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ELETRICIDADE E ELETRÓNICA
SEBENTA
MÓDULO 10
OSCILADORES
Cristal – utilizam cristais de quartzo para gerar sinais com valores de frequência altamente
estáveis.
Esses osciladores possuem como célula básica o oscilador de relaxação que gera sinais do tipo
dente-de-serra, possibilitando a obtenção das outras formas de onda.
Os osciladores senoidais representam a maior parte das aplicações em eletrônica analógica, o que justifica
o detalhamento do princípio básico de funcionamento deste tipo de estruturas.
Basicamente, os osciladores senoidais são circuitos que, através de amplificação e realimentação, dão uma
onda senoidal de saída. Seu elemento ativo é normalmente um simples transístor, AMP-OP ou FET e a
frequência de operação é determinada por um circuito sintonizado (ou um cristal pizoelétrico) na malha
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de realimentação. Existem muitos tipos de circuitos osciladores, alguns fatores que entram na escolha de
um circuito oscilador para uma aplicação particular inclui:
1. Frequência de operação;
2. Potência de saída;
3. Estabilidade de frequência;
4. Estabilidade da amplitude da onda de saída;
5. Pureza da forma de onda;
6. Probabilidade de não ocorrer outros modos de oscilação.
O que faz um circuito oscilar? O critério para oscilação pode ser estabelecido em várias rigorosas e
equivalentes formas. Primeiro, um oscilador contém um elemento ativo de duas portas devendo possuir
uma malha de realimentação por onde parte do sinal de saída é aplicado na entrada.
Se o sinal de realimentação é maior que, e está em fase com a entrada, oscilações começam e crescem em
amplitude até que a saturação reduza o ganho através da malha de realimentação para a unidade.
Portanto, critério um é aquele que o circuito oscila quando a malha de realimentação está presente,
provendo no mínimo um ganho de realimentação igual a unidade de deslocamento de fase igual a zero.
O diagrama de blocos apresentado a seguir mostra um amplificador que possui um ganho “A”, e uma rede
de realimentação com ganho B dependente da freqüência. A saída VS fornece a tensão senoidal gerada
pelo oscilador. O oscilador pode iniciar sua oscilação a partir dos passos a seguir:
VS A VE
VR A B VE
Fechando a chave “S2” e abrindo “S1”, VR é aplicada na entrada do amplificador. Para que a tensão
de saída não varie em relação ao passo anterior, é necessário que:
VR VE
Neste caso, duas condições devem ser observadas, os chamados “Critérios de Brakhausen”:
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A B 1 A B VE VE
A B 1 A B VE VE
A tensão de entrada por ser apenas utilizada na “ignição” do sistema, é chamada de “tensão de partida”.
Na prática, a utilização de uma tensão de partida é inviável, pois exigiria circuitos ou equipamentos extras
para obter as oscilações. O que realmente acontece é que os osciladores utilizam a tensão de ruído inerente
a qualquer circuito eletrônico como tensão de partida. A tensão de ruído apresenta uma composição
harmônica muito rica, ou seja, é composta pela somatória de infinitas senoides de freqüências diferentes
e amplitudes muito pequenas.
Como já foi mencionado anteriormente, o ganho da rede de realimentação é dependente da freqüência e
então apenas uma dessas harmônicas atenderá aos critérios de Barkhausen, gerando oscilações neste
valor. Para garantir uma oscilação em níveis de tensão utilizáveis, é necessário fazer com que o produto
(A.B) seja um pouco maior que a unidade, no início do processo da oscilação. Assim, existirá a tendência de
elevação do valor da tensão até que ocorra a saturação do amplificador. Neste momento o produto (A.B)
torna-se igual a um e as oscilações estabilizam sua amplitude.
Produto A.B
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4. OSCILADOR COLPITTS A TRANSÍSTOR
O oscilador Colpitts a transístor pode ser implementado como mostra a figura abaixo. A freqüência
do circuito é determinada pela equação abaixo:
1
fo
2 LC EQ
C1C 2
C EQ
C1 C 2
A figura acima mostra um circuito oscilador Colpitts empregando um amp-op como elemento ativo.
Novamente, o amp-op fornece a amplificação necessária, e a freqüência do oscilador é determinada pelo
circuito de realimentação LC, de uma configuração Colpitts.
5. Oscilador Hartley
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Se os elementos do circuito ressonante da Fig. 2.9 são X1 e X2 (indutores), e X3 (capacitor), o circuito é um
oscilador Hartley.
A figura acima mostra um circuito oscilador Hartley a TBJ. O circuito opera na freqüência determinada
pela Equação abaixo
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6. Oscilador Clapp
O circuito oscilador de Clapp utiliza um amplificador de emissor comum, conforme se verifica no esquema
de ligações abaixo. Do ponto de vista do sinal, a bobina encontra-se em paralelo com os condensadores C1
e C2 e em série com C3 .
1
f
2 L Ceq
Visto que os três condensadores estão ligados em série, temos:
1 1 1 1
Ceq C1 C2 C3
Se os valores das capacidade dos condensadores C1 e C2 forem mais elevadas do que C3 , então pode-se
considerar que Ceq C3 , pelo que a expressão de cálculo simplifica-se para:
1
f
2 L C3
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O CIRCUITO INTEGRADO 555
INTRODUÇÃO
O temporizador 555 é um dos componentes mais utilizados em projectos de circuitos electrónicos, tanto
na indústria como em instrumentação laboratorial.
𝑻 = 𝟏, 𝟏 × 𝑹 × 𝑪
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Oscilador astável com o C.I. 555
Este circuito pode ser utilizado como um temporizador genérico ou como um gerador de onda quadrada
quando o valor da resistência RB for muito maior que o valor da resistência RA (RB>> RA) entre outras
aplicações práticas.
O intervalo de tempo (T1) em que o sinal de saída se mantém no nível alto e o intervalo de tempo (T2) em que o
sinal de saída se mantém no nível baixo são dados pelas respectivas expressões:
T1 0,693 RA RB C T2 0,693 RB C
O período T da onda da tensão UO é a soma dos intervalos de tempo T1 e T2 e pode ser calculado
recorrendo à seguinte expressão:
T 0,693 ( R A 2 RB ) C
Outros parâmetros a considerar são a frequência (f) e o ciclo de trabalho (CT 1), dados pelas seguintes
1,44
f
( R A 2 RB ) C
expressões:
R A RB
CT1
R A 2 RB
Dados do circuito:
+Vcc=5V
RA=6,8k
RB=3,3k
C=0,1F
C1=0,01F
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