Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Desta feita, o direito comparado consiste no estudo dos ordenamentos jurídicos dos
Estados assim como das comunidades internacionais, utilizando a método comparativo. Para
uma melhor compreensão dos vários sistemas jurídicos existentes em cada comunidade.1
1
ROCHA Isabel, BATALHAO Carlos, ARGAO Luís, Introdução ao Direito, porto Editora, pg. 128
1.2 Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)
1.2.1 Historial
2
Http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercado_Comum_do_Sul
1.2.2.1 Fontes Jurídicas do Mercosul
As normas de direito derivado vêm logo após, e não podem contradizer o direito
originário. As decisões do Conselho prevalecem sobre as resoluções do Grupo e essas sobre
as directrizes da Comissão de Comércio.
A quarta parte do Tratado de Assunção diz que este mercado comum implica no
"compromisso dos Estados Partes de harmonizar suas legislações, nas áreas pertinentes, para
lograr o fortalecimento do processo de integração".
3
(CMC) - Conselho do Mercado Comum, art. 1 do POP;
4
(GMC) – Grupo Mercado comum, art. 1 do POP
5
(CCM) – Comissão de Comercio do Mercosul, art. 1 do POP
6
(POP) - Protocolo de Ouro Preto
Mercado Comum, importa a alteração dos respectivos conteúdos. Já a aproximação das
legislações correlaciona-se com o procedimento especial para garantir o bom funcionamento
do Mercado Comum. Apesar de constituírem-se procedimentos diferentes, ambos pretendem
estabelecer uma certa conformidade entre as disposições legislativas que já vigoram ou irão
vigorar nos Estados empenhados num processo de integração.
No âmbito do último, e de seu Regulamento (aprovado por meio da Decisão CMC Nº. 17/98),
foram proferidos dez laudos arbitrais.
O TAHM7 é formado a partir das Listas de Árbitros depositadas por cada Estado Parte
na Secretaria do MERCOSUL, cujas Funções são:
7
Tribunais Arbitrais Ad Hoc do Mercosul
De acordo com o art. 53 do PO "Antes de culminar o processo de convergência da
Tarifa Externa Comum, os Estados Partes efectuarão uma revisão do actual sistema de
solução de controvérsias, com vistas à adopção do Sistema Permanente de Solução de
Controvérsias para o Mercado Comum a que se refere o numeral 3 do Anexo III do Tratado
de Assunção".
O art. 42 do Protocolo de Ouro Preto determina que "as normas emanadas dos órgãos
do Mercosul terão carácter obrigatório e deverão, quando necessário, ser incorporadas aos
ordenamentos jurídicos nacionais mediante os procedimentos previstos pela legislação de
cada país".
Certamente, esta obrigatoriedade deve ser entendida nos limites das competências de
cada órgão, de tal forma que as decisões têm maior nível hierárquico.
1.3.1Historico
8
(SADC), do ingles, Southern African Development Community.
9
VALIGY, Ismael (1989), SADCC: Um Modelo de Cooperação Regional. Desenvolvimento, Relações
Internacionais, e Integração na África Austral, Seminário Conjunto CEA/IEEI. Lisboa
1.3.2 Ordenamento jurídico da SADC
Desta feita poderíamos imaginar a pirâmide jurídica da Sadc, nos mesmos termos em
que se apresentaria a pirâmide jurídica do Mercosul, isto é, encontraríamos na sua base o
direito originário, isto é, o tratado constitutivo da Sadc, anexos e modificações. Mais adiante,
encontramos os acordos celebrados com terceiros países, ou entre os Estados-membros, os
quais devem estar de acordo com o Tratado da Sadc e seus documentos complementares. Por
fim, vem as normas de direito derivado, que não podem contradizer o direito originário, que
seriam compostas pelos actos emanados das instituições decisórias, como a “cimeira” ou o
“conselho” quais sejam: as decisões, os regulamentos e as directrizes. Tais normas,
unilaterais, dirigidas à organização e aos Estados Partes. Verificando-se aqui no ordenamento
jurídico da Sadc a falta da figura das directrizes.
1.3.2.2 A harmonização Legislativa na Sadc
Pelo contrário, o objectivo é de “cooperar”, isto é, coordenar a acção dos Estados membros
num domínio determinado. Sendo Assim privilegiado como instrumento de opção desta o
“Protocolo”. Assim, esses acordos entre Estados membros aparecem como instrumentos
particularmente indicados e adaptados para promoção de uma cooperação entre Estados.
Todavia, esses instrumentos não são realmente concebidos para lutar contra a
disparidade das legislações nacionais que constituem um obstáculo pela realização de um
espaço económico e social verdadeiramente integrado.
O art. 4 n°5 do Tratado da Sadc estabelecia que as controvérsias que surgissem entre
os Estados partes deveriam ser resolvidas pacificamente. Porem, o sistema de solução de
controvérsias na Sadc, tem por base, um Tribunal composto por 10 membros. Um órgão cuja
a responsabilidade principal será ajudar os Estados membros na resolução de Controvérsias.
10
CISTAC Gilles, Questões de Integração Regional e o Direito da Sadc, Como fazer da Sadc uma Organização
Regional verdadeiramente integrada, Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Direito, Maputo 2008.
Pg.10-11
O Tribunal da SADC, que estará sedeado em Windhoek, Namíbia, será responsável
pela resolução de conflitos entre Estados membro, assim como assegurar a aderência e
interpretação apropriada do Tratado da SADC bem como aos outros instrumentos
subsidiários que aglutinam os Estados da região.
Quem apresentar casos ao Tribunal deve primeiro esgotar os recursos locais ou provar que
estes não existem, Uma vez que as decisões do Tribunal são finais e vinculativas.
O Tribunal é composto por dez membros, cinco dos quais são “regulares”, pois comparecem
à apreciação da maioria dos casos apresentados. Na indisponibilidade de um deles, o
Presidente do Tribunal pode convidar um outro membro para ocupar o cargo em questão. Os
juízes servem um mandato de cinco anos, que é renovável.
11
CISTAC Gilles, Questões de Integração Regional e o Direito da Sadc, Como fazer da Sadc uma Organização
Regional verdadeiramente integrada, Universidade Eduardo Mondlane, Faculdade de Direito, Maputo 2008.
Pg.10-11
As decisões ou deliberações dos órgãos da SADC, não têm efeito directo sobre os nacionais
dos Estados membros nem sobre as respectivas administrações. Com efeito, se os protocolos
são aprovados pela Cimeira sob recomendação do Conselho, estes são sujeitos à ratificação
dos Estados membros o que significa que apesar desta decisão da Cimeira, o efeito directo é
ainda inexistente nas ordens jurídicas internas dos Estados membros. Em resumo, não há
transferência de poderes soberanos dos Estados membros para a SADC.
Como podemos ver a partir da comparação dos ordenamentos jurídicos destas duas
comunidades, nem no âmbito do MERCOSUL como no da SADC, existe, de maneira
verdadeiramente a rigor, o que se pode denominar por "Direito Comunitário". Porém,
preferiu-se manter esta denominação, pelo menos nos títulos e chamadas, em virtude de ser
uma denominação usual do nascente direito das comunidades de integração, mas que só se
encontra realizado no seio da União Europeia ou Comunidade Europeia.
Bibliografia
http//:www.Sardc.net/editorial/sadctoday/portview.asp?
ROCHA Isabel, BATALHAO Carlos, ARGAO Luís, Introdução ao Direito, porto Editora