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POLÍTICA
NACIONAL DE
ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE
DA MULHER
Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo
DICENTES:
DOCENTES:
LÍVIA KEISMANAS DE ÁVILA
T Â N I A M A R I A V A R G A S E S C O B AR
Programas de saúde
São modos de operacionalizar as diretrizes:
Conjunto de ações implementadas por um governo com o objetivo de melhorar as
condições de saúde da população. Assim, as autoridades promovem campanhas de
prevenção e garantem o acesso democrático e em massa às unidades de saúde.
Objetivo
PAISM
Descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, incluindo ações educativas,
preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação. Assistência à mulher em clínica
ginecológica, no pré-natal, parto, puerpério, climatério, planejamento familiar, DST, câncer de colo
de útero e de mama.
PNAISM
Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a
garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços
de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território
brasileiro.
Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente
por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem
discriminação de qualquer espécie.
Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no Sistema Único de
Saúde.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO
É importante atentar para as ações de planejamento reprodutivo das mulheres lésbicas e bissexuais.
Para esse grupo, o desejo ou o direito à maternidade precisa ser garantido, considerando que técnicas
de reprodução assistida como a inseminação artificial e a fertilização in vitro estão disponíveis pelo SUS,
independentemente do diagnóstico de infertilidade.
É a OMS quem define os critérios de elegibilidade dos métodos anticoncepcionais que
permitem escolher com segurança aquele(s) mais adequado(s) para cada pessoa. As
principais referências para este capítulo foram os documentos da OMS de 2010, 2011 e
2013.
APRO
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19 9 6 ( D O E M PARA 44%.
3 6 % ).
DADOS: PNDS
PARTO HUMANIZADO NO BRASIL
OBJETIVO PRINCIPAL DO PROGRAMA
É assegurar a melhoria do acesso, da cobertura e da qualidade do acompanhamento pré-
natal, da assistência ao parto e puerpério às gestantes e ao recém-nascido, na perspectiva dos
direitos de cidadania.
HUMANIZAÇÃO
Toda gestante tem direito ao acesso a atendimento digno e de qualidade no decorrer da
gestação, parto e puerpério;
Toda gestante tem direito de saber e ter assegurado o acesso à maternidade em que será
atendida no momento do parto;
Toda gestante tem direito à assistência ao parto e ao puerpério e que esta seja realizada de
forma humanizada e segura, de acordo com os princípios gerais e condições estabelecidas na
prática médica;
Todo recém-nascido tem direito à assistência neonatal de forma humanizada e segura.
PARTO NORMAL X CESÁREA
MS- coloca o Brasil no 2º lugar ao ranking mundial, em uma média de 57 %, em 2017
OMS recomenda 15 %
Rede pública temos 40 % de cesariana e na rede privada 84 % ( ONU BRASIL, 2017)
POR QUE?
DINIZ 9 2005), considera que as altas taxas de cesárea esteja associado a realização de 2
cirurgias em 1 quando feito a laqueadura;
Melhor disponibilidade médica, ou seja, agendar em um tempo ideal para a prática sem horas
em um trabalho de parto
Programação da agenda, várias cesáreas no mesmo dia
Propagação da cesárea como moderna e prática e o parto normal como doloroso, sujo e
primitivo
MAIOR PROBLEMA
Mortalidade materna e neonatal, devido a cesárea eletiva pre termo;
Hemorragias pós parto;
Problemas respiratórios do recém nascido.
MELHORIAS
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA, 2019): O Brasil reviu as metas de
mortalidade materna e neonatal contida no OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
(ODS);
MORTE MATERNA 30 MORTE POR 1000 MIL nascidos vivos, mas ainda segue com altas taxas,
aproximadamente 65 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2016;
MORTE NEONATAL DE 23,1 PARA 9,6 ÓBITOS POR 1000 NASCIDOS VIVOS.
GRANDE DESAFIO DA HUMANIZAÇÃO
É A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
OMS, 2014:
1) Maior apoio dos governos e de parceiros do desenvolvimento social para pesquisa contra
ação ao desrespeito e aos maus tratos;
2) Começar, apoiar e manter programas desenhados para melhoras a qualidade dos cuidados
da saúde materna, com forte enfoque no cuidado respeitoso;
3) Enfatizar os direitos das mulheres a uma assistência digna e respeitosa durante a gravidez e
ao parto;
4) Produzir dados relativos a práticas respeitosas e desrespeitosas na assistência á saúde, com
sistema de responsabilização e apoio significativo os profissionais;
5) Envolver todos os interessados , incluindo as mulheres, nos esforços para melhorar a
qualidade na assistência e eliminar o desrespeito e as práticas abusivas.
Violência de gênero contra a
violação dos direitos das
mulheres gestantes em
processo de parto que
engloba: abuso físico,
psicológico, sexuais, com
perda de autonomia, do
poder de decisão do seu
próprio corpo.
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou
Conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um)
Acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente.
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
§ 2o
As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo
Constarão do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo.
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
EVENTOS
9 ª Conferência de Sáude,1992 -XI Conferência de Saúde com o
tema "Acesso, qualidade e Humanização na Atenção á Saúde
como controle Social", 2000
Oficina Nacional HumanizaSUS: Construindo a politica nacional
de humanização"
Programa de Humanização do pré natal e nascimento ( PHPN)
muda para Programa de Humanização
Lei Federal nº 11.108/2005 – Garante às parturientes direito a
acompanhante durante todo o trabalho de parto, parto e pós-
parto, no Sistema Único de Saúde, da rede própria ou
conveniada. ... Transformar a atenção a mulheres e recém-nasci-
dos para melhorar sua saúde e bem estar – Organização Mundial
de Saúde/2018.
MORTALIDADE MATERNA
O Brasil conseguiu reduzir em 8,4% entre 2017 e 2018 a Razão de Mortalidade Materna
(RMM), um dos principais indicadores de qualidade de atenção à saúde das mulheres no
período reprodutivo. Em 2018, a RMM no país foi de 59,1 óbitos para cada 100 mil nascidos
vivos, enquanto no ano anterior era de 64,5.
De 1996 a 2018, foram registrados 38.919 óbitos maternos no SIM, sendo que
aproximadamente 67% decorreram de causas obstétricas diretas, ou seja, complicações
obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções
desnecessárias, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos
resultantes de qualquer dessas causas.
Referente ao período de 2009 a 2019. Nesse período, observou-se uma redução de 20% da
RMM do Brasil, composta por redução de 37% no Sul, 23% no Nordeste, 22% no Centro-Oeste,
17% no Sudeste e apenas 2% na região Norte.
ABORTO
No Brasil, o aborto é um problema de saúde pública, tanto pela magnitude como pela
persistência. As maiores vítimas do aborto no Brasil - Negras, menores de 14 anos e moradoras
da periferia são as que mais morrem após interrupções da gravidez realizadas de forma
insegura no país.
Embora os dados oficiais de saúde não permitam uma estimativa do número de abortos no
país, foi possível traçar um perfil de mulheres em maior risco de óbito por aborto: as de cor
preta e as indígenas, de baixa escolaridade, com menos de 14 e mais de 40 anos, vivendo nas
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e sem companheiro.
O Brasil não qualifica o aborto como crime em 03 situações:
No Brasil, o controle do câncer do colo do útero teve seu ponto de partida em iniciativas
pioneiras de profissionais que trouxeram para nosso meio a citologia e a colposcopia, a partir
dos anos 1940.
Após a criação do SUS pela Constituição de 1988, o INCA passou a ser o órgão responsável
pela formulação da política nacional de prevenção e controle do câncer, incorporando o PRO-
ONCO.
A priorização do controle do câncer do colo do útero foi reafirmada em março de 2011, com o
lançamento, pelo governo federal, de ações para o fortalecimento da rede de prevenção,
diagnóstico e tratamento do câncer.
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção
persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos
oncogênicos).
Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, é o terceiro tumor maligno mais
frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta
causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
PREVENÇÃO:
Vacina para HPV em adolescentes; Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
Pessoas que vivem HIV; Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
DIAGNÓSTICO:
Avaliação de sinais e sintomas; testes rápidos ofertados em unidades de saúde.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de Sífilis, em 2019 foram notificados 152.915 casos
de sífilis adquirida em todo o país, com taxa de detecção de 72,8 casos por 100 mil
habitantes. A maior parte das notificações ocorreu em indivíduos entre 20 e 29 anos (36,2%).
Houve redução de 4,5% na taxa de detecção nacional em relação a 2018, que apresentou
taxa de 76,2 por 100 mil habitantes. Em gestantes, foram 61.127 casos em 2019, com
redução de 3,3% em relação ao ano anterior (63.182 casos).
Quanto aos óbitos, em 2019 foram registradas 173 notificações por sífilis congênita (em
menores de um ano). No Brasil, nos últimos 10 anos, houve aumento no coeficiente de
mortalidade infantil por sífilis que passou de 2,2 por 100 mil nascidos vivos em 2009, para 5,9
por 100 mil nascidos vivos em 2019. Em 2018, o coeficiente de mortalidade infantil por sífilis
foi de 8,9 por 100 mil nascidos vivos.
De 2007 até junho de 2020, foram notificados no Sinan 342.459 casos de infecção pelo
HIV no Brasil, sendo 152.029 (44,4%) na região Sudeste, 68.385 (20,0%) na região Sul,
65.106 (1 9,0%) na região Nordeste, 30.943 (9,0%) na região Norte e 25.966 (7,6%) na
região Centro-Oeste. No ano de 2019, foram notificados 41.919 casos de infecção pelo
HIV, sendo 4.948 (11,8%) casos na região Norte, 10.752 (25,6%) no Nordeste, 14.778
(35,3%) no Sudeste, 7.639 (18,2%) no Sul e 3.802 (9,1%) no Centro-Oeste.
No Brasil, no período de 2000 até junho de 2020, foram notificadas 134.328 gestantes
infectadas com HIV. Verificou-se que 37,7% das gestantes eram residentes da região
Sudeste, seguida pelas regiões Sul (29,7%), Nordeste (18,1%), Norte (8,6%) e Centro-Oeste
(5,8%). No ano de 2019, foram identificadas 8.312 gestantes infectadas com HIV no Brasil,
sendo 32,8% no Sudeste, 26,6% no Sul, 22,0% no Nordeste, 12,5% no Norte e 6,0% no
Centro-Oeste.
VIOLENCIA SEXUAL/DOMÉSTICA CONTRA A MULHER
A violência sexual e/ou doméstica é um grave problema de saúde pública. Porém,
entre as mulheres que relataram violência, o percentual ainda é pequeno.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da
Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial − Capítulo II, art. 7º, incisos I, II, III, IV e V.
Assédio moral
Sensação de despreparo
Pouco acesso a treinamento e testagem são alguns dos problemas
De acordo com o Jornal Nexo 84,2% das profissionais de saúde negras dizem sentir medo
do novo coronavírus, índice maior que mulheres brancas 80,3%
44% das profissionais de saúde negras dizem ter recebido treinamento para trabalhar
durante a pandemia, índice menor que de mulheres brancas (50,8%)
38% das profissionais de saúde negras dizem ter passado por situações de assédio moral
durante a pandemia, índice maior que de mulheres brancas (34%)
RECEBIMENTO DE TREINAMENTO SENSAÇÃO DE MEDO POR RAÇA E GÊNERO
TESTAGEM E EQUIPAMENTOS