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INQUÉRITO POPULACIONAL
O inquérito populacional é um levantamento epidemiológico, geralmente
amostral, feito em uma população através de coleta de dados.
A realização de inquéritos nacionais periódicos e regulares foi considerada
necessária para que se possa conhecer a realidade epidemiológica da
população a partir de cortes transversais periódicos, sequenciados.
INQUÉRITO POPULACIONAL
Eles abrangem um amplo espectro de problemas de saúde, permitindo
correlacionar os resultados com as condições de vida das populações,
conhecer a distribuição dos fatores de risco e a percepção das pessoas a
respeito do seu estado de saúde.
Podem ainda dar voz aos usuários dos serviços de saúde, possibilitando assim
conhecer o seu grau de satisfação.
Permitem ainda avaliar as políticas públicas implementadas, analisar
temporalmente o acesso às políticas promotoras de saúde, comparar
padrões de saúde entre áreas geográficas e calcular os custos das doenças
para o sistema de saúde.
PORQUE REALIZAR INQUERITOS POPULACIONAIS
Uma das justificativas para a realização dos inquéritos populacionais é que, por
meio desse delineamento, é possível obter informações sobre eventos relacionados à
saúde-doença e aos fatores de risco da população, em determinada região geográfica.
Trata-se de um delineamento tradicional que vem sendo amplamente usado nos
últimos dois séculos, com incorporação dos aprimoramentos metodológicos e
tecnológicos referentes ao período de estudo.
PORQUE REALIZAR INQUERITOS POPULACIONAIS
Nas últimas décadas, inúmeros inquéritos de base populacional vêm sendo também
realizados com o objetivo de determinar as características de assistência da prestação
de serviços de saúde como acesso, qualidade e satisfação dos usuários.
Assim informações produzidas por inquéritos de base populacional representam uma
demanda crescente dos gestores da área de Saúde para avaliar a morbidade e o
desempenho do setor. Esse tipo de informação vem sendo considerada essencial para
o planejamento de saúde.
Fica fácil entender a aplicação desse retrato do estado de saúde-doença e da avaliação do
setor por meio dos inquéritos populacionais no planejamento e gestão em saúde.
INQUERITOS POPULACIONAIS MAIS UTILIZADOS

1. PNS – Pesquisa Nacional de Saúde


2. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
3. Vigitel
- Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquéri
to Telefônico
4. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
5. PNDS – Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher
6. Pesquisa sobre Padrões de Vida (PPV)
7. Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN)
PESQUISA DO IBGE SOBRE ORÇAMENTO FAMILIAR 2017-2018

As Pesquisas de Orçamentos Familiares - POFs realizadas pelo IBGE visam


disponibilizar informações sobre a composição dos orçamentos domésticos e as
condições de vida da população brasileira, incluindo a percepção subjetiva da
qualidade de vida, além de gerar bases de dados e estudos sobre o seu perfil
nutricional.
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS
(PNAD)
EXEMPLOS DE INQUÉRITOS POPULACIONAIS
Um exemplo de inquérito realizado no Brasil é a Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas (Vigitel), por entrevistas telefônicas. Conforme
descrito no site, a Vigitel faz parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco
de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) do Ministério da Saúde e tem
por objetivo: “monitorar as principais determinantes das DCNTs no Brasil,
contribuindo para a formulação de políticas públicas que promovam a melhoria
da qualidade de vida da população brasileira”. O Ministério da Saúde do Brasil
vem desenvolvendo o projeto de planejamento da Pesquisa Nacional de Saúde.
CONSIDERANDO O PERÍODO DE 1989 A 2010, A QUEDA DO PERCENTUAL DE FUMANTES NO
BRASIL FOI DE 46%, COMO CONSEQUÊNCIA DAS POLÍTICAS DE CONTROLE DO TABAGISMO
IMPLEMENTADAS, ESTIMANDO-SE QUE UM TOTAL DE CERCA DE 420.000 MORTES FORAM
EVITADAS NESTE PERÍODO (PLOS MEDICINE, 2012). 
O QUADRO COMPARATIVO ABAIXO (PLOS MEDICINE, 2012) CORRELACIONA A QUEDA
DE PREVALÊNCIA DE FUMANTES HOMENS E MULHERES (18 ANOS OU MAIS) COM AS
AÇÕES DE CONTROLE DO TABACO.
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIOS NA ÁREA DE
SAÚDE , 2003

• A pesquisa sobre o Acesso e Utilização de Serviços de Saúde, feita em 2003,


revelou que o brasileiro tem um bom índice de avaliação do próprio estado de
saúde. 140 milhões de brasileiros, ou 78,6% da população, avaliaram seu
estado de saúde como bom e muito bom, contra 3,4%, ou cerca de 6 milhões
de pessoas com a avaliação de "ruim ou muito ruim".
• Mas os dados revelaram alguns aspectos preocupantes, especialmente no que
diz respeito às desigualdades sociais.
• O índice de avaliação positiva do estado de saúde é de 91,6% na classe que
recebe mais de 20 salários, enquanto que na que recebe apenas até um salário
mínimo é de 72,7%.
• Oito em cada dez pessoas declararam ter acesso a algum serviço de saúde de
uso regular. especialmente os postos de atendimento. O dado é positivo, mas
significa que cerca de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a
nenhum serviço de saúde de uso regular. O conceito de serviço de saúde de
uso regular exclui casos de emergência.
• Em relação aos cuidados com a saúde bucal, a pesquisa mostra um dado
assustador: 28 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista, ou 15,9% da
população. Entre os mais pobres, o problema é maior: 3 em cada 10 nunca
tiveram atendimento odontológico.
• A pesquisa sobre Acesso e Utilização de Serviços de Saúde revelou, ainda,
um crescimento nos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde. Em
2003, o SUS pagou 57% dos atendimentos realizados nas duas semanas
anteriores à pesquisa. Na edição anterior do estudo, em 1998, o SUS pagou
49% dos atendimentos.
• O crescimento revela uma maior participação do SUS nos atendimentos,
mas ainda é grande a parcela da população que recorre aos planos de
saúde. Segundo a pesquisa, um quarto dos brasileiros têm um plano. 
• O foco do estudo voltou-se para os exames que detectam o câncer do cólo
de útero e o câncer de mama. A pesquisa revelou que quase metade das
mulheres acima de 50 anos nunca fizeram um exame de mamografia na
vida. Um dado mais impressionante é que um terço das mulheres acima de
40 anos de idade nunca foram submetidas a um exame de toque de mamas
feito por um profissional. Outro dado revelado pela pesquisa é que 1 em
cada 5 brasileiras nunca fez exame preventivo de colo de útero.
• A pesquisa sobre o Acesso e Utilização de Serviços de Saúde ouviu 385 mil
pessoas, em mais de 133 mil domicílios.
QUESTÕES PARA RESPONDER
1) Você considera o Brasil uma país com grande
desigualdade social? Porque?
2) Cite formas que os governantes podem fazer
para melhorarem as condições de vida da
população?
3) Quais as principais doenças que ocorrem no
Brasil? Existem formas de evitar, se sim cite-as?

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