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Câncer de Pulmão - Outros fatores como: Urânio, Níquel, Crômio,

Arsênio, Cloro, gás mostarda, Carvão e Tinta de


Epidemiologia impressão;
- CA Brônquico=> 85% dos Tumores Malignos
Primitivos do TRI. Genética dos Tumores
- É o câncer mais letal em ambos os sexos; - Não é doença genética de padrão de herança
- Sobrevida em 5 anos entre 9 e 15%; mendeliana;
- Sobrevida de 4 meses (sem tratamento); - Lesões gênicas são adquiridas:
- Pico de Incidência ocorre aos 60 anos; * ativação de oncogenes e inativação de genes
- Representa 12,4% dos novos casos de câncer; supressores da oncogênese
- Homens tem aproximadamente 4 vezes mais risco; - Susceptibilidade Familiar: parentes de 1º grau de
- Doença maligna das mais prevalentes do mundo; indivíduos que tiveram CA de pulmão têm 2 a 6 vezes
- Causa de morte proporcional a soma da mortalidade mais chance do que a população geral,
somadas de CA de Mama, próstata e intestino independentemente do uso de cigarro;
combinadas;
- Felizmente, a mortalidade vêm em queda para todas Proto-oncogenes
as idades; - genes normalmente presentes nos cromossomos,
- Para os homens, só é menos prevalente que o CA de necessários ao crescimento celular e regeneração
próstata, e para as mulheres, perde em prevalência tecidual.
para o CA de Mama, de Colo de útero e de Colón e - sob estímulos químicos, físicos, virais ou herança
reto; genética sofrem mutação => Oncogene

Fatores de Risco Oncogenes


1. TABAGISMO - genes capazes de causar tumores;
2. Poluição Ambiental - agem de maneira autônoma;
3. Fatores Ocupacionais - não obedecem ao controle do crescimento celular;
4. Cicatrizes de Doenças Pulmonares - induzem transformação maligna da célula;
5. Susceptibilidade Familiar
Classificação Histológica
Tabagismo A) Carcinoma de células Pequenas – CPC
- 90% dos Casos ocorrem em Fumantes ou em Ex- - Tumores Centrais
fumantes; - São os mais Malignos
- Risco Para Fumantes é de 8 a 20x maior do que para - Metástases Hematogênicas são muito precoces
não fumantes;
- Risco aumenta com a quantidade e o tempo de B) Carcinoma de células não pequenas – CÑPC
Fumo consideravelmente - Carcinoma Espinocelular
- Fumantes passivos tem de 0 a 75% de risco maior do - Tipo mais comum
que o não fumante. - Tumores centrais
- Cessar o tabagismo diminui a chance de desenvolver - Podem necrosar
CA de pulmão após 15-20 anos. - Abcessos no Rx
- Há risco menor, quanto o hábito está relacionado ao
uso de cachimbos e charutos. - Adenocarcinoma Lepídico
- Alterações no genoma são causadas pelos - 5% de todos os tumores;
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, N- - Citologia de escarro positiva;
nitrosaminas, aminas aromáticas, benzeno, arsênico, - forma pneumônica;
acetaldeído, polônio;
- Carcinoma de células grandes
Poluição Ambiental - 15% dos TU de Pulmão
- População urbana tem maior risco para CA de - Heterogêneos
Pulmão; - Periféricos e Volumosos
- Exposição ao radônio residual; - Anaplásicos ou Indiferenciados

Fatores ocupacionais História Clínica


- Exposição ao Asbesto, sílica, fumo passivo, e Sintomas Sistêmicos
combustão de disel. 1. Astenia
2. Mal estar
3. Perda ponderal
4. Diminuição da libido  Disfagia
5. Febre  Tosse
 Dispneia
Sintomas respiratórios  Dor Torácica
1. Aparecimento ou mudança do caráter da tosse;
2. Aparecimento ou piora do grau de dispneia; Síndrome de Pancoast
3. Escarro Hemático - 4% dos tumores
4. Hemoptise - Ápice do pulmão, posterior, junto ao plexo braquial;
5. Pneumonia de repetição no mesmo local - Infiltra raízes nervosas e osso
- Dor intensa, alteração na temperatura cutânea,
Sintomas por invasão de estruturas contíguas atrofia da musculatura do ombro e da mão;
1. Dor torácica
2. Dispnéia – derrame pleural, pericárdico; Síndrome de Claude Bernard-Horner
3. Rouquidão ou disfonia; - Infiltração da cadeia simpática e do gânglio
4. Paralisia do nervo frênico; estrelado;
5. Síndrome de Compressão da veia cava superior - enoftalmia, ptose palpebral, miose, anidrose da face
6. Síndromes de Pancoast (dor em ombro e na face e membro superior ipsilateral
dorsal do braço ipsilateralmente acometido,
dormência no cotovelo e antebraço, fraqueza e Sintomas das síndromes paraneoplásicas
hipotrofia muscular, com atrofia de quarto e Hidroeletrolíticas: Hipercalcemia
quinto quirodáctilos) e de Claude bernard- Endocrino-metabólicas: S. Cushing, secreção
Horner ( miose e ptose palpebral, enoftalmia inadequada de ADH;
e anidrose) OA: Osteoartropatia hipertrófica (ossos longos e
hipocratismo digital)
Derrame pleural Hematológico: TEV/TEP, trombocitose, púrpura, R.
- 8 a 15% dos casos por infiltração pleural ou Leucemóide, eosinofilia;
obstrução linfática - Neurológica/Muscular: neuropatia periférica e
- Hemorrágico. autonômica, encefalomielite, Síndrome miastênica de
- Toracocentese com biópsia pleural dá 80% Eaton-Lambert, polimiosite;
diagnóstico. - Cutâneas: Herpes-zoster
- Cardiovasculares: Tromboflebite migratória;
Derrame Pericárdico
- 15% dos casos por disseminação linfática ou invasão Sintomas relacionados às Metástases:
direta;  Linfonodos do Mediastino – 80%
- Arritmias e tamponamento cardíaco.
 Intracranianos – 30%
Paralisia do n. laríngeo recorrente e frênico - cefaleia, náuseas, vômitos, déficit focal e
- rouquidão em 5% dos casos; alteração de personalidade;
- paralisia diafragmática em 1% dos casos, geralmente - TC de crânio com contraste;
assintomática. - RNM encéfalo;
- Tumor irressecável;
 Hepáticas – 35%
Síndrome da Veia Cava Superior - Em geral, assintomáticos;
- Tumor maligno intra-torácico - Achado no exame físico: icterícia, aumento do
- 75% causado pelo CA de pulmão; fígado, endurecido e irregular;
- 5-10% dos doentes;
- Compressão pelo tumor ou linfonodos:  Ósseas – 25%
 Edema - Dor intensa;
 Pletora - fratura patológica
 Turgência Venosa - ossos chatos mais envolvidos, crânio, vertebras
 Cianose Local e costelas.
 Cefaleia - Rx do osso acometido.
 Tontura - Cintilografia óssea (negativo descarta) (positivo
 Vertigem não confirma)
 Síncope
 Visão borrada
 Suprarrenais – 20% Tratamento
- Assintomáticos - Ressecção Cirúrgica => tratamento de eleição
- Achados em exames: USG abdominal, TC de - Lobectomia ou Pneumonectomia;
abdome; - Estágios I e II: melhor indicação para cirurgia;
- Diâmetro> 3cm, altamente suspeito - Estágio IV: tratamento paliativo
- Biópsia
- No diagnóstico apenas 20% tem a doença localizada
 Medula Óssea
 Pulmão - Radioterapia: Indicado para pacientes com alto risco
cirúrgico (Ex: função pulmonar limítrofe)
Tumor Considerado “inoperável”
 Rouquidão - Quimioterapia
 Aumento dos Linfonodos supra-claviculares e 1. Esquemas: Clássico e as Novas terapias
escalenos * Terapias-alvo=> inibidores da tirosina quinase
 Derrame pleural (gefitinibe e Nintendanibe)
 Paralisia Diafragmática * Imunoterapia: Inibidores da PD-1 PD-L1:
 Disfagia Nivolumabe, atezolizumabe, outros)
 Síndrome da VCS

Exames Complementares CIRURGIA – CÂNCER DE PULMÃO


- Objetivo de Confirmar diagnóstico (clínico e - -Diagnostico é anatomopatológico.
histológico), avaliar a extensão da doença, realizar
estadiamento clínico e decidir o melhor TTO; -Punção percutânea orientada por TC
- Rx de Toráx e Tomografia -Positivo x negativo = cirurgia
-Não muda conduta pois é inconclusiva
- Escarro -Broncoscopia
- Método simples de investigação -Congelação transoperatória
- Diagnóstico definitivo em 60-70% dos casos;
- Citologia Positiva: TTO cirúrgico
* Tumores centrais -Única chance de cura
* Tumores grandes -QT + RTX (1%)
* Localização nos lobos inferiores
- Coleta adequada: 2 amostras Estadiamento cirúrgico (TNM 8)
- Falso positivo: <1% dos casos -Broncoscopia
-mediastinoscopia cervical
- Broncoscopia -videomediastinoscopia (VAMLA, TEMLA)
-Linfadenectomia VATS ( saber se tem metástases
- PET scan para linfonodos.
- Método não invasivo
- Baseado na atividade biológica das células Locais mais comuns de metástase: cérebro, fígado,
neoplásicas; adrenais, osso
- Informação funcional; -Rastreio pela TC de tórax + abdome + crânio com
contraste ou PET-CT + RMN encéfalo
PET-CT
* pode apresentar falsos positivos -Avaliação clinica pré-operatória
1) teste de esforço
Mediastinoscopia 2) Testes de função pulmonar
- descartar malignidade em linfonodos suspeitos
- Falsos negativos ocorrem em 10% dos exames; Doença inicial
- complicações raras -Lobectomia pulmonar
+linfadenectomia mediastinal radical
Estadiamento
- Sistema TNM para CPCNP Doença localmente avançada
- Sobrevida de 5 anos de 12 a 14% -Lobectomia pulmonar + ressecção ampliada das
estruturas acometidas em bloco + linfadenectomia
mediastinal radical - aberta/ VATS/RATS
-Cirurgias mais complexas
-Broncoplastia, arterioplastia
-reconstrução - parede, diafragma, pericárdio
-Fatores prognósticos; estruturas invadida, ….

T4
-Grande maioria ressecável
-avaliação individualizada
- fundamental avaliação mediastinal pré-operatória
(aorta, corpo vertebral, carina, lesao ipsilateral,
diferentes lobos)

N1
-Não muda conduta, mais aumenta chance de N2
-Lobectomia + ressecção completa de todos os
linfonodos

N2
-TTO individualizado
-N2 grosseiro: QT e RXT
N2 estação única: QT neoadjuvante + cirurgia

N3
-Inoperável, não há benefício com cirurgia
-Importante: Pancoast,linfonodo supraclavicular é N1
-Sobrevida em 5 anos; 0%

M1
-Inoperável
-Amostra tecidual (biopsia)
-Resolver complicações ( drenagem pleural,
pleurocentese, janela pericárdica)

VATS - cirurgia torácica video-assistida


-maior custo
-melhor ontologicamente
-Linfadenectomía delicada

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