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Como as políticas definem as ILPI

A pesquisa apresentada no artigo foi realizada com base nos documentos norteadores
para as Instituições de Longa Permanencia para Idosos (ILPI) através da qual os autores
constataram uma divengência quanto a definição e concepção acerca das ILPIs.

Entre as definições encontradas dentro de algumas políticas encontram-se aquelas que


apontam para a ILPI como uma intituição física de caráter asilar e com regime de
internato voltadas para o atendimento de pessoas com 60 anos ou mais. Entretanto em
outras resoluções políticas as ILPIs são vistas como instituições que podem ser de
caráter governamental ou não, mas que possuem um cunho de domicílio coletivo.
Todavia, nenhum desses apanhados pode de fato ser considerado como uma definição
do que seja uma ILPI e ao que ela se propõem.

Existe um outro quesito destacado pelos os autores do artigo que se refere a uma
questão de semântica dos termos utilizados para as “descrições” das ILPIs. São
empregados termos como “internato” e “asilo” que por conta de um contexto histórico e
cultural trazem em si uma conotação pejorativa de descriminação e isolamento social.
Há uma marca sobre a “prática da institucionalização da velhice” que ocorre no final do
século XIX com a fundação da primeira instituição voltada a idosos desamparados,
gerenciada por freiras com um caráter caritativo, o Asilo São Luiz. Entretanto, hoje em
dia o Asilo é considerado uma instituição voltada para idosos de alta renda, o que se
distância das “definições” políticas sobre as ILPIs.

A cerca da permanência de idodos nas ILPIs, os autores apontam algumas


incongruências. Concomitantemente com a definição da necessidade de haver
funcionários das mais divfersas áreas da saúde como nutricionistas, enfermeiros,
médicos entre outros para cuidar da saúde dos idosos, há também na Política Nacional
do Idoso a declaração que proíbe a permanência de idodos em qualquer intituição de
caráter social que estejam necessitando de assitência médica ou de enfermagem de
forma permanente. Ou seja, ora as ILPIs são vistas como dispositivos de saúde podendo
ser instituições com regime de internato ou não, ora são vistas como instituições de
assintência social, ou até mesmo como instituições que funcionam tanto na prestação de
assintência a idosos em vunerabilidade como no fornecimento de cuidados a saúde
desses indivíduos.
Um ponto fundamental levantado nessa pesquisa foi sobre a responsabilidade que a
família tem com o cuidado de seus idosos, sendo tida como a principal provedora de
amparo a esses indivíduos. E nessa escala de responsabilidades em seguida entra a
sociedade e o estado. Todavia uma análise no cenário atual, onde há um crescimento de
instituições particulares voltadas ao cuidado dos idosos podem apontar para a
dificuldade que as famílias tem tido para assumir o cuidade de longa duração dos seus
idosos. O que pode ocorrer por diversos fatores como trabalho, compromissos sociais e
familiares, a questão é que esses indivíduos não possuem mais a concepção de uma
responsabilidade exclusiva do núcleo familiar no cuidado com o idoso. Essa nova visão
social confronta cocepção definida pelas políticas, onde o cuidado de longo prazo com
os idosos deve estar centrado nas famílias.

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