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Análise da atribuição de abas em painéis de

contraventamento

RESUMO
Tendo em vista a busca por métodos construtivos menos onerosos, tem-se procurado substituir o sistema
estrutural convencional em concreto armado, quando viável, por um sistema constituído em alvenaria
estrutural. Em decorrência disso, este trabalho tem por objetivo verificar os benefícios do incremento
de abas nos painéis de contraventamento de um edifício estabelecido nesse último sistema construtivo
acima citado. Tal acréscimo foi baseado no parâmetro estabelecido pela NBR 15961-1 (2011), a qual
define o comprimento efetivo máximo das abas como 𝑏𝑓 = 6 ∗ 𝑡, onde t é a espessura da alvenaria
analisada. Dessa forma, foi fixado o comprimento máximo das abas e, posteriormente, aplicado às
paredes da forma arquitetônica tomada como base para o desenvolvimento do presente estudo,
consolidando seções compostas que conferem maior rigidez à estrutura, de maneira global, minimizando
o efeito das ações horizontais incitadas pela força do vento bem como a força de desaprumo, derivada
das imperfeições geométricas do eixo dos elementos estruturais. Com as abas definidas, verificou-se a
flexo-compressão atuante na estrutura, assim como a estabilidade global da edificação definida pelo
parâmetro 𝛾𝑧 , que tem seu limite consolidado na NBR 6118 (2014) e foi estabelecido no corrente estudo
como, 𝛾𝑧 = 1,1. Resultados de compressão, flexo-compressão e estabilidade global acompanham o
trabalho.

Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Abas. painéis de contraventamento. Flexo-compressão.


resistência à compressão.

ABSTRACT
Considering the search for cheaper construction methods, an attempt has been made to replace
the convencional reinforced concrete system, where feasible, with a system made of structural
masonry. As a result, this paper aims to verify the benefits of adding flaps on the bracing panels.
This addition was based on the parameter established by NBR 15961-1 (2011), which defines
the maximum effective flap lenght as 𝑏𝑓 = 6 ∗ 𝑡, onde t is the thickness of the analyzed mansory.
Thus, the maximum length of the flaps was fixed and subsequently applied to the walls of the
architectural project taken as the basis for the development of the present study, consolidating
composite sections that provide greater rigidity to the structure, minimizing the effect of the
horizontal actions forces incited by the force of the wind, as well as the form of disengagement,
derived from the geometric imperfections of the axis of the structural elements. With the flaps
defined, for this study, it was verified the flexo-compression acting on the structure, as well as
the overall stability of the building defined by the parameter 𝛾𝑧 , wich has its limit established in
NBR 6118 (2003) as, 𝛾𝑧 = 1,1. Compression, flexo-compression and global stability results accompany
the work.

Keywords: Structural masonry. Flaps. bracing panels. flexo-compression. compressive strength.


INTRODUÇÃO

A concepção de uma edificação bem como o seu desenvolvimento, devem levar em


conta variáveis que sinalizam qual o modelo estrutural mais adequado para a sua realização.
Parâmetros como a arquitetura pré-definida, o tipo de solo no qual a obra será implantada e o
custo do empreendimento, além do prazo para a consolidação do mesmo, são determinantes
para que um modelo estrutural sobressaia em relação aos demais. Sendo assim, é comum que
os projetistas optem por um sistema construtivo em alvenaria estrutural, já que esse apresenta
benefícios como economia de formas, redução nos revestimentos e flexibilidade no ritmo de
execução de obras, pois, como destaca Tauil (2010), em alvenaria estrutural não se faz
necessário a utilização de vigas e pilares, uma vez que as próprias paredes compõem a estrutura
da edificação e promovem a distribuição uniforme das cargas.
Isto posto, trazendo para o cenário brasileiro, dentre os sistemas de alvenaria estrutural,
a alvenaria não-armada de blocos vazados de concreto se revela promissora devido à economia
propiciada e à facilidade na obtenção dos blocos (RAMALHO, 2003). Ainda, entende-se por
alvenaria não-armada, segundo Parsekian (2012, p.18), “elemento de alvenaria no qual a
armadura é desconsiderada para resistir aos esforços solicitantes”.
Entretanto, a utilização do sistema construtivo em alvenaria não-armada fica restrito a
edificações de pequeno porte, nas quais, de forma global, suas paredes estarão sujeitas a
esforços compressivos que acabam por excluir a necessidade de armaduras para combater
esforços de tração. Contudo, como destaca Silva (1996), é crescente a necessidade de se
levantar edifícios mais altos, de forma conjunta à busca por racionalização de custo, através do
método construtivo. Sendo assim, nessas construções de maiores portes, é imprescindível que
a ação do vento seja considerada na análise estrutural, visto que provocam consideráveis
esforços de tração na flexão.
Segundo Silva (1996), as abas são trechos dos painéis perpendiculares à ação do vento
que acabam fazendo parte da seção transversal dos painéis paralelos a essa ação, formando
seções compostas. De fato, essas novas seções formadas tendem a contribuir com uma maior
inércia no combate ao empuxo exercido pelo vento.
Dessa forma, foi necessário a adoção de uma hipótese de cálculo relativa à análise da
ação do vento na estrutura, além da construção de planilhas eletrônicas para auxiliar o
desenvolvimento dos cálculos. Em vista disso, o estudo aqui exposto considerou a hipótese de
as lajes comportarem-se como diafragmas rígidos, nos quais os deslocamentos provocados
pelas ações horizontais são iguais no decorrer do pavimento analisado. Ainda, tais ações são
absorvidas de forma proporcional às rigidezes das alvenarias que compõem cada pavimento.
À medida que as abas influenciam diretamente no incremento da rigidez das alvenarias,
justifica-se a ideia do presente estudo de comparar o comportamento da edificação através da
análise dos resultados obtidos considerando a contribuição das abas, em relação aos resultados
alcançados sem levar em consideração essa colaboração.
Portanto, o presente trabalho foi elaborado com base em uma forma arquitetônica para
um edifício de 10 pavimentos, objetivando realizar a análise dos possíveis benefícios em
decorrência da atribuição das abas em painéis de contraventamento. Além de verificar, também,
o comportamento estrutural quando submetido a esforços unicamente compressivos.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

DEFINIÇÃO DOS GRUPOS DE ALVENARIA


Assumindo a hipótese de dispersão na qual toda ação vertical sobre um trecho de um
elemento assumirá uma inclinação de 45°, em relação ao plano horizontal, e considerando que
essa dispersão é transferida de uma alvenaria para outra, quando a amarração entre essas é bem
feita, segundo a NBR 15961-1(2011), as alvenarias em estudo no presente projeto foram, então,
estratificadas em grupos nos quais ocorrem essa interação devido ao espraiamento das cargas.
Ainda, considerando a dupla funcionalidade da alvenaria estrutural, essa atua também na
vedação da edificação, então, é comum que sejam previstas aberturas, ainda na fase de projetos,
para vãos de esquadrias. Tais vãos foram utilizados como critério para determinação dos
grupos, assumindo que a interação entre a dispersão dos carregamentos, acima citada, deixa de
existir perante a presença de aberturas.
Por conseguinte, a forma arquitetônica foi estratificada, como ilustram as figuras 1 e 2 a seguir:
Figura 1 - Forma arquitetônica dividida em grupos por cores

FONTE: Autor, com auxílio do software AutoCad


Figura 2 - Legenda por cores dos grupos de alvenaria

FONTE: Autor, com auxílio do software AutoCad

DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA


As áreas de influencias foram determinadas segundo a teoria das charneiras plásticas,
ou linhas de ruptura. De tal maneira que foi possível determinar como é distribuído o
carregamento, proveniente das lajes, que é descarregado em cada alvenaria. Essas linhas de
ruptura podem ser verificadas acima, na figura 2.

DETERMINAÇÃO DAS AÇÕES ATUANTES NA ESTRUTURA


Os carregamentos atuantes na edificação, desenvolvidos com o auxílio de planilhas
eletrônicas, levam em consideração, por metro quadrado, cargas permanentes e acidentais. De
fato, segundo a NBR 6118(2003), ações permanentes são aquelas que apresentam valor
constante ou crescente ao longo da vida da construção. Já as ações acidentais, derivam do uso
previsto para a edificação.
Assim sendo, as ações atuantes na estrutura foram calculadas da maneira disposta nas seções
subsequentes.

CARGA DA LAJE
Dentre as cargas permanentes, o peso próprio, o revestimento e as alvenarias dispostas
sobre as lajes, foram calculados levando em conta a espessura da laje, das alvenarias e o pé-
direito previsto para os pavimentos. Além disso, devido ao tipo de uso da edificação, com base
na NBR 6120(1980), foi atribuído 150 kgf/m² como carga acidental e 30 kgf/m² devido à
cobertura. Esses carregamentos foram implementados conforme ilustra a figura 3 abaixo:
Figura 3 - Carregamento atuante nas lajes

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


PESO PRÓPRIO DAS ALVENARIAS
Além das cargas atuantes provenientes das lajes, a estrutura está, também, sob a ação
do peso próprio das alvenarias que a compõe. Consequentemente, esta ação foi incluída na
resultante de carga permanente de cada grupo de alvenaria, considerando separadamente o peso
especifico do bloco estrutural de concreto e o da argamassa de revestimento, resultando nos
dados ilustrados pela figura 4.
Figura 4 - Peso próprio, por metro, das alvenarias
estruturais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

CARREGAMENTO PROVENIENTE DAS ESCADAS


Considerando a geometria da escada bem como a sua diferença de dimensão, em relação
às direções x e y, o carregamento foi estratificado entre carga do patamar e carga dos degraus,
levando em conta seus comprimentos como ponderadores da resultante de carga por m². Além
disso, tendo em vista patamares e degraus pré-moldado, foi considerado o modelo estrutural bi-
apoiado para o acesso como um todo. O resultado obtido segue ilustrado na figura 5 a seguir:

Figura 5 - Carregamento proveniente da escada

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

CARGAS CONCENTRADAS NAS ALVENARIAS


Com os carregamentos definido foi possível determinar a carga pontual atuante em cada
alvenaria através do produto entre as áreas de influência, verificadas com auxílio do software
AutoCad, os carregamentos acima citados e o número desejado de pavimentos da edificação a
se analisar, visto que o presente estudo buscou a resultante de carga para os diferentes níveis da
estrutura. De maneira resumida, segundo a equação 1, temos:
𝑄𝑝𝑜𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝐴𝑖𝑛𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 ∗ 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑙𝑎𝑗𝑒 ∗ 𝑁𝑝𝑎𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 (1)
Os resultados obtidos para dois dos grupos (um e dois), por exemplo, seguem ilustrados
na figura 6 abaixo:
Figura 6 - Carga concentrada em cada alvenaria

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

RESULTANTE DE CARGA DOS GRUPOS DE ALVENARIA


A resultante de carga, 𝐹𝑘, é efeito da soma das cargas distribuídas permanentes e
acidentais de cada grupo. Logo, para sua determinação, foi necessário coletar o comprimento
de cada alvenaria com o intuito de se obter a carga distribuídas dos grupos ao ser efetuado o
quociente entre o somatório das cargas concentradas pelo somatório dos seus respectivos
comprimentos.
O corrente trabalho realizou separadamente a metodologia de cálculo supracitada para
cargas permanentes e acidentais. Ainda, o peso próprio das alvenarias foi adicionado ao
somatório das cargas distribuídas permanentes de cada grupo.
Como resultado, para os grupos um e dois, tomados como exemplo, segue a figura 7 abaixo:
Figura 7 - Resultante de carga dos grupos

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO DO BLOCO


A partir da resistência à compressão das paredes, 𝑓𝑘 , foi possível determinar a
resistências à compressão do prisma (elemento composto por dois blocos). Uma vez que, de
acordo com a NBR 15961-1(2011), 𝑓𝑘 pode ser estimado como 70% da resistência característica
de compressão simples do prisma, de acordo com a equação 2 abaixo:
𝑓𝑘 = 0,7 ∗ 𝑓𝑝𝑘 (2)
Onde, 𝑓𝑝𝑘 , representa a resistência característica do prisma.
Ainda, a determinação do 𝑓𝑝𝑘 levou em consideração o coeficiente redutor, R, devido à
esbeltez da parede, calculado segundo a NBR 15961-1(2011), além do coeficiente de
ponderação 𝛾𝑚 previsto na tabela 2 da norma supracitada. Levando à equação 3 para
determinação da resistência característica à compressão simples do bloco:
𝛾𝑓 ∗ 𝐹𝑘 0,7 ∗ 𝑓𝑝𝑘 (3)
≤ ∗𝑅
𝐴 𝛾𝑚
Finalmente, assumindo uma eficiência 𝑛 = 0,7, foi determinado a resistência
característica à compressão do bloco, 𝑓𝑏𝑘 , segundo a equação 4, a seguir:
𝑓𝑝𝑘 (4)
𝑓𝑏𝑘 =
𝑛
Dessa forma, para cada um dos grupos de alvenaria, foi realizado essa interação de
cálculo, através do Excel, resultando no 𝑓𝑏𝑘 que os mesmos devem apresentar para suportar os
esforços compressivos solicitantes da estrutura da edificação. Alguns desses resultados (para
os grupos um e dois) seguem ilustrados a seguir pela figura 8:
Figura 8 - Resistência à compressão dos blocos dos grupos 1 e 2

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

FORÇA DE ARRASTO DO VENTO SOBRE A EDIFICAÇÃO


A força exercida sobre a edificação, devido a ação do vento, foi calculada segundo
critérios estabelecidos pela NBR 6123(1988). Deste modo, a cronologia de cálculo realizada
foi executada na seguinte ordem:
a) velocidade básica do vento, 𝑣𝑜 ;
b) fator topográfico, 𝑆1;
c) fator de rugosidade, 𝑆2 ;
d) fator estatístico, 𝑆3 ;
e) velocidade característica do vento, 𝑣𝑘 ;
f) pressão dinâmica do vento, q;
g) coeficiente de arrasto, 𝑐𝑎 ; e
h) força de arrasto, 𝐹𝑎 .
Portanto, primeiramente, a velocidade básica do vento foi extraída do gráfico das
isopletas, segundo a figura 9, resultando em 𝑣𝑜 = 30 𝑚/𝑠. Em seguida, foi assumida uma
topografia plana ou pouco acidentada para a locação da edificação. Em vista disso, segundo
recomendações da NBR 6123(1988), ao fator topográfico foi atribuído o valor 𝑆1 = 1.
Se tratando do fator 𝑆2 , por sua vez, a norma brasileira supracitada destaca que esse é
resultado da combinação da rugosidade do terreno, das dimensões da edificação e da variação
da velocidade do vento com a altura. Portanto, sendo a edificação enquadrada na categoria IV
e classe B, foram coletados os coeficientes p e b destacados na figura 10, visando a efetuação
do cálculo de 𝑆2 para as diferentes alturas da edificação, segundo a equação 5 abaixo:
𝑆2 = 𝑏 ∗ (ℎ⁄10)𝑝 (5)
Onde, h, é a altura na qual se deseja verificar a força do vento. Logo, no atual estudo, essa força
foi calculada para cada pavimento da edificação.
Figura 9 - Gráfico das Isopletas

FONTE: NBR 6123/1988


Figura 10 - Coeficientes para determinação do fator 𝑆2

FONTE: NBR 6123/1988


Posteriormente, o fator estatístico foi coletado da tabela 3 contida na NBR 6123(1988),
aqui classificado como grupo dois, levando ao valor do coeficiente 𝑆3 = 1. Em concordância
com a figura 11 a seguir:
Figura 11 - Obtenção do fator 𝑆3

FONTE: NBR 6123


Seguindo a cronologia do cálculo para a determinação da força de arrasto atuante, a
velocidade característica do vento foi calculada por meio da equação 6.
𝑣𝑘 = 𝑣𝑜 ∗ 𝑆1 ∗ 𝑆2 ∗ 𝑆3 (6)
Em sequência, foi determinado a pressão dinâmica do vento, sob efeitos de cálculo da equação
7 que se segue:
𝑞 = 0,613 ∗ 𝑣𝑘 ² (7)
Seguidamente, foi necessário determinar os coeficientes de arrasto, 𝑐𝑎 , segundo ábaco
contido na NBR 6123(1988) (fig. 12).
Figura 12 - Ábaco para obtenção dos coeficientes de arrasto

FONTE: NBR 6123/1988


Assumindo as direções principais X e Y investigadas no presente estudo, foram
determinados os parâmetros 𝑐1 e 𝑐2 (referentes à geometria da edificação), para posterior
obtenção dos coeficientes de arrasto nas respectivas direções acima citadas. Isto posto, os
resultados obtidos estão representados, logo mais, na figura 13.
Figura 13 - Coeficientes de arrasto calculados para as direções X e Y

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Finalmente, as forças de arrastos, para os diferentes níveis da edificação bem como as
duas direções aqui analisadas, foram determinadas segundo a efetuação do produto
representado pela equação 8 abaixo:
𝐹𝑎 = 𝑞 ∗ 𝑐𝑎 ∗ 𝐴 (8)
Onde, A, representa a área de influência da ação do vento ou o painel perpendicular a essa ação.
Logo, a área aqui considerada foi relativa à face de um pavimento, em ambas direções X e Y,
com exceção do pavimento cobertura, no qual a área de influência levada em conta foi a metade
da utilizada para os demais níveis.
Desse modo, os resultados obtidos para os 10 níveis da edificação estão abaixo
ilustrados na figura 14, na qual a ação do vento revelou-se mais contundente na orientação Y.
Figura 14 - Forças de arrasto atuantes ao longo da edificação

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

FLEXOCOMPRESSÃO SEM ATRIBUIÇÃO DAS ABAS AOS PAINÉIS


A ação eólica atuante na edificação dá origem aos esforços de tração devido à flexão
provocada. Sendo assim, foi verificado o comportamento das alvenarias quanto à principal ação
atuante em cada uma delas, podendo essa ser de compressão ou de tração. De fato, tal análise
foi realizada segundo o procedimento de cálculo abaixo, através da determinação dos seguintes
parâmetros:
a) momento de inércia, I;
b) força de desaprumo, F;
c) momento acumulado, M;
d) tensão devido ao momento, δ𝑀 ;
e) tensão devido à carga permanente, δ𝐺 ;
f) tensão devido à carga acidental, δ𝑄 ;
g) combinação 1, carga acidental como principal;
h) combinação 2, carga de vento como principal; e
i) combinação 3, tração máxima.
Portanto, no primeiro instante, foi determinado o momento de inércia de todas as
alvenarias que compõem o sistema estrutural da edificação. Essas inercias foram calculadas de
acordo com a equação 9 que se segue:
𝑏 ∗ ℎ3 (9)
𝐼=
12
Deste modo, para as alvenarias horizontais (paralelas ao eixo X), o momento de inércia
foi calculado na direção do eixo Y, em torno do eixo X, garantindo que o comprimento das
paredes constitua a altura, ℎ, na equação acima, levando a resultados coerentes com a rigidez
que cada painel oferece para o contraventamento.
Logo, de maneira análoga, para as alvenarias verticais (paralelas ao eixo Y), o momento
de inércia foi calculado em torno do eixo Y. Portanto, os resultados obtidos podem ser
verificados na figura 15 abaixo:
Figura 15 - Momentos de inércia das alvenarias horizontais
A B

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Sendo assim, de acordo com as figuras acima (fig.15), a edificação apresenta inercia
total maior na direção do eixo Y. Entretanto, de forma global, deve-se esperar maior rigidez da
estrutura na orientação do eixo X, devido à menor área de influência para a ação eólica, além
do maior comprimento apresentado por ela nesse mesmo sentido.
Em seguida, foi determinado a força de desaprumo, F, que pode ocorrer devido a
imperfeições técnicas no momento da construção, levando a um deslocamento global da
edificação em relação ao plano vertical. Ainda, a NBR 6118/2003 destaca que se deve levar em
conta as imperfeições geométricas do eixo dos elementos estruturais na verificação do estado
limite último.
De fato, segundo à norma supracitada, essa força é calculada pelo produto entre o ângulo
de rotação, φ, e a carga vertical total de um pavimento, verificada no presente trabalho na figura
3. Portanto, o ângulo de rotação foi determinado por meio da equação 10:
1 (10)
φ=
100√𝐻
Onde, H, é a altura total da edificação.
Logo, a força de desaprumo foi calculada segundo a equação 11 abaixo:
𝐹 = φ∗p (11)
Na qual, p, representa a carga total de um pavimento da edificação. Deste modo, o resultado
obtido encontra-se ilustrado na figura 16 que se segue:
Figura 16 - Força de desaprumo atuante na edificação

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Posteriormente, foi determinado o momento acumulado atuante em cada um dos
pavimentos devido as ações das forças de arrasto conjuntamente com a força de desaprumo,
segundo a equação 12 a seguir:
𝑀 = (𝐹𝑎 + 𝐹) ∗ ℎ (12)
Dessa forma, as figuras 17 e 18 demonstram os resultados alcançados ao se efetuar a
equação 12 nas duas direções analisadas no corrente estudo.
Figura 17 - Momento atuante por pavimento na direção X

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Figura 18 - Momento atuante por pavimento na direção y

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Então, percebe-se que os maiores momentos, M, foram verificados para a direção Y,
visto que a ação do vento apresentou maior magnitude nessa orientação, devido a maior área de
influência para sua atuação nesse sentido.
Seguidamente, para realizar as combinações descritas nas alíneas g, h e i da presente
seção, foi necessário antes determinar as tensões provenientes dos momentos, das cargas
permanentes, assim como as tensões oriundas das cargas acidentais.
Portanto, as tensões, devido ao momento fletor, foram obtidas fazendo o uso da equação 13 a
seguir:
𝑀∗ℎ (13)
δ𝑀 =
2 ∗ 𝐼𝑡
Na qual, ℎ, é o comprimento da alvenaria, 𝑀, é o momento atuante no pavimento, segundo as
figuras 17 e 18, e 𝐼𝑡 é o somatório da inercia de todas as alvenarias para cada direção analisada.
Sendo assim, os resultados obtidos para essa tensão, em cada uma das alvenarias, em
ambas orientações, foram consolidados para todos os níveis da edificação conforme ilustram as
figuras 19 e 20 abaixo:
Figura 19 - Tensões devido aos momentos atuantes nas alvenarias horizontais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Figura 20 - Tensões devido aos momentos atuantes nas alvenarias verticais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Logo, era de se esperar maiores tensões nas alvenarias orientadas paralelamente ao eixo
Y, devido aos maiores momentos, anteriormente verificados (fig.17 e fig.18), nesse sentido.
Por conseguinte, as tensões oriundas das cargas permanentes e acidentais, foram
determinadas através da seguinte equação (eq. 14):
𝐹 (14)
𝛿=
𝐴
Onde, F, é a resultante de carga e A, a área da seção longitudinal das alvenarias. Em virtude
disso, as tensões acima citadas foram determinadas para todas as alvenarias. Entretanto, devido
ao grande volume de dados, segue ilustrado nas figuras 21 e 22 apenas os resultados adquiridos
para os elementos paralelos ao eixo coordenado X.
Figura 21 - Tensões devidas às cargas permanentes atuantes nas alvenarias horizontais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Figura 22 - Tensões devidas às cargas acidentais atuantes nas alvenarias horizontais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Portanto, compreende-se das figuras acima que as tensões oriundas das cargas
permanente constituíram valores maiores que as tensões advindas das cargas acidentais. De
fato, os esforços solicitantes ditos permanentes são superiores aos acidentais, em concordância
com a figura 6.
Anteriormente, por meio da equação 3, foi determinado a resistência característica à
compressão simples, 𝑓𝑘 , das alvenarias. No entanto, se tratando da flexocompressão, esses
resultados foram alcançados ao se realizar as combinações descritas nas alíneas g e h da atual
seção.
De fato, a combinação 1 considerou a carga acidental como principal esforço solicitante
nos elementos estruturais, levando à obtenção do 𝑓𝑘 , através da equação 15, para posterior
aquisição da resistência do prisma, 𝑓𝑝𝑘 , segundo a equação 2.
𝛾𝑓𝑞 ∗ 𝛿𝑞 + 𝛾𝑓𝑔 ∗ 𝛿𝑔 𝛾𝑓𝑣 ∗ 𝜓0 ∗ 𝛿𝑚 𝑓𝑘 (15)
+ ≤
𝑅 1,5 𝛾𝑚
De forma análoga, a combinação 2, por sua vez, considerou a ação do vento como
principal esforço solicitante na estrutura da edificação. Em vista disso, a equação 16 a seguir,
possibilitou a obtenção do 𝑓𝑘 para esta nova condição.
𝛾𝑓𝑞 ∗ 𝜓0 ∗ 𝛿𝑞 + 𝛾𝑓𝑔 ∗ 𝛿𝑔 𝛾𝑓𝑣 ∗ 𝛿𝑚 𝑓𝑘 (16)
+ ≤
𝑅 1,5 𝛾𝑚
Já a combinação 3, diz respeito à tração máxima, verificando se é existente a necessidade
de se atribuir armaduras às alvenarias a fim de combater os esforços de tração provocados pela
ação eólica. De fato, essa combinação sinaliza se as alvenarias estão, principalmente, sob
esforços compressivos ou de tração. Ainda, a tração máxima foi calculada de acordo com a
equação 17 abaixo:
𝑓𝑡𝑘 (17)
1,4 ∗ 𝛿𝑚 ± 0,9 ∗ 𝛿𝑔 ≤
𝛾𝑚
Para efeitos de cálculo, todos os coeficientes de majoração ou minoração, empregados
nas equações 15, 16 e 17 acima, foram coletados das normas da ABNT NBR 15961-1/2011 e
NBR 6118/2003, assim como as combinações supracitadas. Os coeficientes utilizados,
portanto, foram os ilustrados na figura 23 a seguir:
Figura 23: Coeficientes de majoração e minoração

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Devido ao grande volume de dados, em decorrência da quantidade de alvenarias aqui
analisadas, no discorrer do presente estudo serão apresentados apenas alguns dos painéis mais
solicitados, de modo a facilitar a visualização dos resultados sem comprometer a relevância, ou
ainda, a análise do corrente estudo.
Isto posto, a aplicação das combinações 1, 2 e 3, acima descritas, levou à aquisição dos
resultados expostos nas figuras 24 e 25 quanto à necessidade de se armar as alvenarias assim
como em relação aos 𝑓𝑘 ’s obtidos.
Figura 24 - Resultados das combinações 1, 2 e 3 na orientação X

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Figura 25 - Resultados das combinações 1, 2 e 3 na orientação vertical

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Logo, é fácil perceber a necessidade de armadura até, no mínimo, metade da edificação
em ambas direções. Além de coeficientes de classificação de resistência (𝑓𝑘 ), da ordem de 10
Mpa, na direção X e 8 Mpa, na direção Y, uma vez que os blocos apresentam valores comerciais
crescentes de 2 em 2 Mpa.

FLEXOCOMPRESSÃO COM ATRIBUIÇÃO DAS ABAS AOS PAINÉIS


O incremento das abas às alvenarias da edificação foi executado segundo
recomendações da NBR 15961-1(2011). De fato, os seus comprimentos efetivos obedeceram
ao limite estabelecido pela norma, segundo a equação 18 abaixo:
𝑏𝑓 ≤ 6𝑡 (18)
Em vista disso, o comprimento efetivo das abas foi fixado constante para todos os
painéis, uma vez que a espessura mínima das alvenarias para prédios com mais de dois
pavimentos é de 14 cm, como destaca a NBR 15961-1(2011). Sendo assim, à todas as abas, 84
cm de comprimento foram imputados.
De forma análoga ao procedimento de cálculo exposto na seção anterior foram
realizadas, então, as combinações destacadas nas alíneas g, h e i, também da seção anterior. No
entanto, foi necessário recalcular os momentos de inércia das alvenarias, visto que essas
passaram a apresentar seções compostas, como ilustra a figura 26 a seguir:
Figura 26 - Alvenarias X1 e X2, após emprego das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software AutoCad


Deste modo, os resultados obtidos para as mesmas alvenarias analisadas nas figuras 24
e 25, seguem expostos nas figuras 26 e 27 abaixo:
Figura 26 - Resultados das combinações 1, 2 e 3 na orientação horizontal após atribuição das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

Figura 27 - Resultados das combinações 1, 2 e 3 na orientação vertical após atribuição das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Logo, ao comparar os resultados aqui obtidos, aos da seção 2.8, nota-se uma redução
significativa da necessidade de armadura nas alvenarias. De fato, a maior carência revelou-se
pela alvenaria Y1, até o 3° pavimento (fig.27), a qual, anteriormente, demandava o combate à
flexão até o 6° piso. Além disso, se tratando do 𝑓𝑘 , esse apresentou menores amplitudes em
ambas direções. A valer, onde antes era necessário resistir 10 Mpa (alvenaria X7, fig.24), com
o incremento da aba, passou a solicitar 8 Mpa (fig.26).

ESTABILIDADE GLOBAL
Segunda a NBR 6118, toda estrutura deve passar pela análise da sua estabilidade global.
De fato, é importante verificar a magnitude do momento de segunda ordem atuante na
edificação, devido ao deslocamento provocado pelos esforços horizontais, e comparar com os
limites estabelecidos pela norma supracitada de acordo com estado limite de serviço (ELS), o
qual destaca que o deslocamento no topo de qualquer edificação bem como na seção
intermediária da estrutura, não devem exceder, respectivamente, os valores oriundos das
equações 19 e 20 a seguir:
𝐷𝑡𝑜𝑝𝑜 = 𝐻 ⁄1700 (19)
𝐷𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 = 𝐻𝑖 ⁄850 (20)
Nas quais, H, é a altura total da edificação e 𝐻𝑖 , a altura inter-pavimentos ou pé-direito
arquitetônico.
Portanto, o presente trabalho, com auxílio do software Ftool, verificou os deslocamentos
horizontais incitados pelas forças de arrasto do vento de forma conjunta com a força de
desaprumo, dispostos, nessa ordem, nas figuras 14 e 16.
Isto posto, a análise da deformação horizontal da estrutura foi realizada nas direções dos
eixos coordenados X e Y, além de avaliar a influência das abas nesse comportamento. Ainda,
se tratando de alvenaria estrutural, com base na NBR 6118, o presente trabalho considera que
não deve ser extrapolado o limite estabelecido pela inequação 21 em relação à estabilidade
global da edificação.
𝛾𝑧 ≤ 1,1 (21)
O corrente estudo analisou os parâmetros adquiridos através das equações 19, 20, e 21
a fim de verificar a diferença de desempenho da estrutura ao se adicionar as abas às alvenarias
que compõem o sistema estrutural da edificação.

DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS SEM CONSIDERAÇÃO DA INFLUÊNCIA DAS ABAS


Desconsiderando a influência das abas, analisando nos sentidos paralelos aos eixos X e
Y, a edificação apresentou as deformações ilustradas na figura 28, para o topo e a seção
intermediária da estrutura.
Figura 28 - Deformações paralelas aos eixos X e Y no topo e na seção intermediária da edificação

FONTE: Autor, com auxílio do software AutoCad


Sendo assim, de acordo com as equações 19 e 20, os limites permitidos para edificação
foram estabelecidos a seguir, pela figura 29, uma vez que a edificação possui 10 pavimentos de
2,7m de pé-direito, cada, levando a altura total H=27m da estrutura.
Figura 29 - Deslocamentos limites, segundo ELS

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Portanto, da figura 29, depreende-se que os deslocamentos obtidos com auxílio do Ftool
(figura 28) passaram na verificação do ELS, uma vez que são inferiores aos limites
quantificados de 1,59 cm no topo e 0,32 cm na seção intermediária.
Sendo assim, posteriormente foi calculado o parâmetro 𝛾𝑧 , nas duas direções analisadas,
a partir da equação 22 a seguir:
1 (22)
𝛾𝑧 =
𝑀
1 − 𝑀2
1

Onde, 𝑀2 , é o momento de segunda ordem e 𝑀1 , o de primeira ordem.


Deste modo, a aquisição dos momentos de primeira e segunda ordem foi realizada, mais
uma vez, com o auxílio do Ftool, estabelecendo os dados ilustrados na figura 30 a seguir:
Figura 30 - Momentos de 1° e 2° ordem sem a influência das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Por fim, a estabilidade foi verificada por meio da equação 22, levando aos resultados
expostos na figura 31 abaixo:
Figura 31 - Verificação da estabilidade global em ambas direções principais

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL

DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS LEVANDO EM CONTA A INFLUÊNCIA DAS ABAS


De maneira análoga à seção anterior os deslocamentos foram analisados e
posteriormente verificados no ELS, também de acordo com as equações 19 e 20. Dessa maneira,
os resultados adquiridos seguem expostos nas figuras 32 abaixo:
Figura 32 - Deformação paralela ao eixo X no topo da edificação com influência das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software AutoCad


Logo, comparando com os deslocamentos obtidos sem o acréscimo das abas, aqui foram
verificadas menores amplitudes de deformação da edificação. De fato, esse resultado era
esperado, já que as abas aumentaram a rigidez da estrutura ao contribuir com o aumento da
inercia das alvenarias.
Isto posto, de maneira semelhante ao procedimento de cálculo executado na seção
anterior, foram determinados os momentos de primeira e segunda ordem, como ilustra a figura
33 abaixo:
Figura 33 - Momentos de 1° e 2° com a influência das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Finalmente, mais uma vez fazendo uso da equação 22, seguem ilustrados na figura 34
os resultados adquiridos referentes a verificação da estabilidade global da estrutura, em ambas
direções.
Figura 34 - Verificação da estabilidade global sob influência da atribuição das abas

FONTE: Autor, com auxílio do software EXCEL


Portanto, comparando os resultados nesta seção obtidos com os resultados da seção
anterior, nota-se valores de 𝛾𝑧 mais distantes do limite estabelecido pela inequação 21. Dessa
forma, as abas conferiram uma maior estabilidade à estrutura, com deslocamentos minimizados.
CONCLUSÃO
O acréscimo das abas aos painéis de contraventamento apresentado nesse trabalho se
mostrou viável, na medida que os resultados obtidos revelaram uma considerável redução de
esforços de tração nas alvenarias acarretando a redução de paredes armadas para o
estabelecimento do sistema estrutural. Dessa forma, essa redução proporciona benefício como
menor volume de graute, necessário para a execução das armaduras de forma interna às
alvenarias, bem como a redução da própria quantidade de armaduras empregadas. De fato, esses
benefícios se traduzem em menores custos agregados o valor de execução da obra, já que
diminui também a necessidade de mão de obra como, por exemplos, armadores e serventes.
Além disso, as seções compostas formadas pelo incremento das abas conferiram uma
maior inércia aos painéis, melhorando o comportamento da edificação quanto à sua estabilidade
global apresentando deslocamentos de menores amplitudes em ambas direções analisadas.
Quanto à resistência característica à compressão dos blocos, 𝑓𝑏𝑘 , essa se mostrou mais
solicitada quando foi analisada a flexo-compressão, isso devido a ação eólica assim como a
força de desaprumo que acresceram os esforços solicitantes na estrutura.
Por fim, o incremento das abas, no momento do estabelecimento do projeto estrutural,
se mostrou exequível, visto que é um procedimento de cálculo viável e que não exige softwares
mais sofisticados, além de apresentar reais benefícios ao dono de um possível empreendimento
consolidado neste sistema estrutural.

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15961-1: Alvenaria


estrutural – Blocos de concreto – Parte 1: projeto. Rio de Janeiro, 2011.

__________. NBR 6118: Projeto de estrutura de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro,


2003.

__________. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro,
1980.

__________. NBR 6123: Forças devidas ao vento em edificações. Rio de Janeiro, 1988.

PARSEKIAN, G. A. Parâmetros de Projeto de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto.


Ed. UFSCar. 2012.

RAMALHO, MÁRCIO A. CORRÊA, MÁRCIO R.S. Projeto de Edifícios de Alvenaria


Estrutural. Ed. Pini. São Paulo. 2003.

TAUIL, C.A. NESE, F.J.M. ALVENARIA ESTRUTURAL. Ed. Pini. São Paulo. 2010.
SILVA, I.M. Análise de edifícios de alvenaria estrutural sujeitos às ações do vento. São Carlos,
1996. 81p. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de
São Paulo.

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