíduo deve comprar títulos dos EUA
ou do estrangeiro.
a. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 3%
b. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 1%
c. i = 4%; i* = 6%, depreciação esperada do dólar de 2%
d. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 3%
e. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 1%
f. i = 6%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 2%
g. i = 5%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 3%
h. i = 5%; i* = 5%, valorização esperada do dólar de 1%
i. i = 5%; i* = 5%, valorização esperada do dólar de 2%
j. i = 5%; i* = 5%, depreciação esperada do dólar de 0%
127
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA
a. a quantidade de unidades de moeda doméstica que você consegue com uma unidade de
moeda estrangeira
b. o preço da moeda estrangeira em termos da moeda doméstica
c. a quantidade de unidades de moeda estrangeira que você consegue com uma unidade de
moeda doméstica
d. tanto a como b
e. tanto b como c
3. Um aumento em E representa:
a. uma valorização real b. uma depreciação real c. uma valorização nominal d.
uma depreciação nominal
128
8. Um aumento na taxa de câmbio real indica que:
a. os artigos estrangeiros estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos
domésticos
b. os artigos domésticos estão agora relativamente mais caros comparativamente aos artigos
estrangeiros
c. ocorreu uma desvalorização real da moeda doméstica
d. tanto b como c
10. Qual dos seguintes eventos causaria uma desvalorização real da moeda doméstica?
a. uma redução em E b. um aumento em E c. uma redução em P* d. um aumento em P
11. Qual dos seguintes eventos causaria uma valorização real da moeda doméstica?
a. uma redução em E b. uma redução em P* c. um aumento em P d. todos os eventos
anteriores e. nenhum dos eventos anteriores
14. Suponha que um país tenha um déficit em transações correntes. Dada esta informação,
sabemos que:
a. as exportações deste país excedem suas importações
b. este país empresta para o resto do mundo
c. existe um déficit na conta de capital
d. existe um superávit na conta de capital
129
15. Com base nas definições de PIB e PNB, sabemos que:
a. PNB = PIB + pagamentos líquidos a fatores do resto do mundo
b. PIB = PNB + pagamentos líquidos a fatores do resto do mundo
c. PNB = PIB + balanço de pagamentos
d. PNB = PIB + renda líquida de investimentos
e. PNB = PIB + fluxos líquidos de capital do resto do mundo
16. Qual das seguintes expressões representa o retorno esperado (em dólares) de um título
alemão?
a. i* b. (1+ i)Eet+1 c. (1/ Eet+1)(1 +i*)Et d. (1/Et)(1+ i*) Eet+1
18. Suponha que prevalece a condição de paridade de juros. Se i = 10% e i* = 8%, sabemos
que:
a. o retorno esperado de títulos dos EUA é maior do que o retorno esperado de títulos alemães
b. o retorno esperado de títulos dos EUA é menor do que o retorno esperado de títulos
alemães
c. espera-se que o dólar valorize 2%
d. espera-se que o dólar se deprecie em 2%
19. Suponha que prevalece a condição de paridade de juros e que os indivíduos tenham a
expectativa de que o dólar se valorizará 4% no próximo ano. Com esta informação, sabemos
que:
a. i > i* b. i < i* c. i = i* d. os indivíduos deterão apenas títulos dos EUA
20. Admita que prevaleça a condição de paridade de juros. Suponha i* = 10% e que se tenha
a expectativa de que o dólar se desvalorize 2% no próximo ano. Para cada dólar que um
indivíduo investe em títulos estrangeiros, quanto poderá receber em dólares em um ano?
a. 1,02 b. 1,08 c. 1,10 d. 1,12
21. Admita que prevaleça a condição de paridade de juros. Suponha i* = 10% e que se tenha
a expectativa de que o dólar se valorize 3 % no próximo ano. Para cada dólar que um
indivíduo investe em títulos estrangeiros, quanto poderá receber em dólares em um ano?
a. 1,03 b. 1,07 c. 1,10 d. 1,13
130
22. Suponha i = 10%, i* = 8% e que se tenha a expectativa de uma depreciação de 3% do
dólar para o próximo ano. Com esta informação, sabemos que:
a. os indivíduos vão preferir deter títulos dos EUA
b. os indivíduos vão preferir deter títulos alemães
c. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 5%
d. o retorno esperado de um título alemão (medido em dólares) será igual a 11%.
e. tanto a como c
f. tanto b como d
131
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 19 DO BLANCHARD
132
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. Suponha que você tenha recebido as seguintes informações sobre uma economia:
C = 1200; I = 300; G = 500; X = 450 e Q = 400. Admita, além disso, que todas as variáveis
se expressam em termos de bens domésticos.
a. Calcule o nível da ―demanda interna por bens‖, o nível da ―demanda por bens produzidos
internamente‖ e as exportações líquidas. Qual é a diferença entre a demanda interna (ou
doméstica) por bens e a demanda por bens produzidos internamente (ou domésticos)?
Compare isso com a balança comercial.
b. Repita a análise do item a. Dessa vez, suponha, porém, que Q = 500 e que todas as outras
variáveis permanecem constantes.
c. Repita a análise do item a. Dessa vez, suponha, porém, que X = 400. Utilize os valores
originais para as outras variáveis.
d. Com base em sua análise dos itens a, b e c, sob qual condição a demanda por bens
produzidos internamente será maior do que, menor do que ou igual à demanda interna por
bens?
2. Suponha que o mercado de bens possa ser representado pelas seguintes equações de
comportamento.
3. Repita a análise desenvolvida na questão #2 (itens a – d). Suponha, porém, dessa vez que a
propensão marginal a importar é 0,2. Ou seja, Q = 0,2Y - 100ε. Suponha que todas as outras
variáveis permaneçam constantes.
4. Esta questão refere-se à sua análise nas questões # 2 e #3. Compare as variações em Y
causadas pelo aumento em G assinalado nas questões #2 e #3. O que aconteceu ao tamanho
do multiplicador à medida que aumenta a propensão marginal a importar?
5. Para cada um dos eventos que se seguem, suponha que o mercado de bens está inicialmente
em equilíbrio e que existe um superávit comercial (NX >0) ao nível inicial do produto.
Explique qual efeito cada um desses eventos terá sobre a demanda por bens produzidos
133
internamente, a linha ZZ, a produção de equilíbrio, as exportações, as importações, a balança
comercial e a linha NX.
a. um corte nos impostos
b. uma redução em G
c. uma queda em Y*
d. uma redução em ε
e. um aumento simultâneo em ε e em G
6. Suponha que a economia doméstica esteja inicialmente passando por um déficit comercial.
Suponha, ademais, que as autoridades governamentais estão interessadas em eliminar o déficit
comercial.
a. Que tipo de política (interna) deveria ser conduzido de modo a eliminar o déficit comercial?
Qual efeito essa política teria sobre o produto? Explique.
b. Que tipo de política para a taxa de câmbio deveria ser conduzido de modo a eliminar o
déficit comercial? Qual efeito essa política teria sobre o produto? Explique.
c. Suponha que os responsáveis pela política interna possam pôr pressão sobre os
responsáveis pela política externa no sentido de alterar sua política fiscal. Que tipo de política
fiscal externa poderia ser implementada com vistas a eliminar o déficit comercial? Qual
efeito essa política teria sobre a produção doméstica e a produção estrangeira? Explique.
7. Suponha que o comércio esteja equilibrado (NX = 0) ao nível inicial do produto. Suponha,
além disso, que o governo pretende aumentar Y e, ao mesmo tempo, deixar o comércio em
estado de equilíbrio. Discuta e explique qual tipo de políticas deve ser adotado de modo a
alcançar este objetivo.
9. Suponha que Y seja demasiadamente elevada e que NX > 0. Suponha, ademais, que o
governo deseje reduzir Y sem alterar o superávit comercial. Discuta e explique qual tipo de
políticas deve ser adotado de modo a alcançar este objetivo.
10. Para esta questão, suponha que NÃO prevaleça a condição Marshall-Lerner. Suponha,
ademais, que, no nível inicial do produto, existe um déficit comercial. Suponha, agora, que
ocorre uma depreciação real da moeda.
a. Discuta e explique qual efeito essa depreciação terá sobre X, Q, NX, a linha NX, a linha ZZ
e a produção doméstica. . No gráfico que se segue, ilustre os efeitos dessa depreciação.
Aponte claramente, no gráfico, o novo equilíbrio.
134
Linha de 45º
Demanda,Z
A ZZ
Y
Produto
Exportações
Líquidas, NX
YTB
0
Produto
déficit comercial
NX
b. Com base em sua análise desenvolvida ema, qual tipo de política de taxa de câmbio deveria
ser adotada no curto prazo (quando não prevalece a condição Marshall-Lerner) de modo a
expandir a atividade econômica?
11. Suponha que a taxa de câmbio real sofra uma depreciação de 12%. Para cada um dos
casos seguintes, explique sucintamente se prevalece a condição Marshall-Lerner e explique
qual efeito a desvalorização real de 12% terá sobre NX e Y.
a. X aumenta de 4%, Q cai de 6%
b. X aumenta de 7%, Q cai de 4%
c. X aumenta de 7%, Q cai de 6%
d. X aumenta de 6%, Q cai de 7%
e. X aumenta de 5%, Q cai de 9%
12. Suponha que prevaleça a condição Marshall-Lerner. Utilize a equação seguinte para
responder à questão abaixo formulada.
NX = S = (T - G) – I
Para cada um dos eventos que se seguem, explique o que ocorre com as exportações líquidas,
com a produção, e com cada uma das variáveis do lado direito da equação acima.
a. decréscimo em Y*
b.decréscimo de T
c. decréscimo em ε
d. decréscimo em G
e. simultâneo decréscimo em G e decréscimo em Y*
135
QUESTÕES DE MÚLTIPLA ESCOLHA
Obs.: A menos que especificado em contrário, suponha sempre que prevaleça a condição Marshall-
Lerner.
3. Qual das expressões que se seguem representa a ―demanda por bens produzidos
internamente‖?
a. C + I + G b. C + I + G + X c. C + I + G + εX – Q
d. todas as expressões acima e. nenhuma das expressões acima
a. X - Q b. Q - X c. Q - εX d. X – εQ
5. Qual dos seguintes eventos seria capaz de produzir uma redução nas exportações?
6. Qual dos seguintes eventos seria capaz de produzir uma redução nas importações?
7. A linha de exportações líquidas tem inclinação para baixo devido aos efeitos de:
136
8. No modelo apresentado neste capítulo, uma redução em G provocará:
a. um deslocamento para baixo pela variação em G tanto da linha ZZ como da linha NX
b. uma redução em Y e uma redução nas importações
c. um aumento nas exportações e um aumento nas exportações líquidas
d. um aumento nas exportações líquidas e um deslocamento para cima da linha de
exportações líquidas
11. Suponha que prevaleça a condição Marshall-Lerner. Uma valorização real da moeda
acarretará:
13. Suponha que o governo pretenda aumentar Y e deixar NX sem alterações. O governo,
neste caso, deveria:
14. Suponha que o governo pretenda reduzir Y e aumentar NX. Qual das seguintes políticas
estaria mais próxima de alcançar essas metas?
137
15. Suponha que NÃO esteja prevalecendo a condição Marshall-Lerner. Uma depreciação
real da moeda tenderá a acarretar:
18. No modelo apresentado neste capítulo, uma redução no déficit orçamentário causaria:
19. No modelo apresentado neste capítulo, um superávit comercial (NX > 0) indica que:
138
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 20 DO BLANCHARD
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. Suponha que a taxa esperada de câmbio entre o dólar e o euro em um ano seja 0,80 (ou
seja, com 80 centavos compra-se um euro). Agora, suponha que a taxa de juros de um ano
nos Estados Unidos seja de 5% (i = 0,05) e na Alemanha seja de 7% (i* = 0,07). Suponha
também que prevalece a paridade dos juros.
139
f. O que acontece ao valor do euro quando i aumenta?
5. Suponha uma economia que, inicialmente, é fechada. Agora, suponha que o país se ―abra‖
com um regime de taxas flexíveis de câmbio. O que acontece à inclinação da curva IS
quando a economia se torna aberta com taxas flexíveis de câmbio? Explique.
6. a. No gráfico que se segue, ilustre os efeitos de uma redução em G sob o regime de taxas
flexíveis de câmbio. Suponha inicialmente que NX = 0.
LM
Paridade dos juros
i A
IS
Produto E
Y Taxa de
câmbio
140
7. Com base em sua análise desenvolvida na questão #6, o que você acha que aconteceria ao
déficit comercial dos EUA caso G fosse reduzido (ou T aumentado) de modo a cortar o déficit
orçamentário? Explique.
8. O texto inclui um exemplo no qual M cai sob taxas flexíveis de câmbio. Suponha que NX
fosse inicialmente zero antes da queda em M.
a. Discuta qual efeito esta queda em M tem sobre C e I.
b. Qual efeito tem esta queda em M sobre E e Y? Por que E varia?
c. Qual efeito tem esta queda em M sobre NX? Explique.
LM
Paridade dos juros
i A
IS
Produto E
Y Taxa de
câmbio
141
10. Use o gráfico que se segue para responder à questão. Suponha que a economia esteja
operando inicialmente no nível de produção Y0 e que NX = 0.
LM
Paridade dos juros
i A
IS
Produto E
Y0 Taxa de
câmbio
a. Suponha que G aumente. Suponha, ademais, que o Banco central deseje manter o produto
no nível inicial do produto. Qual tipo de política o Banco central deve adotar com vistas a
manter Y em seu nível original? Explique e demonstre isso no gráfico.
b. O que acontece com i e E como resultado dessa política combinada fiscal e monetária?
c. Discuta o que acontece aos componentes da demanda como resultado desta ação combinada
de políticas.
11. O capítulo inclui um exemplo no qual G aumenta sob regime de taxas fixas de câmbio.
a. O que acontece a C e a I neste exemplo?
b. O que acontece à taxa de câmbio neste exemplo?
c. O que acontece às exportações líquidas neste exemplo (supondo que NX inicialmente era
negativo, existe um déficit comercial)?
12. Utilize o gráfico IS-LM abaixo para responder a esta questão. Suponha que o dispêndio
governamental diminua sob regime de taxas fixas de câmbio.
a. Ilustre graficamente o que acontecerá com a economia como resultado desta diminuição de
G.
b. O que o Banco Central dever fazer para manter a taxa de câmbio em banda móvel, ou seja,
acompanhando controladamente os movimentos da moeda? O que acontece com a oferta de
moeda?
c. O que acontece com C e com I?
d. O que acontece às exportações líquidas. Suponha inicialmente que NX < 0.
142
Taxa de juros
LM
IS
Produto
Y
13. Suponha que haja dois países. A e B, que são idênticos em todos os aspectos, salvo pelo
seguinte: A opera sob o regime de taxas fixas de câmbio e B opera sob o regime de taxas
flexíveis de câmbio. Suponha que G seja reduzido pelo mesmo montante em ambos os
países.
a. Em qual dos dois países será maior a queda em Y? Explique.
b. Com base em sua análise no item a, qual efeito terá a escolha de taxas fixas versus taxas
flexíveis de câmbio nos impactos da política fiscal sobre o produto ? Explique.
14. Sob o regime de taxas fixas de câmbio, qual efeito terá sobre o modelo um aumento em
i*? Explique.
15. Sob o regime de taxas fixas de câmbio com perfeita mobilidade do capital, qual efeito terá
uma contração monetária sobre Y, i e a composição do balanço do Banco Central?
16. Sob o regime de taxas fixas de câmbio com mobilidade imperfeita do capital, pode o
Banco Central conduzir uma política de redução de Y? Explique.
143
2. Qual dos seguintes eventos levará a um aumento nas exportações líquidas?
a. um aumento em Y b. uma redução em Y c. uma redução em Y* d. uma redução em
E
3. Se tanto os níveis de preços domésticos como no exterior são fixos (ou seja, não variam),
sabemos que:
a. Y = Y* b. r = i c. NX = 0 d. E > 1
4. A condição de paridade dos juros indica que a taxa de câmbio (E) é uma função de qual
conjunto de variáveis?
___
a. Ee, i, i* b. i, i*, Y c. i, i*, Y* d. nenhum desses conjuntos
5. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros e que i = 8% e i* = 6%. Isso
implica que:
a. espera-se que o dólar se valorize em 2%
b. espera-se que o dólar se desvalorize em 2%
c. espera-se que a moeda estrangeira se desvalorize em 2%
d. o retorno esperado (medido em dólares) dos títulos estrangeiros é inferior ao retorno
esperado dos títulos dos EUA
7. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros. Uma redução em i causará:
a. a expectativa de que o dólar se valorize no próximo ano
b. a expectativa de que o dólar se deprecie no próximo ano
c. uma redução em E
d. uma redução em i*
8. No modelo de economia aberta, a relação IS indica que um aumento em i agora tem efeitos
sobre quais componentes da demanda?
a. I e NX b. C e NX c. NX e G d. somente I
a. uma redução em E
b. uma depreciação da moeda doméstica
c. um aumento em Y e um aumento em NX
d. todos os resultados acima
144
11. Uma expansão monetária sob taxas flexíveis de câmbio causará:
a. uma redução em i, uma redução em E e um aumento em Y
b. um aumento em E e um aumento em Y
c. efeitos ambíguos sobre I uma vez que i cai e Y aumenta
d. uma redução em i* e uma redução em E
13. Suponha que haja uma simultânea redução em G com aumento em M sob taxas flexíveis
de câmbio. Com esta informação, sabemos ao certo que:
a. E aumenta b. E diminui c. Y aumenta d. Y diminui
a. i = i* b. i > i* c. i < i* d. E = 1
15. Sob taxas fixas de câmbio, o Banco Central deve agir com vistas a manter:
17. Um aumento em G tenderá a ter um maior impacto sobre Y em qual dos seguintes casos?
a. taxas fixas de câmbio, tudo o mais fixo
b. taxas flexíveis de câmbio, tudo o mais fixo
c. taxas flexíveis de câmbio, com o Banco Central simultaneamente reduzindo a oferta de
moeda
d. taxas flexíveis de câmbio, com o Banco Central não acomodando o aumento em G
18. Com taxas fixas de câmbio e mobilidade imperfeita do capital, uma tentativa do Banco
Central de aumentar o produto resultará em:
145
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 21 DO BLANCHARD
1. Discuta o que ocorre à taxa nominal de câmbio quando se verificam uma desvalorização e
uma revalorização.
2. O que sugere a condição de paridade de juros que aconteça quando as taxas de câmbio são
fixas?
3. Explique qual efeito tem um aumento no nível de preços (P) sobre a taxa real de câmbio, as
exportações líquidas, a demanda e o produto.
4. Quais são os efeitos de curto prazo de uma desvalorização sobre a taxa real de câmbio, as
exportações líquidas, a demanda agregada, o nível de preços e o produto?
5. Quando Y se encontra acima de Yn, o que acontece ao longo do tempo com a curva de
oferta agregada e o nível de preços?
6. Um aumento no nível de preços tem qual efeito sobre a taxa real de câmbio?
7. Quais são os efeitos de médio prazo de uma desvalorização sobre a taxa real de câmbio, as
exportações líquidas, a demanda agregada, o nível de preços e o produto?
9. Qual efeito terá uma taxa real de câmbio supervalorizada sobre as exportações líquidas e
sobre o produto?
10. Suponha Y = Yn e que existe um déficit comercial. Uma desvalorização pode por si só
eliminar este déficit comercial? Explique.
12. Quais são os dois custos com os quais se defronta um país ao resistir à desvalorização?
14. Se você investir um artigo norte-americano em títulos dos EUA com vencimento em um
ano, qual é a expressão que representa quantos artigos norte-americanos você terá ao final de
um ano?
146
15. Se você investir um artigo norte-americano em títulos alemães com vencimento em um
ano, qual é a expressão que representa quantos artigos norte-americanos você terá ao final de
um ano?
16. A condição de paridade de juros implica que a taxa real de juros doméstica será
aproximadamente igual ao quê?
17. Suponha que a taxa real de juros doméstica no período de um ano seja maior do que a taxa
real de juros no exterior. Dada esta informação, o que podem esperar para o próximo ano os
investidores financeiros?
20. Um aumento na taxa real de juros doméstica de longo prazo terá qual efeito sobre a taxa
real de câmbio?
21. Se a taxa real de câmbio de longo prazo é constante, o que poderia levar εt a aumentar
(isto é, provocar uma depreciação real)?
22. A análise neste capítulo indica que as flutuações do dólar norte-americano na década de
oitenta foram causadas basicamente por qual razão?
PROBLEMAS DE REVISÃO
1. a. Explique brevemente qual efeito uma redução em P terá sobre a taxa real de câmbio, as
exportações líquidas, a demanda e o produto.
b. Com base no item (a), pergunta-se: uma redução em P levará a curva DA a se deslocar?
Explique.
__
2. Discuta brevemente qual efeito uma revalorização tem sobre E, a taxa real de câmbio, e
sobre as exportações líquidas.
b. Com base no item (a), qual efeito uma revalorização tem sobre a curva DA? Explique
sucintamente.
147
3. ―Uma depreciação real da moeda doméstica causará um deslocamento para a direita da
curva DA‖. Esta afirmação é verdadeira, falsa ou incerta? Explique.
4. Na versão com economia aberta do modelo de oferta agregada e demanda agregada, por
que a curva DA tem inclinação para baixo? Explique.
OA
AD
D
Yn Y
148
8. Suponha Y > Yn.
a. Se o governo permite a economia se ajustar a essa situação por si mesma, discuta o que
acontecerá ao nível de preços P, à taxa real de câmbio, às exportações líquidas e ao produto.
b. Se o governo pretende alterar E para alcançar Yn (quando Y > Yn), o que deve o governo
fazer? Explique brevemente.
OBS.: Para as questões seguintes, a menos que especificado em contrário, a taxa de câmbio
refere-se à taxa real de câmbio; a taxa de juros doméstica refere-se à taxa real de juros
doméstica; e a taxa de juros no exterior refere-se à taxa real de juros no exterior.
11. εt é a taxa real de câmbio (o preço relativo de bens e artigos alemães em termos de bens e
artigos dos EUA).
a. Para cada um dos valores que se seguem de εt, calcule quantos bens e artigos alemães uma
pessoa receberá para cada bem e artigo dos EUA que trocar (com vistas a, como
examinaremos mais tarde, investir em títulos alemães): 0,4; 0,5; 0,6 e 0,7.
b. O que acontece com a quantidade de artigos alemães que a pessoa recebe quando εt
aumenta?
12. Suponha que: (1) εt = 1,2; (2) a taxa real de câmbio esperada para daqui a um ano é 1,3; e
(3) r* = 0,05 (5%).
a. Calcule o retorno real esperado (medido em moeda doméstica) dos ativos estrangeiros
retidos.
b. Qual deve ser a taxa real de juros doméstica para que se mantenha a condição de paridade
dos juros?
c. A expectativa é de que a moeda doméstica se deprecie ou que se valorize?
d. Com base em sua análise, desenvolvida nos itens (a) e (b), pergunta-se se r=r*. Por que ou
por que não?
149
13. Suponha que se mantém a condição de paridade dos juros. Seja r* = 0,06 (6%).
a. Para cada um dos seguintes valores de r, calcule a taxa esperada de depreciação
(valorização) real: 0,03; 0,05; 0,06; 0,07 e 0,09.
b. Com base em sua resposta em (a), quando r < r*, εt é maior do que, menor do que ou igual
à taxa real de câmbio esperada?
c. Com base em sua resposta em (a), quando r < r*, os participantes do mercado financeiro
têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real?
d. Com base em sua resposta em (a), quando r > r*, εt é maior do que, menor do que ou igual
à taxa real de câmbio esperada?
e. Com base em sua resposta em (a), quando r > r*, os participantes do mercado financeiro
têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real?
f. Com base em sua resposta em (a), quando r = r*, εt é maior do que, menor do que ou igual
à taxa real de câmbio esperada?
g. Com base em sua resposta em (a), quando r = r*, os participantes do mercado financeiro
têm a expectativa de uma depreciação real ou de uma valorização real?
14. Suponha que a taxa real de juros para 10 anos no exterior seja 4% (r* = 0,04).
a. Para cada um dos seguintes valores da taxa real de juros doméstica para 10 anos, calcule a
valorização (ou depreciação) real esperada para os próximos 10 anos: 0,02; 0,03; 0,04; 0,05 e
0,06.
b. O que acontece com o tamanho da depreciação (ou valorização) real esperada quando se
amplia a diferença entre r e r*? Explique.
c. Com base em sua análise desenvolvida no item a, o que acontece à taxa real de retorno
esperada dos títulos estrangeiros (medido em dólares) à medida que r varia?
15. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que
εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem.
a. Com base na informação acima, calcule a taxa real de câmbio corrente.
b. Suponha que r caia abaixo de 5%. Explique o que deve ocorrer com ε t. Em particular,
como respondem os investidores a esta variação de r?
c. Dada εet+n, espera-se agora que ocorra uma valorização real ou uma depreciação real?
16. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que
εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem.
a. Novamente, qual é a taxa real de câmbio corrente, uma vez dada essa informação (veja sua
resposta ao item (a) da questão #15)?
b. Suponha que r se eleve acima de 5%. Explique o que deve ocorrer com εt. Em particular,
como respondem os investidores a esta variação de r?
c. Dada εet+n, espera-se agora que ocorra uma valorização real ou uma depreciação real?
17. Nesta pergunta, suponha que a taxa real de câmbio de longo prazo não sofra variações e
que r > r*.
a. Nessas condições, espera-se que o dólar se valorize ou que se deprecie? Explique
sucintamente.
b. Suponha que r aumente. Qual efeito isso terá na taxa real de câmbio no período t?
150
c. Qual efeito este aumento em r terá sobre o tamanho da valorização ou da depreciação
esperada? Explique.
d. O que sua análise sugere que deva acontecer com a taxa real de câmbio εt quando aumenta
a diferença (r - r*)?
18. Nesta pergunta, suponha que a taxa real de câmbio de longo prazo não sofra variações e
que r < r*.
a. Nessas condições, espera-se que o dólar se valorize ou que se deprecie? Explique
sucintamente.
b. Suponha que r caia. Qual efeito isso terá na taxa real de câmbio no período t?
c. Qual efeito esta redução de r terá sobre o tamanho da valorização ou da depreciação
esperada? Explique.
d. O que sua análise sugere que deva acontecer com a taxa real de câmbio εt quando aumenta
a diferença entre r e r*?
19. Suponha que prevaleça a condição de paridade dos juros, que rn = 0,05, rn* = 0,05, e que
εet+n = 2. Suponha que rn* e εet+n não variem.
a. Novamente, qual é a taxa real de câmbio corrente, uma vez dada essa informação (veja sua
resposta ao item (a) da questão #15)?
b. Calcule o que acontece com εt quando εet+n aumenta para 2,2.
c. Calcule o que acontece com εt quando εet+n aumenta para 2,4.
d. Calcule o que acontece com εt quando εet+n diminui para 1,8.
e. Calcule o que acontece com εt quando εet+n diminui para 1,6.
f. Com base em sua análise, qual efeito sobre εt terá um aumento na taxa real de câmbio de
longo prazo?
g. Com base em sua análise, qual efeito sobre εt terá uma redução na taxa real de câmbio de
longo prazo?
20. a. Admita r > r*. Suponha que aumente a diferença entre r e r* e que, simultaneamente,
aumente a taxa real de câmbio εt. Como isso é possível acontecer?
b. Suponha que diminua a diferença entre r e r* e que, simultaneamente, diminua a taxa real
de câmbio εt. Como isso é possível acontecer?
21. Por simplicidade, admita que não há inflação, nem aqui, nem nos EUA ou em outro pais.
Admita, também, inicialmente, que as taxas de juros doméstica e no exterior sejam iguais.
Suponha que o Banco Central anuncie inesperadamente que a taxa de juros de um ano será
3% inferior nos próximos dois anos e que, após esse período, as taxas retornarão ao nível
normal.
a. O que se passa hoje com a taxa de câmbio quando a taxa de juros cai 3%? Em particular,
de quanto varia hoje a taxa de câmbio?
b. A variação percentual na taxa de câmbio hoje é maior do que, menor do que ou igual à
variação na taxa de juros? Explique.
22. Repita a análise desenvolvida na questão #21. Dessa vez, suponha, no entanto, que o
Banco Central anuncie inesperadamente que a taxa de juros de um ano será 2% maior nos
próximos quatro anos e que, passado este período, as taxas voltarão ao normal.
151
23. Suponha que a taxa de câmbio dólar-euro seja fixa e que os participantes do mercado
financeiro passem de repente a esperar uma desvalorização do euro. Suponha que se acredite
agora haver 50% de chance de uma desvalorização de 10% no próximo mês e 50% de chance
de não haver desvalorização alguma.
a. De quanto deve o Banco Central Europeu elevar a taxa mensal de juros de modo a manter a
paridade dos juros? De quanto aumenta a taxa de juros quando expressa em uma taxa anual?
b. Repita a analise desenvolvida no item (a). Dessa vez, no entanto, suponha que a
desvalorização esperada é de 20%. O que acontece com o aumento requerido em i quando
aumenta o tamanho da esperada desvalorização? Explique sucintamente.
c. Repita a analise desenvolvida no item (a). Dessa vez, no entanto, suponha que a chance de
uma desvalorização seja maior, igual a 75%. O que acontece com o aumento requerido em i
quando aumenta a chance da esperada desvalorização? Explique sucintamente.
d. Quando varia a taxa de juros nas situações indicadas em (a), (b) e (c), o que ocorre com a
demanda por bens na União Européia? Explique sucintamente.
25. Por que um aumento na taxa de juros em resposta a uma esperada desvalorização da
moeda é encarada como uma opção desagradável?
152
4. Qual dos eventos que se seguem NÃO provocará uma depreciação real da moeda
doméstica? __
a. uma redução em P b. um aumento em E c. um aumento em P* d. nenhuma das
opções anteriores
5. Qual dos eventos que se seguem NÃO causará um deslocamento para a direita da curva
DA? __
a. uma redução em P b. um aumento em E c. um aumento em P* d. uma redução de T
6. Sob regime de taxas fixas de câmbio, podemos esperar:
a. que as exportações líquidas sejam zero b. que i = i* c. que i > i* d. que as
exportações líquidas sejam negativas (isto é, que haja um déficit comercial)
a. nenhum efeito sobre Y b. nenhum efeito sobre P c. nenhum efeito sobre as exportações
líquidas d. todos esses efeitos e. tanto o efeito a como o efeito c
10. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y < Yn. Em
uma tal situação, podemos esperar que:
a. P se elevará ao longo do tempo até que Y = Yn
b. à medida que a economia se ajusta por sim mesma, as exportações líquidas irão aumentar já
que ocorre uma depreciação real
__
c. uma queda em E causará um deslocamento para a direita da curva DA e um aumento do
produto
d. os bens produzidos internamente se tornarão menos competitivos à medida que a economia
se ajuste por si mesma
11. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y = Yn. Qual
dos eventos seguintes causará um aumento permanente nas exportações líquidas?
__ __
a. um aumento em E b. uma redução em E c. um aumento nas despesas do
governo d. uma redução nas despesas do governo
153
12. Suponha que o país tenha uma taxa real de câmbio supervalorizada e que Y = Yn. Qual
das seguintes combinações de políticas terá maiores probabilidades de reduzir o déficit
comercial sem causar variações na produção? __
a. um aumento nas despesas do governo (G) e um aumento em E
__
b. um aumento nas despesas do governo (G) e uma redução em E
__
c. uma redução em G e um aumento em E
__
d. uma redução em G e uma redução em E
13. Suponha inicialmente que Y = Yn. Uma revalorização de 5% causará:
a. um aumento no médio prazo de 5% em P
b. uma redução no médio prazo de 5% em P
c. um aumento permanente nas exportações líquidas
d. uma redução permanente nas exportações líquidas
14. Suponha que os mercados de divisas estejam na expectativa de uma desvalorização. Qual
das seguintes ações ajudaria a manter a condição de paridade dos juros?
__
a. um aumento em i b. uma redução em i c. uma redução em E d. nenhuma dessas
ações
Obs.: Nas questões que se seguem, a menos que especificado de outra forma, suponha que
prevaleça a condição de paridade dos juros.
15. Suponha que a taxa real de câmbio (o preço relativo dos artigos alemães em termos dos
artigos norte-americanos) seja 0,8. Um artigo norte-americano irá comprar:
a. 0,2 artigos alemães b. 0,8 artigos alemães c. 1,25 artigos alemães d. 5 artigos
alemães
16. Suponha que a taxa real de câmbio seja 0,8, a taxa real de juros internos de um ano (r)
seja 12% e a taxa real de juros no exterior de um ano (r*) seja 2%. A taxa real de câmbio
esperada para daqui a um ano será:
17. Seja r = 5% e r* = 3%. Dada essa informação, espera-se que a taxa real de câmbio:
18. Seja r = 4% e r* = 6%. Dada essa informação, espera-se que a taxa real de câmbio:
154
19. Quando r = r*, sabemos que:
a. εet+1 = 1 b. εet+1 < 1 c. εet+1 > 1 d. não se espera que a taxa real de câmbio varie ao
longo do ano
21. Um aumento em qual das seguintes variáveis causará um aumento na taxa real de câmbio?
a. na taxa real de câmbio esperada
b. nas taxas reais de juros domésticos de longo prazo
c. nas taxas reais de juros de longo prazo no exterior
d. em todas as variáveis acima
e. tanto em a como em c
23. A taxa real de câmbio de longo prazo e a taxa real de câmbio com a qual:
a. r = r*
b. NX = 0
c. tanto a inflação doméstica como no exterior são iguais a zero
d. todas as situações acima
Utilize as informações que se seguem para responder às próximas 5 questões. Suponha que o
Banco Central anuncie inesperadamente que irá cortar a taxa de juros sobre títulos de um ano
de 3% nos próximos 6 anos. Ao final dos 6 anos, a taxa de juros retornará ao seu nível
anterior.
24. Após esse anúncio, podemos esperar uma redução na taxa de juros incidente sobre:
a. títulos de um ano
b. títulos de cinco anos
c. títulos de dez anos
d. todos os títulos acima
e. tanto os títulos do item a como do item b
28. Qual dos seguintes componentes da demanda este anúncio tenderá a aumentar?
29. Suponha que os participantes do mercado financeiro aguardem uma desvalorização. Qual
dos seguintes eventos pode ocorrer como resultado das ações do governo ou do Banco Central
(em resposta à esperada desvalorização)?
156