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A Surdez, o Surdo e

a Língua de Sinais
Maria Estelita P. Ferreira
Professora
E-mail: starmadre@hotmail.com
Tel.: 3646-2642
9103-6607
OBJETIVO
Sensibilizar a comunidade
escolar a respeito dos
problemas auditivos e sua
interferência na aprendizagem
e na integração social dos
alunos surdos.
SURDEZ
A surdez consubstancia
experiências visuais do mundo. Do
ponto de vista clínico caracteriza-
se pela diminuição de acuidade e
percepções auditivas que dificulta
a aquisição da linguagem oral de
forma natural.
 Período de aquisição:

 Congênitas
 Adquiridas

 Etiologia:
 Pré-natais
 Peri-natais
 Pós-natais
A deficiência auditiva
Origem:
•Congênita: causada por viroses
materna doenças tóxicas
desenvolvidas durante a gravidez ou
•Adquirida: causada por ingestão de
remédios que lesam o nervo
auditivo, exposição a sons
impactantes, viroses, predisposição
genética, meningite, etc.
O audiômetro é um
instrumento utilizado para
medir a sensibilidade auditiva
de um indivíduo. O nível de
intensidade sonora é medido
em decibel (dB).
Graus (perda auditiva)

Normal - 0 a 15
Leve - 16 a 40
Moderada - 41 a 55
Surdez acentuada - 56 a 70
Severa - 71 a 90
Profunda - + de 90
Classificação da perda
auditiva
Unilateral (afeta apenas uma
orelha )
Bilateral (afeta as duas
orelhas)
Anacusiva é a ausência total
de percepção auditiva.
Como chamar o portador
desta deficiência?

Deficiente Auditivo (SIM)


Surdo-mudo (não)
Mudinho (não)
Surdinho (não)
Surdo (SIM)
Avaliação da perda
auditiva
Existem várias formas para
detectar a perda auditiva:
Audiometria Tonal (tanto
quantifica como qualifica) exame
objetivo;
Imitânciometria – mede a
complacência da membrana
timpânica
B.E.R.A (subjetivo) como um
exame de EEG
(eletroencefalograma ) e outros.
Prevenção da surdez

O conhecimento da saúde dos pais tem


uma importância decisiva para a
prevenção da surdez. Por meio de exames
é possível detectar e tratar doenças:
Sífilis
Toxoplasmose
Diabetes
Aids
RUBÉOLA
Essa doença pode passar
despercebida e muitas vezes é
confundida com intoxicação ou
sarampo.
Rubéola na gravidez é a maior
causa de deficiência auditiva
em bebês.
Quem deve se vacinar?

Crianças de 1 a 12 anos de
ambos os sexos;
Adolescentes do sexo
feminino;
Mulheres em idade fértil.
Cuidados com o ouvido
Dores de ouvido freqüentes;
Não usar cotonete ou qualquer outro
objeto para limpar ou coçar o ouvido;
Evite brincadeiras com objetos
barulhentos;
Remédios caseiros;
Amídalas aumentadas ou adenóides;
As alergias devem ser tratadas.
Doenças infantis que podem
causar surdez
Meningite
Sarampo
Caxumba
Diabetes
Viroses
Teste da orelhinha
Todo recém-nascido deve
realizar o exame de
emissões otoacústicas,
conhecido como “teste da
orelhinha”.
A importância do
diagnóstico precoce
A surdez em bebês deve ser
descoberta no nascimento ou,
no mais tardar, nos 6
primeiros meses de vida.
Estudos comprovam que
bebês surdos que receberam
intervenção até os 6
primeiros meses apresentam
melhor rendimento na
aquisição da linguagem e da
informação.
Quem são os
surdos?
Dicionário Aurélio
SURDO
1. Que não ouve, ou quase não ouve; mouco.
2. Pouco sonoro; pouco audível:
3. Aquele que não ouve, ou que ouve muito mal.

MUDO
1. Impossibilitado de falar; privado do uso de palavra por defeito
orgânico.
2. Impedido de falar em virtude de inibição psíquica (emoção, medo,
ódio, etc.).
3. Que não registra sons ou palavras

FALA
1. Ação ou faculdade de falar (1):
Surdo: dificuldade parcial
ou total no que se refere à
audição

Mudo: problema ligado à


voz (não produz som para a
comunicação).
Surdo-Mudo
Provavelmente a mais antiga e
incorreta denominação atribuída
ao surdo, e infelizmente ainda
utilizada em certas áreas e
divulgada nos meios de
comunicação, principalmente
televisão, jornais e rádio.
* O fato de uma pessoa ser
surda não significa que ela
seja muda. A mudez é uma
outra deficiência, totalmente
desagregada à surdez. São
minorias os surdos que
também são mudos.
SURDO
São aquelas pessoas que
utilizam a comunicação espaço-
visual como principal meio de
conhecer o mundo em
substituição à audição e à fala .
O que é a deficiência
auditiva?
É apenas uma perda
sensorial, por isso as
pessoas com problemas de
audição tem potencialidade
igual a de qualquer ouvinte.
Língua
É um sistema de signos
compartilhado por uma
comunidade lingüística
comum.
“Línguas dependem do cérebro
humano, não do ouvido.” (Stokoe,
2001: 404)

“Languages depend on the human brain, not on


the naked or electronically assisted human
ear.”
A fala ou os sinais são
expressões de diferentes
línguas.

A fala é um fato social.


Qual a diferença entre línguas
orais e de sinais?

Modalidade!

Aparatos articulatório-perceptuais distintos




 
Lingüística
Saussure
Chomsky
Lingüística
Lingüística

Gallaudet
William
University
Stokoe
Linguagem
Capacidade que o homem e alguns
animais possuem para se
comunicar, expressar seus
pensamentos.
A HISTÓRIA DOS SURDOS
ORALISMO (1880 Congresso de Milão)

COMUNICAÇÃO TOTAL (1960)

BILINGUISMO (1980)
Língua Brasileira
de Sinais
LÍNGUA DE SINAIS
São as línguas utilizadas pelas
comunidades surdas. As línguas
de sinais apresentam as
propriedades específicas das
línguas de sinais, sendo,
portanto, reconhecidas enquanto
línguas pela Lingüística.
É a língua natural da
comunidade surda com
estrutura e gramática
próprias, utilizada para a
comunicação.
LEI QUE RESPALDA A ATUAÇÃO
DA LIBRAS.
Lei federal de nº 10.436 de
24 de abril de 2002.
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora,
com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de
transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do
Brasil.

Decreto nº 5.626 de 22 de
Dezembro de 2005.
Art. 1o Este Decreto regulamenta a nº 10.436.
Decreto nº 5.626, de 22 de
dezembro de 2005

Art. 2o Para os fins deste Decreto,


considera-se pessoa surda aquela que, por
ter perda auditiva, compreende e interage
com o mundo por meio de experiências
visuais, manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua
Brasileira de Sinais - Libras.
CAPÍTULO II
DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO
DISCIPLINA CURRICULAR

Art. 3o A Libras deve ser inserida como


disciplina curricular obrigatória nos cursos de
formação de professores para o exercício do
magistério, em nível médio e superior, e nos
cursos de Fonoaudiologia, de instituições de
ensino, públicas e privadas, do sistema federal
de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
§2o A Libras constituir-se-á em
disciplina curricular optativa nos
demais cursos de educação
superior e na educação
profissional, a partir de um ano da
publicação deste Decreto.
A importância da LIBRAS
para a Comunidade Surda
É através da Língua de
Sinais que a comunicação de
pessoas surdas acontece
com mais rapidez e
eficiência entre as pessoas
que dela fazem uso.
A LIBRAS
É independente da Língua
Portuguesa. Quanto mais
cedo uma pessoa surda
aprende a Língua de Sinais,
mais facilmente ela terá
conhecimento de mundo e
mais rápida será a sua
aprendizagem.
Na Família
A criança que nasceu surda
em uma família de pais
surdos, tem uma
comunicação natural e
direta através da Língua de
Sinais.
Ao contrário da criança que
nasceu em família de
pessoas que ouvem, onde a
sua comunicação não será
tão rápida e direta.
Na Sociedade

A forma de comunicação é
fundamental para
transmitir e receber
informações.
Para receber a evolução do
mundo com a rapidez em
que a comunicação
acontece, uma pessoa surda
também precisa estar
recebendo informações tão
rapidamente quanto
necessário.
A falta de informações
sobre esta língua também
dificulta a pessoa surda
de usufruir seus direitos
de cidadão.
“Se não são dadas as condições mínimas
necessárias para que as desigualdades
possam começar a ser corrigidas, não só
estamos diante de um problema de
injustiça, mas também diante do abismo
entre seres humanos que não só discrimina
os desfavorecidos, mas que os afastem
definitivamente da sociedade”.
(SACRISTÁN, 2001, p. 66)
PARA REFLETIR
Obrigada!
Maria Estelita P. Ferreira
E–mail: starmadre@hotmail.com
Telefone: 3646-2642
Celular: 9103-6607

F I M

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