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 Organização Político-Administrativa Brasileira: distribuição de competências; o

Poder Estatal e suas funções: Legislativo, Judiciário; Executivo; Administração


Pública e Administração Pública Federal:
 A Organização político-administrativa da República Federativa do Brasil
compreende a União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
todos autônomos e com competências próprias (art. 18, CF).
 A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências
e a distribuição constitucional de poderes, a fim de possibilitar o exercício e
desenvolvimento de sua atividade normativa.
 A Constituição Federal de 1988 estruturou o sistema combinando
competências exclusivas, privativas e principiológicas, com competências
comuns e concorrentes, norteadas pelo princípio geral da predominância do
interesse.
 Desta forma, à União cabe legislar sobre matérias e questões de predominante
interesse geral nacional. Aos Estados os assuntos de predominante interesse
regional, e aos Municípios os de interesse local.

REGRAS DE ORGANIZAÇÃO

ADOÇÃO DA FEDERAÇÃO
 CF/88: Forma de Estado – FEDERALISMO
 “os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento
em mesmo do ingresso, preservado, contudo, uma autonomia política limitada”.
(DALLARI)
 Estado Unitário: ”é, por conseguinte, rigorosamente centralizado, no seu limiar,
e identifica um mesmo poder, para um mesmo povo, num mesmo território”. –
Centralização político-administrativa em um só centro produtor de decisões.
 Princípios: autonomia e participação política.
 Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-membros,
DF e Município
 Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo
 Art. 1º , CF
 Finalidades: a unidade e a necessidade descentralizadora.
 Capital Federal
 Brasília (art. 18, § 1º , CF) X DF
UNIÃO
 Pessoa jurídica de D. Público Interno
 Exerce as atribuições da soberania do Estado Brasileiro
 Bens da União: art. 20.

ESTADOS-MEMBROS
 Autonomia estadual: caracteriza-se pela tríplice capacidade de auto-
organização e normatização própria , autogoverno e auto-administração.
 Constituições estaduais e legislação própria
 Escolha dos representantes do Legislativo e do Executivo pelo próprio povo do
Estado
 Organizar o Poder Judiciário
 Se auto-administram no exercício de suas competências administrativas,
legislativas e tributárias definidas constitucionalmente.
 Regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões
 Regiões metropolitanas: conjuntos de municípios limítrofes, com certa
continuidade urbana, que se reúnem em torno de um município pólo.
 Microrregiões: constituem-se por municípios limítrofes com características
homogêneas e problemas em comum. Haverá um município-sede.
 Aglomerados urbanos: áreas urbanas de municípios limítrofes, sem um pólo.
Caracterizam-se pela grande densidade demográfica e continuidade urbana.

MUNICÍPIOS
 Município: entidade federativa indispensável. CF, art. 29
 Autonomia municipal: caracteriza-se pela tríplice capacidade de auto-
organização e normatização própria , autogoverno e auto-administração.
 Lei orgânica municipal
 Organizará os órgos da Adm., a relação entre Executivo e o Legislativo,
compet. Legislativa do município, estabelecer as regras de processo legislativo
municipal e toda regulamentação orçamentária.
 Prefeito municipal - responsabilidade criminal e política
 Chefe do Poder Executivo
 CF, art. 29, inc. X: foro privilegiado para processo e julgamento das infrações
penais (TJ)
 Crimes de responsabilidade: devem ser julgados pelo Poder Judiciário (art. 1º
do Dec-lei 201/1967).
 Infrações político-administrativas: julgamento pela Câmara de Vereadores (art.
4º do Dec-lei 201/1967).
 Vereadores - imunidade material
 Imunidade material: garantia de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e
votos no exercício do mandato e na circunscrição do município;

DISTRITO FEDERAL
 Ente federativo autônomo: caracteriza-se pela tríplice capacidade de auto-
organização e normatização própria , autogoverno e auto-administração.
 Não pode subdividir-se em municípios.
 Se auto-organizará por lei orgânica
 Eleição de governador e de vice-governador
 Câmara Legislativa: deputados distritais

TERRITÓRIOS
 Não são componentes do Estado Federal: constituem simples
descentralizações administrativas-territoriais da própria União.
 Atualmente, não existem, mas podem ser criados.
 Formação dos Estados
 Pode haver a constituição de novos Estados, pois a estrutura territorial interna
não é perpétua. Art. 18, § 3º, CF. Deve haver aprovação da população, através
de plebiscito, e do Congresso Nacional (Lei complementar).
 Hipóteses de divisão interna: incorporação, subdivisão, desmembramento
(anexação) e desmembramento (formação)
 Fusão (incorporação entre si)
 Dois ou mais Estados se unem com outro nome.
 Subdivisão
 Ocorre quando um Estado divide-se em vários novos Estados-membros, todos
com personalidades diferentes, deixando de existir o originário.
 Subdivisão
 Ocorre quando um Estado divide-se em vários novos Estados-membros, todos
com personalidades diferentes, deixando de existir o originário.
 Desmembramento
 Consiste em separar uma ou mais partes de um Estado sem que ocorra a
perda da identidade do ente federativo originário. A parte desmembrada pode
anexar-se a um outro Estado (desmembramento-anexação) ou constituir um
novo Estado (desmembramento-formação: caso do Tocantins).
 Formação de municípios
 Art. 18, CF.
 Requisitos:
 a) Lei complementar federal (estabelece o período possível para criação);
 b) Lei ordinária federal (prevê os requisitos genéricos exigíveis e estudos de
viabilidade municipal);
 c) consulta prévia, através de plebiscito, à população dos municípios
diretamente interessados;
 d) Lei ordinária estadual criando especificamente determinado município.

VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS DE NATUREZA FEDERATIVA


CF, art. 19.
 a) Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de
interesse público;
 b) recusar fé aos documentos públicos;
 c) criar distinções entre brasileiros (princípio da isonomia federativa) ou
preferências entre si (imunidade tributária recíproca).

REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
 Conceito: “competência é a faculdade juridicamente atribuída a uma entidade,
órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões. Competências são as
diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades
estatais para realizar suas funções”.
 Princípio básico para a distribuição de competências - predominância do
interesse
 Interesse geral, regional e local.
 As competências são classificadas em dois grandes grupos:
 1 - Competência material - traduz-se nas atribuições administrativas e se
dividem em: exclusiva (art. 21 da C.F.) e comum (art. 22 da C. F.).

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