Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GESTÃO DO TEMPO
NA AUTOAPRENDIZAGEM
ETAPA 2
TÉCNICAS DE GESTÃO DO TEMPO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
Organização
Rodrigo Borsatto Sommer da Silva
Autora
Prof.ª Heloisa Rosa
Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch
Diagramação e Capa
Renan Willian Pacheco
Revisão
Harry Wiese
Esta unidade tem por objetivos:
ORGANIZAÇÃO DA UNIDADE
TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO
TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
TÓPICO 3 – GESTÃO DE ATIVIDADES
TÓPICO 4 – AMBIENTES DE PRODUTIVIDADE
2 NIVELAMENTO DE GESTÃO DO TEMPO NA AUTOAPRENDIZAGEM
TÓPICO 1 – ORGANIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O tempo pode ser nosso amigo ou inimigo, basta saber como usá-lo ao nosso
favor. Pare para pensar: o tempo não é estático! Às vezes, 30 minutos podem durar
uma eternidade. Lembre-se daqueles momentos em que você estava angustiado ou
esperando por alguma coisa. Nesse momento, o tempo demorou muito para passar,
não é? E naqueles momentos em que você aproveitou ao máximo a sua vida, seja em
uma comemoração ou algum momento especial com a sua família. Aí, o tempo passou
voando, não passou?
Usar o tempo de forma eficaz é fundamental para o sucesso das nossas entregas,
seja na vida pessoal, profissional ou acadêmica, mas, por onde começar? Saiba que
o primeiro passo está mais próximo do que você imagina. Comece por você, pela
autodescoberta. Onde você utiliza seu tempo? De que forma você utiliza seu tempo? O
que você acha que faz certo? E o que faz errado? Estas são questões-chave que ajudarão
você neste processo de tornar o tempo seu melhor amigo.
2 ORGANIZAR É PLANEJAR
Entregar as atividades com qualidade e dentro do prazo não é uma tarefa fácil.
Para que isso seja possível, devemos seguir um processo que exige disciplina, dedicação
e, principalmente, organização. Saber organizar bem as atividades e prioridades é a
primeira etapa para uma boa gestão do tempo, que só é possível quando se olha para
a frente, listando as atividades e colocando no papel todos os prazos existentes. Tudo
isso contribui para que o planejamento seja bem feito e as atividades sejam entregues
dentro do tempo previsto, fazendo assim, você ser mais produtivo em sua vida pessoal,
acadêmica e profissional.
a) Organização das coisas: criação de ordem para elementos, como chaves, computadores,
sistemas de arquivamento, espaços de trabalho e estudo.
b) Organização de tarefas: estabelecer prioridades nas tarefas do dia a dia, por meio de
ferramentas que podem ser simples listas no papel, planilhas em softwares ou agendas
diárias.
c) Organização pessoal: definição do que você pode fazer e o que os outros podem fazer,
delegando as responsabilidades ou as executando.
Para a organização, é fundamental planejar. Berg (2010) nos conta que se alguém
falha por não planejar o tempo, estará planejando falhar no seu trabalho. “Planejar
é definir o ponto de chegada no futuro. Não se trata de prever o futuro, mas que
decisões e medidas devem ser adotadas hoje para que determinados objetivos e metas
sejam alcançados no futuro” (BERG, 2010, p. 41). Desta forma, o resultado de um bom
planejamento não é apenas um pedaço de papel com listas de objetivos e metas, mas sim
a ação realizada (BERG, 2010). Se o objetivo foi alcançado, significa que o planejamento
foi um sucesso.
3 PLANEJAMENTO SEMANAL
3
4
PAPEL
5
2
6
FONTE: Adaptado de Covey (2002)
1º Conecte sua visão e sua missão: antes de tudo, você terá que definir qual é a prioridade
da sua vida, ou seja, qual é a sua missão pessoal? De nada adianta você agendar
inúmeras atividades se estas não fazem parte da sua missão ou propósito. A partir do
momento em que você tem uma visão clara dos seus principais objetivos, você terá
mais clareza para planejar as maneiras de alcançar estes objetivos (COVEY, 2002).
Por exemplo, se minha missão é alcançar uma boa média na disciplina que estou
cursando na faculdade, deverei realizar atividades para que esta missão seja atingida.
2º Identifique seus papéis: esta etapa diz respeito às responsabilidades que temos em
nossa vida. Lembre-se de que o atingimento da missão “alcançar uma boa média
na disciplina” provavelmente dependerá de outros aspectos da sua vida, como
relacionamentos, trabalho e casa. Ao listar os papéis da sua vida, você poderá conduzir
as atividades de maneira que haja um equilíbrio entre os papéis, e para que a missão
seja alcançada. Desta forma, é possível definir as prioridades de cada papel e assim
não prejudicar a área da vida pessoal, profissional e acadêmica (COVEY, 2002).
Por exemplo, para que eu alcance uma boa média, exercerei os papéis de “Aluno”,
“Profissional” e “Social”. Considerando que a missão está relacionada ao ambiente
acadêmico, o papel “Aluno” exercerá maior prioridade no planejamento semanal.
3º Selecione as metas: a partir dos papéis, é possível definir as metas que estejam de
acordo com a missão. Neste ponto, você deve fazer a seguinte pergunta: Qual é a
coisa mais importante que poderia fazer em cada função esta semana a fim de ter o
maior impacto positivo? (COVEY, 2002). Ou seja, o que poderia provocar mudanças
significativas em cada papel, sempre levando em consideração a missão? Por exemplo,
para que seja possível alcançar a minha missão, considerando meus papéis, eu terei
as seguintes metas:
Ao listar todas as metas, é possível ter uma visão clara das responsabilidades e
prioridades para alcançar a missão.
4º Crie uma estrutura de tomada de decisões para a semana: neste momento, é possível
criar um plano de ação para as metas, ou seja, estabelecer datas durante a semana
para atividades que ajudem a alcançar as metas, de acordo com seus papéis e sua
missão (COVEY, 2002). Como no exemplo a seguir.
DISCIPLINA X
extra
Preparar calendário
x
mensal
Encontrar amigos
5ª Exercite a integridade no momento da escolha: nesta etapa, você já está com tudo
pronto! Mas, como executar tantas tarefas em meio a um vendaval de acontecimentos
durante a semana, não é mesmo? Exercitar a integridade significa colocar em prática
as ações com tranquilidade e segurança (COVEY, 2002), de acordo com o que foi
planejado. Desta forma, após todo o planejamento, você deve se manter firme para
que as atividades sejam cumpridas, e assim, alcançar sua missão.
6ª Avalie: após planejar e executar todas as tarefas, cabe a você fazer uma avaliação
final da sua semana. Esta é a oportunidade de você identificar as falhas do seu
planejamento e planejar a semana seguinte de uma maneira melhor ainda (COVEY,
2002). Afinal, as falhas são necessárias para que possamos melhorar, não é mesmo?
Reveja seu cronograma, se teve dificuldades em executar alguma tarefa no prazo que
você estipulou, ou inclua uma nova meta se o que você inseriu foi insuficiente. Exclua
alguma meta se por acaso você incluiu metas demais na sua semana. Lembre-se, este
é o momento de olhar para trás e pensar naquilo que pode ser melhorado à frente.
Após este hábito de planejamento mensal estabelecido, você não concentrará seu
tempo para “se organizar”, pois este será um processo natural da sua rotina. Você acabará
planejando de modo que possa manter essa experiência e rotina semanal (ALLEN, 2006).
4 AUTOATIVIDADES
1) Descreva quais são as atividades que devem ser realizadas em cada etapa do processo
de planejamento semanal.
2) Desenvolva o seu planejamento semanal de acordo com a sua missão pessoal,
considerando todas as etapas do planejamento apresentadas neste tópico.
3) Argumente: as suas metas semanais estão de acordo com a sua missão? Por quê?
TÓPICO 2 – PRIORIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Lembra quando falamos da missão da sua vida no tópico anterior? Uma missão
definida contribui muito para você conseguir tomar as decisões de acordo com as
prioridades da sua vida. Se sua missão for conseguir uma boa média naquela disciplina,
a sua prioridade deverá ser a atividade que ajudará você a alcançar este resultado. Isto
não significa que você deixará outras atividades ou setores da sua vida de lado, mas
dará uma atenção menor a estes.
Vamos a um exemplo prático! Imagine que você está em semana de prova final
e você está planejando as atividades que realizará durante aquela semana. Verificando
suas responsabilidades com a sua família, com o seu trabalho e com a faculdade, você
percebeu que “não tem tempo” para ir ao cinema naquela semana. Em resumo, você
está priorizando outras questões, em vez de ir ao cinema. A resposta aqui não é “não
ter tempo”, mas sim, não priorizar esta atividade, que não é tão importante para você
neste momento, e não o ajudará a alcançar a sua missão nesta importante semana.
Entender a priorização considerando uma realidade de duas situações em que
uma é fundamental para a missão e outra não, é simples, não é? Mas, quando existe um
turbilhão de coisas aparecendo? Como nos organizamos e definimos estas prioridades?
Dois formatos de organização podem ajudar nesse processo: Matriz de Gerenciamento
do Tempo (COVEY, 2005) e as listas Mestra e Diária (SCHLENGER; ROESCH, 1992).
A matriz criada por Stephen Covey apresenta quatro classificações das atividades
que impactam no processo de priorização: Urgente e Importante (UI), Não Urgente e
Importante (NUI), Urgente e Não Importante (UNI) e Não Urgente e Não Importante
(NUNI). Conhecida também como a Matriz UI NUI UNI NUNI (COVEY, 2005). Para
Covey (2005), aquilo que é importante está relacionado aos resultados. Se algo é
importante, é por que contribui com missão, valores e metas prioritárias. Já aquilo que
é urgente, está relacionado com o que nós reagimos.
ATIVIDADES ATIVIDADES
Crises Prevenção
Problemas urgentes Desenvolvimento de relacionamentos
Projetos com data marcada Identificação de novas oportunidades
Planejamento, recreação
QUADRANTE III QUADRANTE IV
Não Importante
ATIVIDADES ATIVIDADES
Interrupções, telefone Detalhes, pequenas tarefas
Relatórios e correspondência Correspondência
Questões urgentes próximas Perda de tempo
Atividades populares Atividades agradáveis
Telefonemas inúteis
FONTE: Covey (2005)
2005). Neste caso, as atividades acabam nos tornando “gerenciadores de crises, escravos
dos problemas, capazes de produzir só na última hora” (COVEY, 2005, p. 183).
O Quadrante II está no centro do gerenciamento eficaz, pois lida com coisas
importantes e não urgentes, mas que geralmente deixamos de lado por não serem
urgentes. As atividades assim classificadas estão relacionadas ao planejamento e
identificação de oportunidades e são de extrema importância para a eficácia. Os
resultados alcançados ao executar as atividades deste quadrante são muitos, como
possibilidade de visão ampla, equilíbrio, disciplina, controle e poucas crises (COVEY,
2005).
E quais frutos você espera? As atividades que você vem desenvolvendo são
importantes ou urgentes? Tente analisar e identificar a real importância daquelas
atividades que vêm comprometendo seu tempo, quando você poderia fazer aquilo que
realmente está no Quadrante II da sua vida.
Com esta lista-mestra, você terá uma visão de todo o quadro, possibilitando uma
visão geral de todas as suas prioridades e “não prioridades” do mês. Após a classificação
de todas as suas atividades conforme mostrado no quadro, é possível dar andamento na
segunda etapa: a criação da Lista Diária, em que você poderá definir quais das atividades
apresentadas na lista-mestra são prioridades no seu dia (SCHLENGER; ROESCH, 1992).
Na Lista Diária, você pode, por exemplo, listar dez atividades que sejam urgentes
e importantes para serem realizadas, conforme a definição de prioridades. A seguir é
possível visualizar em exemplo de lista, sendo um quadro com quatro colunas: coluna
de prioridades e colunas de ação. As colunas de ação são definidas conforme o tipo de
ação que precisa ser executada para que a tarefa seja concluída, podendo ser alterada
conforme o tipo de ação que surgir na sua agenda diária.
Assim, é possível perceber que dar prioridade a alguma coisa requer organização
e visão do todo. Por isso, liste as atividades e classifique-as de maneira que seja possível
identificar a real importância e urgência daquela atividade. Desta forma, será possível
executar as tarefas com qualidade.
4 AUTOATIVIDADES
1 INTRODUÇÃO
Você já viu que para fazer uma boa gestão do seu tempo, é necessário haver
organização e priorização, para assim, poder executar as atividades. Mas, e quando
não conseguimos realizar as nossas tarefas conforme o planejamento foi feito? Quando
surgem outras questões importantes que impactam na não realização destas tarefas?
Ou quando perdemos mais tempo do que o esperado na realização de uma atividade?
Pois é, executar as atividades não é tão simples quanto parece, pois diversas variáveis
acabam interferindo neste processo. Assim, para que possamos ter sucesso em nossas
entregas, também é necessário haver uma boa gestão de atividades. O que isso significa,
afinal? É simples, é conseguir ter uma visão do todo, realizar o que foi planejado e ter
clareza nas decisões na hora de escolher entre uma atividade e outra.
Para uma boa gestão de atividades, por exemplo, você deve se certificar que está
dando o tempo suficiente para fazer um trabalho decente, seguindo algumas estratégias,
propostas por Schlenger e Roesch (1992):
A partir do momento em que você tem o seu objetivo final da atividade, você
pode listar quais etapas são necessárias para que você alcance este objetivo. E, além
disso, quanto tempo você levará em cada etapa para que sejam realizadas? Desta forma,
você conseguirá chegar ao prazo final para a entrega da tarefa.
4) Revise periodicamente sua lista de tarefas, para assegurar que você não esteja
deixando de lado itens críticos.
Ao revisar suas tarefas com frequência, você se sentirá seguro para adiar tarefas
menos significantes, priorizando aquilo que tem mais importância na sua rotina.
1) Contexto
Você tem condições de realizar a ação planejada, no local onde está e com as
ferramentas que possui? Se você não pode realizar a ação porque não está no local ou
não tem as ferramentas necessárias, não se preocupe com o assunto (ALLEN, 2005). Por
exemplo, em vez de definir uma agenda no seu ambiente de trabalho, para atividades
que você realizará no período da noite em casa, faça uma agenda em sua casa, definindo
o que você conseguirá realizar neste ambiente.
2) Tempo disponível
Antes de realizar alguma ação, você precisa ter a clareza de quanto tempo terá
disponível para realizar tal ação. Por exemplo, você tem um capítulo de um livro para ler
e atividades para responder, mas tem apenas 30 minutos para estudo naquele dia. Desta
forma, você deverá levar em consideração a atividade que conseguirá desempenhar
nestes 30 minutos disponíveis, de maneira que a atividade seja eficiente dentro do tempo
disponível. Neste caso, ter uma lista de atividades pendentes a serem desempenhadas
é importante, visto que “janelas de tempo” podem ser aproveitadas de acordo com as
atividades listadas (ALLEN, 2005).
3) Energia disponível
Embora você possa ter tempo disponível para realizar determinada tarefa, isso
não significa que você conseguirá realmente realizá-la (ALLEN, 2005). O fator “energia”
é fundamental para que você consiga desempenhar seu papel com qualidade, afinal,
não é toda noite que temos disposição para ler um capítulo inteiro de um livro. Outras
atividades da nossa rotina, como trabalho, afazeres domésticos e responsabilidades
familiares, por exemplo, acabam impactando em nossa energia para realizarmos outras
atividades. Desta forma, é importante você considerar o momento em que poderá
realizar determinada tarefa e se terá energia suficiente para colocar em prática aquilo
que planejou. Para ser produtivo, você pode ter sempre à mão uma relação de tarefas
que exigem pouca energia mental ou criativa. Assim, quando você está em um momento
de baixa energia, pode aproveitar o tempo para fazer estas tarefas mais simples, porém
necessárias (ALLEN, 2005).
4) Prioridade
Neste passo, você já identificou o local adequado para a atividade, dentro de
um tempo ideal e com a energia que você dispõe. No entanto, você programou duas
atividades para serem realizadas, sendo uma importante e outra urgente (ALLEN,
2005). Desta maneira, você deverá levar em consideração a prioridade, que já vimos no
Tópico 2, avaliando o que deve ser realizado neste momento e não pode ter sua data
de entrega adiada.
LEITURA COMPLEMENTAR
Existe uma crença no mundo de que algumas pessoas conseguem fazer várias
coisas ao mesmo tempo. A geração Y se diz “portadora” do gene da multitarefa, as
mulheres dizem que, diferentemente dos homens, fazem várias coisas ao mesmo tempo
(talvez isto seja realmente possível, afinal elas conseguem estar grávidas e vivas ao
mesmo tempo…) e por aí vai.
Você pode não acreditar, mas a verdade é que ainda não existe um ser humano
capaz de fazer várias tarefas simultaneamente com extrema qualidade e sem perda
de tempo. E não sou apenas eu quem está dizendo, esse assunto chama a atenção de
pesquisadores em todo o mundo. Mais de 14 institutos de pesquisa (incluindo Harvard,
MIT, Stanford etc.) já provaram de formas diferentes que quem tenta “multitarefar”
perde até 30% a mais de tempo!
Se você priorizou, siga a ordem; se surgir algo novo, escreva e reordene conforme
o nível de importância ou a urgência da atividade. O que não pode é ficar pulando
entre tarefas, e-mails etc., ou seu dia vai todo por água abaixo! Por isso é fundamental
aprender a lidar com essas atividades inesperadas e não sair “multitarefando”!
4 AUTOATIVIDADES
2) Descreva, com as suas palavras, os critérios que devem ser considerados na tomada
de decisão para a realização das atividades: contexto, tempo disponível, energia
disponível, prioridade.
3) Na sua rotina diária de estudos, qual dos critérios listados você tem maior dificuldade
de considerar em sua rotina de estudos? E por quê?
1 INTRODUÇÃO
Até aqui você já viu que é importante se organizar, saber priorizar e saber
colocar em prática as atividades. Nesse caminho, vimos que não são tarefas simples
e que dependem de muitas variáveis, não é? Agora, imagine que você já planejou sua
semana, já conseguiu priorizar suas atividades diárias, conseguiu fazer uma boa gestão
das atividades, mas, na hora de parar para estudar para a disciplina, sua concentração
fugiu! Pois é, isso aconteceu porque está fazendo tudo certo, só não está estudando
no local certo! A escolha do espaço de trabalho ou estudo pode ser a última etapa de
um processo, mas não é a menos importante! Afinal, de que adianta preparar todas as
etapas e na hora de colocar em prática não conseguir?
1) Organize seus documentos no momento em que você se depara com eles! Por exemplo,
você recebeu algum e-mail sobre um trabalho? Direcione para uma pasta sobre este
trabalho. Não deixe para organizar depois, quando você estará com outros itens novos
para organizar.
2) Limpe tudo após estudar ou trabalhar no local. É muito comum deixarmos nossos
papéis, canetas, rascunhos em nosso local de estudo após terminarmos nossas tarefas.
Limpar o local de estudo ajudará na motivação ao começar uma nova tarefa naquele
mesmo ambiente.
3) Organize suas gavetas! Manter as gavetas organizadas contribui para que você
encontre de forma rápida algum elemento que esteja procurando. Não use as gavetas
para esconder a bagunça, pois, acredite, um dia você precisará de alguma coisa que
está nesta “bagunça”.
4) Livre-se do que não precisa. Você já parou para pensar que talvez não precise de tudo
que está na sua mesa? Excesso de elementos podem comprometer sua produtividade.
Então, pense se você realmente usa tudo que está próximo a você. Se não usa, descarte.
Considerar essas ações contribui, e muito, para uma boa produção. Outras
estratégias também podem ser consideradas nas rotinas de trabalho ou estudos. A
utilização da metodologia japonesa 5S é um exemplo, que se trata de um sistema de
cinco conceitos que, se aplicados, trazem resultados para a produtividade: Seiri, Seiton,
Seisou, Seiketsu e Shitsuke (ARENA et al., 2011).
Quadro 8 - Os 5S
Nome Significado Vantagens
Organização: Deve-se separar o necessário Facilita a locomoção no ambiente.
do desnecessário, pois os armazenamentos Aumenta a produtividade das
de coisas inúteis impossibilitam o encontro pessoas.
SEIRI de outras com vitais importâncias. É Maior organização.
essencial separar, classificar e descartar os
objetos de acordo com sua utilidade dentro
do ambiente em que ele está inserido.
Ordenação: Nesta etapa é definido o local
Facilidade de limpeza no ambiente
correto para cada objeto, identificando-o
de trabalho.
de forma que qualquer pessoa possa Melhor disposição dos equipamentos
SEITON localizar facilmente. Tudo deve estar sempre
e móveis.
disponível em um espaço definido. Melhor qualidade de vida para o
indivíduo, com menor cansaço físico
e mental.
Limpeza: Este senso permite ter um Aumento da produtividade das
ambiente de trabalho limpo (paredes, pessoas.
armários, gavetas, pisos etc), evitando a Ambiente sempre limpo.
SEISOU sujeira. A ideia principal do SEISO é manter
a limpeza através do não sujar. Neste “S”,
a tarefa de limpar deve ser constante na
rotina.
Padronização: O objetivo do SEIKETSU é de Prevenção de danos à saúde dos que
conscientizar as pessoas de que o ambiente convivem no ambiente de trabalho.
de trabalho deve sempre estar favorável à Uma imagem positiva tanto interna
SEIKETSU
saúde e higiene. como externa.
Satisfação e motivação pessoal para
com o trabalho.
Autodisciplina: Este “S” busca a disciplina Maior produtividade pela redução
pelos envolvidos, fazendo com que todos de perda de tempo procurando
sigam determinadas regras, que contribuam objeto.
para um ambiente saudável e produtivo. Maior satisfação das pessoas com
SHITSUKE trabalho.
Predisposição ao desenvolvimento
de trabalho em grupo devido ao
aumento da responsabilidade.
Estímulo à criatividade.
FONTE: Arena et al. (2011)
É importante levar em consideração que tais estratégias não são regras fechadas,
mas sim alternativas que contribuem para a produtividade. É importante conhecer estas
alternativas para que seja possível, então, aplicar na rotina de acordo com o estilo de
vida. Todos devem saber identificar o que contribui, de fato, para a sua produtividade,
podendo assim, entregar o que foi proposto.
LEITURA COMPLEMENTAR
3 AUTOATIVIDADES
2) Na sua opinião, o ambiente de estudo deve ser um local silencioso? Por quê?
REFERÊNCIAS
ALLEN, David. A arte de fazer acontecer. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2005.
ALLEN, David. Gerencie sua mente, não o seu tempo: 52 princípios do código da
produtividade. São Paulo: Landscape, 2006.
ARENA, K. de O. et al. Método 5S: uma abordagem introdutória. São Paulo: 2011.
BELTRÃO, Giovana. Artigo Técnico. Como organizar seu local de trabalho para
produzir mais. 2015. Disponível em: <https://curseduca.com/blog/como-organizar-seu-
local-de-trabalho-para-se-manter-motivado/>. Acesso em: 18 maio 2017.
BERG, Ernesto Artur. Quem roubou o meu tempo: os segredos da alta eficácia ao seu
alcance. Curitiba: Juruá, 2010.
COVEY, Stephen R. Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes. 24. ed. rev. e atual.
Rio de Janeiro: Best Seller, 2005.
COVEY, Stephen R; MERRILL, A. Roger; MERRILL, Rebecca R. First things first: como
definir prioridades num mundo sem tempo. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
TÓPICO 1
1) Descreva quais são as atividades que devem ser realizadas em cada etapa do processo
de planejamento semanal.
1 - Conecte sua visão e sua missão: Identificação da principal missão pessoal, para o
desenvolvimento da agenda de acordo com a missão do indivíduo.
2 - Identifique seus papéis: Identificação dos diversos papéis, como papéis profissionais,
pessoais, sociais. São as variações que temos enquanto indivíduos.
3 – Selecione as metas: Identificação das metas em cada papel listado, de forma que
possa contribuir com a missão principal.
4 - Crie uma estrutura de tomada de decisões para a semana: Desenvolvimento de
cronograma semanal, planejando colocar em prática as metas identificadas durante
os dias da semana.
5 – Exercite a integridade no momento da escolha: Momento de colocar em prática as
atividades de acordo com o que foi planejado.
6 – Avalie: Avaliação do planejamento e execução da agenda. Neste momento, deve-
se identificar o que deu certo e o que deu errado, com o intuito de melhorar nos
planejamentos semanais seguintes.
3) Argumente: as suas metas semanais estão de acordo com a sua missão? Por quê?
Neste momento, o acadêmico deve avaliar se as metas listadas contribuem para alcançar a
missão e argumentar. Por exemplo, ele deve argumentar se uma meta relacionada à “vida
social” contribui para a sua missão de “atingir um bom desempenho” na disciplina. Não
existe resposta certa ou errada, pois cabe ao acadêmico justificar, por exemplo, que ter
“vida social ativa” contribui para que sua semana seja mais produtiva em seus estudos.
TÓPICO 2
TÓPICO 3
2) Descreva, com as suas palavras, os critérios que devem ser considerados na tomada
de decisão para a realização das atividades: contexto, tempo disponível, energia
disponível, prioridade.
Os critérios são questões importantes que devem ser levadas em consideração para a
execução das atividades planejadas. O contexto é o primeiro critério, representado pelo
local ideal em que executamos as atividades, e deve ser considerado no momento de
planejar. É acompanhar as atividades no local em que devem ser realizadas. Por exemplo:
planejarei as atividades acadêmicas e só acompanharei seu andamento durante às noites,
em casa, pois neste contexto eu conseguirei dar andamento às atividades. Diferente do
local de trabalho, por exemplo.
O segundo critério é o tempo disponível. Neste critério se deve considerar o tempo que
temos para realizar determinada atividade que foi planejada. Por exemplo, na noite
de hoje tenho 30 minutos para estudar, porém, preciso ler um capítulo inteiro do meu
livro (que exige uma hora). Desta forma, não conseguirem dar andamento, pois não
tenho tempo disponível.
O terceiro critério é energia disponível, que caracteriza a energia física e mental que
temos para dar andamento em determinada atividade. Por exemplo, verifiquei na minha
agenda que terça-feira será um dia cansativo de trabalho, em que não terei energia
suficiente para estudar a disciplina. Assim, planejarei estudar o conteúdo na quarta-
feira, dia em que terei mais energia.
O quarto critério é a priorização, em que se deve levar em consideração as atividades
de maior valor considerando urgência e importância.
3) Na sua rotina diária de estudos, qual dos critérios listados você tem maior
dificuldade de considerar em sua rotina de estudos? E por quê?
Nesta questão, o acadêmico deverá compartilhar qual dos critérios listados na questão
anterior ele tem maior dificuldade e argumentar o porquê. Esta reflexão ajudará a
identificar dificuldades e o que pode ser melhorado para que ele consiga planejar seu
tempo de maneira mais efetiva.
TÓPICO 4
2) Na sua opinião, o ambiente de estudo deve ser um local silencioso? Por quê?
O local não deve ser necessariamente silencioso, pois depende da aceitação de cada
indivíduo. Ruídos afetam sim a produtividade, mas o formato de estudo depende
de cada estudante, podendo estudar ouvindo música, por exemplo, ou em um local
extremamente silencioso.